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Epistaxe: Definição, Classificação e Tratamento

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Ana Carolina Thomaz Mendes 
 
Epistaxe 
Definição e classificação 
Epistaxe é o sangramento que se origina da mucosa 
das fossas nasais. As hemorragias nasais são 
classificadas em anteriores ou posteriores. A área de 
Kiesselbach, localizada na porção anterior do septo 
nasal e a porção anterior das conchas nasais 
anteriores são os sítios mais comumente envolvidos 
nas epistaxe anteriores. Por outro lado, as posteriores 
originam-se de ramos da artéria esfenopalatina. 
 
 
Epidemiologia de epistaxe 
É uma das emergências mais frequente na prática 
médica, sendo mais comum em homens que mulheres 
e tendo maior incidência na faixa etária de 12 a 60 
anos. Em 90% dos casos o sangramento é anterior, e 
originário da porção anterior da cavidade do nariz; e 
em 10% dos casos o sangramento se origina das 
porções mais profundas da cavidade nasal. 
Após a idade de 40 anos, a incidência de 
sangramentos posteriores aumenta marcadamente e 
sangramentos anteriores se tornam cada vez menos 
frequentes; isto se deve, pelo menos em parte, ao 
desenvolvimento de arteriosclerose e HAS nessa faixa 
etária. 
Etiopatogenia de epistaxe 
Traumas: O trauma é uma das causas mais 
importantes de epistaxe. Lesões de estruturas 
adjacentes ao nariz – tais como seios paranasais, 
órbita e ouvido médio – podem se manifestar como 
hemorragia nasal. 
Tumores: Todos os tumores da cavidade nasal e dos 
seios paranasais podem provocar epistaxe devido a 
sua riqueza vascular ou infecções associadas. 
Frequentemente, uma massa intranasal origina-se não 
da fossa nasal, mas dos seios etmoidais e maxilares, 
infelizmente, na maioria dos casos a epistaxe não é 
um sintoma precoce das neoplasias da cavidade nasal. 
Reações Inflamatórias: reações inflamatórias 
decorrentes de IVAS, sinusite crônica, processos 
alérgicos, processos irritativos podem alterar o muco 
protetor, levando à invasão da mucosa por agentes 
patogênicos que lesam a mucosa e levam à formação 
de crostas, exposição de vasos e consequentemente 
epistaxe. Além disso, a mucosa torna-se mais friável e 
vulnerável aos fatores traumáticos. Sangramentos de 
perfurações septais são comuns, devido a presença de 
crostas nas margens destas que se desprendem 
levando a um quadro de epistaxe. 
Alterações Anatômicas: podem levar a episódios de 
epistaxe quando há alteração do fluxo de ar dentro da 
cavidade nasal com exposição da mucosa ao fluxo 
turbulento de ar e a agentes patogênicos irritantes, 
como por exemplo, no caso de desvios septais. 
Fatores sistêmicos: podem alterar o funcionamento 
dos vasos (direta ou indiretamente) ou a cascata de 
coagulação. Por este motivo, as epistaxes são mais 
difíceis de serem tratadas. Exemplos são a doença de 
Osler-Rendu-Weber ou Telangiectasia Hemorrágica 
Hereditária (THH), a arteriosclerose, HAS e discrasias 
sanguíneas. 
Drogas: As drogas mais comuns e que dev
consideradas são o AAS, anticoagulantes (heparinas, 
warfarin), AINE, cloranfenicol, cabenicilina e 
dipiridamol. 
Fatores Cardiovasculares: ICC, valvopatias (estenose 
mitral), coarctação de aorta pode levar ao aumento 
da pressão venosa que se transmite para os vasos da 
zona de Kiesselbach ou de Little. 
Epistaxe essencial: é diagnóstico de exclusão e só 
pode ser atribuído após uma análise clínica, 
endoscópica e laboratorial completa sobre 
episódios recorrentes de epistaxes. Implica
fragilidade capilar e fenômenos vasomotores.
Semiotécnica 
Anamnese: quantificar a intensidade, se uni ou 
bilateral, hábitos e vícios, uso de medicações, doenças 
associadas e história de trauma nasal. 
Exame Físico: avaliar o quadro geral e proceder com o 
exame físico geral (coloração de mucosas, hidratação, 
pulso, PA e FR. Lembrar de avaliar se há agitação 
psicomotora e grau de ansiedade. Depois, realizar a 
avaliação específica. Se houver sangramento ativo, 
avaliar se é anterior ou posterior. Através da 
rinoscopia anterior, localizar a origem do 
sangramento e avaliar presença de lesões 
inflamatórias. 
Diagnóstico de epistaxe 
Como exame complementar, pode ser necessário 
hemograma e coagulograma, para investigação da 
Weber ou Telangiectasia Hemorrágica 
e discrasias 
As drogas mais comuns e que devem ser 
, anticoagulantes (heparinas, 
, cloranfenicol, cabenicilina e 
ICC, valvopatias (estenose 
de aorta pode levar ao aumento 
da pressão venosa que se transmite para os vasos da 
é diagnóstico de exclusão e só 
pode ser atribuído após uma análise clínica, 
endoscópica e laboratorial completa sobre todos os 
episódios recorrentes de epistaxes. Implica-se em 
fragilidade capilar e fenômenos vasomotores. 
 
: quantificar a intensidade, se uni ou 
bilateral, hábitos e vícios, uso de medicações, doenças 
: avaliar o quadro geral e proceder com o 
exame físico geral (coloração de mucosas, hidratação, 
. Lembrar de avaliar se há agitação 
psicomotora e grau de ansiedade. Depois, realizar a 
amento ativo, 
. Através da 
rinoscopia anterior, localizar a origem do 
sangramento e avaliar presença de lesões 
Como exame complementar, pode ser necessário 
, para investigação da 
situação hemodinâmica do paciente. Em casso 
severos ou em episódios recorrentes, pode
considerar a nasofibroscopia e, em casos de dúvida 
em relação à origem do sangramento, opta
uma EDA ou uma broncoscopia.
Exames de imagem podem ser solicitados em casos 
específicos, especialmente na avaliação de doenças 
associadas ou no diagnóstico diferencial de epistaxe 
nos casos mais severos, como TC
Tratamento de epistaxe
Em situações de epistaxe ativa, deve
paciente pressione as narinas
anteriormente. Inicialmente, o médico deve avaliar as 
condições hemodinâmicas do paciente. De acordo 
com o ATLS a perda sanguínea é classificada de I a IV 
de acordo com a severidade do quadro.
O tratamento pode variar de acordo com a gravidade 
e localização do sangramento. Mas a experiência do 
médico é fundamental na tomada de conduta, 
principalmente nos casos mais graves. O ABC básico é 
sempre a avaliação inicial. Ao puncionar a veia, colhe
se sangue para hemograma, coagulograma e tipagem 
sanguínea e se inicia hidratação vigorosa quando há 
repercussão hemodinâmica. 
Sempre que possível, manter o paciente sentado, para 
evitar deglutição de coágulos. Aspiração nasal 
cuidadosa dos coágulos melhora bastante a 
visualização da cavidade nasal, mas é fundamental a 
utilização de cotonetes embebidos em soluções 
tópicas vasoconstritoras (adrenalina 1:100.000, 
fenilefrina 1% ou oximetazolina 0,05%) associadas a 
anestésicos (lidocaína 2% ou neotutocaína 2%).
Com o paciente estabilizado deve
epistaxe é ativa ou inativa. No caso de
inativa, na maioria das vezes os cuidados gerais e 
lavagem nasal com soro fisiológico podem ser 
suficientes. A profilaxia para evitar novos 
sangramentos dependerá do paciente e
base. 
Em caso de epistaxe ativa da região anterior
vezes a simples compressão da região com isso de 
compressas ou gaze pode controlar o sangramento. 
Sempre deve ser orientado o repouso, compressas 
frias, desencorajar banhos e alimento
evitar medicações derivadas de AAS. Caso o 
situação hemodinâmica do paciente. Em casso 
severos ou em episódios recorrentes, pode-se 
considerar a nasofibroscopia e, em casos de dúvida 
em relação à origem do sangramento, opta-se por 
ou uma broncoscopia. 
podem ser solicitados em casos 
específicos, especialmente na avaliação de doenças 
associadas ou no diagnóstico diferencial de epistaxe 
TC e RM. 
de epistaxe 
Em situações de epistaxe ativa, deve-se orientar que o 
pressione as narinas e flexione a cabeça 
anteriormente. Inicialmente, o médico deve avaliar as 
condições hemodinâmicas do paciente. De acordo 
com o ATLS a perda sanguínea é classificada de I a IV 
de acordo com a severidade do quadro. 
variar de acordo com a gravidade 
e localização do sangramento. Mas a experiência do 
médico é fundamental na tomadade conduta, 
principalmente nos casos mais graves. O ABC básico é 
sempre a avaliação inicial. Ao puncionar a veia, colhe-
rama, coagulograma e tipagem 
sanguínea e se inicia hidratação vigorosa quando há 
Sempre que possível, manter o paciente sentado, para 
evitar deglutição de coágulos. Aspiração nasal 
cuidadosa dos coágulos melhora bastante a 
zação da cavidade nasal, mas é fundamental a 
utilização de cotonetes embebidos em soluções 
(adrenalina 1:100.000, 
fenilefrina 1% ou oximetazolina 0,05%) associadas a 
(lidocaína 2% ou neotutocaína 2%). 
abilizado deve-se avaliar se a 
. No caso de epistaxe 
, na maioria das vezes os cuidados gerais e 
lavagem nasal com soro fisiológico podem ser 
suficientes. A profilaxia para evitar novos 
sangramentos dependerá do paciente e da doença de 
epistaxe ativa da região anterior, muitas 
vezes a simples compressão da região com isso de 
compressas ou gaze pode controlar o sangramento. 
Sempre deve ser orientado o repouso, compressas 
frias, desencorajar banhos e alimentos quentes e 
evitar medicações derivadas de AAS. Caso o 
Ana Carolina Thomaz Mendes 
 
sangramento não possa ser solucionado com essas 
medidas, deve-se usar um vasoconstritor local. Desta 
forma é possível visualizar o ponto de sangramento e 
tomar a conduta mais adequada, como cauterização 
química ou elétrica. O tamponamento nasal é a 
alternativa no caso de sangramento ativo difuso; ou 
não localizado; ou caso o manejo da epistaxe anterior 
não tenha sido efetivo com cauterização. 
Em casos de sangramentos posteriores, 
posterosuperiores ou superiores, que sempre são 
mais graves e volumosos, pode-se fazer 
tamponamento anteroposterior. Esses pacientes, via 
de regra, estão internados para suporte e controle 
hemodinâmico. 
A cirurgia é indicada nos casos de persistência ou 
recorrência após tamponamento. Nos pacientes com 
comorbidades cardiopulmonares associadas, a 
indicação pode ser ainda mais precoce. As opções 
disponíveis são ligadura arterial, embolização 
percutânea e septodermoplastia.

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