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O transporte ferroviário é considerado por muitos como o modo de transporte pioneiro no que diz respeito à organização das viagens turísticas de massa.
O turismo ferroviário, neste caso, colabora com a valorização e proteção das tradições locais e também um forte aliado na valorização do patrimônio cultural.
Como já dito “É responsável por facilitar o deslocamento entre os núcleos emissor e receptor o sistema de transporte, portanto parte integrante da oferta turística.” (ACERENZA, 1999, p. 75).
Desde os primórdios dos tempos contados, o turismo apresentou uma correlação direta da busca do homem por benefícios que não estavam disponíveis em sua região original
Após o invento dos trens, houve a possibilidade de atrair turistas com um maior poder financeiro, que buscavam principalmente segurança e velocidade. Essas duas características, velocidade e segurança foram uma das características do modal ferroviário para a época, frente às demais modalidades de transporte, portanto, se encaixou totalmente na proposta e supriu o mercado de turismo que se iniciava.
Até os dias de hoje, o transporte ferroviário é muito solicitado pelo mercado turístico, porém vem perdendo cada vez mais terreno para o transporte aéreo, que possui uma maior flexibilidade de rota e pode atingir grandes velocidades. Mesmo com a ascensão do transporte aéreo, o transporte ferroviário jamais perderá sua principal vantagem competitiva, seu charme
A ABOTTC – Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais congrega as empresas privadas e organizações públicas e do terceiro setor que operam os trens turísticos e culturais em todo o Brasil
Um trem turístico e cultural é um notável atrativo de turistas e visitantes, portanto aciona uma extensa cadeia de pequenos negócios nos segmentos da alimentação, da hospedagem, dos transportes, do artesanato, do comércio local, de guias turísticos e de entretenimento e cultura
o projeto Trem é o Turismo tem o objetivo de aumentar o fluxo de turistas e usuários em 21 linhas de trens turísticos e culturais em diferentes partes do país, a fim de apoiar os pequenos negócios nessas regiões. A meta é atender em dois anos, por meio da melhoria da operação desses trens, cerca de 600 empreendimentos entre lojas, pousadas e hotéis, restaurantes, artesanato local, serviços de táxis e guias de turismo situados nas imediações das linhas, além dos próprios funcionários das concessionárias dos trens.
O Património Ferroviário é vasto, dividindo-se em móvel, imóvel e bens intangíveis. O imóvel incorpora as obras de arte (túneis, pontes…), as estações de caminhos de ferro e os próprios edifícios, resultado da consequente industrialização. Mas é nesta última dimensão que se encontram os hábitos, os saberes, os costumes, as tradições, bem como a memória. É a memória do homem que faz a história das gentes. É esta a base da oralidade e é através deste processo de comunicação que é possível recontar os feitos e avivar as lembranças. Desta forma, o património recorda as vivências, mantém e preserva a identidade de uma nação, de uma família (Choay 1992). O património é, desta forma, a herança deixada pelos nossos antepassados.
Em 1932, por iniciativa da Companhia, começaram a realizar-se viagens turísticas no chamado Comboio mistério que partia do Rossio (Lisboa), sendo que as viagens se realizavam ao fim de semana e apenas era conhecida a hora de partida. O destino da viagem apenas era revelado depois desta se ter iniciado. As viagens eram efetuadas, predominantemente, a zonas como Serra da Estrela, Trás-os-Montes, Beira-Interior, Lisboa e Cascais. Este seria um passo grande no que ao Turismo dizia respeito para a época
https://www.brasilferroviario.com.br/entre-o-trem-e-o-turismo/#:~:text=O%20transporte%20ferrovi%C3%A1rio%20apresentou%20uma,que%20impulsionou%20as%20longas%20viagens.
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/167a1d49c8d75f3b0b717221c3a76e93/$File/5888.pdf
https://core.ac.uk/download/pdf/62705386.pdf