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Relação entre transporte e turismo
A relação entre transporte e turismo é bastante óbvia, pois para que o turismo ocorra é necessário que haja o deslocamento entre origem (local de residência) e destino turístico, a circulação nos destinos visitados, e o retorno a origem. Assim, todos os processos de deslocamento para fins turísticos envolvem, em maior ou menor grau, o uso dos transportes. (ver Palhares,2002; Paolillo e Rejowski,2002; Page,2008).
Dos quatro modos de transportes existentes, as operações de transportes terrestres envolvem apenas os modos rodoviário e o ferroviário. Isto, ocorre porquê a via terrestre é utilizada por estes dois modos. O modo aéreo e o hidroviário, utilizam respectivamente o ar e a água como vias principai
RODOVIÁRIO
Apresenta flexibilidade ao se traçar rotas e favorece a operação do tipo porta-a-porta, ou seja àquela que liga diretamente origem e destino sem precisar da integração com outros modos de transportes. Nesse sentido, integra-se facilmente aos demais modos gerando maior comodidade numa viagem turística. No entanto, apresenta baixa capacidade, ou seja, transporta um número de passageiros reduzido e limitado em cada operação. (ver Palhares 2002).
FERROVIÁRIO
Diferente do modo rodoviário, o transporte ferroviário não apresenta flexibilidade ao se traçar rotas, pois está confinado as vias segregadas (ex: trilhos). Em geral, é depende de outros modos de transportes, em especial do rodoviário. Apresenta capacidade variada, já que é possível adicionar ou subtrair carros de passageiros a operação. Isto, facilita sobremaneira no planejamento e operação dos transportes no turismo. (ver Palhares, 2002).
O transporte público pode ser utilizado por todos que tenham o direito de uso através da aquisição de “passes”, “bilhetes”; portanto, não é restrito para determinados grupos ou uso individual. O transporte privado é restrito ao uso particular individual ou de grupos. (ver Palhares,2002).
Nos transportes não regulares a oferta não obedece horário e datas pré-estabelecidas. Nos transportes regulares, a oferta mantém algum tipo de constância relacionada a datas e horários. Os serviços não regulares geram os serviços por fretamento. O fretamento pode ser turístico ou não. Pode ser aberto ou fechado. Por exemplo, sendo uma operação de fretamento fechada, esta pode ser realizada para grupos de pessoas que já se conhecem e tem um objetivo em comum, como: visita a eventos religiosos, esportivos etc.; Já uma operação de fretamento aberta: qualquer cliente tem o direito de aquisição dos serviços. (no contexto do transporte rodoviário ver Boerngen,2002).
A operação terrestre para fins turísticos varia de acordo com os meios e serviços específicos ofertados. Portanto, a partir de cada modo de transporte é importante que se diferencie os veículos e os tipos de serviços. A seguir são detalhados alguns tipos de veículos e serviços (ver Palhares,2002; Paolillo e Rejowski,2002):
A oferta de serviços pode apresentar vários aspectos, por exemplo: tamanho (número de poltronas), podendo ser de um ou dois andares (duplo deck); tipo de modelos de carroceria (convencional, executivo, leito, semi-urbano, outros), ter oferta de serviço especiais (alimentos e bebidas, fones de ouvido, revistas etc); O ônibus pode ser para fretamento turístico com roteiros flexíveis ou serviços regulares. Este assunto, será mais bem detalhado na aula 4.
Pode ser particular, sendo que no turismo é bastante utilizado de forma individual, por famílias, ou grupos pequenos. Como também pode ser locado. No Brasil, a ABLA – Associação Brasileira de Locação de Automóveis é a entidade de classe que regula o setor. Isto será estudado nas próximas aulas. Este assunto, será mais bem detalhado na aula 3. O serviço de táxi, bastante utilizado nas cidades e também para deslocamentos turísticos de curta e média distância cumpre um papel fundamental para o desenvolvimento do turismo.
De acordo com Palhares (2002) existem os trailers que são veículos rebocados por outros veículos motorizados (ex: carros); e os motorhomes que são veículos recreacionais que possuem motorização própria. (ver Palhares,2002 pp. 203 – 204).
RODOVIÁRIO
As locomotivas a vapor são mais utilizadas para fins turísticas configurando parte do mercado de trens turísticos. Os atributos históricos, culturais e nostálgicos desses veículos tornam o seu uso na própria experiência turística. No entanto, nem todo trem turístico é realizado em locomotivas a vapor. Os trens turísticos serão mais bem detalhados nas próximas aulas.
Os sistemas ferroviários de alta velocidade são veículos ferroviários que por alcançarem uma alta velocidade permite que médias e longas distâncias sejam vencidas em curto espaço de tempo. Existem algumas tecnologias de alta velocidade que serão mais bem detalhadas nas próximas aulas.
Quando o objetivo é tratar sistemas que utilizam as vias segregadas (trilhos), o sistema metroviário deve ser incluso. Mais utilizado em regiões metropolitanas, merece atenção nas operações ferroviárias turísticas por dois motivos (1) o acesso a atrações turísticas localizadas dentro das cidades; (2) quando se tornam a própria experiência turística, como é o caso do projeto Turismetrô, que é uma parceria entre São Paulo Turismo e o Metrô.
Os bondes urbanos são sistemas bastante utilizados no exterior para a circulação dentro das cidades. No Brasil, esses sistemas estão quase que totalmente restrito ao uso turístico, como é o caso do Bonde de Santos, na cidade homônima no interior do Estado de São Paulo.
A importância do transporte para o desenvolvimento socioeconômico
“É muito comum ouvirmos falar da importância da atividade turística para as economias mundiais, tanto nos aspectos globais, locais e ou regionais. No entanto, não haveria atividade turística, se não houvesse um amplo e eficiente sistema de transportes voltados ao pleno desenvolvimento turístico. Os meios de transportes se revestem de importância estratégica, para diversas economias mundiais, possibilitando o desenvolvimento e a integração econômica, política, social e cultural das diversas localidades do planeta”. (SILVA E BORGUETTI,2011,p.2).
Nesse sentido é importante perceber que:
 
• O transporte está associado as atividades que exigem deslocamento. (Bruton,1979). 
• O desenvolvimento socioeconômico relacionado ao turismo é dependente da oferta de transportes, pois é a partir desta oferta que a demanda turística poderá acessar os destinos turísticos de seu interesse. Neste contexto é fundamental analisar as formas de ocupação e uso do solo relacionadas aos transportes terrestre e ao turismo.
A intermodalidade é a interligação entre os modos de transportes, facilitando a ligação entre origem e destino numa viagem turística. Por exemplo, na Rodoviária do Tietê em São Paulo, o transporte rodoviário está integrado fisicamente ao sistema metroviário da cidade. (ver Palhares,2002). 
O transporte rodoviário é o mais flexível e presente nas ligações entre modos de transportes (ferroviário, aéreo e hidroviários). No entanto é possível notar integrações de outras naturezas, como é o caso do Aeroporto Charles De Gaulle em Paris. A partir deste Aeroporto, o modo aéreo é interligado não somente ao rodoviário, mas também ao modo ferroviário facilitando o acesso a cidade.
Avanços tecnológicos dos transportes e do turismo
Todos os processo de deslocamento para fins turísticos envolvem, em maior ou menor grau, o uso dos transportes, como vimos na aula passada. Os avanços tecnológicos dos transportes definem, em grande parte, os avanços no turismo (ver Palhares, 2002). No entanto, esses avanços devem ser contextualizados a partir das dimensões econômica, social e política.
A Revolução Industrial (iniciada no Reino Unido do século XVIII) foi um relevante marco histórico para a evolução dos transportes e do turismo, pois propiciou um conjunto de avanços tecnológicos (exemplo: máquina à vapor), modificando a forma de organização socioeconômica.
A motorização dos veículos proporcionam maior velocidade. Portanto,com os avanços tecnológicos ao longo dos anos, torna-se possível com uma maior velocidade percorrer longas distâncias em menor espaço de tempo. Logo, as distâncias são encurtadas favorecendo o aumento dos deslocamentos para fins turísticos.
Existem vários antecedentes históricos sobre a produção do veículo motorizado. Mas, indiscutivelmente Karl Benz teve sua parcela de notoriedade nesse feito. 
Saiba mais sobre Karl Benz.
Grandes avanços tecnológicos ocorreram no final dos anos 1800 e permitiram por exemplo, a implantação de linhas regulares de transporte coletivo motorizados, o que reflete na própria organização do turismo como o conhecemos. No Brasil, o primeiro serviço regular de ônibus a gasolina foi introduzido em 1908. Para saber mais sobre dados históricos, consulte o site 
Leia uma reportagem sobre os 100 anos do ônibus.
No site do Museu Virtual do Transporte Urbano é possível conhecer mais detalhes sobre os avanços do transporte rodoviário urbano.
Silva e Borguethi (2011) explicam que, a partir das diversas necessidades de turistas e viajantes, houve várias remodelações no transporte rodoviário por ônibus no Brasil. Segundo consulta feita a Paolillo e Rejowski (2002), Silva e Borguethi (2011) detalham que, em 2001, o Brasil possuía uma frota de ônibus urbano com 110.000 unidades, os ônibus convencionais, executivos e leito totalizavam 53.039 unidades. Esses autores observam também que, em função da evolução dos transportes, foi preciso que surgissem estrada de rodagem, a autoestrada e a autovia para que se facilitassem o deslocamento como qualidade e segurança para os usuários.
Um fator histórico a ser considerado no Brasil são as concessões do setor rodoviário. Na aula 05 falaremos sobre o processo de concessão rodoviária no Brasil. 
 
A informação mais recente sobre investimento nos modos de transportes terrestres foi lançada em 2012: o Programa de Investimento em Logística: Rodovia e Ferrovia.
Dependência do transporte rodoviário
São vários os fatores relacionados a dependência do transporte rodoviário. A seguir são apresentados três para discussão:
O investimento reduzido em outros modos de transportes, como por exemplo o ferroviário;
A facilidade de interligação do transporte rodoviário com os outros modos de transportes (aéreos, ferroviários e hidroviários) pode ocasionar uma certa dependência dos outros modos do modo rodoviário, pois este ultimo pode propíciar o transporte de maneira bastante flexível entre pontos distintos de uma rede de transportes.
A produção e o consumo de veículos rodoviários pode ser um fator relacionado a dependência econômica do modo rodoviário. Por exemplo, de acordo com publicação referente aos 50 anos da Indústria Automobilista Brasileira, a Associação Nacional de Veículos Automotores (ANFAVEA), é sinalizado que o Brasil é o maior fabricante mundial de ônibus, tendo fechado 2005 com a produção de 35.266 unidades, das quais 27.860 de ônibus urbanos, resultado 22,6% maior que o de 2004.
Consequências da dependência do transporte rodoviário
Ao se relacionar as consequências da dependência do transporte rodoviário com o turismo, pode-se perceber que: a existência de altos custos de manutenção para vias, a existência de frota de veículos ultrapassada, a cobrança de pedágios em excesso são alguns fatores que podem gerar uma diminuição na competitividade de destinos turísticos, principalmente aqueles que são altamente dependentes do modo rodoviário. Portanto, a busca por um equilíbrio na matriz de transportes (objetivando a oferta de outros modos de transportes e a interligação entre estes) é um grande desafio, principalmente quando se trata de países de dimensões continentais como o Brasil.
Apesar de existirem combustíveis “verdes” que minimizam os efeitos adversos ocasionados pela emissão de gases nocivos ao meio ambiente, é fundamental observar o impacto da emissão destes gases na atmosfera pelo transporte rodoviário.  
Apesar de o foco ser transporte de carga, Bartholomeu e Caixeta Filho(2008) apresentam um estudo sobre “Impactos econômicos e ambientais decorrentes do estado de conservação das rodovias brasileiras” que traz elementos interessantes para a discussão sobre a consequência da dependência do transporte rodoviário.
O foco desta aula é a relação entre os automóveis e o desenvolvimento do turismo. Portanto, será contextualizado o surgimento e expansão da indústria automobilística no Brasil. Serão apresentadas as vantagens e desvantagens relacionadas às viagens automobilísticas. Ao final da aula será apresentado o mercado de locação de veículos.
Automóvel e desenvolvimento do turismo
Abordar os primórdios da industrialização automobilística requer comentar sobre Henry Ford (1863 – 1947): ele desenvolveu um sistema de organização do trabalho industrial que ficou conhecido nas Escolas de Administração como “fordismo” (veja Szezerbicki et.al.,2004).
Abordar os primórdios da industrialização automobilística requer comentar sobre Henry Ford (1863 – 1947): ele desenvolveu um sistema de organização do trabalho industrial que ficou conhecido nas Escolas de Administração como “fordismo” (veja Szezerbicki et.al.,2004).
Uma das principais características foi a introdução do conceito de “linhas de montagem”, na qual, o produto que estava sendo fabricado (automóvel) se deslocava pelo interior da fábrica numa esteira, e cada operário ficava em um determinado local, realizando uma tarefa bastante específica (ver Chiavenato 1993 apud Szezerbicki et.al,2004).
“Lançado em 1908 com o preço de US$ 850, o Modelo T foi um sucesso instantâneo. Não era um carro para os ricos se exibirem em passeios de fim de semana. Era feito para o homem comum usar todos os dias. Nas quase duas décadas em que Ford produziu o Modelo T, ele vendeu 15 milhões de automóveis”(Szezerbicki et.al,2004 p.106-107).
Comentando a produção de automóveis no Brasil entre 1957 e 1999, extraída da ANFAVEA (2001), Palhares (2002,p.189) argumenta que: “Como o automóvel (…) oferece grande mobilidade e conveniência em seus deslocamentos, a posse de veículos automotores por uma parcela maior da população certamente incentivaria ainda mais o turismo doméstico” (Palhares 2002,p.189).
O terceiro setor por diferentes pespectivas
Vantagens
Duas vantagens para o uso do carro no turismo podem ser percebidas da seguinte forma:
 
• A viagem de carro é autônoma, pois o motorista pode escolher a rota, as paradas, o tempo etc.
• A aquisição de veículos automotores e o incentivo ao turismo doméstico, ou seja, dentro de um mesmo País (ver Palhares,2002).
Desvantagens
Duas desvantagens para o uso do carro no turismo podem ser percebidas da seguinte forma:
• Baixa capacidade de transportes com relação ao número de passageiros. 
• Com o avanço do uso do carro para o turismo, algumas medidas de gerenciamento da mobilidade tais como: o controle de número de veículos em determinadas áreas turísticas começam a ser determinadas. Esse é o caso do Parque Nacional Yosemite que, de acordo com Page (2008), estabeleceu 550 espaços extras para estacionamento fora do Yosemite Valley, nos períodos de alta temporada, implementou um ônibus para transporte de pessoas dentro do parque, ciclovias e vias para pedestres.
Surgimento e expansão da indústria automobilística no Brasil
No âmbito dos automóveis, Palhares (2002) pondera que mesmo que os automóveis tenham sido desenvolvidos no final do século XIX, foram nos anos posteriores a segunda grande Guerra Mundial (após 1945), que estes se tornaram acessíveis para uma parcela considerável da população mundial.
Para esse pesquisador, no Brasil a indústria automobilística teve dois grandes marcos. No entanto, Palhares (2002) faz uma ressalva importante: pela distribuição injusta de renda, não são todos que tem acesso a compra de um veículo particular.
Outro dado histórico recente no Brasil é a redução temporária no IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), facilitando a aquisição de veículos novos. Veja notícia publicada no site GI do Globo, em 28 de outubro de 2012, às 16:00h: Prorrogaçãode redução do IPI aquece mercado de veículos.
Mercado de locação de veículos
“O mercado de locação de veículos é altamente dependente da indústria do turismo” (Palhares,2002, p.191). Boa parte da locação de veículos é realizada em lojas localizadas em terminais aeroportuários e, por isso, existem parcerias do tipo “fly and drive” (voe e dirija). Nesse tipo de parceria, a passagem aérea é vendida junto com o aluguel do veículo. Diferentes tipos de parcerias com a rede hoteleira e outros modos de transportes também podem ocorrer (ver Palhares,2002).
No Brasil, existe a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis. De acordo com dados do site oficial desta Associação, a frota de veículos (em unidades) cresceu 7,51% de 2010 para 2011. Sendo que o número total em 2011 é de 445.470 unidades. 
 
As locadoras de automóveis são clientes importantes das montadoras, já que existe uma grande necessidade da renovação de frota. De acordo com a ABLA, no Brasil, a maior parte da frota é composta por modelos populares com motor 1.0.
Principais características do mercado de locação de veículos a partir de Palhares (2002, pp.200 -201):
Duração 24 horas, com contagem a partir da hora de retirada do veículo da locadora; 
Pagamento – em geral é efetuado de forma antecipada.
São várias taxas de acordo com os serviços, exemplos: 
• Veículos com quilometragem livre tendem a apresentar valor da diária maior; 
• Taxa de retorno, quando o veículo é retirado em uma loja e devolvido em outra; 
• Tipo de seguro.
Algumas locadoras oferecem a possibilidade da devolução do veículo ser realizada em loja diferente da retirada, em geral, mediante a pagamento de taxa de retorno;
Varia de país para país e a tendência é estar associada à idade, na qual o locatário pode responder por responsabilidade civil. No Brasil, em geral, as locadoras solicitam idade mínima do locatário superior a 21 anos.
A habilitação deve ser de acordo com a categoria do veículo a ser locado. Algumas locadoras exigem tempo de experiência como condutor, por exemplo, dois anos. Em se tratando de turismo, é preciso considerar que nem todos os países aceitam a carteira de habilitação de outro país. Portanto, em alguns casos é preciso ter a carteira de habilitação internacional para locar um veículo.
O foco desta aula é o mercado de ônibus. Serão apresentados os serviços regulares e os de fretamento. As vantagens oferecidas pelas viagens de ônibus
 serão contextualizadas em função do turismo. Serão apresentadas as principais empresas de ônibus regulares no Brasil. Ainda serão analisados alguns aspectos que levaram o mercado de ônibus regulares à decadência na década de 1990.
No Brasil, o transporte rodoviário por ônibus é “a principal modalidade na movimentação coletiva de usuários, nas viagens de âmbito interestadual e internacional”.
Vantagens do transporte rodoviário
Palhares (2002) comenta algumas vantagens para o uso do ônibus em viagens rodoviárias turísticas, são elas: 
• Serviço porta-a-porta (flexibilidade na interligação entre origem e destino); 
• Motorista próprio; 
• Possibilidade de maior sociabilidade, por reunir os passageiros em um ambiente fechado; 
• Maior número de passageiros pode favorecer menor preço da viagem pela divisão dos custos; 
• A partir da ocupação média do veículo, menor impacto ao meio ambiente; menos engarrafamento.
Serviços regulares e de fretamento
De acordo com os estudos realizados na aula 1, no contexto do transporte rodoviário, Boerngen (2002) explica que nos transportes não regulares a oferta não obedece horário e datas pré-estabelecidas. Nos transportes regulares, a oferta mantém algum tipo de constância relacionada a datas e horários.
Boerngen (2002) ainda explica que os serviços não regulares geram os serviços por fretamento. 
 
O fretamento pode ser: 
• Turístico; 
• Não turístico. 
 
Pode ser também: 
• Aberto: qualquer cliente tem direito de aquisição do serviço; 
• Fechado: operação restrita a grupos de pessoas que já se conhecem e tem um objetivo em comum. Em geral, o fretamento pode receber o nome de excursão no turismo. As categorias dos ônibus de fretamento podem ser standard, luxo e super luxo.
Dentre o conjunto dessas cinco empresas, destaca-se a Viação Itapemerim/AS, com 3.520.526.772 transporte passageiro/quilômetro (pass/km). A seguir, são destacadas algumas características desta empresa. 
 
Viação Itapemerim: A empresa atua a mais de 60 anos no mercado brasileiro e sua área de atuação cobre quase que a totalidade do território. No site oficial da empresa é possível verificar que existe uma sinergia na oferta do transporte rodoviário com o turismo, a partir da campanha “Conheça o Brasil com a gente”. Um diferencial competitivo da empresa é atuar com programa de milhagem. Os serviços ofertados são relativos a três categorias: convencional, golden e leito.
O foco desta aula serão as rodovias - a política de expansão no Brasil, a contribuição para o desenvolvimento de novos destinos e mercados turísticos. O sistema rodoviário será contextualizado com o turismo. Serão analisados alguns aspectos específicos sobre as rodovias brasileiras. Ao final da aula, será apresentado um estudo de caso sobre rodovia e o turismo.
O turismo ainda é bastante prejudicado pela falta de sinalização e conservação das rodovias no Brasil. A política de expansão rodoviária e sua contribuição para o desenvolvimento de novos destinos turísticos estão associadas a alguns fatores históricos.
A partir de Palhares (2002) e do Relatório de acompanhamento financeiro da Agência Nacional de Transportes Terrestres (2009), é possível analisar alguns desses marcos:
1861: Inauguração da estrada de rodagem União Indústria.
1937: Criação de órgão rodoviário na esfera federal (DNER – Departamento Nacional de Estrada de Rodagem), Sendo que, atualmente, tem-se o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, criado em 2001.
1980: O país possuía 47 mil quilômetros de rodovias federais pavimentadas.
1993: O Programa de Concessões de Rodoviais Federais foi lançado em 1993 e se dividiu em etapas. Sendo que, em 1994/1997, foram realizadas as concessões dos trechos rodoviários; objeto de cobrança de pedágio pelo DNER nos anos setenta.
1996: Objetivando integrar programas estaduais de concessão, abriu-se a possibilidade da União delegar aos Municípios, Estados da Federação e ao Distrito Federal a administração e exploração de rodovias federais.
Vale destacar que a maioria dos trechos concedidos fica concentrada nas regiões mais ricas do País; Na atualidade, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2)- rodovias se concentrará em: 
 
“Expansão do sistema rodoviário brasileiro, sua manutenção, segurança rodoviária, estudos e projetos. A expansão do sistema prevê obras em duplicação, pavimentação, acesso a portos, contornos e travessias urbanas, para a eliminação de pontos de estrangulamento em eixos estratégicos, além do desenvolvimento de novas regiões, ampliação da integração física nacional aos países vizinhos e redução do custo do transporte. A melhoria da qualidade e tráfego nas rodovias, para reduzir o índice de acidentes, a garantia de carteira de projetos para investimentos no setor com previsão de integração a outros modais (ferrovias e hidrovias) e concessão de rodovias com grande volume de tráfego também são objetivos desse setor do eixo Transportes.” (Brasil, PAC2 – Rodovias.).
Em 2012, foi lançado um Programa de Investimentos em Rodovias e Ferrovias que inclui as concessões rodoviárias; isto poderá influenciar sobremaneira o desenvolvimento do turismo rodoviário no País nos próximos anos.
Rodovia turística
O sistema rodoviário brasileiro é formado basicamente por rodovias federais (BRs) e estaduais (por exemplo MG, referente ao Estado de Minas Gerais). Existem as seguintes categorias e nomenclatura para rodovias brasileiras: Radial, Longitudinal, Transversal, Diagonal e Acesso ou de Ligação (ver Palhares,2002). 
 
O planejamento dos pacotes turísticos rodoviários no Brasil depende da compreensão sobre a configuração damalha rodoviária nacional. Nesse planejamento, a escolha das rodovias não se restringe apenas ao fator acessibilidade (ligação entre origem e destino da viagem turística), mas também à atratividade.
Vale destacar que, em alguns casos, as rodovias são procuradas por seus atributos cênicos, seu valor histórico etc. Sendo o passeio entre origem e destino a principal atração da viagem. Uma estrada que tem potencial para se desenvolver, enquanto principal atração, é a que interliga o Rio de Janeiro e Petrópolis. 
 
Atualmente, concedida à empresa Concer, é uma viagem que apresenta atributos cênicos, ecológicos e nostálgicos que podem ser mais bem trabalhados pelo turismo.
"É preciso fazer com que os turistas fiquem mais tempo no estado, que voltem outras vezes e tragam mais amigos e familiares, gerando mais emprego e renda (…). Para que eles fiquem mais tempo e voltem satisfeitos a Natal, ao RN, é preciso ter mais opção de lugares e eventos para visitar. É isso que estamos fazendo. Abrindo estradas para oferecer mais acesso às praias, que são as mais bonitas do Nordeste. Também as estradas que levam às nossas cidades serranas, que são atrações fantásticas. Em Monte das Gameleiras, Serra de São Bento, Cerro Corá, Martins, Porta Alegre existem bons eventos, que são os festivais de inverno que eu recomendo a todos".
Vale destacar que, em alguns casos, as rodovias são procuradas por seus atributos cênicos, seu valor histórico etc. Sendo o passeio entre origem e destino a principal atração da viagem. Uma estrada que tem potencial para se desenvolver, enquanto principal atração, é a que interliga o Rio de Janeiro e Petrópolis. 
 
Atualmente, concedida à empresa Concer, é uma viagem que apresenta atributos cênicos, ecológicos e nostálgicos que podem ser mais bem trabalhados pelo turismo.
Outros exemplos são as Estradas, conhecidas como Estradas Parques, que estão geralmente fazem parte de áreas protegidas. No Brasil, a Estrada Parque do Pantanal é uma das mais conhecidas. De acordo com o Portal do Pantanal, são 119 km de chão batido. (Portal do Pantanal).
Oferta de transporte terrestre para fins turísticos
Nas aulas específicas sobre automóveis particulares e aluguel de veículos (aula 3), mercado de ônibus (aula 4), transporte ferroviário (será visto na aula 7) fica evidente que a oferta de transporte terrestre para fins turísticos é bastante variada. Em linhas gerais, essa oferta deverá variar (qualitativamente e quantitativamente) de acordo com a demanda. Por sua vez, a demanda irá variar de acordo com as características quantitativas e qualitativas da oferta, ou seja, de cada situação que envolva os transportes terrestres turísticos (vimos na aula 1).
Para maiores informações sobre segmentação de mercado turístico consultar o livro sobre o tema dos organizadores Panosso Netto e Ansarah (2009).
A importância das noções de marketing aplicadas ao planejamento e gestão das operações de transportes turísticos
O marketing está associado a realização de desejos e necessidades humanas através da aquisição de produtos/serviços. Sendo que, estes produtos/serviços apresentam um determinado preço, são distribuído por canais específicos e podem se posicionar de forma estratégica através de promoções. (ver Kotler,1997 e 2000).
A importância das noções de marketing aplicadas ao planejamento e gestão das operações de transportes turísticos  
Nesse sentido, a construção de produtos e serviços relacionados a operação de transportes terrestres a serem ofertados no mercado turístico depende de decisões mercadológicas à respeito de itens como:
Estudo de Caso: Compras de passagens “on line” para o uso trens de passageiros operado pela Vale
Por que o marketing é uma ferramenta fundamental para que as operadoras de serviços de transportes terrestres (rodoviário e ferroviário) possam se posicionarem de maneira estratégica junto aos clientes?
No site da Empresa Vale, o comprador pode escolher o serviço a partir de uma série de variáveis, como exemplos:
 
1 - O trecho a ser percorrido (ida e/ou volta); 
2 - Data da viagem; 
3 - Número de passagens a serem adquiridas; 
4 - A classe (cadeirante, econômica e executiva); 
5 - As cidades de origem e destino. 
 
Após cadastrar as preferências, aparecem informações tais como: (a) os horários disponíveis para a reserva e compra dos bilhetes; (b) classes de serviços; (c) valores associados aos serviços que serão prestados por classes, tempo de viagem etc.
Este pequeno exemplo, demonstra que a operadora ferroviária busca segmentar a oferta (cidades atendidas, valor das tarifas, classe de serviços etc) em função das necessidades da demanda. Vale destacar a importância da consulta a legislação específica (veremos na aula 10) que regulam o setor ferroviário.
Transporte Ferroviário: Divisões e classificações
O foco dos estudos sobre os transportes ferroviários para fins turísticos são os transportes de passageiros (urbano, de médio e longo percursos). Sendo que, é uma tarefa bastante complexa definir o que é curto, médio e longo percurso em termos de distância percorrida. Através das políticas públicas e legislação é possível encontrar alguns indicadores que podem variar de país para país. Isto faz sentido, já que os países apresentam dimensões territoriais e formação político administrativas variadas.
Longa distância em um país de dimensões continentais como o Brasil, pode não significar longa distância em um país que apresenta dimensões menores como por exemplo a Bélgica.
Ligações regionais, no Brasil se relacionam a interligações entre as macro e micro regiões determinadas pelo planejamento territorial do país. Ligações regionais no contexto da União Europeia, podem significar interligações entre países que fazem parte desse bloco econômico e político.
O trem regional
Naturalmente, existem projetos ferroviários autointitulados de acordo com a sua abrangência geográfica no território, este é o caso do trem regional. Este tipo de projeto, apresenta como principal objetivo interligar regiões. Além dos trens regionais, existem trens de aeroportos (que interligam o aeroporto aos centros urbanos), trens e bondes exclusivos para fins turísticos. E ainda, de maneira geral, nos sistemas de transportes sobre trilhos existem os metrôs e uma série de sistemas não convencionais. Alguns desses sistemas de transportes sobre trilhos não convencionais serão abordados na aula 8.
Subdivisão do transporte ferroviário para o turismo
Palhares (2002) ainda subdivide o transporte ferroviário exclusivamente para uso turístico em dois grupos. Diante desse contexto, Fraga (2011) afirma que a segmentação dos transportes ferroviários para fins turísticos (divisão do mercado) pode determinar outros segmentos e nichos além dos passeios cênicos e nostálgicos. 
 
Para exemplificar o que Fraga (2011) apontou, vejamos as características do seguinte passeio ferroviário turístico brasileiro: 
“O passeio turístico de trem a vapor é uma memorável atração na Serra Gaúcha, na Região Uva e Vinho. Os turistas são recepcionados na estação de Bento Gonçalves com uma deliciosa degustação de vinho. Ao soar o sino, todos embarcam nesta viagem repleta de alegria e que traduz o jeito de ser dos imigrantes italianos. São 23 quilômetros de agradável percurso com duração média de 2 horas. Durante o passeio, a festa é conduzida por atrações típicas italianas e gaúchas”. (Fonte)
Neste passeio ferroviário fica evidente o valor nostálgico, já que o trem é a vapor e remete a outra época, no entanto outros atributos da experiência turística também podem ser destacados como a gastronomia.
Os terminais são pontos de troca de modos ou meio de transportes e que também pode compreender a oferta de outros tipos de serviços, como por exemplo lanchonetes, guichês para compra de passagens etc. No caso dos terminais ferroviários, estes são mais conhecidos como “estações ferroviárias”. Em alguns casos, essas estações são as principais atrações de uma viagem turística, devido aos aspectos arquitetônicos, históricos e culturais.
Nesse sentido, destacamosduas curiosidades:
No site Estação Ferroviária do Brasil é possível conferir um dos maiores inventários sobre as estações ferroviárias brasileiras. Para descobrir mais sobre as estações ferroviárias acesse o site.
No percurso ferroviário turístico do Trem da Costa na Argentina um dos principais interesses é a visitação as estações ferroviárias. No site da operadora é possível perceber isto a partir da página inicial.
Decadência do transporte ferroviário no Brasil
Nesta parte da aula estudaremos os fatores que estão relacionados com a decadência do transporte ferroviário no Brasil. Para isso, é fundamental retomarmos a origem da implantação desse tipo de transporte no País.
 A primeira estrada de ferro (Estrada de Ferro Mauá) foi construída pelo Barão de Maúa em 1854. Esta ferrovia, com 14,5 Km de extensão, interligava o Porto de Mauá no fundos da Baía de Guanabara à Raiz da Serra da Estrela, em Magé (ver Schoppa, 2003 e Pastori,2007).
A partir da análise do Quadro 7.3, pode-se concluir que na fase de privatização houve um encurtamento significativo da malha ferroviário nacional (aproximadamente 21,20%). Suevo (2008) ainda explica que 96% do total em 2008, esta em regime de concessão. Com o atual Programa de Investimento em Logística focado nas rodovias e ferroviais há a previsão de investimento em ferrovias no País da ordem de 91 bilhões de reais associado a 10 mil quilômetros, sendo 56 bilhões em cinco anos e 35 bilhões em 25 anos.
Avanços tecnológicos no Transporte Ferroviário
Na aula 2 ficou evidente que os avanços tecnológicos dos transportes estão associados a fatos históricos como por exemplo a Revolução Industrial (iniciada no Reino Unido do século XVIII). Os avanços do turismo também são fortemente marcados pelos avanços tecnológicos dos transportes ferroviários. 
A aliança entre transporte ferroviário e turismo é percebida na literatura a partir do ano de 1841. Isto, porque Thomas Cook neste ano “sugeriu que um trem especial pudesse levar simpatizantes antialcoólicos para um congresso que iria acontecer na cidade de Loughborough” (Palhares,2002,p.287). Na ocasião, este inglês fez uma parceria com a Midland Railway e criou o que ficou conhecido como a primeira viagem charter de trem da história. (ver Palhares,2002).
Os trens a vapor, mais conhecidos como “maria fumaça” são utilizados essencialmente para fins turísticos na atualidade. Com os avanços, foram surgindo tecnologias ferroviárias baseada em outros princípios, como exemplo: a eletricidade. Desta forma, é perceptíviel, que a velocidade empregada aumentou de acordo com esses avanços tecnológicos. A década de 1980 é especialmente importante para o modo ferroviário, por conta da implantação dos Trens de Alta Velocidade (TAV). 
(ver Palhares,2002,p.302).
Avanços tecnológicos no Transporte Ferroviário
“São considerados como aqueles que operam a velocidades superiores a 200Km/h, no caso das vias adaptadas par ao uso desta tecnologia, e superiores a 250 km/h quando as vias são especialmente construídas para esse fim. A tecnologia de TAV que se tem consolidado e se expandido na Europa, no Japão (o Skinkansen, também chamado de “trem bala”) e em outros países do mundo é aquela que utiliza trens elétricos, desenvolvidos com motores e aerodinâmica próprios e que operam em vias especiais (trilhos com poucos trechos em aclives ou declives e o menor número possível de curvas, além de sistemas próprios de eletrificação e sinalização.” (PALHARES,2002,p.303).
Existe uma gama de exemplos de trens de alta velocidade operando em diversos países do mundo, como por exemplo TGV (França, Bélgica e Suiça), Eurostar (Inglaterra, França e Belgica), Acela Express (Estados Unidos). (ver Palhares,2002,p.304-305). Na aula nove terão destaque os trens de alta velocidade que operam no mercado europeu.
Trem de Alta Velocidade no Brasil
No Brasil, existe a proposição para a implantação de um “trem bala” na Região Sudeste do País. No site do Ministério dos Transportes é possível acompanhar o estudo de viabilidade para a linha ferroviária de alta velocidade entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, sendo “a velocidade de linha máxima de 350 km/h, por 511 quilômetros”.
Sistemas não convencionais
De certa forma o Maglev pode ser entendido como uma tecnologia não convencional. Todavia, existe uma série de outros sistemas, como, por exemplo, os monotrilhos que são veículos que circulam por um único trilho e não por duas guias.
O gerenciamento da mobilidade não se relaciona apenas com o tema central desta aula, no entanto, é oportuno tratá-lo de maneira mais aprofundada nesta parte dos estudos para gerar maior compreensão sobre as possíveis relações entre os bondes urbanos e o desenvolvimento sustentável do turismo (que será apresentado a seguir). 
 
Segundo Rocha et.al (2006) o conceito incorpora: 
(…) “um conjunto de aspectos específicos relacionados à adequação da movimentação dos diferentes fluxos existentes em uma rede de transportes. Para Real e Balassiano (2001) o termo caracteriza soluções democráticas, flexíveis, econômicas e ambientalmente corretas. O Gerenciamento da Mobilidade também pode ser entendido como a busca de um equilíbrio mais estável entre a oferta de infraestrutura de transportes e o atendimento adequado da demanda por viagens (deslocamentos). O conceito de Gerenciamento da Mobilidade admite a possibilidade de diferentes soluções na busca desse equilíbrio, considerando ainda a racionalização na utilização de
recursos financeiros e a garantia de redução dos impactos ao meio ambiente gerados pelos sistemas de transportes” (Rocha et. al.2006). 
De maneira mais específica, é possível destacar que:
“o gerenciamento de mobilidade consiste em uma abordagem orientada à demanda de transporte de passageiros e mercadorias, promovendo e incentivando a mobilidade sustentável. Este conceito está adequado às necessidades de desenvolvimento de uma mobilidade e acessibilidade mais eficiente e segura, procurando conscientizar a população do uso mais racional do automóvel e incentivar o uso de transporte público e do transporte não motorizado.”(Merino et.al. 2006).
Bondes Urbanos
No Brasil, os bondes urbanos ficaram quase que totalmente destinados ao uso turístico, vide o Bonde que circula na cidade paulista de Santos. Contudo, existem uma série de projetos para a retomada dos bondes urbanos nas cidades brasileiras, como é o caso da cidade do Rio de Janeiro. A cidade contava com um sistema de bondes urbanos, mais conhecido como Bonde de Santa Teresa. Este servia ao bairro homônimo, sendo considerado pelos turistas com uma verdadeira atração. No entanto, após um fatídico acidente em 27 de agosto de 2011, o seu funcionamento foi interrompido sem data prevista para retorno.
A volta dos bondes urbanos em outra partes da cidade está sendo noticiada em meios de comunicação. De acordo com notícia vinculada no site Rio 2016 , serão implantadas até o ano de 2016, seis novas linhas de veículos leves sobre trilhos (VLT) no centro da cidade do Rio de Janeiro. A implantação prevê ligações intermodais com a Rodoviária Novo Rio, com o transporte aquaviário na Praça XV e o transporte aéreo no Aeroporto Santos Dumont.
A previsão é a interligação com outros meios de transportes ferroviários como os trens e o metrô na Central do Brasil. 
Ainda de acordo com a notícia, a capacidade será de 450 passageiros por composição e a cobertura territorial será de 52 quilômetros.
 
Clique aqui para ler a notícia. 
O que isto poderá favorecer no desenvolvimento do turismo?
As interligações com o aeroporto e a rodoviária são fundamentais para gerar maior acessibilidade entre os terminais e os locais de acomodação (hotéis, pousadas, hostels etc).
As integrações com trem e metro auxiliarão no deslocamento até as atrações turísticas etc.
A integração com o sistema de barcas facilitará o acesso as ilhas, como é o caso de Paquetá e a outros munícipios como é o caso de Niterói.
Sendo assim, podemos considerar que:
Se junto com a implantação dos bondes urbanos forem desenvolvidas estratégiasde gerenciamento da mobilidade - que incentivem o uso destes meios de transportes por moradores e visitantes da cidade, o turismo neste espaço urbano poderá se desenvolver de maneira mais sustentável.

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