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ANATOMIA - MEMBRO TORÁCICO @gisamedvet CINGULO ESCAPULAR O cíngulo escapular quando completamente desenvolvido, consiste de três ossos: a escapula (ou osso do ombro), o coracóide (no galo) e a clavícula (essa não está presente nos animais domésticos). Nos mamíferos domésticos somente a escapula (osso grande e plano), é bem desenvolvido e o pequeno elemento coracóide funde-se com ela, enquanto que a clavícula está ausente ou é um pequeno rudimento encravado no músculo braquicefalizo. Não há, portanto, articulação do ombro com o esqueleto axial. Em animais quadrúpes típicos como o cavalo e o boi, nos quais os membros anteriores são usados somente para suporte e locomoção, clavícula está ausente. Esqueleto do membro torácico do cão: partes ESCÁPULA A escapula é um osso triangular achatado com uma crista longitudinal proeminente na sua superfície lateral, que é referida como espinha da escápula. Tem uma superfície articular côncava bastante rasa chamada de cavidade glenóide. Dorsalmente possui a cartilagem da escapula, que faz com que aumente a área para isenção muscular. E se torne cada vez mais calcificada, e assim mais rígida com a idade. Articulação do ombro com clavícula de um gato (radiografia); cortesia da Profª. Drª. Ulrike Matis, Munique. (a) Cão (b) suíno ÚMERO Osso longo da parte superior do membro anterior (braço ou braquial). ANATOMIA - MEMBRO TORÁCICO @gisamedvet A extremidade proximal consiste de cabeça, colo, duas tuberosidade e sulco intertuberal. A cabeça do úmero, que é unida ao corpo por um colo. Ela está voltada para a cavidade glenóide da escapula. Contrariamente á cabeça na extremidade proximal estão alguns dos grandes processos chamados tubérculos, onde os poderosos músculos do ombro se prendem. Tem o tubérculo maior (tuberosidade lateral) e tubérculo menor (tuberosidade medial) O copo (ou diáfise) é composto da tuberosidade redonda maior, tuberosidade deltoide, forame nutrício, tuberosidade redonda menor. As superfícies articulares distais do úmero são referidas coletivamente como côndilo umeral: consiste de epicôndilo medial e lateral e das fossas do olecrano e radial. A extremidade distal apresenta superfície articular medial que se encontra a tróclea (côndilo medial), que articula com a ulna. A superfície lateral é o capitulo (côndilo lateral), que articula com o rádio. O epicôndilo medial e o epicôndilo lateral são duas saliências, proximais à superfície articular. Úmero esquerdo de um cão (A: vista lateral; B: vista medial). ULNA Dois ossos formam o antebraço ou antebraquial: a ulna e o rádio. Estes variam quanto ao tamanho e mobilidade. A ulna forma uma porção principal da articulação do cotovelo com a extremidade distal do úmero. Na extremidade proximal, encontra-se a tuberosidade do olecrano, onde forma a ponta do cotovelo. O tendão do poderoso musculo tríceps braquial se prende. A incisura troclear é uma superfície articular côncava em forma de meia lua, que envolve certa parte do côndilo umeral para ajuda a fazer da articulação do cotovelo uma articulação segura e firme. Na extremidade proximal da incisura troclear está um processo em forma de bico conhecido como processo ancôneo. O corpo da ulna estende-se até o carpo em todas as espécies comuns exceto no equino. A forma do corpo emparelha a forma reta ou curva do rádio. No suíno a ulna é o maior e mais longo dos dois ossos, mas ela está intimamente unida no lado caudal do rádio. No equino e no bovino os dois ossos estão fundidos. No equino, a ulna consiste apenas na porção proximal que se une com o rádio pelo meio do corpo. ANATOMIA - MEMBRO TORÁCICO @gisamedvet Em outras espécies, a extremidade distal da ulna consiste em um processo pontiagudo chamado processo estiloide, que articula com o carpo. RÁDIO É o principal osso de sustentação de peso do antebraço. Em sua extremidade proximal, o rádio tem facetas que articulam com a extremidade da ulna e uma grande superfície articular côncava, onde se une com a extremidade distal do úmero. O corpo do rádio varia de bastante reto em gatos e gado para um pouco curvado em cães, cavalos e suínos. Existe também o espaço interósseo entre e rádio e a ulna. Na sua extremidade distal, o rádio tem várias facetas que se articulam com o carpo. Esqueleto do antebraço esquerdo (rádio e ulna) de um cão (A: vista lateral; B: vista medial). Radiografia do antebraço esquerdo de um cão com articulações do cotovelo e carpal (A: projeção laterolateral e B: projeção craniocaudal); cortesia da Profª. Drª. Ulrike Matis, Munique. OSSOS CÁRPICOS É um grupo de ossos pequenos, são tipicamente em número de oito e estão dispostos em duas fileiras transversas – uma proximal e uma distal. Os ossos da fileira proximal, designados do lado radial ao ulnar (isto é, mesolateralmente), são os ossos cárpicos radial, intermédio, ulnar e acessório. Os ossos da fileira distal são designados, numericamente, na mesma direção, como primeiro, segundo, terceiro e quarto ossos cárpicos. O quadro a seguir indica os ossos cárpicos presentes nas diferentes espécies. ANATOMIA - MEMBRO TORÁCICO @gisamedvet Ossos carpais direitos do equino (representação esquemática, vista caudal). Radiografia do carpo esquerdo de um equino (projeção lateromedial); cortesia do Prof. Dr. W. Künzel, Viena. Radiografia do carpo esquerdo de um equino (projeção dorsopalmar); cortesia do Prof. Dr. W. Künzel, Viena OSSOS METACÁRPICOS Tem tipicamente cinco ossos metacárpicos, um para cada dedo (irá depender da quantidade de dedos nos animais). Eles são ossos longos e são designados numericamente do lado radial ou ulnar (isto é, mesolaterlmente). Essa disposição ocorre no cão, ainda que o primeiro metacárpico seja muito menor do que os outros e o segundo e quinto sejam um tanto reduzidos. No cavalo, o primeiro e quinto metacárpicos estão ausentes, o terceiro é o grande osso metacárpico que suporta e carrega o único dedo, enquanto que o segundo e quarto são muito reduzidos. No bovino, caprino e suíno o terceiro e quarto são os metacárpicos principais e sustentam os dedos bem desenvolvidos. Eles estão fundidos no bovino e caprino. Esqueleto da mão esquerda do cão (representação esquemática, A: vista dorsal; B: vista palmar Ossos metacarpais esquerdos do equino (representação esquemática, A: vista dorsal; B: vista palmar). FALANGES No bovino e suíno o terceiro e quarto são bem desenvolvimento e suportam o peso, enquanto o segundo e quinto são reduzidos. (obs: no gado: o II e V são vestígios). O esqueleto de cada dedo completamente desenvolvido consiste de três falanges e alguns ossos sesamóides. Os ossos sesamóides são desenvolvidos ao longo do curso de tendões ou nas cápsulas articulares nos pontos onde há pressão aumentada. Dois sesamóides proximais estão localizados entre o osso metacarpiano e a falange proximal. E o sesamóide distal localizado entre as falanges média e distal. As patas dianteiras de cães e gatos contêm ossos que são muito semelhantes aos dedos dos humanos. ANATOMIA - MEMBRO TORÁCICO @gisamedvet Onde o digito 1 (dedo de lobo) contém apenas dois ossos: uma falange proximal e uma falange distal) – semelhante ao polegar dos humanos. Os dígitos II a V Contém cada um três ossos. Cada falange distal contém um processo ungueal pontiagudo que é cercado pela pata. Os dígitos de cães e gatos também contém pequenos ossos sesamóides, mas eles são raramente de significância clínica. Falange distal de um cão (vista lateral). Esqueleto digital esquerdo do equino (representação esquemática, A: vista dorsal; B: vista palmar) Radiografia do dedo esquerdo de um equino (projeção lateromedial);cortesia do Prof. Dr. C. Stanek, Viena. Radiografia do dedo esquerdo de um equino (projeção dorsopalmar); cortesia da Profª. Drª. Sabine Breit, Viena
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