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NUTRIÇÃO E SAÚDE COLETIVA - PROGRAMAS NUTRICIONAIS COM ENFOQUE EM PROMOÇÃO DA SAÚDE

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PROGRAMAS NUTRICIONAIS COM ENFOQUE EM PROMOÇÃO DA SAÚDE
Amanda brito
André Cavalcante
Gabriely kinpara
Jalmari gouveia
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DESPORTO
CURSO BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
DISCIPLINA DE NUTRIÇÃO E SAÚDE COLETIVA
DOCÊNCIA ALANDERSON ALVES
1
INTRODUÇÃO
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, (2016)
2
A promoção da saúde consiste num conjunto de estratégias focadas na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e coletividades. 
Pode se materializar por meio de políticas, estratégias, ações, programas e intervenções no meio com objetivo de atuar sobre os condicionantes e determinantes sociais de saúde, de forma intersetorial e com participação popular, favorecendo escolhas saudáveis por parte dos indivíduos e coletividades no território onde residem, estudam, trabalham, entre outros.
INTRODUÇÃO
As ações de promoção da saúde são potencializadas por meio da articulação dos diferentes setores da saúde, além da articulação com outros setores. Essas articulações promovem a efetividade e sustentabilidade das ações ao longo do tempo, melhorando as condições de saúde das populações e dos territórios.
3
3
PROGRAMAS
PNAN
Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno
Amamenta e Alimenta Brasil
NutriSUS
Programa de Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais
Programa de Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada Saudável
Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A
Vigilância Alimentar e Nutricional
4
PNAN
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999, integra os esforços do Estado brasileiro, que por meio de um conjunto de políticas públicas propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação. 
A completar-se dez anos de publicação da PNAN, deu-se início ao processo de atualização e aprimoramento das suas bases e diretrizes, de forma a consolidar-se como uma referência para os novos desafios a serem enfrentados no campo da alimentação e nutrição no Sistema Único de Saúde (SUS).
5
DIRETRIZES PNAN
6
PROGRAMA NACIONAL DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO
Para elevar as taxas de aleitamento materno o Brasil implantou, em 1981, o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno. Desde então, a iniciativa é responsável por melhorar os indicadores relativos à oferta e distribuição de leite para recém-nascidos, sobretudo os que estão em UTI neonatal.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a prática do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida, por si só, reduziria em até 13% a mortalidade infantil no Brasil. O índice representa 7.800 mortes a menos de crianças a cada ano.
DAB, (2016)
7
PROGRAMA NACIONAL DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO
IBGE, (2010)
8
PROGRAMA NACIONAL DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO
SOUZA et al, (2010)
9
A Política Nacional de Aleitamento Materno atual está organizada em seis braços estratégicos:
1 - O incentivo ao aleitamento materno na Atenção Básica é feito por intermédio da Rede Amamenta Brasil. Essa estratégia, criada em 2008, se propõe por meio de revisão e supervisão do processo de trabalho interdisciplinar nas unidades básicas de saúde (UBS), apoiada nos princípios da educação permanente em saúde, respeitando a visão de mundo dos profissionais e considerando as especificidades locais e regionais. 
PROGRAMA NACIONAL DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO
10
2 - Na atenção hospitalar, duas iniciativas têm contribuído para aumentar os índices de AM: a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e o Método Canguru. A IHAC está inserida na Estratégia Global para Alimentação de Lactentes e Crianças de Primeira Infância da OMS e do UNICEF. Por sua vez, o Método Canguru é um modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado humanizado do recém-nascido de baixo peso, que além de promover maior apego entre mãe e filho, influencia positivamente as taxas de aleitamento materno nessa população.
3 - Entre as principais estratégias da política governamental de promoção do aleitamento materno figura a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BLH), a maior e mais complexa do mundo.
PROGRAMA NACIONAL DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO
11
4 - Criou-se a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, em 1988 Em 2006, a partir da norma foi criada a Lei 11.625. Houve Ampliação da Licença Maternidade e Estímulo para criação de salas de apoio à amamentação nas empresas.
5 - Entre as ações de mobilização social realizadas, desde 1992 é comemorada a Semana Mundial de Amamentação, com a participação da mídia e de diversos segmentos da sociedade. Em 2003 instituiu-se o Dia Nacional de Doação de Leite Humano.
6 - Um importante componente da Política Pública de Incentivo ao Aleitamento Materno é o monitoramento tanto das ações como das práticas de amamentação no País. 
PROGRAMA NACIONAL DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO
Principais obstáculos e desafios:
Dimensões continentais do país, com importantes diferenças regionais,
Dificuldade de sensibilização,
Escassez de recursos humanos qualificados,
Rápido abandono no aleitamento materno.
12
AMAMENTA E ALIMENTA BRASIL
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, (2016)
13
A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil", lançada em 2012, tem como objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica com o intuito de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa iniciativa é o resultado da integração de duas ações importantes do Ministério da Saúde: a Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), que se uniram para formar essa nova estratégia, que tem como compromisso a formação de recursos humanos na atenção básica.
AMAMENTA E ALIMENTA BRASIL
14
Portaria 1.920 de 5 de setembro de 2013
A base legal adotada para a formulação da estratégia são políticas e programas já existentes como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC- pactuada, aguardando publicação), a Rede Cegonha, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN).
AMAMENTA E ALIMENTA BRASIL
15
A Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM/DAPES/SAS) e a Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN/DAB/SAS) do Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, são os responsáveis pela formulação das ações da nova estratégia, que visa colaborar com as iniciativas para a atenção integral da saúde das crianças. 
A Oficina da EAAB tem como princípio a educação permanente em saúde e como base a metodologia crítico-reflexiva que é desenvolvida por meio de atividades teóricas e práticas, leituras e discussões de textos, troca de experiências, dinâmicas de grupo, conhecimento da realidade local, sínteses e planos de ação.
AMAMENTA E ALIMENTA BRASIL
16
Para a efetivação da estratégia os estados e municípios deverão se organizar para formar os profissionais da atenção básica por meio de duas ações: formação de tutores e oficinas de trabalho na Unidade Básica de Saúde (UBS):
Oficina de formação de tutores - Visa qualificar profissionais de referência que serão responsáveis em disseminar a estratégia e realizar oficinas de trabalho nas suas respectivas equipes e UBS. 
Oficina de trabalho na UBS - Visa discutir a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável com as equipes das UBS e planejar ações de incentivo à alimentação saudável na infância, de acordo com a realidade local.
NUTRISUS
Lançada oficialmente em março de 2015, pelo Ministério da Saúde, a Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó – NutriSUS consiste na adição direta de nutrientes à alimentaçãooferecida às crianças de 6 meses a 3 anos e 11 meses em creches. 
A ação já vem sendo implantada em diversos municípios brasileiros e nasceu a partir da prioridade de cuidado integral à saúde das crianças de zero a seis anos estabelecida pela Ação Brasil Carinhoso, componente do Plano Brasil Sem Miséria. 
17
NUTRISUS
18
Implantada inicialmente nas creches participantes do Programa Saúde na Escola, a iniciativa tem o objetivo de potencializar o pleno desenvolvimento infantil, a prevenção e o controle da anemia e outras carências nutricionais específicas na infância. Identificou-se que 200 milhões de crianças menores de cinco anos, residentes em países em desenvolvimento, não atingem seu potencial de desenvolvimento, e a anemia é um dos fatores atribuídos a essa condição. 
Essas crianças possuem maior probabilidade de baixo rendimento escolar, o que provavelmente contribui para a transmissão intergeracional da pobreza com implicações para o desenvolvimento dos países. Tal tipo de estratégia, amplamente estudada por todo o mundo e implementada com sucesso em diferentes continentes, já acumula muitas evidências de eficácia e efetividade e, recentemente, teve essa importância reconhecida, em guia específico da Organização Mundial da Saúde.
NUTRISUS
Necessidades Alimentares Especiais
Em todas as fases do curso da vida, ocorrem alterações metabólicas e fisiológicas que causam mudanças nas necessidades alimentares dos indivíduos, assim como um infinito número de patologias e agravos à saúde também pode causar mudanças nas necessidades alimentares. As necessidades alimentares especiais estão referidas na Política Nacional de Alimentação e Nutrição como as necessidades alimentares, sejam restritivas ou suplementares, de indivíduos portadores de alteração metabólica ou fisiológica que causem mudanças, temporárias ou permanentes, relacionadas à utilização biológica de nutrientes ou a via de consumo alimentar (enteral ou parenteral). 
Dessa forma, são exemplos de necessidades alimentares especiais: erros inatos do metabolismo, doença celíaca, HIV/aids, intolerâncias alimentares, alergias alimentares, transtornos alimentares, nefropatias etc. 
19
NUTRISUS
Desnutrição
A persistência da desnutrição em um contexto histórico de declínio de sua prevalência sinaliza a necessidade de maiores investimentos sociais e de atenção focalizada de forma qualificada. Nesse sentido, o setor saúde deve monitorar os casos de desnutrição infantil, principalmente dos quadros graves e moderados, e garantir a oferta de cuidados adequados para recuperação dos indivíduos desnutridos. 
20
NUTRISUS
 HF-TAG, (2011)
21
PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE AGRAVOS NUTRICIONAIS
22
O Brasil tem vivenciado uma peculiar e rápida transição nutricional: de um país que apresentava altas taxas de desnutrição, na década de 1970, passou a ser um país com metade da população adulta com excesso de peso, em 2008. 
No entanto, os avanços são desiguais. Ainda persistem altas prevalências de desnutrição crônica em grupos vulneráveis da população, como entre as crianças indígenas, quilombolas, residentes na região norte do País e aquelas pertencentes às famílias beneficiárias dos programas de transferência de renda, afetando principalmente crianças e mulheres que vivem em bolsões de pobreza. 
PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE AGRAVOS NUTRICIONAIS
Este programa tem uma ligação importante com o NUTRISUS, pois englobam juntos, praticamente as mesmas metas.
Além da Deficiência de Ferro e Iodo, (já anteriormente abordados), Necessidades Alimentares Especiais e Desnutrição (que foi relatada há pouco) e da Deficiência de Vitamina A (que será revisado mais profundamente à seguir), o PPCAN ainda atua sobre a Deficiência da Vitamina B1 que causa o beribéri.
Beribéri é uma doença resultante de deficiência da Vitamina B-1 (tiamina).
BADII E SOLAN, (2012)
23
PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE AGRAVOS NUTRICIONAIS
No Brasil, desde 2006, têm sido notificados casos de beribéri nos Estados do Maranhão e Tocantins. Em 2008, foram identificados casos suspeitos em indígenas das etnias Ingaricó e Macuxi, no município de Uiramutã/Roraima e, desde então, estão sendo empreendidas ações em parceria com o Estado e município na investigação, acompanhamento, prevenção e controle do beribéri.
GUIA DE CONSULTA PARA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, ASSISTÊNCIA E ATENÇÃO NUTRICIONAL DOS CASOS DE BERIBÉRI, (2012)
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PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE AGRAVOS NUTRICIONAIS
25
A partir do conhecimento da situação alimentar dos casos de suspeitos, o profissional de saúde deve estimular o consumo de alimentos fontes de vitamina B1 e a diminuição de bebidas que inibam a absorção desta vitamina, tais como café e bebida alcoólica.
PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE AGRAVOS NUTRICIONAIS
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O consumo alimentar de todos os usuários do SUS e principalmente dos pacientes acometidos com beribéri, deve ser avaliado por meio do Formulário de marcadores do consumo alimentar, disponível no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN.
A Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN/DAB/SAS) desenvolveu o Guia de Consulta para Vigilância Epidemiológica, Assistência e Atenção Nutricional dos Casos de Beribéri, que foi lançado em 2012. 
É importante lembrar que, em geral, os indivíduos acometidos por beribéri apresentam grande vulnerabilidade socioeconômica e, portanto, profissionais de saúde devem estar atentos também em buscar parcerias com outros setores, como os equipamentos públicos de Assistência Social, como os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), os Centros de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS), dentre outros. 
Resumidamente, NUTRISUS e o PPCAN atuam complementando-se.
Programa de Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada Saudável
A promoção da saúde consiste num conjunto de estratégias focadas na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e coletividades. 
Pode se materializar por meio de políticas, estratégias, ações e intervenções no meio com objetivo de atuar sobre os condicionantes e determinantes sociais de saúde, de forma intersetorial e com participação popular, favorecendo escolhas saudáveis por parte dos indivíduos e coletividades no território onde residem, estudam, trabalham, entre outros. 
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Programa de Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada Saudável
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A Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) tem por objetivo apoiar Estados e municípios brasileiros no desenvolvimento da promoção e proteção à saúde da população, possibilitando um pleno potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania.
Além disso, reflete a preocupação com a prevenção e com o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição como a prevenção das carências nutricionais específicas, desnutrição e contribui para a redução da prevalência do sobrepeso e obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis, além de contemplar necessidades alimentares especiais tais como doença falciforme, hipertensão, diabetes, câncer, doença celíaca, entre outras. 
Podemos deduzir que o Programa de Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada Saudável se encaixa, complementando o Programa de Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais.
Programa de Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada Saudável
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A PAAS corresponde a uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), insere-se como eixo estratégico da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), e tem como enfoque prioritário a realização de um direito humano básico, que proporcione a realização de práticas alimentares apropriadas dos pontos de vista biológico e sociocultural, bem como o uso sustentável do meio ambiente. 
Programa de Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada Saudável
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Considerando que o alimento tem funções que transcendem ao suprimento das necessidades biológicas, pois agrega significados culturais, comportamentais e afetivos singularesque não podem ser desprezados, a garantia de uma alimentação adequada e saudável deve contemplar o resgate de hábitos e práticas alimentares regionais que valorizem a produção e o consumo de alimentos locais de baixo custo e elevado valor nutritivo, livre de contaminantes, bem como os padrões alimentares mais variados em todos os ciclos de vida. 
Programa de Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada Saudável
Diferentes estratégias têm sido pensadas no sentido de estimular a autonomia dos indivíduos para a realização de escolhas e de favorecer a adoção de práticas alimentares (e de vida) saudáveis. Nesse sentido, as ações de PAAS fundamentam-se nas dimensões de incentivo, apoio, proteção e promoção da saúde e devem combinar iniciativas focadas em: 
 
31
* Políticas públicas; 
* Criação de ambientes favoráveis à saúde nos quais o indivíduo e comunidade possam exercer o comportamento saudável; 
* Reforço da ação comunitária; 
* Desenvolvimento de habilidades pessoais por meio de processos participativos e permanentes; 
* Reorientação dos serviços na perspectiva da promoção da saúde. 
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
Já visto durante apresentação anterior, o PNSVA ou PNSV busca suprir as necessidades desta vitamina em um público específico: Crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós-parto imediato (antes da alta hospitalar).
Existem algumas informações sobre o programa que vale muito a pena agregar, e serão destacadas à seguir.
No Brasil, a deficiência de vitamina A é um problema de saúde pública moderado, sobretudo, na Região Nordeste e em alguns locais da Região Sudeste e Norte. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS-2006) traçou o perfil das crianças menores de cinco anos e da população feminina em idade fértil no Brasil. (DAB, 2016)
32
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
33
Nesta pesquisa, foram observados níveis inadequados de vitamina A em 17,4% das crianças e 12,3% das mulheres em idade fértil. Nas crianças, as maiores prevalências encontradas foram no Nordeste (19,0%) e Sudeste (21,6%) do País. Nas mulheres, as prevalências nas regiões foram: Sudeste (14%), Centro-Oeste (12,8%), Nordeste (12,1%), Norte (11,2%) e Sul (8%) (BRASIL, 2009).
Evidências científicas referentes ao impacto da suplementação com vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade apontam para redução do risco global de morte em 24%, de mortalidade por diarreia em 28% e mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45%.
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
34
Diante desse impacto positivo, a OMS recomenda a administração de suplementos de vitamina A para prevenir a carência, a xeroftalmia e a cegueira de origem nutricional em crianças de 6 a 59 meses. Ressalta ainda que a suplementação profilática de vitamina A deve fazer parte de um conjunto de estratégias para melhoria da ingestão desse nutriente, portanto associado à diversificação da dieta (OMS, 2011).
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
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PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
36
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
Distribuição dos suplementos:
O Ministério da Saúde adquire os suplementos de vitamina A de forma centralizada e encaminha a todos os Estados, que, por sua vez, são responsáveis pela distribuição aos municípios.
A distribuição é realizada de forma universal e gratuita às unidades de saúde que conformam a rede do SUS. O público assistido deve ser orientado acerca de uma alimentação saudável e sobre a importância do consumo de alimentos fontes de vitamina A. 
Em 2012, a ação do Brasil Carinhoso estende o programa para 100% dos municípios da Região Norte e aos municípios do Plano Brasil sem Miséria pertencentes à Região Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Ministério da Saúde. Portaria nº 729/GM, de 13 de maio de 2005
37
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2016
38
A avaliação contínua do perfil alimentar e nutricional da população e seus fatores determinantes compõe a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN). 
Recomenda-se que nos serviços de saúde seja realizada avaliação de consumo alimentar e antropometria de indivíduos de todas as fases da vida (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes) e que estas observações possam ser avaliadas de forma integrada com informações provenientes de outras fontes de informação, como pesquisas, inquéritos e outros Sistemas de Informações em Saúde (SIS) disponíveis no SUS.
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Para exercer a Vigilância Alimentar e Nutricional ampliada é importante a adoção de diferentes estratégias de vigilância epidemiológica, como inquéritos populacionais, chamadas nutricionais, produção científica, com destaque para a VAN nos serviços de saúde. 
Estas estratégias juntas irão produzir um conjunto de indicadores de saúde e nutrição que deverão orientar a formulação de políticas públicas e também das ações locais de atenção nutricional.
39
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
PORQUE FAZER VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL?
O Brasil tem acompanhado mudanças globais no perfil populacional no que tange às principais questões de saúde pública. A redução nos coeficientes de fecundidade e mortalidade, associada ao aumento da expectativa de vida, caracteriza a transição demográfica. 
Concomitantemente ocorre a transição epidemiológica, marcada pela redução na prevalência de doenças transmissíveis e de deficiências nutricionais (ligadas principalmente à pobreza, à falta de saneamento básico e à falta de acesso aos serviços de saúde) e pelo aumento das doenças crônicas e dos agravos não transmissíveis. (PAIM et al., 2011; VICTORA et al., 2011; BARRETO et al., 2011; SCHMIDT et al., 2011; IBGE, 2009).
MARCO DE REFERÊNCIA DA VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA, 2015
40
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
41
Já a transição nutricional está associada às transições demográfica, epidemiológica e alimentar. 
Ela se caracteriza por mudanças importantes nos hábitos alimentares da população brasileira nas últimas décadas, principalmente no que diz respeito à diminuição do consumo de alimentos tradicionais da dieta (como arroz, feijão e farinha de mandioca) e ao aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, bebidas açucaradas, macarrão instantâneo, biscoitos recheados, entre outros. (IBGE, 2010; MONTEIRO et al., 2000; POPKINS, 1994). 
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Evidências associam esse conjunto de alterações ao ganho excessivo de peso e ao aumento da incidência de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. (WORLD CANCER RESEARCH, 2007).
42
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
O estado nutricional influencia diretamente as condições de crescimento e desenvolvimento e o risco de morbimortalidade da população como um todo. Portanto, o acompanhamento da situação nutricional configura-se como ferramenta essencial de gestão, subsidiando o planejamento, a execução e a avaliação de ações em saúde (MONTEIRO et al., 2009)
43
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
44
Para que a VAN tenha condições de se levar a cabo, são necessários alguns suportes:
SISVAN
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
INQUÉRITOS POPULACIONAIS
CHAMADAS NUTRICIONAIS
INDICADORES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
INCENTIVO FINANCEIRO
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
SISVAN
A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nos serviços de saúde inclui a avaliação antropométrica (medição de peso e estatura) e do consumo alimentar cujos dados são consolidados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
  Para orientar a avaliação do estado nutricional na atenção básica, o Ministério da Saúde disponibilizou o documento "Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN" que apresenta orientaçõespara cada fase do curso da vida.
45
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
INQUÉRITOS POPULACIONAIS
Os inquéritos populacionais são definidos como pesquisas de base populacional, abrangendo uma amostra representativa da população sob vigilância e permitem a obtenção de uma informação pontual da situação de saúde do grupo incluindo a temática de alimentação e nutrição. 
CHAMADAS NUTRICIONAIS
As chamadas nutricionais têm sido estratégias realizadas durante as Campanhas Nacionais de Imunização a fim de mobilizar a população e gestores de saúde sobre a importância do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento na infância por meio do levantamento de informações sobre situação de saúde, dados antropométricos e consumo alimentar de crianças menores de cinco anos. 
46
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
INDICADORES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
O uso de indicadores relacionados à saúde e nutrição é frequente, como por exemplo em assuntos relacionados ao acompanhamento de ações, programas e estratégias, destacando-se o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ), Rede Cegonha, Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil (ANDI), entre outros.
47
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
INCENTIVO FINANCEIRO
A Portaria nº 2975 de 14 de dezembro de 2011 institui o apoio financeiro para a estruturação da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nos municípios e Distrito Federal, com foco nos polos do Programa Academia da Saúde e Unidades Básicas de Saúde (UBS) com Equipes de Atenção Básica (EAB) com adesão ao Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ-AB) homologada, por meio da aquisição de equipamentos antropométricos adequados. 
O incentivo financeiro é repassado na modalidade fundo a fundo, em parcela única anual, contemplando:
Polos do Programa Academia da Saúde já construídos e em funcionamento, que foram contemplados com incentivo para custeio das ações de promoção da saúde; e
- UBS dos municípios com EAB com adesão ao PMAQ, a partir do estrato 1, em seguida do estrato 2 e assim sucessivamente até atingir o limite de recurso orçamentário disponível em cada ano.
48
CONCLUSÃO
Todos programas e ações citados anteriormente tem suma importância para o crescimento, desenvolvimento de cada um de nós e para manutenção e cuidado da saúde e prevenção de inúmeras doenças e estados de morbidade.
Todos respeitam o direito adequado à alimentação e garantia de saúde.
Nós como futuros profissionais da área de saúde, devemos estar a par destes programas, a fim de informar aos diferentes tipos de pacientes sobre o que lhes é assegurado.
49
REFERÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA – DAB. Ministério da Saúde. Disponível em <http://dab.saude.gov.br/portaldab/index.php>. Acesso em 12 de dezembro de 2016.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. "Mortalidade infantil no Brasil "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/brasil/mortalidade-infantil-no-brasil.htm>. Acesso em 12 de dezembro de 2016.
SOUZA, C.B., SANTO, L.C.E., GIUGLIANE, E.R.J. Políticas Públicas de incentivo ao aleitamento materno: A experiência do Brasil. Revista Francesa, 2010. Disponível em <https://mamamiaamamentar.files.wordpress.com/2010/12/texto-revista-francesa.pdf >. Acesso em 12 de dezembro de 2016.
BADII C., SOLAN, M. Beribéri. Medically Review. Julho 2012. Disponível em <http://pt.healthline.com/health/beriberi#Prevenção6>. Acesso em 12 de dezembro de 2016.
GUIA DE CONSULTA PARA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, ASSISTÊNCIA E ATENÇÃO NUTRICIONAL DOS CASOS DE BERIBÉRI. Ministério da Saúde. Brasília, DF, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 729/GM, de 13 de maio de 2005. Institui o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília-DF, Seção 1, 14 maio 2005.
MARCO DE REFERÊNCIA DA VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA. Ministério da Saúde. Brasília, DF, 2015.
50

Outros materiais