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Resumo Psicossomatica

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Psicossomática
CONCEITO 
O termo psicossomático é derivado:
▪ Psique (mente)
▪ Soma (corpo)
Doença psicossomática 
Desordem física do corpo originada ou agravada pela psiquê ou por processos emocionais do individuo.
BREVE HISTÓRICO
O termo psicossomática foi utilizado pela primeira vez em 1818 por Heinroth - psiquiatra alemão.
Em 1922 Deutsch reintroduziu esse termo em Viena.
Volich (1998) destaca que desde sua origem a psicossomática foi marcada pelas descobertas freudianas, durante toda a sua obra Freud apresenta uma reflexão entre o psíquico e o somático. 
O modelo etiológico da histeria e da neurose atual constituem as primeiras referências da psicanálise para pensar a relação entre fatores psíquicos e doenças orgânicas. 
Todos os pioneiros da psicossomática tiveram contato com as formulações freudianas. 
(CAI NA PROVA)
O termo medicina psicossomática começou a ser utilizado nas primeiras décadas do século XX e foi consagrado quando em 1939 foi criada nos Estados Unidos uma sociedade médica com este nome passando então a ser editada uma publicação mensal de divulgação e pesquisas, editando estudos referentes a esse tema.
O processo da psicossomática consiste em uma das respostas psíquicas mais comuns utilizadas pelo ser humano, para externar sua dor mental. 
O ato de somatizar funciona como uma primitiva forma de comunicação não-verbal que promove a leitura de certos conflitos que não conseguem ser manifestados pelo indivíduo através da palavra.
FISIOLOGIA: NOÇÕES SOBRE O SISTEMA NEUROENDÓCRINO E IMUNOLÓGICO
O Sistema Límbico tem a função de iniciar a avaliação das situações que o indivíduo vivencia, bem como, dos fatos e eventos de vida. Nesse processo considera distintos elementos tais como a personalidade prévia, a experiência vivida, as circunstâncias atuais e as normas culturais. 
É esse sistema que também estabelece diversas interações entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico, fazendo interagir as percepções corticocerebrais com o hipotálamo.
De acordo com Selye (1959) foi o fisiologista francês Claude Bernard quem introduziu o conceito de homeostase do organismo, esclarecendo que o mesmo refere-se à capacidade do indivíduo em manter a constância de seu equilíbrio interno, independente de todas as modificações que ocorrem no meio ambiente.
Quanto ao sistema endócrino, este desempenha as funções de integração e controle das atividades metabólicas do organismo. Compõe-se de glândulas endócrinas que funcionam individualmente, em série ou em paralelo, sendo que suas ações estão interligadas.
O sistema imunológico do organismo se destaca por impedir que o mesmo contraia determinadas doenças. A imunidade surge de um processo exercido por funções celulares e hormonais, formando assim, o referido sistema. 
 A função imunológica representa uma complexa rede onde o anticorpo reconhece o antígeno e então, este passa a não ser tolerado, denominando-se esta ação como reação auto-imune.
Quando se trata de assuntos relacionados ao estresse e doenças psiquiátricas, o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é o eixo mais estudado. 
Um estresse físico ou psicológico causa uma série de respostas fisiológicas, em que a principal é a liberação de cortisol pelas glândulas adrenais. Para responder a um determinado tipo de estímulo, os neurônios do hipotálamo secretam peptídeos que estimulam a produção e liberação de adrenocorticotrofina (ACTH) pela adeno-hipófise.
INTERVENÇÕES 
Assim, entende-se, então, que será possível desenvolver terapias eficazes e específicas para os transtornos psiquiátricos e psicossomáticos a partir da compreensão detalhada das funções de integração e do funcionamento de cada tipo de neurotransmissores bem como de suas falhas em determinadas condições fisiopatológicas. 
Sabendo-se que o sistema nervoso central (SNC) tem a capacidade de unir informações provenientes tanto de fontes externas como internas.
ESTRESSE E SUAS CONSEQUÊNCIAS
O homem moderno vive constantemente sob tensões emocionais, prejudicando seu sistema nervoso, causando distúrbios psicossomáticos, especialmente quando se trata de indivíduos já com baixa resistência no organismo. 
Estas seriam as chamadas organoneuroses que se definem como as doenças orgânicas que o sujeito apresenta como consequência de conflitos emocionais.
Na psiconeuroimunologia estuda-se este aspecto psíquico na díade saúde/doença, desempenhando papel ativo em sua progressão, recidiva, e, provavelmente, no aparecimento da doença.
O termo estresse surgiu para designar as forças envolvidas em uma situação de ameaça à homeostase. 
Também é referido como qualquer mudança física ou psicológica que rompe o equilíbrio do organismo (altera a homeostase). 
O organismo reage ao estresse ativando um complexo repertório de respostas comportamentais e fisiológicas.
O estresse, seja de natureza física, psicológica ou social, compreende um conjunto de reações fisiológicas, as quais, sendo exageradas em intensidade e duração, acabam causando um desequilíbrio no organismo, muitas vezes com efeitos danosos.
Já há algumas doenças cuja etiologia psicológica está comprovada, são elas: asma brônquica, urticária, doenças infecciosas, artrite reumatóide, colite ulcerativa, neuplasias (câncer), esclerodermia, lupus eritematoso sistêmico, dermatomiosite.
Os desenganos, as desilusões, as frustrações, as decepções, as preocupações penosas, a dor moral, as indecisões; acarretam descargas emocionais, desgastando o sistema nervoso. Surgem, então, diversos males psíquicos e desordens somáticas.
A resposta imune ao estresse se dá através de uma ação conjunta entre o sistema nervoso, sistema endócrino e sistema imunológico. Por excesso de intensidade ou duração do estresse pode surgir alguma doença atrelada a qualquer desses sistemas.
DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
Dentre os fatores responsáveis pelo surgimento, curso e evolução das doenças, os fatores emocionais destacam-se como um dos mais relevantes, fatores tais como decorrentes dos relacionamentos interpessoais, estresses sociais e estrutura da personalidade. 
Raiva, paixão, tristeza, medo e uma série de emoções causam alterações no organismo, liberando ou inibindo a produção de substâncias, como adrenalina, cortisol e serotonina. 
O indivíduo tende a somatizar nas áreas do corpo que já estão mais fragilizadas ou já tiveram um problema no passado.
Atualmente há dados suficientes para se afirmar que as emoções positivas (alegria, felicidade, amor) potencializam a saúde, enquanto as emoções negativas (raiva, tristeza, ansiedade) tendem a comprometê-la. 
Por exemplo, em períodos de estresse, quando as pessoas desenvolvem muitas reações emocionais negativas, é mais provável que surjam certas doenças relacionadas com o sistema imunológico, como por exemplo, gripe, herpes, diarréias, ou outras infecções ocasionadas por vírus oportunistas.
Em contrapartida, o bom humor, o riso, a felicidade, têm se mostrado como fatores eficientes na manutenção e ou recuperação da saúde.
REFLETINDO...
Nas doenças psicossomáticas o indivíduo descarrega a angústia em um órgão específico e essa angústia é transformada em dor física e lesão.
A doença pode estar representando emoções que o indivíduo não conseguiu resolver. 
Manifestações orgânicas
ORIGEM DAS DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
A origem das doenças psicossomáticas é a dificuldade de entrar em contato com a dor emocional e na consequente impossibilidade de exprimi-la de modo adequado, no plano psicológico.
O corpo aparece como meio de expressão dessa dor.
A doença tem aspectos reprimidos – Groddeck (1989) e Jung (1985) rompe a visão causal da doença
Compreender a doença implica necessariamente observar o paciente de forma integral, como um todo, um organismo psique-corpo que adoece.
A psicossomática aparece como o caminho de aprender o homem como completo, como um todo.
O fator psicológico é a causa da doença: úlcera, gastrite, retocolite, cefaleia tensional, enxaqueca, dermatites, etc.
O fator psicológico não é a causa da doença, mas é o gatilho para a crise ou fator agravante da doença:artrite reumatoide, lúpus, asma e bronquite psicogênicas, psoríase, herpes labial e genital, etc.
O fator psicológico apenas agrava a doença: doenças crônicas ou incuráveis: cardiopatias, diabetes, aids, câncer, etc.
PSICOTERAPIA 
Após o diagnóstico o paciente deve manter acompanhamento médico para tratar, adequadamente, o quadro apresentado, pois a doença física realmente existe e exige tratamento clínico.
A psicoterapia também é necessária, seja para levar para o Psicólogo a angústia que está sendo jogada no órgão e que causou ou desencadeou a doença, seja para não agravá-la, diminuindo o número de crises. 
Psicoterapia ajuda o doente a se tratar da doença física já instalada, aceitando e respondendo melhor ao tratamento clínico.

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