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Educação e Novas Tecnologias - (UniFatecie)

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Prévia do material em texto

Educação e 
Novas Tecnologias
Professora Ma.Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Ma.Fabiane Fantacholi Guimarães
Professora Ma. Greicy Juliana Moreira 
EduFatecie
E D I T O R A
Reitor
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino 
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz 
Campano Santini
Diretor Administrativo 
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico 
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e 
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino 
Prof.ª Dra. Nelma Sgarbosa 
Roman de Araújo
Coordenação Adjunta de 
Pesquisa 
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de 
Extensão 
Prof. Esp. Heider Jeferson 
Gonçalves 
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação a Distância 
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Kauê Berto
Projeto Gráfico, Design
e Diagramação
André Dudatt
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333, 
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2 
Rua Candido Berthier Fortes, 
2177, Centro Paranavaí-PR 
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3 
Rua Pernambuco, 1.169, 
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4 
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina 
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.unifatecie.edu.br/site/
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir do 
site ShutterStock
https://orcid.org/0000-0001-5409-4194
2021 by Editora EduFatecie 
Copyright do Texto © 2021 Os autores 
Copyright © Edição 2021 Editora EduFatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva 
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora EduFatecie. Permitido 
o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a 
possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
EQUIPE EXECUTIVA
Editora-Chefe 
Prof.ª Dra. Denise 
Kloeckner Sbardeloto
Editor-Adjunto 
Prof. Dr. Flávio Ricardo 
Guilherme
Assessoria Jurídica 
Prof.ª Dra. Letícia 
Baptista Rosa
Ficha Catalográfica 
Tatiane Viturino de 
Oliveira
Zineide Pereira dos 
Santos
Revisão Ortográ-
fica e Gramatical
Prof.ª Esp. Bruna 
Tavares Fernades
Secretária
Geovana Agostinho 
Daminelli
Setor Técnico 
Fernando dos Santos 
Barbosa
Projeto Gráfico, 
Design e 
Diagramação
André Dudatt
www.unifatecie.edu.br/
editora-edufatecie
edufatecie@fatecie.edu.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
C469e Charal, Claudiana Marcela Siste 
 Educação e novas tecnologias / Claudiana Marcela Siste 
 Charal, Fabiane Fantacholi Guimarães, Mestre Greicy Juliana 
 Moreira. Paranavaí: EduFatecie, 2021. 
 116 p. : il. Color. 
 ISBN 978-65-87911-47-2 
1. Tecnologia educacional. 2. Inovações educacionais. I.
Guimarães, Fabiane Fantacholi. II. Moreira, Greicy Juliana. III. Centro
Universitário UniFatecie. IV. Núcleo de Educação a Distância. V. Título.
CDD : 23 ed. 371.33 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
AUTORAS
Claudiana Marcela Siste Charal
●	 Mestre	em	Promoção	da	Saúde	no	Envelhecimento	Ativo	(Unicesumar)
●	 Licenciatura	Plena	em	Educação	Física	(CESUMAR)
●	 Especialista	em	Neuroaprendizagem	(Unicesumar)
●	 Especialista	em	Tecnologias	Aplicadas	no	Ensino	A	Distância	(UniFCV)
●	 Especialista	em	Docência	no	Ensino	Superior:	Tecnologias	Educacionais	e		 	
	 Inovação	(Unicesumar)
●	 Tutora	Pedagógica	(UniFCV)
●	 Professora	orientadora	de	trabalho	de	conclusão	de	curso	da	Pós-Graduação		
	 (UniFCV)
●	 Professora	conteudista	na	área	da	Educação	(UniFCV/UniFATECIE)
●	 Experiência	no	Ensino	Superior	(presencial	e	a	distância)	desde	2019	até	os			
	 dias	atuais.
Acesse	meu	currículo	lattes:	http://lattes.cnpq.br/7940297809849482
Fabiane Fantacholi Guimarães
●	 Mestre	em	Metodologias	para	o	Ensino	de	Linguagens	e	suas	Tecnologias	
	 (Universidade	Pitágoras	Unopar).
●	 Licenciatura	e	Bacharel	em	Pedagogia	(CESUMAR).
●	 Especialista	em	Psicopedagogia	Institucional	(Faculdade	Maringá)
●	 Especialista	em	Educação	Especial	(Faculdade	de	Tecnologia	América	do	Sul)
●	 Especialista	em	EAD	e	as	Novas	Tecnologias	Educacionais	(UniCESUMAR).
●	 Especialista	em	Docência	no	Ensino	Superior	(UniCESUMAR).
●	 Especialista	em	Tecnologias	Aplicadas	no	Ensino	A	Distância	(UniFCV).
●	 Professora	orientadora	de	trabalho	de	conclusão	de	curso	da	Pós-Graduação
	 (UniFCV).
●	 Professora	conteudista	na	área	da	Educação	(UniFCV/UniFATECIE).
●	 Professora	de	disciplinas	de	Pós-Graduação	na	área	da	Educação	(UniFEV).
●	 Coordenadora	de	cursos	EAD	de	Pós-Graduação	na	área	da	Educação	
	 (UniFCV).
●	 Supervisora	de	Cursos	EAD	de	Graduação	na	área	da	Educação	(UniFCV).
●	 Psicopedagoga	do	Núcleo	de	Atendimento	Escolar	(NEA).
●	 Experiência	na	Educação	Básica	há	9	anos.
●	 Experiência	no	Ensino	Superior	(presencial	e	a	distância)	desde	2012	
	 até	os	dias	atuais.
Acesse	meu	currículo	lattes:	http://lattes.cnpq.br/7315666246327967	
Greicy Juliana Moreira 
●	 Mestre	em	Letras		(UEM).
●	 Especialista	em	Língua	Portuguesa	-	Teoria	e	Prática	(América	do	Sul).
●	 Especialista	em	Psicopedagogia	Clínica	e	Institucional	(Faculdade	Maringá).
●	 Especialista	em	Educação	Especial	com	Ênfase	em	Libras	(Bom	Bosco).
●	 Especialista	em	Educação	Empreendedora	(Puc	-RJ).
●	 Especialista	em	Gestão	de	Pessoas	(Faculdade	Maringá).
●	 Especialista	em	Tecnologias	Aplicadas	no	Ensino	A	Distância	(UniFCV)
●	 Licenciatura	em	Letras	-	Português.
●	 Segunda	Licenciatura	(	Pedagogia	-	Unicesumar	-	em	andamento).
●	 Professora	da	Pós-Graduação	(UNIFEV).
●	 Tutora	Pedagógica	(UNIFCV).
●	 Professora	conteudista	na	área	da	Educação	(UniFCV/UniFATECIE).
●	 Instrutora	de	cursos	Técnicos	e	Profissionalizantes	(SENAC-PR).
●	 Experiência	na	área	de	Educação	há	12	anos.
●	 Experiência	no	Ensino	Técnico	e	Superior	e	Pós-Graduação	
	 (presencial	e	à	distância):	desde	2010	até	os	dias	atuais.
Acesse	meu	currículo	lattes:	http://lattes.cnpq.br/8929294723407914	
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Livro:	EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS
Professora	Mestre	Claudiana	Marcela	Siste	Charal
Professora	Mestre	Fabiane	Fantacholi	Guimarães
Professora	Mestre	Greicy	Juliana	Moreira	
Olá,	caro(a)	acadêmico(a)!	Seja	bem-vindo(a)	aos	estudos	sobre	a	educação	e	no-
vas	tecnologias,	no	qual	o	objetivo	geral	da	disciplina	é	propiciar	reflexão	sobre	educação	e	
tecnologias	(TICs),	suas	implicações	e	transformações	na	cultura	da	sociedade,	bem	como,	
a	articulação	de	recursos	e	práticas	educativas	no	processo	de	ensino/aprendizagem.
O	livro	é	composto	por	uma	introdução	seguida	de	quatro	unidades	criteriosamente	
analisadas	e	selecionadas	para	dar	sustentação	a	presente	discussão	e	conclusão,	bem	
como	todas	as	referências	e	sugestões	de	leitura	complementar,	livros	e	filmes.
Unidade	I	intitulada	“Educação,	Tecnológica	e	a	Aprendizagem”,	com	os	subtópicos:	
Contextualizando	a	história	da	tecnologia	na	educação	no	Brasil;	Evolução	tecnológica	e	a	
educação;	O	aprendizado	com	o	apoio	de	computadores	e	da	internet;	Implantação	de	um	
sistema	articulado	entre	educação,	comunicação	e	tecnologia.
Unidade	 II	 intitulada	 “Ambiente	Virtual	e	a	Aprendizagem”,	com	os	subtópicos:	A	
informática	no	processo	de	ensino/aprendizagem;	Uso	das	tecnologias	móveis	e	sem	fio	
(TMSF)	na	educação	a	distância;	Ambientes	virtuais	AVA;	As	principais	tecnologias	utiliza-
das	na	educação	escolar.
Unidade	III	intitulada	“Tecnologias	Digitais	na	Prática	Pedagógica”,	com	os	subtópi-
cos:	O	processo	de	ensino	e	aprendizagem	na	cultura	digital;	O	uso	pedagógico	das	mídias	
sociais;	Jogos	Digitais	na	prática	pedagógica;	Utilização	de	sites	como	recurso	pedagógico	
no	cotidiano	da	sala	de	aula;	As	tecnologias	digitais	como	suporte	para	o	trabalho	interdis-
ciplinar	na	escola.
Unidade	IV	intitulada	“Metodologias	para	Aprendizagem	Ativa”,	com	os	subtópicos:	
Aprendizagem	colaborativa	e	cooperativa;	Blended	learning,Educação	híbrida	e	a	Sala	de	
Aula	Invertida;	Storyboard/Storytelling;	Brainwriting/Brainstorm;	Peer	Instruction;	Gamificação.
Por	 fim,	 lembre-se	 caro(a)	 estudante,	 que	 o	 texto	 apresentado	 não	 irá	 esgotar	
todas	as	possibilidades	de	pensar	e	refletir	acerca	das	temáticas	abordadas,	mas	irá	iniciar	
momentos	 importantes	e	oportunos	para	a	compreensão	das	análises	realizadas	acerca	
das	temáticas	propostas.	
Assim,	vamos	dar	início	ao	nosso	trabalho.	Tenha	uma	ótima	leitura	e	não	se	esqueça!	
Esse	é	só	seu	primeiro	passo	no	campo	da	educação	e	das	novas	tecnologias.	Faça	outras	
viagens,	teça	outras	teias	e	consolide	seu	conhecimento	no	campo	da	formação	humana.
Vamos aos estudos!
SUMÁRIO
UNIDADE	I	...................................................................................................... 4
Educação Tecnológica e a Aprendizagem
UNIDADE	II	................................................................................................... 34
Ambiente Virtual e a Aprendizagem
UNIDADE	III	.................................................................................................. 57
Tecnologias Digitais na Prática Pedagógica
UNIDADE	IV	.................................................................................................. 86
Metodologias para Aprendizagem Ativa
4
Plano de Estudo:
● Contextualizando	a	história	da	tecnologia	na	educação	no	Brasil.
● Evolução	tecnológica	e	a	educação.
● O	aprendizado	com	o	apoio	de	computadores	e	da	internet.
● Implantação	de	um	sistema	articulado	entre	educação,	comunicação	e	tecnologia.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar	e	contextualizar	a	história	da	tecnologia	na	educação	no	Brasil.
● Conhecer	a	evolução	tecnológica	e	a	educação.
● Estabelecer	a	importância	do	aprendizado	com	o	apoio	de
computadores	e	da	internet.
● Analisar	a	implantação	de	um	sistema	articulado	entre
educação,	comunicação	e	tecnologia.
UNIDADE I
Educação Tecnológica e a 
Aprendizagem
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Fabiane Fantacholi Guimarães
Professora Mestre Greicy Juliana Moreira 
5
INTRODUÇÃO
UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
Olá,	estudante!	Aqui	iniciamos	a	primeira	unidade	desta	apostila	e	esperamos	que	
esteja	motivado	para	adquirir	novos	conhecimentos	relacionados	à	Educação	e	as	Novas	
Tecnologias.
Nesta	unidade,	você	vai	conhecer	a	história,	o	processo	de	evolução	da	educação	
e	a	 introdução	da	tecnologia	como	instrumento	de	transmissão	do	conhecimento.	A	con-
textualização	histórica	da	educação	no	Brasil	 se	 faz	necessária	para	que	você	entenda	
como	 foi	a	articulação	entre	 tecnologia	e	educação,	assim	como	ocorreu	o	processo	de	
aprendizado	com	o	apoio	de	computadores	e	da	internet.	Além	disso,	na	unidade	I,	vamos	
abordar	também	os	aspectos	relacionados	à	implantação	de	um	sistema	articulado	entre	
educação,	comunicação	e	tecnologia.
Agora	que	você	já	sabe	o	que	vai	aprender	nesta	unidade,	convido	você,	querido	
acadêmico(a),	para	embarcar	nessa	viagem	da	inserção	de	tecnologia	no	ambiente	educa-
cional.	Vamos	lá?!
Bons estudos!
6UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
1. CONTEXTUALIZANDO A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL
Caro(a)	acadêmico(a),	nesse	 tópico	conceituaremos	e	contextualizaremos	a	his-
tória	da	tecnologia	na	educação	no	Brasil,	que	começou	lá	nas	civilizações	antigas,	antes	
mesmo	da	aplicação	das	tecnologias	de	comunicação	e	da	informação.	Ficou	curioso	para	
compreender	um	pouco	mais	da	história	da	 tecnologia	na	educação?	Então,	continue	a	
leitura	e	fique	por	dentro	desse	assunto	sobre	a	evolução	da	tecnologia	na	educação,	em	
especial	no	Brasil.	
O	conceito-chave	de	tecnologia	refere-se	a	um	produto	da	ciência	que	envolve	um	
conjunto	de	instrumentos,	métodos	e	técnicas,	cujo	objetivo	é	a	resolução	de	problemas.	A	
definição	da	palavra	tecnologia	tem	origem	grega	(techne	—	“técnica,	arte,	ofício”	e	lógica	
—	“estudo”).	A	partir	das	acepções	da	palavra	tecnologia,		evidencia-se	que	ela	envolve	o	
conhecimento	técnico	e	científico,	além	das	ferramentas,	processos	e	materiais	criados	e/
ou	utilizados	a	partir	de	tal	conhecimento	(POCHO	et	al.,	2003).
Acadêmico(a),	 estamos	 muito	 acostumados	 a	 nos	 referir	 às	 tecnologias	 como	
equipamentos	e	aparelhos.	Na	verdade,	a	expressão	“tecnologia”	vai	além		da	utilização	de	
máquinas.	“O	conceito	de	tecnologia	engloba	a	totalidade	de	coisas	que	a	engenhosidade	
do	cérebro	humano	conseguiu	criar	em	todas	as	épocas,	suas	formas	de	uso,	suas	aplica-
ções”.	(KENSKI,	2015,	p.	23).	
7UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
Caminhando	para	o	conceito	de	tecnologia,	ela	é	a	ciência	da	técnica	que	estuda	a	
materialização	da	realidade	objetiva	do	ser	humano	em	instrumentos	e	máquinas.	(VIEIRA	
PINTO,	2005).	
Sempre	um	bem,	pelo	simples	fato	de	constituir	um	acréscimo	ao	conheci-
mento	humano,	a	expansão	da	cultura,	na	verdade	um	aspecto	da	mano-
bra	da	hominização,	mesmo	quando	impiedosa	na	aplicação,	em	virtude	das	
condições	sociais	ou	dos	interesses	dos	agentes	a	que	serve.	Em	princípio,	
a	tecnologia,	sendo	propriedade	social,	em	sentido	econômico	e	ético,	repre-
sentará	um	benefício	para	o	homem	se	a	sociedade	que	a	engendra	e	utiliza	
for,	ela	própria,	um	bem	para	o	homem.	(VIEIRA	PINTO,	2005,	p.	702).	
	Diante	do	exposto,	 infere-se	que	tecnologia	refere-se	a	tudo	o	que	é	construído	
pelo	homem	a	partir	da	utilização	de	diversos	recursos	naturais,	tornando-se	um	meio	pelo	
qual	realizam-se	atividades	com	objetivo	de	criar	ferramentas	instrumentais	e	simbólicas,	
para	transpor	barreiras	impostas	pela	natureza,	estabelecer	uma	vantagem,	diferenciar-se	
dos	demais	seres	irracionais	(ARAÚJO,	et.al.	2017).	
Assim,	 caro(a)	 acadêmico(a),	 identificamos	 que	 a	 palavra	 tecnologia	 é	 “[...]	 um	
conjunto	 de	 conhecimentos	 e	 princípios	 científicos	 que	 	 aplicam-se	 ao	 planejamento,	 à	
construção	e	à	utilização	de	um	equipamento	em	um	determinado	tipo	de	atividade”,	ou	
seja,	a	tecnologia	não	está	restrita	apenas	aos	aparelhos	e	equipamentos.	Isto	demonstra	
que	a	expressão	tecnologia	possui	inúmeras	definições	que	vão	além	de	máquinas.	(OLI-
VEIRA;	CASAGRANDE;	GALERANI,	2013,	p.	24).	
Dessa	forma,	é	possível	perceber	que	a	tecnologia	apresenta-se	como	uma	solução	
para	determinados	problemas	e,	a	partir	dessa	solução,	é	que	outras	novas	soluções	são	
criadas,	com	a	finalidade	de	melhoria	de	qualidade	de	vida	e	modernização	da	humanidade.
Mas,	caro(a)	acadêmico(a),	você	sabe	como	foi	a	evolução	tecnológica	ao	longo	do	
tempo	e	como	o	homem	utilizou	essas	tecnologias	de	conhecimento	e	benefícios	ao	seu	
favor	e	a	toda	sociedade?	Para	se	aprofundar	nesse	conhecimento	utilizaremos	o	texto	de	
Kenski	(2015)	e	de	outros	autores.	
Na	origem	da	espécie,	“[...]	o	homem	contava	apenas	com	o	conhecimento	natural	
de	seu	corpo	como	as	pernas,	cabeças,	braços,	músculos	e	cérebro”.	Na	realidade,	po-
demos	considerar	o	corpo	humano,	e	com	maior	relevância	e	importância	“[...]	o	cérebro,	
a	mais	diferenciada	e	aperfeiçoada	das	 tecnologias,	pela	sua	capacidade	de	armazenar	
informações,	raciocinar	e	usar	os	conhecimentos	de	acordo	com	as	necessidades	do	mo-
mento”.	(KENSKI,	2015,	p.	20).	
As	tecnologias	só	existem	devido	ao	raciocínio	humano,	através	do	qual	se	cria	e	
inova	as	ideias	ao	longo	do	tempo.	Assim,	são	os	conhecimentos	derivados	da	inteligência	
humana	que,	quando	colocados	em	prática,	dão	origem	aos	diferentes	equipamentos,	ins-
8UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
trumentos,	processos,	ferramentas	e	recursos.	As	tecnologias	são	tão	antigas	como	a	espécie	
humana	e	se	apresentam	como	uma	engenhosidade	humana	que	norteou	o	desenvolvimento.	
Desde	o	começo	da	humanidade,	o	homem	convive	com	o	surgimento	das	tecnologias	como	
forma	de	melhoria	da	sua	sobrevivência.	Com	o	passar	do	tempo,	as	tecnologias	evoluem	e	
se	adéquam	a	cada	sociedade	e	em	diferentes	épocas	(KENSKI,	2015).
Na	modernidade,o	uso	das	tecnologias	possibilitou	ao	homem	criar	máquinas	e	
diferentes	formas	de	energia	como	o	carvão	mineral,	responsável	pela	energia	à	vapor,	o	
gás	e,	posteriormente,	a	eletricidade	(esta	última	já	no	século	XIX).	A	criação	de	máquinas	
contribuiu	com	a	Revolução	 Industrial,	 tendo	como	resultado	a	construção	de	cidades	e	
obras	públicas.	(OLIVEIRA;	CASAGRANDE;	GALERANI,	2013).	O	uso	tecnológico	e	das	
fontes	de	energia	somados	à	criação	da	roda	resultaram	na	construção	de	meios	de	trans-
porte	como	a	locomotiva	movida	à	vapor.	Destaca-se	também,	outra	importante	descoberta:	
o	uso	dos	 telégrafos,	aperfeiçoando	o	sistema	de	comunicação	entre	 longas	distâncias.	
(MEDEIROS	J.;	MEDEIROS	L.,	1993).	
Muitas	foram	as	tecnologias	desenvolvidas	na	contemporaneidade,	dentre	as	quais	
destaca-se	a	descoberta	do	petróleo	como	combustível,	o	uso	de	seus	derivados	e	sua	
utilização	para	a	fabricação	de	plástico.	No	século	XX,	surgiram	as	grandes	produções	em	
massa:	máquinas	cada	vez	mais	modernas,	produzindo	os	robôs.	(CUNHA,	2001).	
Na	Idade	Contemporânea,	foi	descoberta	a	energia	solar	como	forma	de	energia	
importante,	bem	como	a	energia	nuclear.	Além	de	todas	essas	descobertas,	surgiram,	tam-
bém,	os	aparelhos	eletrônicos	como	a	televisão	e	o	rádio.	Após	estas	inovações,	surgiu	o	
computador	e,	com	este,	a	evolução	da	tecnologia	da	informação.	Assim,	o	final	do	século	
XX	 ficou	marcado	 como	 o	 avanço	 tecnológico	 -	 os	 aparelhos	 eletrônicos	 começaram	a	
ganhar	o	mundo,	ficando	cada	vez	menores	a	exemplo,	os	telefones	celulares,	as	câmeras	
digitais,	os	tablets	e	diversos	outros	aparelhos	(CUNHA,	2001).
Em	resumo,	na	década	de	40,	em	meio	a	segunda	guerra	mundial,	os	computadores	
modernos	surgiram.	Nos	Estados	Unidos,	na	década	de	60,	popularizou	o	microcomputador	
e	este	se	tornou	a	principal	ferramenta	de	trabalho.	Na	década	de	90,	a	internet	promoveu	
grandes	mudanças	nas	esferas	sociais	e	econômicas.	Estas	mudanças	alteraram	também	
a	dinâmica	escolar.	Em	1970,	houve	um	movimento	da	informática	na	educação,	tanto	no	
setor	administrativo	quanto	em	sistemas	eletrônicos	de	informação.	E	no	Brasil,	a	década	
de	80	foi	marcada	por	grandes	investimentos	governamentais	de	informática	na	educação.	
(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2015).
Em	1982,	 o	Ministério	 da	Educação	 -	MEC	 traçou	medidas,	 para	 estabelecer	 a	
política	da	informática	no	setor	da	educação	cultura	e	desporto,	a	quarta	diretriz	estipula:	
“Desenvolvimento	e	utilização	da	tecnologia	da	Informática	na	Educação,	respeitando	os	
valores	culturais	e	sócio-políticos	sobre	os	quais	assentaram-se	os	objetivos	do	sistema	
9UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
educacional”.	Em	 janeiro	de	1983,	o	secretário	de	 informática	baixou	a	portaria	número	
1/83,	criando	a	Comissão	Especial	n.	11/83	-	Informática	na	Educação.	
No	Brasil,	o	governo	federal	lançou	o	“Programa	um	computador	por	aluno	-	PROU-
CA”,	que	teve	por	objetivo,	segundo	eles,	ser	um	projeto	Educacional	utilizando	tecnologia,	
inclusão	digital	e	adensamento	da	cadeia	produtiva	comercial	no	Brasil.	
SAIBA MAIS
Você	sabia	que	o	Prouca	foi	um	registro	de	preços	(RPN)	do	FNDE	para	que	os	estados	
e	municípios	pudessem	comprar	com	recursos	próprios	ou	com	financiamento	do	BN-
DES?	Instituído	pela	Lei	nº	12.249,	de	14	de	junho	de	2010,	o	Prouca	teve	por	objetivo	
promover	a	inclusão	digital	pedagógica	e	o	desenvolvimento	dos	processos	de	ensino	
e	aprendizagem	de	alunos	e	professores	das	escolas	públicas	brasileiras,	mediante	a	
utilização	de	computadores	portáteis	denominados	laptops	educacionais.
O	equipamento	 adquirido	 contém	sistema	operacional	 específico	e	 características	 fí-
sicas	que	 facilitam	o	uso	e	garantem	a	segurança	dos	estudantes	e	 foi	desenvolvido	
especialmente	para	uso	no	ambiente	escolar.
O	FNDE	facilita	a	aquisição	desses	equipamentos	com	recursos	dos	próprios	estados	
e	municípios	por	meio	da	adesão	ao	pregão	eletrônico	disponível	em	https://www.fnde.
gov.br/sigarpweb/	
Perguntas	frequentes
1. Como adquirir os computadores do PROUCA?
É	necessário	aguardar	novo	pregão	ser	divulgado	no	site	do	FNDE.
2. Como ter acesso ao Pregão de 2012 PROUCA?
O	Programa	PROUCA	não	existe	mais	e	as	prefeituras	têm	que	fazer	a	adesão	ao	ProInfo.
3. Fiz a adesão ao PROUCA, mas o MEC ainda não liberou o financiamento, como
proceder nesse caso?
O	FNDE	não	está	mais	fazendo	convênios,	nem	liberação	de	recursos	para	o	PROUCA.
Fonte:	 BRASIL.	Ministério	 da	 Educação.	 Fundo	 Nacional	 de	 Desenvolvimento	 da	 Educação	 (FNDE).	
2021.	Disponível	em:		https://www.fnde.gov.br/	.	Acesso	em	25	de	março	de	2021.	
https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=LEI&num_ato=00012249&seq_ato=000&vlr_ano=2010&sgl_orgao=NI
https://www.fnde.gov.br/sigarpweb/
https://www.fnde.gov.br/sigarpweb/
https://www.fnde.gov.br/
10UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
O	projeto	começou	no	Brasil	por	intermédio	Nicholas	Negroponte,	Seymour	Papert	
e	Mary	Lou	Jepsen	que	vieram	ao	Brasil	especialmente	para	conversar	com	o	presidente	
Luiz	Inácio	Lula	da	Silva	e	expor	a	ideia	com	detalhes,	o	presidente	apoiou	a	ideia	e	formou	
uma	comissão	para	analisar	o	projeto	e	colocá-lo	em	prática,	esse	projeto	também	utiliza	
como	modelo	o	Projeto	Ceibal	do	Uruguai,	o	projeto	atua	diretamente	na	integração	social,	
na	democratização	do	conhecimento.	
Em	2007,	cinco	escolas	foram	beneficiadas,	agora	já	temos	o	UCA	total	que	tem	
como	objetivo	 inclusão	social,	 voltada	para	a	 incorporação	de	conhecimento	através	do	
uso	 intensivo	das	novas	 tecnologias	de	 informação	 -	TICs	no	processo	de	aprendizado	
de	crianças	e	jovens	do	ensino	fundamental	e	médio.	Seis	municípios	brasileiros	já	foram	
beneficiados	e	assim	terão	todas	as	suas	escolas	atendidas	pelo	programa,	são	elas:	Barra	
dos	Coqueiros/SE,	Caetés/PE,	Santa	Cecília	do	Pavão/PR,	São	João	da	Ponta/PA,	Tere-
nos/MS	e	Tiradentes/MG.
Estudos	publicados	sobre	a	implementação	do	Projeto,	apontam	que	tal	ação	teve	
um	baixo	nível	de	aproveitamento	e	um	padrão	de	funcionamento	bastante	divergente,	que	
reflete	forças	e	debilidades	locais.	Seu	enorme	potencial	não	foi	até	hoje	completamente	
aproveitado.	Contudo,	vale	destacar	que	mesmo		sendo	um	processo	de	implementação	
marcado	por	fortes	déficits	na	cadeia	de	transmissão	e	elevado	grau	de	descoordenação,	
teve	saldo	positivo	no	que	 tange	 	o	 resultado	da	distribuição	de	 laptops	aos	alunos	dos	
municípios	contemplados(LAVINAS,VEIGA,	2013).
Diante	do	exposto,	infere-se	que	o	projeto	teve	saldo	positivo,	pois		possibilitou	aos	
alunos	público-alvo	do	UCA-Total	 -	em	especial	aqueles	oriundos	de	 famílias	pobres	-	a	
descoberta	da	informática	e	também,	da	internet.	Assim,	conheceram,	entenderam	e	utiliza-
ram	esses	novos	recursos	tecnológicos.	E	a	escola,	por	sua	vez,	foi		a	grande	responsável	
pela	disseminação	dessa	inovação	(LAVINAS;	VEIGA,	2013).
Acadêmico(a),	 no	 próximo	 tópico	 vamos	 ampliar	 nossos	 conhecimentos	 sobre	
assunto.	Então,	venha	conosco,	embarque	nessa	viagem	pelo	mundo	da	tecnologia.
11UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
2. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E A EDUCAÇÃO
Caro(a)	acadêmico(a),	nesse	tópico	conheceremos	a	evolução	tecnológica	na	área	
da	educação,	porque,	assim	como	a	guerra,	a	tecnologia	também	é	essencial	para	a	edu-
cação,	ou	melhor,	a	educação	e	tecnologias	são	indissociáveis.	
Segundo	o	dicionário	Aurélio	(FERREIRA,	2010,	p.	271),	a	educação	diz	respeito:	
“1.	Ato	 ou	efeito	 de	educar(-se).	 2.	Processo	de	desenvolvimento	 da	 capacidade	 física,	
intelectual	e	moral	do	ser	humano.	3.	Civilidade,	polidez.	[...]”,	no	qual	visa	à	sua	melhor	
integração	individual	e	social.	
Para	que	ocorra	essa	integração,	é	preciso	que	sejam	compartilhados	conhecimen-
tos,	habilidades,	atitudes	e	valores	aos	educandos,	ou	seja,	“que	se	utilize	a	educação	para	
ensinar	sobre	as	tecnologias	que	estão	na	base	da	identidade	e	da	ação	do	grupo	e	que	se	
façauso	delas	para	ensinar	as	bases	dessa	educação”.	(KENSKI,	2015,	p.	43).	
Podemos	também,	caro(a)	acadêmico(a),	entender	a	relação	entre	educação	e	tec-
nologias	de	um	outro	ângulo,	o	da	socialização	da	inovação.	Para	ser	assumida	e	utilizada	
pelas	demais	pessoas,	além	do	seu	criador.	Diante	disso,	infere-se	que	a	nova	descoberta	
precisa	ser	ensinada.		Nesse	sentido,	a	forma	de	utilização	de	alguma	inovação,	seja	ela	
um	 tipo	novo	de	processo,	produto,	serviço	ou	comportamento,	precisa	ser	 informada	e	
aprendida.	Todos	nós	sabemos	que	a	simples	divulgação	de	um	produto	novo	pelos	meios	
publicitários	não	mostra	como	o	usuário	deve	fazer	para	utilizar	plenamente	seus	recursos	
12UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
e	é	nesse	momento	que	entra	o	papel	da	escola,	como	também	do	educador	inserido	no	
contexto	educacional.		(KENSKI,	2015).	
Para	 ilustrar	 a	 afirmativa	 anterior,	 tomemos	 como	 exemplo	 a	 compra	 de	 um	
computador		por	uma	pessoa	leiga	no	quesito	informática.	Considerando	tal	contexto,	os	
especialistas	na	área	asseveram	que	não	basta	para	essa	pessoa	adquirir	a	máquina,	ela	
precisa	aprender	a	utilizá-la,	precisa	descobrir	as	melhores	maneiras	de	obter	da	máquina	
auxílio	 para	 suas	 necessidades.	 Infere-se,	 portanto,	 que	 é	 preciso	 buscar	 informações,	
realizar	cursos,	pedir	ajuda	aos	mais	experientes,	enfim,	“utilizar	os	mais	diferentes	meios	
para	aprender	a	se	relacionar	com	inovação	e	ir	além”,	começar	a	criar	novas	formas	de	
uso	e,	desse	modo,	gerar	outras	utilizações.	Nesse	sentido,	os	estudiosos	sobre	o	assunto	
destacam	que	“Essas	novas	aprendizagens,	quando	colocadas	em	prática,	reorientam,	to-
dos	os	nossos	processos	de	descobertas,	relações,	valores	e	comportamentos”.	(KENSKI,	
2015,	p.	44).	
A	maioria	das	tecnologias	é	utilizada	como	auxiliar	no	processo	educativo.	Não	são	
nem	o	objeto,	nem	a	sua	substância,	nem	a	sua	finalidade.	Elas	estão	presentes	em	todos	
os	momentos	do	processo	pedagógico,	desde	o	planejamento	das	disciplinas,	a	elaboração	
da	proposta	curricular	até	a	certificação	dos	alunos	que	concluíram	um	curso.	A	presença	de	
uma	determinada	tecnologia	pode	induzir	profundas	mudanças	na	maneira	de	organizar	o	
ensino.	“Um	pequeno	exemplo	disso	é	o	ensino	de	um	idioma	baseado	exclusivamente	nos	
livros	didáticos	e	na	pronúncia	da	professora,	em	aulas	expositivas”.	(KENSKI,	2015,	p.	44).	
Assim,	a	organização	do	espaço,	do	 tempo,	o	número	de	alunos	que	compõem	
cada	 turma	e	os	objetivos	do	ensino	podem	 trazer	mudanças	significativas	para	as	ma-
neiras	como	professores	e	alunos	irão	utilizar	as	tecnologias	em	suas	aulas.	A	escolha	de	
determinado	tipo	de	tecnologia	altera	profundamente	a	natureza	do	processo	educacional	
e	 comunicação	 entre	 os	 participantes.	Uma	 sala	 de	 aula	 cheia	 de	 alunos,	 a	 aula	 dada	
em	anfiteatros	exigem	alguns	 recursos	 tecnológicos,	 como	microfones,	projetores,	entre	
outras	 tecnologias,	muito	diferente	dos	utilizados	para	o	ensino	dos	mesmos	conteúdos	
para	grupos	pequenos,	em	interação	permanente.	(KENSKI,	2015).	
Aluno(a),	para	que	você	entenda	melhor	esse	contexto	educacional	atual,	 faz-se	
necessário	dialogarmos	sobre	a	 linha	do	 tempo,	ou	seja,	 recordamos	alguns	momentos	
históricos	relacionados	à	educação	e	à	tecnologia:
13UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
● Educação	1.0:	Meados	do	século	XVIII,	elitizada,	tradicionalista,	individualista,
foco	no	educador	e,	os	recursos	utilizados	eram	lousa,	livros	e	cadernos.
● Educação	2.0:	Depois	da	Revolução	Industrial	até	mais	ou	menos	meados	do
século	XX,	o	foco	era	a	sala	de	aula	e	a	memorização.	A	dinâmica	das	aulas
passeava	entre	o	coletivo	e	o	individual.	A	utilização	de	recursos	tecnológicos
era	pouca	e	centralizada	nos	laboratórios	de	informática	e/ou	ciências.
● Educação	3.0:	Era	da	internet	e	tecnologia,	que	integrava	as	pessoas.	As	aulas
eram	mais	participativas	e	sobretudo,	colaborativas,	desenvolvendo	o	 trabalho
em	equipe.	Nesse	momento,	teve	início	o	ensino	híbrido	(presencial	e	à	distância).
● Educação	4.0	-	E4:	automaticamente	nossos	conhecimentos		nos	remetem	a
outra	expressão”	Indústria	4.0	e/ou	4ª	Revolução	Industrial”,	ou	seja,	um	mundo
totalmente	automatizado,	 imerso	em	uma	revolução	tecnológica:	a	 linguagem
computacional,	inteligência	artificial,	Internet	das	coisas	(IoT),	entre	outras.
Diante	do	exposto,	infere-se	que	as	mudanças	sócio-políticas	do	mundo	contem-
porâneo	 requerem	que	a	educação	acompanhe	as	evoluções	 tecnológicas	e	ainda,	que	
possibilite	 aprendizado	 significativo	 sobre	 o	 assunto	 para	 os	 educandos.	 Por	 isso,	 tor-
nam-se	necessárias	também	algumas	mudanças	no	enfoque	metodológico	da	Educação,	
adequando-os	às	novas	exigências	da	sociedade	em	que	vivemos.	Sociedade	essa	que	
necessita	urgentemente	de	ações	inovadoras.
É	importante	ressaltar,	que	os	estudantes	brasileiros,	apresentam	baixo	rendimento	
escolar	 e	 índices	 de	 reprovação	 consideráveis.	 Consequentemente,	 não	 adquiriram	 efi-
cazmente	conhecimentos	relevantes	para	a	vida	em	sociedade,	como	saber	ler	e	escrever	
de	forma	competente,	habilidades	essenciais	para	o	exercício	da	cidadania	e	atuação	no	
mundo	corporativo.	Além	disso,	muitos	não	dominam	as	inovações	tecnológicas,	que	são	
imprescindíveis	para	qualquer	área	do	conhecimento.
Assim	 sendo,	 o	 papel	 do	 professor,	 num	 contexto	 de	 ensino-aprendizagem,	 é	
investigar	o	que	está	dando	certo	ou	errado	e	acompanhar	as	 tendências	sociais.	Além	
disso,	diagnosticar	o	que	precisa	ser	modificado	ou	acrescentado,	e	também,	intervir	nos	
problemas	identificados	com	intuito	de	resolvê-los	(BORTONI	–RICARDO	,	2006,	p.	31).
Considerando	 o	 exposto,	 diante	 dessa	 nova	 perspectiva	 educacional,	 cabe	 ao	
professor,	por	meio	de	sua	 intervenção	pedagógica,	propiciar	situações	significativas	de	
aprendizagem,	em	que	o	saber	prévio	dos	alunos	seja	resgatado	e	reelaborado,	contextua-
lizando-se	o	conhecimento	formal	e	ampliando-os.	
14UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
Coaduna-se	a	essa	proposta,	o	papel	da	escola	básica,	que	tem	por	função	principal	
desenvolver	trabalhos,	considerando	as	vivências	sociais	dos	alunos,	mas	também	propi-
ciar	conhecimentos	necessários	para	o	desenvolvimento	acadêmico,	social	e	profissional.	
Conforme	aponta	os	dizeres	das	DCEs	do	Paraná,	subsidiadas	pela	teoria	bakhtiniana	e	
seu	círculo	(PARANÁ,	2008).
Estudante,		portanto,	a	tecnologia	é	uma	realidade	e	está	ativamente	inserida	em	
nossas	vidas,	seja	no	contexto	pessoal,	social	e/ou	acadêmico	e	o	uso	dos	mais	variados	
recursos	tecnológicos	têm	se	multiplicado,	pois	somos	cidadãos	4.0.	Por	esses	motivos,	foi	
considerada	essencial	a	implementação	de	um	modelo	que	torne	o	ensino	mais	atraente	e	
aderente	à	realidade	do	século	XIX,	porque	as	mudanças	da	educação	do	Brasil	buscam	
resultados	na	conexão	dos	jovens	ao	que	é	ofertado	no	ensino	e	maior	 inserção	desses	
jovens	ao	mercado	de	trabalho.
No		próximo	tópico,	ampliaremos	as	informações	sobre	o	assunto.	Vamos	lá!
15UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
3. O APRENDIZADO COM O APOIO DE COMPUTADORES E DA INTERNET
Caro(a)	 acadêmico(a),	 nesse	 tópico	 estabeleceremos	 a	 importância	 da	 aprendi-
zagem	com	o	apoio	de	computadores	e	da	internet.	Para	isso,	iremos	realizar	um	resgate	
sobre	a	história	do	computador.
Os	primeiros	 computadores	 da	 era	moderna	 eram	eletromecânicos,	 construídos	
com	dispositivos	magnéticos	chamados	“relés”.	“Era	a	mesma	tecnologia	usada	nas	cen-
trais	 telefônicas.	Esses	 computadores	 tiveram	vida	 curta,	 sendo	 logo	 substituídos	 pelos	
eletrônicos”.	(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2015,	p.	62).
O	primeiro	computador	eletrônico,	o	Eniac,	 foi	construído	em	1946,	nos	Estados	
Unidos,	ele	tinha	19	mil	válvulas	e	consumia	200	quilowatts	de	potência	elétrica	(o	equiva-
lente	à	energia	necessária	para	o	consumo	de	100	casas),	funcionava	por	poucas	horas,	
até	que	algumas	válvulasfalhavam	e	tinham	de	ser	substituídas.	
Nessa	época,	para	programar	um	computador,	era	preciso	saber	detalhes	de	sua	
construção,	e,	em	geral,	quem	trabalhava	nessas	máquinas	eram	as	próprias	pessoas	que	
as	projetavam,	por	isso,	esses	computadores	acabavam	ficando	nos	laboratórios	em	que	
eram	construídos.	(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2015).	
No	final	da	década	de	1940,	foi	inventado	o	transistor,	que	era	menor,	mais	rápido	
e	falhava	menos	que	a	válvula.	Além	disso,	os	computadores	com	transistores	consumiam	
menos	energia,	em	torno	de	5	quilowatts	(o	equivalente	à	energia	necessária	para	o	con-
sumo	de	2	casas).	Como	eram	mais	acessíveis	que	os	primeiros	computadores,	máquinas	
16UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
com	transistores	foram	instaladas	em	algumas	empresas	e	podiam	ser	operadas	por	profis-
sionais	especializados,	e	não	só	por	seus	projetistas.	
Na	década	de	1960,	os	Estados	Unidos	revelaram	ao	mundo	uma	nova	invenção:	
os	circuitos	integrados.	Os	transistores	foram	deixados	de	lado	e	a	eletrônica	miniaturizada	
permitiu	a	construção	de	computadores	menores,	surpreendentemente	mais	rápidos,	ba-
ratos	e	eficientes	que	os	anteriores.	Cada	vez	mais	essas	máquinas	passaram	a	ser	úteis	
nas	empresas.	
Foram	desenvolvidos	programas	de	computadores	capazes	de	zelar	pelo	funciona-
mento	do	próprio	computador.	Conhecidos	como	“sistemas	operacionais”,	eles	tornaram	as	
operações	das	máquinas	mais	seguras	e	possibilitaram	que	fossem	usadas	por	um	número	
maior	de	pessoas.	(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2015,	p.	62).	
A	essa	altura,	as	empresas	já	dependiam	muito	dessas	máquinas	para	funcionar.	
Os	programas	de	computador	emitem	faturas,	fazem	cobranças,	preparam	folhas	de	paga-
mento,	cadastrar	clientes	e	muito	mais.	Até	que	surgiu	o	microcomputador,	sem	que	ninguém	
imaginasse	a	mudança	que	ele	iria	provocar	no	dia	a	dia	das	empresas	e	das	pessoas.	O	
primeiro	passo	foi	dado	no	início	da	década	de	1970	pela	Intel	Corporation,	uma	pequena	
empresa	norte-americana,	eles	inventaram	um	dispositivo	chamado	de	“microprocessador”	
para	máquinas	de	calcular	e,	depois,	modificaram	esse	componente	para	que	fosse	usado	
em	computadores.
A	ideia	deu	certo	e,	no	início	da	década	de	1980,	os	microcomputadores	chegaram	
ao	mercado.	Desde	o	primeiro	momento,	parecia	uma	“epidemia”,	todo	mundo	queria	ter	
um.	Hoje,	há	milhões	de	computadores	em	operação.	Cada	uma	dessas	máquinas	é	milha-
res	de	vezes	mais	poderosas	que	seus	“bisavôs”da	década	de	1940.	
Na	década	de	1990,	a	grande	inovação	foi	a	internet.	“Ela	promoveu	grandes	mu-
danças,	interferindo	na	estrutura	dos	diferentes	sistemas	e	transformando	as	relações	e	as	
comunicações	globais”.	(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2015,	p.	63).	
Agora	 caro(a)	 acadêmico(a)	 iremos	 apresentar	 um	 resumo	 do	 desenvolvimento	
dos	computadores,	o	qual	pode	ser	dividido	em	cinco	gerações.	Vide	o	quadro	abaixo:	
17UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
QUADRO 1 - GERAÇÕES DE COMPUTADORES
Primeira	geração	
(1945-1959)
Uso	de	válvulas eletrônicas	e	quilômetros	de	fios;	os	
computadores	 eram	 lentos,	 enormes	 e	 esquentavam	
muito.	
Segunda	geração	
(1959-1964)
Substituição	das	válvulas	eletrônicas	por	transistores	e	
dos	fios	de	 ligação	por	circuitos impressos;	 isto	 tor-
nou	os	computadores	mais	rápidos,	menores	e	de	custo	
mais	baixo.	
Terceira	geração	
(1964-1970)
Criação	dos	circuitos integrados	que	proporcionaram	
maior	compactação,	redução	dos	custos	e	velocidade	de	
processamento	da	ordem	de	microssegundos;	tem	início	
a	utilização	de	avançados	sistemas operacionais.	
Quarta	geração	
(1970-1990)
Aperfeiçoamento	da	tecnologia	já	existente,	proporcio-
nando	uma	otimização	da	máquina	para	os	problemas	
do	 usuário,	maior	 grau	 de	miniaturização,	 confiabili-
dade	e	velocidade	maior,	na	ordem	de	nanossegundos	
(bilionésima	parte	do	segundo).	
Quinta	geração	
(1990	em	diante)	
Surgimento	 da	 inteligência artificial	 e	 dispositivos	
cada	vez	menores	e	mais	potentes	conectados	à	rede	
internet.	
Fonte:	(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2015,	p.	63	-	64).	
SAIBA MAIS
Para	saber	mais	sobre	a	História	do	computador	e	da	internet.	
Acesse	“A	história	dos	computadores	e	da	internet	e	o	acesso	à	informação”	do	canal	
Khan	Academy	Brasil.	
Fonte:	https://www.youtube.com/watch?v=o1FiPSv60aY	
Dando	continuidade	a	nossa	temática,	caro(a)	acadêmico(a)	o	computador	como	
tecnologia	educacional	apresenta	uma	característica	específica:	com	frequência,	o	aluno	
domina	muito	mais	essa	tecnologia	do	que	o	seu	professor	e,	também,	passa	a	manipulá-la	
sem	medo	e	sem	restrições.	Essa	característica	já	começa	a	exigir	do	professor,	uma	mu-
dança	de	postura	em	sala	de	aula,	em	que	a	interação	com	seus	alunos	passará	a	ser	uma	
atitude	necessária	para	o	bom	andamento	do	seu	trabalho	pedagógico.
Um	olhar	 sobre	 o	 histórico	 da	 introdução	 da	 informática	 nas	 escolas	 brasileiras	
revela	um	percurso	muito	aproximado	ao	que	ocorreu	no	restante	da	América	Latina:	ela	
https://www.youtube.com/watch?v=o1FiPSv60aY
18UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
tem	sido	utilizada	tanto	em	uma	perspectiva	instrucional	quanto	em	uma	perspectiva	cons-
trucionista.	
Na	perspectiva	instrucional,	o	computador	é	objeto	de	estudo.	O	conhecimento	de	
hardware	e	software	e	seus	mecanismos	passam	a	ser	o	objetivo	do	trabalho	de	informática.	
(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2015).
Na	perspectiva	construcionista,	o	computador	é	utilizado	como	recurso.	O	termo	
construcionista	está	diretamente	relacionado	à	denominação	construtivista.	Dentro	dessa	
perspectiva,	os	sujeitos	que	utilizam	o	computador	podem	representar	suas	ideias,	resolver	
problemas,	criar	soluções,	desenvolver	algo.	(BRITO;	PURIFICAÇÃO,	2015).
O	computador	é	uma	ferramenta	valiosa	para	a	nova	geração	cultural,	pois	a	difu-
são	da	informática	é	primordial	entre	os	indivíduos	e	entre	os	grupos	sociais.	(SILVA,	1996).	
A	 utilização	do	 computador	 pode	 individualizar	 o	 estudo	de	 comportamento	 dos	
sujeitos,	 tornar	 os	alunos	autônomos	na	gestão	de	 sua	aprendizagem,	 tratar	 em	 tempo	
real	uma	parte	da	avaliação,	integrar	numerosas	informações	multidimensionais,	diminuir	o	
efeito	emocional	da	avaliação.	(ALMOULOUD,	1997).	
Aqui,	utilizamos	dois	autores	para	mostrar	que,	temos	lado	positivo	e	negativo,	no	
entanto,	na	literatura	existem	vários	autores	que	percebe	que	essa	tecnologia,	é	bem-vinda,	
que	a	decantam	nos	seus	grandes	méritos,	para	alguns	e	mal	vista	por	outros,	que	apontam	
seu	lado	restrito,	muitas	vezes	provoca	grandes	polêmicas,	as	quais	nem	sempre	abrem	
espaço	para	um	confronto	enriquecedor	e	frutífero	de	ideais.	
O	uso	do	computador	nas	escolas	traz	inúmeras	possibilidades	e	mudanças	sig-
nificativas	para	o	processo	de	ensino	e	aprendizagem,	pois	oferece	diversos	recursos	que	
exprimem	 diferentes	 atividades,	 principalmente	 quando	 conectados	 à	 Internet,	 uma	 vez	
que	a	 Internet	 amplia	 as	 possibilidades,	 e	 concebe	ao	aluno	as	diferentes	 experiências	
e	aprendizagens,	 fazendo-o	 interagir	 com	diferentes	 formas	de	 textos,	 imagens,	 sons	e	
relações	interpessoais,	propondo	a	comunicação	com	pessoas	geograficamente	distantes	
e	de	culturas	diferentes.	(SOUZA,	2013).
São	muitas	as	vantagens	que	a	Internet	oferece	para	o	processo	de	ensino	e	apren-
dizagem,	como	podemos	verificar	nas	literaturas	de	autores	que	realizam	esta	pesquisa,	
quando	utilizada	de	forma	adequada,	no	entanto,	existem	alguns	problemas	e	limitações	
quando	sua	utilização	é	feita	de	maneira	incorreta	e	despreparada,	podendo	gerar	alguns	
transtornos	no	processo	educacional.
19UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
A	Internet	é	uma	importante	fonte	de	pesquisa	e	canal	de	comunicação,	e	as	es-
colas	precisam	acompanhar	essas	mudanças	adaptando-se	às	novas	formas	de	atender	a	
atual	demanda	social.	(SOUZA,	2013).
Sendo	assim,	torna-se	necessário	que	as	crianças	tenham,	desde	cedo,	o	acesso	
a	essa	tecnologia.	As	escolas	devem	estimular	o	uso	doscomputadores	e	da	Internet	a	fim	
de	dinamizar	o	processo	de	ensino	e	aprendizagem,	auxiliando	o	aluno	na	construção	do	
seu	próprio	conhecimento	de	forma	interativa,	conforme	observação	da	BNCC	no	eixo	5:	
“Compreender,	utilizar	e	criar	tecnologias	digitais	de	informação	e	comunicação	de	forma	
crítica,	significativa,	reflexiva	e	ética	nas	diversas	práticas	sociais”	(BNCC,	2018).
A	vantagem	de	se	utilizar	as	tecnologias	como	ferramentas	didáticas,	é	a	dinamiza-
ção	dos	conteúdos	que	elas	permitem,	estimulando	os	alunos	a	trabalharem	a	autonomia	
e	a	criatividade.	 Isso	 faz	com	que	a	educação	ultrapasse	as	paredes	da	sala	de	aula	e	
contribua	para	a	diminuição	da	exclusão	digital.	A	Internet	aproxima	as	pessoas	e	diminui	
os	espaços,	e	muitos	dos	indivíduos	que	têm	dificuldades	de	socializar,	conseguem	através	
dela	se	expressar	e	se	comunicar	melhor.	(SOUZA,	2013).
As	 tecnologias	 podem	 ajudar	 por	 um	 lado,	 mas	 também	 podem	 atrapalhar	 por	
outro.	Nunca	se	viu	 tanta	 informação	disponível,	 tantas	 tecnologias,	mas	nunca	se	 teve	
tanta	dificuldade	de	comunicação,	quando	se	trata	de	interação,	participação	e	qualidade	
da	informação.(SOUZA,	2013).
Algumas	escolas	utilizam	os	computadores	para	o	simples	ensino	de	informática,	
ensinando	os	alunos	a	mera	digitação	e	pesquisas	na	Internet.	Tais	pesquisas,	muitas	vezes	
acontecem	de	forma	superficial,	na	qual	os	alunos	apenas	copiam	e	imprimem	os	textos	tais	
quais	são	encontrados	nas	páginas	da	Internet,	contribuindo	para	o	baixo	desenvolvimento	
cognitivo	dos	mesmos.	Além	disso,	existem	professores	que	utilizam	as	novas	tecnologias	
sem	refletir	muitas	vezes	sobre	o	seu	papel	pedagógico,	que	deveria	estar	direcionado	para	
uma	prática	construtiva	do	conhecimento.	(SOUZA,	2013).
Outro	problema	é	que	a	Internet	oferece	diversas	possibilidades	de	busca,	e	as	suas	
páginas	muitas	vezes	encantam	os	alunos	e	tiram	o	foco	principal	que	é	a	interpretação.	
Na	realização	de	aulas	com	o	uso	da	Internet,	os	alunos	podem	ficar	dispersos	navegando	
pelos	 sites,	 abrindo	muitas	 páginas,	 confundindo	 qualidade	 com	 quantidade.	 Existe	 um	
deslumbramento	com	as	imagens	e	sons	encontrados	na	Internet,	 levando	muitas	vezes	
os	alunos	a	não	considerarem	o	conteúdo,	consumindo	a	 informação	de	modo	rápido	e	
superficial,	sem	internalizar	e	refletir	sobre	o	conteúdo.	(SOUZA,	2013).
O	uso	dos	computadores	e	Internet	podem	inovar,	mas	também	podem	reproduzir	
um	ensino	tradicional,	pois	o	fato	de	usar	as	tecnologias	não	garante	a	qualidade	do	ensino,	
mas	sim	a	forma	como	são	utilizadas.	
20UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
SAIBA MAIS
Você	 sabia	 que	 a	 Internet	 disponibiliza	 milhares	 de	 acessos	 a	 locais	 nunca	 antes	
imagináveis	e,	com	isso,	disponibiliza	um	amplo	aprendizado?	
Segue	 alguns	 sites	 utilizados	 para	 a	 busca	 de	 conhecimentos,	 disponíveis	 no	 site	
Techtudo	(apud	VIANA,	2012):
- YouTube:	visitado	por	bilhões	de	usuários	no	mundo	todo,	o	site	reúne	vídeos	sobre
os	mais	variados	assuntos.	Além	disso,	neste	mês,	o	Google	divulgou	que	existem	mais
de	mil	canais	educativos	na	página.
- Udutu:	 editor	 e	 publicador	 de	 cursos	 online,	 o	 site	 permite	 criar	 e	 organizar	 uma
sequência	de	aulas,	sem	a	necessidade	de	grandes	conhecimentos	sobre	programação.
Além	disso,	todo	o	arquivo	gerado	pela	página	pode	ser	salvo	em	um	CD.
- JClic:	 [...]	 Por	meio	 dela,	 os	 professores	 podem	 desenvolver	materiais	 de	 estudo,
quebra-cabeças,	palavras	cruzadas	e	até	testes	e	provas,	tudo	isso	por	um	conjunto	de
ferramentas	em	Java.
- Flash Page Flip: o	site,	que	funciona	em	inglês,	permite	a	criação	de	revistas	digitais,
com	textos,	fotos	e	até	sons.
- Toondoo:	com	comandos	em	inglês,	o	software	explora	o	aprendizado	da	língua	por
meio	da	criação	de	histórias	em	quadrinhos	feitas	pelos	próprios	alunos.
- Geogebra:	O	objetivo	desta	ferramenta	é	facilitar	e	aproximar	os	alunos	da	matemática.
Por	isso,	o	site	reúne	recursos	de	álgebra,	geometria,	gráficos	e	tabelas.
- Selariam:	um	planetário	na	tela	do	computador.	O	programa	permite	mostrar	planetas
e	 constelações	 em	 3D.	 O	 software	 pode	 ser	 visualizado	 nos	 sistemas	 operacionais
Windows,	Mac	e	Linux.
- Pense +:	com	aplicativo,	desenvolvido	para	Android,	o	professor	pode	trabalhar	mais
de	350	questões	dos	simulados	do	Ensino	Nacional	do	Ensino	Médio	(ENEM)	dos	anos
de	2009	e	2010.
- Músculos Anatomia:	com	este	aplicativo,	gratuito	para	Android,	é	possível	acessar
imagens	e	descrições	detalhadas	sobre	toda	a	anatomia	humana.
- Google Maps:	mapa	virtual	do	Google	 repleto	de	 interatividade,	o	Maps	permite	a
navegação	por	escalas	dos	mais	variados	lugares	do	mundo.
- Google Art Project:	 também	desenvolvida	pelo	Google,	 a	 ferramenta	permite	 que
o professor	crie	uma	visita	virtual	aos	principais	museus	do	mundo	e	tenha	acesso	às
obras	de	arte	consagradas.
21UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
- Tríade:	 boa	plataforma	para	professores	de	História	 ensinarem	sobre	a	Revolução
Francesa.	O	jogo,	produzido	no	Brasil,	e	de	download	gratuito,	faz	uma	viagem	ilustrada
ao	século	XVII,	com	gráficos	em	3D,	e	permite	ao	aluno	se	aventurar	pela	história	da
revolução.
- Voicethread:	o	site	tem	como	sua	principal	funcionalidade	auxiliar	a	prática	do	inglês
e	do	espanhol.	Para	desfrutar	da	ferramenta,	basta	ter	um	microfone	e	se	cadastrar.	Na
página	é	possível	gravar	áudio	com	a	voz	do	aluno	e	associar	a	gravação	a	uma	imagem
de	preferência	do	mesmo.
Fonte:	VIANA,	G.	A	tecnologia	invade	a	sala	de	aula:	veja	recursos	que	auxiliam	o	ensino.	Techtudo,	2012.	
22UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
4. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA ARTICULADO ENTRE EDUCAÇÃO,
COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA
Caro(a)	acadêmico(a),	nesse	quarto	e	último	 tópico	da	Unidade	 I,	nosso	diálogo	
será	sobre	a	“Implantação de um Sistema Articulado Entre Educação, Comunicação e 
Tecnologia” e sabe por quê?	Porque	tudo	muda	o	tempo	todo	no	mudo	e	com	a	educação	
não	é	diferente,	pois	ela	não	é	obsoleta.	Vivemos	em	constantes	mudanças	sociais	e	um	
docente	do	século	XXI	precisa	estar	preparado	para	o	novo	cenário	educacional.
É	verdade,	vivemos	na	era	da	Indústria	4.0	e/ou	4ª	Revolução	Industrial,	ou	seja,	
um	mundo	totalmente	automatizado,	imerso	em	uma	revolução	tecnológica:	a	linguagem	
computacional,	 inteligência	 artificial,	 Internet	 das	 coisas	 (IoT),	 entre	 outras.	 Por	 isso,	 a	
ênfase,	aqui,	será	dialogar	sobre	os	pilares	da	educação	4.0	que	vão	ao	encontro	desse	
contexto	de	inter-relação:	Educação,	Comunicação	e	Tecnologias	alinhados	à	Base	Nacio-
nal	Comum	Curricular	-	BNCC.
Então	venha	conosco,	vamos	ampliar	nossos	horizontes	sobre	o	tema.
4.1 Educação 4.0, o que isso significa?
Estamos	na	revolução	4.0,	consequentemente	em	meio	a	uma	Educação	4.0	E4,	
enfrentado	diversos	desafios,	em	virtude	das	velozes	e	profundas	transformações	da	socie-
dade.	Dessa	forma,	entramos	numa	disputa	para	conquistar	a	atenção	dos	nossos	alunos,	
23UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
por	isso,	há	necessidade	urgente	de	uma	exploração	competente	desses	recursos	digitais	
alinhada		ao	novo	contexto	educacional.
Hoje,	 toda	forma	de	comunicação	é	rápida	e	eficaz.	Além	disso,	necessita-se	de	
que	as	pessoas	saibam	resolver	problemas	de	forma	rápida,	mas	para	que	isso	aconteça		
existe	a	necessidade	de	utilização	de	ferramentas	e	métodos	inovadores	que	possibilitam	
a	tomada	de	decisões	rapidamente,	utilizando	reflexão,	criticidade,	como	também	a	criativi-
dade	(CARVALHO	NETO,	2017).	
Diante	de	tal	contexto,	não	há	mais	espaço	para	aulas	tradicionais	com	utilização	
de	recursos	que	não	desafiam	os	alunos	e	ainda,	que	não	os	preparam	para	esse	cenário	
cada	vez	mais	tecnológico.	Infere-se,	portanto,	que		todo	profissional	inserido	no	contexto	
educacional	precisa	adaptar-se	às	mudanças	sociais	e	multiplicar	 isso	em	sala	de	aula,	
formando	alunos	competentes	para	participar	ativamente	dessa	sociedade4.0.	
Então,	é	por	esse	motivo,	para	ampliar	seus	horizontes	que	te	convido	a	se	apro-
fundar	conosco	nesse	novo	contexto	educacional	4.0.	
A	área	da	educação	está	diretamente	ligada	a	esse	novo	normal	tecnológico	e	em	
rede,	pois	as	crianças	e	jovens	vivenciam	essa	imersão	cotidiana	tecnológica.	Eles	estão	
cada	vez	mais	conectados	por	meio	de	 recursos	 inovadores	e	 isso,	 justifica	a	utilização	
desse	termo	“E4”	muito	utilizado	atualmente.
Assim,	faz-se	necessária	a	adequação	das	metodologias	educacionais.	Então,	para	
suprir	tais	necessidades	oriundas	desse	contexto	histórico-social,	no	século	XXI,	temos	as	
acepções	da	Educação	4.0	-	E4.	Essa	é		uma	abordagem	teórico-prática	objetiva	ir	além	do	
comum,	ultrapassar	os	conteúdos	curriculares	e	ampliar	os	horizontes	dos	alunos.	
Esse	novo	método	de	ensino,	vai	muito	além	dos	aspectos	tecnológicos,	contempla	
o termo	learning	by	doing,	que	traduzindo	significa	“aprender	por	meio	da	experimentação”,	e
isso,	caro(a)	estudante,	está	diretamente	relacionado	ao	desenvolvimento	de	projetos,	apren-
der	fazendo,	vivências,	que	é	o	conteúdo	específico	desse	tópico	(CARVALHO	NETO,	2017).
Mas	quais	são	os	pilares	que	sustentam	a	E4?	Os	pilares	que	servem	de	apoio,	ou	
seja,	que		direcionam	para	novas	práticas	pedagógicas,	como	por	exemplo	a	utilização	das	
metodologias	ativas	de	aprendizagem,	estão	exemplificados	na	figura	n.	1,	 	para	melhor	
entendimento:
24UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
FIGURA 1: OS PILARES DA E4
Fonte:(GLASSER,	2017)
Conforme	podemos	observar	na	figura	1,	os	pilares	que	sustentam	a	E4	apontam	
interconexões,	 que	 	 direcionam	para	 novas	 práticas	 pedagógicas,	 como	 por	 exemplo	 a	
utilização	das	metodologias	ativas	de	aprendizagem,	no	 contexto	educacional,	 pois	 são	
práticas	pedagógicas	que	contemplam	o	processo	de	produção	e	dos	saberes,	por	meio	de	
participação	ativa	de	professores	e	alunos.		
Agora,	estudante,	vamos	entender	as	acepções	de	cada	pilar,	pois	cada	um	tem	um	
objetivo	específico	(GLASSER,	2017):
● Modelo	sistêmico:	avaliar	o	contexto	atual	e	estabelecer	estratégias	para	cons-
truir	um	plano	de	inovação	efetivo.
● Mudança	do	senso	comum:	utilizar	referenciais	teóricos	que	abordem	a	educa-
ção	de	um	ponto	de	vista	científico	e	tecnológico,	permitindo	uma	base	concreta
para	aplicar	em	sala	de	aula.
● Engenharia	e	gestão	do	conhecimento:	analisar	as	competências	e	habilidades
dos	alunos.
● Cibercultura:	 preparar	 o	 ambiente	 de	 aprendizagem	 para	 oferecer	 de	 forma
eficaz	o	novo	modelo	de	educação.
Acadêmico(a), mas por que é preciso repensar o papel do professor no século 
XXI? E ainda, por que os pilares da E4 estão relacionados ao contexto desta unidade?
25UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
O	autor	renomado,	que	publicou	diversos	artigos	e	livros	sobre	o	assunto,	assevera	
que	houve	mudanças	significativas	relacionadas	à	plasticidade	cerebral	de	jovens	(geração	
Y	e	Z)	imersos	na	cultura	digital,	como	por	exemplo,	o	pouco	tempo	de	atenção	produtiva	
durante	as	aulas	quando	comparado	aos	alunos	de	outras	gerações.	Nesse	sentido,	os	
pilares	que	sustentam	a	E4	apontam	interconexões,	que		direcionam	para	novas	práticas	
pedagógicas,	em	especial,		auxiliam	o	professor	a	desenvolver		projetos		que	motivam	os	
alunos	e	os	conduzem	para	novos	conhecimentos	sociais	como	também	científicos	(CAR-
VALHO	NETO,	2017).
Diante	 disso,	 para	 corroborar	 com	 as	 necessidades	 pedagógicas	 desse	momento,	
entraram	em	cena	as	Metodologias	Ativas	de	Aprendizagem.		Então,	para	ampliar	nossos	co-
nhecimentos	sobre	o	assunto,	na	sequência,	vamos	entender	o	que	são	Metodologias	Ativas	e	
o porquê	de	utilizar	essas	novas	metodologias	em	sala	de	aula,	com	essa	geração	4.0.
4.2 Metodologias Ativas
No	contexto	atual	da	E4,	o	docente,	no	decorrer	da	sua	prática	pedagógica,	precisa	
levar	em	consideração	que	aprendizagem	não	acontece	simplesmente	pelo	ato	de	ouvir	e/
ou	escutar,	mas	efetivamente	quando	os	alunos	elaboram	o	que	recebem,	porque	trabalham	
cognitivamente	com	o	meio	que	lhes	oferecem.	
Infere-se,	portanto,	que	a	aprendizagem	colaborativa	é	muito	mais	eficaz,	conforme	
destaca	o	psiquiatra	norte	americano	William	Glasser	ao	apresentar	a	Pirâmide	da	Aprendi-
zagem.	Para	ele,	quando	ensinamos	alguma	coisa	a	alguém	(explicar,	ilustrar,	demonstrar,	
etc)	retemos	95%	e	ainda,	nossa	retenção	ao	praticar	(escrever,	demonstrar,	utilizar,	etc)	
gira	em	torno	dos	85%.	Diferentemente,	quando	apenas	lemos,	nossa	retenção	fica	na	casa	
dos		10%.	Então,	para	ele	A	boa	educação	é	aquela	em	que	o	professor	pede	para	que	seus	
alunos	pensem	e	se	dediquem	a	promover	um	diálogo,	que	promova	a	compreensão	e	o	
crescimento	deles	(GLASSER,	2017).
Infere-se,	então,	que	as	práticas	pedagógicas	precisam	contemplar	o	processo	de	
produção	dos	saberes	por	meio	de	participação	ativa	de	professores	e	alunos,	ou	seja,	
ensinar	e	aprender	a	partir	de	projetos	(VICKERY,	2016).
Aluno(a),	agora,	 	para	exemplificar,	apresentaremos	 informações	sobre	algumas	
Metodologias	Ativas	de	Aprendizagem,	que	são	utilizadas	como	recurso	tecnológico	e	didá-
tico	nesse	contexto	de	aprendizagem	E4.
As	metodologias	ativas	enfatizam	o	desenvolvimento	autônomo	do	aluno	e	estimu-
lam		o	raciocínio	e	a	busca	do	conhecimento,	nesse	contexto	pedagógico,	o	estudante	é	o	
26UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
protagonista.	Contudo,	o	sucesso	de	toda	prática	pedagógica	depende	muito	da	preparação	
e	mediação	do	professor.	
Muitas	são	as	formas	de	utilização	dessas	metodologias	em	sua	sala	de	aula,	mas	
todas,	mesmo	com	suas	especificidades	e	objetivos	diferenciados,	almejam	o	protagonismo	
do	estudante.	
Acadêmico(a),	conheça	alguns	exemplos	(VICKERY,	2016):	
● Resolução de problemas:	A	aprendizagem	baseada	em	problemas	objetiva	a
resolução	colaborativa	dos	desafios	propostos.	Desenvolve	a	habilidade	de	investigação,	
reflexão	e	criatividade.		A	função	do	professor	é	incentivar	o	aluno	a	buscar	uma	solução.
● Entre times e Pares:	Essa	 técnica	prioriza	o	compartilhamento	de	 ideias	em
pequenos	grupos,	como	por	exemplo,	debater,	refletir	e	construir	pensamento	crítico	sobre	
um	estudo	de	caso	apresentado.	A	função	do	professor	é	mediar	e	orientar.
● Sala de aula invertida:	A	ideia	é	disponibilizar	material	de	estudo,	antecipada-
mente,	por	meio	de	recursos	online	e/ou	impresso	para	que	haja	a	leitura	e	estudo	em	home	
office.	No	decorrer	da	aula,	o	professor	vai	fazer	considerações	e	questionamentos	sobre	o	
tema	proposto,	estimulando	a	troca	de	conhecimentos.
● Aprendizagem Cooperativa:	Essa	técnica	prioriza	o	desenvolvimento	de	com-
petências	importantes	propostas	pela	BNCC	–	Base	Nacional	Comum	Curricular,	porque	
nessa	técnica	de	aprendizagem	as	responsabilidades	são	distribuídas	e	isso	desenvolve	
as		habilidades	de	raciocínio	e	socioemocionais.	Além	disso,	possui	como	referência	quatro	
princípios	básicos:	participação	equivalente;	interdependência	positiva;	produção	individual;	
alta	Interação	Simultânea.	
● Projetos:	Nessa	técnica,	um	problema	é	apresentado	ao	grupo	para	que	seja
primeiramente	avaliado,	depois	os	alunos	precisam	encontrar	a	origem	do	problema	para	
apresentar	 as	 possibilidades	 de	 soluções	 possíveis	 e	 viáveis.	Essa	 atividade	enfatiza	 o	
fazer,	ou	seja,	o	estudante	precisa	“colocar	a	mão	na	massa”	e	realizar	a	ação,	diferente-
mente	da	técnica	de	“problemas”,	na	qual	a	resolução	é	apenas	teórica.
De	acordo	com	o	que	foi	exposto,	as	metodologias	ativas		fazem	com	que	o	aluno	
participe	ativamente	do	seu	processo	de	aprendizagem,	desenvolva	habilidades	e	caracte-
rísticas	para	a	vida	em	sociedade	e	ainda,	prepara-o	para	o	mundo	do	trabalho.	
Soma-se	a	isso,	o	fato	de	que	tal	prática	está	alinhada	às	acepções	da	Base	Na-
cional	Comum	Curricular	(BNCC),	documento	normativo,	que	trata	da	implantação	de	uma	
política	educacional,	desenvolvida	ao	longo	das	etapas	e	modalidades	da	Educação	Básica,27UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
que	seja	articulada	e	integrada,	expressando	seu	compromisso	com	uma	educação	integral	
que	visa	o	acolhimento,	o	reconhecimento	dos	estudantes,	a	fim	de	promover	a	equidade	e	
a	qualidade	das	aprendizagens	dos	estudantes	brasileiros	(BRASIL,	2018).	
4.3 Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar
Estudante,		para		dialogarmos	sobre	o	assunto,	é	primordial		entender	quais	são	as	
acepções	da	BNCC.	
A	Base	é	um	documento	de	caráter	normativo	que	define	o	conjunto	orgânico	e	
progressivo	de	aprendizagens	essenciais	que	todos	os	alunos	devem	desenvolver	ao	longo	
das	etapas	e	modalidades	da	Educação	Básica,	de	modo	que	tenham	assegurados	seus	
direitos	 de	 aprendizagem	 e	 desenvolvimento,	 em	 conformidade	 com	 o	 que	 preceitua	 o	
Plano	Nacional	de	Educação	(PNE)	Além	disso,	ela	integra	a	política	nacional	da	Educação	
Básica	e	se	constitui	como	referência	nacional	para	a	formulação	dos	currículos	dos	siste-
mas	e	das	redes	de	ensino	de	todo	o	país,	assim	como	para	as	propostas	pedagógicas	das	
escolas	(BRASIL,	2018).	
	A	BNCC	propõe	o	desenvolvimento	de	competências	e	habilidades	relacionadas	
ao	uso	crítico	e	responsável	das	tecnologias	digitais	de	forma	transversal,	ou	seja,	em	todas	
as	áreas	do	conhecimento,	como	também,	direcionada,	objetivando	o	desenvolvimento	de	
competências	relacionadas	ao	próprio	uso	das	tecnologias,	recursos	e	linguagens	digitais,		
desenvolvendo	 as	 competências	 de	 compreensão,	 uso	 e	 criação	 de	 TICs	 em	 diversas	
práticas	sociais,	como	destaca	a	competência	geral	5.
Considerando	o	exposto,	para	auxiliá-lo	na	sua	formação	profissional,	na	sequên-
cia,	apresentamos	sugestões	de	práticas	pedagógicas	que	contemplam	a	utilização	das	
TDICs	nas	escolas.	Para	tanto,	buscamos	as	orientações	do	Centro	de	Inovação	para	a	
Educação	Brasileira	(Cieb),	o	qual	prevê	eixos,	conceitos	e	habilidades	alinhadas	à	BNCC	e	
voltados	exclusivamente	para	o	desenvolvimento	de	competências	de	exploração	e	de	uso	
das	TDICs	nas	escolas	(CIEB,online).
Os	eixos	propostos	pelo	CIEB	perpassam	todas	as	etapas	da	educação	básica	e	
subdividem-se	em:	Cultura digital; Tecnologia digital; Pensamento computacional.	Cada	
eixo	está	dividido	em	conceitos,	os	quais	propõem	o	desenvolvimento	de	uma	ou	mais	habili-
dades,	por	meio	de	sugestões	de	práticas	pedagógicas,	avaliações	e	materiais	de	referência.
Você	 pode	 conferir	 na	 figura	 n.2,	 que	 ilustra	 a	 etapa	 da	Educação	 Infantil	 e	 do	
Ensino	Fundamental	I	e	II,	como	são	divididos	e	organizados	os	eixos	e	os	conceitos.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
28UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
FIGURA 2: TRILOGIA DE EIXOS - BNCC
Fonte:	(CIEB,online)
Conforme	exemplificado	na	 	figura	n.	2,	 cada	eixo	está	subdivido	em	conceitos,	
os	quais	objetivam	o	desenvolvimento	de	uma	ou	mais	habilidades	propostas	pela	BNCC	
(CIEB,online):
1. Cultura Digital: Refere-se	às	 relações	humanas	mediadas	por	 tecnologias	e
comunicações	por	meio	digital,	aproximando-se	de	outros	conceitos	como	sociedade	da	in-
formação,	cibercultura	e	revolução	digital.		Diante	disso,		sugere-se	que	sejam	trabalhados	
textos	narrativos,	em	linguagem	verbal	e	não-verbal,		uma	vez	que,	isso	favorece	a	análise	
e	interpretação	das	informações	recebidas,	bem	como	reconhecimento	dos	diferentes	tipos	
de	mídias	envolvidas.	Nesse	sentido,	os	conceitos	trabalhados	são:	Tecnologia	e	Socieda-
de;	Cultura	Digital	(Refere-se	ao	uso	responsável	da	tecnologia	pelas	pessoas	(Trata	dos	
avanços	das	TDICs	e	o	significado	disso	para	as	pessoas.;	Letramento	Digital	(Diz	respeito	
aos	modos	de	ler	e	escrever	em	contextos	digitais).
2. Tecnologia Digital:	Representa	o	conjunto	de	conhecimentos	 relacionados	a
como	funcionam	os	computadores	e	suas	tecnologias,	em	especial	as	redes	e	a	internet.	
Na	maioria	das	vezes,	os	tais	assuntos	estão	relacionados	à		área	da	computação,	como	
hardware,	software,	internet,	sistemas	operacionais,	bancos	de	dados,	etc.		Assim	os	con-
ceitos	trabalhados	aqui	são:	Representação	de	Dados	(diferentes	formas	de	representar	
informações	 no	mundo	 digital);	 Hardware	 e	 Software	 (Analisa	 os	 computadores	 quanto	
ao	seu	funcionamento	e	componentes;	Comunicação	e	Redes	(Trabalha	os	fundamentos	
conceituais	para	compreensão	de	redes	e	internet).	
29UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
3. Pensamento Computacional:	 Está	 relacionado	 à	 capacidade	 de	 resolver
problemas	a	partir	de	conhecimentos	e	práticas	da	computação,	englobando	sistematizar,	
representar,	analisar	e	resolver	problemas.		Este	é	um	dos	pilares	fundamentais	do	intelecto	
humano,	junto	a	leitura,	a	escrita	e	a	aritmética,	porque	também	é	aplicado	para	descrever,	
explicar	 e	 modelar	 o	 universo	 e	 seus	 processos	 complexos.	 Os	 conceitos	 trabalhados	
neste	item	são:	Abstração	(envolve	filtragem	e	classificação	de	dados	para	resolução	de	
problemas;	Algoritmos	 (refere-se	 à	 construção	 de	 orientações	 claras	 para	 resolução	 de	
problemas);	Decomposição	(trata	da	divisão	de	problemas	complexos	em	partes	menores	
para	a	sua	solução);	Reconhecimento	de	Padrões	(envolve	a	identificação	de	padrões	entre	
problemas	para	a	sua	solução).	
SAIBA MAIS
Para	saber	mais	sobre	o	assunto	e	buscar		novas	informações	sobre	práticas	pedagógi-
cas	que	contemplam	a	tecnologia	em	sala	de	aula,	dê	um	click:
CIEB.	Referências	para	Construção	do	seu	Currículo	em	Tecnologia	e	Computação	da	Educação	Básica.	
Disponível	em:	<https://curriculo.cieb.net.br/>.
Acadêmico(a),	de	acordo	com	o	exposto	nesta	unidade	I,	a	tecnologia	é	uma	rea-
lidade	 e	 está	 ativamente	 inserida	 em	 nossas	 vidas,	 seja	 no	 contexto	 pessoal,	 social	 e/
ou	acadêmico	e	o	uso	dos	mais	variados	recursos	tecnológicos	têm	se	multiplicado,	pois	
somos	cidadãos	inseridos	em	um	contexto	4.0.	
Assim,	abordar	questões	relacionadas	às	estratégias	metodológicas	e	meios	tecno-
lógicos	em	sala	de	aula	é	essencial,	porque	precisamos,	enquanto	educadores,	aprender	
a	desenvolver	competências	e	habilidades	 ligadas	à	 tecnologia	com	o	 intuito	de	ensinar	
os	 educandos	 a	 utilizarem	 e	 criarem	 tecnologias	 digitais	 de	 informação	 e	 comunicação	
de	forma	crítica,	significativa,	reflexiva,	como	também	ética	nas	diversas	práticas	sociais,	
sejam	elas	escolares,	pessoais	e/ou	coletivas,	conforme	acepções	do	eixo	5	da	BNCC.	
Na	próxima	unidade	ampliaremos	as	discussões	sobre	o	assunto.	Venha	conosco	
e	embarque	nessa	trilha	de	novos	conhecimentos.	
https://curriculo.cieb.net.br/curriculo
https://curriculo.cieb.net.br/
30UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
REFLITA
Estudante,	na	sua	opinião		as	tecnologias	e	mídias	são	oportunidade	ou	limitação?		Nós,	
professores,	conseguimos	alcançar	a	todos	com	a	tecnologia?	Com	aqueles	que	alcan-
çamos,	conseguimos	promover	laços	de	comunicação?
Para	contribuir	com	sua	reflexão,	sugiro	a	seguinte	leitura:	
“Lives	do	Conhecimento:	André	Lemos	dialoga	sobre	a	relação	entre	Tecnologias	Digi-
tais	e	Pandemia”.	Disponível	em:	<https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-
-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia>.	Acesso	em:	31
de	março	de	2021.
“Planejamento,	conectividade	e	tecnologia:	quais	são	os	principais	desafios	da	educa-
ção	em	tempos	de	pandemia”.
Disponível	em:	<https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-en-
tre-tecnologias-digitais-e-pandemia>.	Acesso	em:	31	de	março	de	2021.
https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia
https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia
https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia
https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia31UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a)	estudante,	a	Unidade	I	chega	ao	fim	e	novamente	aprendemos	até	aqui	
como	foi	o	processo	histórico	da	inserção	da	tecnologia	no	ambiente	educacional	no	Brasil	
e	como	a	sua	utilização	e	evolução	modificou	o	processo	de	ensino/aprendizagem.
Aprendemos	como	adveio	historicamente	a	utilização	do	computador	no	ambiente	
escolar	e	também,	a	maneira	como	essa	tecnologia,	juntamente	com	a	chegada	da	inter-
net,	influenciou	a	relação	do	aluno	com	a	aquisição	do	conhecimento	científico.	O	uso	do	
computador	nas	escolas	possibilitou	mudanças	significativas	para	o	processo	de	ensino	e	
aprendizagem,	oferecendo	diversos	recursos,	principalmente	quando	conectados	à	Internet,	
pois	oferece	ao	aluno	diferentes	experiências	e	inúmeras	possibilidades	de	aprendizagens.
Finalizamos	esta	primeira	unidade	da	apostila	estudando	sobre	a	era	tecnológica	
revolucionária	que	estamos	vivendo	e	que	não	para	de	avançar	em	níveis	surpreendentes,	
onde	a	educação	precisa	se	adequar	às	necessidades	impostas	por	tal	realidade.	Estudar	
sobre	a	implantação	de	um	sistema	que	articula	a	tecnologia	com	a	comunicação	e	a	edu-
cação	se	faz	necessário	exatamente	para	compreendermos	que	não	há	como	olhar	para	
a	 educação	 sem	acompanhar	 os	 avanços	 tecnológicos	 que	 podem	 ser	 utilizados	 como	
recursos	no	processo	de	ensino/aprendizagem.
Esperamos	que	esta	unidade	 tenha	aguçado	a	sua	curiosidade	e	 te	motivado	a	
querer	aprender	mais	sobre	o	assunto	“Educação	e	Novas	Tecnologias”.	Tem	muito	mais	
conteúdo	te	aguardando	na	unidade	II.
Até lá!!
32UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
LEITURA COMPLEMENTAR 
“Educação do Futuro”
Um	dos	cofundadores	do	Projeto	Escola	do	Futuro	da	USP,	o	professor	José	Moran,	
diz	que	as	escolas	precisam	preparar	os	alunos	para	um	mundo	imprevisível,	onde	a	cria-
tividade	vale	mais	do	que	o	simples	acúmulo	de	conhecimento,	como	ocorria	no	passado.
Na	era	da	 tecnologia,	 a	 velocidade	das	 transformações	é	 cada	vez	maior.	E	os	
adultos	do	futuro	precisam	estar	preparados	para	mudarem	de	carreira	ao	longo	da	vida,	
o que	faz	com	que	o	papel	das	escolas	tenha	de	ser	reavaliado.	Como	a	informação	não
é	mais	propriedade	exclusiva	dos	professores,	 já	que	a	 tecnologia	a	 coloca	ao	alcance
de	 todos,	 cabe	 às	 escolas	 desenvolverem	nos	 alunos	 competências	 socioemocionais	 e
criativas	para	que	eles	aprendam	a	empreender	e	a	 lidar	de	 forma	cooperativa	 com	os
desafios	do	mercado.	O	professor	 José	Moran,	espanhol	naturalizado	brasileiro,	mestre
e	doutor	em	Comunicação	pela	USP	e	professor	aposentado	da	mesma	universidade,	é
um	estudioso	do	uso	das	 tecnologias	na	educação	e	propõe	mudanças	significativas	no
modo	de	ensinar.	Em	recente	passagem	por	Teresina,	ele	concedeu	entrevista	exclusiva	à
Revista	Cidade	Verde.
Para	ler	na	íntegra,	dê	um	click:
MORAN,	José	Moran.	 “Educação	do	Futuro”.	REVISTA	CIDADE	VERDE	 	1º	DE	
SETEMBRO,	2019.	Disponível	em:		<educaçao_futuro.pdf	(usp.br)>.	
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2019/09/educa%C3%A7ao_futuro.pdf
33UNIDADE I Educação Tecnológica e a Aprendizagem
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Tecnologias	na	Educação:	conceitos	e	práticas
Autores: Luana	Priscila	Wunsch	;	Alvaro	Martins	Fernandes	Junior
Editora: InterSaberes
Sinopse:	Ao	explorar	os	impactos	que	o	avanço	das	tecnologias	
digitais	teve	sobre	a	educação,	esta	obra	discute	desde	aspectos	
históricos	do	desenvolvimento	dos	meios	de	comunicação	até	a	
consolidação	do	ensino	a	distância.	Além	disso,	analisa	como	o	
contexto	educacional	brasileiro	tem	se	comportado	frente	a	esses	
avanços	tecnológicos	e	problematiza	o	papel	do	educador	e	das	
tecnologias	educacionais.
FILME/VÍDEO 
Título:	Piratas	da	Informática
Ano:	1999	
Sinopse:	Até	o	surgimento	de	Steve	Jobs	e	Bill	Gates,	a	informáti-
ca	era	algo	distante,	que	não	fazia	parte	do	universo	das	pessoas	
comuns.	Os	dois,	ainda	estudantes,	lideraram	uma	revolução	que	
integrou	os	computadores	ao	nosso	dia	a	dia.
34
Plano de Estudo:
● A	informática	no	processo	de	ensino/aprendizagem.
● Uso	das	tecnologias	móveis	e	sem	fio	(TMSF)	na	educação	a	distância.
● Ambientes	Virtuais	de	Aprendizagem	(AVA).
● As	principais	tecnologias	utilizadas	na	educação	escolar.
Objetivos da Aprendizagem:
● Aprender	sobre	a	utilização	da	informática	no	processo	de	ensino/aprendizagem.
● Conhecer	como	é	realizado	o	uso	das	tecnologias
● móveis	e	sem	fio	(TMSF)	na	educação	a	distância.
● Estudar	sobre	os	Ambientes	Virtuais	de	Aprendizagem	(AVA).
● Conhecer	as	principais	tecnologias	utilizadas	na	educação	escolar.
UNIDADE II
Ambiente Virtual e a Aprendizagem
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Fabiane Fantacholi Guimarães
Professora Mestre Greicy Juliana Moreira 
35UNIDADE II Ambiente Virtual e a Aprendizagem
INTRODUÇÃO
Olá	estudante,	seja	bem-vindo	à	segunda	unidade	da	nossa	apostila	de	“Educação	
e	Novas	Tecnologias”!
Vocês	já	fizeram	um	resgate	histórico	na	Unidade	I,	sobre	a	trajetória	da	tecnologia	
no	Brasil,	sua	evolução	e	como	se	deu	sua	articulação	com	a	educação,	por	meio	do	uso	
de	computadores	e	da	internet.
Nesta	unidade	iremos	avançar	um	pouco	mais	e	abordaremos	temas	que	vão	desde	
a	utilização	da	informática	no	processo	de	ensino/aprendizagem,	passando	pelos	Ambien-
tes	Virtuais	de	Aprendizagem,	até	podermos	identificar	quais	são	as	principais	tecnologias	
utilizadas	na	educação	escolar.
Convido	vocês	a	embarcarem	neste	desafio	de	ampliar	o	conhecimento	sobre	as	
tecnologias	relacionadas	à	educação	escolar.	Vamos	lá?!
Bons estudos!
36UNIDADE II Ambiente Virtual e a Aprendizagem
1. A INFORMÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
Caro(a)	acadêmico(a),	nesse	tópico	aprenderemos	sobre	a	utilização	da	informática	
no	processo	de	ensino/aprendizagem.	Com	o	avanço	tecnológico,	a	utilização	da	informática	
no	ambiente	educacional	no	Brasil,	se	iniciou	na	década	de	1970,	em	algumas	universida-
des	públicas	e	em	áreas	específicas	do	conhecimento	como	Química,	Matemática	e	Física.	
Posteriormente,	 houve	 um	engajamento	 do	 governo	 para	 a	 aquisição	 de	 computadores	
com	o	objetivo	de	implantar	projetos	e	programas	com	o	uso	dessa	tecnologia	nas	escolas	
públicas	do	país.
Porém,	a	falta	de	planejamento,	de	infraestrutura	básica	para	a	realização	de	ati-
vidades	voltadas	ao	uso	da	tecnologia,	a	diferença	de	realidades	entre	grandes	centros	e	
interior	do	país,	possibilitou	verificar	que	a	inserção	da	informática	no	processo	de	ensino/
aprendizagem,	 que	 visava	 contribuir	 para	 o	 desenvolvimento	 do	 processo	 educacional,	
estava	aumentando	o	abismo	já	existente	entre	as	classes	sociais.
	Tendo	em	vista	as	questões	econômicas	e	sociais,	observa-se	ainda	hoje,	dois	
problemas	principais	no	que	diz	respeito	a	inclusão	da	informática	no	processo	educacio-
nal:	o	primeiro	é	a	falta	de	uma	política	unificada	de	inclusão	da	informática	no	ambiente	
educacional,	uma	vez	que	o	acesso	à	internet	e	ao	computador	não	pertence	a	toda	popu-
lação	acadêmica,	pois	as	desigualdades	sociais	tão	evidentes	em	nosso	país,	também	é	
visível	neste	aspecto,	uma	vez	que,	o	uso	das	tecnologias	é	privilégio	de	uma	parcela	da	
população	acadêmica.	A	segunda	problemática	a	ser	 levantada	é	que,	muitas	vezes,	há	
37UNIDADE II Ambiente Virtual e a Aprendizagem
um	apoio	ao	uso	da	informática	no	processo	ensino/aprendizagem,	porém,	não	há	meios	
adequados	para	que	isso	aconteça.
Portanto,	a	inclusão	da	informática	como	ferramenta	de	trabalho	no	processo	edu-
cacional	é	uma	realidade	inevitável	na	atualidade,	no	entanto,	ela	necessita	estar	articulada	
com	políticas	de	acessibilidade	a	um	número	cada	vez	maior	de	alunos	juntamente	a	uma	
boa	formação	de	professores,	pois	estes	surgem	como	agentes	neste	processo.	Tal	forma-
ção	 requer	 conhecimentos	que	vão	desde	aquisição	de	habilidades	metodológicas	para	
uma	utilização	adequada	do	computador,	bem	como	programasespecíficos	que	possam	ser	
utilizados,	ferramentas	didáticas	e	conhecimentos	científicos	para	produzir	aulas	dinâmicas,	
interativas	e	que	resultam	em	conhecimento	adquirido,	pois	segundo	Pais	(2002,	p.	144)	
“Quanto	mais	interativa	for	essa	relação,	maiores	serão	as	possibilidades	de	enriquecer	as	
condições	de	elaboração	do	saber”.
Tendo	em	vista	a	realidade	educacional	vivenciada	pelos	alunos	na	atualidade,	se	
faz	necessário	que	a	 informática	esteja	presente	e	 faça	parte	do	processo	educacional,	
como	Carneiro	(2002)	menciona	“o	computador	e	suas	possibilidades	de	utilização	como	
ferramenta	pedagógica”.	É	importante	também	que	os	professores	estejam	sempre	atua-
lizados,	quanto	ao	uso	da	referida	ferramenta,	bem	como	a	utilização	de	novos	recursos	
para	fomentar	a	aquisição	do	conhecimento	por	parte	dos	alunos.
A	informática	tornou-se	uma	necessidade	no	mundo	em	que	vivemos,	e	a	esco-
la,	na	missão	de	preparar	o	indivíduo	para	a	vida,	sente	a	responsabilidade	de	
não	fechar	os	olhos	para	esta	realidade	[...]	(WEISS,	A;	CRUZ,	M.,	2001,	p.	14).
Na	atual	conjuntura,	com	demandas	por	um	processo	educacional	mais	abrangente	
e	com	o	desenvolvimento	da	qualidade	de	ensino,	o	uso	da	informática	como	ferramenta	no	
processo	de	ensino/aprendizagem,	pode	proporcionar	aos	alunos	o	acesso	e	a	aproxima-
ção	de	uma	infinidade	de	conteúdos	e	conhecimentos.	Tal	possibilidade	permite	e	contribui	
para	o	desenvolvimento	de	habilidades	individuais	objetivas	e	valores	sociais	importantes	
para	a	vivência	em	sociedade.
Vale	ressaltar	que,	a	utilização	cada	vez	maior	da	informática	no	universo	educacional	
está	centrada	na	lógica	do	mercado,	que	exige	cada	vez	mais	trabalhadores	com	conheci-
mento	e	 formação	 tecnológica	para	a	produção	de	bens	e	serviços,	para	a	sociedade	da	
informação,	pois	segundo	Moreira	(2004	apud	NUNES,	2021),	uma	população	alfabetizada	
tecnologicamente,	tende	a	se	tornar	potencialmente	consumidora	desses	bens	e	serviços.
A	informática	inserida	no	processo	de	ensino/aprendizagem	trouxe	a	possibilidade	
de	ampliar	o	acesso	a	informações,	conteúdos,	formas	de	aprender	e	adquirir	conhecimen-
to.	Educar	através	da	internet	e	do	computador,	é	chegar	ao	aluno	por	todos	os	caminhos	
38UNIDADE II Ambiente Virtual e a Aprendizagem
possíveis,	seja	pela	experiência,	pela	imagem,	pelo	som,	pela	representação,	pela	multimí-
dia	ou	mesmo	pelo	desejo	de	aprender.
Educar	é	estar	mais	atento	às	possibilidades	do	que	aos	 limites.	Estimular	
o desejo	de	aprender,	de	ampliar	as	formas	de	perceber,	de	sentir,	de	com-
preender,	de	comunicar-se.	Apoiar	o	estado	de	prontidão	dentro	e	 fora	da
escola,	em	 todos	os	espaços	do	nosso	cotidiano,	em	 todas	as	dimensões
da	vida.	Estar	atentos	a	tudo,	relacionando	tudo,	integrando	tudo.	Conectar
sempre	o	ensino	com	a	pessoa	do	aluno,	com	a	vida	do	aluno,	com	a	sua
experiência	(MORAN,	1998,	p.	88).
Assim,	percebemos	caro(a)	aluno(a)	que	a	informática	se	tornou	aliada	a	educação,		
a	mesma	está	provida	de	muitas	 tecnologias	no	qual	se	utilizada	com	responsabilidade,	
pode	 servir	 como	 ferramentas	 fundamentais	 para	 o	 incentivo	 e	 suporte	 aos	 docentes	 e	
alunos	em	suas	jornadas	seja	dentro	do	contexto	escolar	ou	fora	dele.	
39UNIDADE II Ambiente Virtual e a Aprendizagem
2. USO DAS TECNOLOGIAS MÓVEIS E SEM FIO (TMSF) NA EDUCAÇÃO À
DISTÂNCIA
Caro(a)	 acadêmico(a),	 nesse	 tópico	 conheceremos	 como	é	 realizado	o	uso	das	
tecnologias	móveis	e	sem	fio	(TMSF)	na	educação	a	distância.	A	sociedade	contemporânea	
está	atravessada	pelo	uso	das	tecnologias,	em	especial,	as	tecnologias	móveis	e	sem	fio,	
como	celulares,	smartphones, tablets e	similares.	
Entre	os	estudantes	não	é	diferente,	o	uso	desse	tipo	de	tecnologia	faz	parte	da	
realidade	de	parte	da	população	acadêmica,	tanto	para	o	uso	do	cotidiano	e	pessoal,	quan-
to	para	contribuir	com	o	processo	de	aprendizagem	e	a	esse	processo	dá-se	o	nome	de	
aprendizagem	móvel,	ou	seja,	aprendizagem	apoiadas	por	tecnologias	móveis	e	sem	fio,	os	
chamados	mobile-learning	ou	somente,	m-learning.
O	m-learning	(aprendizagem	móvel	ou	com	mobilidade)	se	refere	a	processos	
de	aprendizagem	apoiados	pelo	uso	de	tecnologias	da	informação	ou	comu-
nicação	móveis	e	sem	fio,	cuja	característica	fundamental	é	a	mobilidade	dos	
aprendizes,	que	podem	estar	distantes	uns	dos	outros	e	também	de	espaços	
formais	de	educação,	 tais	como	salas	de	aula,	salas	de	 formação,	capaci-
tação	e	treinamento	ou	local	de	trabalho.	(SACCOL,	BARBOSA,	SCHLEM-
MER,	2013,	p.	25).
Com	o	objetivo	de	aliar	 a	mobilidade	do	aluno	às	 suas	práticas	pedagógicas,	 o	
m-learning	proporciona	aguçar	o	seu	senso	de	observação	tornando-o	autor	do	seu	pro-
cesso	de	aprendizagem.	A	utilização	dessas	tecnologias	promove	não	apenas	o	acesso	à
internet	dos	estudantes,	mas	servem	como	principal	canal	de	comunicação	eletrônica	tais
como,	e-mails,	mensagens	instantâneas,	entre	outras.
40UNIDADE II Ambiente Virtual e a Aprendizagem
De	acordo	com	SACCOL,	BARBOSA,	SCHLEMMER,	(2010),	a	possibilidade	de	uso	
de	um	dispositivo	móvel	no	processo	de	ensino/aprendizagem	traz	a	reflexão	de	que	sua	
importância	vai	além	do	tipo	de	tecnologia	utilizada	no	ambiente	acadêmico,	mas	também	na	
mobilidade	vinculada	à	aprendizagem.	São	diferentes	mobilidades	que	fazem	parte	desse	
processo	e	que	promovem	ganhos	significativos	ao	longo	de	todo	o	processo.	Mobilidade	
física,	diz	respeito	aos	novos	espaços	de	aprendizagem	ocupados	pelo	estudante	no	seu	
deslocamento;	a	mobilidade	tecnológica	está	relacionada	aos	diferentes	dispositivos	que	
estão	disponíveis	 aos	estudantes	 (tablets,	 celulares,	 notebook);	 a	mobilidade	 conceitual	
que	diz	respeito	à	necessidade	de	aprendizagem	sobre	a	própria	mobilidade;	a	mobilidade	
sócio	interacional	que	diz	respeito	à	necessidade	de	aprendizagem		decorrente	da	interação	
com	diferentes	grupos	sociais,	e	por	fim,	a	mobilidade	temporal.
A	utilização	de	tecnologia	móvel	no	processo	de	aprendizagem	tem	muitos	bene-
fícios	e	 também	alguns	 impasses.	Entre	os	benefícios	apontados	por	Pea	e	Maldonado	
(2006,	p.	428),	“estão	o	poder	de	inicialização	imediata,	uma	ampla	gama	de	aplicações,	
a	tela	pequena,	portabilidade,	as	diversas	redes	de	comunicação,	o	modo	de	entrada	do	
dispositivo	e	ainda	a	sincronização	de	dados	entre	computadores”.	No	entanto,	Kukulska-
-Hulme	(2007)	levanta	pontos	negativos	do	uso	desses	dispositivos	móveis,	tais	como,	as
dificuldades	em	utilizar	um	dispositivo	móvel	ao	ar	livre,	a	curta	duração	da	bateria,	memória
insuficiente,	limitação	de	conteúdos	e	aplicativos,	dificuldades	de	algumas	pessoas	acessar
e	manipular	estes	dispositivos,	entre	outros.
Os	 projetos	 pedagógicos,	 quando	 planejados	 antecipadamente,	 limitam	 ou	 até	
mesmo	impedem	que	estas	dificuldades	ao	uso	dos	dispositivos	móveis	na	educação	acon-
teçam.	Precisa-se	do	empenho	de	gestores	e	professores	para	que	o	uso	das	tecnologias	
móveis	tragam	os	benefícios	esperados	e	possíveis	para	a	educação,	o	acesso	irrestrito	de	
professores	e	alunos	a	tecnologias	de	suporte	para	o	desenvolvimento	de	práticas	pedagó-
gicas	é	imprescindível,	assim	como	o	apoio	de	um	profissional	que	seja	capaz	de	garantir	a	
comunicação	entre	os	envolvidos	neste	processo	de	ensino/aprendizagem.
Portanto,	caro(a)	acadêmico(a),	a	utilização	das	tecnologias	móveis	e	sem	fio,	sozi-
nha	ou	em	conjunto	com	outras	tecnologias,	tornam	possível	a	aprendizagem	em	qualquer	
tempo	e	lugar.	
Tendo	em	vista	a	educação	a	distância,	Maia	e	Mattar	(2007,	p.	6)	discorrem	que	
“[...]	a	EaD	é	uma	modalidade	de	educação	em	que	professores	e	alunos	estão	separados,	
planejada	por	 instituições	e	que	utiliza	diversas	 tecnologias	da	comunicação”,	 sendo	os	
dispositivos	móveis	parte	destas	tecnologias.
41UNIDADE II Ambiente Virtual e a Aprendizagem
A	educação	a	distância	vem	desempenhando	um	papel	muito	 importante	na	so-
ciedade,	uma	vez	que	tornou	possível	o	acesso	ao	ensino	profissional	e	tecnológico,	por	
grande

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