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Distúrbios Ácido-Básico Interpretação da Gasometria Arterial PH (potencial hidrogênio iônico) Relação: H + OH pH + pOH = 14 pH = -log [H] Água pura – pH = 7,0 (mesma concentração H e OH) [H] = 7,0 Acidez – medida pelo [H] em uma solução Alcalinidade – medida pelo [OH] em uma solução GASOMETRIA ARTERIAL Artéria radial (bolsa com gelo) - Sangue venoso parâmetros diferem Ph – 7,35 – 7,45 (faixa fisiológica) Determinado pela relação HCO3/pCO2 (HCO3 – calculado) Manutenção desses valores: – “sistemas tampão” sistemas tampão Para manter o pH em limites compatíveis com os processos vitais: Sistemas tampão extracelular (instantâneo) – eficácia limitada (horas) HCO3/CO2 (bicarbonato/dióxido de carbono) Células e os ossos : captar ou liberar H+, evitando grandes desvios do pH -H+ é trocado por outros íons, como o Na+ e o K+. Células (hemáceas/demais células) Ossos- forma de hidroxiapatita Componente respiratório (minutos) Variação do pH plasmático é captada pelos quimioreceptores; Redução pH estimula o centro respiratório, levando à hiperventilação (respiração de Kussmaul) : elimina CO2; Aumento do pH inibe o centro respiratório, promovendo hipoventilação: retenção de CO2; Componente renal (3-5 dias para se estabelecer) Controlam ao excretarem urina ácida ou básica (regulando reabsorção HCO3/eliminação de H+); Componentes do Tampão extracelular Dependente da enzima anidrase carbônica Eficácia limitada a horas 2-3h ela cessa e outros sistemas além do bicarbonato devem ser usados. Bicarbonato/CO2 componente respiratório CO2 – 22.000 meq/dia (ácido volátil) - Produto do metabolismo de CHO/ácido graxo • Eliminado pela ventilação alveolar • Pequenas reduções na ventilação podem levar a grandes aumentos de CO2, pois uma grande quantidade é produzida por dia; H+ - metabolismo dos outros ácidos (ácidos não voláteis) 50-100 meq/dia Ex. Ácido Sulfúrico (H+ + Sulfato-) Ácido Láctico (H+ + Lactato-) Bicarbonato/CO2 componente renal Vai garantir o equilíbrio ácido-básico através da reabsorção de HCO3- e eliminação do excesso de ácidos (H+) Regulação renal do equilíbrio ácido-base HCO3 - Rim – filtra 4.320 meq/dia – praticamente todo reabsorvido no TCP (80-90%); restante nos outros segmentos - Não fosse isso as reservas de HCO3 se esgotariam muito rápido Componente Renal Inicia ação de forma imediata, mas não tem max eficácia imediata 3 a 4 dias Rim abs Na Ca e bicarbonato, o resti elimina CO2 passa por difusão para a célula tubulr e se une com água ficam na troca lumem e intracelular TCP bicarbonato Ou perde bicarbonatoo ou novo acido está sendo produzido H+ - metabolismo dos outros ácidos (ácidos não voláteis) 50-100 meq/dia a cargo do rim remover Ex. Ácido Sulfúrico (H+ + Sulfato-) pp. met. de proteínas Ácido Láctico (H+ + Lactato-) Obs: vem de metab proteico, de ácidos não volteais que o rim elimina DC/TC= regula a acidificação de urina Célula principal e intercalada sofrem influência da aldosterona Intercalada: 4,5-5,4 max pH urinário Amônia produzida a partir de aa glutamina, Bomba H ATPase, a aldosterona age sobre ela e faz o H ser excretado de forma ativa para dentro do lúmen. É insuficiente então precisa eliminar com amônia e fosfato> amônia vem do rim TCP. O fosfato monoácido vem do filtrado glomerular. Tubo coletor – regulação final da acidificação da urina (900x mais excreção H+) – Secreção de H+ (contra um gradiente de concentração – efeito limitado) – bomba ativa de H+ (0,04 meq/L – na máxima acidificação da urina ph=4,5-5,0) - Ligado a bases 2/3 amônia (amoniogênese) (TCP) 1/3 fosfato (HPO4-) (filtrado glomerular) Regulação renal: Secreção tubular no Tubo Coletor é necessária, mas não suficiente para eliminar o excesso de H+ H+ eliminado na urina ligado a bases urinárias(NH3 + HPO4) NH4 e H2PO4 Amoniogênese Importância do TCP na produção de elementos que eliminação do H+, mecanismos bastante prejudicados no paciente renal crônico Tampão Bicarbonato/CO2 *tampão extracelular – ação imediata/eficácia limitada Gasometria arterial Quando o BE está alterado nos distúrbios respiratórios,indica que o distúrbio é crônico! O base excess também ajuda a estimar a gravidade dos distúrbios metabólicos: BE menor que – 10 mEq/L é critério para acidose metabólica grave. BE maior que + 10 mEq/L indica alcalose metabólica grave. Obs: EB: base excesso BB; buffer base normal 48 seria o total de bases do corpo Só o bicarbonato é responsável por metade da base do corpo BE diz se o distúrbio se deu por um longo período 3-5 dias, intensidade variável a mais ou menos que 10 Ânion Gap (hiato aniônico) Ex. AG = 12 Albumina = 2,0 g/dl AG corrigido = 17,0 Diante de acidose lática o lactato aumenta e o anion gap também Então o bicarbonato vai reduir para tentar compensar Para cada variação de 1 em albumina tem que ajustar 2,5 o anion gap. A correção só é valida para quando o elea albumina reduz. Anion gap a;terado indica acidose!!! Pco2- (1,5xbicarb) +8 Se o Ph voltou normal com a compensação ele tem um distúrbio misto Distúrbios do equilíbrio ácido-base Acidose metabólica Alcalose metabólica Acidose respiratória Alcalose respiratória Passos diagnósticos 1º olhar Ph 2º qual distúrbio justifica esse Ph (HCO3/pCO2) 3° esse distúrbio está compensado? Respostas Compensatórias Para manter o pH o mais próximo do normal, porém sem conseguir normalizá-lo. Se pH normal e, ao mesmo tempo, amplas variações da PCO2 e do HCO3, com certeza existe um distúrbio acidobásico misto. Hipóteses: grau de compensação foi adequado ou quando a resposta foi maior que a esperada Fórmulas para avaliar compensação Alcalose metabólica pCO2 = HCO3 + 15 (+/-2) Acidose respiratória(crônica) [HCO3] irá aumentar de 4 mEq/l para cada elevação de 10 mmHg na pCO2, quando esta estiver acima de 40 mmHg. Alcalose respiratória (crônica) [HCO3] irá diminuir de 5 mEq/l para cada diminuição de 10 mmHg na pCO2, quando esta estiver abaixo de 40 mmHg. Não esquecer – distúrbio metabólico é compensado pelo componente respiratório e distúrbio respiratório é compensado pelo componente metabólico. Acidose metabólica (Ph < 7,35 e HCO3 Ou reduz HCO3 ou é produzido novo ácido (H+ + ácido) Compensação respiratória pCO2 esperado = (1,5 x HCO3) + 8 2 tipos: AG alterado (novo ácido) - CAD, acidose láctica, CA alcoólica, - toxinas (aas), IRC 5 AG normal (hiperclorêmicas) - Perda TGI (abaixo do piloro) - ATR (bicarbonatúria) // acetazolamida AG urinário = (Nau + Ku) – Clu Valor normal -8 a -12 [Cl- + NH4 = NH4Cl-] Tratamento (repõe NaHCO3?) Ânion Gap Urinário Importante para o diagnóstico das acidoses hiperclorêmicas. (ou, AG normal) Objetivo é identificar se a acidose é melhor justificada por um distúrbio renal (ATR) ou um distúrbio extrarenal (ex. TGI) O principal ânion urinário é o cloreto e o valor do AG urinário é negativo. O Cl- é eliminado junto ao NH4+ = NH4Cl- valor do AG urinário é exatamente o oposto do AG plasmático:- 10 mEq/L (Entre – 8 e – 12 mEq/L). AG urinário = (Nau + Ku) – Clu Acidose metabólica Quadro Clínico Sintomas não específicos (dependentes do tempo de instalação) Agudo - Respiração de Kussmaul - Vasodilatação periférica - Disfunção miocárdica - Arritmias Crônico - Conseqüências de reações geradas pelos sistemas tampão Ex. desmineralização óssea ATR em crianças Alcalose Metabólica (Ph > 7,45 e HCO3 >26 meq/L) Perda de H+ via renal ou TGI levando ao aumento de HCO3 (muito relacionadas a hipovolemias) Ex. Vômitos em excesso/SNG 1° fase geração de HCO3 2° fase Reabsorção de HCO3: TCP++ (Na + + HCO3) (estimulado pela hipovolemia) TCD (Na + HCO3-) Cl- =pp. quando sob uso de diurético tiaz TC (Na + H20) K (aldosterona) Cl urinário (vai diferenciar se é o não responsiva a reposição de cloreto) Acidose Respiratória (Ph45 mmHg) Hipoventilação pulmonar “redução do drive respiratório” H+ acumulado vem do aumento do CO2 (CO2 + H20 H+ + HCO3) Agudo- drogas/AVC/TRM alto (C2/C3) > EOT/VM prejuízo do drive respiratório (obstrução da VA) Crônico -DPOC “retentor crônicode CO2” Esperado discretas alterações no Ph Não corrigir! risco de alcalose metabólica Ex. DPOC Ph 7,33 // PCO2 60 mmHg // HCO3 34 Ph 7,60 // PCO2 40 mmHg // HCO3 34 “Alcalose metabólica pós hipercapnica” - Conseqüência compatível com alcalose respiratória vasoconstrição cerebral (convulsão/coma/óbito) - (CO2 é um potente vasodilatador) Alcalose Respiratória (Ph>7,45 e PCO2<35mmHg Mecanismo Hiperventilação pulmonar “redução do drive respiratório” Ansiedade (pit) Hipóxia Alterações SNC - Riscos aumento O2 potente vasoconstritor cerebral Síndrome do hipofluxo cerebral (queda da PPC) -síncope Caso clínico: Idosa, DM, IRC, hiperventilando, taquicardica, taquipneica, PA elevada PH 7,29 ACIDOSE PaCo2 Entre 7,35-7,45 ações fisiológicas corporais se dão de forma normal. OBS: Shift celular- é a troca de H em K para manter a eletroneutralidade. Sem anidrase pessoa perde muito bicarbonato pela urina, osso passa a ser exigido, degeneralizacão óssea ocorre. Ac metab ou alc metab são compenadasas por alter respiratórias entra hiper ou. Hipoventilando Info viaja pelo tronco encefálico > Centro respirat bulbo. Um pac com DPOC retém co2 cronicamente pois não elimina e é compensado atrás de componente renal rim. CO2 único acido volátil do corpo 22k mEq/dia. Dibe B. Ayoub
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