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ESTÁGIO IV - SEMANA 11 - CASO MSX

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ
Página 1 de 5
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZO CÍVEL DA COMARCA XXXX DO ESTADO
DE XXXXXXX
JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, Carteira de Identidade nº..., CPF
nº..., residente na Rua..., bairro..., cidade..., endereço eletrônico..., por seu
advogado infra-assinado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade...,
devidamente constituído, conforme procuração em anexo, vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, LXIX, da CRFB/88, impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA
COM PEDIDO DE LIMINAR
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO ALFA, agente
público, com endereço funcional XXX, vinculado ao MUNICÍPIO ALFA, no
endereço XXX, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos:
1. DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE DO MANDAMUS
O mandado de segurança é o remédio constitucional cabível para proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sendo
claro o ato ilegal praticado pela autoridade coatora, SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO ALFA.
O impetrante tem direito líquido e certo ao devido ao indeferimento de
requerimento pela autoridade coatora, que, conforme se verá ao longo da
presente exordial, padece de graves vícios de legalidade.
Saliente-se que o prazo decadencial previsto está observado, visto que
entre a publicação da demissão e a impetração do presente há menos de 120
dias.
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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ
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2. DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O impetrante é JOÃO, cidadão politicamente atuante e plenamente
consciente dos deveres a serem cumpridos pelos poderes constituídos em suas
relações com a população, decidiu fiscalizar a forma de distribuição dos recursos
aplicados na área de educação no Município Alfa, sede da Comarca X e vizinho
àquele em que residia, considerando as dificuldades enfrentadas pelos moradores
do local.
Para tanto, compareceu à respectiva Secretaria Municipal de Educação e
requereu o fornecimento de informações detalhadas a respeito das despesas com
educação no exercício anterior, a discriminação dos valores gastos com pessoal e
custeio em geral e os montantes direcionados a cada unidade escolar, já que as
contratações eram descentralizadas.
Ocorre que, o requerimento formulado foi indeferido por escrito, pelo
Secretário Municipal de Educação, sob o argumento de que João não residia no
Município Alfa; os gastos com pessoal eram sigilosos, por dizerem respeito à
intimidade dos servidores; as demais informações seriam disponibilizadas para o
requerente e para o público em geral, via Internet, quando estivesse concluída a
estruturação do “portal da transparência”, o que estava previsto para ocorrer em
2 (dois) anos.
Diante do ocorrido, inconformado com o indeferimento do requerimento, o
impetrante buscou os serviços de um advogado. Vale destacar que a legitimidade
ativa do Impetrante, JOÃO, decorre do fato de ter o direito de acesso à
informação, sendo titular do direito que postula. E quanto a legitimidade passiva
do impetrado, SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO
ALFA, decorre do fato de ser o responsável pelo indeferimento do requerimento
formulado, nos termos do artigo 6º da Lei 12.016/09, e do Município Alfa por ser a
autoridade vinculada, artigo 7º, inciso I, Lei 12.016/09.
O presente mandado de segurança repressivo visa coibir o ato ilegal
exercido pelo IMPETRADO na recusa do requerimento, sob o argumento de que
é assegurado a todos o acesso à informação, nos temos do artigo 5º, inciso XIV,
da CRFB/88. Como também, o direito de receber dos órgãos públicos as
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informações de interesse coletivo ou geral, conforme dispõe o artigo 5º, inciso
XXXIII, da CRFB/88.
Ademais, os usuários têm assegurado o acesso a registros e informações
sobre atos de governo, nos termos do artigo 37, § 3º, inciso II, da CRFB/88. As
informações relativas aos gastos com pessoal não dizem respeito à intimidade
dos servidores, pois refletem a maneira de gasto do dinheiro público,
apresentando indiscutível interesse público.
Por fim, destaca-se ainda que, os entes federados não podem criar
distinções entre brasileiros, nos termos do artigo 19, inciso III, da CRFB/88. Logo,
é irrelevante o IMPETRANTE não residir no Município Alfa.
A doutrina, assim leciona:
o meio constitucional posto à disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão
com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei, para proteção
de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja
de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça (MEIRELLES,
Hely Lopes. Direito constitucional. 7.ed. Revista ampliada e atualizada. São
Paulo: Atlas, 2000. p.153.)
Em relação à jurisprudência, o entendimento é:
REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL.
PUBLICIDADE DOS ATOS E NEGÓCIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE. DEVER DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. REMESSA NECESSÁRIA
RECONHECIDA E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Pelo
princípio da publicidade, inserto no caput do art. 37, Lex Magna, os atos
da administração pública devem ser de acesso geral a todos que assim
o desejem, ressalvado o direito à intimidade a vida privada, bem como,
informações que envolvam segurança de estado, de modo assegurar o
acesso às informações dos atos de governo. 2. A transparência na
publicidade dos atos públicos permite a sociedade verificar a legalidade
eficiência das ações administrativas, de modo que possibilite a
fiscalização, controle e legitimidade da conduta dos agentes públicos. 3.
Reexame necessário em provido.
(TJ-AM 062007530201780440001 AM 0620075-30.2017.8.04.0001,
Relator: Maria do Perpétuo Socorro guedes Moura, Data de Julgamento:
25/07/2018, Câmaras Reunidas)
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3. DA CONCESSÃO DA LIMINAR
A concessão de medida liminar em mandado de segurança deve observar
o disposto no art. 7º, III, da Lei 12.016/2009, que assim dispõe:
Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da
medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do
impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o
ressarcimento à pessoa jurídica.
A situação em tela não deixa dúvidas acerca do direito líquido e certo da
impetrante, ora violado, presente, portanto, o “fumus boni iuris”.
Ressalte-se que, conforme prova nos autos, a impetrante foi afastada das
suas funções, tendo os seus vencimentos suspensos, por decisão da comissão
processante e da autoridade coatora, o que vem lhe causando sérios riscos à sua
vida digna, suprindo suas condições de subsistência, restando evidente o
“periculum in mora”.
Assim, presentes os requisitos para a concessão da liminar, requer-se,
seja determinada a imediata entrega dos dados solicitados pelo IMPETRANTE.
4. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
1) a concessão da medida liminar, com a expedição de ofício à autoridade
coatora determinando que forneça os dados solicitados pelo Impetrante, nos
termos do artigo 7º, inciso III, Lei. 12.016/09
2) Notificação da autoridade responsável pelo ato ilegal, para prestar
informações, no prazo de 10 dias;
3) A ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da
pessoa jurídica interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial,
para que, querendo, ingresse no feito.
4) Intimação do Ministério Público;
5) Que ao final, seja a ação judicial julgada procedente no .mérito e concedida a
segurança em definitivo, reconhecendo a ilegalidade do ato do Impetrante na
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recusa das informações solicitadas e o fornecimento dos dados públicos
solicitado
6) Condenação dos impetrados nas custas judiciais.
 7. DAS PROVAS
Requer a juntada de documentos.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ XXXXXXX, para fins de distribuição.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local..., data
Advogado...
 OAB/UF n.º..

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