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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ Página 1 de 4 RELATÓRIO Data: 12/11/2021 Matrícula: 201809103241 Estagiário: CLAUDIA DE CARVALHO DANTAS Evento e data do evento: 29/09/2021 TÍTULO DA ATIVIDADE: AUDIÊNCIAS SIMULADAS Trata-se da primeira audiência simulada proporcionada pelo NPJ do Recife. Tais audiências simuladas serão protagonizada por estudantes de direito sobre a coordenação de uma professora advogada. As audiências que serão descritas, a seguir, tratam de ação civil pública e de ação popular. A primeira audiência simulada tratou de ação civil pública. O caso concreto reporta uma associação de nome Alfa que tem por finalidade o cuidado e a proteção dos direitos sociais, especificamente de saúde, para com a população idosa e ela (Associação Alfa) está localizada no Município Beta. Ocorre que, o posto de saúde do Município Beta não estava atendendo adequadamente os usuários do serviço, em especial os idosos, não estava realizando exames laboratoriais, consultas dentre outros serviços. A Associação Alfa requereu administrativamente providências, porém tais providências não foram efetivadas sob alegação do município de que faltavam recursos e de que estava dependendo do repasses de verbas federais. O município reconhece o problema mas alega não poder arcar com tais responsabilidades orçamentariamente. Contudo, o curioso é que, no município Beta, mais precisamente no mesmo bairro em que não estava atendendo adequadamente os idosos, o Município estava realizando obras na área de lazer. Ademais, o fato de estar realizando obras de lazer demonstra que existe, sim, verbas orçamentárias para realização das atividades do município. Logo, por tal UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ Página 2 de 4 razão, a Associação Alfa demandou judicialmente através de uma ação civil pública, requerendo do Município Beta as providências para regularização do não atendimento adequado referente ao direito à saúde dos idosos da localidade. Isto posto, um dos alunos fez o papel do serventuário, outro aluno atuou como advogado do autor, ou seja, da Associação Alfa. O réu foi o Município Beta, os advogados do réu foram representados pelos procuradores do município (também vividos por alunos de direito) e o Ministério Público não teve interesse no presente caso, logo não houve representação por parte discente. A professora advogada fez o papel do juízo e conduziu toda a atividade como se fosse na realidade, fazendo marcação quanto as etapas e fases da audiência. No transcorrer da defesa e acusação, os alunos desse primeiro caso tiveram um ótimo desenvolvimento com argumentos, foram muito espontâneos em suas colocações. Ao final da audiência, após apresentação de argumentos de defesa e de acusação, o juízo (professora-advogada) passou às alegações finais. Mas antes, a professora na qualidade do juízo, pergunta se existe mais alguma documentação a ser incluída no processo. Mas todos relatam que já constam acostadas nos autos, Não havendo, mais nada a ser acostado. Sendo assim, a professora como juízo refere que em não havendo mais documentos a serem incluídos que dar-se por encerrada a fase probatória. E passa-se para as razões finais. E então perguntou o que é a preferência das partes e ficou decidido que seria alegações finais por escrito com prazo de 5 dias. Após tal prazo ficou agendado data para prolatação da sentença em 15 de outubro do corrente ano. Ao final depois das apresentações a professora fez um feedback muito importante destacando os pontos altos da simulação, fez correções e sugestões na forma de atuação e argumentação dos alunos. A segunda audiência tratou de ação popular. O autor é mévio que foi defendido por advogados ou seja alunos de Direito; o réu é o Fulano de Tal, ou seja, o Presidente da República; houve representante para a União e para o Centro Universitário. O MP e o serventuário também foram representados por alunos. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ Página 3 de 4 O caso, em síntese, foi o seguinte: Ação popular movida pelo autor popular chamado Mévio, representado por um aluno. Mévio ficou bastante indignado quando viu o Presidente da República, Fulano de Tal, conceder ao Centro Universitário a qualificação de organização social. Ocorre que o centro Universitário é uma pessoa jurídica com finalidade lucrativa, ou seja, desenvolve educação superior de natureza privada. E, estranhamente, esse Centro Universitário recebeu a qualificação de organização social federal através do presidente da república. Com essa qualificação, houve dispensa de licitações para a prestação de serviços de pesquisa de opinião, dentre outros. O Centro Universitário em razão de ter sido classificado como organização social, após a celebração do contrato de gestão, ele recebeu prédio público e recurso orçamentário para realização de suas atividades. Tudo isso deixou Mévio bastante indignado e intrigado quando, tomou conhecimento na mídia, de que os sócios do Centros Universitário eram filhos do presidente da república. Neste momento a professora pede pra fazer um esclarecimento: disse que ambos os casos já foram casos trabalhados em concursos da OAB. Retomando ao caso, elucidou que, por conta do que tomou conhecimento na mídia, Mévio buscou por advogado para ingressar com uma ação popular. A partir de então, deu-se início a simulação, onde cada parte expos seus argumentos e a professora fez a condução de cada momento. No meu sentir, embora sabendo da existência do natural nervosismo, o segundo grupo que encenou não teve o mesmo desembaraço que do primeiro. Contudo, foi uma sessão muito interessante onde cada um pode se colocar e vivenciar como se fosse na prática, uma ação popular Ao final, da mesma forma como no primeiro caso, a professora fez comentário, sugestões e destacou alguns posicionamentos e colocações dos alunos. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ Página 4 de 4 Este tipo de atividade é algo que, no meu sentir, deveria ser obrigatória em todo curso de direito. Na verdade, quando eu entrei na faculdade eu achava que em algum momento eu passaria por esta experiencia. Penso que isso seria algo que marcaria o academico, além de prepará-lo não apenas em sua dialética mas também, em sua oratória. Em todas as disciplinas práticas, penso que poderiam inserir casos/simulações dessa natureza para a turma desenvolver. Penso que as peças que nos passam de modo escrito, algumas poderiam ser “peças vivas” ou seja, a turma deveria se organizar em grupos para fazer apresentações. Tais atividades além de desenvolver a parte de dialética e oratória, desenvolveria o trabalho em grupo e liderança dos alunos frente a grupos.
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