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MATÉRIA_RECURSOS_CIVIS

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RECURSOS CIVIS (MATERIAL DE 2017) 
ARTHUR ZEGER 
 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS 
 
Conceito: 
“Recurso é um remédio voluntário, idôneo a ensejar dentro de um mesmo processo a reforma, a invalidação, o 
esclarecimento ou a integração da decisão judicial”. Barbosa Moreira 
 
 Remédio voluntário: é discricionário o ato de recorrer; 
 Reformar: alterar a decisão judicial de modo a modificá-la no todo ou em parte; 
 Invalidar: tornar sem efeito, nulo, inexistente a decisão judicial, também no todo ou em parte; Em caso de 
invalidação, retorna ao juízo de 1º grau para nova apreciação (audiência e sentença); 
 Esclarecer: tornar clara a decisão para compreensão. Ex.: embargos de declaração. 
 Integrar; a decisão deve estar em harmonia com as demais decisões; 
 
Obs.: Quando no processo a fazenda pública é condenada em 1ª instância, para que o tribunal aprecie a 
decisão, ou seja, reexamine a matéria, falamos de reexame necessário ou remessa necessária, e neste caso, 
não se trata de recurso, pois não há discricionariedade. 
 
 Recurso impede preclusão (prorroga litispendência) : Uma vez manifestado o direito de recorrer impede a 
preclusão. É um efeito do tempo que afeta a faculdade processual. 
Preclusão é a perda da faculdade processual pelo decurso do tempo. 
 
 Rol de Recursos: modalidades de recurso estão previstas taxativamente em lei. Criados por lei, e somente lei 
federal porque é competência da União. Os recursos não estão previstos somente no art. 994 do CPC. Há 
também os recursos inominados, os recursos de execução fiscal. 
 
 Natureza jurídica: Consiste na faculdade das partes recorrerem da decisão proferida em sentença. É um ato 
voluntário. O recurso é um prolongamento do direito de ação. O recurso é, também, um ônus processual, 
não se trata de um dever, pois quando não se cumpre o dever há uma sanção, no caso do recurso, é uma 
faculdade, é discricionário. 
 
 O CPC prevê sucumbência recursal – onde há condenação honorária do recurso, ou seja, sempre que 
recorrer haverá o risco de sofrer uma condenação à sucumbência recursal. 
 
OBJETIVOS: 
 
 Confirmar, reformar, esclarecer, anular, integrar a decisão judicial proferida. 
 
 Sistemas de meios de impugnação: 
 
 Recursos: é o direito que possuem as partes litigantes de provocar a renovação do exercício da prestação 
jurisdicional, no mesmo processo. O instituto correlaciona-se com o princípio do duplo grau de jurisdição, 
que consiste na possibilidade de submeter-se a lide a exames sucessivos, via de regra, por juizes diferentes. 
Ex.: apelação, agravo de instrumento. 
 
 Ação autônoma: Elas têm como grande característica o fato de que sempre dão origem a um novo 
processo, distinto daquele em que foi proferida a decisão impugnada. É o que se dá com o mandado de 
segurança impetrado contra ato judicial, com os embargos de terceiro e com a ação rescisória; 
 
 Sucedâneos recursos: São instrumentos processuais que geralmente possuem caráter de recursos, ou seja, 
serve como um recurso, entretanto não são, pois possuem natureza jurídica diferente. Os 
Sucedâneos abrangem todos os demais meios de impugnação de decisão judicial que não se encaixem nem 
na categoria das demandas autônomas de impugnação, nem na dos recursos. É o que acontece com a 
remessa necessária e com o pedido de reconsideração. 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 Extensão da matéria: 
 Parcial: quando um recorrente se insurge apenas contra uma parte da decisão; 
 Total: é aquele recurso em que o recorrente demonstra seu inconformismo diante de toda a decisão em que 
ele sucumbiu. 
 
 Momento: 
 Principal: havendo sucumbência recíproca é interposto por uma das partes no próprio prazo recursal; 
 Acessório: recurso adesivo – depende do recurso da outra parte 
 
 Fundamentação: 
 Livre: quando a lei não determina os fundamentos recursais que devem ser utilizados nos recursos, deixando 
o recorrente livre; 
 Vinculada: a lei determina o fundamento que deve ser utilizado no recurso; 
 
 Objetivo: 
 Ordinários: recursos para tutela dos direitos das partes. São juridicamente protegidos; É um direito 
subjetivo. 
 Excepcionais/Extraordinário: recursos que existem para garantir a unidade e a integridade da ordem jurídica 
de um país. É um direito objetivo. 
 
 Efeitos: 
 Suspensivo: suspende a eficácia da decisão quando o recurso é interposto; 
 Não Suspensivo: não suspende a eficácia da decisão quando o recurso é interposto; 
 
PRINCÍPIOS 
 
 Regras: normas escritas e objetivas. Ex.: lei, Código Civil, Código Penal; 
 São concretas, não permitem interpretação. 
Norma 
 Princípios: normas dotadas de subjetividade, abstração; 
 Permitem interpretação. 
 A sociedade evolui, por isso, deve haver regras e princípios. 
 
 
1) Duplo grau de jurisdição 
Possibilidade de submeter às decisões judiciais para serem apreciadas por outro órgão julgador. A 
interposição do recurso visa confirmar, reformar, integrar ou invalidar uma decisão que deve ser apreciada 
por um tribunal hierarquicamente superior ou, não sendo superior, por outro órgão, obtendo-se novo 
julgamento. 
 Revisão: apreciar as decisões proferidas afim de confirmar, reformar, integrar ou invalidar; 
 Grau: tribunal superior ou não 
 Segurança Jurídica: Controle dos juízes. 
 
2) Legalidade/Taxatividade 
Significa dizer que todo recurso deve ter previsão legal. Todo recurso é criado por lei e somente a União 
pode legislar sobre processo e o faz por meio de lei. 
Lei federal: somente a União pode legislar sobre processo e o faz por meio de lei. 
 CF 22, I - Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, 
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 CF 24, XI – Compete a União, Estados e DF legislar concorrentemente sobre matéria processual; 
 Regimentos internos: Elaborados pelos tribunais, de acordo com a sua realidade; 
 Taxatividade CPC? O rol de recursos é taxativo, pois devem estar previstos em lei federal, porém não estão 
previstos somente no art. 994 do CPC. 
 
OBS.: Não são recursos, por exemplo, o reexame necessário, o pedido de reconsideração. Essas são figuras 
de sucedâneos recursais, que se parecem muito com recursos, mas não são porque recursos são criados por 
lei. Por isso, quando feito o pedido de reconsideração continua correndo o prazo. 
 
3) Unicidade 
Princípio da Singularidade, da Unicidade ou da Unirrecorribilidade. 
 Um único recurso por vez 
Significa que para cada decisão judicial cabe apenas um tipo de recurso por vez. Pode ser que caibam 2 
recursos em face da decisão, como por exemplo, embargos de declaração e apelação, e podem ser feitos, 
porém um de cada vez, em peças separadas; 
 Exceção: Há várias exceções dentro desse princípio, por exemplo: se um acórdão violar, ao mesmo tempo, 
uma lei federal e a CF? Nesse caso, violando Lei Federal cabe Recurso Especial e na violação da CF cabe 
Recurso Extraordinário. 
 
4) Fungibilidade 
Em alguns casos, em justificada dúvida ou ausência de erro grosseiro o recurso pode ser recebido um pelo 
outro. 
Aplica-se neste princípio a Instrumentalidade das formas. Art. 277 CPC – a lei exige determinada forma, 
porém o ato é realizado sem a observação dessa formalidade e atinge seu objetivo, neste caso o juiz 
considerará válido o ato. 
 Justificada dúvida: É o princípio que admite a substituição do recurso inadequado pelo recurso adequado 
ou, o recebimento do recurso inadequado com se fosse o recurso adequado. Haveria uma espécie de troca, 
o Tribunal receberia o recurso errado como se fosse correto. O requisito para admissibilidade desse princípio 
é a dúvida objetiva = significa a divergência na Doutrina ou na Jurisprudência acerca do recurso cabível. Esse 
princípio pode ser aplicado ex oficio ou a requerimento da parte. 
 Ausência de erro grosseiro: Há quem fale que há outrosrequisitos para aplicação da dúvida objetiva, é o 
caso da ausência de erro grosseiro e ausência de má fé (constitui o erro intencional). 
 
5) Voluntariedade 
 Iniciativa da parte: é facultado a parte o ato de recorrer da decisão proferida. 
Assim como o litigante vencido pode renunciar ao direito de recorrer do ato decisório, independentemente 
da aceitação da outra parte, assiste-lhe também o direito de desistir do recurso que houver interposto, 
visando a impedir o prosseguimento do seu processamento ou seu julgamento. Consiste a desistência do 
recurso na manifestação de ato de vontade do recorrente, pelo qual ele encerra o processamento ou o 
julgamento do recurso que interpusera. 
Trata-se de ato unilateral de vontade do recorrente. Mesmo que o recurso seja de vários colitigantes, 
qualquer deles pode desistir do que interpôs. 
A desistência deverá ser expressa e clara, sem condições, manifestada por meio de petição escrita nesse 
sentido, dirigida ao juiz ou relator do feito. Nada obsta, porém, que, no juízo “ad quem”, em sessão do 
julgamento, antes do início da votação do recurso, se faça oralmente. 
Podendo interpor e desistir de recurso, porém não pode desistir de todos os recursos, depende da matéria, 
como no caso de recurso afetado, ou seja, representa matéria repetitiva, já pacificada – art. 998 CPC 
parágrafo único. 
 
Obs.: Se a parte recorre com recurso adesivo (acessório) e sabe que os desembargados julga favorável do 
adesivo, estrategicamente, a parte desiste do recurso para que o adesivo caia (cai o principal, cai o adesivo). 
 
Renúncia: é anterior à interposição do recurso; 
Desistência: é posterior à interposição do recurso; 
 
6) Proibição da “Reformatio in pejus: 
Com a interposição do recurso, a matéria impuganada da decisão é devolvida ao tribunal competente para 
que este aprecie o recurso e o julgue, sempre limitado à matéria impugnada, sendo vedado o órgão julgador 
ultrapassar esse limite, prejudicando o recorrente ou mesmo o recorrido, salvo, é claro, hipóteses de 
matéria de ordem pública. 
O resultado do recurso não pode ser desfavorável ou pior que o resultado já proferido em sentença, porém, 
se ambas as partes recorrem pode acontecer uma decisão diferente e piorada. 
7) Complementariedade: 
Prazo para recorrer no CPC – 15 dias úteis (exceto embargos de declaração – 5 dias) 
Interposto o recurso, devem-se fazer as contrarrazões na mesma peça. É vedado em prazos diferentes. 
Sempre que o recurso de uma parte modificar decisão recorrida após a interposição de recurso pela outra 
parte, a parte prejudicada terá o direito de complementar ou retificá-la. 
Pode ser que a declaração esclarecida nos embargos, prejudique a parte que apelou, neste caso, abre-se 
novo prazo para interposição de recursos para parte prejudicada complementar ou retificar seu recurso. 
 
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE 
Para que um recurso seja admitido, é necessário haver os pressupostos de admissibilidade, faltando um dos 
pressupostos, o recurso não será admitido. 
 
 Juízo de admissibilidade: as palavras utilizadas são conhecer do recurso ou não conhecer do recurso. 
 É formado pelos pressupostos intrínsecos e extrínsecos recursais, que são: 
 
 Intrínsecos 
 1) Legitimidade Recursal; 
 2) Interesse Recursal; 
 3) Cabimento; 
 4) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer; 
 
 Extrínsecos 
 5) Tempestividade; 
 6) Regularidade formal; 
 7) Preparo. 
 
 Competência 
Ao interpor o recurso, tal como ao distribuir uma petição inicial, a parte também deve observar as regras de 
competência para o devido, processamento, conhecimento e julgamento de seu recurso. 
Neste ponto, a competência recursal é determinada e encontra-se positivada, tanto na Constituição Federal, 
bem como pelo nosso Código de Processo Civil, tendo em vista que nesse último caso, em algumas 
circunstâncias e em alguns tipos de recursos, será necessária a análise da Lei de organização judiciária de 
cada Estado, para que seja observada a competência interna de cada tribunal. 
 
Compete ao órgão ad quem fazer o juízo de admissibilidade e o juízo de mérito. É ele quem faz os dois. 
Primeiro faz o juízo de admissibilidade: conhecer ou não conhecer do recurso. 
Depois faz o juízo de mérito: dar provimento ou negar provimento ao recurso. 
Quando o recurso for dirigido ao órgão a quo este terá competência para fazer um juízo de admissibilidade 
provisório. 
Expressões: dar seguimento (juízo positivo) ou negar seguimento (juízo negativo). 
Esse juízo é provisório pelo seguinte: 
- Sendo positivo deverá ser repetido pelo órgão ad quem. Tem que repetir o juízo de admissibilidade; 
- Sendo negativo caberá agravo. 
No fundo, a palavra final será sempre do órgão ad quem. 
Ex.: 
Apelação – juiz – juízo de admissibilidade positivo – tribunal – novo juízo de admissibilidade. 
Apelação – juiz – juízo de admissibilidade negativo – agravo – para o Tribunal. 
 
 Duplo juízo de admissibilidade: 
 
TJ faz o juízo dos recursos interpostos em 1º grau (que chegam) e dos que saem para o STJ ou STF. 
 
Requisitos Intrínsecos 
 
1) Legitimidade – art. 996 
Quem pode recursar? Tem legitimidade recursal as partes, o MP e o terceiro prejudicado. 
 
Partes 
1. Estão incluídos no conceito de parte o litisconsorte, o assistente litisconsorcial (é um litisconsorte que 
ingressa posteriormente), o opoente, o nomeado à autoria, o chamado ao processo e o denunciado à lide 
entre outros. Todas essas pessoas, na verdade, se tornam partes e, portanto, também podem recorrer; 
 
2. O recurso interposto por um litisconsorte a todos aproveita (todos se aproveitarão desse recurso), salvo 
se distintos ou opostos os seus interesses; Litisconsórcio unitário (decisão igual para todos). 
Litisconsórcio Simples (a decisão pode ser diferente). 
Segundo o entendimento que prevalece, tal regra só se aplica ao litisconsórcio unitário. 
 
Ministério Público 
O MP tem legitimidade recursal atuando como parte ou como fiscal da lei, ainda que a parte não recorra. 
 
Terceiro Prejudicado 
É aquele que não é parte, mas possui uma relação jurídica atingida direta ou reflexamente por uma decisão 
judicial. Ex.: locador, locatário e sublocatário: sendo decretado o despejo, o sublocatário poderá recorrer na 
condição de terceiro prejudicado. O advogado quanto os honorários advocatícios: se o juiz condenar a parte 
ao pagamento de honorários, o advogado pode recorrer em nome próprio em face dessa decisão (tanto a 
parte pode recorrer quanto o advogado em nome próprio). O terceiro prejudicado pode optar por impetrar 
mandado de segurança e não apresentar recurso (obs.: a parte pode recorrer, mas mediante o recurso 
previsto). 
 
Advogado? Sim, pode recorrer em nome próprio na majoração de sucumbência, não é 3º prejudicado, pois 
não foi atingido pelo resultado. 
 
2) Interesse Recursal 
 Interesse de agir: Via de regra a parte vencida possui interesse recursal. Se o recurso for parcialmente 
deferido, ambas as partes possuem o interesse recursal. 
 Utilidade: Significa a utilidade do recurso, vale dizer, o recurso deve ser apto a conferir alguma vantagem ou 
benefício jurídico. Sendo o recurso provido trará alguma vantagem? 
Ex. 1: o juiz julga o pedido improcedente (sentença de mérito) poderia o réu apelar para pedir a extinção do 
processo sem resolução do mérito (art. 267)? Isso seria um absurdo porque o réu estaria apelando para 
receber algo que não tem sentido. 
 Sucumbência: perdeu o recurso será condenado em honorários recursais. Será condenado novamente: na 
Primeira e na Segunda Instância. Terá que pensar 3 X antes de recorrer: tem o preparo – a litigância de má fé 
– a sucumbência recursal. É possível pagar 3 X pelo recurso. 
 
3) Cabimento (possibilidade jurídica) 
Diz respeito à recorribilidade do pronunciamento jurisdicional e a escolha da via recursal adequada. 
 Decisão é irrecorrível? Deve ser recorrível 
 Previsãolegal: Deve haver previsão legal. Ex.: não cabe recurso contra despacho. 
 O recurso escolhido está correto? Não se deve apresentar um agravo para recorrer de sentença porque de 
sentença cabe apelação. 
 
Pronunciamentos Jurisdicionais e Recursos Correlatos 
 
Pronunciamentos Jurisdicionais: o juiz pratica diversos atos no processo e os pronunciamentos jurisdicionais 
são os mais importantes. Os pronunciamentos jurisdicionais são: 
 
 Despachos: é o ato do juiz que serve apenas para dar andamento, põe o processo em movimento, é um ato 
de pouca complexidade, é quase mecânico, é o que mais tem no processo. O despacho não possui caráter 
decisório e, por isso, não causa prejuízo. Sendo assim, contra despacho não cabe recurso. 
 
 Decisões Interlocutórias: é o ato do juiz que resolve uma questão incidente. Não é a questão principal. 
Decisão Interlocutória quer dizer dentro da locução. Ela pode ter qualquer conteúdo, exceto as situações dos 
arts. 267 e 269. 
Por possuir caráter decisório pode causar prejuízo, portanto, cabe recurso de agravo. Além do agravo, a 
Jurisprudência e a Doutrina também admitem a interposição de Embargos de Declaração de decisão 
interlocutória. (Embargos de Declaração: pedido que se faz ao juiz ou tribunal para que esclareçam 
dubiedades, contradição, obscuridades e omissões contidas na sentença, referindo-se o pedido apenas a sua 
forma.) 
Exemplos de decisão interlocutória: antecipação da tutela, exceção de incompetência, quando o juiz 
indefere a produção de prova. 
 
 Sentenças: é o ato do juiz em emitir uma decisão. A sentença gera a extinção do procedimento. 
A sentença possui caráter decisório, por isso, pode causar prejuízo logo, da sentença cabe recurso. 
Há dois recursos cabíveis em relação às sentenças: 
-> Recurso de Apelação; 
-> Embargos de Declaração. 
 
4) Inexistência ( fato impeditivo/modificativo) 
 
 Renúncia 
Renúncia: é anterior à interposição; 
Desistência: é posterior à interposição. 
 
A renúncia e a desistência do recurso não exigem a concordância da parte contrária ou de litisconsorte nem 
homologação judicial. 
 
 Atos Contratuais 
Acordo entre as partes (conciliação) 
 
 Aquiescência à Decisão 
Há uma concordância com a decisão. Pode ser expressa ou tácita. 
Aquiescência Tácita consiste na prática de um ato incompatível com o recurso. Ex.: o juiz condena o réu a 
pagar 100 mil reais. Esse réu tem direito a interposição de apelação com duplo efeito (devolutivo e 
suspensivo: a sentença ainda não vai produzir seus efeitos – é possível recorrer sem cumprir essa decisão). 
No prazo da apelação o réu paga. Como ele já pagou, não pode apelar porque praticou um ato incompatível 
com o recurso. Cumprindo é o mesmo que concordar com a decisão. É uma preclusão lógica: pratica um ato 
incompatível com um outro que pretenda praticar. 
 
 Desistência da Ação 
Casos de sentença processual, extinção sem resolução do mérito. 
Após o prazo da resposta a desistência da ação exige a concordância do réu. 
 
 Preclusão 
Quando o ato é praticado, opera-se a preclusão lógica. 
 
Requisitos Extrínsecos 
 
1) Tempestividade 
Significa que a interposição do recurso deve obedecer o prazo legal. 
Inicia-se com a publicação; 
O CPC diz que tempestivo é o ato praticado até o prazo final – art. 218 parágrafo 4º 
 
Prazos Especiais: 
- Fazenda Pública e o MP: prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar. 
- Defensor Público e os litisconsortes com procuradores diferentes: prazo em dobro para todos os atos 
processuais (é claro que inclui os recursos). 
* (STJ) Mesmo se os litisconsortes forem casados e constituírem advogados diferentes o prazo é dobrado; 
* (STJ) Tornando-se diferentes os advogados no curso do prazo só dobra o prazo restante. 
* 5 litisconsortes com advogados diferentes, e somente um deles é condenado: o prazo não será dobrado 
nesse caso por conta da Súmula 641 do STF: não se conta o dobro o prazo para recorrer quando apenas um 
dos litisconsortes sucumbiu. 
 
2) Preparo 
É o recolhimento de custas do recurso destinadas ao Estado, necessárias à tramitação do recurso, inclusive à 
baixa dos autos. 
É um tributo da espécie taxa cujo recolhimento deve ser comprovado para o exame do mérito recursal. 
Preparo = custas recursais 
Preparo: tem relação com valor da causa; 
Se o preparo não for recolhido, o CPC prevê o prazo de 5 dias para pagar o valor em dobro; 
Se o recolhimento for insuficiente, o juiz em regra, dará 5 dias para recolher o saldo. 
 
Momento: De ser comprovado no momento da interposição do recurso. 
Consequências: Se não houver o recolhimento será deserto. 
Deserção: sanção que significa o perecimento ou o não seguimento do recurso por falta de preparo, ou seja, 
denota que o recurso fica impedido de seguir o curso do processo enquanto as custas não forem recolhidas. 
 
Exceção: 
A exigência do preparo não é exigida para todos os recursos, como por exemplo, nos embargos de 
declaração. 
Há pessoas que são dispensadas do preparo, por exemplo, o beneficiário de justiça gratuita, a fazenda 
pública e o MP. 
 
Novo CPC 
1. Quando há erro no preenchimento da guia do preparo o novo CPC prevê num dispositivo específico 
dizendo que o erro não é caso de inadmissibilidade do recurso. 
2. Há a figura da sucumbência recursal: perdeu o recurso será condenado em honorários. Será condenado 
novamente: na Primeira e na Segunda Instância. Terá que pensar 3 X antes de recorrer: tem o preparo – a 
litigância de má fé – a sucumbência recursal. É possível pagar 3 X pelo recurso. 
 
3) Regularidade Formal 
 
 Características: Todo recurso deve apresentar uma forma que o torne apto a alcançar seus objetivos. A 
forma legal mínima pressupõe a presença das razões (causa de pedir) e do pedido. Esse é o mínimo que se 
exige para todos os recursos. 
 Impugnação Específica: o recurso é uma peça que deve se adequar à decisão recorrida, ou seja, deve-se 
impugnar em específico o que se discorda da decisão. 
 As razões devem ser compreensíveis e devem atacar os fundamentos da decisão recorrida. 
 
Dica prática: para atacar os argumentos, não é necessário de repeti-los. É possível dizer o contrário sem a 
necessidade da repetição. É possível impugnar sem repetir o que foi dito. É como se aquilo que você não 
quer que apareça, apareça duas vezes quando. Não é preciso dizer novamente o que já consta nos autos. Na 
repetição há um reforço do que já foi dito e não é isso o que se quer evidenciar. Já coloque diretamente 
aquilo que se quer. 
 
EFEITOS 
 
 Suspensivo: é a aptidão do recurso de impedir a eficácia imediata da decisão impugnada. A suspensividade é 
gerada pela mera expectativa de interposição de um recurso com efeito suspensivo. 
O efeito suspensivo é uma qualidade que impede a produção dos efeitos da decisão recorrida. 
Não é da essência do recurso ter efeito suspensivo, é uma escolha do legislador. Este pode escolher atribuir 
ou não o efeito suspensivo. 
Toda vez que um recurso não tem efeito suspensivo permite a execução provisória, permite que a decisão 
seja executada de imediato. 
O efeito suspensivo tem início com a simples possibilidade de recorrer (com a abertura do prazo) e termina 
com a preclusão para interposição do recurso ou com a intimação da decisão do recurso. 
Quando se publica a decisão ela já não produz efeitos. 
Ele impede os efeitos da decisão. 
 
 Devolutivo: é a aptidão de devolver ao órgão julgador competente a reapreciação da matéria impugnada. 
Todos os recursos têm esse efeito, devolvem a matéria. 
E pode ser devolutivo quanto a: 
Extensão: o recurso devolve ao tribunal o reexame da matéria impugnada. 
Profundidade: todas as questões debatidas e discutidas ainda que não apreciadas integralmente pelo juiz de 
1º grau, poderão ser revistas pelo tribunal. 
O recurso admitido devolve (envia, transfere) ao órgão ad quem a matéria impugnada. 
É um efeito da essência do recurso, todo recurso tem esse feito porque todo recurso leva a matéria 
impugnadaao órgão ad quem. 
 
 Impeditivo: impede à preclusão ou ao trânsito em julgado e prolonga a litispendência; 
Só os admissíveis? O trânsito em julgado se dará a partir da última decisão proferida no processo. 
 
 Substitutivo: A decisão de mérito do recurso substitui a decisão recorrida. 
O recurso deve ser conhecido para que tenha efeito substitutivo, não sendo conhecido, não há efeito 
substitutivo. 
Sendo conhecido o Tribunal pode negar provimento ou dar provimento. 
Quando negar provimento tem efeito substitutivo. 
Quando o Tribunal der provimento haverá ou não efeito substitutivo. Depende de erro in procedendo ou do 
erro in judicando. 
Toda vez que há recurso estará alegando erro in procedendo ou do erro in judicando. 
 
erro in procedendo: a decisão é ilegal. Há um erro no procedimento do juiz, por exemplo, falta de 
fundamentação. A decisão ilegal será anulada, haverá a anulação. Assim, o Tribunal anula e devolve ao órgão 
a quo para proferir uma nova decisão; 
erro in judicando: a decisão é injusta. Não há erro no proceder, há apenas uma discordância. O Tribunal 
reforma a decisão proferindo outra no lugar daquela. Essa decisão substituirá a decisão anterior. 
 
Sendo provido o recurso só tem efeito substitutivo no erro in judicando. 
 
RECURSO ADESIVO ART. 997 CPC 
 
Quando existir a sucumbência parcial ou recíproca, permite o Código de Processo Civil que, aquele que não tenha 
recorrido no prazo estipulado para o devido recurso, possa aderir no prazo para a contestação, ao recurso da parte 
contrária. Para os doutrinadores, o recurso adesivo, não é propriamente um recurso, e sim, um modo de 
interposição de apelação, ou de recurso especial ou extraordinário. É utilizado em circunstâncias em que 
normalmente uma das partes não recorreria. 
Por exemplo, numa decisão em que haja sucumbência recíproca, a parte pediu R$. 100,00 e o juiz sentenciou em R$ 
60,00. A parte, a princípio, não recorreria, tendo como melhor opção a execução. Porém, se a outra parte recorrer, o 
recorrido poderá aproveitar-se deste recurso através do recurso adesivo. Tudo se passa como se uma parte aderisse 
ao recurso do outro. 
 
Característica fundamental do recurso adesivo: além dos pressupostos gerais de admissibilidade exigidos para 
todos os recursos, e aqueles especiais que são exigidos pelos recursos que poderiam ter sido interpostos, caso da 
apelação, do recurso especial ou extraordinário, o recurso adesivo requer ainda: 
Que seja apresentado no prazo da resposta; 
Que dependa de sucumbência recíproca; 
Que seja interposto perante a autoridade competente para conhecer do recurso principal; 
Que a parte contrária tenha interposto o recurso principal e que este tenha sido recebido. 
Que seja interposto apenas pelo autor ou pelo réu, conforme lei, o que se conclui não ser possível sua interposição 
pelo terceiro prejudicado ou pelo Ministério Público. 
O recurso adesivo segue o destino do principal. Num exemplo, se a apelação for intempestiva ou deserta e não for 
conhecido, o recurso adesivo também não o será, e neste caso o recurso adesivo funcionará como um recurso 
acessório. É bom lembrar que, uma vez conhecido o recurso principal, o recurso adesivo torna-se autônomo, isto é, o 
recurso principal poderá não ser provido enquanto o adesivo poderá ser, ou vice-versa. Cada parte interporá o 
recurso, independentemente, no prazo e observadas às exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao 
recurso interposto por qualquer deles poderá aderir à outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso 
principal e se rege pelas disposições seguintes: 
I - poderá ser interposto perante a autoridade judiciária competente para admitir o recurso principal, dentro de dez 
(10) dias contados da publicação do despacho, que o admitiu; 
 II - será admissível na apelação e no recurso extraordinário; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. 
Parágrafo único. “Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de 
admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior" 
 
JUÍZO DE MÉRITO 
 
 Pretensão: reformar, invalidar, esclarecer, integrar -> juízo de mérito 
 
 as palavras utilizadas são dar provimento ou negar provimento ao recurso. 
 
Juízo de admissibilidade positivo: 
Primeiro faz o juízo de admissibilidade: conhecer ou não conhecer do recurso. 
Depois faz o juízo de mérito: dar provimento ou negar provimento ao recurso. 
Expressões: dar seguimento (juízo positivo) 
 negar seguimento (juízo negativo). 
 
- Sendo positivo deverá ser repetido pelo órgão ad quem. Tem que repetir o juízo de admissibilidade; 
- Sendo negativo caberá agravo. 
No fundo, a palavra final será sempre do órgão ad quem. 
Ex.: Apelação – juiz – juízo de admissibilidade positivo – tribunal – novo juízo de admissibilidade. 
 Apelação – juiz – juízo de admissibilidade negativo – agravo – para o Tribunal. 
 
 Mérito do Recurso = Mérito da Causa? 
Não, pois depende do que se pede no recurso. Pode-se por exemplo pedir no recurso para que invalide a 
sentença devido a um erro formal, e neste caso, se faz uma novo sentença, logo não tem relação com o 
mérito da causa. 
 
RECURSOS PREVISTOS – ART. 994 CPC 
 
 Apelação – art. 1009 a 1014 
 Agravo de Instrumento – art. 1015 a 1020 
 Agravo Interno – art. 1021 
 Embargos de Declaração – art. 1022 a 1026 
 Recursos Ordinários – art. 1027 e 1028 
 Recurso Especial – art. 1029 a 1041 
 Recurso Extraordinário – art. 1029 a 1041 
 Agravo em Recurso Especial e Extraordinário – art. 1042 
 Embargos de Divergência - art. 1043 a 1044 
 
Prazos: 
O prazo para interposição de recurso é de 15 dias úteis, exceto os embargos de declaração que tem o prazo de 5 dias 
úteis. (art. 1003 CPC) 
 
APELAÇÃO ( ART. 1009 AO 1014) 
 
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de 
instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente 
interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 
(quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. 
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1015 integrarem 
capítulo da sentença. 
 
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: 
I - os nomes e a qualificação das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; 
IV - o pedido de nova decisão. 
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. 
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, 
independentemente de juízo de admissibilidade. 
 
Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: 
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V; 
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado. 
 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depoisde publicada a 
sentença. 
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento 
dirigido ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator 
designado para seu exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a 
probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de 
difícil reparação. 
 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no 
processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação 
devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. 
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito 
quando: 
I - reformar sentença fundada no art. 485; 
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, 
examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. 
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. 
 
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar 
que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. 
 
Cabimento 
É o recurso cabível das sentenças. Qualquer tipo de sentença processual ou de mérito. 
“Da sentença cabe apelação.” 
 
Exceções 
Recurso inominado; falências; julgamento antecipado parcial do mérito 
 
Preliminar 
Matérias não recorríveis por agravo. 
 
Prazo para apelar contra decisão proferida em sentença 
15 dias razões 
 Contrarrazões 
 
O apelante apresenta razões e o apelado pode apresentar contrarrazões, ou não apresentar e optar pelo recurso 
adesivo das razões do apelante, e neste caso, o juiz dará + 15 dias para o apelante apresentar as contrarrazões do 
recurso do adesivo apresentado pelo apelado. 
 
Requisitos 
 os nomes e a qualificação das partes; (partes, MP e 3º prejudicado) 
 a exposição do fato e do direito; 
 as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; 
 o pedido de nova decisão. 
 
No tribunal 
Relator decisão monocrática – art. 932 III a V 
 elabora voto 
 
I – decidir monocraticamente se presente uma dentre as seguintes hipóteses: 
a) Não conhecer do recurso quando o mesmo for inadmissível, estiver prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida (art. 932, inciso III); 
b) Negar provimento ao recurso que for contrário a (art. 932, inciso IV): 
b.1) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b.2) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
b.3) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
c) Dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a (art. 932, inciso V): 
c.1) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
c.2) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
c.3) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
Em não sendo o caso de decisão monocrática em nenhum dos casos acima elencados, o relator preparará a apelação 
para julgamento pelo órgão colegiado, elaborando seu voto. 
 
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado. 
 
Efeitos da Apelação 
 Devolutivo sempre 
Significa que a apelação admitida devolve ao Tribunal a matéria impugnada. 
Art. 1013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
O art. 1012 diz que a apelação terá efeito Suspensivo, porém a depender das hipóteses previstas no CPC 
O art. 1012 § 1º, dispõe o rol exemplificativo dos casos em que não ocorrerá o efeito suspensivo, ou seja, os 
terão efeitos imediatos após publicação da sentença. 
 
Efeitos da Apelação: dois são os efeitos da apelação – devolutivo e suspensivo. 
A apelação se destina a obter do juízo de segundo grau, por intermédio de reexame da causa, a reforma total ou 
parcial da sentença proferida pelo juiz de primeiro grau. Em consequência, a apelação devolve ao juízo “ad quem” o 
conhecimento da causa decidida no juízo “a quo”. Nisso consiste o efeito devolutivo (Art. 1013 do CPC). 
A apelação suspende os efeitos da sentença (art. 1012 caput) . Efeito suspensivo, assim, consiste na suspensão da 
eficácia natural da sentença, isto é, dos seus efeitos normais. 
O art. 1012, 1º, de forma exemplificativa, expõe casos em que o efeito não será suspensivo. Assim, não terão efeito 
suspensivo, mas somente devolutivo. 
 
Desdobra-se em: 
 
Extensão: constitui a consequência do efeito devolutivo. 
Existem 3 consequências do efeito devolutivo: 
 
a) O Tribunal não pode julgar matéria estranha ao recurso; não pode apreciar aquilo que não foi objeto da 
apelação; tatum devolutum quantum apelatum. 
 
b) O Tribunal não pode agravar (piorar) a situação do recorrente; apenas um agravando não pode piorar: 
Princípio da Proibição da reformatio in pejus; ninguém pede uma reforma para pior; 
 
c) Fatos novos posteriores à apelação– superveniência de fato novo; ciência nova de fato velho; 
impossibilidade de se comunicar com o advogado; roduzir provas – isso pode ser bom ou ruim por conta do 
tempo; Ex.: exame de DNA que antes não existia 
 
Profundidade: são as exceções à regra do efeito devolutivo. 
Os mais importantes dispositivos que tratam da profundidade são: 
Art. 1013, §§ 1 ao 4: 
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no 
processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro. 
 
Julgamento per saltum 
3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, 
se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
É chamado de julgamento do mérito per saltum: pula-se uma instância. 
O Tribunal julgará o mérito pela primeira vez. 
 
Para que isso aconteça o Código exige 2 coisas: 
 
1. Questão exclusivamente de direito (não haver necessidade de produção de prova). Se precisar produzir provas 
tem que devolver para o juiz. 
 
2. Condições de Imediato Julgamento (conhecido como causa madura). O Tribunal só pode julgar o mérito se o juiz 
poderia julgar. Por exemplo: falta de citação. 
Cabe recurso dessa decisão que o Tribunal está julgando pela primeira vez? Alguns acórdãos que admitem os 
embargos infringentes. Cabe o recurso no STF. 
 
Fatos novos (por força maior) art. 1014 
Superveniência de fatos novos, posteriores à apelação: 
Ciência nova de fato velho; Ex.: DNA (que antes não era possível); 
Impossibilidade de se comunicar com o advogado. 
 
 
Retratação 
Prazo de 5 dias 
 
 Indeferimento da inicial (art. 331) 
Apelação da decisão -> o juiz pode entender que não era caso de indeferimento da inicial; 
Apelação cabível, quando do indeferimento da petição inicial e que prevê a possibilidade do exercício do 
juízo de retratação no prazo de 48 horas, podendo ojuiz reformar sua própria decisão. Caso isso não ocorra, 
o mesmo remete o processo ao Tribunal para julgamento; 
 
 Improcedência liminar (art. 332) 
Dispensa fase introdutória, independente de citação, o juiz pode julgar improcedente o pedido contrário; 
Hipótese legal que autoriza o juiz a dispensar a citação do réu e proferir imediatamente a sentença de 
mérito, quando a matéria controvertida nos autos versar sobre questão somente de direito e já existir no 
juízo sentença proferida em caso semelhante. Nessa hipótese, permite-se que o autor interponha recurso de 
apelação no devido prazo legal (15 dias), sendo facultado o exercício do juízo de retratação pelo julgador no 
prazo de 5 dias. Caso o juiz se retrate, o mesmo determinará a citação do réu para apresentar contestação. 
Caso o juiz não se retrate, o mesmo determinará a citação do réu para apresentar Contrarrazões de Recurso 
de Apelação e remeterá o processo ao Tribunal para seu efetivo julgamento; 
 
 Sentença terminativa (art. 485 § 7º) 
Extinção do processo sem apreciar o mérito 
Nos casos da extinção do processo sem julgamento do mérito previstos no art. 267 do CPC, o Tribunal 
poderá, desde logo, proferir o julgamento do mérito da demanda, se a causa versar sobre questão 
exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento, i.e., não necessite de produção de 
prova. Se presente essa necessidade, deverá o Tribunal remeter o processo ao primeiro grau para que seja 
produzida a prova faltante e julgada a demanda pelo seu mérito. 
 
Recurso de apelação 
A apelação é o recurso cabível contra as sentenças. Esta regra está prevista no art. 1009 do NCPC. 
Todavia, o objeto da apelação foi ampliado, eis que na nova sistemática, pode-se manejar tal recurso para impugnar 
outras decisões, fora a sentença, proferidas na fase de conhecimento, contra as quais não caiba Agravo de 
Instrumento. 
Diz o §1o, do art. 1009, do NCPC que: “as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito 
não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de 
apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.” 
A apelação é agora o recurso próprio para impugnar as decisões interlocutórias não sujeitas a agravo de 
instrumento. 
Daí se extrai que o caput do art. 1009 NCPC é incompleto, pois a apelação é o recurso cabível contra as sentenças e 
também contra as decisões interlocutórias apeláveis. 
Por outro lado, em não havendo impugnação de tais decisões, na apelação ou nas contrarrazões, incidirá a 
preclusão. 
A preclusão, é a perda da faculdade de se praticar determinado ato processual, pelo fato de se haverem alcançado 
os limites assinalados por lei ao seu exercício. As questões incidentemente discutidas e apreciadas ao longo do curso 
processual não podem, após a respectiva decisão voltar a ser tratadas em fases posteriores do processo. 
Aqui também se verifica a alteração do regime de preclusões, já que as decisões interlocutórias, não atacáveis por 
Agravo de Instrumento, terão a preclusão procrastinada, pois poderão ser impugnadas nas razões de apelação, pelo 
vencido, bem como nas contrarrazões ao recurso, pelo vencedor. 
Ressalte-se que, ocorrendo esta última hipótese, o recorrente será intimado, para, em 15 (quinze) dias, se 
manifestar a respeito (§2o, do art. 1009, do NCPC). O novo Código, previlegia o princípio do contraditório, impedindo 
que a parte adversa seja surpreendida. 
Assim, faculta-se à parte prejudicada por uma decisão interlocutória, impugná-la desde logo, quando couber agravo 
de instrumento, ou, impugná-la, posteriormente na apelação ou nas contrarrazões. 
Outra inovação é quanto ao juízo de admissibilidade da apelação, que será exercido pelo Tribunal. A apelação é 
dirigida ao juízo de 1o grau, que colhe as razões e contrarrazões e remete o processo ao Tribunal, sendo o processo 
distribuído a um Desembargador Relator que analisará a presença dos pressupostos recursais. 
A Lei fala que a distribuição da apelação é imediata (art. 1011, caput). 
É de se notar que, de acordo com o art. 1011 do NCPC, recebida a apelação, o Relator somente poderá decidir o 
recurso, monocraticamente, nas hipóteses descritas nos incisos III a V do art. 932, e, não sendo hipótese de 
incidência de tais dispositivos, elaborará o seu voto. 
Ressalte-se que o inciso V do referido dispositivo afasta qualquer dúvida com relação à tutela provisória, eis que se 
concedida, confirmada ou revogada na sentença, esta não ficará sujeita à apelação com efeito suspensivo. 
 
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO – ART. 1015 A 1020 
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de 
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
 
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os 
seguintes requisitos: 
I - os nomes das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido; 
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. 
 
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da 
própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a 
tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do 
agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; 
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis. 
§ 1o Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando 
devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais. 
§ 2o No prazo do recurso, o agravo será interposto por: 
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; 
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias; 
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento; 
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; 
V - outra forma prevista em lei. 
§ 3o Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do 
agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único. 
§ 4o Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser 
juntadas no momento de protocolo da petição original. 
§ 5o Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-
se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia. 
 
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de 
instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. 
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicadoo agravo de 
instrumento. 
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a 
contar da interposição do agravo de instrumento. 
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa 
inadmissibilidade do agravo de instrumento. 
 
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de 
aplicação do art. 932, incisos IIIe IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a 
pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; 
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver 
procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, 
para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao 
julgamento do recurso; 
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua 
intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
Art. 1.020. O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado. 
 
Não é algo tão diferente da apelação visto que na origem tudo era apelação. 
O agravo só existe no Brasil e em Portugal. 
 
Cabimento 
O agravo é o recurso cabível das decisões interlocutórias; 
É um instrumento apartado dos autos do processo, e pode ser físico ou eletrônico 
Não cabe nunca agravo de decisão colegiada. 
Excepcionalmente, cabe em face de sentença: da sentença que decreta falência cabe agravo. 
Rol taxativo – art. 1015 
 
+ ( parágrafo único do art. 1015) 
 
Liquidação da sentença; 
Cumprimento de sentença; 
Execução; 
Inventário. 
 
Demais decisões 
O CPC traz a expressa determinação no art. 1.009, §1o, de que as decisões interlocutórias não abrangidas no rol do 
art. 1.015 e seu parágrafo único, do mesmo diploma legal, somente poderão ser questionadas como preliminar de 
eventual recurso de apelação ou suscitadas nas respectivas contrarrazões. 
 
Processamento 
Interposição diretamente no tribunal ( pode ser via correio, AR, na própria comarca) 
 
Requisitos 
Os nomes das partes; 
A exposição do fato e do direito; 
As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido; 
O nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. 
 
Instrução 
O agravo de instrumento é apreciado direto no tribunal, sendo o único recurso, onde o tribunal não terá em suas 
mãos o processo. 
Por isso é necessário juntar ao AI: 
Obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da 
própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a 
tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
Facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis. 
Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando 
devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais. 
 
Obrigatório ao processo físico 
Se o processo é protocolado direto no tribunal, o juízo da causa não conhece do agravo. 
Prazo de 3 dias para informar ao juiz de 1 grau sobre o agravo da decisão, sob pena de não conhecer o agravo. 
Obs.: Facultado do PJe 
 
Prazo de interposição do AI: 
15 dias 
 
Falto dos requisitos 
Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de 
instrumento, deve o relator antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias 
ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. 
 
Contraditório 
Intimar o agravado para apresentar contra minuta de agravo, quando há juízo de admissibilidade. 
O relator ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver 
procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, 
para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao 
julgamento do recurso; 
E determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua 
intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
Juízo da retratação 
Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de 
instrumento. 
O juiz poderá se retratar, neste caso o agravo é invalidado e a outra parte poderá agravar a retratação. 
 
Poderes do relator 
Conceder efeito suspensivo 
Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a 
pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; 
Julgar nos termos do 932, III e IV 
Nos termos da apelação. 
Se não conhece os recursos de juízo de admissibilidade, nega provimento ao recurso; 
Não pode deferir o recurso, por quê? 
Não pode ferir o princípio do contraditório, pois o réu ainda não teve contato com o agravo. 
 
AGRAVO INTERNO – ART. 1021 
 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, 
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. 
§ 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. 
§ 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 
(quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com 
inclusão em pauta. 
§ 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o 
agravo interno. 
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o 
órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e 
cinco por cento do valor atualizado da causa. 
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 
4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. 
 
Cabimento 
Recurso contra as decisões monocráticas proferidas pelo relator. 
 
Impugnação específica 
O recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. 
 
Dirigida ao relator 
Contra decisão monocrática do relator. 
O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 
(quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com 
inclusão em pauta. 
 
Prazo para interpor recurso 
15 dias 
 
Contraditório 
O relator que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso, apresentando contra minuta no prazo de 15 
dias. 
 
Retratação 
O relator poderá mudar sua decisão e a outra parte poderá apresentar agravo interno. 
Não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. 
 
Não pode o relator reproduzir sua fundamentação 
É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o 
agravo interno. 
 
Recurso manifestadamente inadmissível ou improcedente 
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o 
órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e 
cinco por cento do valor atualizado da causa. 
 
Fungibilidade 
Entre o agravo interno e os embargos de declaração. 
Art. 1022, § 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração comoagravo interno se entender ser este o 
recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, 
complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1021, § 1º. 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – ART. 1022 A 1026 
 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; 
III - corrigir erro material. 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: 
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de 
competência aplicável ao caso sob julgamento; 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º. 
 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do 
erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. 
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229. 
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos 
opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. 
 
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não 
havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente. 
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal 
proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. 
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso 
cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar 
as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1021, § 1º. 
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado 
que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas 
razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos 
embargos de declaração. 
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso 
interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e 
julgado independentemente de ratificação. 
 
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior 
considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. 
 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição 
de recurso. 
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se 
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de 
dano grave ou de difícil reparação. 
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão 
fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor 
atualizado da causa. 
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por 
cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio 
do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. 
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados 
protelatórios. 
 
Os embargos de declaração 
Não atende ao principio do duplo grau de jurisdição, pois é o próprio órgão que proferiu a decisão que analisa esse 
embargo. 
Pode interpor todo àquele que tem legitimidade recursal. (partes, MP e terceiro juridicamente prejudicado). 
Toda decisão deve ser clara e lógica. Seu objetivo é esclarecer uma decisão. Obscura, contraditória ou omissa. 
Portanto cabe contra a sentença: 
 Sentença “citra petita” ou “infra petita” que não decide todos os pedidos do autor, que deixa de analisar 
causa de pedir ou alegação de defesa do demandado ou que não julga a demanda em relação a todos os 
sujeitos processuais que dela fazem parte. Quer dizer que a sentença foi omissa. 
Cabimento 
É interposto contra qualquer decisão judicial. 
 
Objetivo 
 Esclarecer obscuridade; 
 Eliminar contradição; 
 Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; 
 Corrigir erro material. 
 
Omissão: Considera-se omissa a decisão que: 
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de 
competência aplicável ao caso sob julgamento; 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º. 
 
Significa uma ausência de decisão quanto a uma alegação relevante, quanto a um pedido ou quanto a uma matéria 
de ordem pública; Ex.: pedido de dano moral e material, o juiz apreciou somente o dano moral. 
Obscuridade se dá quando o pronunciamento jurisdicional é ininteligível, vale dizer, a falta de clareza compromete a 
sua compreensão. Em síntese, não se é possível compreender o que o juiz disse. Se qualquer pessoa não consegue 
compreender o que o juiz escreveu, serve para esclarecer. 
 
Contradição se dá quando o pronunciamento jurisdicional contém afirmações incompatíveis, excludentes. Ex.: a 
fundamentação diz uma coisa e o dispositivo diz outra; o juiz julga o pedido do autor procedente e condena o 
próprio autor a pagar honorários. 
 
Nos embargos é importante deixar claro o que se está alegando, recurso de fundamentação vinculada: omissão, 
obscuridade ou contradição. 
 
A Jurisprudência vem admitindo os embargos de declaração em outros 2 casos: 
 
1. Erro Material é algo que não precisaria de embargos, podem ser corrigidos a qualquer tempo e, inclusive de 
ofício. Ex.: erro de digitação, erro de cálculo, até mesmo após o trânsito em julgado. 
 
2. Equívoco Manifesto Ex.: o desembargador não viu a guia do preparo e julgou o recurso deserto. A guia do preparo 
estava lá. A parte embargou de declaração dizendo que havia um equívoco manifesto. O desembargador levou para 
a sessão e admitiram os embargos de declaração. Esse desembargador era processualista e publicou esse caso. 
Assim, passaram a ser aceito os embargos de declaração por equívoco manifesto. 
 
Efeito 
Devolutivo. Não possui efeito suspensivo. 
 
Prazo 
De 5 dias e é interposto para julgamento pelo mesmo juiz que deu a sentença embargada. 
Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, 
obscuridade, contradição ou omissão. 
O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias 
 
Interrompe o prazo 
A interposição deste embargo interrompe, ou seja, o prazo começa a contar do inicio, desde que o processo siga os 
trâmites do Código de Processo Civil. 
 
Contraditório 
O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, 
caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. 
 
Preparo 
Não há preparo. 
 
Manifestamente protelatórios 
 Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão 
fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre 
o valor atualizado da causa. 
 
 Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por 
cento sobre o valor atualizado dacausa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao 
depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, 
que a recolherão ao final. 
 
 Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados 
protelatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
RECURSO ORDINÁRIO – TAMBÉM CONHECIDO COMO ROC – RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL – ART. 1027 
E 1028 
 
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: 
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos 
em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; 
II - pelo Superior Tribunal de Justiça: 
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de 
justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, 
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
§ 1o Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento 
dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1015. 
§ 2o Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1013, § 3º e 1029, § 5º 
 
 Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1027, I e II, “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e 
ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1o Na hipótese do art. 1027, § 1º, aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento 
Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 2o O recurso previsto no art. 1027, I e II, “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu 
presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as 
contrarrazões. 
§ 3o Findo o prazo referido no § 2o, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de 
juízo de admissibilidade. 
 
Finalidade: 
Permitir a reapreciação de decisões proferidas em ações de competência originária dos Tribunais. 
 
Cabimento 
As ações de mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção, quando julgadas em única instância pelos 
Tribunais Superiores (STJ, TST e TSE) desafiam, normalmente, recurso extraordinário para o STF, se atendidos os 
requisitos do Art. 102, III, da Constituição. Se forem denegadas, haverá possibilidade de recurso ordinário para a 
Suprema Corte. Nessas hipóteses, independente da matéria debatida no recurso (se constitucional ou 
infraconstitucional) o caso é de recurso ordinário e não extraordinário. 
Via recursal dos processos que iniciam em 2º grau ou vias especiais. 
É cabível par ao STF e o STF contra decisão que denega pretensão. 
Não julgam o habeas data, o habeas corpus, entre outros – julgam apenas o recurso 
 
STF – cabimento: 
1. Decisão Denegatória em mandado de segurança, mandado de injunção ou habeas data de competência originária 
de Tribunal Superior. 
 
STJ – cabimento: 
Há dois casos de recurso ordinário: 
 
1. Decisão Denegatória em Mandado de Segurança de competência originária de Tribunal Local. 
Sendo impetrado diretamente num tribunal local, sendo decisão denegatória é cabível o Recurso Ordinário para o 
STJ. Sendo decisão concessiva não é cabível o recurso Ordinário. Somente é cabível em decisão denegatória. 
 
2. Sentença Proferida numa causa em que atuem, de um lado Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional e, do 
outro, Município ou Pessoa residente ou domiciliada no Brasil. 
A competência para julgar essa causa é o juiz federal, dessa sentença cabe recurso para o STJ. Quem julga o recurso 
é o STJ. Esse recurso ordinário funciona como uma apelação. 
 
Havendo decisão interlocutória o agravo também irá para o STJ. 
 
É chamado de constitucional porque está previsto na CF. 
CF 102, II, “a” – STF : habeas corpus, habeas data, medida de segurança e o mandado de injunção decididos em única 
instância pelos tribunais superiores. 
CF 105, I, “a”, “b”, “c” – STJ: os habeas corpus decididos em única instância pelos TRF ou tribunais de Estados, do DF 
ou de territórios. 
 
Terminologia: O que são julgados? 
São julgados os recursos ordinários e não o pedido de habeas data, medida de segurança, e o mandadoi de injunção. 
 
Encaminhamento 
É interposto contra órgão que proferiu a decisão recorrida, e este é encaminhado ao STJ ou STF. 
É dirigido ao Presidente do Tribunal onde foi prolatado o acórdão recorrido. 
 
Requisitos 
Recurso semelhante à apelação, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as 
disposições relativas à apelação. 
 os nomes e a qualificação das partes; (partes, MP e 3º prejudicado) 
 a exposição do fato e do direito; 
 as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; 
 o pedido de nova decisão. 
 
Prazo 
15 dias. As contrarrazões têm o mesmo prazo. 
 
Preparo 
Não depende de preparo. 
 
Interpretação em sentido amplo 
Quando denegatória -> Impetrando diretamente num Tribunal Superior e a decisão for denegatória (decisão 
denegatória: desfavorável ao impetrante) cabe o recurso ordinário para o Supremo. 
 
RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ART. 1029 A 1041 
 
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na CF, serão interpostos perante o 
presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. 
§ 1o Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a 
certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em 
que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial 
de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias 
que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. 
§ 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso 
tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave. 
§ 4o Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do 
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em 
que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança 
jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do 
recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto. 
§ 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser 
formulado por requerimento dirigido: 
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso 
e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; 
II - ao relator, se já distribuído o recurso; 
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do 
recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos 
termos do art. 1037. 
 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-
presidente do tribunal recorrido, que deverá: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal nãotenha 
reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em 
conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime 
de julgamento de recursos repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir 
do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos 
regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
I – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; 
IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 
6º do art. 1.036; 
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior 
Tribunal de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos 
repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. 
 § 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos 
termos do art. 1.042. 
 § 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 
1.021. 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão 
remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1o Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para 
apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. 
§ 2o Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, 
sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, 
devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial. 
 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão 
constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de 
repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal 
Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça. 
 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso 
extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior 
Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial. 
 
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior 
Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito. 
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao 
tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado. 
 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a 
questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo. 
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista 
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. 
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da CF; 
§ 4o O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador 
habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 
§ 5o Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do 
processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem 
no território nacional. 
§ 6o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão 
de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o 
recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de 
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno. 
§ 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos 
recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica. 
§ 9o O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá 
preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá 
como acórdão. 
 
Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos 
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica 
questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o 
disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1o O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou 
mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior 
Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. 
§ 2o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e 
inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o 
recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno. 
§ 4o A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não 
vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia. 
§ 5o O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da 
controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-
presidente do tribunal de origem. 
§ 6o Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a 
respeito da questão a ser decidida. 
 
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando

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