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15/03/21 Watson e o behaviorismo clássico • Fundou a “Psicologia comportamental” • Tem importância indiscutível na história da psicologia moderna. • Para Watson: em vez de estudar a mente, a psicologia deveria estudar o comportamento observável. • Segundo o antigo behaviorismo metodológico a ciência deve lidar apenas com o mundo objetivo, aquele “fora” do sujeito. • A Psicologia deve ocupar-se apenas do comportamento que pode ser objeto de observação pública e mensuração (em vez de buscar causas ou influências dos comportamentos em estados mentais) ➢ Para o Behaviorismo Clássico: • A mente existe, mas é ignorada nas suas explicações sobre o comportamento. • Os estados mentais não se classificam como objetos de estudo empírico. • O interesse na busca de uma psicologia livre de conceitos mentalistas e de métodos subjetivos, e que possa reunir condições de prever e de controlar. • O comportamento deve ser estudado como função de certas variáveis do meio (certos estímulos levam o organismo a dar determinadas respostas) O fundamento do behaviorismo metodológico de Watson é o reflexo incondicionado de Ivan Pavlov: “respostas que são eliciadas (produzidas) por estímulos antecedentes do ambiente”. John B. Watson chega ao “reflexo condicionado”: interações estímulo-resposta (relação entre ambiente e sujeito) em que o organismo passa a responder a estímulos aos quais antes não respondia. Exemplo: som de campainha + água gelada = mão gelada ↓ som de campainha = mão gelada • Alteração no ambiente que produz alteração no organismo (corpo humano) ➢ Características: • Não requer aprendizado • Importantes para nossa sobrevivência • São comuns a todos os membros da espécie • Apenas um estímulo biologicamente determinado pode eliciar (produz) a resposta reflexa • Repertório comportamental presente desde o nascimento = REFLEXO INATO • Termo difere da linguagem cotidiana (resposta – o que organismo fez) • Na psicologia o termo é usado para aludir uma relação entre ESTÍMULO E RESPOSTA • Interação entre um organismo e seu ambiente REFLEXO = ESTÍMULO RESPOSTA • ESTÍMULO: parte ou mudança em uma parte do ambiente • RESPOSTA: mudança no organismo produzidas por mudanças no ambiente ➢ Intensidade do estímulo e magnitude da resposta • Referem-se à força do estímulo e à força da resposta • Reconhecidos na ciência do comportamento como "medida de comportamento" • Aprender a observar e medir o comportamento é essencial para o psicológico comportamental • O objetivo de uma ciência é buscar RELAÇÕES UNIFORMES (constantes) entre EVENTOS (qualquer mudança que ocorra no mundo) • Cientistas que pesquisaram o comportamento reflexo buscaram identificar relações constantes entre estímulos e as repostas por eles eliciadas que ocorressem da MESMA FORMA nos DIVERSOS REFLEXOS e nas mais DIFERENTES ESPÉCIES • As constâncias nas relações estímulos e respostas são chamadas LEIS (ou propriedades) DO REFLEXO • LEI DA INTENSIDADE-MAGNITUDE • LEI DO LIMIAR • LEI DA LATÊNCIA • HABITUAÇÃO E POTENCIAÇÃO • A intensidade do estímulo é uma medida diretamente proporcional à magnitude da resposta • Quanto maior a intensidade do estímulo, maior será a magnitude da resposta • Para todo reflexo existe uma intensidade mínima do estímulo necessária para que a resposta seja eliciada • Valores abaixo do limiar não eliciam respostas • Valores acima do limiar eliciam respostas • O limiar não é um valor, estímulos com intensidade variadas as vezes eliciarão respostas, as vezes não • LATÊNCIA = nome dado ao intervalo entre dois eventos • Tempo entre apresentação do estímulo e a ocorrência da resposta • Quanto mais fraco o estímulo (menor intensidade), mais tempo se passará o tempo para ocorrência de resposta; maior será a latência da resposta • a intensidade do estímulo também possui uma relação diretamente proporcional à duração da resposta: quanto maior a intensidade do estímulo, maior a duração da resposta • Efeitos de eliciações sucessivas da resposta • Quando um determinado estímulo, que elicia uma determinada resposta, é apresentado várias vezes seguidas, em curto intervalo de tempo, ocorrem mudanças nas relações entre o estímulo e a resposta • HABITUAÇÃO: quando somos expostos a um determinado estímulo por tempo prolongado, a magnitude da resposta tende a diminuir • POTENCIAÇÃO: o efeito de eliciações sucessivas é exatamente oposto da habituação. À medida que novas eliciações ocorrem, a magnitude da resposta aumenta • Parte daquilo que chamamos de emoções envolve respostas reflexas a estímulos ambientais. Em certos casos, talvez esse seja o motivo da dificuldade em “controlar” algumas emoções. EXEMPLO CLÍNICO: • Muitas pessoas apresentam fortes RESPOSTAS EMOCIONAIS de ansiedade e medo quando são solicitadas a falar em público. Em vão, tentam controlar suas respostas emocionais dizendo para si mesmas: “Controle-se!”, “Acalme- se!”, “Está tudo bem!”. Tais iniciativas podem ser infrutíferas, já que a situação de falar em público ELICIA as RESPOSTAS EMOCIONAIS EM UMA RELAÇÃO REFLEXA. Dessa forma, essas pessoas evitam as situações de falar em público, o que pode trazer prejuízos para suas vidas acadêmica e profissional. AS EMOÇÕES NÃO SURGEM DO NADA! • Os organismos, de acordo com as suas espécies, nascem de alguma forma preparados para interagir com seu ambiente, nascemos também preparados para ter algumas respostas emocionais quando determinados estímulos surgem em nosso ambiente. • As emoções, ou respostas emocionais, ocorrem em função de determinados eventos ambientais. • Mesmo que a situação que produza uma resposta emocional não seja aparente, isso não quer dizer que ela não exista, podendo ser até mesmo um pensamento, uma lembrança, uma música, uma palavra etc. GENERALIZAÇÃO: Após um condicionamento, estímulos que se assemelhem ao estímulo condicionado, podem passar a eliciar a resposta condicionada também. Exemplo: • Uma pessoa que aprendeu a ter medo de cães após uma mordida, pode passar a ter medo de várias raças de cães e não apenas daquela raça específica que a mordeu. • Quanto maior o grau de semelhança com o estímulo condicionado, maior a magnitude da resposta de medo que será eliciada. Esta relação é chamada de gradiente de generalização. • Quando um estímulo condicionado é apresentado várias vezes, sem o estímulo incondicionado ao qual foi emparelhado, seu efeito eliciador se extingue gradualmente • o estímulo condicionado começa a perder a função de eliciar a resposta condicionada até não mais eliciar tal resposta. Exemplo: • Se um indivíduo passou a ter medo de dirigir após sofrer um acidente automobilístico, este medo pode ser extinto se o indivíduo dirigir várias vezes sem sofrer nenhum acidente.
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