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RESUMO LIVRO PRÍNCIPIOS DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO - Conceitos Básicos

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Introdução à Análise do Comportamento
Capítulo 1: O Reflexo Inato
Todas as espécies animais possuem comportamentos reflexos inatos, que consistem em uma preparação mínima para a interação com o meio ambiente e ter chance de sobreviver. 
Esses comportamentos reflexos fazem parte do repertório comportamental desses animais desde o nascimento ou ainda desde a vida intrauterina, sendo por isso denominados inatos.
O significado de reflexo para os psicólogos é diferente dos usos cotidianos que essa palavra possui.
Em psicologia, o sentido atribuído a “reflexo” remete a uma relação entre uma ação e algo que ocorreu antes dela.
No caso dos comportamentos reflexos, a ação do indivíduo em estudo é chamado resposta e o ocorrido anteriormente que desencadeou a resposta é chamado estímulo.
Assim, um reflexo é um tipo específico de interação entre um organismo e seu ambiente.
Reflexo, Estímulo e Resposta
Para compreender um tipo de relação entre estímulo e resposta (reflexo), primeiro deve-se compreender o que é estímulo e o que é resposta.
Estímulo é uma mudança no ambiente.
Resposta é uma mudança no organismo.
Reflexo é uma relação onde uma mudança no ambiente (estímulo) ocasiona (elicia) uma mudança no organismo (resposta).
A análise do comportamento, tal como qualquer ciência, utiliza símbolos para representar fenômenos e seus diferentes aspectos.
Em comportamentos reflexos: S = estímulo (stimulus), R= resposta (response), e a relação entre eles é representada por uma seta partindo de S em direção a R.
Se houver dois ou mais reflexos em análise, utiliza-se índices nos estímulos (S1, S2, ..., Sn) e nas respostas (R1, R2, ..., Rn).
Contingências estímulo-resposta
Contingências são formas de descrever como ocorre a interação condicional entre organismo e ambiente.
Seguem de forma geral o modelo: “se X, então Y”, onde x= estímulo e y= resposta.
Ex: “Se um cisco entra em meu olho, então eu fecho o olho”.
Assim toda relação reflexa é uma relação de contingência.
Intensidade do estímulo e magnitude da resposta
Tanto intensidade quanto magnitude referem-se à quantificação.
Ambos são medidos de acordo com a natureza do estímulo ou da resposta.
Exemplos: 
Contração da pupila: Resposta medida pela diferença entre os diâmetros da pupila em seu estado normal e após a contração.
Martelada no Joelho: Estímulo medido pela força com que é desferida a martelada.
É muito importante que o psicólogo saiba medir comportamentos, sendo grandezas físicas mais apropriadas à ciência que advérbios de intensidade.
Leis ou propriedades do reflexo
Ao longo dos últimos três séculos pesquisadores investigaram padrões de ocorrência de comportamentos em humanos e não humanos.
Os padrões de ocorrência dos comportamentos são descrições de regularidades, as quais são fundamentais para a construção do conhecimento científico.
O objetivo de uma ciência é buscar padrões regulares entre eventos e foi isso que os cientistas que estudaram o comportamento fizeram: buscaram identificar relações regulares entre estímulos e as respostas por eles eliciadas nos reflexos em diferentes espécies animais.
A essas regularidades denomina-se leis ou propriedades do reflexo.
1- Lei da Intensidade-magnitude: A intensidade de um estímulo é diretamente proporcional à magnitude da resposta.
2- Lei do Limiar: Para todo reflexo é necessária uma intensidade mínima de estímulo para que a resposta seja eliciada.
3- Lei da Latência: Latência é o tempo decorrido entre a apresentação do estímulo e a ocorrência da resposta. Quanto maior a intensidade do estímulo, menor o intervalo de tempo entre sua apresentação e a ocorrência da resposta. (Portanto intensidade do estímulo e latência são inversamente proporcionais). Quanto maior a intensidade do estímulo, maior a duração da resposta.
PS: Apesar da proporcionalidade existente entre intensidade do estímulo, magnitude da resposta e duração da resposta há um limite para a magnitude e para a duração da resposta. Após uma determinada intensidade do estímulo, a magnitude e a duração da resposta param de aumentar.
PS2: As relações quantitativas entre intensidade do estímulo e as diferentes medidas de resposta só podem ser obtidas empiricamente, de preferência em um ambiente laboratorial controlado.
Efeitos de Eliciações Sucessivas
Quando um estímulo que elicia uma resposta é apresentado ao organismo várias vezes seguidas em curtos intervalos de tempo, a resposta componente do reflexo em questão é eliciada várias vezes em sucessão.
Essas eliciações sucessivas podem alterar a relação entre intensidade do estímulo e a magnitude, a duração e a latência da resposta.
Eliciações sucessivas de uma resposta podem fazer com que a resposta ocorra com uma magnitude cada vez menor e com uma latência cada vez maior (habituação da resposta ou habituação) ou que a resposta ocorra com uma magnitude cada vez maior e com uma latência cada vez menor (sensibilização da resposta ou sensibilização ou potenciação).
Eliciações sucessivas com estímulos aversivos tendem a gerar sensibilização ao invés de habituação.
No entanto se as eliciações sucessivas vão ocasionar habituação ou sensibilização geralmente depende de uma série de fatores. Por exemplo Schicatano e Blumenthal (1994) demonstraram que o consumo de café pode atrasar o início da habituação da resposta de sobressalto eliciada por estímulo acústico.
O efeito das eliciações sucessivas tanto de sensibilização quanto de habituação são temporários. 
Assim sendo, a interrupção das eliciações sucessivas e posterior apresentação do estímulo dado um certo período de tempo resultará em resposta de magnitude e latência semelhantes à primeira eliciação.
Os Reflexos e o Estudo das Emoções
Parte do que chamamos emoções envolvem respostas reflexas a estímulos ambientais, por isso em certos casos é difícil controlar algumas emoções.
Um exemplo clínico se dá no falar em público. Ainda que repitam para si mesmas que está tudo bem e tentem manter a calma, muitas pessoas não conseguem fazê-lo pois falar em público elicia respostas emocionais reflexas. Assim essas pessoas evitam falar em público, o que pode prejudicar sua carreira acadêmica e profissional.
Os organismos de acordo com suas espécies nascem de certa forma preparados para interagir com seu ambiente por meio dos comportamentos reflexos inatos. Parte destes comportamentos ocasionam uma resposta emocional mediante um dado estímulo que surge no ambiente.
Primeiramente, deve-se saber que emoções não surgem do nada, as respostas ambientais ocorrem em função de determinados eventos ambientais.
Mesmo que o estímulo que a produza não seja aparente, não quer dizer que não exista (pode ser pensamento, lembrança, música, palavra, etc.).
Outro ponto importante é que boa parte do que conhecemos por emoções diz respeito à fisiologia do organismo, mas não tudo.
Ao sentir medo por exemplo uma série de reações fisiológicas ocorrem: as glândulas adrenais secretam adrenalina, os vasos sanguíneos periféricos contraem, os batimentos cardíacos aceleram, etc.
Portanto, quando se diz emoções, entende-se resposta do organismo a algum estímulo do ambiente.
De acordo com a teoria da evolução de Darwin, determinadas respostas emocionais em função da apresentação de alguns estímulos mostraram ter valor de sobrevivência para os membros da espécie.
Porém ainda que relações reflexas descrevam boa parte do que chamamos emoções, o comportamento emocional não se restringe às relações reflexas, sendo necessários outros conceitos para ser compreendido de forma mais abrangente.
As respostas emocionais reflexas podem ser alteradas por meio da interação do organismo com o ambiente (condicionamento correspondente).
Capítulo 2: O reflexo aprendido – Condicionamento Pavloviano
No capítulo anterior foi abordada a importância de reflexos inatos na sobrevivência das espécies em contato com o ambiente bem como sua origem filogenética.
Outra característica dos animais também desenvolvida ao longo de sua história filogenética e muito importante para sua sobrevivência é a capacidade de aprender novos reflexos(capacidade de aprender a reagir a novos estímulos).
Por exemplo, se ao ingerir um fruto vermelho que contém uma toxina (estímulo) esse fruto eliciar o vômito e náuseas (respostas) no animal, o animal poderá passar a sentir náuseas ao ver a fruta vermelha (reflexo aprendido). A essa aprendizagem de reflexos que se denomina condicionamento pavloviano.
A descoberta do reflexo aprendido – Ivan Petrovich Pavlov
Pavlov, um fisiologista russo, ao estudar reflexos inatos observou que seus sujeitos experimentais (cães) haviam aprendido novos reflexos (estímulos que antes não eliciavam determinadas respostas passaram a elicia-las).
Ao fenômeno de aprendizagem de um novo reflexo nomeou-se em sua homenagem condicionamento pavloviano (condicionamento clássico ou correspondente).
O experimento de Pavlov consistia primeiramente em mostrar uma sineta e observar a resposta do cão e então medir a saliva produzida (resposta) por um cão ao ver a carne (estímulo). 
Depois deveria ocorrer um emparelhamento de estímulos. A sineta (estímulo emparelhado) agora era tocada antes de se mostrar a carne para o cão. 
Repetiu-se o emparelhamento por 60 vezes.
Após isso, apenas o toque da sineta (estímulo) já era suficiente para fazer o cão salivar (reflexo aprendido).
Então a sineta assumiu uma nova função comportamental por meio do emparelhamento de estímulos.
Vocabulário do condicionamento pavloviano
Antes do condicionamento, o toque da sineta é um estímulo neutro (NS) para a resposta salivação (ele não elicia a resposta) enquanto a comida é um estímulo incondicionado (US) para a resposta incondicionada (UR) de salivação.
Depois ocorre o emparelhamento do estímulo neutro ao estímulo incondicionado. A relação entre a carne e a salivação é chamada reflexo incondicionado pois independe de aprendizagem.
Após a repetição do emparelhamento ocorre a aprendizagem de um novo reflexo, o reflexo condicionado que é uma relação de contingência entre estímulo condicionado (CS) e resposta condicionada (CR).
O uso dos termos neutro, condicionado e incondicionado é relativo, um estímulo pode ser neutro para uma resposta e incondicionado ou condicionado para outra.
Essa forma de aprendizagem chama-se genericamente de paradigma do condicionamento correspondente.
Embora sejam tratadas como iguais, as respostas incondicionadas e as respostas condicionadas possuem diferenças entre si especialmente com relação à magnitude e à duração da latência.
Condicionamento Pavloviano e o Estudo das Emoções
Se é possível aprender novos reflexos e as emoções em grande parte são processos reflexos, então é possível aprender a emitir respostas emocionais mediante presença de novos estímulos.
Como exemplo disso pode-se citar o experimento de John Watson e Rosalie Rayner (1920) conhecido como “o caso do pequeno Albert”.
O objetivo de Watson no experimento era determinar se o condicionamento pavloviano teria utilidade para o estudo do comportamento emocional, o que se provou verdadeiro.
O experimento consistia em verificar se um bebê de aproximadamente 10 meses (Albert) poderia aprender a temer algo que antes não temia e para isso fez uso de experimentação controlada.
O primeiro passo foi identificar no repertório do bebê um reflexo inato de medo. Para efeito de teste, Watson testou um conhecido reflexo: som estridente (estímulo) elicia medo (resposta). 
Watson então posicionou próximo à cabeça do bebê uma haste de metal e bateu nela com um martelo, produzindo um som alto e estridente.
Após a martelada registraram-se as respostas do bebê que contraiu os músculos do corpo, em especial os da face e começou a chorar. 
Watson então repetiu as marteladas e verificou respostas parecidas, concluindo que o estímulo “barulho estridente” é incondicionado para as respostas incondicionadas características de medo no bebê Albert.
Depois fez outra verificação, colocando um rato albino ao lado do bebê notou que o bebê olhou para o rato e tentou tocá-lo, concluindo que Albert não tinha medo do rato.
Então Watson emparelhou o estímulo neutro para a resposta medo do rato com o estímulo incondicionado da resposta medo da martelada.
Após algumas repetições do emparelhamento, notou que o bebê Albert passou a expressar respostas de medo em relação ao ver o rato similares às expressas ao ouvir a martelada.
Watson observou a aprendizagem de um novo reflexo envolvendo respostas emocionais, concluindo que Albert aprendeu a ter medo de ratos.
Assim torna-se mais fácil compreender algumas respostas emocionais incontroláveis, pois tratam-se de respostas reflexas condicionadas.
O motivo de respondermos diferente mediante os mesmos estímulos ambientais está na história de condicionamento de cada um de nós. (há também outras formas de aprendermos respostas emocionais como por modelagem, regras e por modelação)
Todos nós passamos por diferentes emparelhamentos de estímulos ao longo de nossas vidas que contribuem para nosso jeito característico de nos comportarmos emocionalmente hoje.
Como diferentes pessoas têm diferentes histórias de aprendizagem, o analista do comportamento precisa sempre investigar a história de cada indivíduo, baseando a sua intervenção na história de aprendizagem específica do sujeito.
Generalização respondente
Vimos anteriormente que um estímulo condicionado ou incondicionado está sempre atrelado a uma resposta condicionada ou incondicionada específica, o que não significa que após o condicionamento de um reflexo com um estímulo específico, somente esse estímulo eliciará aquela resposta.
Estímulos fisicamente semelhantes ao condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada. A esse fenômeno denomina-se generalização respondente.
Um aspecto interessante da generalização correspondente é o fato de que a magnitude, duração e latência da resposta eliciada dependerão do grau de semelhança entre os estímulos em questão. 
Quanto maior a semelhança entre os estímulos, maior será a duração e a magnitude e menor será a latência da resposta ao se expor o indivíduo ao estímulo oriundo da generalização respondente.
A representação gráfica da relação entre semelhança de estímulo e as propriedades da resposta é chamada gradiente de generalização. A amplitude do gráfico é um indicador do nível de generalização de um dado reflexo.
No caso de Albert, Watson investigou também a generalização respondente e percebeu que estímulos como “barba branca”, “animal de pelúcia branco”, “cachorro branco” que remetiam ao rato albino utilizado no condicionamento passaram também a eliciar a resposta de medo.
Respostas Emocionais Condicionadas Comuns
Do mesmo modo que possuímos diferentes respostas emocionais devido a nosso diferente histórico de condicionamento, também possuímos respostas emocionais comuns a todos os indivíduos que provém de condicionamentos comuns.
Extinção Respondente e Recuperação Espontânea
Para um psicólogo é mais importante do que descobrir a origem de uma resposta emocional condicionada a possibilidade de desfazer o condicionamento caso necessário.
A resposta reflexa condicionada pode ser desfeita ao se apresentar diversas vezes o estímulo condicionado (CS) for apresentado desacompanhado do estímulo incondicionado (US) ao que foi emparelhado. Seu efeito eliciador passa a se extinguir gradualmente, até que não mais elicie a resposta condicionada (CR). A esse procedimento e o processo dele decorrente denomina-se extinção respondente.
Algo interessante sobre a extinção respondente é que após a sua ocorrência, se não houver a constante exposição ao estímulo condicionado na ausência do estímulo incondicionado, o reflexo condicionado pode acabar retornando. A esse processo denomina-se recuperação espontânea.
No entanto, o reflexo retorna com menor força que antes da extinção e ao ser exposto ao estímulo condicionado na ausência do estímulo incondicionado o medo tornará a diminuir e as chances de outra recuperação espontânea se tornam menores.
Apesar do nome a recuperação espontânea não ocorre do nada. Alguns pesquisadores afirmam que se trata da exposição à pistas do condicionamentoanterior à extinção.
É válido recordar que novos emparelhamentos do estímulo condicionado com o condicionado durante o processo de extinção respondente farão com que o reflexo recupere força semelhante à que possuía antes do processo de extinção.
Contracondicionamento e dessensibilização sistemática
Por vezes as ansiedades e fobias derivadas de estímulos condicionados emparelhados a estímulos não condicionados são tão intensas que impedem o uso da extinção respondente, pois a exposição do paciente ao estímulo condicionado gera desconforto tão intenso que torna-se insuportável.
Por vezes o medo despertado ao expor o indivíduo ao estímulo condicionado pode ser tão intenso que ele desmaie e então perca o contato com o estímulo, impossibilitando a extinção respondente. Pode ser que o indivíduo se recuse a ser exposto ao estímulo condicionado e pode ser que a exposição ao estímulo condicionado reforce a resposta condicionada.
Há outros recursos para extinguir um reflexo de maneira menos aversiva: o contracondicionamento e a dessensibilização sistemática.
O contracondicionamento consiste em emparelhar o estímulo condicionado com outro estímulo incondicionado que elicie uma resposta desejável.
Por exemplo, o estímulo massagem elicia a resposta relaxamento, enquanto o estímulo questionamento elicia a resposta ansiedade. Ao emparelhar a massagem ao questionamento, o questionamento pode não mais eliciar a ansiedade ou elicia-la de forma mais fraca.
Outra técnica para se suavizar a extinção de um reflexo, provavelmente a mais consagrada na história da psicologia, é a dessensibilização sistemática.
Ela é baseada na generalização respondente e consiste em dividir o processo de extinção em pequenos passos. Ela expõe o indivíduo gradativamente a estímulos cada vez mais semelhantes ao condicionado de modo que ao fim do processo o indivíduo não mais apresente a resposta condicionada ao ser exposto ao estímulo condicionado.
Portanto para construir a dessensibilização sistemática faz-se necessária uma escala crescente de estímulos de acordo com as magnitudes que produzem denominada hierarquia da ansiedade.
O paciente deve ser exposto a cada item da hierarquia até que não eliciem mais respostas de medo e assim sucessivamente até que se atinja o último patamar que é o estímulo condicionado ou algo muito similar.
A interação com itens de patamares inferiores reduz a eliciação de medo dos patamares superiores e isso permite a progressão entre eles.
É muito comum, na prática psicológica, utilizar a dessensibilização sistemática em conjunto com o procedimento de contracondicionamento. No exemplo anterior, o psicólogo poderia emparelhar aos estímulos fóbicos uma música suave que eliciasse relaxamento, por exemplo. A utilização conjunta dos dois procedimentos torna as repetidas exposições aos estímulos fóbicos menos aversivas e acelera o processo de enfraquecimento do respondente. Psicólogos clínicos têm utilizado, cada vez mais, medidas de biofeedback em suas intervenções, sobretudo intervenções nas quais a ansiedade é uma variável de interesse, como, por exemplo, nos casos em que o contracondicionamento e a dessensibilização sistemática são as intervenções de escolha. O biofeedback fornece informações aos clientes (feedback) sobre alterações em medidas fisiológicas, como, por exemplo, batimentos cardíacos, ciclo respiratório, temperatura corporal e corrente galvânica da pele. Esta última é uma medida de quanta eletricidade a pele está conduzindo e geralmente é interpretada como uma mensuração de ansiedade. O uso dessas medidas comportamentais é interessante na prática clínica, pois produz dados mais objetivos: tais medidas são obtidas utilizando-se os aparelhos de biofeedback, que apresentam uma boa precisão. É bem melhor uma medida objetiva de ansiedade, como corrente galvânica, do que simplesmente perguntar ao cliente: “Numa escala de 0 a 10, quanta ansiedade você está sentido?”. Porém, se uma medida mais objetiva, por qualquer motivo, não pode ser obtida, vale a pena, em casos como esse, fazer a pergunta anterior e registrar as respostas do cliente (de 0 a 10) sistematicamente. Sem dados objetivos, preferencialmente representados de forma numérica em gráficos e tabelas, os resultados da eficácia de um tratamento psicoterápico podem ser enganosos.
Palavras e o condicionamento pavloviano
Algumas palavras possuem forte carga emocional pois podem estar relacionadas ao condicionamento respondente.
Palavras são estímulos condicionados e como tal eliciam respostas condicionadas nos indivíduos e de acordo com o estímulo incondicionado ao qual são atreladas, podendo ser agradáveis ou desagradáveis.
Além das palavras, o modo de falar e a entonação da voz também podem atuar como estímulos condicionados.
Condicionamento pavloviano de ordem superior
Um condicionamento de ordem superior ocorre quando se emparelha um estímulo neutro a um estímulo condicionado (previamente emparelhado a outro incondicionado) atribuindo a ele a mesma eliciação que a do condicionado.
Enumera-se os condicionamentos de ordem superior de acordo com sua posição em relação ao estímulo incondicionado ao que se emparelhou o primeiro estímulo condicionado (primeira ordem, segunda ordem, ..., enésima ordem).
Quanto mais alta a ordem do reflexo condicionado, menor sua força.
Fatores que influenciam o condicionamento pavloviano
Não basta emparelhar estímulos para estabelecer condicionamento. Há alguns fatores que influenciam nas chances de o emparelhamento estabelecer o condicionamento e o quão forte será a resposta condicionada.
1- Frequência dos emparelhamentos: em geral, quanto maior a frequência de emparelhamento, mais forte a resposta condicionada, havendo porém um limite para o aumento da magnitude da resposta. Em caso de ingestão de alimentos tóxicos ou eventos muito traumáticos um emparelhamento basta para o surgimento de uma resposta de alta magnitude.
2- Tipo do emparelhamento: respostas condicionadas mais fortes surgem quando o estímulo neutro é apresentado antes do estímulo incondicionado e permanece durante a apresentação do segundo. Caso se inverta a ordem as respostas são mais fracas e o condicionamento tem menor chance de ocorrer.
3- Intensidade do estímulo incondicionado: um estímulo incondicionado mais intenso leva a um condicionamento mais rápido, havendo um limite para o aumento da velocidade do condicionamento.
4- Grau de predição do estímulo neutro: o estímulo neutro deve ser preditivo do estímulo incondicionado, devendo ser apresentado junto dele sempre. Caso isso não ocorra, inicia-se o processo de exclusão respondente que enfraqueceria o condicionamento.
Capítulo 3: Aprendizagem pelas consequências: o reforçamento.
Apesar da grande relevância do comportamento respondente para análise, compreensão e modificação do conhecimento humano, ele não consegue abranger sozinho toda a complexidade do comportamento dos organismos.
Neste capítulo será introduzido um segundo tipo de comportamento que engloba a maioria dos comportamentos dos organismos: O comportamento operante proposto por B. F. Skinner.
Comportamento operante é todo comportamento que tem por consequências alterações no ambiente e tem sua probabilidade futura de ocorrência afetada por essas consequências.
Compreender o comportamento operante é fundamental para entender como aprendemos desde falar, escrever, raciocinar abstrair, etc. até como constituímos nosso repertório comportamental (nossa personalidade). 
No comportamento operante, a aprendizagem se dá pelo condicionamento operante, onde passamos a utilizar contingências R → S (ou R → C), onde o organismo produz uma alteração no ambiente, denominada consequência.
O comportamento operante produz consequências no ambiente
A maior parte dos comportamentos produz consequências no ambiente, que podem ser diretas ou indiretas (influenciando o comportamento de um outro organismo para que este altere o ambiente).
O comportamento é influenciado (controlado) por suas consequências
As consequências que nossos comportamentos produziram no passadoinfluenciam na sua ocorrência futura.
Boa parte do que fazemos ou deixamos de fazer em nosso cotidiano se dá em razão das consequências de nossos comportamentos. 
As consequências mantêm, aumentam ou reduzem a frequência de ocorrência de comportamentos.
Sendo um comportamento controlado por suas consequências podemos entender a causa de um comportamento em uma pessoa partindo de suas consequências e modifica-lo alterando suas consequências.
Exemplos simples de controle do comportamento por suas consequências
A explicação do comportamento está no passado. São consequências de sua ocorrência no passado que reforçam sua ocorrência no presente e no futuro.
Consequências reforçadoras
Consequência reforçadora é toda consequência que aumenta a probabilidade de ocorrência do comportamento que a originou.
A interação do organismo com o ambiente que gera uma consequência reforçadora é denominada contingência de reforçamento, que abrange uma resposta do indivíduo (R) e uma consequência no ambiente que também é um novo estímulo (C ou S). Desta forma: R → S ou R → C.
Um estímulo pode ser reforçador de um comportamento ou não, e para determinar se possui esse efeito sobre o comportamento deve-se observar sua influência na probabilidade de ocorrência dele ao ser exposto como consequência desse comportamento (é reforçador se aumentar a probabilidade de o comportamento que o originou acontecer futuramente).
Estímulos reforçadores são alterações no ambiente ou parte dele que constituem as consequências reforçadoras. 
O procedimento de apresentação de um estímulo reforçador e seu efeito sobre o comportamento são denominados reforçamento.
Outros efeitos do reforçamento
Além de aumentar a frequência/probabilidade de ocorrência de um comportamento, o reforçamento possui dois outros efeitos sobre o comportamento dos organismos: a diminuição da frequência de outros comportamentos diferentes do reforçado (à medida que a probabilidade de um comportamento aumenta, a dos demais deve diminuir) e a diminuição da variabilidade na topografia da resposta observada (o comportamento reforçado perde variabilidade, torna-se padronizado).
Extinção operante
Procedimento de Extinção operante consiste no processo de cessar o reforçamento de um comportamento, fazendo com que a frequência de ocorrência dele reduza ao seu nível operante (frequência anterior ao reforço).
A redução da frequência de ocorrência de um comportamento em função da retirada no reforçamento é denominada extinção operante.
Outros efeitos da extinção
Além de reduzir a frequência da resposta até o nível operante, a extinção possui três efeitos importantes no início do processo.
1- Aumento na frequência da resposta no início da extinção: Durante o procedimento da extinção, antes da frequência da resposta começar a diminuir, ela pode aumentar abruptamente.
2- Aumento na variabilidade da topografia da resposta: O comportamento antes reforçado ganha variabilidade.
3- Evocação de respostas emocionais: É comum que respostas emocionais ocorram mediante o início da extinção.
Resistência à extinção
Resistência à extinção é definida como o tempo ou o número de vezes que um comportamento continua ocorrendo após a suspensão do reforçamento. Quanto mais ocorre ou por mais tempo ocorre sem o reforçamento, mais resistente é à extinção.
Vários fatores determinam a resistência de um comportamento à sua extinção, como: 
1- Número de exposições à contingência de reforçamento: Quanto mais vezes um comportamento for reforçado, mais resistente à extinção será. Há no entanto um limite para o aumento da resistência à extinção, não sendo observados aumentos posteriores após determinado número de exposições ao reforço.
2- Custo da resposta: Quanto mais esforço é necessário para emitir um comportamento, menor sua resistência à extinção.
3- Intermitência do reforçamento: Um comportamento reforçado de forma intermitente é mais resistente à extinção do que um comportamento reforçado todas as vezes que ocorre.
Modelagem
Vimos que os comportamentos presentes no repertório comportamental de um indivíduo podem ter suas frequências modificadas por suas consequências.
Agora analisaremos como um comportamento passa a ser parte do repertório de um organismo.
Repertório comportamental é o conjunto de comportamentos de um indivíduo que se tornam prováveis dadas certas condições ambientais.
Novos comportamentos surgem de comportamentos já presentes em nosso repertório, partindo todos dos reflexos inatos.
Partindo dos reflexos inatos, surgem variações comportamentais ao acaso que são selecionadas por meio de estímulos reforçadores.
Com o tempo, as variações selecionadas deixam de receber o reforçamento de antes, produzindo um aumento da variedade do comportamento pelo início de sua extinção. 
O acréscimo da variedade produz outro comportamento que é selecionado passa a ser reforçado até que se repita o processo.
A modelagem é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento-alvo, tendo por resultado final da seleção (via reforçamento e extinção) de variedades já presentes no repertório comportamental um novo comportamento.
Reforçamento diferencial: reforçar e deixar de reforçar respostas de acordo com um critério.
Aproximações sucessivas: reforçar cada vez mais respostas próximas ao comportamento-alvo.
Três aspectos devem ser considerados no uso da modelagem: 
1- Quanto mais temporalmente próximo da resposta estiver o estímulo reforçador, maior sua influência sobre o comportamento.
2- Não se deve reforçar demasiadamente respostas em cada passo intermediário pois as respostas podem perder a variabilidade na etapa de extinção por conta da consolidação de um comportamento operante mais resistente.
3- Devem haver passos intermediários graduais, reforçando pequenos avanços à cada passo. Se a distância entre um passo e outro for muito longa, pode ocorrer que respostas já aprendidas deixem de ser estimuladas por um período muito longo e acabem extintas, tendo de ser ensinadas novamente, atrasando assim o processo de modelagem.
Modelagem versus modelação
Modelação consiste na aprendizagem por observação de modelos, onde o comportamento de um organismo tem sua probabilidade alterada em decorrência da observação do comportamento de outro indivíduo e da consequência que este produz. A modelação aumenta a probabilidade do observador emitir um comportamento, mas seu aprendizado só ocorre se for apresentado o reforço.
Reforçadores Sociais e Não Sociais
Estímulos Reforçadores Sociais: Ocorrem quando a mudança exercida no ambiente ocorre sobre o comportamento de outras pessoas (a consequência do comportamento é outro comportamento que o reforça).
Estímulos Reforçadores Não Sociais: Ocorrem quando a mudança exercida no ambiente não é sobre o comportamento de outras pessoas (o reforço não provém de outro comportamento, mas sim do ambiente).
Reforçadores Naturais e Arbitrários
Reforçadores Naturais: Produzidos diretamente pelo comportamento (a consequência do comportamento é o reforço).
Reforçadores Arbitrários: Mediados de alguma forma pelo comportamento de outra pessoa (a consequência do comportamento leva outra pessoa a reforçar ele com um novo estímulo).
Comportamento, respostas e classes de respostas
O termo comportamento refere-se a uma classe de respostas, enquanto resposta se refere a uma instância do comportamento que por sua vez consiste numa ocorrência isolada desse comportamento.
As respostas se agrupam em classes de acordo com critérios.
Agrupamento pela relação funcional: Respostas que produzem sistematicamente a mesma consequência reforçadora constituem uma classe de respostas funcional, sendo agrupadas por sua função. Quando uma classe é definida por sua função, também pode ser chamada classe de respostas operante e denomina-la comportamento operante ou simplesmente operante.
Agrupamento pela topografia da resposta: Classe de respostas agrupada por sua forma. Exemplo: Formas de dar tchau.
Capítulo 4: Aprendizagem pelas consequências: o controle aversivo
Neste capítulo veremosque há outros tipos de consequências do comportamento que aumentam sua frequência (consequências reforçadoras negativas) e algumas que reduzem sua frequência (consequências punitivas negativas e positivas). Ao controle da probabilidade de um comportamento por essas consequências controle aversivo.denomina-se
Por que controle aversivo do comportamento?
Em análise do comportamento, controlar um comportamento significa GM as probabilidades de sua ocorrência.
Consequências reforçadoras positivas controlam o comportamento pois mantêm ou aumentam a probabilidade de um comportamento ocorrer por meio da adição de um estímulo ao ambiente.
Consequências reforçadoras negativas e consequências punitivas (negativas e positivas) também são consequências do comportamento que exercem controle sobre ele, sendo esse controle denominado controle aversivo do comportamento.
O controle aversivo diz respeito ao aumento da frequência de um comportamento por reforçamento negativo e à diminuição de sua frequência por punição positiva ou negativa.
Estímulos reforçadores mantêm ou aumentam a probabilidade de um comportamento ocorrer novamente, sendo positivos quando o aumento da probabilidade de ocorrência de um comportamento se dá pela apresentação de um estímulo pelo ambiente e negativos quando o aumento da probabilidade de um comportamento se dá pela não apresentação de um estímulo pelo ambiente. 
Quando um estímulo do ambiente reduz a probabilidade de ocorrência de um comportamento denomina-se estímulo punitivo positivo. 
Quando a retirada de um estímulo do ambiente reduz a probabilidade de ocorrência de um comportamento denomina-se estímulo punitivo negativo.
Estímulos Reforçadores Negativos + Estímulos Punitivos Positivos + Estímulos Punitivos Negativos = Estímulos Aversivos.
O fato de um estímulo ser reforçador negativo, reforçador positivo, punitivo negativo ou punitivo positivo é relativo a cada organismo, não havendo possível generalização para todos os organismos. 
Contingências de Reforçamento Negativo
O aumento ou manutenção da frequência de um comportamento pode ser proveniente da retirada de um estímulo do ambiente. Quando isso ocorre trata-se de uma contingência de reforçamento negativo.
O estímulo retirado do ambiente é chamado reforçador negativo pois sua ausência aumenta a probabilidade de ocorrência de um comportamento.
Muitos de nossos comportamentos cotidianos ocorrem para evitar a ocorrência de estímulos aversivos do ambiente, como: a forma de dirigir (para evitar multas), precisão dos relatos verbais (mentir para evitar magoar alguém), justificativas de nossas ações (evitar repreensões), etc.
Grupos sociais formalizam contingências de reforçamento negativo em leis, normas, estatutos, regulamentos, códigos de ética, entre outros, visando controlar o comportamento de seus membros.
Comportamento de Fuga e Comportamento de Esquiva
Dois tipos de comportamento operante são mantidos por reforçamento negativo: comportamentos de fuga e comportamentos de esquiva.
Um comportamento de fuga é um comportamento que visa retirar um estímulo aversivo presente no ambiente.
Um comportamento de esquiva é um comportamento que evita ou atrasa a apresentação do estímulo aversivo pelo ambiente (o estímulo ainda não está presente). 
Comportamentos de esquiva são como prevenções, enquanto os de fuga são remediações.
Comportamentos de esquiva e fuga só se manifestam em contingências de reforçamento negativo.
Os comportamentos de esquiva requerem o conhecimento do estímulo aversivo bem como dos estímulos que precedem sua apresentação, então primeiramente deve ocorrer uma fuga de uma situação similar para que se conheça o estímulo aversivo e seus precedentes possibilitando futuras esquivas.
Punição
Punição é uma forma de controle do comportamento que torna sua ocorrência menos provável, uma consequência (estímulo do ambiente) que reduz a frequência do comportamento que a produz. 
Essa consequência que reduz a frequência do comportamento que a origina é denominada estímulo punidor ou estímulo punitivo.
Punição Positiva e Punição Negativa 
Punição Positiva consiste na apresentação do estímulo que reduz a probabilidade de ocorrência do comportamento que a produz.
Punição Negativa é uma consequência que consiste na retirada de reforçadores de outro comportamento, reduzindo sua probabilidade de ocorrência futura.
Suspensão da Contingência Punitiva: Recuperação da Resposta
“Comportamentos sujeitos a punições tendem a se repetir assim que as contingências punitivas forem removidas.” - Skinner
Um comportamento que vinha sido punido pode deixar de ser punido na atualidade e talvez tenha sua frequência restabelecida. Caso isso ocorra diz-se que há uma recuperação da resposta.
Para que o comportamento volte a ocorrer após a quebra da contingência de punição, o reforçamento deve ser mantido e o organismo deve ser exposto novamente à contingência.
Punição vs. Extinção
A extinção operante e a punição negativa diferem no fato de que na extinção a consequência do comportamento se altera, mudando a contingência, enquanto na punição, a contingência permanece intacta, sendo afetada por um estímulo aversivo externo à ela que reduz sua probabilidade de ocorrência.
Outra diferença está no fato de a punição suprimir rapidamente a resposta enquanto a extinção reduz gradualmente a ocorrência da resposta.
Efeitos Colaterais do Controle Aversivo
Embora o controle aversivo possua efeitos mais rápidos que a extinção operante do comportamento, ele possui uma série de efeitos colaterais que tornam seu uso não aconselhável.
1- Eliciação de Respostas Emocionais: 
No momento em que organismos entram em contato com estímulos aversivos é possível que haja a eliciação de várias respostas emocionais como tremores, taquicardia, choro, palpitações, etc.
As respostas emocionais podem eliciar no indivíduo que pune os sentimentos de pena e culpa, fazendo com que ele apresente reforçadores positivos para o comportamento do indivíduo inicialmente punido que provavelmente parará de chorar. O fim do choro reforçará negativamente a liberação de reforçadores positivos para o comportamento do indivíduo que recebeu a punição.
Assim por exemplo, uma criança pode aprender a chorar depois de ser punida para receber o que queria antes ao eliciar culpa nos seus pais por punir ela ou mesmo aprender a provocar a punição para obter o que querem.
Um estímulo punitivo poderia assumir função de sinalizar que uma dada resposta seria reforçada em seguida. 
Ao ser aprendido como sinalizador de uma resposta reforçada em seguida um estímulo punitivo pode se tornar um estímulo reforçador condicionado cuja função reforçadora é adquirida após uma história de aprendizagem (ex: um rato pode aprender que ao levar um choque, será disponibilizada comida, então ele pode passar a provocar o choque para receber a comida).
Outra consequência da eliciação de respostas emocionais decorrentes do controle aversivo é a possibilidade de ocorrência de um condicionamento respondente entre outros estímulos presentes no momento em que o estímulo aversivo é apresentado e o próprio estímulo aversivo. Quem pune ou reforça negativamente em excesso pode assumir a função de estímulo condicionado para a resposta condicionada do estímulo aversivo. (Crianças com medo de pais severos). 
Outra implicação do controle aversivo e sua capacidade de eliciar respostas emocionais é o paradoxo da aprendizagem por reforçamento negativo. O reforçamento negativo aumenta a probabilidade de comportamentos de fuga ou evasivos à apresentação de um estímulo aversivo. Entretanto, a apresentação do estímulo aversivo pode ocasionar surgimento de comportamentos reflexos que reduzem a probabilidade da fuga ou da evasão e aumentam a probabilidade do comportamento punido, criando assim um paradoxo. (Ex: gagueira, a chance de gaguejar aumenta ao se apresentar a punição de repreender o ato de gaguejar por conta do reflexo medo eliciado pelo estímulo repreensão).
Supressão de Outros Comportamentos Além do Comportamento Punido: 
O efeito da puniçãonão se restringe ao comportamento que gerou a consequência punitiva, mas também a todos os comportamentos temporalmente próximos ao punido que também poderão ter sua frequência reduzida. 
Os comportamentos que têm sua frequência reduzida em razão de proximidade temporal ao punido possuem uma relação de contiguidade com o estímulo punitivo. Comportamentos semelhantes ao punido também podem ter sua frequência reduzida.
O controle aversivo não é indicado em terapia visto que pode levar à redução de frequência de comportamentos desejáveis temporalmente próximos aos relatos que tiveram por consequência o estímulo aversivo como responder às perguntas do terapeuta.
Ocorrências de Respostas Incompatíveis ao Comportamento Punido: 
A punição de um comportamento pode fazer com que os organismos em geral emitam uma segunda resposta, a resposta incompatível com o comportamento, que torne improvável a repetição do comportamento punido. 
A resposta incompatível torna menos provável a ocorrência do comportamento que tem a punição como consequência, sendo assim reforçada negativamente pela ausência da punição.
A resposta incompatível evita a futura exposição à contingência que originou a punição, no entanto a contingência pode mudar e a exposição à ela pode se tornar desejável, tornando a resposta incompatível um obstáculo para essa exposição.
As respostas incompatíveis são portanto comportamentos de esquiva.
Skinner denomina as respostas de esquiva como respostas de autocontrole e as respostas punidas de respostas controladas (que têm a probabilidade alterada pela resposta controladora).
Respostas de Contracontrole
As respostas de contracontrole são as respostas mantidas para evitar que outro comportamento do organismo seja controlado aversivamente, sendo portanto reforçadas negativamente.
Elas funcionam de modo a burlar a punição, mantendo o comportamento que seria controlado por punição mas de forma que não possa ser constatado e punido pelo punidor.
Exemplo: Uma mãe manda um adolescente tomar banho quando ele está jogando no celular, então ele vai ao banheiro, liga o chuveiro e continua jogando sem tomar o banho.
Os comportamentos de contracontrole são também exemplos de esquiva ou fuga.
Por que punimos tanto?
Imediaticidade da Consequência: A punição reforça o comportamento de punir no punidor por reforço negativo, pois sempre que ele pune o estímulo aversivo desaparece.
Eficácia Independente da Privação: Diferentemente do reforçamento positivo a punição independe de identificar os estímulos que atuam como reforçadores e manipular seu valor reforçador por meio da privação. 
Facilidade no Arranjo das Contingências: A punição produz efeitos imediatos e com um custo bem menor que o reforçamento positivo dada a facilidade em adicionar um estímulo aversivo em resposta a um comportamento.
Quais as alternativas ao controle aversivo?
Reforçamento Positivo em Substituição ao Reforçamento Negativo: Caso se queira aumentar a frequência de um comportamento sugere-se utilizar reforçamento positivo ao invés do negativo.
Extinção em Substituição à Punição: Caso se queira diminuir a frequência sugere-se o uso da extinção ao invés da punição. Ainda que a extinção acarrete respostas emocionais ela é menos aversiva que a punição. A extinção também pode enfrentar problemas quando não se é possível suprimir o comportamento indesejado e ela somente reduz a frequência de um comportamento ao invés de estabelecer e manter outros comportamentos diferentes dos que se quer reduzir a frequência. A retirada de reforços pela extinção pode agravar um quadro depressivo e levar ao abandono do tratamento. No entanto a duração da extinção é superior que a da punição que só dura enquanto estiver sendo exercida, tornando-a assim mais desejável.
Reforçamento Diferencial: Pode-se extinguir a resposta socialmente indesejada ao reforçar comportamentos alternativos, reduzindo as respostas emocionais advindas da extinção e aumentando a probabilidade de comportamentos socialmente desejáveis.
Aumento da Frequência de Reforçamento para Respostas Alternativas: Uma alternativa ao reforçamento diferencial para reduzir as respostas emocionais da extinção dos comportamentos socialmente indesejáveis seria reforçar com maior frequência os comportamentos socialmente desejáveis, ignorando os outros e assim reduzindo sua frequência de ocorrência por ausência de reforço. Esse recurso também é útil quando não se pode retirar a consequência reforçadora de um comportamento e em casos de depressão. Apesar de ser o método mais lento é o menos aversivo e propicia a ampliação do repertório comportamental do indivíduo.
Algumas Conclusões Importantes
O controle aversivo deve ser aplicado apenas em último caso como forma de controlar um comportamento. Além disso ele não é somente social, ocorre toda vez que uma consequência reduza a probabilidade de ocorrência de um comportamento no futuro, sendo parte de nossa vida cotidiana.
No entanto, não deve-se confundir a recomendação de não utilizar o controle aversivo com a ideia de que tudo é permitido. A redução de frequência de alguns comportamentos é extremamente necessária, porém deve ser feita preferencialmente por métodos alternativos ao controle aversivo.
Capítulo 5: Revisão de conceitos
Capítulo 6: Controle de Estímulos: O Papel do Contexto
Este capítulo aborda como o contexto de um comportamento pode exercer controle sobre ele, aumentando ou diminuindo sua probabilidade de ocorrência.
O contexto de ocorrência de um comportamento é o conjunto de estímulos antecedentes presentes no ambiente antes da ocorrência do comportamento.
O controle exercido pelas circunstâncias do ambiente precedentes ao comportamento (estímulos antecedentes) é denominado controle de estímulos.
O controle exercido por esses estímulos antecedentes se estabelece por sua relação com as consequências da resposta.
Ao se apresentar um estímulo antecedente a um comportamento que teve consequências reforçadoras no passado, aumenta-se sua probabilidade de ocorrência.
Ao se apresentar um estímulo antecedente a um comportamento que teve consequências aversivas (punição ou reforço negativo) ou foi extinto no passado, reduz-se sua probabilidade de ocorrência.
Correlação: quando a ocorrência de um evento é geralmente acompanhada pela ocorrência de outro, diz-se que esses eventos estão correlacionados.
Operante Discriminado e Discriminação Operante
Operante Discriminado: Quando a ocorrência de um comportamento operante é controlado por estímulos antecedentes, têm-se um operante discriminado.
Discriminação Operante: Consiste na seleção de comportamentos por reforçamento diferencial. As consequências dos comportamentos com o tempo passam a ligar estímulos específicos a respostas específicas por meio de reforçamento positivo diferencial, dando origem à discriminação operante. 
Ex: Aprende-se a girar tampas de garrafa do tipo rosca, e não a puxar, por meio do reforçamento positivo diferencial da resposta “garrafa aberta” quando se gira a tampa.
Estímulo Discriminativo e Estímulo Delta
Estímulos Discriminativos/ Estímulos Positivos: Estímulos antecedentes correlacionados com a apresentação de estímulos reforçadores (consequências) após a emissão de um comportamento (sinaliza reforçamento do comportamento).
Estímulos Delta/ Estímulos Negativos: Estímulos antecedentes correlacionados com a não apresentação de estímulos reforçadores (consequências) após a emissão de um comportamento (sinaliza extinção do comportamento).
Controle Discriminativo: Estabelece-se quando uma resposta passa a ocorrer na presença do estímulo discriminativo à ela condicionado e a não ocorrer na presença de um estímulo delta à ela condicionado.
Contingência Tríplice (Contingência de Três Termos)
A partir de agora deve-se inserir o contexto nas contingências, que passam a possuir três termos, para descrever o comportamento operante discriminado.
Essa contingência de três termos é chamada tríplice contingência, e é a unidade básica de investigação em análise do comportamento.
Portanto o comportamentodiscriminativo operante constitui a totalidade dos comportamentos dos organismos.
A contingência tríplice pode ser representada de 4 formas:
SA: R → SC, onde SA representa o estímulo antecedente; os dois-pontos indicam que SA controla a ocorrência de R; R representa a resposta; a seta indica que R produz SC; e SC representa o estímulo consequente. 
SD: R → SR, onde SD representa o estímulo discriminativo; os dois-pontos indicam que o SD torna mais provável a ocorrência de R; R representa a resposta; a seta indica que R produz SR; e SR representa o estímulo reforçador. 
O – R → C, onde O representa a ocasião; o traço indica que O controla a ocorrência de R; R representa a resposta; a seta indica que R produz C; e C representa a consequência. 
A: B → C, onde A representa o antecedente; os dois-pontos indicam que A controla a ocorrência de B; B (do inglês, behavior) representa a resposta; a seta indica que B produz C; e C representa a consequência.
Analisar funcionalmente um comportamento é verificar em quais circunstâncias ele ocorre e quais são as consequências mantenedoras. 
A análise funcional é o primeiro passo de qualquer intervenção feita por analistas do comportamento, independentemente da área de atuação.
Essa análise é primordial por conta do pressuposto de uma história de aprendizagem particular para cada indivíduo, que leva a cada indivíduo a interagir de uma forma particular com o ambiente. Para atuar alterando o comportamento de um indivíduo de forma efetiva deve-se compreender a subjetividade de suas contingências, seu histórico de aprendizagem.
PS: É possível que haja uma contingência com mais de três componentes, isto é com mais de um estímulo antecedente.
Treino Discriminativo e Controle de Estímulos
Treino Discriminativo: Processo de estabelecimento do controle discriminativo do comportamento, criando um estímulo discriminativo e um estímulo delta por meio do estabelecimento de um estímulo antecedente.
Taxa de Respostas: Número de respostas ocorridas por unidade de tempo, equivale à velocidade ao responder.
As Diferentes Funções dos Estímulos Antecedentes
No paradigma respondente, o efeito produzido pelo estímulo não depende da consequência da emissão da resposta, trata-se de um reflexo.
No paradigma operante, a função discriminativa dos estímulos antecedentes pode aumentar ou diminuir a probabilidade de uma resposta (comportamento) de acordo com suas consequências. O estímulo discriminativo depende do reforço para que ocorra a resposta operante, assim o estímulo discriminativo não elicia resposta operante. Os estímulos antecedentes também podem afetar a probabilidade de ocorrência de um comportamento operante.
Generalização de Estímulos Operante
Generalização de Estímulos Operante: Emissão de um comportamento operante modelado por reforçamento discriminativo na presença de um estímulo fisicamente semelhante ao estímulo discriminativo. Quanto maior a semelhança física maior a probabilidade de emissão do comportamento mediante o estímulo antecedente (funciona de forma similar à generalização respondente).
A generalização é muito importante no processo de aprendizagem pois evita a necessidade de modelar o comportamento para cada situação levemente diferente da primeira. 
Gradiente de Generalização de Estímulos
Gradiente de Generalização de Estímulos: é a variação da probabilidade de ocorrência de uma resposta na presença de novos estímulos em função da variação de alguma propriedade desses estímulos. 
Teste de Generalização de Estímulos
Teste de Generalização de Estímulos: Fornece o gradiente de generalização de estímulos. Deve-se ser feito apresentando aleatoriamente estímulos com diferentes graus de semelhança ao estímulo antecedente selecionado por reforçamento discriminativo. A apresentação de estímulos aleatórios deve ser feita em extinção (sem reforço posterior). Não se deve apresentar um grande número de estímulos aleatórios, ou a probabilidade de cada comportamento se aproximaria muito de zero, tornando o estudo enviesado. 
PS: O grau de generalização de estímulos varia de indivíduo para indivíduo.
Efeito do Reforçamento Diferencial Sobre o Gradiente de Generalização
O reforçamento diferencial produz grandientes de generalização mais estreitos, isto é, diminui o grau de generalização ao reforçar a resposta a um estímulo antecedente e extinguir a resposta aos demais por ausência de reforço.
Efeitos do Reforçamento Adicional Sobre o Gradiente de Generalização
O reforçamento adicional consiste em reforçar a resposta na presença de variantes do estímulo discriminativo. Gera gradientes mais amplos, do tipo platô e é muito importante nos processos de aprendizagem.
Um Exemplo Clínico de Generalização
Um desafio para a psicologia clínica e fazer com que comportamentos ocorridos em sessão se estendam para a vida cotidiana do cliente na ocorrência de estímulos semelhantes. A generalização pode ser útil com pessoas tímidas que se sentem desconfortáveis em fazer pedidos, podendo-se optar pela modelagem como intervenção.
Classes de Estímulos
Classe Formal de Estímulos: Conjunto de estímulos que por generalização respondente ocasionam uma mesma classe de resposta.
Para que um estímulo passe a ser enquadrado em uma classe, deve receber o mesmo reforçamento das respostas comuns à classe que será incluído.
Classe Funcional de Estímulos: Conjunto de estímulos que ocasionam uma mesma classe de resposta apesar da não semelhança física.
 Ex: Identificar um pinscher e um husky siberiano como cachorros, apesar de o husky se parecer muito mais com lobos.
Atenção e Controle Discriminativo por Propriedades Específicas dos Estímulos
Para a nossa ciência o termo atenção descreve comportamentos e não suas causas, assim, não é a atenção que determina o estímulo ou parte do estímulo sob cujo controle o comportamento ficará: são as consequências do comportamento.
Nosso histórico de aprendizagem determina o que prenderá ou não atenção de acordo com nosso histórico de aprendizagem (reforçamentos e punições).
Estímulos Compostos: Possuem mais de uma propriedade ou dimensão.
Treino Discriminativo Sucessivo: Realizado com a apresentação de estímulos compostos alternadamente.
Atenção: O indivíduo seleciona uma propriedade ou dimensão do estímulo composto para associar à consequência, que passará a atuar como estímulo discriminativo e controlará o comportamento.
Uma maneira de se estabelecer o controle apropriado de estímulo é a técnica do esvanecimento ou fading.
Fading: Promover uma maior diferenciação inicial entre um estímulo e outro similares entre si, dando destaque a um aspecto de um e esvanecendo o mesmo aspecto no outro. Primeiro reforça-se o estímulo em destaque até que se associe a ele o comportamento operante desejado, depois passa-se a destacar e reforçar o antes esvanecido até que se obtenha a associação do comportamento operante desejado na apresentação de cada estímulo.
Abstração
Skinner substitui formação de conceitos por abstração. Abstrair para Skinner é emitir um comportamento sob controle de uma ou algumas propriedade(s) do estímulo, que é (são) comum (comuns) a mais de um estímulo e não emitir esse comportamento mediante as demais propriedades desse estímulo. A abstração é uma discriminação sob controle em uma propriedade ou de um conjunto de propriedades singular de um estímulo.
Abstração: Estabelecer a discriminação de uma propriedade ou algumas propriedades no estímulo e depois generalizar essa propriedade.
Ex: Ensinar a discriminar um triângulo por seus três lados ou três vértices e generalizar a ideia de triângulo para todo polígono com três lados ou três vértices cuja soma dos ângulos internos é 180º. 
Abstrair é discriminar um grupo dos demais por seus aspectos físicos e generalizar esses aspectos para todos os seus componentes.
Nos humanos a abstração é muito importante na linguagem, permitindo nomear e diferenciar objetos por características que são próprias deles.
Abstração está diretamente ligada à representação.
Reforçamento Diferencial e Adicional na Abstração
Os reforçamentosdiferencial e adicional participam no processo de abstração. O diferencial auxilia a delimitar a classe discriminada ao reforçar apenas os pertencentes a ela e o adicional permite a manutenção dos membros pertencentes e a adição de novos membros à classe se necessário.
Encadeamento de Respostas e Reforçadores Condicionados
A maioria dos comportamentos cotidianos não têm como consequência direta a produção de um estímulo reforçador condicionado, mas ainda assim são mantidos por reforço.
Encadeamento de respostas, cadeia de respostas ou cadeia comportamental é uma sequência de comportamentos que produz uma determinada consequência final somente se os comportamentos forem emitidos em uma dada ordem. A consequência de cada comportamento da sequência se torna o estímulo reforçador condicionado do próximo comportamento até que se atinja a consequência final (estímulo reforçador final).
PS: O estímulo reforçador de cada contingência do encadeamento é o estímulo discriminativo da próxima contingência do encadeamento e é sempre um estímulo reforçador condicionado, exceto pela última contingência do encadeamento.
Estímulos Reforçadores Condicionados Generalizados e Estímulos Reforçadores Condicionados Simples
Estímulos Reforçadores Condicionados Generalizados: Estímulos aprendidos que aumentam a probabilidade de ocorrência de um comportamento e servem de estímulo discriminativo para várias respostas diferentes.
Estímulos Reforçadores Condicionados Simples: Dependem de uma privação específica e funcionam como estímulo discriminativo para uma classe específica de respostas.
Ps: A atenção (dar atenção a alguém) pode funcionar com estímulo reforçador condicionado generalizado pois pode aumentar a probabilidade de ocorrência de diversos comportamentos em uma mesma situação específica.
Ps2: Outros exemplos cotidianos de estímulos reforçadores generalizados são: a admiração, o pertencimento, o status, o respeito e o poder, que aumentam a probabilidade de os indivíduos apresentarem determinados comportamentos visando obtê-los.
Ps3: O grau de influência desse tipo de reforçador depende do histórico de reforçamento de cada pessoa.

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