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Cynthia Muniz Doença mista do tecido conjuntivo Fisiopatologia Quadro Clínico Diagnóstico A doença mista do tecido conjuntivo é uma síndrome rara, especificamente definida pela sobreposição de características clínicas de: → lúpus eritematoso sistêmico → esclerodermia → polimiosite com altos títulos de anticorpo antinuclear circulante a um antígeno ribonucleoproteico (RNP). Segundo os conceitos atuais, a doença engloba manifestações de cinco outras, principalmente LES, esclerodermia, polimiosite, dermatomiosite e artrite reumatóide. Acredita-se que ocorram modificações estruturais de antígenos, principalmente do antígeno RNP e seus RNAs associados. → Essas modificações deflagram um processo autoimune com quebra da tolerância imunológica. Há ativação do sistema imune inato via receptores Toll- like 3/7/8, produção de autoanticorpos contra componentes do spliceosome (em especial o U1-RNP), ativação de linfócitos B e de linfócitos T CD4 e CD8 PELE - Erupções cutâneas semelhantes ao LES e às da esclerose sistêmica também podem ocorrer, como endurecimento da pele do dedo. Cabelos e pelos podem afinar. ARTICULAÇÕES – Presente em cerca de 75% das pessoas desenvolvem inchaço e dor típicos de artrite. A doença mista do tecido conjuntivo danifica as fibras musculares, de modo que os músculos podem ficar fracos e doloridos, especialmente nos ombros e quadris. PULMÕES: em até 75% das pessoas com a doença mista do tecido conjuntivo. Líquido pode se acumular nos pulmões ou ao seu redor. Em algumas pessoas, a função pulmonar anormal é o problema mais grave, causando falta de ar durante o esforço. CORAÇÃO: Pode apresentar IC secundária ao enfraquecimento muscular. RINS: lesão geralmente é leve em comparação com a causada pelo lúpus. Hematológico - Alguma forma de anormalidade hematológica é encontrada em aproximadamente metade de todos os pacientes com DMTC; O diagnóstico definitivo de DMTC é muitas vezes complicado, em decorrência da sobreposição as características de LES, esclerodermia e poliomiosite. → O critério diagnóstico mais utilizado é o de Alarcon-Segóvia; Para o diagnóstico de DMTC são necessários pelo menos 3 critérios clínicos e m ais o critério sorológico;. QUADRO LABORATORIAL - A presença do anticorpo anti- U1RNP > 1/1.600 é condição obrigatória para o diagnóstico da DMTC. Células LE e outros autoanticorpos como anti-DNA, antiSm, anticentrômero e anti-Jo-1 devem ser negativos. Quanto aos exames laboratoriais inespecíficos, o hemograma pode revelar anemia normocítica normocrômica, sendo anemia hemolítica, e leucopenia com linfopenia e trombocitopenia.
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