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cuidado integral a saude da mulher

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CUIDADO INTEGRAL 
À SAÚDE DA 
MULHER 
Marcela Carnier
Prevenção do câncer 
cervicouterino e detecção 
precoce do câncer de mama
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir as causas, os sinais e os sintomas do câncer cervicouterino e 
do câncer de mama.
 � Identificar as formas de tratamento de câncer cervicouterino e de 
mama.
 � Elaborar um plano de cuidados para a mulher com câncer cervicou-
terino e de mama por meio da consulta de enfermagem na saúde 
da mulher.
Introdução
Mesmo diante de todas as evoluções no diagnóstico e no tratamento, o 
câncer ainda é considerado a doença mais temida pela população bra-
sileira. Por tratar-se de uma doença crônica de prognóstico nem sempre 
favorável, observa-se nas últimas décadas uma enorme mobilização 
científica e profissional de diversas áreas das ciências da saúde no sentido 
de desenvolver novas modalidades terapêuticas que atendam à crescente 
demanda da população. Embora o câncer ocorra em um grande número 
de pessoas, quando diagnosticado e tratado precocemente, as chances de 
desenvolvimento e agravos causados pela doença diminuem. As doenças 
crônicas, como o câncer de colo uterino e o câncer de mama, representam 
mundialmente um grave problema de saúde pública, alcançando taxas 
de incidência e mortalidade altíssimas, tendo como principais fatores 
de risco as diferenças culturais e ambientais, assim como as diferenças 
econômicas em cada contexto social. 
Neste capítulo, você aprenderá sobre os aspectos que envolvem o 
câncer cervicouterino e o câncer de mama, assim como a assistência de 
enfermagem voltada para a prevenção e os cuidados dessas doenças. 
Câncer cervicouterino e câncer de mama: 
principais causas, sinais e sintomas
Causas e fatores de risco
O câncer é uma doença de origem multifatorial: suas causas podem ser extrín-
secas, presentes no meio ambiente, e intrínsecas, como a ação de hormônios, 
as alterações imunológicas e as mudanças na genética das células. Entende-se 
por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente de trabalho (indús-
trias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) e o 
ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida). As causas internas estão 
ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. 
Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos 
tumores, são raros os casos de câncer que resultam exclusivamente de fatores 
hereditários, familiares e étnicos. Existem, ainda, alguns fatores genéticos que 
tornam determinadas pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos 
ambientais. Isso parece explicar por que algumas delas desenvolvem câncer e 
outras não quando expostas a um mesmo agente carcinógeno (INCA, 2011a).
Na maioria dos casos, o desenvolvimento de câncer está associado a causas 
externas, ou seja, a mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio 
homem (poluição de mares e rios, uso de agrotóxicos nas plantações, emissão 
de dióxido de carbono por grandes indústrias, fábricas e uso de automóveis), 
assim como os hábitos e estilos de vida adotados ao longo da vida (tabagismo, 
etilismo, consumo de drogas ilícitas, exposição à luz solar intensa, atividade 
sexual sem proteção e alimentação inadequada, entre outros) (INCA, 2011a).
O câncer cervicouterino é uma doença desencadeada pela replicação de-
sordenada do epitélio de revestimento do útero, comprometendo os tecidos 
subjacentes e podendo invadir outras estruturas ou órgãos. A infecção persis-
tente pelo papilomavírus humano (HPV) se dá por contatos sexuais e é a causa 
mais frequente do desenvolvimento do câncer cervicouterino (INCA, 2011a). 
Alguns tipos de HPV apresentam potencial carcinogênico e são muito 
comuns em mulheres. Estudos comprovam que aproximadamente 90% de-
las entrarão em contato com alguma cepa de HPV ao longo da vida, porém 
somente alguns tipos estão associados a casos de câncer de colo do útero. 
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama2
As lesões genitais (verrugas), denominadas condilomas acuminados, geral-
mente são causadas por HPV menos agressivos, sendo os mais frequentes 
os tipos 6 e 11. Nesses tipos de HPV, os condilomas acuminados (verrugas 
genitais) raramente se transformam em câncer e levam o nome de HPV de 
baixo risco (BRASIL, 2013; INCA, 2017). 
Os tipos mais agressivos de HPV são denominados vírus de alto risco, como 
os tipos 16 e 18, identificados em 70% dos casos de lesões precursoras de câncer 
de colo uterino, como também os tipos 31, 33, 35 ou 39. Normalmente, o tumor 
se desenvolve a partir de uma lesão precursora causada por esses tipos de HPV. 
Essas lesões são totalmente tratáveis e curáveis, desenvolvendo em câncer 
apenas quando não tratadas por muitos anos (BRASIL, 2013; INCA, 2017).
No Quadro 1, você pode observar os fatores de risco gerais para o de-
senvolvimento de câncer (Figura 1) e os fatores de risco específicos para o 
desenvolvimento de câncer de colo uterino e câncer de mama.
Fatores de risco para desenvolvimento de câncer
Histórico familiar
Sobrepeso e obesidade
Baixo consumo de frutas e vegetais
Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona) 
durante tempo prolongado (mais de 5 anos)
Sedentarismo e inatividade física
Consumo de bebida alcoólica
Exposição frequente a radiações ionizantes (radiografias)
Colo uterino Mama
Início precoce da vida sexual Primeira menstruação 
antes dos 12 anos
Grande quantidade de 
parceiros sexuais
Não ter tido filhos
Primeira gravidez com 
menos de 17anos
Primeira gravidez após os 30 anos
Quadro 1. Fatores de risco gerais e específicos no câncer de colo de uterino e câncer de 
mama
(Continua)
3Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama
Fonte: Adaptado de INCA (2017).
Quadro 1. Fatores de risco gerais e específicos no câncer de colo de uterino e câncer de 
mama
Colo uterino Mama
Histórico de três ou mais gestações Parar de menstruar (menopausa) 
após os 55 anos
Presença de outras infecções 
sexualmente transmissíveis, como 
gonorreia, sífilis, clamídia ou HIV
Ter feito reposição hormonal 
pós-menopausa, principalmente 
por mais de 5 anos
Imunossupressão Histórico familiar de câncer de ovário
Histórico familiar de câncer 
de colo do útero
Casos de câncer de mama na família, 
principalmente antes dos 50 anos
Baixo nível socioeconômico
(Continuação)
Figura 1. Desenvolvimento do câncer. 
Fonte: Lima (2017, documento on-line).
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama4
Sinais e sintomas
Em geral, mulheres infectadas pelo HPV que apresentam ou não lesões pré-
-cancerosas e/ou que já tenham câncer de colo do útero em estágio inicial 
não apresentam sinais ou sintomas, os quais, muitas vezes, não iniciam até 
que a doença se torne invasiva e acometa tecidos próximos. Da mesma forma 
ocorre no câncer de mama; em estágios iniciais, a doença na maioria das 
vezes é assintomática. Os cânceres de mama localizam-se, principalmente, 
no quadrante superior externo, com lesões em geral indolores, fixas e com 
bordas irregulares, acompanhadas de alterações da pele quando em estádio 
avançado (INCA, 2011b). 
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama 
relacionam-se a idade avançada, características reprodutivas, histórico fa-
miliar e pessoal, hábitos de vida e influências ambientais. As características 
reprodutivas de risco se dão pelo fato de a doença ser estrogênio-dependente, 
compreendendo a menarca precoce (antes dos 12 anos), a menopausa tardia 
(aos 55 anos ou mais), a primeira gestação após os 30 anos e a nuliparidade 
(INCA, 2014, 2016). 
O histórico familiar e pessoal inclui as seguintes situações: um ou mais 
parentes de primeiro grau com câncer de mama antes dos 50 anos, um ou mais 
parentes de primeiro grau com câncer de mama bilateral ou câncer ovariano 
em qualquer idade, parente com câncer de mama masculina,câncer de mama 
e/ou doença mamária benigna prévios (INCA, 2014, 2016). 
Em estágios mais avançados, a infecção por HPV, o câncer de colo de 
útero e o câncer de mama apresentam sinais e sintomas característicos, como 
mostra o resumo no Quadro 2.
5Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama
Fonte: Adaptado de INCA (2017).
Infecção 
por HPV
Câncer de 
colo uterino
Câncer de mama
Sinais � Lesões clínicas 
(condilomas 
acuminados) 
na região oro-
faríngea, vul-
var, vaginal, 
cervicouteri-
nas e perianal 
visíveis a olho 
nu
 � Secreção 
vaginal inco-
mum, com 
um pouco de 
sangue e/ou 
odor fétido
 � Sangramento 
vaginal 
anormal ou 
sangramento 
menstrual mais 
longo que o 
habitual
 � Secreção 
vaginal 
incomum, com 
um pouco de 
sangue e/ou 
odor fétido
 � Sangramento 
após a 
menopausa
 � Nódulo único 
endurecido nas 
mamas ou em 
região axilar
 � Edema mamário 
ou em região 
específica da mama
 � Eritema
 � Inversão do mamilo
 � Espessamento ou 
retração da pele ou 
do mamilo
 � Secreção 
sanguinolenta 
ou serosa pelos 
mamilos
Sintomas � Dor ou 
desconforto 
durante ou 
após relações 
sexuais
 � Dor ou 
desconforto 
em baixo 
ventre
 � Prurido
 � Dor ou 
desconforto 
durante ou 
após relações 
sexuais
 � Dor ou 
desconforto 
em baixo 
ventre
 � Dor ou 
urgência 
para urinar, 
sangramento 
intestinal, 
constipação 
em estágios 
mais avançados 
da doença
 � Dor ou desconforto 
nas mamas em 
estágios mais 
avançados da 
doença
Quadro 2. Sinais e sintomas mais comuns na infecção por HPV, câncer de colo de útero 
e câncer de mama
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama6
Diagnóstico, tratamento e prevenção do câncer 
cervicouterino e de mama
Câncer de colo uterino
O câncer de colo do útero em estágio inicial costuma ser rastreado perio-
dicamente pelo ginecologista ou enfermeiro durante as consultas de rotina 
realizadas nas unidades básicas de saúde ou em clínicas particulares, conforme 
o caso. Há algumas classificações para identificar os carcinomas invasivos do 
colo do útero de acordo com a origem do epitélio comprometido. Os carcino-
mas invasivos se classificam em carcinoma epidermoide, tipo mais incidente, 
que acomete o epitélio escamoso e representa cerca de 80% dos casos, e o 
adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular, sendo 
responsável por cerca de 10% dos casos (OPAS, 2013).
Diagnóstico
Para identificar as lesões causadas pela infecção por HPV, os exames mais 
realizados são os descritos a seguir (BRASIL, 2017; INCA, 2011a).
 � Exame pélvico e história clínica: exame da vagina, colo do útero e reto 
por avaliação com espéculo, Papanicolaou, toque vaginal e toque retal.
 � Exame preventivo (Papanicolaou): coleta de células do epitélio do 
colo uterino.
 � Colposcopia: exame que facilita a visualização da vagina e do colo de 
útero por meio de um aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar 
lesões anormais nessas regiões.
 � Biópsia: se células anormais são detectadas no exame de citologia 
oncótica (Papanicolaou), é necessário realizar uma biópsia, com a re-
tirada de uma pequena amostra de tecido para análise no microscópio. 
Trata-se do exame que permite diagnosticar anormalidades das células 
e, consequentemente, identificar a possível malignidade dos tumores. A 
biópsia pode ser feita por conização, procedimento no qual se remove 
um pedaço de tecido em forma de cone do colo do útero. A base do 
cone é formada pela ectocérvice (parte externa do colo do útero), e o 
ponto ou ápice do cone é proveniente do canal endocervical. O tecido 
removido no cone inclui a zona de transformação (a fronteira entre a 
ectocérvice e a endocérvice, na qual o câncer de colo uterino é mais 
propenso a começar). 
7Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama
 � Exame de HPV por DNA: coleta as células do colo do útero e verifica 
a presença do vírus. Por ser mais específico, esse exame é realizado 
em mulheres com o exame preventivo anormal. 
Quando o câncer de colo do útero já está em curso, alguns exames podem 
ser feitos para identificar a extensão e a malignidade do tumor:
 � biópsia da região;
 � tomografia computadorizada;
 � ultrassonografia;
 � ressonância magnética;
 � tomografia por emissão de pósitrons (PET-scan).
O câncer de colo do útero divide-se em diferentes estágios, permitindo-nos 
conhecer o grau de invasão celular (INCA, 2017), conforme descrito a seguir.
 � Estágio 0 ou carcinoma in situ: quando as células cancerígenas ainda 
estão na superfície do colo do útero.
 � Estágio I: quando o câncer invade o colo do útero, mas se mantém 
nessa região, sem ir para fora do útero.
 � Estágio II: o câncer já cresceu para fora do útero, mas ainda não se 
espalhou para as paredes da pelve ou para a vagina.
 � Estágio III: o câncer atingiu a vagina e a parede da pelve e pode estar 
bloqueando a uretra.
 � Estágio IV: o câncer já se espalhou para outras regiões do organismo, 
como bexiga, reto, pulmões ou fígado.
Tratamento
As opções de tratamento para o câncer de colo do útero, descritas a seguir, 
variam conforme o estadiamento do tumor mencionado.
 � Cirúrgico: retira-se total ou parcialmente o tecido afetado pelo câncer; 
no caso do câncer cervicouterino, a indicação seria pela retirada parcial 
(somente o colo uterino) ou total do útero, situações denominadas 
histerectomia simples e histerectomia radical, respectivamente. 
 � Radioterápico: a radioterapia usa radiação para eliminar as células 
cancerígenas, podendo ser feita externa e/ou internamente. Na primeira 
técnica, um raio é aplicado de fora do corpo e, na segunda, o material 
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama8
da radioterapia é colocado dentro da vagina por alguns minutos. A ra-
dioterapia pode promover a interrupção da menstruação ou a abreviação 
da menopausa em mulheres em pré-menopausa. 
 � Quimioterápico: a quimioterapia pode ser feita como um complemento 
à radioterapia ou para reduzir o tumor antes da cirurgia.
No caso de lesões pré-cancerígenas no colo do útero, as opções de trata-
mento envolvem a destruição desse tecido de três formas:
 � crioterapia: as células malignas são destruídas por congelamento; 
 � tratamento com laser: pode ser usado para destruir o tecido com 
células malignas; 
 � imunoterapia: considerada uma forma de tratamento no qual o câncer 
é tratado utilizando o próprio sistema de imunológico do paciente para 
atacar as células malignas.
Quando diagnosticado em fase não invasiva ou em estágio I, o câncer 
de colo do útero alcança entre 80 e 90% de chance de cura. No entanto, as 
condições para um prognóstico favorável diminuem à medida que o quadro 
estiver mais avançado (BRASIL, 2013). 
Prevenção do câncer de colo uterino
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição 
do risco de contágio pelo HPV. A infecção é transmitida via sexual, presumi-
damente por meio de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região 
anogenital. Por consequência, o uso de preservativos (camisinha masculina 
ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente 
do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da 
vulva, as regiões perineal e perianal e a bolsa escrotal (BRASIL, 2017).
A realização do exame de citologia oncótica constitui um espaço não 
apenas clínico preestabelecido vinculado às normas e rotinas, mas também 
de acolhimento, diálogo e reflexão, no qual a mulher procura o serviço para 
compreender a respeito dos determinantes de sua saúde, fortalecendo a autono-
mia sobre o seu viver e buscando estabelecer hábitos de vida saudáveis. Nesse 
contexto, o enfermeiro deve desenvolver práticas educativas que abordem e 
sensibilizem as mulheres para os benefícios da detecção precoce do câncer do 
colo do útero, incentivando a realização da citologia oncótica (INCA, 2011a).
9Prevenção do câncer cervicouterino e detecçãoprecoce do câncer de mama
Você deve ficar atento às seguintes recomendações (BRASIL, 2017):
 � o método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras 
é o exame citopatológico ou exame preventivo. O intervalo entre os exames deve 
ser de 3 anos; após dois exames negativos, o intervalo é anual;
 � o início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram 
atividade sexual;
 � os exames devem seguir até os 64 anos e ser interrompidos quando, após essa 
idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos 
últimos 5 anos;
 � para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame citopatológico, 
deve-se realizar dois exames com intervalo de 1 a 3 anos. Se ambos forem negativos, 
essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais.
Vacinação contra o HPV
Considerando as mudanças no Calendário de vacinação para 2017, a população-
-alvo da vacinação com a vacina HPV quadrivalente é:
 � meninas e mulheres: faixa etária de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias de 
idade. Adolescentes com 14 anos de idade poderão iniciar o esquema 
vacinal desde que o complete até os 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, 
respeitando o intervalo mínimo de 6 meses entre as doses. O esquema 
é realizado em três doses (0, 2 e 6 meses) para meninas e mulheres 
entre 9 e 26 anos, 11 meses e 29 dias de idade vivendo com HIV/aids. 
É necessária prescrição médica;
 � meninos e homens: No primeiro ano de introdução, a vacina HPV será 
disponibilizada para a faixa etária de 11 a 14 anos, 11 meses e 29 dias 
de idade, considerando o intervalo de 6 meses entre as doses. Meninos 
e homens vivendo com HIV/aids entre 9 e 26 anos, 11 meses e 29 dias 
de idade deverão receber a vacina, sendo o esquema de três doses (0, 
2 e 6 meses). É necessária prescrição médica;
 � pacientes transplantados e oncológicos: na faixa etária de 9 a 26 
anos de idade, o esquema consiste de três doses (0, 2 e 6 meses), sendo 
também necessária a prescrição médica. 
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama10
Em relação ao esquema de duas doses, vale destacar que, para ambas as 
vacinas HPV — bivalente e quadrivalente —, este utilizará o intervalo de 6 
meses entre as doses, podendo as mulheres e homens com idade inferior a 
15 anos estar adequadamente cobertos com esse esquema. Não há intervalo 
máximo recomendado entre as doses nem a necessidade de uma terceira dose se 
o paciente procurar o serviço tardiamente e tiver 15 anos de idade incompletos 
até a data da segunda dose. A vacina é administrada via intramuscular, com 
injeção de 0,5 mL em cada dose (BRASIL, 2017).
Câncer de mama
Diagnóstico
O rastreamento do câncer de mama consiste em identificar o câncer em seus 
estágios iniciais, em populações assintomáticas, possibilitando, com isso, a 
mudança em seu prognóstico. Em geral, são identificados três padrões de lesões: 
alterações benignas, lesões malignas in situ e lesões malignas invasivas. As 
lesões benignas estão associadas a um risco variável de câncer de mama, que 
vão do menor (lesões não proliferativas e sem atipias) ao maior risco (lesões 
proliferativas com atipias). As lesões malignas in situ podem ser ductais ou 
lobulares, variando também em relação ao risco de câncer de mama invasivo 
(maior risco para as lesões lobulares in situ) (INCA, 2014, 2016). 
Normalmente, as mulheres se preocupam com o aparecimento de nódulos 
ou sinais de anormalidade nas mamas, os quais causam temor e ansiedade 
e que sempre precisam ser investigados. No entanto, é importante saber que 
nem sempre esses nódulos são tumores malignos ou indicam alguma doença 
preocupante. O ideal é que investigar esses nódulos com exame de mamografia 
e, se necessário, biópsia, a fim de obter um diagnóstico preciso e também 
cessando os motivos de preocupação (INCA, 2014, 2016). 
Existem diferenças fundamentais entre o tumor de mama considerado 
benigno e o tumor que indica câncer de mama. 
O fibroadenoma é um tipo de tumor de caráter benigno, cujo desenvol-
vimento é mais comum em mulheres jovens, com menos de 30 anos, ou na-
quelas que já passaram por cirurgias de mama. Quando realizado o exame 
das mamas, frequentemente o fibroadenoma aparece como um tumor móvel, 
facilmente palpável, com tamanho médio de 2 a 3 cm, apresentando massa 
e contornos bem definidos, sem aderência aos tecidos que o circundam. A 
única maneira de distinguir o fibroadenoma do câncer de mama é por meio 
do diagnóstico médico com a realização de mamografia e biópsia do nódulo. 
11Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama
É importante ressaltar que a existência de fibroadenomas não representa um 
potencial evolutivo para o desenvolvimento de câncer de mama, tampouco 
indica aumento de risco futuro. A principal diferença do câncer de mama para 
o fibroadenoma consiste nas características do nódulo. Geralmente, o câncer 
de mama se apresenta com formato irregular, bordas e massa mal definidas e 
com aderência aos tecidos circundantes da mama, além de não serem maleáveis, 
estando fixos ao local (ALMEIDA, 2015).
Diversas técnicas vêm sendo testadas para o rastreamento do câncer de 
mama. As mais conhecidas e estudadas são os exames de imagem, o exame 
clínico das mamas e o autoexame das mamas. A mamografia é um exame 
radiológico, realizado com equipamento específico e que emite uma dose 
mínima de radiação, devendo ser empregada em pacientes de 50 a 69 anos de 
idade, segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2013).
Além da mamografia, outros exames podem ajudar a identificar e confirmar 
o câncer na mama: 
 � exame clínico das mamas: exame feito por um profissional médico 
ou da enfermagem pela palpação da mama para identificar nódulos e 
outras alterações na mama da mulher. Porém, não se trata de um exame 
que sinalize se o nódulo é benigno ou maligno. Normalmente, este é 
o primeiro exame feito quando a mulher tem sintomas de câncer na 
mama ou descobriu alterações durante o autoexame; 
 � exame de sangue: útil no diagnóstico do câncer de mama, já que, 
normalmente, quando há algum processo cancerígeno, a concentração 
de algumas proteínas específicas aumenta no sangue, como CA 125, 
CEA, CA 27.29 e CA 15.3, o último normalmente o marcador mais 
solicitado pelo médico. Além de serem importantes para auxiliar no 
diagnóstico de câncer de mama, os marcadores tumorais podem infor-
mar o médico quanto a resposta à terapia e à recorrência do câncer de 
mama, como é o caso do marcador CA 27.29. Além dos marcadores 
tumorais, por meio da análise de uma amostra de sangue podem ser 
identificadas mutações em genes supressores de tumor, o BRCA1 e o 
BRCA2, que, quando mutados, podem predispor ao câncer de mama. 
Esse teste genético é recomendado, por exemplo, para pacientes com 
parentes próximos diagnosticados com câncer de mama antes dos 50 
anos (INCA, 2014, 2016);
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama12
 � ultrassonografia da mama: exame de imagem que indica a presença, 
a posição e o tamanho dos nódulos, utilizado muitas vezes de maneira 
complementar à mamografia, já que consegue identificar nódulos pe-
quenos em mulheres com mamas grandes; 
 � ressonância magnética: utilizada principalmente quando existe grande 
risco de desenvolvimento de câncer da mama, especialmente quando 
existem alterações nos resultados da mamografia ou da ultrassonografia. 
Assim, a ressonância magnética ajuda a confirmar o diagnóstico e a 
identificar o tamanho do câncer, assim como a existência de outros 
possíveis locais afetados;
 � biópsia da mama: normalmente, é o último exame de diagnóstico 
utilizado para confirmar a presença de câncer, pois é feito no laboratório 
com amostras retiradas diretamente das lesões da mama, permitindo 
observar se existem células tumorais que, quando presentes, confirmam 
o diagnóstico de câncer;
 � exame FISH: pode ser feito após a biópsia, quando existe diagnóstico 
de câncer de mama,para colaborar na escolha do tipo de tratamento 
mais indicado para tratar o câncer. O exame FISH é um teste genético 
que permite identificar genes específicos nas células cancerígenas, 
conhecidos como HER2, que, quando estão presentes, informam que 
o melhor tratamento para o câncer se dá com uma substância quimio-
terápica conhecida como trastuzumabe, por exemplo. 
Tratamento
Houve importantes avanços na abordagem do câncer de mama nos últimos 
anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim 
como a busca da individualização do tratamento (PERES, 2014). O tratamento 
varia de acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas 
e as condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e prefe-
rências). O câncer de mama deve ser abordado por uma equipe multidisciplinar 
visando ao tratamento integral da paciente. No Quadro 3, serão apresentados 
os estadiamentos do câncer de mama.
13Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama
Fonte: Adaptado de INCA (2011a).
Linfonodos (N)
NX Metástases linfonodais não identificadas
N0 Ausência de metastases linfonodais
N1 Metástases linfonodais leves
N2 Metástases para linfonodos moderadas
N3 Metástases para linfonodos graves
Tumor primário (T)
TX Tumor provado pela presença de células 
neoplásicas, mas não se sabe sua extensão
T0 Nenhuma evidência de tumor primário
Tis Carcinoma in situ (lesão pré-neoplásica)
T1 Tumor com menos de 3 cm no seu maior 
diâmetro, porém bastante restrito
T2 Tumor com mais de 3 cm no maior diâmetro ou invadindo 
tecidos próximos, causando comprometimento moderado
T3 Tumor de qualquer dimensão invadindo tecidos 
próximos, causando sério comprometimento
T4 Tumor de qualquer tamanho, invadindo e 
comprometendo órgãos vitais
Quadro 3. Estadiamentos do câncer de mama
A indicação de diferentes tipos de cirurgia depende do estadiamento clí-
nico e do tipo histológico, podendo ser conservadora com ressecção de um 
segmento da mama (setorectomia, tumorectomia alargada e quadrantectomia), 
com retirada dos gânglios axilares ou linfonodo sentinela, ou não conserva-
dora (mastectomia). Atualmente, o tratamento combina abordagens locais e 
sistêmicas, conforme descrito a seguir.
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama14
Local
Envolve a cirurgia e a radioterapia. A cirurgia para a retirada de uma fração 
ou integridade das mamas é denominada mastectomia, cujas modalidades são:
 � mastectomia simples ou total (retirada da mama com pele e complexo 
areolopapilar);
 � mastectomia com preservação de um ou dois músculos peitorais acom-
panhada de linfadenectomia axilar (radical modificada);
 � mastectomia com retirada do(s) músculo(s) peitoral(is) acompanhada 
de linfadenectomia axilar (radical);
 � mastectomia com reconstrução imediata;
 � mastectomia poupadora de pele.
A mutilação decorrente das mastectomias e os prejuízos da autoimagem, 
como a queda de cabelo e dos pelos corporais, são dois dos aspectos mais 
difíceis para as mulheres com câncer de mama. Diferentes iniciativas têm 
buscado destacar a figura feminina, para além da doença. Ao mostrarem suas 
histórias e lutas, as mulheres que passaram por mastectomia impulsionam 
outras mulheres a vencer barreiras e preconceitos e resgatar a autoestima. 
O apoio de amigos, familiares e grupos de autoajuda também fortalece as 
pacientes durante o processo de tratamento e recuperação, sendo a cirurgia 
de reconstrução mamária uma das fases mais reconfortantes do doloroso 
processo de tratamento. 
Sistêmico
Atinge o corpo todo, inclui a quimioterapia, a hormonioterapia e o tratamento 
com anticorpos e é realizado por meio de medicamentos (oral ou intravenoso).
A terapia com anticorpo monoclonal (trastuzumabe) atinge alvos específicos 
da célula do tumor e é apropriada para um subtipo específico de câncer de 
mama. Esse medicamento passou a ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde 
(SUS) a partir de 2013 (INCA, 2014, 2016).
O prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença (esta-
diamento) e das características do tumor. Quando a doença é diagnosticada 
no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de 
metástases, o tratamento tem como objetivos principais prolongar a sobrevida 
e melhorar a qualidade de vida.
15Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama
Para ler mais sobre benefícios e os riscos do rastreamento, acesse o link a seguir e 
consulte o “Caderno de Atenção Primária n.º 29 – Rastreamento”. 
https://qrgo.page.link/Y6R3u
Cuidados de enfermagem no câncer 
cervicouterino e no câncer de mama
Considerando a alta incidência e a mortalidade relacionadas a essas doenças, 
é responsabilidade dos gestores e dos profissionais de saúde realizar ações que 
visem ao controle dos cânceres do colo do útero e da mama e que possibilitem a 
integralidade do cuidado, aliando as ações de detecção precoce com a garantia 
de acesso a procedimentos diagnósticos e terapêuticos em tempo oportuno e 
com qualidade. A assistência à mulher tem sido um reflexo de como a sociedade 
a vê. O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) surgiu 
para oferecer ações dirigidas a todas as necessidades de saúde das mulheres 
(assistência integral) (BRASIL, 2011).
Com a finalidade de prestar uma assistência sistematizada e voltada às 
necessidades dos usuários atendidos e de capacitar os enfermeiros(as) no 
processo e na utilização dos diagnósticos de enfermagem, desde 1992 têm-se 
estudado e discutido os diagnósticos segundo a Taxionomia da NANDA. Os 
diagnósticos de enfermagem proporcionam um método útil para organizar o 
conhecimento de enfermagem, dado que um dos requisitos para uma ocupa-
ção alcançar o status de profissão é dispor de um corpo de conhecimentos 
próprio e desenvolver ações com autonomia e autodeterminação. Com o uso 
dos diagnósticos, esperam-se identificar os problemas do cliente no âmbito de 
resolução da enfermagem, criar uma linguagem própria e identificar lacunas 
nas intervenções (LUCENA; BARREIRA, 2011).
No Quadro 4, você pode observar como se dá a assistência sistematizada 
de enfermagem nos casos de câncer de colo uterino e câncer de mama.
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama16
Diagnósticos de enfermagem em pacientes com câncer 
colo uterino e câncer de mama submetidos a tratamentos 
cirúrgicos, radioterápicos ou quimioterápicos
Pacientes com câncer de colo uterino e câncer de mama podem 
apresentar diversos tipos de lesões cirúrgicas ou em mucosas 
decorrentes da ação da radioterapia e quimioterapia
Diagnóstico 
de 
Enfermagem
Metas/
Objetivos
Intervenções
Resultados 
esperados
Risco para 
infecção
Prevenção 
da infecção
 � Verificar sinais vitais e tem-
peratura a cada 4 horas
 � Monitorar a contagem de 
leucócitos e a contagem 
diferencial por meio de 
exames laboratoriais
 � Inspecionar todos os 
locais que possam servir 
como entrada para mi-
crorganismos patógenos 
(punção venosa, lesões 
cirúrgicas, etc.)
 � Monitorar sinas e sinto-
mas de infecção (edema, 
hiperemia, calor, rubor, 
hipertermia)
 � Examinar condição de 
incisão cirúrgica e drenos, 
observando quantidade 
e aspecto do conteúdo 
drenado 
 � Higienizar as mãos e 
utilizar medidas assépticas 
ao tocar os curativos ou 
lesões
 � Realizar desinfecção com 
álcool a 70% nos dispositi-
vos endovenosos antes de 
administrar medicações
 � Apresenta 
tempera-
tura e si-
nais vitais 
normais
 � Exibe 
ausências 
de sinais 
de infla-
mação: 
edema 
local, 
eritema, 
dor e calor
Quadro 4. SAE no câncer de colo uterino e no câncer de mama
(Continua)
17Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama
Quadro 4. SAE no câncer de colo uterino e no câncer de mama
Diagnósticos de enfermagem em pacientes com câncer 
colo uterino e câncer de mama submetidos a tratamentos 
cirúrgicos, radioterápicos ou quimioterápicos
Diagnósticode 
Enfermagem
Metas/
Objetivos
Intervenções
Resultados 
esperados
Integridade 
da pele 
prejudicada
Propiciar a 
recuperação 
adequada 
da pele
 � Avaliar condições da 
incisão cirúrgica
 � Avaliar condições do 
curativo, como a presença 
de sinais logísticos (dor, 
calor, rubor, edema) em 
incisões cirúrgicas e em 
locais de inserção de 
sondas, drenos e cateteres
 � Monitorar a temperatura 
da pele do paciente
 � Apresenta 
boa recu-
peração 
das lesões 
na pele
 � Não 
apresenta 
sinas de 
infecção
Dor aguda � Controlar 
a dor
 � Pro-
mover 
conforto
 � Avaliar características, 
intensidade e local da dor
 � Aplicar escala numérica 
de dor ou outra escala 
pertinente
 � Considerar escore de dor 
relatado pelo paciente
 � Avaliar alterações de sinais 
vitais (pressão arterial, 
temperatura, frequências 
cardíaca e respiratória)
 � Administrar analgésicos 
conforme prescrição 
médica
 � Reavaliar dor após 
a administração da 
medicação
Refere alívio 
da dor
(Continua)
(Continuação)
Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama18
Quadro 4. SAE no câncer de colo uterino e no câncer de mama
Diagnósticos de enfermagem em pacientes com câncer 
colo uterino e câncer de mama submetidos a tratamentos 
cirúrgicos, radioterápicos ou quimioterápicos
Diagnóstico 
de 
Enfermagem
Metas/
Objetivos
Intervenções
Resultados 
esperados
Ansiedade Atenuar a 
ansiedade 
a um nível 
suportável
 � Oferecer informações 
reais sobre diagnóstico, 
tratamento e prognóstico
 � Ouvir atentamente
 � Encorajar a verbalização 
de sentimentos e medos
 � Encaminhar para um 
psicólogo e trabalhar 
dentro da equipe 
multidisciplinar o caso da 
paciente
Refere 
sentir-se 
menos 
ansiosa
Déficit de 
conhecimento
A paciente 
compre-
enderá sua 
doença e 
o regime 
terapêutico 
abordado
 � Estabelecer um 
relacionamento de 
confiança com a paciente 
e acompanhante para 
facilitar a compreensão 
sobre o regime 
terapêutico
 � Orientar sobre a situação 
de saúde, riscos e agravos
 � Ensinar sobre as 
habilidades necessárias 
para conservar ou evitar 
agravos em seu estado de 
saúde
 � Estimular a busca 
profissional sempre 
que sentir dúvidas ou 
questionamentos sobre 
sua saúde
Consegue 
explicar sobre 
a doença 
e o regime 
terapêutico
(Continua)
(Continuação)
19Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama
Fonte: Adaptado de Smeltzer et al. (2012).
Quadro 4. SAE no câncer de colo uterino e no câncer de mama
Diagnósticos de enfermagem em pacientes com câncer 
colo uterino e câncer de mama submetidos a tratamentos 
cirúrgicos, radioterápicos ou quimioterápicos
Diagnóstico 
de 
Enfermagem
Metas/
Objetivos
Intervenções
Resultados 
esperados
Disposição 
para 
aumento do 
autocuidado
Manter 
disposição 
para o 
autocuidado
 � Orientar quanto ao regime 
terapêutico
 � Elogiar comportamentos 
positivos
 � Evitar críticas sobre seu 
comportamento e o 
seguimento de saúde
 � Criar redes de apoio 
para que a paciente 
perceba a importância 
do autocuidado em sua 
condição de saúde
Mantém 
o regime 
terapêutico 
e refere 
disposição 
para cuidar 
da sua saúde
(Continuação)
ALMEIDA, A. C. O. Fibroadenomas mamários: que entidade? Coimbra: Faculdade de 
Medicina da Universidade de Coimbra, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Aten-
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Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: 
princípios e diretrizes. Brasília: MS, 2011. (Série C. Projetos, Programas e Relatórios). 
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2014. Dissertação (Mestrado em Movimento, Postura e Ação Humana) — Faculdade 
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21Prevenção do câncer cervicouterino e detecção precoce do câncer de mama

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