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1
Oncologia
para Concursos de Enfermagem
Fernanda Coelho
Oncologia
• Doença heterogênea
• 2012 – OMS publicou a Classificação para Tumores da Mama 
– 4ª edição, na qual reconheceu mais de 20 subtipos
• Maioria dos casos (80%) carcinoma ductal invasivo.
• Multifatorial: fatores biológicos, endócrinos, vida reprodutiva, 
estilo de vida.
Câncer de Mama
2
Câncer de Mama- fatores de risco
• História familiar de câncer de mama (especialmente diagnosticado antes de 
50 anos de idade)
• Alta densidade do tecido mamário (razão entre tecido glandular e 
gorduroso)
• Consumo de álcool
• Obesidade pós-menopausa
• Sedentarismo
• Exposição a radiação ionizante
• Idade acima de 50 anos
• Nuliparidade ou primeiro filho após os 30 anos
• Menarca precoce M
• Menopausa tardia
• Uso de contraceptivos hormonais
Câncer de Mama- fatores de risco
• São consideradas mulheres de alto risco para
desenvolvimento de câncer de mama aquelas com:
• História familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau
(mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama,
abaixo dos 50 anos de idade.
• História familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau
(mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama
bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária.
• História familiar de câncer de mama masculino.
• Diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa
com atipia ou neoplasia lobular in situ.
3
Prevenção
• Primária (evitar surgimento da doença, baseada em 
redução da exposição aos fatores de risco. Reduz a 
incidência)
• Alimentação saudável, com manutenção do peso corporal
• Prática de atividade física regular (redução do risco entre 
20% e 40%)
• Aleitamento materno
Prevenção
• Secundária – Detecção precoce
• Baseia-se em medidas para identificar o câncer no início do curso 
da doença, quando há melhor prognóstico.
• Diferencia-se da prevenção primária por não tratar de reduzir 
fatores de risco.
• Não reduz a incidência, mas atua reduzindo a mortalidade e a 
morbidade durante o tratamento.
 Rastreamento (screening)
 Diagnóstico precoce
4
Rastreamento
• Exame de pessoas assintomática com objetivo de identificar doenças em sua fase pré-
clínica.
• Só deve ser recomendado após eficácia comprovada por meio de estudos 
• Balanço entre riscos e benefícios favorável; especificidade adequada
• Deve ser capaz de, no mínimo, diminuir a mortalidade pela doença em estudos 
controlados. Outros resultados esperados são o melhor prognóstico e tratamento mais 
efetivo, com menor morbidade
• Possibilidade de falsos-positivos, demandando realização de testes confirmatórios, muitas 
vezes invasivos
• Risco de sobrediagnóstico e sobretratamento. 
• Fundamental estimar o benefício líquido!
5
Rastreamento
Rastreamento
6
• Os principais riscos envolvidos no rastreamento mamográfico são:
 Resultados falso-positivos (probabilidade de 20% a 60% após dez 
episódios de rastreamento)
 Indução de câncer de mama pela radiação e morte por cânceres 
radioinduzidos – risco maior em mulheres mais jovens
 Sobrediagnóstico e sobretratamento (aumento de procedimentos 
diagnósticos, cirurgias conservadoras, mastectomias e radioterapia) 
– magnitude difícil de avaliar devido à dificuldade de identificar as 
vítimas.
Diagnóstico precoce
• Identificação o mais precocemente possível em indivíduos sintomáticos.
Maioria dos casos é identificada por meio de sinais e sintomas (até 75%)
• Mundialmente, prega-se o tripé “população alerta para os sinais e
sintomas, profissionais capacitados para avaliação dos casos
suspeitos e sistema de saúde preparado para garantir assistência em
toda linha de cuidado”
• Intervenções para diagnóstico precoce elencadas pelas Diretrizes para
Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil são:
1) Estratégias de conscientização
2) Identificação de sinais e sintomas
3) Confirmação diagnóstica em um único serviço
7
1) Estratégia de Conscientização
 Brest awareness – estar consciente das alterações normais da
mama ao longo do ciclo menstrual e das diferentes fases da vida,
bem como dos sinais e sintomas de câncer de mama
 Estimula-se que cada mulher conheça seu corpo, observe
alterações e eventualmente realize a autopalpação das mamas
sempre que se sentir confortável para tal.
 Difere do AEM, pois não há uma técnica padronizada nem
periodicidade fixa.
 Capacitação dos profissionais e estruturação da atenção primária
para atender mulheres com sinais e sintomas suspeitos
8
2) Identificação de sinais e sintomas na atenção primária
 Anamnese criteriosa e exame clínico das mamas
 Diagnóstico depende ainda da realização de testes diagnósticos complementares
 Na atenção primária, o objetivo é a correta classificação de risco de câncer e
encaminhamento da paciente, sem promover encaminhamento excessivo (falso-positivo) ou a
retenção da paciente na atenção primária com solicitação de exames complementares (piora
do prognóstico).
 Atendimentos devem ser regulados por prioridade. Pacientes com sinais e sintomas
classificados como urgente são de atendimento prioritário
 Espaço nas agendas para encaixe de mulheres e homens com sintomas mamários
sinais e sintomas suspeitos
9
3) Confirmação diagnóstica em um único serviço
 Agilidade entre surgimento de sintomas e confirmação do
diagnóstico impacta no prognóstico. Atrasos afetam a sobrevida
devido à progressão da doença.
 Sobrevida menor relacionada a longos atrasos (mais de três meses
entre o início dos sintomas e o tratamento)
 Proposta de clínicas para realização de exames diagnósticos
(imagem, citologia e biópsia) em uma única etapa (one stop clinics)
em centro de referência
Diagnóstico
• Citológico – punção aspirativa por agulha fina (PAAF). 
Sucção de material do tumor sólido por meio de agulha fina. 
Necessita profissional experiente.
• Histológico – biópsia (várias técnicas a depender do tamanho 
do tumor e indicação do profissional)
• Anatomopatológico – por congelamento (conhecimento 
imediato do resultado) e por parafina (exame mais detalhado, 
indispensável para diagnóstico definitivo)
10
Exames complementares
• Considerando-se as metástases mais comuns – pulmão, 
pleura, ossos, fígado e cérebro (raramente assintomáticas) –
os exames complementares normalmente compreendem:
 Provas de função hepática => aumento isolado da fosfatase
alcalina pode indicar metástases ósseas ou hepáticas
 Radiografia de tórax => pesquisa de metástases pleurais, 
pulmonares e em linfonodos mediastínicos
 Cintilografia óssea => detecta alterações ósseas 
precocemente e permite avaliação de todo o esqueleto. Em 
caso de tumores de mama, deve ser solicitada se lesão maior 
que 2 cm, se queixa de dor óssea ou fosfatase alcalina 
elevada.
 Ultrassom abdominal => pesquisa de metástases 
Estadiamento
Sistema TNM de Classificação de Tumores 
Malignos. 
• Tem como base a avaliação da dimensão do 
tumor primário (representada pela letra T), 
• A extensão de sua disseminação para os 
linfonodos regionais (representada pela letra N) 
• E a presença, ou não, de metástase à distância 
(representada pela letra M)
11
Estadiamento
Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos. 
• Cada categoria do estadiamento clínico apresenta diversas 
subcategorias: 
• Para o tumor primitivo, vão de T1 a T4; 
• Para o acometimento linfático, de N0 a N3; 
• Para as metástases, de M0 a M1 –
“sendo que alguns tumores não preenchem obrigatoriamente 
todas as categorias T ou N”
Estadiamento
Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos. 
A combinação das diversas subcategorias do TNM (letra e números) 
determina os estádios clínicos, que variam de I a IV, na maioria dos 
casos, havendo caso de tumor, como o de testículo, que tem sua 
classificação máxima no estádio III, ou seja, não tem o estádio IV. 
O estadiamento clínico também representa, portanto, a linguagem 
de que o oncologista dispõe para definir condutas e trocar 
conhecimentos a partir dos dados do exame físico e de exames 
complementarespertinentes ao caso.
12
Estadiamento
*qq = qualquer; Fonte: INCA, 2004
Mama – Estadiamento
*qq = qualquer; Fonte: INCA, 2004
13
Achados mamográficos
• Os resultados do exame mamográfico são 
classificados de acordo com o Breast Imaging
Reporting and Data System (BI-RADS), 
publicado pelo Colégio Americano de 
Radiologia (ACR) e traduzido pelo Colégio 
Brasileiro de Radiologia.
• Esse sistema utiliza categorias de 0 a 6 e 
prevê recomendações de conduta
Oncologia
Fonte: Brasil, 2013
14
BI-RADS e condutas
• BI-RADS® 1 e 2 devem ser orientadas para acompanhamento 
de rotina, na atenção primária, de acordo com a faixa etária
• BI-RADS® 3 devem permanecer em acompanhamento por três 
anos, com repetição do exame a cada seis meses no primeiro 
ano e anual nos dois anos seguintes. Devem ser 
acompanhadas pelo especialista, preferencialmente na unidade 
de atenção secundária.
• Uma vez confirmada a estabilidade da lesão, as mulheres 
deverão retornar para o acompanhamento na unidade de 
atenção primária de acordo com a faixa etária.
Oncologia
BI-RADS e condutas
• O estudo histopatológico das lesões BI-RADS® 3 está indicado nas 
situações em que houver impossibilidade de manter o 
acompanhamento, quando a lesão for encontrada em concomitância 
com lesão suspeita ou altamente suspeita homo ou contralateral, ou 
em mulheres com indicação precisa para terapia de reposição 
hormonal.
• As mulheres com resultado BI-RADS® 4 ou 5 deverão ser 
encaminhadas para a unidade de referência secundária para 
investigação por exame histopatológico da lesão, preferencialmente 
por meio de PAG orientada por método de imagem. Uma vez 
confirmada a malignidade, deverão ser encaminhadas para a unidade 
de referência terciária para início do tratamento.
Oncologia
15
BI-RADS e condutas
• Mulheres com resultado BI-RADS® 0 deverão ser 
submetidas a novos exames de imagem para 
reclassificação da lesão e deliberação da conduta 
conforme categoria final. 
• O resultado Categoria 6 é pouco provável na Atenção 
Primária à Saúde pois a mulher com diagnóstico de 
câncer já deve estar inserida em unidade terciária para 
tratamento. 
Oncologia
(FUNCAB – 2015)
Os resultados do exame mamográfico são classificados de 
acordo com o Breast Imaging Reporting and Data System (BI-
RADS®). Esse sistema utiliza categorias de 0 a 6 para 
descrever os achados do exame e prevê recomendações de 
conduta. Quando o resultado colocado na categoria BIRADS 1, 
significa que é um exame:
a) negativo. 
b) com achado provavelmente benigno.
c) incompleto 
d) com malignidade já comprovada. 
e) com achado suspeito.
16
(Instituto AOCP – 2014)
Os resultados do exame mamográfico são classificados de acordo com 
o Breast Imaging Reporting and Data System (BIRADS), publicado 
pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR) e traduzido pelo Colégio 
Brasileiro de Radiologia. Esse sistema utiliza categorias de 0 a 6 para 
descrever os achados do exame e prevê recomendações de conduta. 
O BIRADS categoria 0 recomenda a conduta de:
a) avaliação adicional com incidências e manobras; correlação com 
outros métodos de imagem; comparação com mamografia feita no 
ano anterior. 
b) correlação com outros métodos de imagem; avaliação por exame 
de cito ou histopatológico; encaminhamento para referência de 
média complexidade. 
(Instituto AOCP – 2014)
c) rotina de rastreamento conforme a faixa etária ou 
prosseguimento da investigação, se o Exame Clínico das 
Mamas for alterado.
d) avaliação por exame de cito ou histopatológico; controle 
radiológico bianual.
e) terapêutica específica em Unidade de Tratamento de Câncer. 
17
Tratamento
• Cirurgia
• Radioterapia
• Reconstrução da mama
LOCAL
• Quimioterapia
• Hormonioterapia
• Terapia biológica
SISTÊMICO
Tratamento Cirúrgico
• Indicação dos diferentes tipos de cirurgia depende do 
estadiamento e do tipo histológico.
 Conservadora – ressecção de segmento da mama com 
margens alargadas (setorectomia, tumorectomia alargada e 
quadrantectomia) e de linfonodos.
 Não-conservadora – mastectomia (pode envolver a retirada 
de músculos peitorais, linfonodos axilares, reconstrução 
imediata, a depender da avaliação da equipe).
18
Tratamento Cirúrgico
• No carcinoma ductal in situ recomenda-se:
 Segmentectomia seguida de radioterapia para os tumores 
menores que 2cm e margens cirúrgicas livres.
 Mastectomia simples para tumores onde não é possível a 
obtenção de margens cirúrgicas livres pela sua extensão ou 
multicentricidade.
 Mastectomia simples com linfadenectomia de nível 1 ou 
dissecção de linfonodo sentinela nos casos de 
comedoconecrose ou alto grau histológico.
Tratamento Cirúrgico
• Pré-requisitos para indicação de cirurgia conservadora:
 Mamografia prévia
 Diâmetro tumoral inferior a 3cm, levando em consideração a 
proporção do tumor e da mama, bem como a localização.
 Ausência de comprometimento da pele.
 Tumor único.
 Margens cirúrgicas livres.
 Facilidade de acesso ao sistema de saúde para seguimento.
19
Tratamento Cirúrgico
• Nos carcinomas invasores com:
 Diâmetro menor que 3cm recomenda-se a cirurgia conservadora 
com linfadenectomia axilar completa e avaliação das margens 
cirúrgicas. Se comprometidas, realizar reexcisão.
 Região axilar sem comprometimento clínico, realizar 
linfadenectomia seletiva pela técnica do linfonodo sentinela, quando 
disponível.
 Diâmetro maior ou igual a 3cm, com ou sem quimioterapia 
neoadjuvante, recomenda-se mastectomia radical modificada
Radioterapia
• Utilizada para destruir células remanescentes
após cirurgia ou diminuir o tamanho do tumor
antes do ato cirúrgico.
• Após cirurgias conservadoras, deve ser aplicada
em toda a mama da paciente, independente do
tipo histológico, idade, uso de quimioterapia e
hormonioterapia, ou margens cirúrgicas livres.
20
Radioterapia
• Após mastectomia, está indicada caso:
Tumores com diâmetro maior ou igual a 5cm
Pele comprometida pelo tumor
Dissecção inadequada da axila
Margem comprometida
Quatro ou mais linfonodos comprometidos (não há 
consenso entre 1 e 3 linfonodos)
Quimioterapia e hormonioterapia
• A terapia adjuvante sistêmica segue o tratamento cirúrgico e 
deve se basear no risco de recorrência da doença
• A terapêutica endócrina é uma forma de tratamento de 
neoplasias malignas sensíveis a hormônios. Manipulação de 
hormônios com objetivo de evitar recorrência da doença.
• Indicação depende do perfil imunoistoquímico do tumor – é 
imprescindível existência de receptores hormonais 
(progesterona e estrogênio)
21
Quimioterapia e hormonioterapia
TMX= Tamoxifeno; Fonte INCA,2004.
Quimioterapia e hormonioterapia
TMX= Tamoxifeno; CMF = ciclofosfamida, metotrexato fluorouracilFonte
INCA,2004.
22
Quimioterapia e hormonioterapia
• No Estádio III (não operável), fica 
recomendado uso de antracíclico até 6 ciclos 
ou CMF
• Na impossibilidade da quimioterapia, a 
hormonioterapia deve ser instituída como 
tratamento neoadjuvante.
23
TMX= Tamoxifeno; CMF= ciclofosfamida, metotrexato e fluorouracil; FAC=fluorouracil, adriamicina e ciclofosfamidaFonte
INCA,2004.
Câncer de Mama- Seguimento
• Após tratamento adjuvante, deve-se proceder 
à história, exame físico, mamografia e exame 
ginecológico.
• Não há indicação de realização de 
hemograma, bioquímica, radiografia de tórax, 
ultrassonografia abdominal ou trans-vaginal, 
cintilografia óssea e marcadores tumorais na 
ausência de sintomas ou indicações clínicas 
que justifiquem sua solicitação
24
Fonte INCA,2004.
SISMAMA
• Sistema de Informação do Câncer de Mama
• Fornecimento dos dados informatizados dos
procedimentos relacionados ao rastreamento e a
confirmação diagnóstica do câncer de mama
• Desenvolvido pelo INCA e pelo DATASUS para apoiar
o desenvolvimento de ações mais eficazes para
controle da doença, seja em prevenção, vigilância ou
assistência a partir de um mapeamento da doença em
todo o país.
25
SISMAMA
• Instituído pela Portaria nº 779 de 31 de 
dezembro de 2008, da Secretariade Atenção 
a Saúde, e entrou em vigor em junho de 2009
• Formulários padrão: solicitação de 
mamografia, resultado de mamografia, 
requisição de exame citopatológico e 
requisição de exame histopatológico
Programa de Qualidade em Mamografia
• INCA, 2006 em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia e 
Diagnóstico por Imagem (CBR) e Anvisa
• Avaliar o desempenho dos serviços que realizam mamografia, com 
base em critérios e parâmetros referentes à qualidade da estrutura, 
do processo, dos resultados, da imagem clínica e do laudo.
•
• Portaria nº 2.898 do Gabinete do Ministro (GM), de novembro de 
2013
• Abrangência nacional e se aplica a todos os estabelecimentos de 
saúde públicos e privados que realizam mamografia e que sejam 
vinculados ou não ao SUS.
26
Linha de Cuidado
(FGV-2015)
Com base nas disposições do Ministério da Saúde a respeito do 
câncer de mama, assinale V para a afirmativa verdadeira e F 
para a falsa. 
( ) Recomenda-se que mulheres entre 50 e 69 anos realizem 
mamografia uma vez por ano. 
( ) Primeira gravidez após os 30 anos ou não ter tido filhos 
constituem fatores de risco para o câncer de mama. 
( ) As mulheres cujas parentas de primeiro grau (mãe ou irmãs) 
tiverem sido acometidas por câncer de mama antes dos 50 anos 
apresentam maior risco de desenvolver a doença. 
27
As afirmativas são, respectivamente, 
a) V, F e F. 
b) F, V e V.
c) V, F e V.
d) F, V e F. 
e) V, V e F. 
(FUNCAB – 2014)
São fatores de risco para o câncer de mama, 
EXCETO:
a) Menarca precoce
b) Menopausa tardia
c) Primeira gravidez após os 30 anos
d) Multiparidade
28
(CESPE – 2010)
Em relação ao câncer de mama, julgue o item 
a seguir.
O câncer de mama é o segundo tipo mais 
comum de câncer entre as mulheres.
( ) Certo ( ) Errado
(CESPE – 2010)
Em relação ao câncer de mama, julgue o item a 
seguir.
A idade continua sendo um dos mais importantes 
fatores de risco. As taxas de incidência aumentam 
rapidamente até os 50 anos e, posteriormente, esse 
aumento ocorre de forma mais lenta..
( ) Certo ( ) Errado
29
(CESPE – 2010)
Em relação ao câncer de mama, julgue o item a seguir:
Os fatores de risco relacionados à vida reprodutiva da 
mulher (menarca tardia, nuliparidade, idade da primeira 
gestação a termo acima dos 30 anos de idade, 
anticoncepcionais orais, menopausa precoce e terapia 
de reposição hormonal) estão bem estabelecidos em 
relação ao desenvolvimento do câncer de mama.
( ) Certo ( ) Errado
(CESPE – 2010)
Em relação ao câncer de mama, julgue o item a 
seguir:
A amamentação, a prática de atividade física e a 
alimentação saudável, com a manutenção do peso 
corporal, estão associadas a um menor risco de 
desenvolvimento do câncer de mama.
( ) Certo ( ) Errado
30
(CESPE – 2013)
Em relação à saúde da mulher no Brasil, julgue o item a seguir:
O tipo de câncer mais incidente na população feminina é o 
câncer de mama. O Instituto Nacional de Câncer recomenda 
que o rastreamento desse câncer seja realizado em todas as 
mulheres com idade entre cinquenta e sessenta e nove anos, 
mediante o exame anual clínico das mamas e a realização de 
mamografia a cada dois anos.
( ) Certo ( ) Errado
(IBFC – 2015)
Considerando o câncer de mama, analise as afirmativas 
abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale 
a alternativa que apresenta a sequência correta de cima 
para baixo.
( ) É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no 
mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma. 
Responde por cerca de 25% dos casos novos a cada 
ano.
( )O câncer de mama é considerado uma doença 
exclusivamente feminina, pois não acomete os homens
31
(IBFC – 2015)
( ) É relativamente raro antes dos 35 anos, e acima 
desta idade sua incidência cresce 
progressivamente,especialmente após os 50 anos.
( ) A amamentação é considerada um fator protetor.
a) F,F,V,V.
b) V,V,V,V.
c) V,F,V,V.
d) F,V,V,F.
(AOCP – 2015)
Assinale a alternativa correta sobre a populaçãoalvo e 
a periodicidade dos exames no rastreamento de 
câncer de mama, respectivamente, conforme 
recomendações do Ministério da Saúde.
a) Em mulheres de 40 a 49 anos / Exame clínico das 
mamas anual e mamografia a cada 2 anos.
b) Em mulheres de 50 a 69 anos / Exame clínico das 
mamas anual e mamografia a cada 4 anos.
32
(AOCP – 2015)
c) Em mulheres de 35 anos ou mais com risco 
elevado / Exame Clínico das Mamas e 
mamografia anual.
d) Em mulheres de 35 anos ou mais com risco 
elevado / Autoexame mensal das mamas e 
mamografia anual.
e) Em mulheres de 40 a 49 anos / Exame clínico 
das mamas anual e, se houver alteração, realizar 
mamografia.
Rastreamento
33
Câncer do Colo do Útero
• Para o ano de 2016, no Brasil, são esperados 16.340
casos novos de câncer do colo do útero, com um risco
estimado de 15,85 casos a cada 100 mil mulheres
• Previsão mundial de 527 mil novos casos em 2016, sendo
o quarto mais incidente.
• Taxa de incidência vem diminuindo nas últimas 3 décadas
em países em processo de transição socioeconômica,
como resultado de programas de prevenção.
34
Câncer do Colo do Útero
• Colo do útero apresenta uma parte interna (canal cervical ou 
endocérvice) e uma externa (ectocérvice)
• Endocérvice => camáda única de células cilíndricas produtoras de muco
• Ectocérvice => epitélio escamoso estratificado
• Entre os dois epitélios, encontra-se a junção escamocolunar (JEC).
• A JEC pode estar tanto na endo, quanto na ectocérvice, a depender da 
situação hormonal na mulher
35
• Durante a fase reprodutiva da mulher (menacme), a JEC situa-
se no nível do orifício externo ou fora dele – ectopia ou 
eversão.
• Epitélio colunar, em contato com o ambiente da vagina se 
adapta por meio de metaplasia, dando origem a um novo 
epitélio (escamoso) entre os dois originais, chamado de 
terceira mucosa ou zona de transformação.
• Na zona de transformação se localizam mais de 90% das 
lesões precursoras ou malignas do colo do útero
36
• Baseado no origem do epitélio comprometido, há duas categorias 
principais de carcinomas invasores do colo do útero:
 Carcinoma epidermoide (80% dos casos), que acomete o epitélio 
escamoso
 Adenocarcinoma, tipo mais raro, que acomete o epitélio glandular
Câncer do Colo do Útero e o HPV 
• Principal fator de risco é a infecção pelo HPV.
• Presença do HPV na quase totalidade dos casos de carcinomas 
cervicais uterinos é a maior causa específica já relatada para um 
câncer em humanos.
• Há entre 12 e 18 tipos de HPV reconhecidos como oncogênicos.
• Entre os HPVs de alto risco oncológico, os mais comuns são HPV16 
e HPV18, estando presentes em 70% dos casos de câncer do colo 
uterino
37
• A infecção pelo HPV é fator necessário, mas não suficiente para 
o desenvolvimento do câncer do colo do útero.
• Na maioria das vezes e lesão pelo HPV é transitória e regride 
espontaneamente entre seis meses e dois anos após a exposição. 
• Em lesões persistentes e causadas por tipos oncogênicos do vírus, 
pode ocorrer desenvolvimento de lesões precursoras, cuja 
identificação e tratamento adequado possibilita a prevenção da 
progressão para carcinoma invasivo
Outros fatores de risco
 Idade => mulheres abaixo de 30 anos, apresentam 
maior tendência de regressão das lesões por HPV; 
acima desta idade, a persistência é mais frequente
 Tabagismo => risco cresce proporcionalmente ao 
número de cigarros consumidos por dia
 Alterações da imunidade => HIV ou outras causas
 Início precoce das atividades sexuais, multiplicidade 
de parceiros
 Parceiro sexual masculino com múltiplas parceiras
 Infecções genitais de repetição
38
Manifestações Clínicas
• Infecções pelo HPV, na maioria das vezes, é assintomática, com 
lesões subclínicas (inaparentes) visíveis apenas após aplicação de 
reagentes, como ácido acético e solução e por meio de técnicas de 
magnificação (colposcopia)
• Lesões clínicas podem ser únicas ou múltiplas, restritas ou difusas, 
planasou exofíticas, sendo conhecidas como condiloma acuminado, 
verruga genital ou crista de galo.
• Localizações mais comuns são vulva, períneo, região perianal, 
vagina e o colo do útero. Menos comumente, podem estar em áreas 
extragenitais (conjuntiva, mucosa nasal, oral ou laríngea)
Manifestações Clínicas
• Lesões precursoras são assintomáticas, podendo ser 
detectadas por meio da realização periódica do exame 
citopatológico e confirmadas por colposcopia e exame 
histopatológico.
• No estágio invasor, os principais sintomas são sangramento 
vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço), leucorreia e dor 
pélvica, podendo estar associados a queixas urinárias e 
intestinais em casos mais avançados.
• Ao exame especular, observa-se sangramento, tumoração, 
ulceração e necrose no colo do útero. O toque vaginal 
demonstra alteração de forma, tamanho, consistência e 
mobilidade do colo do útero e estruturas subjacentes.
39
Prevenção
• Primária – relaciona-se com a diminuição do risco de contágio 
pelo HPV
• O uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com
penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que
também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região
perineal, perianal e escroto.
• 2014 – vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13
anos de idade. Protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os
dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são
responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do
útero
• A vacinação não elimina a necessidade de prevenção
secundária por meio do rastreamento, pois não fornece
proteção para 30% dos casos, ocasionados por outros tipos
virais oncogênicos.
Prevenção
• Prevenção secundária – detecção precoce
 Rastreamento
 Diagnóstico precoce
• Segundo a OMS, com o rastreamento
organizado, com uma cobertura da população-
alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de
diagnóstico e tratamento adequados dos casos
alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a
90% a incidência do câncer cervical invasivo.
40
Recomendações
Recomendações - Rastreamento
41
• Note que:
• Não se observou impacto significativo na mortalidade, com início 
do rastreamento antes de 25 anos de idade.
• Rastreio precoce aumenta o diagnóstico de lesões que regrediriam 
espontaneamente e, consequentemente, o número de 
procedimentos diagnósticos (colposcopias)
• Observa-se aumento da morbidade obstétrica e neonatal, como 
parto prematuro. Portanto deve-se reduzir as intervenções no colo 
do útero em mulheres jovens, tendo em vista que a maioria delas 
não tem prole definida.
• A oferta de exames pelo SUS atualmente seria suficiente para 
cobertura de toda a população alvo, porém observa-se grande 
repetição de exames em intervalo menor que o recomendado.
 Em gestantes, seguir as recomendações de periodicidade e faixa 
etária como para as demais mulheres; a procura ao serviço de 
saúde para pré-natal deve sempre ser considerada uma 
oportunidade para o rastreio (A).
 Em mulheres pós-menopausa, seguir recomendações de 
periodicidade para as demais mulheres.
 Mulheres submetidas a histerectomia total por lesões benignas, 
sem história de lesões de alto grau e podem ser excluídas do 
rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais
42
 Em caso de histerectomia por lesão precursoras ou câncer, a 
mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada
 Não há indicação de rastreamento em mulheres sem história de 
atividade sexual.
 Em mulheres imunossuprimidas (infecção por HIV, uso crônico de 
corticosteroides, em tratamento de câncer ou imunossuprimidas
por transplante de órgão sólido), após início da atividade sexual, 
devem realizar rastreamento semestral no primeiro ano e, se 
normais, manter exame anual enquanto o fator de 
imunossupressão se mantiver.
(CESPE – 2010)
Com relação às ações relacionadas à prevenção ao câncer cérvico-
uterino, julgue os itens que se seguem.
Consideram-se fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de 
colo de útero: infecção causada pelo papilomavírus (HPV), início 
precoce das atividades sexuais, multiplicidade de parceiros sexuais, 
tabagismo, parceiro sexual masculino com múltiplas parceiras, e 
infecções genitais de repetição.
( ) Certo ( ) Errado
43
(AOCP – 2015)
Dentre as neoplasias malignas, o câncer do colo do útero está entre as 
que mais acometem as mulheres, sendo que grande parte das lesões 
precursoras ou malignas do colo do útero se originam:
a) no corpo do útero.
b) na parede vaginal.
c) na zona de transformação.
d) em cistos de naboth.
e) no endométrio.
(AOCP – 2014)
Sobre o câncer de colo de útero, assinale a alternativa correta:
a) Cistos de Naboth são afecções ginecológicas, muitas vezes 
relacionados à metaplasia decorrente da injúria cervical causada 
pelo HPV.
b) A parte externa do colo do útero, chamada de ectocérvice, é 
revestida por um tecido de várias camadas de células cilíndricas 
produtoras de muco: o epitélio colunar simples
44
c) As lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau 
representam as lesões verdadeiramente precursoras do câncer 
do colo do útero.
d) A prevenção primária do câncer do colo do útero está 
relacionada à realização do exame de citopatologia oncótica.
e) Para fins de rastreamento, o exame citopatológico deve ser 
iniciado aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram 
atividade sexual.
(UFBA – 2014)
O câncer do colo do útero ainda é um grande 
problema de saúde pública no Brasil, sendo a 
citopatologia o exame considerado de 
rastreamento desse tipo de câncer e de suas 
lesões precursoras
( ) Certo ( ) Errado
45
BIO-RIO – 2015
Na atenção à saúde da mulher, no que diz respeito à Linha de Cuidado do 
Câncer do Colo do Útero, avalie se a diretriz “Prevenção e detecção precoce” 
visa:
I - Fortalecer e ampliar o acesso às informações sobre o câncer do colo do 
útero para todas as mulheres,ressaltando que o câncer do colo do útero é 
prevenível pela detecção e pelo tratamento das lesões precursor as que 
antecedem, em muitos anos, o câncer.
II – Estruturar os serviços de saúde para rastrear todas as mulheres de 25 a 64 
anos a cada três anos, além de atender todas as mulheres que apresentam 
sinais de alerta.
III – Acompanhar e tratar todas as mulheres positivas, segundo as 
Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do 
Útero.
IV – Garantir que todas as mulheres iniciem seu tratamento o mais 
breve possível.
Assinale a alternativa correta:
a) apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
e) as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
46
(AOCP – 2015)
Sobre o rastreio de lesões precursoras do câncer do colo do 
útero, segundo recomendações do Ministério da Saúde, é 
INCORRETO afirmar que:
a) o câncer do colo do útero inicia-se a partir de uma lesão 
precursora, curável na quase totalidade dos
casos.
b) as mulheres que desenvolvem infecção persistente por HPV 
do tipo 16 têm cerca de 5% de risco de desenvolverem NIC III 
ou lesão mais grave em três anos e 20% de risco em dez anos.
c) o intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois 
exames negativos, com intervalo anual.
d) o início da coleta deve ser aos 15 anos de idade para as 
mulheres que já tiveram atividade sexual.
e) há vários fatos indicando que, direta ou indiretamente, o 
rastreamento em mulheres com menos de 25 anos não têm 
impacto na redução da incidência e/ou mortalidade por câncer 
do colo do útero.
47
(2015 – UMA Concursos)
Sobre o câncer de colo de útero assinale a alternativa incorreta:
a) A adoção das vacinas antiHPV elimina a necessidade da prevenção secundária por meio do 
rastreamento, pois as mesmas oferecem proteção para 98% dos casos de câncer do colo do útero 
causados por outros tipos virais oncogênicos.
b) O uso de preservativos (camisinha) durante a relaçãosexual com penetração protege 
parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer por intermédio do contato com a 
pele da vulva, a região perineal, a perianal e a bolsa escrotal.
c) As lesões precursoras do câncer do colo do útero são assintomáticas, podendo ser detectadas 
por meio da realização periódica do exame citopatológico e confirmadas pela colposcopia e exame
histopatológico.
d) Atualmente há duas vacinas aprovadas e comercialmente disponíveis no Brasil: a bivalente, que
protege contra os tipos oncogênicos 16 e 18, e a quadrivalente, que protege contra os tipos não
oncogênicos 6 e 11 e os tipos oncogênicos 16 e 18.
Nomenclatura Citológica no Brasil
• A nomenclatura dos exames Citopatológicos utilizada no Brasil é 
baseada no Sistema Bethesda (2001) e para os Histopatológicos é 
utilizada a nomenclatura de Richart (1965,1967)
• O câncer do colo do útero é precedido por uma longa fase
(aproximadamente 10 anos) de doença pré-invasiva, denominada de
Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC).
• A NIC é categorizada em graus I, II e III, dependendo da proporção
da espessura do epitélio que apresenta células maduras e
diferenciadas.
48
• NIC II e III apresentam maior proporção de células
indirefenciadas e, devido à sua maior probabilidade de evoluir
para o câncer se deixadas sem tratamento, são consideradas
seus reais precursores
• Potencial de regressão de NIC I é maior (62% e 70%) quando 
comparada às NIC II e NIC III (45% a 55%) em um período de 
11 a 43 meses.
• Caso não haja intervenção, a lesão pode estagnar, regredir ou 
evoluir para carcinoma in situ. Nessa fase, é possível alcançar 
a cura completa pela remoção do tecido anormal, pois as 
células ainda estão confinadas à membrana basal. Se não 
tratados, 20-30% dos casos evoluirão para carcinoma invasor.
• Alterações celulares classificadas como NIC I: Lesão intraepitelial
escamosa de baixo grau (LSIL)
• Alterações celulares classificadas como NIC II e III: Lesão 
intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL); adenocarcinoma in situ é 
NIC III.
• As alterações celulares que não podem ser classificadas como 
neoplasia intra-epitelial cervical (NIC), mas merecem uma 
investigação melhor, são classificadas como:
 Atipias de células escamosas de significado indeterminado 
(Atypical squamous cells of undetermined significance ASC-US ou 
ASC-H) ou
 Atipias de células glandulares de significado indeterminado 
(Atypical glandular cells of undetermined significance AGC-US ou 
ASC-H)
49
Recordatório da nomenclatura citopatológica
no Brasil
Fonte: Brasil, 2013
Recomendações iniciais após citopatológico
alterado
Fonte: Brasil, 2013
50
Fonte: Brasil, 2013
• Lesão Intraepitelial de Baixo Grau – low-grade squamouss
intraepithelial lesion (LSIL)
• As condutas internacionalmente preconizadas para abordagem 
inicial de pacientes com diagnóstico de LISL variam entre 
encaminhamento imediato para colposcopia e a repetição de 
citologia em intervalos variáveis, com encaminhamento para 
colposcopia caso se mantenha a atipia.
• O encaminhamento direto para colposcopia desconsidera o 
conceito vigente de que a LSIL representa a manifestação 
citológica da infecção causada pelo HPV, altamente prevalente e 
com potencial para regressão especialmente em mulheres abaixo 
de 30 anos
• A compreensão da história natural da infecção pelo HPV embasa o 
adiamento da investigação, evitando sobrediagnóstico e 
sobretratamento.
51
• Lesão Intraepitelial de Baixo Grau – low-grade 
squamouss intraepithelial lesion (LSIL)
• Mulheres com diagnóstico de LSIL devem repetir o exame 
citológico em seis meses na unidade primária. Processos 
infecciosos devem ser tratados antes dessa nova coleta.
• Se duas citologias forem negativas, a paciente deve retornar 
ao rastreio trienal. Caso qualquer citologia subsequente seja 
positiva, a paciente deverá ser encaminhada à unidade de 
referência para colposcopia.
• Gestantes com exame citológico sugestivo de LSIL deverão ser abordadas 
como as demais mulheres.
• Com 30 semanas ou mais, só deverão ser encaminhadas para colposcopia
3 meses após o parto.
• Só serão submetidas a biópsia se houver alterações colposcópicas
sugestivas de invasão
• Após a menopausa, em função da falta de estrogênio, pode haver 
alterações citológicas que sugiram LSIL. A segunda coleta deve ser 
precedida de tratamento da colpite atrófica.
• Mulheres imunossuprimidas devem ser encaminhadas diretamente para 
colposcopia.
52
• Lesão Intraepitelial de Alto Grau – High-grade squamouss
intraepithelial lesion (HSIL)
• É consenso que as lesões pré-invasivas devem ser tratadas para 
impedir sua progressão para carcinoma invasor.
• Estratégia ver-e-tratar: realização do diagnóstico e tratamento em 
uma única visita, em nível ambulatorial, por meio de exérese da 
zona de transição (EZT), sob visão colposcópica e anestesia local
• Menor perda de seguimento, ansiedade, custo e biópsias 
desnecessárias
• A desvantagem é o potencial para tratamento 
desnecessários, minimizada seguindo as recomendações 
(exame citológico com diagnóstico de HSIL e colposcopia
com lesões sugestivas de NIC I e NIC II).
• Todas as mulheres com diagnóstico de lesão de alto grau 
devem ser encaminhadas para colposcopia em até 3 meses 
após o resultado.
• A repetição da citologia é inaceitável como conduta inicial.
53
Estadiamento
• As lesões invasivas são as que ultrapassam os limites da 
membrana basal e evoluem para órgãos e estruturas:
 Próximas como vagina, paramétrio, linfonodos pélvicos e 
mucosa da bexiga e reto;
 Distantes como pulmões, fígado, ossos e linfonodos
• O estadiamento é feito conforme a classificação da FIGO 
(Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) e é 
baseado nos achados clínicos, em vez dos cirúrgicos
• Segundo a UICC, ele permite que apenas os seguintes exames 
sejam utilizados para determinação do estádio:
 Palpação
 Inspeção
 Colposcopia
 Curetagem endocervical
 Histeroscopia
 Cistoscopia
 Proctoscopia
 Urografia intravenosa 
 Raio X do pulmão e esqueleto
 Conização cervical
54
Estádios FIGO
• Estádio I
• Carcinoma localizado ao colo.
• Subdividido em: 
IA (IA1, IA2) => carcinoma invasor, cujo 
diagnóstico é microscópico.
IB (IB1, IB2) => lesão limitada ao colo 
clinicamente visível ou maior que IA.
55
• Estádio II
• Carcinoma com invasão para além 
do útero, mas não atingindo a parede 
pélvica ou o terço inferior da vagina
• Subdividido em: 
 IIA (IIA1, IIA2) => Sem invasão dos 
paramétrios
 IIB => Com invasão dos paramétrios
• Estádio III
• Carcinoma com extensão para a parede 
pélvica e/ou envolvimento do terço inferior 
da vagina e/ou hidronefrose e rim não 
funcionando
• Subdividido em: 
 IIIA => 1/3 inferior da vagina, sem 
envolvimento da parede pélvica
 IIIB => Extensão para a parede pélvica e/ou 
hidronefrose e/ou rim não funcionando
56
• Estádio IV
• Extensão para além da pelve ou 
envolvimento (confirmado por biópsia) 
da mucosa da bexiga ou reto
• Subdividido em: 
 IVA => envolvimento de órgãos 
adjacentes. 
 IVB => envolvimento de órgãos à 
distância.
Tratamento
• É indicado com base no estadiamento tumoral, tipo 
histológico, idade da paciente, condição clínica, desejo de 
procriar e recursos disponíveis.
• Os procedimentos variam desde os mais conservadores, com 
retirada das lesões, até tratamentos radicais e complexos.
• Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e associação destes 
tratamentos.
57
Estadiamento (FIGO) e tratamento (INCA)
Fonte: INCA,2008
Fonte: INCA,2008
58
Fonte: INCA,2008
Fonte: INCA,2008
59
• Conização do útero:
• Remoção da zona de transformação e parte do canal
endocervical.
• Bisturi convencional ou por eletrocirurgia,
• Diagnóstico e tratamento de lesões pré-invasivas,
suspeitadas por exame citopatológico prévio ou
diagnosticada por biópsia, quando não se pode afastar
doença endocervical (quando a junção escamocolunar
estiver localizada a mais de 1 cm no canal endocervical ou
quando a zonade transformação não é completamente
vista)
• Procedimento geralmente ambulatorial
• Anestesia local.
60
• Exérese da Zona de Transformação
• Retirada da zona de transformação por meio de 
cirurgia de alta frequência.
• Realizada sob anestesia local, sob visão 
colposcópica em nível ambulatorial
• Recomendada para tratamento de lesões pré-
invasivas diagnosticadas por biópsia ou como 
parte do método ver-e-tratar, quando a zona de 
transformação está completamente visível e 
situada na ectocérvice.
61
Seguimento
• Pacientes submetidas à histerectomia total tipos I e II
 Revisão semestral nos dois primeiros anos.
 Revisão anual até cinco anos.
 Caso não haja recidiva, alta.
• Pacientes submetidas à radioterapia
 Revisão após quatro meses.
 Revisão semestral até dois anos.
 Revisão anual até cinco anos.
 Caso não haja recidiva ou intercorrências relacionadas ao 
tratamento após cinco anos, alta.
Complicações
• Relacionadas à progressão da doença: fístulas, linfedema
de MMII, compressão das vias urinárias e intestinais
• Relacionadas ao tratamento cirúrgico: são mais frequentes 
na cirurgia de Wherteim Meigs (histerectomia total, 
salpingooforectomia bilateral e linfadenectomia).
• A principal complicação é a bexiga neurogênica, causada 
pela manipulação da inervação dos ureteres e bexiga. Pode 
haver fístulas, infecção. 
• Peritonite e hemorragia são menos frequentes.
62
Complicações
• Relacionadas à quimioterapia: nefrotoxicidade, 
mielotoxicidade, neurotoxicidade e toxicidade 
gastrointestinal
• Em radioterapia
• Efeitos agudos atingem pele, mucosas, reto e 
aparelho geniturinário; 
• Efeitos tardios afetam o retossigmoide, bexiga, 
ureter e uretra, útero, ovário, e vagina, gerando 
disfunção sexual e mais raramente as complicações 
acometem ossos e sangue.
Obrigada!
Oncologia
Oncologia
para Concursos de Enfermagem
Fernanda Coelho

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