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princípio estruturantes do processo teoria geral do processo 02

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Teoria Geral 
do Processo 
Princípios Estruturantes 
do Processo 
Profª. Janaina Vargas Testa
Mestre em Direito. Advogada
• Unidade de Ensino: 02
• Competência da Unidade: Compreender os princípios
constitucionais e infraconstitucionais aplicados ao
processo.
• Resumo: A aula versa sobre os princípios processuais
previstos na Constituição e em leis infraconstitucionais.
• Palavras-chave: Direito Processual; princípios; regras.
• Título da Teleaula: Princípios Estruturantes do Processo
• Teleaula nº: 02
Contextualização 
• Conceito e a diferença entre princípios e regras;
• Princípios constitucionais processuais;
• Princípios infraconstitucionais aplicados ao
processo.
Princípios do 
Processo I 
Normas Jurídicas:
• Princípios – são comandos genéricos, servem de
base e de fundamento do ordenamento jurídico;
auxiliam na interpretação e na aplicação do direito.
São preceitos abertos que servem de orientação
ao aplicador do direito.
• Regras – prescrevem condutas, portanto, são
comandos específicos.
• Supremacia da Constituição: os princípios
constitucionais possuem status de direito
fundamental.
• “Princípio-mãe”: trata-se do princípio do
devido processo legal, previsto no artigo 5º,
inciso LIV, da Constituição Federal, ao
preceituar que “ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal”.
Princípio do devido processo legal:
• É o mínimo necessário a ser observado para
que se tenha como válido determinado ato de
exercício do poder.
• Sentido formal: quando estão sob análise os
aspectos formais do processo, as garantias
processuais previstas em lei.
• Sentido material: diz respeito ao conteúdo,
relativo à interpretação do direito como um
todo e à temática da melhor interpretação
possível no caso.
Princípio da ação (demanda/iniciativa das
partes):
“O processo começa por iniciativa das partes e se
desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei” (CPC, art. 2º).
• Princípio dispositivo: atuação do juiz
condicionada à provocação das partes.
• Princípio inquisitivo: a condução do processo
cabe ao juiz, sem necessidade de intervenção
das partes. O Poder Judiciário é inerte e, em
regra, apenas atua com a Iniciativa das partes.
Princípio da razoável duração do processo:
• A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso
LXXVIII, prevê que, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a todos a
razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação.
• O CPC, em seu artigo 4º, estatui que: “As partes
têm o direito de obter em prazo razoável
solução integral do mérito, incluída a atividade
satisfativa”.
Situação Problema 1
• Fátima propôs uma ação de indenização de
danos morais e materiais em face de Pedro por
quebra de contrato.
• Pedro, todavia, contestou alegando que a
quebra contratual teria sido de Fátima.
• Em determinado momento processual, Fátima
juntou aos autos documento novo.
• O juiz, com esse documento, e sem a oitiva da
parte contrária (réu), julgou o processo e
proferiu sentença de procedência.
Diante dessa situação, Pedro, preocupado, fez as
seguintes indagações:
• O juiz agiu corretamente?
• Haveria alguma argumentação substancial a ser
utilizada, caso Pedro apresentasse um recurso?
• Com fundamento em que normas o recurso
poderia ser apresentado?
• O juiz, no caso de Pedro, não agiu
corretamente, posto que deveria ter
oportunizado a ele falar primeiramente sobre o
documento para que, somente depois, viesse a
proferir sua decisão.
• Foram afrontados, portanto, princípios
constitucionais (devido processo legal e
contraditório) e regras fundamentais
processuais (artigo 9º do Novo Código de
Processo Civil).
Princípios do 
Processo II
• Princípio da razoável duração do processo.
• Princípio da economia processual: evitar
esforços, tempo e recursos desnecessários.
• Princípio da celeridade processual: obtenção
do máximo de resultado na atuação do direito
com o mínimo emprego possível de atividade
jurisdicional.
• Princípio da efetividade: a prestação
jurisdicional deve ser efetiva e adequada à
pretensão do jurisdicionado.
Princípio da instrumentalidade das formas:
• O ato processual é um instrumento que busca
atingir determinada finalidade (a proteção do
direito material).
• Se houver vícios no ato processual, mas o ato
atingir sua finalidade sem causar prejuízo às
partes, o ato não será anulado.
• É possível também, em alguns casos, sanar os
vícios existentes, concedendo prazo para a
regularização (ex.: emendar a petição inicial).
• Princípio da imparcialidade do juiz: o juiz deve
ser imparcial, evitando favorecer uma das
partes ou direcionar a solução do conflito.
• Princípio da igualdade/isonomia das partes:
tratar as partes com igualdade, assegurando
paridade de tratamento.
Princípio do contraditório e ampla defesa:
• Informação acerca dos atos processuais e
possibilidade de reação, ou seja, de se opor a
atos/documentos/provas., etc.
• Abarca ainda a ideia de que as partes têm o
direito de influenciar a decisão do juiz
(contraditório efetivo).
Princípio da disponibilidade/indisponibilidade:
• Liberdade que o jurisdicionado tem ou não de
exercer os seus direitos (disponibilidade).
• Quando o direito material é indisponível, o
princípio sofrerá limitações também no
processo.
Situação Problema 2
• Lucas propôs uma ação de indenização em face
de José, requerendo sua condenação ao
pagamento de danos morais, em valor a ser
arbitrado pelo juiz.
• O juiz, ao verificar a petição inicial, concluiu que
não havia preenchimento de todos os
requisitos exigidos em lei (CPC, artigo 319), por
não indicar a quantificação dos danos morais
(CPC, arts. 319, IV e 292, V).
• Assim, o juiz indeferiu a petição inicial, sem
ordenar a citação de José.
Lucas, nesse momento processual, fez os seguintes
questionamentos:
• O juiz agiu corretamente?
• Houve afronta a algum princípio que pudesse
embasar eventual recurso?
• Quais os dispositivos legais poderiam
fundamentar o recurso cabível?
• O juiz não agiu corretamente porque deveria
ter concedido prazo de 15 dias para a
regularização da petição inicial (CPC, arts. 319 e
321), corrigindo o vício (emenda).
• Houve afronta ao princípio da
instrumentalidade das formas e da sanabilidade
dos vícios processuais.
• Somente na hipótese de o vício persistir, após a
concessão de prazo para a emenda, poderia o
juiz indeferir a petição inicial.
INTERAÇÃO 
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-
RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular de
Serviços de Notas e de Registros - Provimento.
Nos termos do artigo 4º do Código de Processo
Civil, as partes têm o direito de obter em prazo
razoável a solução integral do mérito, incluída a
atividade satisfativa. Considerando que o processo
civil deve ser interpretado conforme os valores e
as normas fundamentais estabelecidos na
Constituição da República Federativa do Brasil, é
correto afirmar que referido dispositivo consagra
os seguintes princípios:
A) cooperação processual, proporcionalidade
razoabilidade e eficiência.
B) boa-fé objetiva processual, isonomia material e
impulso oficial.
C) contraditório comparticipativo, impulso oficial e
legalidade.
D) razoável duração do processo, primazia das
decisões de mérito e efetividade.
E) inafastabilidade da jurisdição e estimulo a
resolução consensual de conflitos.
ESCLAREÇA SUAS DÚVIDAS...
Fonte: 
shuttestock_1176037441
Princípios do 
processo III 
Produção de provas:
• Poderá ser requerida pelas partes, a fim de
provar a verdade dos fatos em que se funda o
pedido ou a defesa e influir eficazmente na
convicção do juiz (CPC, art. 369).
• Poderá ser determinada pelo juiz: “Caberá ao
juiz, de ofício ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito” (CPC, art. 370) –
Princípio do dispositivo e impulso oficial.
Valoração e apreciação da prova:
• O juiz deveapreciar a prova de forma livre e
racional, independentemente de quem a tenha
produzido, e indicar na decisão as razões de seu
convencimento.
• Trata-se do princípio da persuasão racional do
juiz.
• Destaca-se ainda o princípio da
fundamentação/motivação das decisões
judiciais.
Princípio da oralidade:
• utilização da forma verbal para a realização de
determinados atos processuais, permitindo
maior celeridade (os atos verbalmente
praticados são documentados).
• Exemplos: audiências (depoimento das partes e
oitiva de testemunhas; sustentação oral nos
tribunais).
• Utilização nos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais.
Princípio da motivação das decisões judiciais:
• O art. 93, inciso IX, da Constituição Federal
preceitua que devem ser fundamentadas todas
as decisões proferidas pelos órgãos do Poder
Judiciário, sob pena de nulidade.
• Trata-se de cláusula pétrea e de norma
fundamental do processo brasileiro (CPC, art.
11).
Situação Problema 3
• Marcelo propôs uma ação revisional de
contrato de compra e venda de imóvel, em face
de Felipe, com fundamento na abusividade do
percentual de reajuste dos valores das
prestações mensais.
• Felipe contestou a ação:
01) alegou prescrição;
02) informou que não havia abusividade nos
índices de reajustes cobrados.
• As partes não requereram a produção de
provas, mas o juiz determinou uma perícia
contábil.
• Ao final, a ação foi julgada procedente, ao
reconhecer a abusividade nos índices.
• A prescrição, entretanto, não foi apreciada.
Felipe procura, então, um profissional para sanar
as seguintes dúvidas:
• O juiz poderia ter determinado de ofício a
prova pericial?
• Na sentença, o juiz poderia ter julgado sem
enfrentar expressamente o fundamento da
prescrição?
• Quais seriam os princípios envolvidos nesse
caso concreto?
• O juiz agiu corretamente ao determinar de
ofício a produção de prova pericial, pois a lei
permite a determinação de prova de ofício
(impulso oficial) .
• Entretanto, o juiz se equivocou por não
enfrentar a alegação de prescrição, pois deve se
pronunciar sobre todos os fundamentos e
alegações das partes.
• Houve, portanto, violação do princípio da
motivação das decisões judiciais.
Princípios do 
Processo IV
• Princípio da publicidade: a atividade
jurisdicional tem caráter público. Os atos são
acessíveis às partes, aos advogados, e a
qualquer interessado. Trata-se de garantia para
as partes, para o próprio juiz e igualmente para
toda a sociedade.
• O princípio não ter caráter absoluto: o processo
poderá ocorrer em segredo de justiça, para
atender ao interesse público e social, à
intimidade das partes, causas de família, ações
que versem sobre arbitragem.
Princípio da lealdade/boa fé processual: as partes
devem adotar comportamento ético e atuar com
boa-fé no processo.
• A lei pune quem litiga de má-fé: multa e
indenização pelos prejuízos causados a outra
parte.
• Exemplos: alterar a verdade dos fatos; interpor
recurso com intuito manifestamente
protelatório; utilizar o processo para atingir
objetivo ilegal.
• Princípio da tempestividade da prestação
jurisdicional: a prestação jurisdicional não pode
ser tardia, nem causar prejuízos às partes pela
demora excessiva, a fim de atender ao princípio
da razoável duração do processo.
• Princípio da preclusão: evita condutas
indevidas ou protelatórias das partes.
• Preclusão é a perda do direito de que a parte 
pratique um determinado ato processual. 
• Pode ser: temporal; consumativa; lógica.
• Princípio da primazia do julgamento do
mérito: a prestação jurisdicional deve
efetivamente resolver resolva o mérito da ação,
dizendo quem tem razão e pacificando o
conflito. Todos os vícios formais devem ser
sanados, a fim de atingir a finalidade última do
processo, qual seja, fornecer às partes a efetiva
solução da demanda.
• Princípio do duplo grau de jurisdição: permite
a revisão das decisões judiciais, em regra, por
um órgão superior.
• Princípio do juiz natural e da vedação dos
tribunais de exceção: As pessoas devem ser
julgadas por órgão estabelecido previamente
em lei. É proibida, portanto, a criação de
tribunal de exceção, isto é, de órgão julgador
formado única e exclusivamente para o
julgamento de determinada causa.
• “Ninguém pode ser processado nem
sentenciado senão pela autoridade
competente”. (CF, art. 5º, LIII).
Situação Problema 4
• Raul propôs uma ação de indenização em face
de Ana.
• Após a produção de todas as provas requeridas
pelas partes, o juiz entendeu que Raul tinha
razão e julgou procedentes os pedidos.
• Dentro do prazo de recurso de apelação (15
dias da intimação da sentença), Ana juntou aos
autos, no quarto dia de seu prazo, uma guia de
pagamento do valor da condenação,
requerendo a extinção do processo.
• No décimo dia, Ana se arrependeu, em virtude
de um problema financeiro.
Ana, então, fez os seguintes questionamentos:
• Pelo fato do prazo de recurso ainda estar em
curso, ela poderia recorrer da sentença?
• Há algum princípio processual a ser alegado,
que justificaria o juiz acatar o recurso mesmo
após o pagamento do valor da condenação?
• Ana praticou um ato incompatível com o ato
recursal (pagou o valor da condenação) e, por
isso, concordou com a sentença que foi
proferida em seu desfavor.
• Nessa situação, Ana não poderá mais recorrer,
ainda que o prazo do recurso esteja aberto,
pois se operou a preclusão lógica.
• No caso, não se poderia pensar na aplicação de
nenhum outro princípio de modo a viabilizar o
recurso.
INTERAÇÃO 
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ESCLAREÇA SUAS DÚVIDAS...
Fonte: 
shuttestock_1176037441
Recapitulando 
• Princípios e regras; 
• Princípio do devido processo legal; 
• Princípio da razoável duração do processo; 
• Princípio do contraditório e da ampla defesa.
• Princípio dispositivo; 
• Princípio inquisitivo;
• Princípio da economia e celeridade processual;
• Princípio da efetividade;
• Princípio da instrumentalidade das formas;
• Princípio da isonomia das partes;
• Princípio da imparcialidade do juiz.
• Produção de provas; 
• Princípio da persuasão racional do juiz; 
• Princípio da oralidade; 
• Princípio da motivação das decisões judiciais.
• Princípio da publicidade; 
• Princípio da lealdade e boa-fé;
• Princípio da preclusão;
• Princípio da primazia do julgamento do mérito; 
• Princípio do duplo grau de jurisdição;
• Princípio do juiz natural.

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