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6 Desafios Historia da África e Moderna

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Desafio
Os historiadores João Fragoso e Manolo Florentino propuseram, na obra O arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia, lançada em 2001, uma interessante reflexão sobre a concentração de renda no Brasil, buscando as origens históricas dessa característica em políticas desenvolvidas desde o período colonial. Leia este trecho da obra:
Você, como professor, de que forma utilizaria os dados sobre a pobreza e a concentração de renda no Brasil contemporâneo para explicar a hierarquia social do Antigo Regime na Europa Ocidental?
Resposta
A citação da obra de Fragoso e Florentino permite explicar a hierarquia social do Antigo Regime na Europa Ocidental partindo-se de uma experiência mais próxima aos alunos (tanto temporal, quanto espacialmente), chegando-se à realidade que deseja ser analisada, a Idade Moderna.
Assim, o professor pode trabalhar com as diferenças e semelhanças existentes entre uma sociedade de classes e de estamentos (como o que define a riqueza e as possibilidades de ascensão social), e, juntamente com a turma, em um debate, discutir, na sociedade do Antigo Regime, qual era o estamento mais explorado em relação ao trabalho e à cobrança de tributos, e qual o estamento mais rico, e se havia alguma igualdade na distribuição de riquezas.
Por meio desse debate, estabelecendo-se analogias cuidadosas com as distintas realidades, é possível que os alunos compreendam a hierarquia social da sociedade do Antigo
Desafio
No livro O universalismo europeu, o autor fala da criação do sistema "mundo europeu", que significaria basicamente a inserção de maneira violenta da cultura europeia como sendo a única e a melhor maneira de viver.
Estabelecendo-se que as culturas existentes em solo latino-americano, por exemplo, deveriam ser erradicadas, a fim de se constituir uma evolução da sociedade. Dentro desse quadro, construa um texto, em que opte pela defesa dos invasores europeus ou pela defesa dos indígenas. Nessa construção, é importante explorar o conceito de colonialismo e mostrar suas nuanças; por um lado a defender os povos indígenas da dizimação de sua cultura, e por outro, evidenciando os pontos positivos da evolução da sociedade, que aparece a partir do contato com as novidades e diferenças.
1 - Elaborar um texto, de uma lauda, que tenha como base a fundamentação da escolha do lado a ser defendido: indígenas ou europeus.
2 - Evidenciar o que seria o colonialismo, e como ele se deu com a chegada dos europeus na América Latina.
3 - Explicar os motivos para a aceitação da colonização como uma maneira de se construir uma sociedade mais evoluída.
Resposta
A questão da colonização pode ser vista sob duas perspectivas: a do colonizador e a do colonizado. Na primeira, a mais passível de críticas, aparecem relatos que vão desde a dizimação de uma cultura até o esquecimento do culto ao passado. No entanto, é importante perceber que há nesse encontro entre culturas um componente importante. Estamos nos referindo aos frutos que nascem quando duas culturas se encontram. A história nos mostra que essa simbiose é inevitável, ou seja, desse encontro nascem novas dimensões para o ser humano, tornando mais fáceis e evoluídas as relações sociais.
Assim, em relação à chegada dos europeus à América Latina, podemos perceber que a ideia de colonialismo possui diferentes dimensões. Queremos mostrar que a colonização acompanha a própria marcha do humano na construção de seu tempo. Expliquemos. O encontro entre culturas possibilita que ambas sejam tocadas, uma pela outra, e isso as conduz a um avanço que as recria e reinventa, culturalmente. Esse outro lado é importante, os povos ameríndios, a partir do contato com o europeu, acrescem sua cultura e recebem ensinamentos, outrora desconhecidos.
Os valores são tocados, isso implica não uma mera dizimação de culturas, mas sim, a construção de novas. Nesse sentido, o conceito de colonialismo pode ser percebido de maneira menos negativa, não apenas com o maniqueísmo do bom e do mau. Há, em verdade, na concepção que trazemos, uma verdadeira abertura de possibilidades para as culturas, na qual o encontro figura como mola que impulsiona as mesmas para um local desconhecido pelas culturas antes do encontro. Não há um simples choque de culturas, mas um encontro que será sempre fecundo.
Quando falamos do encontro entre culturas, da colonização, estamos pensando, portanto, na própria história da humanidade, que se reinventa exatamente por trazer em seu DNA a própria característica de inacabamento. O ser humano é um animal inacabado. E sua tarefa é sua própria construção, sendo assim, a colonização será inevitável para o avanço das culturas.
Desafio
O catolicismo é a religião com o maior número de adeptos no Brasil. Segundo o Censo do IBGE de 2010, 64,6% da população brasileira se declarou católica. O Brasil teve o catolicismo como religião oficial até 1891, quando passou a ser um Estado laico. Juntos, católicos e evangélicos somam 86,8% da população brasileira, fazendo do Brasil um país de maioria cristã. 
Você, como professor do Ensino Fundamental, precisa trabalhar, com as turmas de 7º e 8º ano, sobre a influência da cultura africana na sociedade brasileira. Veja mais informações sobre o assunto:
Considerando o argumento do aluno, de que forma você trabalharia esse tema em sala de aula? Elabore a sua resposta abordando o processo de cristianização do Reino do Congo.
Resposta
É possível organizar um debate em sala de aula para demonstrar aos alunos que os africanos escravizados não tentaram impor suas crenças às outras pessoas, mas apenas manter a sua religião. Pode-se fazer uso de textos complementares para comprovar que isso não aconteceu quando os portugueses chegaram no Reino do Congo e até mesmo no Brasil.
Os portugueses tentavam impor o catolicismo aos nativos, ignorando as crenças desses povos, que eram vistos como selvagens e atrasados. Na visão deles, por meio da adoção do modo de vida do “homem branco” e do catolicismo, esses povos se tornariam civilizados. Portanto, não houve respeito às crenças dos povos nativos.
É importante ressaltar que a liberdade de crença é garantida pela Constituição Federal, que garante também a proteção aos locais de culto e às suas liturgias. Logo, todas as manifestações religiosas devem ser respeitadas, bem como seus seguidores, que não devem ser discriminados pela sua crença religiosa.
Desafio
O termo Iorubá (ou Yorubá) chegou ao conhecimento do mundo ocidental por volta de 1826 com o capitão escocês Hugh Clapperton, que trouxe consigo um manuscrito árabe das terras haussás – africanos islamizados – no Ocidente da África. O termo foi utilizado para definir os povos do reino de Oyó. O processo de desenvolvimento urbano do povo iorubá iniciou-se por volta de 5.500 anos atrás. Na idade do Ouro, as cidades e vilas iorubás constituíram um império, que chegou ao fim por volta de 1800, e incluíam diferentes etnias, como: Oyó, Egbá, Egbado, Ijebu, Ijexá, Ekiti, Ondo, Akoko e Owo.
Seu desafio consiste em:
A) Explicar os equívocos do uso do termo Yorubá pelo reverendo John Raban.
B) Propor uma orientação para os guias do museu.
Resposta
A) O reverendo John Raban não respeitou as diferenças desses povos e fez com que se perpetuasse através da história a denominação "povos yorubás", o que, por sua vez, fez com que eles fossem vistos como um povo único. Percebe-se o pensamento hegemônico euro-ocidental impondo a homogeneização dos povos de língua e cultura semelhantes na África, mas que são diferentes em suas especificidades.
B) Quando os guias do museu forem apresentar o dicionário aos visitantes, eles devem mencionar que os iorubás (ou yorubás) inicialmente não tinham consciência de si próprios como um grupo (até a formação do Império), porém partilhavam de culturas em comum, como ritos religiosos, línguas, dialetos e estruturas políticas. Com o decorrer do tempo, formaram reinos, sendo que o mais bem-sucedido foi o de Oyó.
Desafio
Nas mídias, a África é mostrada quasesempre como uma grande savana habitada por animais raros ou como um continente castigado pela fome e pelas doenças, o que sugere uma visão estereotipada daquele continente e acaba por reforçar uma perspectiva eurocêntrica da História. Os alunos da educação básica, quando questionados sobre o que conhecem da África, reforçam esses estereótipos, associados ao atraso e ao subdesenvolvimento. Questionar essa visão pode ser um bom começo para desconstruir os mitos que pairam em torno da África e de sua história. É importante mencionar que o objetivo em sala de aula não é omitir ou ignorar a pobreza e as doenças que atingem o continente africano, mas relativizar imagens estereotipadas que o estigmatizam.
Imagine que você está lecionando para alunos do 9º ano, trabalhando um conteúdo que trata do processo de descolonização da África. Para descontruir essa visão estereotipada que se tem da África, quais atividades e/ou trabalhos você iria propor para seus alunos e que aspectos da sociedade africana você destacaria para seus alunos pesquisarem?
Resposta
Há várias formas para se trabalhar esse tema. A turma pode ser dividida em grupos, e cada grupo fica responsável por pesquisar aspectos da sociedade e cultura africana que merecem destaque.
Podem pesquisar as tecnologias desenvolvidas pelos africanos, verificando quais os maiores cientistas africanos do século XX e XXI; quais as cidades mais desenvolvidas da África, podendo aqui fazer um paralelo/comparação com cidades brasileiras; quais os maiores escritores, poetas, músicos, artistas africanos da atualidade e as contribuições dos africanos no campo das artes; quais os destaques africanos no esporte; entre outros aspectos.
Depois de realizada a pesquisa, os alunos podem elaborar um painel para ficar exposto em local de visibilidade da escola, para que as outras turmas também vejam esses aspectos da sociedade africana.
Desafio
A educação busca capacitar as pessoas de maneira cultural e científica. Por meio dela, o ser humano pode se tornar mais apto a utilizar de forma adequada seus conhecimentos e experiências. No Brasil, a educação foi introduzida pelos jesuítas, que vieram à, então, colônia para catequizar e educar os índios. O País é, atualmente, laico, ou seja, não declara fé alguma de maneira confessional. Contudo, autoriza que existam instituições de ensino confessionais.
Por meio dos textos dispostos na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), é autorizada a confessionalidade de escolas, colégios e universidades particulares e a existência da disciplina Ensino Religioso. Porém, havia uma lacuna histórica em meio aos conteúdos lecionados. Então, a partir de 2003, por meio da Lei nº 10.639, foi determinada a inclusão de conteúdos sobre a história e a cultura afro-brasileiras e indígenas.
Considere a situação a seguir:
De que maneira você tenta explicar a situação para o candidato? Quais argumentos usará?
Resposta
O fato de o colégio ser católico ou buscar melhores números nos vestibulares é indiferente, pois os conteúdos previstos na disciplina exigem a inclusão da história e da cultura afro-brasileiras e indígenas. Isso acontece porque o colégio precisa seguir a Lei nº 10.639/2003, que determina a inclusão desse tipo conteúdo.
Além disso, deve-se ressaltar que o colégio é ferramenta para a quebra de preconceitos e compreende a importância social desse tipo de ação governamental. Por isso, não só adiciona, mas tenta seguir à risca, o que é previsto na estruturação das disciplinas e dos conteúdos, conforme disposto na Lei nº 11.645/2008.
O colégio deve não só seguir as duas leis, mas permitir que a inclusão desse público e de sua história e sua cultura seja parte do ensino brasileiro.

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