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Antiga Fábrica Lidgerwood em Campinas

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ANTIGA FÁBRICA LIDGERWOOD
Trabalho Inventário 
1886.
Campinas SP
Novembro 2021
1. Resumo 
O Patrimônio Cultural Tombado foi  Antiga Fábrica Lidgerwood, localizado em  Campinas. AQUI VAI UM PEQUENO RESUMO POR FAVOR 
2. Ficha Técnica Patrimônio Cultural Antiga Fábrica Lidgerwood
IDENTIFICAÇÃO:
1. Nome do bem cultural: Nome original: Lidgerwood Manufacturing Company Limited. Nome popular: Antiga fábrica Ligerwood . 
2. Tipologia: Arquitetura Industrial – tecnologia de manutenção agrícola
3. Endereço: Rua Andrade Neves, 33 - Centro 13013-1
4. Município e Estado: Campinas, São Paulo.
5. Distrito: Centro de Campinas.
6. Proprietário: Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS).
7. Áreas: Terreno: 1590 m²  Construção:
8. Proteção legal existente: Patrimônio nacional tombado por CONDEPACC (nº do processo 003/89, Resolução n° 004 de 21/11/1990. 
9. Utilização atual: Institucional?
10. Utili
10. Época: O edifício foi construído em 1885. 
      
11. Histórico do edifício: 
Em 1884 a empresa Lidgerwood Manufacturing Company comprou um terreno na Avenida Andrade Neves, Largo da Estação, próximo a estrada de ferro.
No prédio construído no decorrer de 1885 se instalou com os equipamentos industriais  para  produzir máquinas agrícolas em 1886.  Lidgerwood encerrou suas atividades no ano de 1922 quando vendeu o prédio para Pedro Anderson & Cia. Incorporation, que  permaneceu no local até 1928 quando a Cia. Paulista de Estradas de Ferro (CPEF) o comprou. Com a incorporação da ferrovia pelo Estado de São Paulo para formar a FEPASA- Ferrovias Paulistas S.A em 1971, o imóvel acabou servindo de garagem  dos funcionários da estatal, deteriorando-se com a falta de manutenção e ficando abandonado até 1991.
O edifício foi restaurado e tombado pelo CONDEPACC em 1990 e em 1992, o Museu da Cidade foi criado e ali instalado para reunir os acervos de três museus, o Museu do Índio(1967), o Museu Histórico (1969) e o Museu do Folclore (1977).
12. Transformações ocorridas no edifício
Em 1928, quando o edifício foi vendido para funcionar como galpão de vagões, sua arquitetura foi alterada consideravelmente. O prédio, inicialmente, possuía dois pavimentos, sendo que originalmente a entrada dava acesso ao nível superior. Supõe-se que, com o fechamento da fundição, e inserido o novo uso, havia necessidade de um pé-direito mais alto que comportasse os vagões. Por isso, o piso foi removido, a escadaria demolida e a entrada deslocada para a rua lateral. O único indício material da antiga entrada é o arranque do arco, sob o qual estava a porta de entrada original. A imagem abaixo mostra uma antiga propaganda da empresa Ligerwood  publicada no Almanak Laemmert Ilustrado. Nela, observa-se a entrada original do edifício, voltada para o Largo da Estação e com sua imponente escadaria. Logo em seguida, a fachada  como se encontra atualmente, com detalhe para o arco removido.
A planta baixa, sem data específica, mostra a alteração da posição do portão de acesso lateral e cobertura sobre o pátio. 
Em 1991, houve o desabamento parcial do corpo posterior do edifício. Um trecho da parede que desabou ainda permanece e a demarcação do eitão do telhado sobre o prédio principal leva a indícios para o dimensionamento desse volume. 
No início da década de 90, o edifício foi restaurado, a partir de projeto de autoria de Ana Villanueva e Sandra  Geraldi, e tombado pelo CONDEPACC Para receber o Museu da 
Cidade, que foi criado para reunir os acervos de três museus, o Museu do Índio, o Museu Histórico e o Museu do Folclore, e com o propósito de estimular estudos e discussões sobre a trajetória histórica da cidade por 
meio de várias atividades. 
13. Estado de conservação 
Características arquitetônicas
14. Descrição:
A antiga Fábrica Lidgerwood é um edifício de elevado valor monumental para a cidade de Campinas, pois faz parte da história da cidade materializada em um edifício,que levou a população a um ato de resistência em 1987, ao lutar contra a  possível demolição da contrução naquela epoca.
 Ele é um patrimônio cultural que guarda a  memória do trabalho e dos trabalhadores de campinas.
Em estilo neogótico vitoriano e tem grande importância arquitetônica, pois tem características da arquitetura industrial do período construído.
A tipologia construtiva expoente na época, tinha empregado o material ferro, que trazia a ideia da pré-fabricação e por isso era chamada de Arquitetura do ferro.
  No interior do prédio, há uma cisterna que recorda os momentos trágicos das epidemias de Febre Amarela que assolaram a Cidade de Campinas nos anos de 1889 e seguintes. O dono da empresa através da Associação Beneficente Lidgerwood mandava buscar água no antigo distrito de Rebouças, atual cidade de Sumaré,para distribuir a população.
15. Situação e ambiência 
A antiga Fábrica Lidgerwood está situada em uma área central de Campinas, rodeada por serviços
comércios, instituições, ou seja, há usos bem variados ao seu redor. É uma região em que se  encontra edifícios mais antigos, que fazem parte da história de Campinas, muitos deles conectados com a antiga Fábrica Lidgerwood. É uma área que apresenta carência de manutenção, há lixos espalhados, pichações, calçadas irregulares ao redor da fábrica e vegetação crescendo em locais impróprios. Por se tratar de uma área rodeada de uso misto, há muitas pessoas circulando ao redor da construção, e devido ao fato de avenidas importantes de Campinas passar ao lado da antiga fábrica, como a avenida Andrade Neves e a avenida Campos Sales, há uma circulação grande de carros e ônibus diariamente. A construção tem janelas voltadas para a rua, como também tem fachadas muradas e tem uma área livre no canto do terreno com vegetação.
16. Sistema construtivo
A construção é em alvenaria de tijolo aparente, o  edifício Lidgerwod integra uma  tipologia arquitetônica expressiva do patrimônio industrial paulista do final do século   
XIX, a alvenaria de tijolos aparentes.  
As variáveis estéticas desses edifícios são definidas pelos chamados brickworks. Formatos, dimensões, técnicas de aparelhamento e sistemas de rejuntamento dos tijolos definem diferentes categorias de sistemas de amarração de tijolos.
 O ferro fundido foi utilizado nas grades do porão, nas esquadrias e nas decorativas bandeiras (vãos semicirculares em cima das portas). Com estilo neogótico vitoriano, tendo características arquitetônicas marcantes os tijolos salientados pelas juntas de argamassa e as portas verticais. 
3. História do Edifício
A empresa Lidgerwood Manufacturing Company Ltda instalou-se na cidade de Nova York, Estados Unidos da América, em 1801, e no Brasil no ano de 1862, na cidade do Rio de Janeiro, sendo o responsável e encarregado de negócios, William Van Vleck Lidgerwood. 
Em 1868, seu fundador abriu um depósito de instrumentos agrícolas em Campinas, na Rua do Comércio (atual Rua Dr. Quirino, n° 44), pois as grandes lavouras de café do oeste paulista estavam em pleno desenvolvimento e eram certas as companhias férreas passarem por Campinas, nos próximos anos. Permaneceu neste endereço até 1872, quando mudou sua empresa inúmeras vezes de local. Em 1884 a empresa comprou um terreno na Av. Andrade Neves, Largo da Estação, próximo à estrada de ferro. No prédio construído no decorrer de 1885, se instalou com os equipamentos industriais para produzir as máquinas agrícolas em 1886.
Em 1889, uma terrível epidemia de febre amarela castigou Campinas e muitas indústrias deixaram a cidade. Devido à falta de mão de obra, a fábrica da Lidgerwood transferiu-se para a capital paulista no ano seguinte, mas manteve uma filial no interior. Durante a epidemia, a casa Lidgerwood providenciou ao povo campineiro água de fora da cidade, fornecendo às suas custas os canos para captação e transporte de água de um pequeno córrego próximo da Estação de Samambaia, da Companhia Paulista e do antigo distrito de Rebouças – atual cidade de Sumaré, no interior da edificação era possível identificar sinais das cisternas que ali foramalocadas.  Em 1891, surgiu a Sociedade Beneficente Lidgerwood criada no intuito de prestar serviços à população campineira durante os surtos epidêmicos.  A Lidgerwood encerrou suas atividades no ano de 1922 quando vendeu o prédio para Pedro Anderson & Cia. Incorporation, que permaneceu no local até 1928 quando a Cia. Paulista de Estradas de Ferro (CPEF) o comprou. Com a incorporação da ferrovia pelo Estado de São Paulo para formar a FEPASA- Ferrovias Paulistas S.A em 1971, o imóvel acabou servindo de garagem dos funcionários da estatal, deteriorando-se com a falta de manutenção.O prédio da Lidgerwood foi o foco de acontecimentos fundamentais para a história da preservação do Patrimônio Cultural de Campinas. No ano de 1985 devido à implantação de um novo sistema viário correu o risco de demolição sendo impedido pelo manifesto do Grupo de História Regional Febre Amarela, ficando abandonado até 1991. Na ocasião, o presidente do grupo recebeu uma ligação anônima denunciando a demolição de paredes internas no prédio da Lidgerwood. A obra não poderia acontecer, pois o prédio estava próximo a Estação de Campinas, que já era protegida como patrimônio. A Sociedade Febre Amarela fez um boletim de ocorrência contra a Prefeitura de Campinas, atual proprietária do imóvel, parando então as obras e a polícia acabou monitorando o prédio.
 A Febre Amarela organizou também um ato público simbólico. Munidos de cartazes e faixas, os membros da Sociedade e moradores da região deram as mãos abraçando o prédio.
O edifício foi restaurado e tombado pelo CONDEPACC em 1990 e em 1992, o Museu da Cidade foi criado e ali instalado para reunir os acervos de três museus, o Museu do Índio (1967), o Museu Histórico (1969) e o Museu do Folclore (1977), e com o propósito de estimular estudos e discussões sobre a trajetória histórica da cidade por meio de várias atividades. 
No entanto, o Museu da Cidade foi inaugurado sem que o seu projeto arquitetônico de restauro tivesse sido concluído. Além disso, o prédio não contou com a manutenção corretiva e preventiva adequada, o que colocou problemas para a estrutura do mesmo e levou o CONDEPACC, a aprovar o desmonte do anexo do prédio situado a Rua Lidgerwood, esquina com Campos Sales. Este espaço, pelo projeto arquitetônico original, de autoria de Ana Villanueva e Sandra Geraldi, deveria ter sido restaurado e adaptado seu uso para auditório, o que nunca ocorreu.
Mesmo após a demolição do anexo, o prédio continuou a sofrer com o passar do tempo e a ausência de manutenção, realidade esta que ainda expunha o acervo do Museu da Cidade às intempéries do clima e os riscos de acidentes e vandalismo. Os reparos necessários não foram realizados, o que levou ao fechamento do Museu à visitação pública. Para garantir a salvaguarda do acervo, o mesmo foi deslocado para a Estação Cultura para minimizar danos e riscos e o prédio da Lidgerwood passou a ser usado para receber, unicamente, eventos relacionados ao patrimônio cultural  imaterial como as rodas de capoeira e de violas, as danças e também ensaios e encenações de peças de teatro 
 Atualmente, em função das restrições advindas da pandemia de coronavírus, o prédio se encontra praticamente inativo.
3.1 Usos já atribuídos
Uso original: Indústria produtora de máquinas e implementos agrícolas.
1884 – 1922  – Instalação da indústria Lidgerwood no atual edifício do MuCi  
- Sede para depósito de instrumentos agrícolas em Campinas 
- Fundição de ferro e bronze para construção das máquinas agrícolas. 
1922 – 1928  – Depósito da firma Pedro Anderson & Cia. Incorporation
1928 – 1990 – Oficina da Cia Paulista de Estradas de Ferro
1992 – Criação do Museu da Cidade (MuCi)
3.2 Restauros já realizados e respectivas plantas 
As transformações externas ocorridas no edifício decorreram das alterações de uso, originalmente uma fundição, convertida em depósito e, posteriormente, museu. A principal modificação sobre a fachada é em relação a entrada do prédio da Lidgerwood, onde a porta principal, a escadaria e o frontão foram removidos. Em 1928, quando o edifício foi vendido para funcionar como galpão de vagões, sua arquitetura foi alterada consideravelmente. O prédio, inicialmente, possuía dois pavimentos, sendo que originalmente a entrada dava acesso ao nível superior. Supõe-se que, com o fechamento da fundição, e inserido o novo uso, havia necessidade de um pé-direito mais alto que comportasse os vagões. Por isso, o piso foi removido e a entrada, deslocada para a rua lateral. O único indício material da antiga entrada é o arranque do arco, sob o qual estava a porta de entrada original. A imagem abaixo mostra uma antiga propaganda da empresa Lidgerwood publicada no Almanak Laemmert Ilustrado. Nela, observa-se a entrada original do edifício, voltada para o Largo da Estação e com sua imponente escadaria. Logo em seguida, a fachada como se encontra atualmente, com detalhe para o arco removido.
Legenda arial 10
Legenda arial 10
Abaixo, uma imagem da planta baixa do projeto parcial de reforma do edifício Lidgerwood M.Co, sem data, encontrado no arquivo do Condepacc que registra a alteração da posição do portão de acesso lateral e cobertura sobre o pátio. 
Com a construção do viaduto, em 1991, associado à falta de manutenção da construção, provocou o desabamento parcial do corpo posterior do edifício. Um trecho da parede que desabou ainda permanece e a demarcação do oitão do telhado sobre o prédio principal leva a indícios para o dimensionamento desse volume. Na sequência de fotos abaixo, há o registro do anexo original do edifício e depois como está atualmente.
Legenda arial 10
Legenda arial 10
Há o registro de algumas plantas baixas do projeto de reforma do edifício, é importante ressaltar que nem todas as alterações projetadas foram realizadas, a mais perceptível é a construção de um auditório no local do antigo anexo demolido.
Legenda arial 10
No ano de 1998, foi sugerido um novo layout para o Museu, como pode ser observado na planta baixa abaixo.
Abaixo, imagens do modelo tridimensional que mostram a evolução das alterações realizadas no edifício.
As explicações estãborradas, acho legal cortar a imagem e escrever no proprio arquivo
As explicações estãborradas, acho legal cortar a imagem e escrever no proprio arquivo
3.3 Imagens antigas
4. Plantas atuais 
Lateral do imóvel -Rua Lidgerwood
Lateral do imóvel -Rua Lidgerwood
5. Imagens atuais do edifício 
Lateral do imóvel -Rua Lidgerwood
6. Imagens atuais do estado de conservação
7. Características arquitetônicas
A construção na época foi inovadora ,utilizando a alvenaria aparente (material construtivo importado da Inglaterra) para enriquecer a superfície de suas paredes com saliências. As telhas e os vidros de cor “lilás” vieram da França. Nas áreas das oficinas as telhas eram de zinco. O madeiramento (pinho-de-riga) veio importado da Europa.
O ferro fundido foi utilizado nas grades do porão, nas esquadrias e nas decorativas bandeiras (vãos semicirculares em cima das portas). Para personalizar a edificação, as bandeiras principais tem como enfoque uma águia em relevo sobre o tronco, uma referencia simbólica ao brasão dos EUA, com fundo de ramos de algodão e café, lembrando as duas principais culturas agrícolas que a firma mais dedicava seus maquinários em nosso país. Esta peça é o símbolo da fundição no Brasil
Adotou-se na construção o estilo neogótico vitoriano, tendo característica arquitetônicas marcantes os tijolos salientados pelas juntas de argamassa e as portas verticais.
 A fábrica possuía um “corpo principal”, dividido em três pisos. No porão ficavam a fundição e as oficinas, que se estendiam para um galpão externo, adjacente ao corpo principal. No pavimento térreo estavam o escritório e o “show-room” para exposição de máquinas e peças. O sótão do edifício era, provavelmente, utilizado como depósito. Analisando as fachadas do edifício, podemos ver como as qualidades decorativas do tijolo foram muitobem aproveitadas. O uso de saliências e tijolos na diagonal enriquece as superfícies e os arcos. 
O telhado Originalmente, era composto por um único sistema de pilares, 
vigas e tesouras de madeira responsáveis pelo suporte da cobertura, do forro e do piso do galpão principal. Esse sistema respondia à modulação do sistema estrutural da alvenaria, conforme mostra imagem a baixo.
.
Janelas
Fachada Nordeste
Fachada Nordeste
Fachada Noroeste-externa
Janela 
fachada Sul
Fachada Norte-externa
Portão
Fachada Nordeste
Porta externa
Fachada Norte
Porta Balcão
Previstas no projeto original, as aberturas de portas eram coincidentes 
com a sequência modular de pilares em madeira. Quando havia a necessidade de interromper tal sequência, inseria -se um subsistema estrutural para desviar os esforços para as laterais, como esquematizado na Figura abaixo.
Quando o prédio foi reformado em meados do século XX, o forro e o piso foram 
removidos, juntamente com a base dos pilares e escoras que integravam a estrutura de sustentação do telhado. Marcas desses elementos foram registradas e recompostas virtualmente em Archicad 16 , Interrupções entre os módulos da alvenaria e do telhado foram entendidas como intervenções posteriores.
Conforme imagem a baixo
PROGRAMA ARQUITETONICO
O projeto original do edifício nunca foi localizado. Algumas das funções originais 
dos galpões são conhecidas a partir de antigas propagandas e documentos referentes à 
empresa, Não apenas a história desse edifício é desconhecida, mas a história das fundições 
no Brasil como um todo. Raros são os registros sobre esse lote arquitetônico. Algumas 
fotografias e ilustrações antigas integram o acervo disponível, mas raras são as plantas e 
desenhos que registram a distribuição espacial desses edifícios, caracterizados por um sistema 
produtivo bastante específico. Dentre o material consultado , foi localizado apenas o projeto de 
implantação e setorização da Cia. Mac Hardy, muito próxima ao edifício Lidgerwood M.Co.
Um dos principais indicadores do programa arquitetônico do edifio , foram as pinturas decorativas existentes na porção sudeste do galpão.
Essas pinturas ornavam o setor dos antigos escritórios da empresa que era considerado a parte mais nobre. 
A imagem a baixo mostra os resquícios desta pintura.
Detalhes da pintura na parede
Vista do pátio central
 Desenho fachada Av. Andrade Neves / Levantamento feito em julho 1991 pelo Arquiteto Antônio Carlos Rodrigues Lorette
 Desenho fachada Av. Campos Sales / Levantamento feito em julho 1991 pelo Arquiteto Antônio Carlos Rodrigues Lorette
8. Situação e ambiência
A antiga fábrica Lidgerwood está lcalizada em uma parte central da cidade de Campinas, de frente para a Av. Andrade Neves, que é muito importante para a cidade e tem bastante movimento. A região em que está a fábrica é predominada por serviços, comércios e instituições, como salões de beleza, muitos serviços de hotelarias, estabelecimentos de manutenção, estacionamentos, lojas, igrejas, escolas, hospitais, dentre outros exemplos. Nessa região também encontra-se bastantes edifícios mais antigos, que fazem parte da época em que a fábrica Lidgerwood funcionava com a sua devida função na cidade de Campinas, configurando uma parte histórica da cidade. Há uma certa carência de cuidados nessa área, pois há bastante edifícios abandonados, pichados, calçadas com vegetação imprópria crescendo, sem a devida atenção necessária. Um fato a ser levantado é que na vizinhança encontra-se lotes vazios próximos a antiga fábrica, que poderiam ser potencialmente utilizados para enriquecer a área.  Contudo a antiga fábrica Lidgerwood está em uma área com muito movimento na cidade, bem visível e com usos bem variados ao redor. Na antiga fábrica há fachadas com muros, como há também janelas voltadas para a rua e o lote ainda tem um canto livre com vegetação, em uma das esquinas.
Mapa de situação elaborado pela equipe – a antiga fábrica Lidgerwoord se encontra entre a Av. Andrade Neves e Av. Campos Sales
Implantação do edifício – Antiga fábrica Lidgerwood Campinas
Estudos dos usos da vizinhança – é possível observar um uso misto entre os lotes vizinhos, com destaque aos muitos serviços, comércios e instituições. 
Mapa elaborado pela equipe
Antiga Fábrica Lidgerwood
Vista área da antiga Fábrica Lidgerwood com o entorno. É possível identificar vários usos importantes para a cidade de Campinas, que estão próximos ao edifício tombado. Há a rodoviária de Campinas Dr. Ramos de Azevedo, há a Estação Cultura, tem o Terminal Central de Campinas, o Palácio da Mogiana, dentre outros estabelecimentos importantes e que contribuem para enriquecer a área em que se está inserido a antiga fábrica.
Imagem área obtida pelo Google Earth – acessado 27/10/21
9. Referências Bibliográficas
http://www.infopatrimonio.org/wp-content/uploads/2018/01/Resolu%C3%A7%C3%A3o-SC-68-de-19-12-2017-Lidgerwood-Campinas.pdf – acessado em: 15/10/21
http://campinassim.blogspot.com/2015/05/curiosidades-de-campinas-fabrica-da.html - acessado em: 09/10/21
https://conheca.campinas.sp.gov.br/pois/296 - acessado em: 27/10/21
https://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/cultura/paratodos/folhetos/paratodos05.pdf - acessado em 29/10/2021
http://campinassim.blogspot.com/2015/05/curiosidades-de-campinas-fabrica-da.html - acessado em 29/10/2021
Villela, Ana Teresa Cirigliano, 1988- "Arqueologia da Arquitetura" (AA) : a estratificação tridimensional do tempo / Ana Teresa Cirigliano Villela. – Campinas, SP : [s.n.], 2015. 
https://ihggcampinas.org/2021/08/02/edificio-lidgerwood-um-marco-na-luta-pela-preservacao-e-difusao-da-memoria-e-historia-de-campinas/ - acessado em 29/10/2021
10. Acervos pesquisados:
Observações: neste espaço deverão constar as expectativas de obtenção de maiores informações, bem como as dificuldades encontradas pela equipe para complementar os dados necessários ao desenvolvimento do trabalho. É importante o preenchimento detalhado deste item, pois é com base nestas informações será fornecida, por parte dos professores, orientação adequada à complementação da pesquis

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