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APOSTILA INDICADORES DEINDICADORES DE DESEMPENHODESEMPENHO MATERIAL DE APOIO – CURSO INDICADORES DE DESEMPENHO - INTRODUÇÃO - CONCEITO DE INDICADORES DE DESEMPENHO - TIPOS DE INDICADORES DE DESEMPENHO - EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DE INDICADORES - DIFERENÇA DE DADOS E INFORMAÇÕES - CONCEITO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA: ALINHAMENTO ESTRATÉTIGO - SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO - METAS SMART - APLICAÇÃO NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - MAPEAMENTO DE PROCESSOS - INTERFACE DE INDICADORES: ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL - ESTRUTURA DOS INDICADORES DE DESEMPENHO - TIPOS DE GRÁFICOS - MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO - ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO - IMPLANTAÇÃO DE METAS - ANÁLISE DE INDICADORES PARA TOMADA DE DECISÃO - PLANO DE AÇÃO CONCEITO DE INDICADORES DE DESEMPENHO Indicadores de desempenho também são conhecidos como Key Performance Indicators, ou KPI’s. Referem-se a métricas usadas para verificar a eficiência de uma estratégia, permitindo acompanhar os resultados obtidos em projetos ou campanhas. KPI’s servem como um norte que guia decisões de forma embasada e precisa. Comandar uma equipe em busca de resultados satisfatórios para a empresa não é uma tarefa simples e as responsabilidades e obrigações são muitas. Por isso, existem metodologias de gestão, como o OKR (Objectives and Key Results), que podem facilitar essa tarefa. Porém, sem a ajuda dos indicadores de desempenho, nada disso vai funcionar. Os indicadores de desempenho, também conhecidos como KPIs (Key Performance Indicators), são métricas utilizadas para avaliar a eficiência de uma estratégia, campanha ou projeto, por exemplo. Na prática, é uma forma de acompanhar de perto os resultados que uma ação conseguiu gerar como retorno para o negócio. Exibidos em forma de números ou porcentagens, existem inúmeros indicadores de desempenho, que podem variar desde a taxa de rejeição de uma página até o custo para aquisição de cada lead. Essas informações estão diretamente relacionadas aos objetivos da sua empresa, já que tais métricas vão indicar se as ações estão funcionando ou não. Esses resultados podem ser utilizados para avaliar a produtividade, a qualidade ou a capacidade de um setor, um projeto ou uma estratégia isolada. Também são usados para indicar o cenário estratégico, ou seja, quais dos objetivos traçados foram alcançados ou quanto falta para isso. Esse posicionamento é fundamental para superar a forte concorrência e realizar uma gestão estratégica. Em um momento marcado pela forte competição pela atenção e pelos recursos dos — cada vez mais exigentes — consumidores, conseguir tirar o máximo das suas estratégias é essencial e os indicadores são o caminho para isso. Somente acompanhando a performance das suas ações e estratégias ao longo do tempo é possível atingir metas e objetivos. São esses indicadores que vão mostrar, na prática, o que cada ação está gerando para o seu negócio. Afinal, como comprovar para os seus superiores que os recursos disponibilizados foram, de fato, utilizados de maneira eficiente? Ou como pedir um orçamento maior para o marketing sem a comprovação de que determinada estratégia é eficiente? Questionamentos como esses são muito comuns para quem ocupa algum cargo de gerência, porém, podem ser facilmente respondidos com a utilização dos indicadores de desempenho para medir os resultados. Esqueça expressões como “acho” e “talvez”, uma vez que as métricas vão apresentar fatos sobre o desempenho das ações. Seja para medir a produtividade do time, seja para identificar falhas na estratégia de Marketing de Conteúdo, tudo isso só é possível quando se olha para os indicadores de desempenho. Portanto, em vez de perder tempo adivinhando uma possível causa, você vai acelerar a identificação e a correção do problema com estratégias eficientes. Além disso, os indicadores são importantes até mesmo para o trabalho de gestão de pessoas e engajamento dos colaboradores dentro da sua equipe. Com os dados em mãos, é mais simples entender quais são os objetivos e as responsabilidades de cada um e, é claro, o impacto que cada profissional traz para a empresa, beneficiando o clima organizacional. Em resumo, os indicadores de desempenho podem ser aplicados de diversas maneiras: acompanhar o desempenho de uma empresa ou uma equipe em um intervalo de tempo, identificar erros e corrigir ações e encontrar oportunidades ou monitorar a produtividade. Portanto, essas métricas precisam ser observadas de perto por quem quer ter sucesso no mercado. COMO DEFINIR OS INDICADORES DENTRO DA ESTRATÉGIA Você já sabe como os indicadores de desempenho são fundamentais para o sucesso da sua estratégia, mas como escolher as métricas certas? Afinal, cada negócio tem a sua peculiaridade e o que gera resultados para um pode não funcionar para outro. Qual é seu objetivo? O primeiro passo é definir o seu objetivo. Com essa resposta, fica muito mais fácil determinar quais são os indicadores que você deve acompanhar. Se você busca por uma maior relevância e autoridade dentro do segmento de mercado, é preciso acompanhar, por exemplo, o seu market share ou mesmo o custo por lead (CPL). Afinal, qual é o sentido de monitorar o ticket médio do seu e-commerce se você não está buscando, por exemplo, reduzir custos? É claro que esse é um indicador de desempenho importante, porém, ele não é fundamental para que você consiga alcançar o objetivo determinado no seu planejamento inicial. Como você pode medi-lo? Outra questão que você deve analisar é como medir o indicador definido. Ou seja, na prática, como é possível gerar esses dados? É importante não se contentar apenas com a facilidade de fazer determinado acompanhamento, mas também é vital que você tenha total domínio, por exemplo, do cálculo que deve ser feito para chegar ao número exato. Além disso, é preciso definir prazos que sejam realistas de acordo com as metas. Quer um exemplo? Não adianta monitorar a sua participação no mercado semanalmente, já que esse é um objetivo de longo prazo. Já em relação ao número de leads gerados com a sua estratégia de Marketing de Conteúdo, o acompanhamento pode ser mais curto. Essas duas perguntas devem ser respondidas para que você tenha, de fato, a capacidade de utilizar tais dados para aprimorar o trabalho realizado pela equipe. Caso contrário, você só vai adicionar mais dores de cabeças desnecessárias no seu planejamento estratégico. É o seu planejamento que define o que é indicadores de desempenho eficiente. Faça um estudo criterioso sobre as estratégias de negócio da sua empresa e vá alinhando com os gestores e lideranças de cada setor quais as suas principais diligências. Para dar um “norte”, faça as seguintes perguntas: Qual é o resultado que eu busco? Por que esse resultado é importante para o sucesso da empresa? Como posso medir o progresso dessa ação? Como posso influenciar esse resultado? Quem é o responsável por esse resultado? Como sei que meu plano de ação atingiu o resultado? Com que frequência esse plano de ação deve ser revisto? Assim, definir um KPI eficiente para a realidade da sua empresa fica mais fácil. TIPOS DE INDICADORES DE DESEMPENHO Hoje, estamos em um mercado cada vez mais acirrado. Logo, sai na frente a empresa que consegue mensurar suas conquistas e reduzir os seus erros. Isso se comparado aos seus concorrentes. Entretanto, para que as análises sejam precisas, é importante que o departamento saiba o que fazer com esses dados, bem como consiga coletar para desenvolver estratégias mais eficazes. Conheça os benefícios de fazer a análise desses indicadores: Torna a empresa mais eficaz, otimizada e reduz o custo de contratações; Aumenta os resultados dos colaboradores; Faz com que a tomada de decisão seja mais coerente; As atividadesdiárias são facilitadas; Diminui o turnover; Melhora do clima organizacional; Fortalecimento da marca. Se você já tem ou pretende implementar um processo de avaliação de desempenho em sua organização, sabe que a periodicidade dessa prática é semestral ou anual. Mas o processo de gestão do desempenho dos colaboradores, que é muito mais amplo do que a etapa de avaliação, requer um acompanhamento constante da performance de cada um. E esse é o primeiro motivo pelo qual é imprescindível coletar indicadores de forma recorrente e efetiva. Gerir o desempenho, para além de avaliar, significa medir, acompanhar e trabalhar pelo desenvolvimento dos funcionários. A aplicação de uma avaliação semestral também não se basta para essa gestão, por outro motivo: ela precisa ser combinada com métricas objetivas de performance. Assim, uma avaliação de desempenho fornecerá a visão do colaborador avaliado, de forma mais subjetiva. ALGUNS EXEMPLOS DE INDICADORES DE DESEMPENHO DE RH Resultados diretos do setor É importante ter indicadores específicos da atividade de cada setor da empresa para acompanhar o desempenho dos colaboradores. No caso de um time de vendas, por exemplo, esses resultados costumam ser diretos e fáceis de serem medidos. Mas há outras métricas, além das vendas efetivadas, como a quantidade de contatos por dia e a taxa de conversão. Em um setor de RH, é possível analisar a porcentagem de vagas fechadas no prazo, as horas de treinamento e o Net Promoter Score (NPS) interno. Já no financeiro, há métricas relacionadas ao caixa e cobranças de atrasos. As opções são múltiplas e dependem da realidade da empresa. Logo, é importante determinar, junto a cada área, indicadores que façam sentido e que realmente traduzam a medida de desempenho de cada colaborador e de cada setor. Absenteísmo O índice de absenteísmo é um dos grandes responsáveis por medir as ausências dos colaboradores. Sejam com faltas justificadas ou não e também nos atrasos. Os valores podem ser medidos por semana, a cada quinze dias ou todo o mês. Isso varia de acordo com a necessidade da empresa. Ainda, ele serve para auxiliar a empresa a prever quantas ausências acontecerão em um determinado período. Além de ver quais serão os custos dessas faltas e o quanto elas impactarão na produtividade. Esse indicador pode ser medido a partir do número de dias que o profissional se ausentou, dividido pelo total de dias úteis do período. Clima Organizacional O indicador de clima organizacional é o que mede a qualidade do ambiente corporativo. Por meio dele, você consegue entender como os colaboradores percebem o bem-estar na empresa, como são tratados e a sua satisfação em meio a isso. Para medir esse indicador, é necessário fazer uma pesquisa com os próprios profissionais. Suas respostas serão baseadas de acordo com o seu convívio com todos dentro da empresa. Retenção de talentos Aqui temos um dos exemplos de indicadores de desempenho muito importante para a empresa. Ele mostra a eficiência das estratégias organizacionais que são direcionadas para os colaboradores. A retenção de talentos serve para entender como aumentar o engajamento e diminuir o número de rotatividade dos profissionais. Para coletar esses dados, você pode aplicar uma avaliação de desempenho. Foque especialmente nos resultados calculados por setor. Rotatividade Rotatividade é o indicador responsável por mostrar a quantidade de profissionais que saem e entram em um determinado período na empresa. Ainda, serve para detectar problemas de recrutamento e seleção, eficiência no processo de onboarding e a capacidade de reter talentos. Para fazer a medição, é preciso somar o número de admissões e demissões em um determinado tempo. Divida esse resultado por dois e, depois, dívida pelo número total de colaboradores da empresa. ALGUNS INDICADORES DE VENDAS Como você controla os números da sua empresa? Você tem uma lista extensa de indicadores ou simplesmente prefere não os acompanhar? Alguns empreendedores têm a ideia de acompanhar todos os números gerados pela empresa, de forma sistemática, quase que como uma obsessão. Isso não é necessário. Na verdade, não é indicado! Manter um alto número de indicadores pode gerar uma confusão muito grande, além de gastar tempo com dados pouco ou nada relevantes. Nesse sentido, você deve se atentar apenas aos indicadores essenciais, os KPI’s. Key Performance Indicator (KPI ou indicador-chave de performance, em português) é a métrica utilizada para acompanhar o desempenho do seu negócio. Cada empresa define os seus KPI’s, e a regra é levantar o que influencia diretamente nos objetivos traçados. Para as vendas, bons exemplo de KPI’s são: Número de leads gerados; Número de leads qualificados; Taxa de conversão; Ticket médio; CAC; Número de negócios fechados; Ciclo de venda. Número de leads gerados Leads são os potenciais clientes, aqueles que se interessaram pela solução apresentada pela sua empresa. Eles devem ser captados e convertidos em clientes. Lembrando do funil de vendas, é interessante destacar o número de leads gerados como um dos indicadores de vendas para avaliar o desempenho das ações de marketing, setor responsável por gerar as oportunidades. Com esse controle, você poderá observar se as ações de topo, meio e fundo do funil estão sendo efetivas, isto é, gerando um bom número de leads para o setor de vendas. Para controlar esse indicador, você deve buscar dados dos potenciais clientes, seja com cadastro em newsletter, conteúdos baixados, inscrições em eventos etc. Assim, você terá uma lista com os dados e o número total de leads gerados em um determinado tempo. Taxa de conversão A taxa de conversão é um dos indicadores de vendas de maior importância. Ele avalia a eficiência da sua equipe, relacionando a quantidade de oportunidades geradas e as que de fato se converteram em vendas. Esse indicador possibilita identificar as melhores estratégias. Você pode usar testes A/B e avaliar os resultados. Assim, você define, com números, as ações que devem ser tomadas pela equipe de vendas. Para calcular a taxa, basta dividir o número de pedidos pelo número de oportunidades geradas, multiplicando por 100 para encontrar o resultado em percentual. Número de negócios fechados É importante conhecer a quantidade de negócios fechados em um determinado período para a criação de metas. É válido salientar que esse indicador sozinho tem a sua representatividade, mas, aliado a outros — como o ticket médio —, pode se tornar mais importante ainda para as estratégias de vendas. Um bom exemplo é comparar 2 vendedores e verificar o número de negócios fechados e o ticket médio. Talvez, um vendedor que se preocupe em trabalhar melhor o lead, gastando mais tempo com ele, pode alcançar um valor gasto por pedido maior. Conversão por canais de venda Atenção! Por “conversão” você pode entender a conversão de visitantes em leads ou de leads em clientes. Separe essas duas métricas de vendas e acompanhe: Quais canais de venda convertem mais usuários em oportunidades de vendas, Quais canais trazem mais oportunidades de venda que realmente são convertidas em clientes. Esse é um dos principais indicadores de vendas para sua empresa porque permite identificar quais são os canais mais eficientes para o setor de vendas e que podem receber um investimento ainda maior para gerar números ainda melhores. Também é importante identificar quais canais são pouco eficientes nesse aspecto e reavaliar o investimento realizado, ou mesmo se concentrar em identificar oportunidades para otimizar os resultados dessa fonte de leads e Esse indicador de vendas é importante porque ele ajuda sua empresa a realizar melhores investimentos, tanto de esforço quantofinanceiros. Ao invés de ficar perdendo dinheiro com um canal que não traz resultado e você nem sabe disso, é possível, cortar esse canal da sua estratégia e realocar o investimento ou identificar os problemas que estão fazendo ele trazer pouco retorno e resolvê-los. Net Promoter Score (NPS) Esta é um dos mais importantes indicadores de desempenho de vendas. Para descobrir qual é seu NPS, é preciso fazer apenas uma pergunta: “Numa escala de 0 a 10, qual a chance de você recomendar a nossa empresa a um amigo?”. As respostas devem, então, ser agrupadas em 3 grupos: De 0 a 6, o cliente é um potencial detrator da sua empresa; De 7 a 8, é neutro; De 9 a 10 é um promotor da sua empresa. Por fim, faz-se o seguinte cálculo: Percentual de clientes promotores – percentual de clientes detratores = NPS É importante destacar que a satisfação tem relação direta com os resultados que entregamos (produto ou serviço), retirando as expectativas que criamos no cliente (atenção ao nível de percepção que geramos e que realmente é percebido por quem compra na comunicação que fazemos!). DIFERENÇA ENTRE EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE Muitas pessoas se perguntam qual a diferença entre eficiência e eficácia. É possível ser eficiente, mas não eficaz? Ou até mesmo eficaz, mas não eficiente? No meio organizacional, estes conceitos são muito utilizados e se, para você, ainda restam dúvidas. A diferença entre eficiência e eficácia básica é que a primeira está relacionada a como uma tarefa é executada. Então, um funcionário pode ser bem eficiente se cumpre suas tarefas rotineiras no prazo, por exemplo. Já a eficácia está ligada aos fins daquela tarefa, ou seja, se o objetivo proposto foi alcançado, o resultado. Vamos conhecer os 3 Es: Eficiência Eficácia Efetividade Cada um dos três Es tem um significado definido. 1. Eficiência Trata-se de fazer as coisas da maneira certa, mais adequada. Quando pensamos nessa palavra, logo surge uma expressão muito aplicada em Administração da Produção e Pesquisa Operacional: otimização de resultados. Deve-se fazer o trabalho de forma habilidosa com o menor uso possível de recursos. Isso garante os melhores resultados para a pessoa e o menor desperdício de recursos. 2. Eficácia Refere-se a fazer a coisa certa, ou seja, é o grau de alcance de um determinado objetivo. Uma pessoa pode passar o dia ocupado no trabalho, resolvendo muitos problemas rapidamente. Porém se a tarefa dela não era resolver os problemas, ela não foi eficaz. 3. Efetividade Recorrente em tópicos de Estratégia Empresarial, esse termo se refere aos benefícios advindos à organização das ações certas feitas da maneira correta, resultando em ganho de competitividade de uma organização em face de seus concorrentes. Por exemplo: um sapateiro passa o dia lavando roupas da melhor forma possível, utiliza pouco sabão e as peças ficam extremamente brancas. Ele é muito eficiente, pois faz o que tem que ser feito da melhor forma possível. Porém, sua atividade é fazer e arrumar sapatos, portanto, ele não foi eficaz. INDICADORES DE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA Agora que você entendeu de forma preliminar o que é eficiência e eficácia, é hora de pensar de maneira mais específica. Por isso, para conhecer os exemplos de indicadores de eficiência e eficácia, é preciso ir um pouco mais a fundo nesses dois conceitos. Eficácia é a relação entre os resultados esperados e os resultados obtidos. Por isso, a melhor maneira de reconhecer a eficácia é analisando os resultados esperados em relação aos alcançados. Já a eficiência é a relação entre os resultados alcançados e os recursos utilizados. Para tornar os processos melhores dentro da organização, é importante usar a menor quantidade de recursos, mas continuar trazendo os resultados desejados. Podemos dizer que a eficiência é usar o mínimo de recursos, mantendo o foco nos processos e reduzindo custos. A eficácia se concentra no produto e nos benefícios que pode criar, o resultado final. 3 exemplos de indicadores de eficiência e eficácia 1- Número de clientes inadimplentes: eficiência De que adianta vender muito, atingir uma meta, mas depois não receber dos clientes? Uma inadimplência muito alta indica ineficiência. Pensando na saúde financeira do negócio, que talvez seja o indicador principal para analisar os resultados da empresa como um todo, é fundamental acompanhar o número de clientes inadimplentes. 2- Custos totais da empresa: eficiência Se a empresa alcança seus objetivos, mas faz isso com custos excessivos, isso indica que não está sendo eficiente. Como vimos, a eficiência da operação está diretamente ligada a custos e uso de recursos. É por esse motivo que os custos totais da empresa devem ser considerados como um dos principais exemplos de indicadores de eficiência. Será que aumentando um pouco mais a produção o custo unitário dos produtos não vai cair? E o seu fornecedor atual é o que possui o melhor custo benefício do mercado? Você só vai obter essas respostas a partir do momento que começar a medir cada um deles e encontrar qual a melhor forma de otimizar os recursos. 3- Rentabilidade geral: eficácia Se o objetivo da empresa é gerar lucro para os acionistas, este é um indicador de eficácia. Os cálculos de vendas geradas e do lucro para a empresa precisam entrar na lista de indicadores de eficácia, mas não de forma isolada. Eles precisam ser avaliados no momento de calcular a rentabilidade geral. Para fazer o cálculo de rentabilidade, é bem simples: Basta dividir o volume total de vendas gerado pela empresa pelo lucro final que foi alcançado. Um exemplo: se uma empresa conseguiu vender R$ 200.000,00 dentro de um ano e o seu lucro final, já retirando tudo que foi pago para arcar com custos operacionais, impostos e compra de matéria-prima, por exemplo, foi de R$ 30.000,00, a lucratividade dessa empresa foi de 15%. Não existe um percentual perfeito para todas as empresas. Cada setor e mercado se comporta de maneira diferente. Mas quanto maior a rentabilidade, maior será o nível de sucesso que a organização consegue alcançar. DIFERENÇA ENTRE DADOS E INFORMAÇÕES A transformação digital, ou seja, o momento em que vivemos atualmente, traz algumas características muito profundas e que afetam todas as atividades profissionais. Os dados são um reflexo disso. Cada vez mais valiosos e de fácil acesso, eles podem mostrar tudo que companhias desejam saber. Em meio a isso, você sabe qual é a diferença entre dado e informação? Esses dois termos, por mais que pareçam tratar sobre a mesma coisa, são nomes distintos para conceitos igualmente diferentes. Apesar de não tão grave e bastante recorrente, é um erro o uso dessas palavras para se referir à mesma ideia. A questão que expõe essa falha é mais profunda e estratégica, já que tem a ver com os papéis únicos que dados e informações ocupam nas empresas. O que é um dado? Dados são partículas de registros quaisquer, como números, confirmações de conforme e não conforme, métricas de uma atividade ou qualquer outro material bruto. A principal característica de um dado é que ele é um registro não processado. Você pode encontrar dados em qualquer tipo de fonte, de maneira solta, desorganizada e sem uma definição inicial sobre sua utilidade. Contextualizar ajuda a entender melhor o que é um dado. Por exemplo, se você roda uma campanha de anúncios no Google Ads, toda essa atividade vai gerar dados. Eles serão os registros resultantes de tudo que foi feito e, principalmente, do que foi obtido. Portanto, impressões, alcance, interações, compartilhamentos, cliques e todas essas ações vão ser registradas em dados. Da mesma forma, uma planilha utilizada por um setor em uma empresa tem um grande volume de dados. São entradas variadas quecompõem as células daquela planilha, ou seja, é o resultado do trabalho de preenchimento dela para fazer registros estratégicos. Os dados também podem vir de outras fontes variadas, como: Emails; Ferramentas de gestão empresarial (ERP); Ferramentas de marketing (CRM, email marketing, entre outras); Plataformas analytics de redes sociais; Documentos digitalizados; Documentos de texto; Arquivos de pastas. Dados são um ativo valioso das empresas atualmente Se você já leu sobre dados em algum momento antes deste conteúdo, certamente, já conseguiu perceber o valor que eles têm para as empresas. A era digital fez com que negócios passassem a girar em torno de gestão e operação realizadas por softwares automatizados, ferramentas de trabalho e, de um modo geral, ambientes digitais. Da mesma forma, consumidores interagem com plataformas do tipo, mas para uso geral, redes sociais e produtos digitais variados. Por conta disso, há um imenso volume de dados sendo gerado a cada segundo, por cada atividade que é realizada. Um simples clique em um link no site da uma empresa gera um dado sobre a ação que o usuário em questão executou. A questão é: dados permitem que empresas entendam absolutamente tudo o que está acontecendo, desde seus resultados financeiros até as preferências de seu público consumidor. Com esse material, é possível cortar custos, direcionar melhor as campanhas de marketing e criar produtos que satisfaçam melhor a persona da marca. Portanto, empresas estão cada vez mais investindo em captação, registro, tratamento e análise de dados. É isso que as permite extrair percepções concretas sobre todas as questões mais importantes do negócio. O que é uma informação? A informação é uma constatação sólida e comprovada sobre um fato, hipótese ou padrão de comportamento provenientes dos dados. Depois desse processo de captação, tratamento e análise, os dados se tornam informações. Antes, eles eram apenas material bruto e “bagunçado”, mas de extremo valor. O que faz dos dados tão importantes é, justamente, sua capacidade de se tornar informação. Imagine em uma situação hipotética, um e-commerce que sabe exatamente quais são os dez produtos com maior potencial de vendas de seu mercado. Essa é uma informação valiosa e que, se utilizada estrategicamente, permitirá que essa companhia explore bem essa seleção de itens, ofereça ao seu público e, consequentemente, consiga incríveis resultados de vendas. Esse é um cenário hipotético como exemplo, mas perfeitamente real e recorrente para empresas que sabem como coletar e tratar seus dados. Informação estratégica é o objetivo de busca que todos os grandes gestores têm. Os dados nada mais são do que os meios de exploração pelos quais departamentos diferentes de uma empresa utilizam para chegar à informação pronta. Uma analogia muito valiosa que se pode fazer com os dados é com uma mina de ouro. Basicamente, eles têm o mesmo valor. Enquanto mineradores exploram as minas para encontrar o metal precioso, profissionais de dados captam esse material das fontes de um negócio para ter acesso ao que eles precisam. Na sequência dos trabalhos, os mineradores, depois de encontrar o ouro, precisam repassar esse material para que ele seja tratado, lapidado e, então, comercializado. Com os dados, o cenário é o mesmo. Depois de captados, eles são tratados, hierarquizados, analisados e, por fim, viram o ouro em seu estado mais refinado e valioso: a informação. Tomada de decisão é processo fundamental nas empresas O papel mais fundamental da informação nas empresas é o suporte que ela dá para a tomada de decisão. Empresas data driven, ou seja, geridas com base em dados, não escolhem um caminho e não tomam uma ação sequer se não tiverem uma informação concreta que dê segurança para isso. Isso significa que os gestores dependem diretamente de informação qualificada para trabalhar. A tomada de decisão, sendo o momento mais importante dentro do trabalho de gestão, precisa ser feita com base em relatórios que contenham informações valiosas. Por exemplo, se uma pessoa gestora de marketing digital deseja adotar determinada estratégia e, para isso, quer avaliar as probabilidades de sucesso, ela precisa de um relatório que traga informações concretas, baseadas em dados, que deem a segurança para isso. Os relatórios gerenciais nada mais são do que documentos que trazem percepções sólidas extraídas de dados e transformadas em informação. Esse conteúdo vai mostrar algo concreto, comprovado pelos dados, que dará suporte à tomada de decisão nas empresas. Qual a diferença entre dado e informação? Até aqui, deu para entender qual é a diferença entre dado e informação, certo? Enquanto um é conteúdo bruto, o outro é resultado da análise e tratamento desse nível anterior. Para aprofundar melhor a visualização dos dois conceitos, em detalhes, passaremos por mais alguns pontos de distinção entre eles, a seguir! Dados estão dispersos, enquanto informação é centralizada Os dados podem ser encontrados em muitas fontes, como já foi dito. Isso exige certo trabalho de captação desse conteúdo, afinal, quanto maior a quantidade de fontes exploradas, melhor. Isso representa oportunidades mais extensas de conquistar dados que serão importantes. Em contrapartida, as informações precisam ser centralizadas, sempre. Depois de todo o processo de captação, tratamento e análise, esses dados vão se transformar em percepções certeiras e concretas. Essas informações devem constar em relatórios e em materiais seguros. O processo é simples: todo o material extenso é trazido do máximo de fontes possíveis para que, dessa forma, seja criada uma informação uniforme e que embase a tomada de decisão. Dados precisam de interpretação, enquanto informação é algo pronto Um dos grandes erros que se pode cometer é acreditar que os dados são material que, uma vez em posse da empresa, vão garantir os melhores resultados possíveis. É só lembrar da analogia do ouro: o que você conseguiria realmente fazer, sem o material certo, com uma mina de ouro? Os dados precisam de interpretação e tratamento, ou seja, eles são fundamentais, mas exigem também um processo mais extenso para que ganhem mais valor. Por mais que seu papel seja decisivo nos negócios do mundo atual, sempre há trabalho a fazer com eles. Já as informações, não. Elas são o resultado de todo esse tratamento e análise de dados que foi feito anteriormente. A única coisa que se faz com uma informação é absorvê-la e, então, tomar decisões. Dados mostram hipóteses, informações trazem certezas Por ser conteúdo solto, desorganizado e sem tratamento, ou seja, com erros e algumas entradas que não significam nada, os dados, de primeira, só mostram hipóteses. Portanto, os cientistas de dados e analistas precisam trabalhar para conseguir extrair algo de mais concreto a partir disso. As hipóteses são muito importantes para começar a enxergar um horizonte. No entanto, elas ainda não proporcionam a certeza necessária para uma tomada de decisão. Ou seja, há ainda um trabalho a ser feito até que se chegue na informação concreta. Informações, por sua vez, trazem cenários mais seguros e certos. Por isso, é com essa base que as decisões são tomadas! Saber qual é a diferença entre dado e informação é muito mais fácil do que as pessoas pensam. Um é originário do outro, portanto, entender seus conceitos e como ambos surgirão na rotina de uma empresa, ou setor, data driven é fundamental. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A avaliação de desempenho é uma avaliação estruturada do desempenho individual de um funcionário em um dado período de tempo, cujo objetivo é melhorar o desempenho da empresa por meio da melhora do desempenho dos colaboradores. A avaliação de desempenho é o ápice de um ciclo bem estruturado de gestãode desempenho — e a gestão de desempenho é um processo sistemático de melhoria do desempenho de uma organização por meio da melhoria no desempenho de seus times e pessoas. Mas estruturar uma avaliação de desempenho eficiente e que produza os resultados desejados (ou seja, que faça a empresa melhorar) é uma jornada cheia de bifurcações e armadilhas. A literatura da psicologia organizacional/industrial dedica muito do seu esforço ao estudo da avaliação de desempenho. Grande parte da literatura está focada em como estruturar questionários de avaliação de desempenho que: Aumentem a satisfação com o processo; Melhorem a percepção de justiça do processo; Aumentem a precisão do processo. Além disso, a literatura tradicional trata quase que exclusivamente do desempenho sob o seu aspecto individual. No entanto, hoje em dia há diversas ocupações e áreas de atuação dentro das organizações, em que a mensuração do desempenho individual do colaborador é muito mais difícil e até por vezes indesejadas. A RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DE DESEMPENHO E ANÁLISE DE DESEMPENHO A gestão de desempenho é um processo que se dá em ciclos: começam com o estabelecimento de expectativas de desempenho (que são metas, indicadores, competências e comportamentos) e terminam com a avaliação desse desempenho e com o subsequente início de um novo ciclo. A avaliação de desempenho é o encerramento do ciclo de gestão de desempenho, onde se pretende mensurar e avaliar o desempenho do colaborador em relação às expectativas estabelecidas no começo do ciclo. COMO IMPLEMENTAR A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A Avaliação de Desempenho necessita de esforços não só do time de RH, mas também dos gestores e diretores das outras áreas. Confira um passo a passo de como implementar a Avaliação de Desempenho na sua empresa. 1 – Defina as competências e metas O primeiro passo é estabelecer os parâmetros que serão utilizados para a Avaliação de Desempenho. Podemos falar de dois parâmetros que podem ser utilizados: Competências As competências são um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos que permitem o indivíduo desempenhar com eficácia suas tarefas. Essas competências podem ser cursos, habilidades pessoais ou treinamentos que tenham realizado, por exemplo. Por isso, para avaliar as competências o processo normalmente é mais subjetivo. Para uma equipe financeira, por exemplo, a competência avaliada pode ser “pontualidade”. Na prática, será avaliado se as entregas de relatórios de faturamento e pagamentos sempre ocorrem no prazo. Algumas competências técnicas devem ser avaliadas por meio de provas de conhecimento. Por exemplo, o conhecimento em algum software (ex.: Excel avançado). Metas As metas são muito conhecidas no ambiente corporativo. Elas são os resultados e desempenhos que um colaborador precisa alcançar para entregar o valor no seu trabalho para a organização. Veja alguns benefícios da estipulação de metas: Proporciona orientação clara aos gestores e colaboradores; Atua como uma espécie de diretriz para a Avaliação de Desempenho dos times; Esclarece as expectativas da empresa em relação aos colaboradores; Cultiva um senso de realização entre gestores e equipes, servindo ainda de inspiração para aos que ainda não atingiram as melhores performances; Possibilita o aumento dos engajamentos dos colaboradores com a empresa. Vamos supor, por exemplo, que estamos falando de uma equipe comercial. O número de vendas pode ser um parâmetro de avaliação. A meta pode ser 2 vendas por dia. Já em uma equipe de produção, o critério pode ser o número de pedidos montados. Por exemplo, 10 pedidos por dia. Como você pode notar, uma competência pode ser mais subjetiva, como “produtividade”, por exemplo. Uma meta, ao contrário, deve sempre mais mensurável. Por isso, ao estabelecer uma meta de desempenho clara, realista e relevante para o funcionário e pertinente ao seu talento, o gestor deve oferecer orientação em relação ao que se espera dele. Assim, depois de estabelecer suas competências e metas para a avaliação, repasse-as com os membros da equipe. Todos devem saber e entender como você conduzirá este processo: a transparência no processo aumenta o engajamento e traz segurança à equipe. 2 – Estabeleça prazos Você já definiu suas competências e metas. Em outras palavras, significa que agora você tem as expectativas de desempenho mais organizadas. Porém, talvez essas expectativas exijam que alguns colaboradores mudem sua forma de agir e de trabalhar. No entanto, isso não acontece da noite para o dia. Sendo assim, o próximo passo é definir prazos realistas para que os funcionários possam trabalhar rumo à performance esperada. A avaliação de desempenho não precisa ocorrer imediatamente. Ela pode ser um processo, composto pela observação da equipe e do progresso que farão neste prazo. Por isso, é crucial ter em mente que este progresso é mais importante do que o resultado final atingido, quando o prazo acabar. O seu foco deve ser na melhoria constante da sua equipe. 3 – Faça uma avaliação 360° Quando o prazo que havia sido estipulado acabar, chega a hora da avaliação em si. É o momento de você analisar o progresso de cada colaborador e da equipe como um todo. Nesse caso, uma metodologia recomendada é a avaliação 360°. Este método se baseia em reunir diferentes avaliações de stakeholders com diversos perfis, que fornecerão diferentes perspectivas, para obter um panorama mais completo e preciso do desempenho. Na avaliação 360°, são aplicadas avaliações: Dos superiores; Dos colegas; Auto avaliações; Clientes ou parceiros (quando pertinentes). É importante que os dados obtidos em cada uma sejam analisados comparativamente, para que a conclusão dessa avaliação seja mais imparcial e precisa. 4 – Identifique os pontos de melhoria A partir das Avaliações de Desempenho, você poderá identificar onde estão os pontos que demandam melhoria de seus colaboradores. Estes são exatamente os pontos que precisam melhorar e que você abordará por meio de estratégias de desenvolvimento bem direcionadas. Para um funcionário que apresenta dificuldades técnicas, você pode indicar algum programa da educação corporativa da empresa, por exemplo. Já para um funcionário que tem apresentado comportamento inadequado, um feedback construtivo podem ser as melhores soluções para resolver o problema. 5 – Utilize as frases adequadas As Avaliações de Desempenho são essenciais para oferecer feedback útil e com poder de transformação aos colaboradores. No entanto, não saber o que dizer ou escrever pode tornar o processo doloroso e ineficaz . Ou seja, o enfoque incorreto pode ser pior que não avaliar. Por isso, separamos alguns exemplos de frases efetivas para Avaliações de Desempenho obtidas no livro Effective Phrases for Performance Appraisals: A Guide to Successful Evaluations. Ao avaliar um colaborador, utilize sentenças como: Alcança níveis ideais de desempenho e realização com / para; Fornece fortes evidências de [realização específica]; Excelente no desenvolvimento de programas / estratégias que geraram resultados X; Produção aprimorada em X% por meio de [tarefa específica]; Busca novas ideias e abordagens; Não cumpriu as metas de frequência estabelecidas na Avaliação de Desempenho anterior; Excedeu a meta original de X em X% por meio de [tarefa específica]; Pode lidar com projetos e atribuições mais complexas; Não segue a política de atendimento; A atitude negativa em algumas situações tende a causar problemas. Avalie cada situação e utilize as frases que melhor se encaixarem. 6 – Desenvolvimento E feedback contínuo Não se engane, mesmo depois de identificar os pontos de melhoria e desenhar estratégias para abordá-los, o trabalho de avaliaçãoainda não acabou, ele é constante. Para iniciar, o recomendado é ter ciclos semestrais ou anuais, até que a empresa crie a cultura, para aí sim, ter ciclos trimestrais. Para colaboradores da Geração Y ou Millennials, aguardar um ano para receber uma avaliação do seu trabalho pode ser considerado tempo demais. Cada vez mais os processos de feedback, avaliações informais e a gamificação da performance estão sendo colocados em prática. Outro ponto chave nesse processo é a importância da área de desenvolvimento e treinamento. Como falamos, o principal objetivo é apoiar a melhoria dos resultados dos colaboradores e da organização. O que na prática leva a essa evolução é ter a educação corporativa bem alinhada com os resultados das avaliações aplicadas. Essa é uma das principais tendências do RH atual. TIPOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Auto avaliação A auto avaliação é um dos principais tipos de avaliação de desempenho. Ela é realizada em duas etapas. Primeiramente, o colaborador responde a um questionário com o objetivo de refletir sobre a sua atuação, identificando seus pontos fortes e fracos. Em seguida, junto ao seu superior, é discutido o que pode ser feito para melhorar a performance do colaborador. Por meio do auto avaliação, é possível que o profissional avaliado possa fazer uma análise aprofundada sobre o seu comportamento e sobre os resultados que ele tem alcançado. Portanto, quando ele mesmo reconhece os seus pontos de melhoria, fica mais fácil promover o crescimento contínuo. Avaliação de desempenho da equipe Avaliar os profissionais individualmente é importante, pois cada um apresenta peculiaridades que definem o seu potencial. No entanto, é fundamental que seja feita também uma avaliação da equipe, tendo em vista que a soma de esforços é uma das principais responsáveis por excelentes resultados. Ao avaliar o desempenho em grupo, é possível fazer ajustes para alinhar os membros da equipe, aperfeiçoar o fluxo de trabalho, melhorar o relacionamento e a comunicação entre os colaboradores e, assim, potencializar o alcance das metas. Escala gráfica De todos os tipos de avaliação de desempenho, este talvez seja o mais simples e tradicional. No método Escala Gráfica, cria-se um formulário em colunas organizado da seguinte maneira: Na primeira coluna, são colocadas as variáveis que serão avaliadas. Por exemplo: pontualidade, assiduidade, trabalho em equipe, criatividade etc. Nas colunas seguintes, são colocados os valores de cada variável. Por exemplo: péssimo, ruim, regular, bom ou ótimo. Pode-se também atribuir notas de 0 a 5. A principal vantagem da avaliação em Escala Gráfica é que ela é bem fácil de fazer. Porém, é limitada e não permite que seja feita uma avaliação mais aprofundada. Por esse motivo, a Escala Gráfica geralmente é utilizada em conjunto com outros métodos, como o 360 graus. Avaliação de desempenho por competências A avaliação por competência vai além do desempenho. Nela são considerados três fatores básicos: o CHA. C – Conhecimento: aptidões cognitivas, “saber algo”. H – Habilidade: domínio psicomotor, “saber fazer”. A – Atitude: fator motivador, “querer fazer”. Nesse método de avaliação, o questionário deve levar em conta as competências técnicas e comportamentais do colaborador. A princípio, o colaborador responde a esse questionário em uma espécie de auto avaliação, apontando quais competências ele já possui, quais estão em desenvolvimento e quais ainda precisam ser desenvolvidas. Depois, o líder expõe o seu ponto visto sobre as respostas do colaborador e, juntos, eles traçam um plano de ação para melhorar o que for preciso. Metas e resultados Este método de avaliação de desempenho tem uma abordagem de caráter quantitativo. Aqui são considerados os resultados alcançados pelo colaborador em determinado período. O objetivo é identificar se o avaliado conseguiu atender às expectativas da empresa. Por ser baseada em números, essa avaliação é mais segura e assertiva. Exemplos de fatores a serem avaliados: Absenteísmo Conversão de vendas Satisfação dos clientes Retenção A avaliação por metas e resultados também pode ser aplicada a equipe como um todo a fim de descobrir quem são os colaboradores mais e menos produtivos. META SMART Metas SMART é um método de definição de metas, as quais se baseiam em 5 fatores: S (específica), M (mensurável), A (atingível), R (relevante) e T (temporal). Seja na vida profissional ou pessoal, é muito importante estabelecer metas. Afinal, eles direcionam os nossos esforços em busca de algo desejado. Em uma empresa, traçar metas pode aumentar muito a produtividade dos colaboradores, resultando em melhores números para o negócio. Porém, é preciso ter muito cuidado ao criá-las. Eles devem servir para estimular o esforço, nunca o contrário. Nesse sentido, entender e aplicar as metas SMART é muito interessante. Imagine que uma equipe de colaboradores recebe a missão de aumentar as vendas. Porém, eles não sabem de quanto deve ser o aumento, como farão, quais recursos terão disponíveis e quanto tempo terão para buscar o resultado. O efeito será uma equipe perdida. Talvez até consigam melhorar os números de vendas, mas não saberão exatamente como alcançaram e, sem um padrão, uma hora ou outra os resultados serão insuficientes. A criação de metas é uma forma de estimular os envolvidos em prol de um objetivo. Para as empresas, em um cenário em que o meio digital permite a criação de novos negócios a cada dia, a concorrência cresce bastante. É preciso buscar, constantemente, novos propósitos, sempre com foco em melhorias contínuas. As metas servem como um direcionamento. Você traça um lugar que quer chegar ou algo que deseja conquistar. Então, analisa e considera ações que o levarão até o resultado esperado. Vários caminhos são possíveis, cada um com as suas dificuldades e as suas oportunidades. Deve-se, então, analisar as melhores práticas e comparar os efeitos. Imagine a seguinte meta: aumentar o tráfego no site da empresa em 200% no período de 5 meses com ações de marketing digital. Essa é uma meta, específica e clara para a equipe. Porém, o marketing digital apresenta diversas oportunidades, como a presença nas redes sociais, a criação e divulgação de conteúdo relevante ao público-alvo, entre outras. Cada uma dessas ações representa um investimento necessário, e cada investimento terá um retorno diferente. Então, é interessante observar quais alternativas são mais eficientes. As que demandam menor investimento e retorno mais rápido e consistente. A partir dessa análise, pode-se criar um bom plano de ação, com dados que servirão de base para a tomada de decisões. Mas, para que o plano de ação seja possível, é preciso construir metas inteligentes, que realmente direcionem a equipe até aos resultados desejados: as metas SMART! O QUE SÃO AS METAS SMART? O método de metas SMART é uma forma eficiente de criação de metas. Funciona como uma espécie de checklist, na qual cada meta é verificada e avaliada se possui os requisitos para atingir o resultado. Na palavra SMART, cada sigla tem um significado. Vamos falar de cada um a seguir: S — Specific, ou específica Para que se consiga alcançar o que foi proposto em uma meta, é necessário que todos os envolvidos tenham claro entendimento do que se trata. Para isso, ela deve ser específica. Usamos um exemplo que é interessante: aumentar as vendas. Se essa fosse uma meta, ela não seria específica. Os colaboradores que seriam os responsáveis por segui-la não teriam o entendimento necessário para criar um plano de ação eficiente. Da forma com que foi construída, se as vendas aumentassem 1%, mesmo que se para isso fosse necessário investir bastante dinheiro,a meta teria sido alcançada, não é mesmo? Para ser específica, uma meta deve responder as seguintes perguntas: O que eu quero alcançar com essa meta? Quem será ou quem serão os responsáveis por ela? Onde ela será realizada? Como ela será conquistada? Por que ela deve ser seguida? Portanto, fica claro que qualquer meta traçada deve ser específica. Para melhor entendimento das metas SMART, vamos trabalhar na construção de um caso, usando o exemplo anterior, de aumentar as vendas. Para ser específica, vamos considerar que desejamos aumentar a venda mensal online da empresa em 10%. Vejamos se ela é uma meta específica: O que eu quero alcançar com essa meta? Aumentar as vendas em 10% Quem será ou quem serão os responsáveis por ela? A equipe de marketing Onde ela será realizada? Online Como ela será conquistada? Com divulgação de conteúdos relevantes Por que ela deve ser seguida? Queremos aumentar a participação online Agora, sim, é uma meta específica. Os colaboradores envolvidos saberão onde eles têm que chegar. Mas, para fazer parte das metas SMART, ainda faltam alguns pontos. M — Measurable, ou mensurável Como criar uma meta se ela não pode ser medida? Isso não faria nenhum sentido. Imagine que você quer aumentar a satisfação dos clientes com a sua marca. Porém, você não faz essa avaliação, não tem uma pesquisa de satisfação. Então, você não conseguiria acompanhar o desempenho das ações e dizer que a meta foi alcançada. Poderia estar investindo dinheiro e tempo em ações sem resultado e deixando grandes oportunidades de lado. Na meta que estamos criando, estabelecemos 10% de aumento. Portanto, para avaliar o desempenho das estratégias, precisamos acompanhar os números. Para uma meta ser mensurável, ela deve responder as questões: Qual é o resultado esperado? Quanto tempo será necessário para a equipe alcançar a meta? Trabalhando em nosso caso, teremos: Qual é o resultado esperado? Aumento de 10% nas vendas online Quanto tempo será necessário para a equipe alcançar a meta? 4 meses Mas imagine que, com essa meta, nossa equipe conquistou o objetivo facilmente em 1 mês. Então, para incentivar ainda mais a equipe, aumentamos a meta para 70% de aumento. Será que é atingível? A — Attainable ou atingível Do que adianta criar uma meta se ela não pode ser atingida? Apesar de parecer óbvio, muitas empresas pecam nesse ponto. Esse erro é muito prejudicial, pois pode desmotivar a equipe e gerar uma enorme frustração. Estratégias e ações serão desenhadas, mas os resultados esperados não serão alcançados. Portanto, antes de criar uma meta, é fundamental avaliar os seguintes pontos: Com base no histórico, é possível atingir o objetivo traçado? Qual a opinião dos colaboradores. Eles acreditam que é possível? No nosso caso, a 1ª meta era de aumentar em 10% as vendas. Esse marco foi alcançado facilmente e aumentamos para 70% o alvo. Porém, com algumas análises, vimos que esse número ainda não é possível para o prazo determinado. Por isso, vamos objetivar o aumento de 50%, um número que avaliamos e acreditamos que pode ser atingido. R — Relevant, ou relevante Quando você cria uma meta e designa responsáveis, serão elaboradas estratégias para que os resultados sejam alcançados. Porém, quanto mais relevante for a meta, mais motivados estarão os envolvidos. Claro, considerando que sejam metas alcançáveis. Uma meta que não gera efeito sobre o negócio fatalmente não será tratada como prioridade. Para criar uma meta relevante é importante olhar os principais números da empresa, como o faturamento, número de clientes e lucro. Assim, uma meta relevante terá impacto direto nesses indicadores. Na meta que estamos criando (aumentar em 50% as vendas no site, no período de 4 meses, para melhorar a presença online), fica claro que, se for alcançada, ela impactará diretamente no lucro e faturamento da empresa. Ou seja, ela é relevante. T — Time based, ou temporal O último ponto das metas SMART é extremamente importante. Qualquer meta traçada deve ter prazo. Se você cria uma e não estabelece um tempo para a sua realização, ele pode ser alcançado em 1 dia, 1 mês, 1 ano. Nesse quesito, a nossa meta já está correta, pois estabelecemos o período de 4 meses para a sua conclusão. Então, vamos ver como ficou a nossa meta no método SMART? Podemos escrevê-la da seguinte forma: “a equipe de marketing aumentará em 50% as vendas no site, no período de 4 meses, para melhorar a presença online, garantindo um aumento significativo no faturamento da empresa. A estratégia adotada será com base em marketing de conteúdo.” Percebeu que essa meta atende todos os requisitos que listamos? Ela é específica, mensurável, atingível, relevante e temporal. Toda a equipe envolvida estará empenhada em conquistar os números estabelecidos e todos têm a ganhar, colaboradores e empresa. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E OS INDICADORES Os indicadores de desempenho são instrumentos necessários para o planejamento estratégico de qualquer empresa, atendendo as atividades de avaliação e de monitoramento das organizações, bem como seus programas, políticas e projetos, permitindo o acompanhamento das metas e objetivos, identificando os avanços, permitindo a correção de problemas e analisando as necessidades de alterações. Para o planejamento estratégico tornar-se mais eficiente, os gestores devem escolher os indicadores mais adequados, com informações que lhe permitam a tomada de decisões. Os indicadores funcionam como base para que o planejamento estratégico espelhe a realidade da empresa, ao mesmo tempo em que permitem que o gestor possa acompanhar tudo o que está efetivamente ocorrendo dentro da empresa. Podemos afirmar que os indicadores possuem duas funções básicas dentro do planejamento estratégico: Como primeira função, os indicadores são as ferramentas utilizadas para descrever a situação da empresa em seus diversos aspectos, analisando o que está ocorrendo e realizando o acompanhamento da empresa; A segunda função dos indicadores é descrever, através das informações tomadas ao longo da linha do tempo, permitindo que o gestor tenha meios de estabelecer proposições que possam valorizar ainda mais a empresa. Com suas funções dentro do planejamento estratégico, os indicadores são utilizados para as seguintes atividades na administração empresarial: Medir os resultados obtidos e gerenciar o desempenho da empresa; Embasar a análise crítica dos resultados já obtidos pela empresa, permitindo tomar decisões mais acertadas para o futuro da empresa; Contribuir para a melhoria contínua de todos os processos de gestão empresarial; Facilitar o planejamento e o controle do desempenho nas atividades da empresa; Viabilizar a análise comparativa do desempenho empresarial. Como escolher e elaborar os indicadores para o planejamento estratégico? Os indicadores devem ser escolhidos de forma a fornecer ao gestor todas as informações sobre a situação da empresa e seu desempenho ao longo do tempo, identificando sua trajetória e as perspectivas futuras. Assim, os indicadores precisam contribuir para o cumprimento dos objetivos estratégicos da empresa, devendo se relacionar com as principais conclusões do processo de elaboração do planejamento estratégico, informando sobre os pontos fortes e fracos, sobre as oportunidades e ameaças. Os indicadores devem ser feitos para medir a performance da empresa e não especificamente sua atividade, com o máximo possível de informações, de forma simples e de clareza perceptível, sem exigir muitas explicações. Para completar sua função, os indicadores, no planejamento estratégico, devem permitir ao gestor fornecer subsídios para o processo de decisão e fixar as metas daempresa em curto, médio e longo prazo. Os indicadores devem mensurar o desempenho da empresa tendo como base os elementos necessários para avaliar as principais variáveis para que a empresa possa alcançar seus objetivos, podendo tomar a decisão mais acertada com relação às ações exigidas na empresa para o seu crescimento e desenvolvimento. Existem diversos tipos de indicadores para fornecer as informações, encaixando-se em categorias específicas, como podemos destacar a seguir: Indicadores de produtividade, relacionados ao que a empresa está efetivamente produzindo através dos recursos existentes; Indicadores de qualidade, que devem caminhar lado a lado com os indicadores de produtividade, ajudando a entender os desvios e a não conformidade que tenha ocorrido durante o processo produtivo; Indicadores de capacidade, que medem a capacidade de resposta de um processo, como, por exemplo, a quantidade de produtos que a empresa consegue produzir durante determinado período de tempo; Indicadores estratégicos, que auxiliam na orientação de como está a situação atual da empresa com relação aos seus objetivos estabelecidos anteriormente, indicado e fornecendo comparativos do cenário atual com relação ao que deveria ser. É importante destacar que, ao começar a fazer uso dos indicadores para o planejamento estratégico, o gestor deve utilizar apenas os essencialmente necessários, trazendo informações que serão efetivamente aplicadas para o planejamento, evitando a perda de tempo com indicadores que não serão analisados no momento. Além disso, a administração deve analisar a situação global da empresa, evitando o foco em determinados pontos, não se esquecendo dos processos que podem fornecer o diagnóstico total da empresa. Os indicadores de desempenho só funcionam no planejamento estratégico ao se alinhar com todas as estratégicas da empresa, permitindo que o gestor possa acompanhar a empresa como um todo. Ao aplicar os indicadores de desempenho em sua empresa para a elaboração do planejamento estratégico, o gestor deve contar com um sistema informatizado que lhe garanta a confiabilidade das informações. Procure nossos profissionais e garanta que sua empresa possa fazer o melhor uso do planejamento estratégico através dos indicadores necessários. MAPEAMENTO DE PROCESSOS O mapeamento de processos é muito útil para padronizar o trabalho e identificar oportunidades de melhorias nos processos de negócio de uma empresa. Além disso, o mapeamento de processos é uma ferramenta importante ao transformar um processo, permitindo o aprofundamento da mudança. Portanto, ajuda as organizações a serem mais eficientes e competitivas, independentemente do tamanho delas. Mas, esse mapeamento pode ser um desafio em alguns casos, pois depende da complexidade e das características de cada estrutura organizacional. Mapeamento de Processos é a identificação da sequência lógica das atividades que compõem um processo e de outros elementos que interagem com o fluxo de trabalho. Essa prática pode ser feita para atingir diferentes objetivos, como: Compreender os processos: entender como o processo funciona na prática. Melhorar os processos: realizar reparos incrementais no processo. Documentar os processos: produzir documentação estruturada e coesa sobre o processo (muito utilizado para capacitar colaboradores). Padronizar os processos: garantir que um processo seja executado da melhor maneira possível. Transformar os processos: promover mudanças profundas em processos, remodelando-os. O mapeamento de processos busca responder às seguintes perguntas: Qual o objetivo do processo? Quais as fronteiras (limites) do processo? Quais as entradas (inputs) do processo? Quais as atividades do processo? Quais as saídas (outputs) do processo? Quem é o responsável pelo processo? Quem participa do processo? Quais os outros stakeholders do processo? Quais os recursos financeiros, humanos e materiais utilizados no processo? Quais os resultados esperados do processo? Quais as principais dificuldades com o processo? Quais os riscos associados ao processo? Em uma empresa, os processos podem ser classificados em três tipos: Processos Primários: são também chamados de processos essenciais ou processos finalísticos e estão diretamente ligados à entrega de valor para o cliente. Processos de Apoio: são também chamados de processos de suporte e entregam valor para os processos primários ou para os processos de gerenciamento. Processos de Gerenciamento: são também chamados de processos de gestão e entregam valor para os processos primários ou para os processos de apoio. Diferença entre Mapa de Processo, Diagrama de Processo e Modelo de Processo Embora o termo mapa de processo seja frequentemente utilizado como sinônimo para diagrama de processo e modelo de processo, os três conceitos não são iguais. Eles se diferenciam conforme o nível de detalhamento que proporcionam. Veja: Diagrama de Processo Traz uma visão mais ampla do processo ao mapear os principais elementos do fluxo e deixar de lado detalhes menores, pouco relevantes para a compreensão geral. Dessa forma, ajuda a identificar e entender rapidamente as principais atividades de um processo. Normalmente é manifestado por meio de um fluxograma (diagrama que possui um pequeno conjunto de símbolos simples e sem padronização). Mapa de Processo Fornece uma visão abrangente do processo, podendo variar em seu nível de detalhamento. Em geral, o mapa de processo traz mais detalhes sobre o fluxo de trabalho do que o diagrama de processo. Entre esses detalhes estão: responsáveis, eventos e resultados. Modelo de Processo Representa o estado do negócio e de seus recursos. O estado do negócio pode ser atual (AS-IS) ou futuro (TO-BE). Já os recursos do negócio incluem pessoas, informação, instalações, automação, finanças e energia. O modelo de processo traz informações mais completas sobre o processo do que o mapa de processo e o diagrama de processo. DIAGRAMA DE PROCESSOS O principal produto do mapeamento de processos é a representação dos processos. Nela podemos enxergar as atividades ao longo do tempo e seus executores, permitindo diversas análises. Para ficar mais fácil de entender e materializar o assunto, confira alguns diagramas de processos Representação Simples de Fluxo em BPMN Tratamento de Exceção com BPMN Fluxo em Alto Nível com BPMN Fluxo em Baixo Nível com Raias BPMN https://www.euax.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Fluxo-em-Baixo-Nivel-com-Raias-BPMN.png https://www.euax.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Fluxo-em-Baixo-Nivel-com-Raias-BPMN.png ELABORANDO O MAPEAMENTO DE PROCESSSOS Aprenda como mapear processos na prática: 1. Defina quais processos serão mapeados O primeiro passo para mapear processos é definir um portfólio com os processos que precisam ser mapeados. Ao contrário do que muitos pensam, não vale a pena mapear todos os processos de uma vez só, afinal, essa prática demanda tempo, recursos e energia. O melhor mesmo é focar nos processos que realmente importam e vão trazer resultados mais rapidamente! Na hora de escolher entre um processo e outro vale a pena se perguntar: Por que é preciso mapear esse processo? Qual a criticidade desse processo? Quais os riscos envolvidos nesse processo? Esse processo precisa atender a normas e regulações? Se sim, quais? Qual o objetivo do mapeamento desse processo? (Documentação, melhoria, padronização, transformação etc.) Qual o nível de detalhamento mais adequado para esse processo? (Lembre-se: quanto maior a complexidade e o risco do processo, maior deverá ser o nível de detalhamento) Também é possívelcontar com algumas ferramentas para auxiliar na priorização de processos, como a Matriz GUT. Essa matriz utiliza os critérios de gravidade, urgência e tendência para classificar os processos por ordem de importância. 2. Monte um mapa de processo para o processo escolhido Um mapa de processo é a representação gráfica, isto é, o desenho da sequência de atividades que compõe um processo. Ele mostra informações de entrada (insumos), processamento (atividades) e saída do processo (produtos, serviços e resultados). Os elementos de entrada e saída não precisam ser necessariamente físicos, como matéria-prima, por exemplo. Eles incluem também elementos não físicos, como informações. Normalmente utiliza-se a notação BPMN para representar as atividades graficamente. Na hora de construir o mapa do processo não esqueça de envolver as pessoas em uma construção colaborativa. Tenha sempre em mente: quem mais conhece as particularidades de um processo é aquele que vivencia o processo todos os dias, ou seja, o time operacional. Por isso, é importante envolver o máximo de colaboradores possível e fazer um mapeamento colaborativo, que proporcione a troca de experiência entre as pessoas. Esse compartilhamento ajudará a desenvolver um sentimento de empatia entre os colaboradores, que passarão a compreender melhor o seu papel dentro da empresa, além de entender como o desenvolvimento do seu trabalho é importante no cotidiano profissional de seus colegas e no resultado do processo. Se for feito dessa forma, o mapeamento vai ser mais assertivo e mais próximo da realidade. Além disso, pensar coletivamente sobre os processos possibilita a identificação de quick-wins, que são ações simples de implantar, mas que geram ganhos rápidos para a organização. Isso vai fazer toda a diferença no cotidiano dos colaboradores e no desempenho do processo. 3. Verifique e valide o mapeamento do processo Após o término do mapa de processo não se esqueça de verificar se todos os elementos estão corretos e fazem sentido dentro do contexto da organização. Também valide o documento com os colaboradores e o dono do processo (no caso de mapeamento ponta a ponta) ou gestor da área (no caso de mapeamento departamental). Validar significa legitimar o novo processo: assegurar que as pessoas realmente compreenderam o processo e acreditam nele. 4. Modele o processo Agora é hora de avaliar o funcionamento e a eficácia do processo que existe atualmente, estudando as possíveis melhorias e otimizações que podem ser feitas no processo. É o momento de se perguntar: “como melhorar o processo para que ele faça sentido e atenda às necessidades da organização, gerando valor aos clientes? ” Além dos profissionais destacados para participar ativamente do mapeamento de processos, podem ser realizadas pesquisas, enquetes e questionários internos para entender a opinião de uma parcela mais abrangente da organização. Do ponto de vista gerencial, isso é muito positivo para todo o time. Também é interessante considerar a experiência do consumidor nessa etapa. Se você já tiver feito uma Jornada do Cliente, não se esqueça de utilizá-la! Essa jornada traz um panorama dos sentimentos que o consumidor teve ao longo de todas as interações com a empresa. Isso normalmente traz insights interessantes para melhorias nos processos. 5. Monitore o andamento do processo O acompanhamento periódico dos resultados dos processos internos pode ser considerado como a última etapa do mapeamento de processos. Mas é apenas o início de todo um trabalho voltado para a eficiência e a produtividade da sua organização, o que deve ser cíclico e contínuo. Independentemente se você apenas mapeou os processos com o objetivo de documentá-los e padronizá-los ou se você foi mais longe e, além de mapear, você provocou transformações no seu processo, é preciso que você fique atento aos indicadores de performance que mostram como está a saúde do seu processo. Mantenha todos os indicadores sob controle e não deixe de fazer os ajustes que julgar necessário, respeitando algum tempo de maturação das alterações para sempre tomar decisões baseadas nas amostragens adequadas de dados para cada ocasião. Utilizar um sistema de indicadores-chave performance (KPIs) é o mais indicado para medir os resultados dos processos. Nesse sistema existem relações causais temporais entre os indicadores, que ajudam a explicar como o resultado é obtido. Dessa maneira, fica mais fácil identificar erros e acertos no processo. INDICADORES OPERACIONAIS, TÁTICOS E ESTRATÉGICOS Todo gestor sabe a importância de ser estratégico e tático dentro de sua liderança, mas você sabe a diferença entre estratégia e tática? Muitas pessoas acreditam que ambas têm o mesmo sentido e significado, mas não é bem assim Gestão de indicadores estratégicos táticos e operacionais nas empresas. No ambiente de gestão empresarial existe uma certa hierarquia de planejamento de ações. E isso começa na etapa estratégica (Nível C) e caminha até a operacional (equipe de linha de frente) e passa para o tático (nível gerencial). A busca frequente por melhoria nos resultados corporativos, levam as empresas a investirem na gestão de indicadores de resultados em cada um desses níveis de gestão. Existem algumas barreiras para o aumento da performance e desempenho das empresas, como, por exemplo: uma concorrência acirrada, mudanças frequentes do mercado, novas tecnologias surgindo diariamente no mercado e também a mudança no comportamento do consumidor. Mas além de buscar vencer essas barreiras é importante que se analise e meça todos os indicadores que apontam o desempenho e resultados da empresa. O que nos leva a uma frase muito conhecida: “o que não é medido não pode ser gerenciado” de Peter Drucker. Mas afinal, como podemos medir os resultados e a eficácia de uma gestão? Algumas empresas decidem apenas observar os resultados de forma global da empresa, por exemplo: Se ela está lucrando, está dando certo. Porém, desejamos não apenas saber se está dando certo ou não e sim saber como aumentar os resultados e como melhorar na etapa que não está performando tão bem. Por isso, se inspire na frase de Peter Drucker: “O que não é medido não pode ser gerenciado”. Esta frase mostra sutilmente a relação entre os objetivos e os indicadores. Confira como você pode usar cada um desses indicadores na sua gestão e planejamento empresarial a seguir: Indicadores estratégicos: Os indicadores estratégicos estão atrelados ao planejamento estratégico da empresa e são eles que determinam as possibilidades do futuro que se espera para a empresa, ou seja, estão atrelados aos planos de longo prazo da empresa. E, por esse motivo, os indicadores estratégicos estão atrelados a missão, visão e valores estabelecidos pela empresa. Os indicadores estratégicos são colocados em análise dos cenários internos e externos da empresa. No cenário interno são colocadas questões como, por exemplo, o modelo de negócios, os diferenciais que a empresa tem e sua capacidade de inovação. Já no cenário interno são pautados fatores como: a concorrência, a situação socioeconômica do país, entre outras variáveis que influenciam nas atividades da empresa. Existem ótimas ferramentas que auxiliam nesta etapa de análise dos fatores internos e externos que direcionam quais são os melhores indicadores estratégicos. Esta ferramenta é a Análise de SWOT (Forças, Fraquezas, Riscos e Oportunidades), identificando onde é importante melhorar para atingir uma melhor performance. Indicadores táticos (ou indicadores gerenciais) Antes de saber o que a empresa quer para os próximos 05 ou 10 anos, o primeiro passo é definir como cada área vai contribuir para que os objetivos sejam alcançados. E assim, são identificadas as metas gerenciais, onde oplanejamento tático contribui para o plano de ação de médio prazo da empresa, o qual deve estar totalmente alinhado com o planejamento estratégico. No nível tático deve-se questionar as possibilidades e o que pode ser feito para que os objetivos estratégicos sejam atingidos aumentando a produção de modo que atenda as necessidades e demandas para alcançar os objetivos dos indicadores e do planejamento estratégico. Também estipulam-se metas e indicadores que permitam acompanhar o desempenho da empresa no nível tático, com ele você entenderá se a empresa vem alcançando as metas alinhadas à estratégia da empresa. Indicadores operacionais E por fim, chegamos aos indicadores operacionais, que são de curto prazo, eles são ligados aos processos internos que envolvem a operação da empresa como um todo. Por isso, os indicadores operacionais são relacionados às pessoas, envolvendo cada colaborador de forma coletiva e individual, de modo que eles contribuam ativamente para os objetivos estratégicos da organização. Vamos ver um exemplo prático da importância dos indicadores operacionais, vamos imaginar um operário de uma fábrica de peças automotivas onde podemos atribuir para ele indicadores com quantidade de peças produzidas dentro de 1 hora trabalhada, ou até mesmo quantidade de peças sem defeitos produzidas ao longo do mês, ou seja, seriam indicadores de produtividade e de qualidade. Um planejamento com indicadores operacionais bem definidos e alinhados à estratégia e metas da empresa são elementos de peso para contribuição dos planos a médio e longo prazo de uma empresa. TIPOS DE GRÁFICOS Um gráfico é uma representação de dados obtida em forma de figuras geométricas (diagramas, desenhos, figuras ou imagens), de modo a fornecer ao leitor uma interpretação rápida e objetiva. A tecnologia da informação possibilita o uso de recursos de interatividade gráfica (real-time) antes não disponíveis, que agilizam o trabalho e propiciam a criação de mapas, figuras e gráficos mais elaborados. Para cada uma dessas formas de exibição de dados existem diversos tipos de gráficos, como os gráficos de linhas, coluna, pizza, entre muitos outros. Escolher o tipo de gráfico adequado para os dados facilita a interpretação das informações e a geração de insights úteis, evitando leituras inadequadas e, consequentemente, decisões prejudiciais aos negócios. Portanto, para escolher o tipo de gráfico mais adequado, é importante saber se você precisa mostrar uma comparação, distribuição, composição ou relação entre os dados. É importante considerar também que mais informações no mesmo gráfico podem enriquecer a leitura dos dados, trazendo um contexto. Mas o excesso de informações pode sobrecarregar o gráfico e dificultar a leitura. Assim, cada objetivo se relaciona a determinadas estratégias. Para criar um gráfico que facilite o processo de tomar decisões sobre os dados, é preciso conhecer esses elementos e os principais indicadores para acompanhar seu desempenho. Elementos importantes dos gráficos Embora as regras para construção dos gráficos não sejam tão rigorosas como as de uma tabela, por exemplo, a preocupação com a exatidão na sua representação deve ser iminente. Alguns aspectos relevantes na construção de gráficos são: Título Os títulos têm a tarefa de resumir a ideia apresentada no gráfico, de modo informativo e atrativo. Esse pode parecer um mero detalhe, mas pode fazer toda a diferença no sentido construído pelo gráfico. Fonte das informações Muitos tipos de gráficos, sobretudo os da área de estatística, apresentam as informações referentes à fonte de onde as informações foram retiradas. Esse é um aspecto importante para dar credibilidade ao gráfico e inserir o estudo no aspecto geral da temática, tendo em vista as referências utilizadas. Números São essenciais para comparar e expor as informações geradas pelos gráficos. Os diferentes tipos de gráficos utilizam números para reforçar as referências do tema e para indicar períodos (mês, trimestre, ano). Legendas Grande parte dos gráficos apresentam legendas que auxiliam na leitura das informações apresentadas. Junto a elas, cores que destacam diferentes informações, dados ou períodos são utilizados. Conheça os diferentes tipos de gráficos A seguir você irá conferir exemplos dos tipos de gráficos mais utilizados. Tentamos elencar representações gráficas utilizadas não só na ciência de dados mas também para propósito geral. 1. Gráfico de coluna Sem dúvida, esse é um dos tipos de gráfico mais utilizados desde as suas primeiras versões. Ele é muito utilizado para comparar valores ou expor um desenvolvimento crescente ou decrescente. Se você precisa informar os seus recursos para a realização de uma tarefa durante a reunião, esse gráfico pode ajudar bastante. Ele apresenta colunas com tamanhos proporcionais aos valores que as representam. 2. Gráfico de pizza Na segunda posição dos gráficos mais utilizados pelos usuários, vem a modelo pizza. Para o seu funcionamento, é preciso que haja duas ou mais categorias e um valor correspondente para cada uma delas. Quando há um grande valor secundário, esse passa a ser exibido em uma barra ou pizza logo ao lado da principal, de maneira que o dado complemente a primeira demonstração. Nesse caso, os gráficos secundários são resultados da extração de dados da primeira pizza e têm a finalidade de destacá-los. Normalmente, a primeira apresentará grupos distintos, e um deles será destacado na outra pizza, o que possui o maior número dentro da sequência de dados. 3. Gráfico de Barra Os gráficos de barra, assim como os de coluna e de pizza, são muito utilizados. Isso porque os três possuem uma disposição que facilita a compreensão dos interlocutores. O funcionamento desse tipo de gráfico pouco difere do gráfico em coluna, porque ambos trabalham com informações distribuídas linearmente. O uso desse tipo de gráfico é aconselhado no trabalho com rótulos longos ou com o tempo de duração de alguma experiência. O gráfico em barras é bastante utilizado em apresentações de pesquisa de intenção de votos pelas redes de televisão, por exemplo. Esse tipo de gráfico também possui subtipos, que também são os mesmos do gráfico em colunas. Os subtipos são: Barras agrupadas e barras agrupadas em 3D; Barras empilhadas e barras empilhadas em 3D; Barras 100% empilhadas e barras 100% empilhadas em 3D; Cone, cilindro, pirâmides horizontais. 4. Gráfico de linhas Os gráficos de linha são muito utilizados em aulas de geografia para fazer comparações do crescimento populacional de determinados países. Eles são ótimos para representar sequências de dados em uma escala de tempo dividida em períodos iguais. Normalmente, no eixo horizontal, temos a divisão do tempo em dias, meses ou qualquer unidade de tempo (quando se está trabalhando com assuntos que envolvam tempo) e no eixo vertical ficam os valores. As linhas desse gráfico são ideais para representar várias séries. Porém, se você estiver trabalhando com apenas uma, prefira usar um gráfico que exiba as categorias com mais exatidão, como barras ou colunas. Os rótulos são bem evidentes nesse tipo de gráfico quando a quantidade deles é inferior a dez. Caso você tenha um número superior a esse, prefira gráficos de dispersão. Assim, a visualização de dados poderá ser feita sem interferências. 5. Gráfico de rosca Os dados organizados em colunas ou linhas apenas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico de rosca. Como um gráfico de pizza, um gráfico de rosca mostra o relacionamento das partes com o todo. O diferencial dele está na possibilidade de explanar mais de uma série de dados. Cada série que você plotar em um gráfico de
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