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RESTAURAÇÃO DE DENTES FRATURADOS PREVENÇÃO ✓ Uso de protetores bucais ✓ Orientação para correção de más oclusões HISTÓRIA ✓ A colagem de fragmentos de dentes fraturados surgiu em 1964 com Chosak & Eidelman, quando relataram um caso de fratura transversal no terço cervical de um incisivo central superior em que foi realizada uma colagem. Foi feito o tratamento endodôntico de dente fraturado, cimentado um pino no interior do canal radicular e a coroa fraturada foi então fixada ANAMNESE ✓ Histórico do acidente ✓ Estado geral do paciente ✓ Exame dos tecidos moles ✓ Exame dos tecidos duros ✓ Exame radiográfico ✓ Idade do paciente EXAME INTRAORAL ✓ Tecidos moles: presença de corpo estranho ✓ Mobilidade dentária ✓ Vitalidade pulpar (testes) ✓ Remanescente dentário (tipo de fratura) ✓ Grau de erupção dental EXAME RADIOGRÁFICO ✓ Proximidade da câmara pulpar ✓ Aumento do espaço pericementário ✓ Fratura radicular ✓ Fratura de osso alveolar CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS ✓ Fratura de esmalte (21%) ✓ Fratura de esmalte/dentina (57%) - Sem exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico - Sem exposição pulpar e com invasão do espaço biológico * coronal à margem óssea * na margem óssea * apical à margem óssea ✓ Fratura de esmalte/dentina (6,4 a 18,3%) - Com exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico - Com exposição pulpar e com invasão do espaço biológico * coronal à margem óssea * na margem óssea * apical à margem óssea ✓ Transversais ✓ Oblíquas ✓ Longitudinais VANTAGENS X DESVANTAGENS VANTAGENS ✓ Estética ✓ Fatores psicológicos ✓ Rápido ✓ Função restabelecida DESVANTAGENS ✓ Estética pode ser pior ✓ Desprendimento do fragmento ✓ Fragmento não adquirir a cor ✓ Colagem na posição errada PLANEJAMENTO Andressa Vasconcelos ✓ Tipo de fratura ✓ Grau de extensão ✓ Disponibilidade do fragmento dental - Quebra cabeças - “Janela”/perda de estrutura - Fragmento já restaurado - Alteração importante de cor PROTOCOLO CLÍNICO ✓ Profilaxia ✓ Seleção de cor ✓ Anestesia ✓ Prova do fragmento ✓ Isolamento absoluto ✓ Tratamento do fragmento ✓ Tratamento do remanescente dental ✓ Procedimento adesivo ✓ Acabamento e polimento ✓ Controle clínico e radiográfico MANUTENÇÃO DA VITALIDADE PULPAR ✓ Curetagem pulpar ✓ Pulpotomia ✓ Capeamento pulpar PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO PULPAR UTILIZAÇÃO DE GUIAS ✓ Dentre todos os procedimentos restauradores, a colagem de um fragmento é, provavelmente, aquele em que o sucesso mais depende da adesão ✓ Uma vez que procedimentos adesivos são altamente sensíveis à umidade, é essencial que o campo operatório seja isolado adequadamente – seja de forma absoluta ou relativa ✓ O próximo passo é o isolamento dos dentes adjacentes ao dente fraturado, com um lubrificante hidrossolúvel ✓ A seguir, um rolete de resina acrílica em fase plástica é levado ao encontro das superfícies incisais dos três dentes, envolvendo parte das faces vestibular e palatal ✓ É importante que a resina acrílica não ultrapasse a linha de fratura, para permitir uma adequada remoção dos excessos de compósito durante a execução da colagem ✓ Após a polimerização completa do acrílico, a bolinha de resina que fixava o fragmento ao remanescente é removida e a guia de acrílico é deslocada em direção incisal ✓ Ao realizar uma colagem de fragmento, os procedimentos adesivos são executados separadamente: - Inicialmente no fragmento - Após, no remanescente ✓ A primeira grande vantagem da guia de acrílico se faz evidente no momento de realizar os procedimentos adesivos no fragmento dental, uma vez que sua manipulação, geralmente difícil por suas diminutas dimensões, torna-se bastante fácil ✓ O condicionamento ácido é realizado sobre toda a superfície que será colada e se estende cerca de 1 a 2 mm em direção às faces proximais, vestibular e palatal ✓ Após 15 segundos o ácido é lavado e os excessos de umidade são removidos com bolinhas de algodão e jatos de ar ✓ O sistema adesivo é aplicado, de acordo com suas instruções, entretanto não é fotoativado ✓ Nesse momento, o fragmento está pronto para colagem ✓ É importante que o fragmento esteja protegido da ação da luz, para prevenir a polimerização precoce da camada adesiva ✓ No remanescente, os procedimentos iniciam-se com a proteção dos dentes adjacentes com uma fita veda-rosca, para que não sofram a ação do ácido fosfórico e do agente adesivo ✓ O condicionamento ácido e a aplicação do sistema adesivo seguem o mesmo protocolo empregado no fragmento ✓ Após os procedimentos adesivos, é aplicado um compósito de cor compatível com o esmalte sobre o fragmento, atuando como um verdadeiro agente cimentante ✓ A guia é levada em posição e estabilizada por meio de pressão digital ✓ Os excessos são removidos com uma espátula ou pincel e a guia é fotoativada, de forma que o sistema adesivo e o compósito sejam fotopolimerizados corretamente ✓ A guia de acrílico é deslocada para incisal e removida ✓ Após a retirada da guia, os excessos de resina composta são minuciosamente removidos ✓ É indicado o uso de lâminas de bisturi nº 12, discos flexíveis abrasivos, tiras de lixa e borrachas abrasivas ✓ Realiza o polimento, procurando dar à interface de colagem um brilho similar ao das estruturas dentais, de forma que a transição do fragmento fique visualmente imperceptível ✓ Após a remoção do isolamento absoluto, é checado os contatos oclusais e comparados com aqueles registrados antes da colagem ✓ Caso haja discrepância entre os contatos pré e pós-operatório é provável que o fragmento tenha sido colado em posição inadequada ou a presença de excessos de resina composta na região da margem, sendo necessária, a execução de ajuste oclusal BISEL PÓS-COLAGEM ✓ É feito quando a linha de união permanece aparente ✓ Indicado por necessidade estética e não apenas para facilitar sua obtenção ✓ Escalas de cor e teste com bolinhas de compósito polimerizada sobre a estrutura dental, são auxiliares úteis ✓ Os instrumentos de eleição são as pontas diamantadas esféricas, empregadas em alta rotação ✓ Visto que a ponta diamantada é posicionada sobre a interface, de forma a desgastar simultaneamente o remanescente e o fragmento, é evidente que o diâmetro desta deve ser compatível com a extensão planejada para o bisel: quanto mais extenso, maior o diâmetro da ponta e vice-versa ✓ O eixo da ponta diamantada permanece praticamente paralelo à superfície vestibular do dente, de forma que o desgaste fica limitado a menos da metade do diâmetro da sua ponta ativa ✓ O bisel deve ser executado em toda área visível da linha de união, e devido à proximidade com os dentes adjacentes, estes devem ser protegidos com uma matriz metálica, quando a ponta se aproxima das regiões proximais ✓ Em uma vista lateral, é possível observar claramente a profundidade do bisel, que deve ser a mínima necessária para que o compósito consiga mascarar a linha de colagem ✓ Na face palatal, em que não há comprometimento estético, opta- se por não realizar desgaste algum, a fim de preservar o máximo de estrutura dental sadia ✓ Os procedimentos adesivos são realizados em toda a extensão do bisel e aproximadamente 1 a 2 mm além de suas margens ✓ Após a lavagem do ácido e remoção dos excessos de umidade, o sistema adesivo é aplicado de acordo com suas recomendações de uso e fotopolimerizado ✓ A matriz de poliéster protege os dentes adjacentes da ação do ácido e do sistema adesivo durante todo o protocolo da aplicação ✓ O compósito selecionadoé levado com uma espátula até o espaço criado pelo bisel ✓ Utiliza pincel para remover os excessos ✓ Fotopolimeriza por 30 a 40 segundos ✓ Realiza o acabamento e polimento, com discos abrasivos flexíveis, tiras de lixa e borrachas abrasivas ✓ Em alguns casos, utiliza pontas diamantadas de granulação extrafina para reproduzir a textura superficial ✓ O resultado final estético da técnica do bisel-pós colagem é bastante agradável
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