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Sumário 
1. DIREITO CIVIL ...................................................................................................................................2 
1.1 Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB .........................................................2 
1.1.1 Vigência da norma jurídica........................................................................................................2 
1.1.2 Processo de formação da lei esquematizado............................................................................2 
1.1.3 Aplicação da lei brasileira no estrangeiro..................................................................................2 
1.1.4 Correção de norma....................................................................................................................2 
1.1.5 Contagem da vacatio legis.........................................................................................................3 
1.1.6 Principais conceitos da LINDB...................................................................................................4 
1.1.7 Aplicação de normas no tempo..................................................................................................4 
1.1.8 Formas de integração da norma jurídica....................................................................................5 
1.2 Direitos da personalidade................................................................................................................6 
1.3 Capacidade de direito, de fato e a incapacidade............................................................................7 
1.3.1 Capacidade de direito e capacidade de fato.............................................................................7 
1.3.2 Incapacidades...........................................................................................................................7 
1.3.3 Emancipação (fim da incapacidade).........................................................................................8 
1.4 Fontes das obrigações .................................................................................................................9 
1.4.1 Lei............................................................................................................................................10 
1.4.2 Negócio Jurídico Bilateral (contratos)......................................................................................10 
1.4.3 Negócio Jurídico Unilateral......................................................................................................10 
1.4.4 Atos Ilícitos...............................................................................................................................10 
1.5 Obrigações (classificação quanto ao objeto).................................................................................10 
1.5.1 Obrigação Positiva de Dar........................................................................................................10 
1.5.2 Obrigação Positiva de Fazer..................................................................................................... 11 
1.5.3 Obrigação Negativa de Não Fazer............................................................................................12 
1.6 Obrigações (classificação quanto aos elementos).........................................................................12 
1.6.1 Obrigações cumulativas............................................................................................................ 12 
1.6.2 Obrigações alternativas............................................................................................................12 
1.6.3 Obrigações divisíveis e indivisíveis 13 
2. QUESTÕES COMENTADAS – DIREITO CIVIL...................................................................................15 
2.1 LINDB e Pessoa Natural.................................................................................................................15 
2.2 Direitos das Obrigações.................................................................................................................35 
3. DIREITO DO TRABALHO....................................................................................................................49 
3.1 Tipos de trabalhador......................................................................................................................49 
3.1.1 Empregado...............................................................................................................................49 
3.1.2 Empregado doméstico..............................................................................................................49 
3.1.3 Trabalhador avulso...................................................................................................................49 
3.1.4 Trabalhador autônomo.............................................................................................................49 
3.1.5 Trabalhador temporário............................................................................................................49 
3.2 Modalidades de contrato de emprego...........................................................................................49 
3.2.1 Contrato individual de trabalho................................................................................................49 
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4 em 1 - Resumo e Questões 
 Material focado no 
Exame da OAB 
 
3.2.2 Contrato por prazo determinado...............................................................................................50 
3.2.3 Contrato de trabalho intermitente.............................................................................................50 
3.3 Remuneração e salário..................................................................................................................51 
3.3.1 Características e diferenças.....................................................................................................51 
4. QUESTÕES COMENTADAS – DIREITO DO TRABALHO................................................................52 
4.1 Modalidades de contratos de emprego e Dos contratos de natureza trabalhista.........................52 
4.2 Efeitos e duração do trabalho nos contratos de emprego .......................................................... 66 
4.3 Alteração, interrupção e suspensão do contrato de emprego ..................................................... 75 
4.4 Relação de trabalho e de emprego e Cessação do contrato de emprego .................................. 87 
4.5 Contrato Individual de Trabalho ................................................................................................. 89 
4.6 Remuneração e salário .............................................................................................................. 91 
5. ÉTICA E ESTATUTO DA OAB ...................................................................................................... 107 
5.1 Da ética do advogado .............................................................................................................. 107 
5.1.1 Deveres do advogado...........................................................................................................107 
5.1.2 Liberdade e independência...................................................................................................108 
5.2 Advocacia pro bono .................................................................................................................108 
5.3 Do desagravo público .............................................................................................................. 109 
5.4 Do sigilo profissional ................................................................................................................ 110 
5.5 Da publicidade profissional ...................................................................................................... 111 
5.5.1Vedações relativas à publicidade profissional........................................................................111 
5.5.2 Permissões relativas à publicidade profissional....................................................................112 
6. QUESTÕES COMENTADAS – ÉTICA E ESTATUTO DA OAB .................................................... 114 
6.1 Da Ética do Advogado, Sigilo Profissional e Desagravo Público .............................................. 114 
6.2 Da Publicidade Profissional...................................................................................................... 128 
7. DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................................................................ 139 
7.1 Remédios constitucionais ........................................................................................................ 139 
7.1.1 Habeas Corpus.....................................................................................................................139 
7.2 Mandado de segurança individual...........................................................................................140 
7.3 Mandado de Segurança Coletivo.............................................................................................141 
7.4 Mandado de Injunção...............................................................................................................142 
7.5 Mandado de Injunção Coletivo (legitimados ativos).................................................................143 
7.6 Habeas data.............................................................................................................................144 
7.7 Ação Popular............................................................................................................................145 
8. QUESTÕES COMENTADAS – DIREITO CONSTITUCIONAL ...................................................... 147 
8.1 Remédios Constitucionais ........................................................................................................ 147 
 
 
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4 em 1 - Resumo e Questões 
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Exame da OAB 
 
 1. DIREITO CIVIL 
 
1.1 Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB (Decreto-Lei nº 4.657/1942 alterado pela Lei 
nº 12.376/2010) é um conjunto de normas que visa regulamentar outras normas jurídicas, de modo que 
tal regulamentação transcende o Direito Civil, estabelecendo os alicerces do sistema jurídico pátrio. 
Importante, a LINDB não é parte integrante do Código Civil (Lei nº 10.406/2002). 
 
1.1.1 Vigência da norma jurídica 
O artigo 1º da LINDB (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) estabelece a vigência da norma: 
 
LINDB: Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
 
Dessa forma, a lei entrará em vigor, em regra, 45 dias após sua publicação. 
 
1.1.2 Processo de formação da lei esquematizado 
A promulgação é o ateste que a lei existe e é válida (atendeu os requisitos formais). Por sua vez, a 
publicação é o momento em que a lei se torna conhecida. A etapa da publicação é condição para que 
a norma seja vigente e eficaz. O período entre a publicação da norma e sua entrada em vigor é o chamado 
vacatio legis. 
 
1.1.3 Aplicação da lei brasileira no estrangeiro 
Na hipótese de aplicação de lei brasileira fora de seu território o vacatio legis será de três meses. 
 
Art. 1º (...), § 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, 
quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
1.1.4 Correção de norma 
As normas podem sofrer correções durante o período de vacatio legis ou após esse período. 
 
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4 em 1 - Resumo e Questões 
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Exame da OAB 
 
Correção durante o vacatio legis: a norma poderá ser corrigida, todavia, o período de contagem de vacatio 
legis deverá ser reiniciado: 
 
LINDB: Art. 1º (...), § 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação 
de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação.” 
 
Correção após o vacatio legis: nesse caso, a correção será considerada lei nova. 
 
LINDB: Art. 1º (...), § 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei 
nova.” 
 
1.1.5 Contagem da vacatio legis 
 
Art. 8º (...) § 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que 
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da 
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à 
sua consumação integral. (grifo nosso). 
 
Assim sendo, a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de 
vacância far-se-á: 
- Com a inclusão da data da publicação e 
- Com a inclusão do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação 
integral. 
 
Logo, se o prazo for de 45 dias, sua contagem incluirá a data da publicação e incluirá o último dia desses 
45 dias! 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1.6 Principais conceitos da LINDB 
 
Conceitos iniciais da LINDB 
Existência Após a sanção ou rejeição ao veto, sendo promulgada (ato declaratório). 
Validade Observa condições formais e materiais, previstas na ordem jurídica. 
Eficácia Produção de efeitos jurídicos. Condições de eficácia do ato normativo: 
promulgação, publicação, período de vacância (se houver). 
Vigor A qualidade da lei para produzir efeitos jurídicos. Força cogente. Só 
começa a vigorar depois de publicada. 
Vigência Tempo em que a lei existiu produzindo efeitos, ou seja, o período em que 
a lei é válida. Uma lei promulgada, mas não publicada - não teve vigência, 
pois apesar de existir não produziu efeitos. O antigo código civil – produz 
efeitos, pois regula algumas relações, mas está revogado (não mais 
existindo). 
 
1.1.7 Aplicação de normas no tempo 
A lei, em regra, será irretroativa, ou seja, apenas a norma terá efeitos sobre os fatos futuros, devendo, 
portanto, respeitar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada (LINDB, art. 6º). 
▪ Regra: a lei não poderá retroagir e deve respeitar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a 
coisa julgada. 
▪ Exceção: a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5, inc. XL, prevê que “a lei penal não 
retroagirá, salvo para beneficiar o réu”. 
 
Os parágrafos do dispositivo supramencionado conceituam o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a 
coisa julgada: 
 
Art. 6º (...) § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei 
vigenteao tempo em que se efetuou. 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por 
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, 
ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não 
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caiba recurso. (grifo nosso). 
 
A doutrina distingue a retroatividade da norma jurídica em três graus: máxima, média e mínima. 
▪ A retroatividade máxima, ou restitutória, ocorreria quando a norma nova alcança os atos e os 
efeitos dos atos anteriores a ela. 
▪ A retroatividade média não atinge os fatos consumados, nem seus efeitos, mas apenas os efeitos 
que ainda não se processaram, ou seja, os efeitos pendentes. 
▪ A retroatividade mínima, temperada ou mitigada, não atinge nem os atos passados, nem os 
efeitos percebidos, nem os efeitos pendentes, mas apenas os efeitos futuros do fato pretérito. 
 
1.1.8 Formas de integração da norma jurídica 
O artigo 4º da LINDB estabelece que quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, tratando-se da integração da norma jurídica. Dessa 
forma, o juiz deverá, necessária e sucessivamente, se utilizar: da analogia, dos costumes e dos princípios 
gerais de direito. Vamos ver cada um deles: 
▪ Analogia: O juiz ao aplicar a lei poderá utilizar atos normativos análogos diante da ausência de 
norma no caso concreto. 
▪ Costumes: O magistrado, no caso de não conseguir suprir a omissão da norma utilizando a 
analogia, se valerá dos costumes, que podem ser entendidos como um conjunto de condutas 
repetidas que trazem uma obrigatoriedade, mas não estão dispostas em leis escritas. 
- Costumes secundum legem: a própria norma delega ao costume a solução da 
omissão. 
- Costumes contra legem: no caso do costume ser contra a lei. 
- Costumes praeter legem: o costume que supre a lei, essa é a hipótese contida no 
art. 4º da LINDB. 
▪ Princípios gerais de direito: o juiz poderá se valer dos princípios gerais do Direito. 
1.1.9 Os métodos de interpretação 
1.1.9.1 Quanto às fontes 
1.Interpretação autêntica: é realizada pelo próprio legislador que reconhece a dubiedade da norma e 
elabora nova lei para interpretar a lei dúbia. 
2. Interpretação jurisprudencial: são as decisões judiciais proferidas reiteradamente sobre um tema, bem 
como as Súmulas Vinculantes. 
3. Interpretação doutrinária: é realizada pelos estudiosos do direito. 
 
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1.1.9.2 Quanto aos resultados 
1. Declarativa: a lei representa com fidelidade aquilo que o legislador idealizou quando de sua produção. 
2. Extensiva: a lei expressa menos daquilo que o legislador pretendia, assim é necessária a ampliação 
de sua interpretação. 
3. Restritiva: a lei expressa mais daquilo que o legislador pretendia, assim é necessária a restrição de sua 
interpretação. 
 
1.1.9.3 Quanto ao meio 
1. Gramatical (literal): interpretação da letra da lei 
2. Lógica: busca identificar o “espírito da lei” para apurar a intenção do legislador quando da sua 
elaboração. 
3. Histórica: identifica as circunstâncias que a lei foi elaborada e seu contexto histórico. 
4. Sistemática: interpretação do Direito como um todo com base do ordenamento jurídico brasileiro. 
5. Teleológica ou Sociológica: interpretação de acordo com a satisfação dos anseios sociais. 
 
 
1.2 Direitos da personalidade 
A personalidade é o atributo para ser sujeito de direito; é uma aptidão genérica para titularizar direito e 
contrair obrigações. Capacidade, é a medida/limite da personalidade jurídica 
 
Direitos da personalidade 
Intransmissíveis Não pode haver a transferência do direito da personalidade, nascendo e sendo 
extinto com seu mesmo titular. 
Irrenunciáveis O titular do direito não pode renunciá-lo. 
Indisponíveis Em regra, não se pode dispor de tais direitos. Todavia, o indivíduo pode dispor 
de alguns de seus direitos de personalidade, como por exemplo um modelo 
que dispõe de sua imagem para uma campanha publicitária. 
Ilimitados O exercício do direto da personalidade não poderá sofrer limitações 
voluntárias. 
Absolutos Os direitos da personalidade são oponíveis contra todos (erga omnes). 
Impenhoráveis Os direitos da personalidade são insuscetíveis de penhora. 
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Imprescritíveis Os direitos da personalidade não se exaurem com a passagem do tempo. 
Vitalícios Estão com o indivíduo permanentemente, podem inclusive permanecer com o 
morto, como é o caso de, mesmo com o óbito é devido ao morto o respeito à 
honra ou imagem, por exemplo. 
Extrapatrimoniais São extrapatrimoniais porque não compõem o patrimônio do titular (da pessoa), 
o que explica as características acima. Por ser extrapatrimonial, quando ocorre 
violação/lesão ao direito da personalidade, o titular deve pedir uma reparação 
por dano moral. 
 
 
1.3 Capacidade de direito, de fato e a incapacidade 
1.3.1 Capacidade de direito e capacidade de fato 
A capacidade de direito não se confunde com a de fato. A capacidade de direito é a aptidão da pessoa 
natural adquirir direitos e deveres. Por sua vez, a capacidade de fato é a aptidão de seu titular praticar 
pessoalmente atos jurídicos, geralmente a capacidade de fato é adquirida quando a pessoa natural atinge 
18 anos completos (adiante estudaremos as hipóteses em que a pessoa adquiri a capacidade de fato 
antes de completar os 18 anos). 
 
Capacidade 
Capacidade de direito Aptidão para ser titular de direitos e deveres na ordem civil. 
Adquire-se com o nascimento com vida. 
Capacidade de fato Aptidão para exercer atos jurídicos por si só. 
Em regra, é adquirida após os 18 anos. 
Capacidade Plena Aquele que possui os dois tipos de capacidade. 
 
Importante: aqueles que gozam da capacidade de direito e da capacidade de fato tem a capacidade 
plena. 
 
1.3.2 Incapacidades 
Aqueles que não possuem a capacidade de fato são considerados incapazes, podendo essas pessoas 
possuir uma incapacidade absoluta ou uma incapacidade relativa, a ver: 
 
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1.3.2.1 Incapacidade absoluta 
Conforme o Código Civil estabelece: “Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os 
atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.”. Ou seja, há proibição total para o exercício de 
direitos, no caso de pessoa absolutamente incapaz praticar negócio jurídico este será considerado nulo 
(CC, art. 166, I). 
 
Em 2015 a Lei nº 13.146 – Estatuto da Pessoa com Deficiência (EPD) – retirou os deficientes mentais do 
rol dos incapazes, tanto dos absolutamente quanto dos relativamente incapazes. Dessa forma, a 
deficiêncianão afeta a plena capacidade civil da pessoa, podendo o deficiente mental se casar, exercer 
o direito à família e à convivência familiar e comunitária, exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e 
à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas por 
exemplo (EPD, art. 6º). 
 
1.3.2.2 Incapacidade relativa 
As pessoas com incapacidade relativa são aquelas que podem praticar atos da vida civil, porém para isso 
devem estar assistidas, sob pena de anulabilidade de seu ato jurídico (CC, art. 171, I). 
 
São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer (CC, art. 4º): 
▪ Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
▪ Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
▪ Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
▪ Os pródigos. 
 
1.3.3 Emancipação (fim da incapacidade) 
A emancipação é o instituto jurídico que antecipa a aquisição da capacidade de fato e, por consequência, 
da capacidade plena aos menores de 18 anos. São três as formas de emancipação. 
 
CC: Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, 
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
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III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos 
tenha economia própria. (grifo nosso). 
 
A emancipação pode ser: voluntária, judicial e legal. 
 
Emancipação 
Emancipação 
voluntária: 
A emancipação voluntária é concedida pelos dois pais ou responsável maior, 
mediante instrumento público (realizada em um Cartório), sem a necessidade 
de homologação judicial (CC, art. 5º, parágrafo único, I). 
 
É necessário que o menor tenha 16 anos completos. 
Emancipação 
judicial: 
A emancipação judicial ocorre quando o tutor emancipa seu tutelado ou quando 
um dos pais não quer emancipar o menor, portanto deverá haver sentença do 
juiz. No caso de um dos pais não autorizar a emancipação será cabível a ação 
de suprimento judicial de vontade (CC, art. 5º, parágrafo único, I). 
 
É necessário que o menor tenha 16 anos completos. 
Emancipação legal: A incapacidade cessará (CC, art. 5º, parágrafo único): 
- Pelo casamento; 
- Pelo exercício de emprego público efetivo; 
- Pela colação de grau em curso de ensino superior; 
- Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos 
tenha economia própria. 
 
Obs.: Menor com 16 anos não poderá se casar em nenhuma hipótese – alteração da Lei nº 13.811, de 
2019 no art. 1.520 do CC/2002. 
 
1.4 Fontes das obrigações 
Confirme a melhor doutrina, são consideradas fontes das obrigações: Lei; contratos Negócio Jurídico 
Bilateral (ou Sinalagmático); Negócio Jurídico Unilateral e Atos Ilícitos. 
 
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1.4.1 Lei 
A lei (em sentido amplo) é conceituada, por parte majoritária da doutrina, como fonte primária (imediata) 
das obrigações. 
 
1.4.2 Negócio Jurídico Bilateral (contratos) 
Também conhecido como negócio jurídico sinalagmático, é a relação jurídica estabelecida entre duas 
pessoas (físicas ou jurídicas). O clássico exemplo deste tipo de fonte é o contrato. 
 
1.4.3 Negócio Jurídico Unilateral 
É entendido como o ato unilateral de vontade. Ou seja, há apenas uma única vontade, uma única 
pessoa que se obriga dentro da relação jurídica ora estabelecida. 
 
Nosso Código Civil prevê expressamente os seguintes atos unilaterais: 
• Promessa de Recompensa (CC, art. 854 a 860) 
• Gestão de Negócios (CC, art. 861 a 875) 
• Pagamento Indevido (CC, art. 876 a 883) 
• Enriquecimento sem Causa (CC, art. 884 a 886) 
 
1.4.4 Atos Ilícitos 
Os atos ilícitos são fontes das obrigações pois geram o dever de reparar eventuais danos causados a 
outrem. 
 
1.5 Obrigações (classificação quanto ao objeto) 
1.5.1 Obrigação Positiva de Dar 
1.5.1.1 Coisa Certa 
Segundo o Código Civil, a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não 
mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. (CC, art. 233). 
 
Ainda, se a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição (a entregam no caso de bens 
móveis), ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a 
perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos (CC, art. 
234). 
 
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Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor 
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar 
a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, 
indenização das perdas e danos. 
 
1.5.1.2 Coisa Incerta 
A entrega de coisa incerta tem por objeto algo indeterminado. Entretanto, a coisa incerta será indicada, 
ao menos, pelo gênero e pela quantidade. (CC, art. 243). 
 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha 
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não 
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. (Grifos nossos) 
 
1.5.2 Obrigação Positiva de Fazer 
A obrigação positiva de fazer vem estabelecida nos artigos 247 a 249 do Código Civil. De acordo com o 
texto legal esta obrigação está diretamente relacionada com a obrigação de indenizar em caso de 
inadimplemento do devedor e por culpa deste 
 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, 
resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
 
1.5.2.1 Obrigação Fungível 
Corresponde a algo que pode ser substituído. No caso das obrigações a fungibilidade está relacionada 
com a possibilidade de a obrigação poder ser cumprida por um terceiro ao invés da pessoa legalmente 
obrigada. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do 
devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. (CC, art. 249) 
 
1.5.2.2 Obrigação Infungível 
Neste caso temos a obrigação que só pode ser executada pelo próprio devedor. Trata-se de uma 
obrigação personalíssima ou, de outro modo, intuito personae. 
 
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1.5.3 Obrigação Negativa de Não Fazer 
Esta obrigação está relacionada com o ato de se abster. Ou seja, o devedor é obrigado a permanecer 
inerte. Caso ele venha a praticar o ato, incorrerá em inadimplemento. 
 
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, 
se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor 
pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo 
o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar 
desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do 
ressarcimento devido. (grifo nosso). 
 
 
 
1.6 Obrigações (classificação quanto aos elementos) 
1.6.1 Obrigações cumulativas 
Tanto nas obrigações cumulativas quanto nas obrigações alternativas temos a pluralidade de objetos, ou 
seja, mais de um objeto na obrigação. 
 
As obrigações cumulativas (também denominadas conjuntivas) são compostas por uma pluralidade de 
prestações, onde o devedor é obrigado a entregar dois ou mais objetos (daí a pluralidade de objetos). A 
título de exemplo podemos citar a obrigação de entregar uma moto E um apartamento. Por serem 
cumulativas tais obrigações, o descumprimento em relação a um dos objetos caracteriza 
inadimplemento total da obrigação. 
 
1.6.2 Obrigações alternativas 
Também conhecidas como obrigações disjuntivas, elas também são compostas pela pluralidade de 
prestações. Entretanto, aqui há a opção de escolha em relação a estes objetos. A título de exemplo 
podemos citar a obrigação de entregar um carro OU uma moto. Nesta modalidade de obrigação, a escolha 
cabe, em regra, ao devedor, como podemos aferir da leitura do texto legal do artigo 252 do Código Civil: 
 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa 
não se estipulou. 
 
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Segundo o Código Civil, quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção PELO 
DEVEDOR poderá ser exercida em cada período. Ou seja, aqui estamos diante da figura do jus variandi. 
É a possibilidade de escolha entre CUMPRIR a prestação “A” ou a prestação “B”. 
 
1.6.3 Obrigações divisíveis e indivisíveis 
A obrigação é tida como divisível quando é possível mensurá-la e dividi-la em tantas obrigações quanto 
sejam os seus credores ou devedores. Aqui cada um dos coobrigados tem sua responsabilidade adstrita 
à quota parte de sua obrigação. Ainda, se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, 
cada um será obrigado pela dívida toda. (CC, art. 259) 
 
A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de 
divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio 
jurídico. (CC, art. 258). Agora, se a obrigação tiver pluralidade de credores, poderá cada um destes exigir 
a dívida inteira. 
 
Ainda, o devedor ou devedores estarão desobrigados quando efetuarem o pagamento: 
I - a todos conjuntamente; (Exemplo: o devedor paga os credores “A”, “B” e “C” conjuntamente. Logo, 
há a desobrigação quanto aos credores “A”, “B” e “C”). 
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. (Exemplo: o devedor paga apena ao 
credor “A”. Neste caso, “A” ao receber o pagamento dá caução de ratificação dos credores “B” e “C”. 
Neste caso, “B” e “C” tem o direito de exigir, em dinheiro, a parte que lhes cabia. 
 
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos 
outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para 
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor 
remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, 
compensação ou confusão. (grifo nosso) 
 
Nas negociações em que haja a remissão (perdão) da dívida por parte de um dos credores, os demais 
poderão exigir a prestação, descontando a parte que cabia ao credor que perdoou a dívida. Por fim 
vejamos o que nos ensina o art. 263 do Código Civil: 
 
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Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas 
e danos. 
§ 1º Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, 
responderão todos por partes iguais. 
§ 2º Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só 
esse pelas perdas e danos. (grifo nosso). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. QUESTÕES COMENTADAS – DIREITO CIVIL 
 
2.1 LINDB e Pessoa Natural 
QUESTÃO 01 - (FGV – OAB – XXXI Exame de Ordem / 2020) 
Márcia, adolescente com 17 anos de idade, sempre demonstrou uma maturidade muito superior à sua 
faixa etária. Seu maior objetivo profissional é o de tornar-se professora de História e, por isso, decidiu 
criar um canal em uma plataforma on-line, na qual publica vídeos com aulas por ela própria elaboradas 
sobre conteúdos históricos. 
O canal tornou-se um sucesso, atraindo multidões de jovens seguidores e despertando o interesse de 
vários patrocinadores, que começaram a procurar a jovem, propondo contratos de publicidade. Embora 
ainda não tenha obtido nenhum lucro com o canal, Márcia está animada com a perspectiva de conseguir 
custear seus estudos na Faculdade de História se conseguir firmar alguns desses contratos. Para facilitar 
as atividades da jovem, seus pais decidiram emancipá-la, o que permitirá que celebre negócios com 
futuros patrocinadores com mais agilidade. 
Sobre o ato de emancipação de Márcia por seus pais, assinale a afirmativa correta. 
A) Depende de homologação judicial, tendo em vista o alto grau de exposição que a adolescente tem na 
internet. 
B) Não tem requisitos formais específicos, podendo ser concedida por instrumento particular. 
C) Deve, necessariamente, ser levado a registro no cartório competente do Registro Civil de Pessoas 
Naturais. 
D) É nulo, pois ela apenas poderia ser emancipada caso já contasse com economia própria, o que ainda 
não aconteceu. 
 
Comentários: 
Esta questão trata do tema “capacidade” exigindo o conhecimento do art. 5º, parágrafo único, do Código 
Civil, que trata da emancipação. Relembrando, a emancipação é o instituto jurídico que antecipa a 
aquisição da capacidade de fato e, por consequência, da capacidade plena aos menores de 18 anos, 
sendo composta por três tipos: emancipação voluntária; emancipação judicial; e emancipação legal. 
Conforme caso em tela, os pais de Márcia, adolescente com 17 anos de idade, querem emancipá-la, 
logo, temos o caso da emancipação voluntária. 
 
A emancipação voluntária é concedida pelos dois pais ou responsável maior, medianteinstrumento 
público, realizada em um Cartório competente do Registro Civil de Pessoas Naturais, sem a 
necessidade de homologação judicial (CC, art. 5º, parágrafo único, I). Vejamos o Código Civil: 
 
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Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos 
tenha economia própria. (grifo nosso). 
 
Diante do exposto, nosso gabarito é: Deve, necessariamente, ser levado a registro no cartório 
competente do Registro Civil de Pessoas Naturais. 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 02 - (FGV – OAB – XXIX Exame de Ordem / 2019) 
Gumercindo, 77 anos de idade, vinha sofrendo os efeitos do Mal de Alzheimer, que, embora não 
atingissem sua saúde física, perturbavam sua memória. Durante uma distração de seu enfermeiro, 
conseguiu evadir-se da casa em que residia. A despeito dos esforços de seus familiares, ele nunca foi 
encontrado, e já se passaram nove anos do seu desaparecimento. Agora, seus parentes lidam com as 
dificuldades relativas à administração e disposição do seu patrimônio. 
Assinale a opção que indica o que os parentes devem fazer para receberem a propriedade dos bens de 
Gumercindo. 
A) Somente com a localização do corpo de Gumercindo será possível a decretação de sua morte e a 
transferência da propriedade dos bens para os herdeiros. 
B) Eles devem requerer a declaração de ausência, com nomeação de curador dos bens, e, após um ano, 
a sucessão provisória; a sucessão definitiva, com transferência da propriedade dos bens, só poderá 
ocorrer depois de dez anos de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão 
provisória. 
C) Eles devem requerer a sucessão definitiva do ausente, pois ele já teria mais de oitenta anos de idade, 
e as últimas notícias dele datam de mais de cinco anos. 
D) Eles devem requerer que seja declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, por ele se 
encontrar desaparecido há mais de dois anos, abrindo-se, assim, a sucessão. 
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Comentários: 
A questão toda cobra o conhecimento da antecipação da sucessão definitiva, disposta no art. 38 do 
Código Civil. Se for provado que o ausente conta com 80 anos de idade e que de 05 anos datam as 
últimas notícias dele, pode-se requerer a sucessão definitiva (CC, art. 38). 
 
Assim, temos duas condições que precisam ser atendidas para que a sucessão definitiva seja 
antecipada, quais sejam: 
(i) O ausente precisa ter 80 anos, comprovados; 
(ii) Precisa estar ausente por 05 anos. 
 
Portanto, os parentes do Gumercindo devem requerer sua sucessão definitiva, pois os dois requisitos 
foram cumpridos. Eles devem requerer a sucessão definitiva do ausente, pois ele já teria mais de 
oitenta anos de idade, e as últimas notícias dele datam de mais de cinco anos. 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 03 - (FGV – OAB – XX Exame de Ordem / 2016) 
Pedro, em dezembro de 2011, aos 16 anos, se formou no ensino médio. Em agosto de 2012, ainda com 
16 anos, começou estágio voluntário em uma companhia local. Em janeiro de 2013, já com 17 anos, foi 
morar com sua namorada. Em julho de 2013, ainda com 17 anos, após ter sido aprovado e nomeado em 
um concurso público, Pedro entrou em exercício no respectivo emprego público. 
Tendo por base o disposto no Código Civil, assinale a opção que indica a data em que cessou a 
incapacidade de Pedro. 
A) Dezembro de 2011. 
B) Agosto de 2012. 
C) Janeiro de 2013. 
D) Julho de 2013. 
 
Comentários: 
Pessoal essa questão é muito boa, aborda quase todas as hipóteses de cessação da incapacidade para 
menores dispostas no art. 5º do Código Civil, vamos às informações da questão: 
- Pedro se formou no ensino médio em dezembro de 2011: aqui a questão explora o art. 5º “IX - pela 
colação de grau em curso de ensino superior”, logo esse não é motivo para cassar a incapacidade. 
- Pedro janeiro de 2013, já com 17 anos, foi morar com sua namorada: aqui a questão confunde com o 
inciso II do mesmo artigo, que dispõe que a incapacidade cessa com o casamento. 
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- Pedro em agosto de 2012 começa um estágio em julho de 2013, ainda com 17 anos, é aprovado em e 
nomeado em um concurso público: por fim, a questão explora o inciso III do mesmo artigo, que dispõe 
que a incapacidade cessa com o “exercício de emprego público efetivo”. 
 
Logo, Pedro tem sua incapacidade cessada quando e nomeado no concurso público em julho de 2013. 
Devemos, portanto, marcar a opção: Julho de 2013. 
 
Gabarito: Letra D 
 
QUESTÃO 04 - (FGV – OAB – XX Exame de Ordem / 2016) 
Cristiano, piloto comercial, está casado com Rebeca. Em um dia de forte neblina, ele não consegue 
controlar o avião que pilotava e a aeronave, com 200 pessoas a bordo, desaparece dos radares da torre 
de controle pouco antes do tempo previsto para a sua aterrissagem. Depois de vários dias de busca, 
apenas 10 passageiros foram resgatados, todos em estado crítico. Findas as buscas, como Cristiano não 
estava no rol de sobreviventes e seu corpo não fora encontrado, Rebeca decide procurar um advogado 
para saber como deverá proceder a partir de agora. 
Com base no relato apresentado, assinale a afirmativa correta. 
A) A esposa deverá ingressar com uma demanda judicial pedindo a decretação de ausência de Cristiano, 
a fim de que o juiz, em um momento posterior do processo, possa declarar a sua morte presumida. 
B) A esposa não poderá requerer a declaração de morte presumida de Cristiano, uma vez que apenas o 
Ministério Público detém legitimidade para tal pedido. 
C) A declaração da morte presumida de Cristiano poderá ser requerida independentemente de prévia 
decretação de ausência, uma vez que esgotadas as buscas e averiguações por parte das autoridades 
competentes. 
D) A sentença que declarar a morte presumida de Cristiano não deverá fixar a data provável de seu 
falecimento, contando-se, como data da morte, a data da publicação da sentença no meio. 
 
Comentários: 
A questão trata da declaração por morte presumida, sem decretação de ausência, conforme é 
estabelecido pelo art. 7º do CC: 
 
“Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
(...) 
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Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente 
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a 
sentença fixar a data provável do falecimento”. 
 
Dessa forma, como aduz o caput da questão as buscas foram encerradas, portanto poderá ser declarada 
a morte presumida de Cristiano. A declaração da morte presumida de Cristiano poderá ser requerida 
independentemente de prévia decretação de ausência, uma vez que esgotadas as buscas e 
averiguações por parte das autoridades competentes. 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 05 – (FGV – OAB – XVIII Exame de Ordem / 2015) 
Ricardo, brasileiro naturalizado, mora na cidade do Rio de Janeiro há 9 (nove) anos. Em visita a parentes 
italianos, conhece Giulia, residente em Roma, com quem passa a ter um relacionamento amoroso. Após 
3 (três) anos de namoro a distância, ficam noivos e celebram matrimônio em território italiano. De comum 
acordo, o casal estabelece seu primeiro domicílio em São Paulo, onde ambos possuem oportunidades de 
trabalho. 
À luz das regras de Direito Internacional Privado, veiculadas na Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (LINDB), não havendo pacto antenupcial, assinale a opção que indica a legislação que irá reger 
o regime de bens entre os cônjuges. 
A) Aplicável a Lei italiana, haja vista que nenhum dos cônjuges é brasileiro nato. 
B) Aplicável a Lei italiana, em razão do local em que foi realizado o casamento. 
C) Aplicável a Lei brasileira, em razão do domicílio do cônjuge varão. 
D) Aplicável a Lei brasileira, porque aqui constituído o primeiro domicílio do casal. 
 
Comentários: 
Pessoal, como vimos na aula a lei do país em que é domiciliada a pessoa é a que determina as regras 
sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família (CC, art. 7º). 
Bem como, o regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que os nubentes tiverem 
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal (CC, art. 7º, § 4º). 
 
Assim, é correto afirmar que a legislação que irá reger o regime de bens entre os cônjuges e: 
Aplicável a Lei brasileira, porque aqui constituído o primeiro domicílio do casal. 
 
Gabarito: Letra D 
QUESTÃO 06 – (FGV – OAB – XVI Exame de Ordem / 2015) 
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Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento necessários 
para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. 
Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido: 
A) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do 
tutelado. 
B) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial. 
C) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento 
judicial. 
D) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais. 
 
Comentários: 
O caso hipotético trazido pelo caput da questão explora o art. 5º, par. ú, inciso I, do CC, que dispõe que: 
 
“Art. 5º (...) Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; (...)” 
 
Dessa forma, como José tem 16 anos, poderá ser emancipado mediante sentença judicial e com a oitiva 
do tutor. José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as 
condições do tutelado. 
 
Gabarito: Letra A 
 
QUESTÃO 07 – (FGV – OAB – XIV Exame de Ordem / 2014) 
Raul, cidadão brasileiro, no meio de uma semana comum, desaparece sem deixar qualquer notícia para 
sua ex-esposa e filhos, sem deixar cartas ou qualquer indicação sobre seu paradeiro. 
Raul, que sempre fora um trabalhador exemplar, acumulara em seus anos de labor um patrimônio 
relevante. Como Raul morava sozinho, já que seus filhos tinham suas próprias famílias e ele havia se 
separado de sua esposa 4 (quatro) anos antes, somente após uma semana seus parentes e amigos 
deram por sua falta e passaram a se preocupar com o seu desaparecimento. 
Sobre a situação apresentada, assinale a opção correta. 
A) Para ser decretada a ausência, é necessário que a pessoa tenha desaparecido há mais de 10 (dez) 
dias. Como faz apenas uma semana que Raul desapareceu, não pode ser declarada sua ausência, com 
a consequente nomeação de curador. 
B) Em sendo declarada a ausência, o curador a ser nomeado será a ex-esposa de Raul. 
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C) A abertura da sucessão provisória somente se dará ultrapassados três anos da arrecadação dos bens 
de Raul. 
D) Se Raul contasse com 85 (oitenta e cinco) anos e os parentes e amigos já não soubessem dele há 8 
(oito) anos, poderia ser feita de forma direta a abertura da sucessão definitiva. 
 
Comentários: 
Alternativa A. ERRADA. Não existe prazo para ser decretada a ausência da pessoa desaparecido, 
conforme é estabelecido pelo art. 22 do CC: “Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem 
dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os 
bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e 
nomear-lhe-á curador.” 
Alternativa B. ERRADA. Em sendo declarada a ausência, o curador a ser nomeado NÃO será a ex-
esposa de Raul, pois essa estava separada de Raul 4 anos antes, conforme é estabelecido pelo art. 25 
do CC: “Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por 
mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.” 
Alternativa C. ERRADA. A abertura da sucessão provisória será realizada 1 ano após sua ausência, 
pois Raul não deixou procurador ou representante, conforme é estabelecido pelo art. 26 do CC: “Art. 26. 
Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, 
em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra 
provisoriamente a sucessão”. 
Alternativa D. CORRETA. O caso hipotético descrito pelo caput explora o tema “ausência”, pois Raul 
desapareceu sem deixar notícias. Nos termos do art. 38 do CC temos que: se for provado que o ausente 
conta com 80 anos de idade e que de 05 anos datam as últimas notícias dele, pode-se requerer a 
sucessão definitiva (CC, art. 38). Dessa forma, será aberta a sucessão definitiva se Raul preencher os 
requisitos: (i) ter 80 anos, comprovados; (ii) estar ausente por 05 anos. 
 
Gabarito: Letra D 
 
QUESTÃO 08 – (FGV – OAB – X Exame de Ordem / 2013) 
Gustavo completou 17 anos de idade em janeiro de 2010. Em março de 2010 colou grau em curso de 
ensino médio. Em julho de 2010 contraiu matrimônio com Beatriz. Em setembro de 2010, foi aprovado 
em concurso público e iniciou o exercício de emprego público efetivo. Por fim, em novembro de 2010, 
estabeleceu-se no comércio, abrindo um restaurante. 
Assinale a alternativa que indica o momentoem que se deu a cessação da incapacidade civil de Gustavo. 
A) No momento em que iniciou o exercício de emprego público efetivo. 
B) No momento em que colou grau em curso de ensino médio. 
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C) No momento em que contraiu matrimônio. 
D) No momento em que se estabeleceu no comércio, abrindo um restaurante. 
 
Comentários: 
Antes de resolvermos a questão vamos reproduzir o parágrafo único do art. 5º, do CC, que estabelece 
as hipóteses em que cessa a incapacidade para os menores: 
 
“Art. 5º (...) Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos 
tenha economia própria.” 
 
Organizando o caput da questão temos os seguintes eventos em relação ao Gustavo: 
- Em janeiro de 2010 completou 17 anos 
- Em março de 2010 colou grau em curso de ensino médio. 
- Em julho de 2010 contraiu matrimônio com Beatriz. 
- Em setembro de 2010, foi aprovado em concurso público e iniciou o exercício de emprego público 
efetivo. 
- Em novembro de 2010, estabeleceu-se no comércio, abrindo um restaurante. 
 
Dessa forma, fazendo o cotejo entre o caso prático e o que dispõe o parágrafo único do Código Civil 
temos que Gustavo, em julho de 2010 teve sua incapacidade cessada ao contrair matrimônio com 
Beatriz. Assim, resta certa a opção: No momento em que contraiu matrimônio. 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 09 – (FGV – OAB – XII Exame de Ordem / 2013) 
João Marcos, renomado escritor, adota, em suas publicações literárias, o pseudônimo Hilton Carrillo, pelo 
qual é nacionalmente conhecido. Vítor, editor da Revista “Z”, empregou o pseudônimo Hilton Carrillo em 
vários artigos publicados nesse periódico, de sorte a expô-lo ao ridículo e ao desprezo público. 
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Em face dessas considerações, assinale a afirmativa correta. 
A) A legislação civil, com o intuito de evitar o anonimato, não protege o pseudônimo e, em razão disso, 
não há de se cogitar em ofensa a direito da personalidade, no caso em exame. 
B) A Revista “Z” pode utilizar o referido pseudônimo em uma propaganda comercial, associado a um 
pequeno trecho da obra do referido escritor sem expô-lo ao ridículo ou ao desprezo público, independente 
da sua autorização. 
C) O uso indevido do pseudônimo sujeita quem comete o abuso às sanções legais pertinentes, como 
interrupção de sua utilização e perdas e danos. 
D) O pseudônimo da pessoa pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a 
exponham ao desprezo público, quando não há intenção difamatória. 
 
Comentários: 
O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicação que exponha ao desprezo 
público, ainda que não seja a intenção (art. 17, Código Civil de 2002), bem como, o pseudônimo goza 
da mesma proteção que se dá ao nome (art. 19, Código Civil de 2002). Assim, quando Vítor utiliza o 
pseudônimo de João Marcos, está infringindo o Código Civil. 
 
Logo, devemos marcar que: O uso indevido do pseudônimo sujeita quem comete o abuso às 
sanções legais pertinentes, como interrupção de sua utilização e perdas e danos. 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 10 – (FGV – OAB – XII Exame de Ordem / 2013) 
João Marcos, renomado escritor, adota, em suas publicações literárias, o pseudônimo Hilton Carrillo, pelo 
qual é nacionalmente conhecido. Vítor, editor da Revista “Z”, empregou o pseudônimo Hilton Carrillo em 
vários artigos publicados nesse periódico, de sorte a expô-lo ao ridículo e ao desprezo público. 
Em face dessas considerações, assinale a afirmativa correta. 
A) A legislação civil, com o intuito de evitar o anonimato, não protege o pseudônimo e, em razão disso, 
não há de se cogitar em ofensa a direito da personalidade, no caso em exame. 
B) A Revista “Z” pode utilizar o referido pseudônimo em uma propaganda comercial, associado a um 
pequeno trecho da obra do referido escritor sem expô-lo ao ridículo ou ao desprezo público, independente 
da sua autorização. 
C) O uso indevido do pseudônimo sujeita quem comete o abuso às sanções legais pertinentes, como 
interrupção de sua utilização e perdas e danos. 
D) O pseudônimo da pessoa pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a 
exponham ao desprezo público, quando não há intenção difamatória. 
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Comentários: 
O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicação que exponha ao desprezo 
público, ainda que não seja a intenção (art. 17, Código Civil de 2002), bem como, o pseudônimo goza 
da mesma proteção que se dá ao nome (art. 19, Código Civil de 2002). Assim, quando Vítor utiliza o 
pseudônimo de João Marcos, está infringindo o Código Civil. 
 
Logo, devemos marcar que: O uso indevido do pseudônimo sujeita quem comete o abuso às 
sanções legais pertinentes, como interrupção de sua utilização e perdas e danos. 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 11 – (FGV – OAB – VII Exame de Ordem / 2012) 
A proteção da pessoa é uma tendência marcante do atual direito privado, o que leva alguns autores a 
conceberem a existência de uma verdadeira cláusula geral de tutela da personalidade. Nesse sentido, 
uma das mudanças mais celebradas do novo Código Civil foi a introdução de um capítulo próprio sobre 
os chamados direitos da personalidade. Em relação à disciplina legal dos direitos da personalidade no 
Código Civil, é correto afirmar que 
A) Havendo lesão a direito da personalidade, em se tratando de morto, não é mais possível que se 
reclamem perdas e danos, visto que a morte põe fim à existência da pessoa natural, e os direitos 
personalíssimos são intransmissíveis. 
B) Como regra geral, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, mas o seu 
exercício poderá sofrer irrestrita limitação voluntária. 
C) É permitida a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, com objetivo altruístico ou 
científico, para depois da morte, sendo que tal ato de disposição poderá ser revogado a qualquer tempo. 
D) Em razão de sua maior visibilidade social, a proteção dos direitos da personalidade das celebridades 
e das chamadas pessoas públicas é mais flexível, sendo permitido utilizar o seu nome para finalidade 
comercial, ainda que sem prévia autorização. 
 
Comentários: 
Alternativa A. ERRADA. É possível sim que se reclame perdas e danos, conforme é estabelecido no 
art. 12, parágrafo único, do CC temos que: “Art. 12. (...) Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá 
legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente 
em linha reta, ou colateral atéo quarto grau”. 
Alternativa B. ERRADA. Os direitos da personalidade poderão sofrer limitações voluntárias, mas não 
de forma irrestrita (CC, art. 11, parágrafo único). 
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Alternativa C. CORRETA. Nos termos do art. 14, do CC temos que: “Art. 14. É válida, com objetivo 
científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da 
morte.” 
Alternativa D. ERRADA. É necessária autorização para usar o nome alheio em propaganda comercial 
(CC, art. 18). 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 12 – (FGV – OAB – VI Exame de Ordem / 2012) 
Francis, brasileira, empresária, ao se deslocar do Rio de Janeiro para São Paulo em seu helicóptero 
particular, sofreu terrível acidente que culminou com a queda do aparelho em alto-mar. Após sucessivas 
e exaustivas buscas, feitas pelas autoridades e por empresas privadas contratadas pela família da vítima, 
infelizmente não foram encontrados os corpos de Francis e de Adilson, piloto da aeronave. Tendo sido 
esgotados os procedimentos de buscas e averiguações, de acordo com os artigos do Código Civil que 
regulam a situação supramencionada, é correto afirmar que o assento de óbito em registro público 
A) Independe de qualquer medida administrativa ou judicial, desde que seja constatada a notória 
probabilidade de morte de pessoa que estava em perigo de vida. 
B) Depende exclusivamente de procedimento administrativo quanto à morte presumida junto ao Registro 
Civil das Pessoas Naturais. 
C) Depende de prévia ação declaratória judicial quanto à morte presumida, sem necessidade de 
decretação judicial de ausência. 
D) Depende de prévia declaração judicial de ausência, por se tratar de desaparecimento de uma pessoa 
sem dela haver notícia. 
 
Comentários: 
A questão cobrou nosso conhecimento do artigo 7º, inciso I, do Código Civil de 2002, que dispõe que 
pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência quando: “I - se for extremamente 
provável a morte de quem estava em perigo de vida;” 
 
Ainda, cabe destacarmos que a declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser 
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do 
falecimento (art. 7º, parágrafo único, Código Civil de 2002). 
 
Logo, resta correta a alternativa: Depende de prévia ação declaratória judicial quanto à morte 
presumida, sem necessidade de decretação judicial de ausência. 
 
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Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 13 – (FGV – OAB – IV Exame de Ordem / 2011) 
Rodolfo, brasileiro, engenheiro, solteiro, sem ascendentes ou descendentes, desapareceu de seu 
domicílio há 11 (onze) meses e até então não houve qualquer notícia sobre seu paradeiro. Embora tenha 
desaparecido, deixou Lisa, uma amiga, como mandatária para a finalidade de administrar-lhe os bens. 
Todavia, por motivos de ordem pessoal, Lisa não quis exercer os poderes outorgados por Rodolfo em 
seu favor, renunciando expressamente ao mandato. De acordo com os dispositivos que regem o instituto 
da ausência, assinale a alternativa correta. 
A) O juiz não poderá declarar a ausência e nomear curador para Rodolfo, pois Lisa não poderia ter 
renunciado o mandato outorgado em seu favor, já que só estaria autorizada a fazê-lo em caso de 
justificada impossibilidade ou de constatada insuficiência de poderes. 
B) A renúncia ao mandato, por parte de Lisa, era possível e, neste caso, o juiz determinará ao Ministério 
Público que nomeie um curador encarregado de gerir os bens do ausente, observando, no que for 
aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. 
C) Os credores de obrigações vencidas e não pagas de Rodolfo, decorrido 1 (um) ano da arrecadação 
dos bens do ausente, poderão requerer que se determine a abertura de sua sucessão provisória. 
D) Poderá ser declarada a sucessão definitiva de Rodolfo 10 (dez) anos depois de passada em julgado a 
sentença que concedeu a sucessão provisória, mas, se nenhum interessado promover a sucessão 
definitiva, nesse prazo, os bens porventura arrecadados deverão ser doados a entidades filantrópicas 
localizadas no município do último domicílio de Rodolfo. 
 
Comentários: 
Alternativa A. ERRADA. Lisa poderia renunciar ao mandado outorgado por Rodolfo, neste caso seria 
declarada a ausência e se nomearia curador para os bens do ausente (art. 23, Código Civil de 2002). 
Alternativa B. ERRADA. Lisa poderia renunciar sim ao mandato, todavia a questão peca ao afirmar que 
caberia ao Ministério Público nomear curador, o juiz é o competente para nomear um novo curador. 
Alternativa C. CORRETO. Conforme dispõe o art. 26 do CC, após transcorrido o prazo da curadoria o 
interessado poderá requerer que se declare a ausência e se abra a sucessão provisória, ainda, os 
credores de obrigações vencidas e não pagas são considerados “interessados”, nos termos do art. 27, 
inciso IV, CC. 
Alternativa D. ERRADA. Conforme o art. 37 do CC dispõe, os bens passarão ao domínio do Município, 
Distrito Federal ou União – no caso dos Territórios Federais – a depender da localização dos respectivos 
bens. 
 
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Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 14 – (FGV – OAB – IV Exame de Ordem / 2011) 
Suponha que tenha sido publicada no Diário Oficial da União, do dia 26 de abril de 2011 (terça-feira), uma 
lei federal, com o seguinte teor: 
“Lei GTI, de 25 de abril de 2011. 
Define o alcance dos direitos da personalidade previstos no Código Civil. 
O Presidente da República 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º: Os direitos da personalidade previstos no Código Civil aplicáveis aos nascituros são estendidos 
aos embriões laboratoriais (in vitro), ainda não implantados no corpo humano. 
Art. 2º: Esta lei entra em vigor no prazo de 45 dias. Brasília, 25 de abril 2011, 190º da Independência da 
República e 123º da República.” 
Ante a situação hipotética descrita e considerando as regras sobre a forma de contagem do período de 
vacância e a data em que a lei entrará em vigor, é correto afirmar que a contagem do prazo para entrada 
em vigor de lei que contenha período de vacância se dá 
A) pela exclusão da data de publicação da lei e a inclusão do último dia do prazo, entrando em vigor no 
dia subsequente à sua consumação integral, que na situação descrita será o dia 13/06/2011. 
B) pela inclusão da data de publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à 
sua consumação integral, passando a vigorar no dia 10/06/2011. 
C) pela inclusão da data de publicação e exclusão do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 
09/06/2011. 
D) pela exclusão da data de publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 11/06/2011. 
 
Comentários: 
A questão aborda a contagem de prazo na vacatio legis. Nos termos do art. 8º, § 1º, da LC 95/98 – que 
dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, temos que: 
 
“Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressae de modo a contemplar 
prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula 
"entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão. 
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período 
de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do 
prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral.” 
 
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Assim, na contagem de prazo da vacatio legis inclui-se a data da publicação e o último dia do prazo! 
Logo, é correto afirmar que período de vacância se dá: pela inclusão da data de publicação e do 
último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral, passando 
a vigorar no dia 10/06/2011. 
 
Gabarito: Letra B 
 
QUESTÃO 15 – (CESPE – OAB-SP – Exame de Ordem / 2008) 
A ciência da interpretação normativa tem por objetivo descobrir o sentido e o alcance das normas 
jurídicas. Nesse contexto, a interpretação autêntica da lei é realizada. 
A) Pela doutrina. 
B) Pela prolação de uma decisão judicial. 
C) Pelo legislador. 
D) Pela jurisprudência. 
 
Comentários: 
Questão simples! A interpretação normativa tem por objetivo descobrir o sentido e o alcance das normas 
jurídicas é a realizada pelo próprio legislador (interpretação autêntica). Vamos aos outros tipos: 
- Interpretação jurisprudencial: são as decisões judiciais proferidas reiteradamente sobre um tema, bem 
como as Súmulas Vinculantes. 
- Interpretação doutrinária: é realizada pelos estudiosos do direito. 
 
Dessa forma, devemos marcar a opção: Pelo legislador. 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 16 – (CESPE – OAB-SP – Exame de Ordem / 2008) 
Acerca do que dispõe a Lei de Introdução ao Código Civil, assinale a opção correta. 
A) O direito adquirido é aquele que foi definitivamente incorporado ao patrimônio de seu titular, seja por 
se ter realizado o termo preestabelecido, seja por se ter implementado a condição necessária. 
B) A lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes revoga a lei anterior, 
ainda que não o declare expressamente. 
C) A analogia e a interpretação extensiva são institutos jurídicos idênticos. 
D) Em qualquer situação, é possível a utilização dos costumes contra legem como instrumento de 
integração do ordenamento jurídico. 
 
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Comentários: 
Alternativa A. CORRETA. Conforme o art. 6º da LINDB “A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, 
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada”. A opção a ser marcada cobra o 
conceito de “direito adquirido”, que é estabelecido pelo art. 6º, § 2º: “Consideram-se adquiridos assim os 
direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício 
tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”. 
Alternativa B. ERRADO. Nos termos do art. 2º, § 2º, da LINDB: Art. 2 o (...) § 2o A lei nova, que 
estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei 
anterior. 
Alternativa C. ERRADO. A analogia é, em verdade, um método de integração do Direito e não 
interpretação. 
Alternativa D. ERRADO. Em regra, não é aceito o instrumento de integração de costumes contra legem. 
A assertiva erra ao afirmar “em qualquer situação”. 
 
Gabarito: Letra A 
 
QUESTÃO 17 – (CESPE – OAB – Exame de Ordem / 2008) 
Pessoa é todo ente físico ou moral suscetível de direitos e obrigações, sendo, portanto, sujeito de direitos. 
Idem, ibidem. 
Tendo o fragmento de texto acima como referência e considerando os dispositivos do Código Civil 
relativos às pessoas natural e jurídica, assinale a opção correta. 
A) A capacidade de exercício da pessoa natural corresponde à sua inaptidão para ser sujeito de direito. 
B) A capacidade de exercício ou de fato da pessoa natural pressupõe a de gozo ou de direito, mas esta 
pode subsistir sem aquela. 
C) A incapacidade relativa da pessoa natural não pode ser suprida. 
D) O estado político da pessoa natural indica a sua situação em relação ao matrimônio e ao parentesco 
consanguíneo ou por afinidade. 
 
Comentários: 
Temos a “capacidade de direito”, a “capacidade de fato” e a “capacidade plena”: 
- Capacidade de direito (ou gozo): é a aptidão para ser titular de direitos e deveres na ordem civil 
(Adquire-se com o nascimento com vida). 
- Capacidade de fato: é a aptidão para exercer atos jurídicos por si só (Em regra, é adquirida após os 18 
anos). 
- Capacidade Plena: se dá quando se tem as duas capacidades anteriores: a “capacidade de direito” e 
a “capacidade de fato”. 
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Dessa forma, um indivíduo pode ter capacidade de direito (ou gozo) e não ter a capacidade de fato, 
como, por exemplo, ocorre com um bebê, em regra. Logo, devemos marcar: A capacidade de exercício 
ou de fato da pessoa natural pressupõe a de gozo ou de direito, mas esta pode subsistir sem 
aquela. 
 
Gabarito: Letra B 
 
QUESTÃO 18 – (CESPE – OAB – Exame de Ordem / 2008) 
Acerca da Lei de Introdução do Código Civil e da vigência, aplicação e interpretação das leis, assinale a 
opção correta. 
A) Iniciado o transcurso da vacatio legis, se, por qualquer motivo, ocorrer nova publicação do texto legal, 
o prazo de obrigatoriedade da lei contará da primeira publicação. 
B) A lei nova que estabelece disposições gerais revoga as leis especiais anteriores que dispuserem sobre 
a mesma matéria, pois não pode ocorrer conflito de leis, ou seja, uma mesma matéria não pode ser regida 
por diversas leis. 
C) Repristinação da lei é dar nova vigência a determinada lei, ou seja uma lei que tiver sido revogada 
volta a viger por determinação expressa de uma nova lei. 
D) A lei tem vigência até que a outra lei a revogue, ou, então, até que a lei nova com ela seja incompatível. 
Nesse caso, ocorre a derrogação da lei, ou seja, a revogação integral de uma lei anterior por uma 
posterior. 
 
Comentários: 
A repristinação se dá quando uma norma revogada volta a vigorar após a revogação da lei que a revogou. 
No Brasil, em regra, não há efeito repristinatórios, salvo se lei dispuser em contrário: “Art. 2º (...), § 3º 
Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
 
Assim, é correto afirmar que: Repristinação da lei é dar nova vigência a determinada lei, ou seja 
uma lei que tiver sido revogada volta a viger por determinação expressa de uma nova lei. 
 
Gabarito: Letra C 
 
QUESTÃO 19 – (CESPE – OAB-SP – Exame de Ordem / 2008) 
A Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), lei de introdução às leis, contém princípios gerais sobre as 
normas sem qualquer discriminação, indicando como aplicá-las, determinando-lhes a vigência e eficácia, 
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