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PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 1
Apresentação dos Procedimentos da disciplina de Prática Simulada III
Tema
Apresentação dos Procedimentos da disciplina de Prática Simulada III
 
Articulação Teoria e Prática. 
Petições iniciais e recursos. 
Estruturas das peças. 
Abordagem geral dos requisitos para elaboração das peças processuais.
Palavras-chave
Articulação Teoria e Prática - Petição inicial - Recursos
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Compreender o Plano de Ensino da Disciplina e sua importância para os objetivos do 
curso. 
Conhecer: as competências: conteúdos, habilidades e atitudes a ser desenvolvidas, em 
articulação com as disciplinas teóricas do curso; a metodologia de ensino centrada na 
elaboração de peças processuais a partir de casos concretos e a bibliografia básica e 
complementar.
 
Articular a teoria e prática, alcançando conceitos adquiridos em Direito Penal/Processo 
Penal acerca de petição inicial e recursos, bem como seus requisitos legais previstos em 
lei.
Estrutura de Conteúdo
Apresentação dos procedimentos de Prática Simulada III e sua metodologia. 
Apresentação do Plano de Ensino (procedimento de provas, ementa e bibliografia), 
calendário, frequência, etc.
Articulação Teoria e Prática. Estruturas das peças processuais.
Procuração 
Petição inicial
 Endereçamento
 Partes
 Fatos e Fundamentos
 Pedido
 Provas
 Valor da causa
Procedimentos de Ensino
Este conteúdo será trabalhado ao longo da primeira semana de aula , cabendo ao 
professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas de 
cada turma.
O intuito é de apresentar uma descrição pontual do conteúdo do Plano de Ensino da 
disciplina, discorrendo sobre seu âmbito bem como, a partir da aplicação da metodologia 
explicativa, através da qual o aluno possa começar a familiarizar-se com a matéria.
Devemos sair da tradicional aula expositiva e buscar:
· o debate oral sobre os fatos e normas de direito material e processual 
necessários para a análise do caso concreto objeto da aula;
· estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os 
temas e conceitos;
· manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base 
conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça.
· construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos 
principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, 
elaborando uma síntese final;
· manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
 . instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade 
da participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em 
todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
A leitura prévia dos conteúdos, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis 
no ambiente virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
Esta aula será de fundamental importância como uma apresentação à disciplina Prática 
simulada III e aos requisitos essenciais para elaboração de uma petição inicial e um 
recurso dentro dos padrões da técnica jurídica.
Indicação de Leitura Específica
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências 
Criminais - IBCCrim. Ed. RT.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo e Execução Penal. São Paulo: Revista 
dos Tribunais,2011. 
Recursos
 Código de Processo Penal.
 Código Penal.
 Jurisprudência. 
 CODJERJ.
 Estatuto da Advocacia.
Aplicação: articulação teoria e prática
MODELO DE PROCURAÇÃO PARA QUEIXA- CRIME
 
ART. 44 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
 
MODELO 
PROCURAÇÃO
 
FULANA DE TAL, (NACIONALIDADE), (PROFISSÃO), (ESTADO CIVIL), 
portadora da Cédula de Identidade (RG), inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do 
Ministério da Fazenda sob nº (CPF), residente e domiciliada no endereço (ENDEREÇO), 
nomeia e constitui como seu procurador o advogado (NOME DO ADVOGADO), 
inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº (OAB), (QUALIFICAÇÃO DO 
ADVOGADO), com escritório profissional no (ENDEREÇO PROFISSIONAL), a quem 
concede, com fulcro do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS 
PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM QUEIXA CRIME contra TÍCIO, 
(QUALIFICAÇÃO), porque, há menos de seis meses, precisamente no dia (DATA DO 
FATO), por volta das 07:30 horas, na rua (LOCAL DO FATO), na presença de terceiros, 
dirigiu-se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos com palavras injuriosas 
e de baixo calão, chamando-a de vagabunda?, dizendo que ela não valia nada e que ela 
não passa de uma prostituta, que a outorgante e seu esposo são uma família de gente 
vagabunda, ladrões, mau pagadores, desonestos e que seu cônjuge é o corno frouxo e que 
seria o laranja da família de vagabundos porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo 
evento, ameaçou sua integridade física caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e 
ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de desferir 2 (dois) tapas em sua face, 
tendo assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL, previsto no art. 140, 
§2º, c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação Penal 
Privada.
 
 
LOCAL E DATA
 
_____________________________
FULANA DE TAL
OBS: A procuração para queixa-crime exige a descrição dos fatos, é exigência 
INDISPENSÁVEL. Se o advogado juntar uma procuração comum, e existindo a demora 
de 6 (seis) meses ocorrerá a decadência. 
Avaliação
Considerações Adicionais
 
PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 2
Petição Inicial: Queixa-Crime
Tema
Petição Inicial: Queixa-Crime
Palavras-chave
Petição Inicial: Queixa-Crime
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de elaborar uma petição inicial, preenchendo os requisitos 
necessários, identificando e esclarecendo: o sujeito ativo do crime; os autores e os meios 
empregados; resultado; o lugar do crime; os motivos do crime; o modo a maneira pela 
qual foi praticado; o tempo do fato, dentro de uma configuração formal que a peça deve 
ter, considerando a lógica da mesma.
Estrutura de Conteúdo
Inquérito Policial; Formas de cognição; notícia de crime direcionada a autoridade; 
requerimento do ofendido. Termo circunstanciado (art. 69 da Lei 9.099/95).
A petição inicial: 
Conceito, elementos e requisitos, aspectos formais da petição. 
A petição inicial nos procedimentos sumaríssimo, sumário e ordinário, nos dolosos contra 
a vida. 
A petição inicial na queixa-crime e a procuração, requisitos. 
Prazo para propositura da ação penal privada.
Procedimentos de Ensino
Devemos sair da tradicional aula expositiva e buscar: 
· o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito material e processual 
necessários para a análise do caso concreto objeto da aula;
· estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e 
clarificando conceitos;
· manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual 
que servirá de referência para a elaboração da peça.
· construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais 
da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese 
final;
· manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
· instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da 
participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em 
todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Buscar através dos 
sites: www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br;www.ju
risway.org.br
julgados existentes sobre o tema da aula. 
Petição inicial: Queixa-crime.
O aluno deverá redigir uma queixa-crime (ação penal de iniciativaprivada, exclusiva ou 
propriamente dita), com fundamento no Art. 41 do CPP ou no Art. 100, § 2º, do CP, c/c o 
Art. 30 do CPP, dirigida ao Juizado Especial Criminal de Niterói.
Como petição inicial de uma ação penal, assim como o é a denúncia, deve conter os 
mesmos requisitos que esta (Art. 41, do CPP). Como principal diferença, destaca-se que, 
enquanto a denúncia é subscrita por membro do Ministério Público, a queixa-crime será 
proposta pelo ofendido ou seu representante legal (querelante), patrocinado por 
advogado, sendo exigida para esse ato processual capacidade postulatória, de tal sorte 
que, da procuração, devem constar poderes especiais (Art. 44 do CPP).
Deverá formular os seguintes pedidos:
a) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos 
artigos 139 e 140 c/c o Art. 141, III, n/f com o Art. 70, todos do CP;
b) a citação da querelada;
c) a oitiva das testemunhas arroladas;
d) a condenação da querelada ao pagamento das custas e demais despesas processuais; e
e) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CP.
Apresentar o rol de testemunhas (indicando as testemunhas Marcos, Miguel e Manuel) e 
datar a peça, observado o prazo decadencial de 6 meses para propositura da queixa-crime 
(Art. 103 do CP, c/c o Art. 38 do CPP), independentemente da conclusão do inquérito 
policial, se conhecida a autoria e havendo prova da materialidade, como no caso em 
comento.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. I ao IV. Rogério Greco. Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal. Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha. Editora: 
Juspodivm.
Direito Penal Aplicado. Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Autor: Pedro 
Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro. Editora: 
Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal. Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues 
C. De Alencar.Editora: Juspodivm
Manual de Processo e Execução Penal - Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista 
dos Tribunais,2011. 
Recursos
· Código de Processo Penal.
· Código Penal.
· Jurisprudência. 
· CODJERJ.
· Estatuto da Advocacia.
Aplicação: articulação teoria e prática
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em 
uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato 
com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Além disso, também utiliza 
constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o 
fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo.
No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma 
reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria 
da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, 
então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à 
comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.
Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social 
e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da 
comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio 
na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal 
de Pedro.
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte 
comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, 
bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro 
perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha 
todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado 
pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa 
em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo! 
Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio 
de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários 
ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos 
amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele 
instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas 
perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia 
seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes 
de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da 
mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. 
Passados quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu escritório de advocacia e 
narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve assisti-lo. 
Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais 
e Juizados Especiais Criminais.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo 
caso concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas 
pertinentes. Indique também o último dia para oferecimento da peça cabível.
Avaliação
 
QUESITOS A SEREM OBSERVADOS NA QUEIXA CRIME
Item 01: Endereçamento correto: Juizado Especial Criminal de Niterói .
Item 02: Indicação correta do dispositivo legal que embasa a queixa-crime: art. 41 do CPP OU 
Art. 100, §2º, do CP c.c. o Art. 30, do CPP .
Item 03: Qualificação do querelante e da querelada: Indicação da qualificação do querelante e da 
querelada. 
Item 04 - a exposição dos fatos criminosos: Descrição do delito de injúria e do crime de 
difamação com todas as suas circunstâncias, no caso, causa de aumento de pena prevista no Art. 
141, III, do CP (na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da 
difamação ou da injúria) 
Item 05 - a classificação do crime: Querelada Helena: um crime de injúria um delito de difamação 
em concurso formal , cumulados com a causa de aumento de pena prevista no Art. 141, III, do CP 
(na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou 
da injúria). OU Querelada Helena: artigos 139 e 140 c.c. o Art. 141, III, n/f Art. 70, todos do CP. 
Item 6. Dos pedidos:
Item 6.1. 
a) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 
139 e 140 c.c. o Art. 141, III, n/f Art. 70, todos do CP .
Item 06.2
b) requerer a citação da querelada ;
c) a oitiva das testemunhas arroladas ; d) a condenação da querelada ao pagamento das custas e 
demais despesas processuais a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do Art. 387, 
IV, do CP .
Item 07. Rol de testemunhas: Arrolar as testemunhas Marcos, Miguel e Manuel .
Item 08 . Prazo: Propor a ação dentro do prazo decadencial de 6 meses .
Item 09 . Estrutura correta (divisão das partes / indicação de local, data, assinatura). 
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
 fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 3. 
PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 3
Resposta Preliminar Obrigatória
Tema
Resposta Preliminar Obrigatória
Palavras-chave
Resposta Preliminar Obrigatória
Objetivos
Deverá ser capaz de compreender as fases e os atos processuais, elaborando a peça 
cabível, demonstrando conhecimento do direito material e processual, para solução do 
caso.
Estrutura de Conteúdo
Conhecer os atos processuais que compõem o procedimento e saber o prazo específico 
para apresentar a Resposta Preliminar Obrigatória . 
Impugnar os fatos descritos na inicial, através de provas já constituídas ou mesmo de 
elementos colhidos no Inquérito Policial que possam gerar o convencimento do Juiz para 
absolver sumariamente.
 1.1 As causas motivadoras da absolvição sumária.
 1.2 A obrigatoriedadeda apresentação da resposta.
 1.3 A apresentação das provas, diligências e rol de testemunhas. 
2 As exceções processuais . 
 2.1 Momento e forma de argüição
Procedimentos de Ensino
. O caso deverá ser abordado ao longo da aula, de acordo com a pertinência temática, 
indicando os vícios existentes e as defesas de mérito cabíveis,bem como:
· iniciar o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito material e processual 
necessários para a análise do caso concreto objeto da aula;
· estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e 
clarificando conceitos;
· manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual 
que servirá de referência para a elaboração da peça.
· construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais 
da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese 
final;
· manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
· instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da 
participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em 
todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Como identificar : O problema dirá sempre que a denúncia foi recebida e que o acusado 
foi citado para defender-se dos fatos a ele imputados na exordial.
Trata-se de peça típica da defesa, na qual deverá o acusado argüir preliminares e alegar 
tudo mais que interesse à sua defesa ou lhe favoreça neste sentido, sendo-lhe ainda 
possível oferecer documentos, justificações, especificar provas pretendidas (tais como 
produção de laudos e exibição de documentos que por quaisquer motivos não possam ser 
juntados neste momento). É este o momento próprio para que sejam arroladas 
testemunhas até o máximo de oito. Caso não se proceda desta forma, ocorrerá preclusão 
consumativa, ficando o acusado sem a possibilidade de fazê-lo em outro momento 
processual.
OBS: 1. Interessante citar que, caso o problema cite outras pessoas que conheçam os 
fatos ou circunstâncias a ele relacionadas (tais como um álibi, por exemplo), deverá 
arrolar estas pessoas como testemunhas. Caso o problema não cite nomes específicos, o 
candidato deverá, sem inventar dados, demonstrar conhecimento arrolando testemunhas 
sem qualificá-las. Basta colocar, por exemplo: Testemunha 01; Testemunha 02 e 
Testemunha 03? no espaço dedicado ao rol.
 2. Se o problema falar em citação editalícia, por se tratar de peça obrigatória, o 
prazo somente começará a fluir a partir do comparecimento do acusado ou de seu 
defensor.
Interessante frisar que atualmente se trata de peça obrigatória. Isso porque antes da Lei 
nº. 11.719/08, a intitulada, Defesa Prévia, ou Defesa Preliminar era facultativa, sendo 
apenas imprescindível que lhe fosse aberto o prazo para o oferecimento de tal peça.
Importante: Considerando o disposto no artigo 397 do Código de Processo Penal, vê-se 
que na resposta à acusação o pedido será de absolvição sumária, sendo elencados pelo 
legislador os seguintes motivos para que o magistrado entenda neste sentido: 1- a 
existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 2 - a existência manifesta 
de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 3 - fato narrado 
evidentemente não constituir crime; 4 - extinção da a punibilidade do agente
Indicação de Leitura Específica
 Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de 
Ciências Criminais - IBCCrim. Ed. RT.
 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo e Execução Penal. São Paulo: 
Revista dos Tribunais,2011. 
 PRADO. Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro: parte geral. v. 1 a 4 . 6. 
ed. rev. São Paulo: RT, 2010.
 
Recursos
· Código de Processo Penal.
· Código Penal.
· Jurisprudência. 
· CODJERJ.
· Estatuto da Advocacia.
Aplicação: articulação teoria e prática
Mateus , de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas 
penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código Penal, por crime 
praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva 
atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: No mês de agosto de 2016, em dia 
não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela 
televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós 
com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que 
ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é 
que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger 
a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato 
de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como 
de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a 
si mesma.
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do 
inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do 
Estado XXXX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para se defender no 
prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 18/11/2016. Alessandro procurou, no 
mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procuração ad juditia com a 
finalidade específica de ver-se defendido na ação penal em apreço.
Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava 
havia algum tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que 
moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima 
eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima não quis dar ensejo à ação penal, tendo o 
promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não 
havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderia comparecer 
para depor a seu favor em juízo.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) 
constituído(a) pelo acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa 
de seu cliente. Indique, ainda, o último dia para oferecimento da peça cabível .
Avaliação
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE________________.
Interessante comentar aqui que, pelo fato de constar no problema em que Vara foi 
recebida a denúncia, posso constar este dado no endereçamento. O mesmo não ocorreu 
com a Comarca, sendo assim, tal dado não pode ser inventado.
MATEUS, já qualificado nos autos em epígrafe, que lhe move a Justiça Pública, por seu 
advogado que a esta subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, dentro do prazo legal, oferecer
Sendo a primeira vez em que seu cliente se manifesta nos autos, necessário juntar 
instrumento de procuração. Faça apenas menção ao documento.
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
 
Com fulcro no artigo 396-A, e art. 5º, LV da CRFB/88, pelos motivos de fato e de direito 
que passa a expor:
Não deixe de citar o artigo em que se fundamenta a peça. É um ponto relevante explorado 
pelo examinador. 
I - DOS FATOS:
Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2016 supostamente teria se dirigido à 
residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, resultando 
assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra 
ainda a exordial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça 
para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de oferecer 
resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de 
deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
Faça um pequeno resumo do que é narrado no problema atentando-separa aspectos 
relevantes a serem explorados quando da argumentação.
II - DO DIREITO:
Doutrina citada apenas para demonstrar a tese com maior clareza. Não há necessidade, na 
prova prático profissional da OAB, de citar doutrinas.
Diante de tal situação, há que se comentar que a representação é uma condição específica 
para este tipo de ação, sem a qual a ação penal sequer deveria ter sido ajuizada.
Nesses termos, o que se denota é a ocorrência de uma da causa de nulidade, sendo esta, 
de modo específico, prevista no artigo 564, III, a do Código de Processo Penal.
Após alegar as circunstâncias preliminares, alega-se a matéria de mérito, conforme feito a 
seguir:
No que diz respeito ao mérito, devemos nos atentar para o fato de que o réu desconhecia 
a alegada condição de tratar-se a vítima de débil mental, sendo este um dos requisitos 
previstos em lei para que se presuma a violência. Senão vejamos:
III - DO PEDIDO:
Do mesmo modo em que existe ordem certa para as alegações, existe para o pedido. Em 
primeiro lugar, devemos elaborar os pedidos relacionados às preliminares, para só depois 
mencionar aqueles ligados ao mérito.
 Diante do exposto, requer seja anulada. ab initio. a presente ação penal, com fulcro no 
artigo 564, inciso II do Código de Processo Penal, devendo exordial ser rejeitada com 
fulcro no artigo 395, inciso II do aludido Código. Não entendendo desta forma, requer 
seja o acusado absolvido sumariamente com espeque no artigo 397, inciso III do Código 
de Processo Penal. Entretanto, caso ainda não seja este o entendimento de Vossa 
Excelência, requer a realização de Exame Pericial, para que se verifique a higidez mental 
da suposta vítima e sejam ouvidas as testemunhas a seguir arroladas no decorrer da 
instrução:
Testemunha 1: Romilda, qualificada à fl. __
Testemunha 2: Geralda, qualificada à fl. __.
Neste caso somente citamos os nomes das testemunhas porque trazidos no problema. Não 
sendo citado nenhum nome na questão, não deixe de apresentar o rol, por ser esta a única 
oportunidade para a defesa proceder desta forma. Assim, caso não seja possível indicar os 
nomes na sua peça, aponte apenas Testemunha 01 _______e demonstre seu 
conhecimento sobre a imprescindibilidade.
Nesses termos,
Pede deferimento.
 
Local, data.
 
Somente não foi citada a data a data de apresentação da peça porque no caso em tela não 
foi esclarecida a data de abertura do prazo, mas cuidado com este requisito. 
Aproveitamos para destacar que, caso o problema forneça o local, deve ser citado neste 
momento.
 
Advogado 
OAB nº.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 4
Alegações Finais por Memoriais
Tema
Alegações Finais por Memoriais
Palavras-chave
Alegações Finais por Memoriais
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· Identificar as etapas do procedimento comum (ordinário e sumário);
· Compreender o processo de elaboração das alegações finais da defesa, com 
vistas è prova produzida durante a instrução;
· Redigir peça processual contendo alegações finais da defesa, na forma de 
memoriais;
· Analisar o fato e suas circunstâncias para dele selecionar o que for 
importante para a construção da estratégia da defesa, bem como localizar o 
respaldo doutrinário e jurisprudencial respectivo.
Estrutura de Conteúdo
1 Procedimento comum:
 1.1 Discutir as etapas do procedimento comum, trabalhando as diferenças entre 
ordinário, sumário e sumaríssimo, com vistas à atividade da defesa.
2 Orientar a elaboração das alegações finais da defesa, na forma de memorial:
 2.1 Narração de fatos e circunstâncias e a correspondente argumentação;
 2.2 subsidiariedade entre as teses defensivas;
 2.3 necessidade de buscar respaldo constitucional para as teses;
 2.4 contagem do prazo para apresentação da petição em juízo
Procedimentos de Ensino
Devemos sair da tradicional aula expositiva e buscar:
· o debate oral sobre os fatos e normas de direito material e processual 
necessários para a análise do caso concreto objeto da aula;
· estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os 
temas e conceitos;
· manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base 
conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça.
· construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos 
principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, 
elaborando uma síntese final;
· manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
 . instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade 
da participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em 
todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Como identificar: o problema dirá que já ocorreu a audiência de instrução e julgamento, 
mas não fará qualquer menção à sentença. 
Redigir alegações finais na forma de memoriais, com fundamento no art. 403, § 3º, do 
Código de Processo Penal, sendo a petição dirigida ao juiz da XX Vara Criminal de 
Vitória, Estado do Espírito Santo.
Conforme narrado no texto da peça prático-profissional, o examinando deveria abordar 
em suas razões a necessidade de absolvição do réu .
O tipo penal descrito no artigo 217- A do CP, estupro de vulnerável.
Por sua vez, deverá desenvolver teses no caso de condenação.
Prosseguindo em sua argumentação, o examinando deverá rebater as agravantes se 
houver bem como indicar atenuantes se presentes.
Por fim, por ser o réu primário, de bons antecedentes e por existir crime único e não 
concurso material de crimes, o examinando deveria requerer a fixação da pena-base no 
mínimo legal, com a consequente fixação do regime semiaberto.
Ao final deverá formular os pedidos.
Importante: peça todos os benefícios possíveis para o caso de uma eventual condenação, 
como a fixação de pena no mínimo legal ou a sua substituição, ainda que a tese principal 
de defesa seja absolutória.
Por derradeiro, cabe destacar que o texto da peça prático-profissional foi expresso 
em exigir a apresentação dos memoriais no último dia do prazo. Considerado o 
artigo 403,§ 3º, do CPP, o prazo será de 5 (cinco) dias.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal. Parte Geral, Vol. I ao IV. Rogério Greco, Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal. Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha, Editora: 
Juspodivm.
Direito Penal Aplicado. Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Pedro Franco 
de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro. Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal. Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De 
Alencar. Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências 
Criminais - IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal - Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista 
dos Tribunais,2011. 
Recursos
 · Código de Processo Penal.
· Código Penal.
· Jurisprudência. 
· CODJERJ.
· Estatuto da Advocacia.
Aplicação: articulação teoria e prática
Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Analisa, linda 
jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e trocarem beijos, decidiram 
ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma 
voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge.
Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones 
e contatos nas redes sociais.
No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre que, 
apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Jorge 
ficado em choque com essa constatação.
O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia 
movida por parte do Ministério Público Estadual,pois o pai de Analisa, ao descobrir o 
ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato.
Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o 
Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes de estupro de 
vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O 
Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no 
artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez 
preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP. 
O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Curitiba, no 
Estado do Paraná, local de residência do réu. 
Jorge, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao 
processo em liberdade.
Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira 
noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de 
adultos.
As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das 
fugas de Ana para sair com as amigas.
As testemunhas de defesa, amigos de Jorge, disseram que o comportamento e a 
vestimenta da Analisa eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que 
qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Jorge não 
estava embriagado quando conheceu Analisa. 
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito bonita e 
por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local 
somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que 
praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma espontânea e 
voluntária por ambos. 
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele 
ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses após o ato 
sexual.
O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge nos termos da denúncia.
A defesa de Jorge foi intimada no dia 24 de abril de 2014 (quinta-feira).
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo 
caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a 
possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas 
pertinentes.
Avaliação
QUESITOS A SEREM OBSERVADOS NO MEMORIAIS
 
Item 01 - Endereçamento correto: Interposição para o Juiz da XX Vara Criminal de Curitiba, Estado do 
Paraná .
Item 02 - Indicação correta do dispositivo legal que embasa a alegação final em forma de memorial: art. 
403, § 3, do CPP .
Item 03 - Da tese de absolvição por erro de tipo essencial, artigo 20, caput, do CP que por ser 
escusável leva à atipicidade da conduta .
Item 4 - Da tese da prática de crime único, por ser o artigo 217-A do CP um tipo misto alternativo.
Item 05 -Da tese do afastamento da agravante da embriaguez preordenada ; Atenuante de menoridade.
Item 06 -Desenvolvimento jurídico acerca da necessidade de manutenção da pena- base no mínimo 
legal para o crime de estupro de vulnerável , com a consequente fixação do regime semiaberto de pena, 
com base no artigo 33, § 2º, alínea ?b?, do CP , considerando a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, 
da Lei nº 8.072/90 .
Item 07 -- Dos pedidos:
Item 7.1. a) Absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CPP, por ausência de tipicidade; .
Item 7.2 - Diante da condenação, de forma subsidiária: 
b) Afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único. 
c) Fixação da pena-base no mínimo legal e o afastamento da agravante da embriaguez preordenada ; 
Atenuante de menoridade .
Item 08 - Estrutura correta (divisão das partes / indicação de local, data, assinatura, indicação do prazo 
correto para a apresentação dos memoriais 
(dia 29 de abril de 2014) .
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 5
Alegações Finais (Memoriais) - Procedimento do Tribunal do Júri
Tema
Alegações Finais (Memoriais) - Procedimento Relativo aos Processos do Tribunal do Juri
Palavras-chave
Alegações Finais (Memoriais) - Procedimento Relativo aos Processos do Tribunal do Juri
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· identificar as etapas do procedimento;
· compreender o processo de elaboração das alegações finais da defesa, com 
vistas a prova produzida durante a instrução;
· redigir peça processual contendo alegações finais da defesa, na forma de 
memoriais;
· analisar o fato e suas circunstâncias para dele selecionar o que for importante 
para a construção da estratégia da defesa, bem como localizar o respaldo 
doutrinário e jurisprudencial respectivo.
Estrutura de Conteúdo
1 Orientar a elaboração das alegações finais da defesa, na forma de memorial:
 1.1 Narração de fatos e circunstâncias e a correspondente argumentação;
 1.2 Subsidiariedade entre as teses defensivas;
 1.3 Necessidade de buscar respaldo constitucional para as teses;
 1.4 Contagem do prazo para apresentação da petição em juízo.
Procedimentos de Ensino
Devemos sair da tradicional aula expositiva e buscar:
· o debate oral sobre os fatos e normas de direito material e processual 
necessários para a análise do caso concreto objeto da aula;
· estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os 
temas e conceitos;
· manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base 
conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça.
· construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos 
principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, 
elaborando uma síntese final;
· manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
· instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade 
da participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos 
casos, em todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigos 411, § 9º c/c 403, §3º, ambos do CPP.
Conceito: é a peça cabível ao término da instrução probatória da primeira fase do Juri, 
em substituição aos debates orais, quando encerrada a audiência, as partes manifestam-se 
oralmente, e, logo após, é proferida a decisão. No entanto, em hipóteses excepcionais, a 
manifestação pode ser feita por meio de memoriais (ou seja, por escrito, em petição 
endereçada ao juiz que proferirá a sentença).
Como identificá-los: o problema dirá que já ocorreu a audiência de instrução e 
julgamento, mas não fará qualquer menção à sentença. 
Dica: no rito do júri, é o momento para pedir a absolvição sumária prevista no artigo 415 
do CPP. Da sentença de absolvição sumária, cabe apelação para a acusação, 
evidentemente.
Importante: peça todos os benefícios possíveis para o caso de uma eventual condenação, 
como a fixação de pena no mínimo legal ou a sua substituição, ainda que a tese principal 
de defesa seja absolutória.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal - Parte Geral , Vol. I ao IV -Autor: Rogério Greco; Editora: 
Impetus.
Manual de Direito Penal - Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha , Editora: 
Juspodivm.
Direito Penal Aplicado - Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361) , Autor: Pedro 
Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro. Editora: 
Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal - Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues 
C. De Alencar. -Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências 
Criminais - IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal - Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista 
dos Tribunais,2011. 
Recursos
 · Código de Processo Penal.
· Código Penal.
· Jurisprudência.· CODJERJ.
· Estatuto da Advocacia.
Aplicação: articulação teoria e prática
Tício, solidário a gravidez de sua amiga Maria, ofereceu carona a mesma após mais um 
dia de trabalho na empresa em que trabalham juntos. Ocorre que Tício, de forma 
imprudente no caminho de volta, imprime velocidade excessiva, sem observar o seu 
dever de cuidado, pois queria chegar a tempo de assistir ao jogo de futebol do seu time 
do coração que seria transmitido naquela noite. Assim, Tício, ao fazer uma curva 
fechada, perdeu o controle do veículo automotor que capotou. Os bombeiros que 
prestaram socorro ao acidente encaminharam Maria para o Hospital mais próximo onde 
ficou constatado que a mesma não havia sofrido qualquer lesão. Contudo, na mesma 
ocasião constatou-se que a gravidez de Maria havia sido interrompida em razão da 
violência do acidente automobilístico, conforme comprovou o laudo do Instituto Médico 
Legal, às fls. 14 dos autos.
 
Com base nessas informações, o Ministério Público da Comarca da Capital do Estado 
XXXXX ofereceu denúncia em face de Tício e imputou ao mesmo a conduta descrita no 
delito de aborto provocado por terceiro e, assim, incurso nas penas do art. 125 do CP. 
 
O processo foi normalmente instruído, tendo sido realizadas todas a oitiva da vítima 
Maria, das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa e, em seguida com o 
interrogatório do acusado Tício, tudo na forma do art. 411 do CPP.
A defesa de Tício foi intimada no dia 9 de fevereiro de 2017 (quinta-feira). Registre-se 
que Tício respondeu ao processo em liberdade. 
 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo 
caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a 
possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, as teses jurídicas 
pertinentes.
Avaliação
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO ____ TRIBUNAL DO JURI DA 
COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO XXXXXXX.
Processo n.:____,
Tício, já qualificado nos autos do processo criminal em epígrafe, vem à presença de 
Vossa Excelência, dentro do prazo legal, por intermédio do seu advogado (procuração 
anexada), apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS
com fulcro no artigos 411, § 9 c/c 403, §3º, do Código de Processo Penal, e artigo 5º, LV 
da CRFB/88, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I. DOS FATOS
Breve narrativa do fato
 
II. DO DIREITO
Como se comprovará, o entendimento do Parquet não encontra respaldo legal, não sendo 
possível, portanto, a pronúncia do acusado nos termos da denúncia.
a) Da atipicidade da conduta de Tício. Ausência de previsão legal de crime de aborto na 
forma culposa. O CP somente prevê aborto na forma dolosa. (discente deverá 
desenvolver argumentação idônea com fundamento na doutrina e/ou jurisprudência).
b) Da absolvição Sumária por atipicidade da conduta (art.415, III, CPP)
d) Do Pedido:
Conforme o exposto, requer seja reconhecida a atipicidade da conduta de Tício com a 
conseqüente absolvição sumária do acusado, na forma do artigo 415, inciso III, do CPP.
Nesses Termos,
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado,
OAB/___ n. ____.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 6
Liberdade Provisória em Prisão em Flagrante
Tema
Liberdade Provisória em Prisão em Flagrante
Palavras-chave
Liberdade Provisória em Prisão em Flagrante
Objetivos
O aluno deverá adquirir o conhecimento necessário para patrocinar os interesses do 
acusado, analisando os motivos da prisão e identificando quando e qual o instituto a ser 
utilizado para o restabelecimento da liberdade. 
Para tanto, terá que compreender o instituto da prisão como exceção no processo, sua 
finalidade, seus pressupostos e seus requisitos.
Observar ainda as alterações trazidas pela Lei 12.403/11 com relação às prisões, à 
liberdade provisória e fiança.
Estrutura de Conteúdo
1 Aplicabilidade do Artigos 302; 304; 306; 310 e seu parágrafo único; 321 a 350, todos 
do CPP, com as alterações conferidas pela Lei 12.403/11.
1.1 A diferença entre prisão legal e a ilegal O Habeas corpus e o pedido de liberdade 
provisória como instrumentos de restabelecimento da liberdade.
 
 
Procedimentos de Ensino
Devemos sair da tradicional aula expositiva e buscar:
 o debate oral sobre os fatos e normas de direito material e processual necessários 
para a análise do caso concreto objeto da aula;
 estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e 
conceitos;
 manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base 
conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça.
 construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos 
principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, 
elaborando uma síntese final;
 manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
 instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da 
participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, 
em todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: na Constituição, artigo 5º, LXVI. No CPP, artigo 310, parágrafo único, e 
321/350.
Prazo: enquanto perdurar a prisão.
Conceito: peça cabível para libertar quem foi preso em flagrante de forma LEGAL.
Como identificá-la: o cliente foi preso em flagrante. Mas, ao contrário da situação em 
que a peça cabível é o relaxamento, a prisão ocorreu dentro da legalidade, sem qualquer 
vício (atendidos os requisitos do artigo 302 do CPP e procedimentos legais exigidos, 
como, por exemplo, a entrega da nota de culpa ao acusado).
Dica: com ou sem fiança? Basta fazer a leitura dos arts. 323/324 do CPP, onde há um rol 
de hipóteses em que a fiança é cabível. Ademais, atenção ao artigo 350 do CPP, que trata 
sobre o acusado pobre.
Atenção: se o problema falar em decisão que nega o pedido de relaxamento, a peça 
cabível será o Habeas Corpus ao Tribunal.
 
 
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal -Parte Geral Vol. I ao IV Autor: Rogério Greco. Editora: 
Impetus.
Manual de Direito Penal -Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha .Editora: 
Juspodivm.
Direito Penal Aplicado -Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361) Autor: Pedro 
Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro. Editora: 
Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal -Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. 
De Alencar. Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências 
Criminais - IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal - Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista 
dos Tribunais,2011. 
. 
Recursos
 Código de Processo Penal.
 Código Penal.
 Jurisprudência. 
 CODJERJ.
 Estatuto da Advocacia
.
Aplicação: articulação teoria e prática
Alberto e Benedito foram presos em flagrante por agentes policiais do 4º Distrito Policial 
da Capital, na posse de um automóvel marca Fiat, Tipo Uno, que haviam acabado de 
furtar. O veículo quando da subtração, encontrava-se estacionada regularmente em via 
pública da Capital. O Dr. Delegado de Polícia que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante 
capitulou os fatos como incursos no artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal. Motivo pelo 
qual não arbitrou fiança, determinando o recolhimento de ambos ao cárcere e entregando-
lhes nota de culpa. A cópia do Auto de Prisão em Flagrante foi remetida pelo juiz da 4ª 
Vara Criminal da Capital, Alberto reside na Capital, é primário e trabalhador. Elaborar na 
qualidade de defensor de Alberto a medida cabível.
Avaliação
O ALUNO DEVE OBSERVAR AO ELABORAR A PEÇA, AS ALTERAÇÕES 
TRAZIDAS PELA LEI 12.403/11.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DA CAPITAL,
Como o problema faz menção à Vara, tivemos que citá-la. Atenção para competência.
ALBERTO, nacionalidade, estado civil,profissão, portador da cédula de identidade n. 
____, inscrito no CPF/MF sob o n. ____, residente e domiciliado no endereço, na 
comarca de ____, por seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, requerer a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA com fulcro no artigo 
5º, inciso LXVI, da Constituição Federal, bem como nos artigos 310, parágrafo único, e 
323, I, ambos do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas: 
Como ainda não há um processo, a qualificação do requerente é necessária.
I. DOS FATOS
No dia ____, o requerente foi preso em flagrante pela prática, em tese, do crime de furto 
qualificado (artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal), encontrando-se, no momento, 
recolhido do 4º Distrito Policial da Capital.
A autoridade policial que presidiu o Auto de Prisão em flagrante não 
arbitrou fiança, determinando o recolhimento de ambos os acusados ao cárcere.
Basta um breve resumo do problema.
II. DO DIREITO
Entretanto, o requerente tem direito ao benefício da liberdade provisória com fiança, pois 
não se enquadra nas situações dos artigos 323 e 324 do Código de Processo Penal, que 
excluem a possibilidade de concessão de fiança, conforme rol a seguir:
a) nos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada for superior a 2 
(dois) anos;
b) nas contravenções tipificadas nos arts. 59 e 60 da Lei das Contravenções Penais;
c) nos crimes dolosos punidos com pena privativa da liberdade, se o réu já tiver sido 
condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado; 
d) em qualquer caso, se houver no processo prova de ser o réu vadio;
e) nos crimes punidos com reclusão, que provoquem clamor público ou que tenham sido 
cometidos com violência contra a pessoa ou grave ameaça;
f) aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou 
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se refere o art. 350;
g) em caso de prisão por mandado do juiz do cível, de prisão disciplinar, administrativa 
ou militar;
h) ao que estiver no gozo de suspensão condicional da pena ou de livramento 
condicional, salvo se processado por crime culposo ou contravenção que admita fiança;
i) quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 
312).
No caso em discussão, o requerente está sendo acusado pela prática, em tese, do crime de 
furto qualificado, em que a pena mínima é de 02 (dois) anos de reclusão. Logo, com 
fundamento no artigo 323, I, do Código de Processo Penal, o arbitramento de fiança não 
lhe é vedado.
Ademais, não ficou demonstrada a existência dos requisitos da prisão preventiva (artigo 
312 do Código de Processo Penal), razão pela qual a concessão de liberdade provisória é 
a medida que se faz imperiosa.
Ex positis, requer seja deferido o pedido de liberdade provisória, arbitrando-se fiança e 
expedindo-se o respectivo alvará de soltura em favor do requerente, como medida de 
justiça.
Não é necessário abrir o tópico do pedido. 
Se quiser, pode fazer como no exemplo acima, em que o pedido vem como conclusão do 
tópico do direito. 
Termos em que,
Pede deferimento.
Capital, data.
Advogado,
OAB/____ n. ____.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 7
Relaxamento da Prisão
Tema
Relaxamento da Prisão
Palavras-chave
Relaxamento da Prisão
Objetivos
Trata-se de instrumento de maior utilização no processo penal, pois visa garantir direito 
de liberdade de locomoção, já cerceada ou com a possibilidade de ser tolhida.
O aluno deverá ser capaz de identificar a violação, compreendendo o instituto, redigir a 
inicial e dirigi-la ao órgão competente, restabelecendo o direito do paciente.
Deverá conhecer todos os sujeitos que atuarão na ação
Estrutura de Conteúdo
1 Aplicabilidade do Artigos 302; 304; 306; 310 e seu parágrafo único; 321 a 350, todos 
do CPP, com as alterações conferidas pela Lei 12.403/11.
1.1 A diferença entre prisão legal e a ilegal .
1.2 O Habeas corpus e o pedido de liberdade provisória como instrumentos de 
restabelecimento da liberdade.
Procedimentos de Ensino
O caso deverá ser abordado ao longo da aula, de acordo com a pertinência temática, 
indicando os vícios existentes e as defesas de mérito cabíveis, bem como:
· iniciar o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito material e processual 
necessários para a análise do caso concreto objeto da aula;
· estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e 
clarificando conceitos;
· manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual 
que servirá de referência para a elaboração da peça.
· construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais 
da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese 
final;
· manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
· instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da 
participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em 
todas as aulas. 
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigo 5º, LXV, CF.
Conceito: peça cabível para libertar quem foi preso em flagrante de forma ilegal.
Prazo: enquanto perdurar a prisão ilegal.
Como identificá-lo: o seu cliente foi preso em flagrante. Entretanto, o problema não dirá 
expressamente que a prisão foi ilegal, pois a análise deverá ser feita pelo examinando. A 
prisão em flagrante está prevista nos artigos 301/310 do Código de Processo Penal, onde 
há o procedimento a ser adotado pela autoridade policial no momento da prisão. Não 
atendidos os ditames legais, a prisão será ilegal. No entanto, a ilegalidade pode ser 
decorrente da 
inobservância de outros dispositivos do CPP, e não apenas dos artigos que tratam 
especificamente do flagrante. O interessante é que o examinando pesquise hipóteses de 
ilegalidade durante a sua preparação, pois não há como elaborar um rol taxativo.
Dica: o exemplo mais comum de prisão em flagrante ilegal é aquela ocorrida em seguida 
da apresentação espontânea. Imagine a seguinte situação: A mata B. No dia seguinte, A 
se apresenta espontaneamente ao delegado, que o prende em flagrante. Na hipótese, a 
prisão será ilegal, pois não há o que se falar em flagrância quando o suspeito, por vontade 
própria, se entrega à autoridade policial. Contudo, não confunda: se, durante uma 
perseguição, logo após o delito, o suspeito desiste de fugir e se entrega, não teremos a 
situação de apresentação espontânea (veja o artigo 302 do CPP).
Importante: não se esqueça de pedir a expedição do alvará de soltura.
Atenção: se o problema falar em decisão que nega o pedido de relaxamento, a peça 
cabível será o Habeas Corpus ao Tribunal.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal. Parte Geral, Vol. I ao IV. Rogério Greco; Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal.(volume único): Rogério Sanches Cunha, Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado. Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Autor: Pedro 
Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro. Editora: 
Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal. Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. 
De Alencar. Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências 
Criminais - IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal - Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista 
dos Tribunais,2011. 
Recursos
 Quadro e Pincel.
 Datashow.
 Código de Processo Penal.
 Código Penal.
 Jurisprudência. 
 CODJERJ.
Estatuto da Advocacia.
Aplicação: articulação teoria e prática
 
No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca 
Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na Comarca da Capital, na 
altura do nº YY, quando foi abordadopor uma guarnição da Policia Militar, sendo certo 
que os policiais constataram que o Matias dirigia veículo produto de crime. Desta 
maneira, Matias foi preso em flagrante delito pelos PM´s como incurso nas penas do art. 
180, do CP.
Já em sede policial, a Sra. Miranda , proprietária do veículo, reconheceu, em 
conformidade com o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2 
dias antes, ou seja, em 13/11/2016.
Observado o procedimento de lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, Matias agora 
encontra-se preso, como autor do delito previsto no art. 180 do CP. Você, advogado 
criminalista é procurado pela família de Matias para tomar as medidas cabíveis nesse 
caso. 
Avaliação
Peça: Relaxamento da Prisão em Flagrante.
Fundamentação: artigo 5º, LXV, CF.
Tese: não ocorrência das hipóteses de flagrância do artigo 302 do CPP.
Pedido: relaxamento da prisão ilegal e expedição do alvará de soltura.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA 
COMARCA ____.
Obs.: a) o uso do doutor não é uma exigência; b) se o problema não informar a Vara ou a 
Comarca, não invente dados; c) atenção à competência da JF: se houver dúvida, faça a 
leitura do artigo 109 da CF.
MATIAS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade n. 
____, inscrito no CPF/MF sob o n. ____, residente e domiciliado no endereço, na 
comarca de ____, por seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, requerer o 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, 
com fulcro no artigo 5º, inciso LXV, da Constituição Federal, pelas razões de fato e de 
direito a seguir expostas:
Como ainda não há um processo, a qualificação do requerente é necessária.
I. DOS FATOS
Na data de ____, por volta das 22h, o requerente conduzia veículo automotor, marca 
Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na Comarca da Capital, na 
altura do nº YY, quando foi abordado por Policiais Militares que constataram que o 
sujeito dirigia veículo produto de crime. Desta maneira, O requerente foi conduzido a 
sede policial onde foi lavrado APF nº xxxxx, sendo o mesmo incurso nas penas do art. 
180, do CP.
 
Insta salientar que a vítima e proprietária do veículo roubado, Sra. Miranda, reconheceu o 
requerente como ator de delito de roubo ocorrido 2 dias antes desconfigurando-se, assim, 
a situação de flagrante delito.
Breve resumo do problema.
II. DO DIREITO
Entretanto, a prisão deve ser imediatamente relaxada, pois ocorreu de forma ilegal.
De acordo com o artigo 302 do Código de Processo Penal, considera-se em flagrante 
delito quem:
a) está cometendo a infração penal;
b) acaba de cometê-la;
c) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo 
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação 
que faça presumir ser autor da infração;
d) é encontrado, logo depois, com instrumentos, 
armas, objetos ou papéis que façam presumir ser 
ele autor da infração.
Somente faça a transcrição de artigo quando for interessante à fundamentação da tese.
No caso em discussão, o requerente não encontrava-se em qualquer das hipóteses acima 
descritas em relação ao delito que cometeu.
Na verdade o requerente, como já dito, foi reconhecido como autor de crime diverso 
ocorrido 2 dias antes.
É sabido que a prisão em flagrante é a medida necessária para evitar a continuidade do 
ato delituoso, ou, caso já consumado, para que o suspeito não fuja, o que poderia causar 
imenso prejuízo à investigação do delito e posterior ação criminal.
Portanto, a prisão em flagrante do requerente é manifestamente ilegal, sendo imperioso o 
imediato relaxamento, nos termos do artigo 5º, LXV, da Constituição Federal.
III. DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja deferido este pedido de relaxamento da prisão em 
flagrante, para que se expeça o respectivo alvará de soltura em favor do requerente, 
como medida de justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado,
OAB/____ n. ____.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 8
Habeas Corpus Liberatório
Tema
Habeas Corpus Liberatório
Palavras-chave
Habeas Corpus Liberatório
Objetivos
Trata-se de instrumento de maior utilização no processo penal, pois visa garantir direito 
de liberdade de locomoção, já cerceada ou com a possibilidade de ser tolhida.
O aluno deverá ser capaz de identificar a violação, compreendendo o instituto, redigir a 
inicial e dirigi-la ao órgão competente, restabelecendo o direito do paciente.
Deverá conhecer todos os sujeitos que atuarão na ação
Estrutura de Conteúdo
1. Natureza jurídica do instituto, condições da ação, competência para julgamento.
 1.1 Autoridade coatora;
 1.2 Impetrante e paciente.
2. Espécies de habeas corpus
 2.1 Liberatório
 2.2 Preventivo 
Procedimentos de Ensino
Devemos sair da tradicional aula expositiva e buscar:
 o debate oral sobre os fatos e normas de direito material e processual necessários 
para a análise do caso concreto objeto da aula;
 estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e 
conceitos;
 manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base 
conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça.
 construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos 
principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, 
elaborando uma síntese final;
 manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
 instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da 
participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, 
em todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigos 5º, LXVIII, CF e 647 (e seguintes) do CPP.
Conceito: é o remédio constitucional adequado quando alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer restrição em sua liberdade de locomoção (ir, vir e permanecer) por 
ato ilegal. Por isso, o seu cabimento ocorre tanto nas hipóteses em que o paciente já se 
encontra preso como naquelas em que a prisão é iminente. Em relação ao assunto, é 
importante observar a nomenclatura dada pela doutrina: se o direito já foi violado, o HC é 
considerado liberatório. No entanto, se for o caso de ameaça de restrição, o HC é 
intitulado preventivo. É importante ter em mente os dois conceitos, pois influenciam no 
pedido. 
Prazo: enquanto perdurar o risco ou violação ao direito à liberdade de locomoção.
Como identificá-lo: por ser cabível sempre que houver risco ou efetiva lesão à liberdade 
de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder, é impossível elaborar um rol exaustivo 
de hipóteses em que o remédio constitucional é aplicável. 
Cabimento: o artigo 5º, LXVIII, da CF afirma que conceder-se-á habeas-corpus sempre 
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade 
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
Dica: cabe recurso em sentido estrito contra a decisão de juiz de primeira instância que 
nega a ordem de habeas corpus (artigo 581, X, do CPP). Todavia, se a ordem for negada 
por um Tribunal, o recurso cabível será o ROC Recurso Ordinário Constitucional -, que 
deve ser remetido à instância superior (ex.: se o TJ nega o HC, cabe ROC para o STJ).
Importante: a maior dificuldade do HC é em relação ao pedido a ser feito. Nas hipóteses 
de HC preventivo, o pedido será sempre a expedição de salvo-conduto em favor do 
paciente (artigo 660, § 4º, do CPP). Vale lembrar que o HC preventivo é cabível quando 
ainda não houve violação ao direito . Caso contrário, o HC será liberatório, e abordará as 
seguintes teses e pedidos: a) se for o caso de falta de justa causa (artigo 648, I), o pedido 
será o de trancamento do inquérito policial ou da ação penal. Se já houver sentença, 
deverá ser pedida a sua cassação. b) Sendo a hipótese de nulidade (648, VI), o pedido 
será o de anulação do processo desdeo ato viciado. c) No caso do artigo 648, VII, o 
pedido será sempre a decretação da extinção da punibilidade. d) Quando negado o 
arbitramento de fiança em contrariedade à legislação (artigos 323 e 324 do CPP), o 
pedido será o de concessão de liberdade provisória com arbitramento de fiança. e) No 
excesso de prisão (artigo 648, II), deverá ser pedido o relaxamento, no caso da prisão em 
flagrante, ou revogação da prisão cautelar, nas hipóteses de preventiva ou temporária. f) 
Se a prisão foi decretada por autoridade incompetente, deverá ser pedida a revogação da 
determinação. g) Por fim, quando extinto o motivo da prisão (artigo 648, IV), deverá ser 
requerida a expedição de alvará de soltura. 
Em relação ao alvará, importante frisar que, estando o paciente preso, a sua expedição 
deverá ser sempre requerida, ainda que a tese principal do HC seja outra (falta de justa 
causa, nulidade etc). Caso a prisão ainda não tenha ocorrido, mas já exista um mandado 
para tal fim, o pedido será o de expedição de contramandado de prisão. Por derradeiro, 
importante destacar que o pedido liminar é possível nas situações em que a demora para o 
julgamento do HC poderá, em tese, causar prejuízo ainda maior àquele que está sofrendo 
a violação à liberdade de locomoção. 
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal Parte Geral Vol. I ao IV Autor: Rogério Greco; Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha Editora: 
Juspodivm.
Direito Penal Aplicado Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361) Autor: Pedro 
Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro. Editora: 
Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. 
De Alencar. Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências 
Criminais - IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal - Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista 
dos Tribunais. 2011
Recursos
 Quadro e Pincel.
 Datashow.
 Código de Processo Penal. 
 Código Penal.Jurisprudência.
 CODJERJ.
 Estatuto da Advocacia.
Aplicação: articulação teoria e prática
Michael da Silva foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2016 pela prática do crime 
previsto no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06. No auto de 
prisão em flagrante constavam os depoimentos dos policiais que efetuaram a prisão.
Michael fora preso em razão de uma notitia criminis realizada por sua mulher Angelina 
da Silva afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa com numeração raspada e 
isso a assustava.
Diante da informação e com o consentimento de Angelina, os policiais se dirigiram a 
casa onde o casal residia e após uma intensa busca no imóvel, encontraram três 
revólveres calibre 38 com a numeração raspada, em um armário dentro do quarto. Em 
outro armário, os policiais encontraram 50 munições. Em seguida, encontraram um 
papelote contendo 0,9 decigramas de cocaína.
Perguntado sobre a posse do material encontrado, Michael afirmou que adquirira as 
armas em Angra dos Reis de um amigo, e quanto à droga, disse que era para seu uso 
pessoal. 
O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao juízo da 22ª Vara 
Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade provisória, que foi negada pelo 
juiz ao argumento de que se tratava de crime grave, haja vista o preso possuir 03 
revólveres com numeração raspada em sua residência e em razão do depoimento da sua 
esposa que afirmou ser ele um homem agressivo.
Não há anotações na folha de antecedentes de Michael da Silva.
O advogado abaixo é contratado pela família de Michael para patrocinar seus interesses, 
redija a peça cabível objetivando a sua liberdade
Avaliação
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO
 
 
 IMPETRANTE, casado, portador da cédula de identidade 
nº__________, CPF Nº___________, advogado inscrito na OAB/RJ sob o 
nº__________, domiciliado e residente nesta cidade, domiciliado e residente nesta 
cidade, ambos com escritório na Rua____________, vem, respeitosamente, perante uma 
das Câmaras desse Egrégio Tribunal, com fundamento no art., LXVIII, da CRFB/88, 
impetrar ordem de
 
 HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR
 
Em favor de NOME DO PACIENTE, brasileiro_______________________residente e 
domiciliado_____________, o qual se encontra recolhido na_________, pela prática dos 
crimes previstos nos arts. _____________, apontando como autoridade coatora o juízo 
da____VARA CRIMINAL DA _____, pelos seguintes fatos e fundamentos.
 
DO PEDIDO LIMINAR
O constrangimento ilegal, no presente caso, é de meridiana clareza. O paciente está preso 
por ter sido flagrado, em sua casa, possuindo três armas __________, calibre 38 com 
numeração raspada. Armas estas que nem ele sabia onde se encontravam, pois as mesmas 
eram guardadas por sua esposa, conforme se comprova em seu depoimento as fls_____. 
A própria esposa foi a noticiante do crime, pois a mesma conduziu os policiais até sua 
casa.
 
 A prisão em flagrante, ora questionada, não observou a 
necessidade de presença do periculum libertatis, pelo que representa afronta ao princípio 
constitucional do estado de inocência. A manutenção de sua custódia, nestas condições, 
seria inegável abuso de poder, trazendo injustas aflições e dissabores não só ao paciente, 
mas também a sua esposa e filha, haja vista que as mesmas não tem como prover o 
próprio sustento.
 
DOS FATOS
Narrar os fatos, o que aconteceu e pq ele está preso (breve relato)
 
DOS FUNDAMENTOS
 
 O Paciente encontra-se preso desde o dia_________ tendo como 
fundamento uma noticia crime realizada pela sua esposa no dia_______. 
 Conduzido até a Delegacia de Polícia, foi lavrado o Auto de 
Prisão em flagrante, pela posse de arma de fogo com numeração raspada e uso de 
substância entorpecente.
 Por esses motivos é que o presente Habeas Corpus visa fazer 
cessar a coação ilegal a liberdade ambulatorial do paciente, em razão dos crimes previstos 
nos arts. 16, § único, IV da lei 10.826/03 e 28 da lei 11.343/06.
 
 A Ilustre Magistrada, em sua decisão às fls._______indeferiu o 
pedido de liberdade provisória pleiteado por esta defesa, informando que os fatos 
narrados no processo são graves, sendo prematura a reinserção do réu ao convívio social; 
que foram apreendidas 03 armas de fogo com numeração raspada, além de farta munição 
e 1 sacolés de cocaína.
 
DA AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DO ART. 312 DO CPP
 
 Como se sabe, não basta a existência de um auto de prisão em 
flagrante, como forma inicial do inquérito policial, revestido de todas as formalidades 
legais para que subsista o ato coativo, mas sim necessário se torna que se demonstre a 
necessidade da mantença daquela prisão em face dos requisitos objetivos e subjetivos 
autorizadores da prisão preventiva, o que não há no presente caso.(colocar jurisprudência 
a respeito).
 
 Por fim registrou a Douta Magistrada que os fatos narrados no 
inquérito policial, em princípio necessitam de uma resposta rápida e eficaz, existindo 
indícios suficientes para justificar a necessidade da manutenção da custódia cautelar, 
visando garantir a ordem pública e a prevenção de reprodução de fatos criminosos como 
o narrado na inicial. Neste momento, existem nos autos elementos essenciais à 
manutenção da medida restritiva, destacando-se a necessidade da custódia cautelar, na 
espécie, como garantia da instrução criminal e efetiva prestação jurisdicional.Ressalte-se 
que a comprovação de residência fixa, eventual primariedade, profissão regular não são 
suficientes à concessão da liberdade provisória, quando circunstâncias outras 
recomendam a medida restritiva de liberdade, de modo a impedir a constante repetição de 
atos nocivos, como os noticiados nos autos.
 
 Conforme se pode verificar, a ilustre magistrada fundamentou sua 
decisão baseada na gravidade do crime objeto do auto de prisão em flagrante. É de 
sabença de todos, que a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não 
constitui motivação idônea a ensejar uma prisão cautelar. A esse respeito ver o verbete da 
Súmula do STF nº 718. 
 
 Percebe-se então, que os fundamentos subjacentes ao ato 
decisório emanada da ilustre magistrada, que manteve a prisão cautelar do ora paciente, 
fundamentando na gravidade do crime em questão, conflitam com os estritos critérios que 
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consagrou nessa matéria. Tal 
fundamentação não pode ser aceita por ausência de respaldo legal.
 O Supremo Tribunal Federal tem advertido que a natureza da 
infração penal não se revela circunstância apta, por si só, para legitimar a prisão cautelar 
daquele que sofre a persecução criminal instaurada pelo Estado, conforme vemos abaixo:
 
PRISÃO CAUTELAR. INCONSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE 
APÓIA A DECISÃO QUE A DECRETOU: GRAVIDADE OBJETIVA DO CRIME, 
NÃO-VINCULAÇÃO DO RÉU AO DISTRITO DA CULPA E RECUSA DO 
ACUSADO EM APRESENTAR A SUA VERSÃO PARA OS FATOS DELITUOSOS. 
INCOMPATIBILIDADE DESSES FUNDAMENTOS COM OS CRITÉRIOS 
FIRMADOS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM TEMA DE PRIVAÇÃO 
CAUTELAR DA LIBERDADE INDIVIDUAL. DIREITO DO INDICIADO/RÉU DE 
NÃO SER CONSTRANGIDO A PRODUZIR PROVAS CONTRA SI PRÓPRIO. 
DECISÃO QUE, AO DESRESPEITAR ESSA PRERROGATIVA CONSTITUCIONAL, 
DECRETA A PRISÃO PREVENTIVA DO ACUSADO. INADMISSIBILIDADE. 
NATUREZA JURÍDICA E FUNÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR. DOUTRINA. 
PRECEDENTES. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.
- A privação cautelar da liberdade individual qualquer que seja a modalidade autorizada 
pelo ordenamento positivo (prisão em flagrante, prisão temporária, prisão preventiva, 
prisão decorrente de decisão de pronúncia e prisão resultante de condenação penal 
recorrível) não se destina a infligir punição antecipada à pessoa contra quem essa medida 
excepcional é decretada ou efetivada. É que a idéia de sanção é absolutamente estranha à 
prisão cautelar (carcer ad custodiam), que não se confunde com a prisão penal (carcer ad 
poenam). Doutrina. Precedentes.
- A utilização da prisão cautelar com fins punitivos traduz deformação desse instituto de 
direito processual, eis que o desvio arbitrário de sua finalidade importa em manifesta 
ofensa às garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal. 
Precedentes.
- A gravidade em abstrato do crime não basta, por si só, para justificar a privação cautelar 
da liberdade individual do suposto autor do fato delituoso.
O Supremo Tribunal Federal tem advertido que a natureza da infração penal não se revela 
circunstância apta a legitimar a prisão cautelar daquele que sofre a persecução criminal 
instaurada pelo Estado. Precedentes.(Informativo do STF nº 549 Transcrições)
 Vale mencionar que trata-se de réu primário e de bons 
antecedentes, com residência e domicílio certo no distrito da culpa, até poque trata-se de 
militar do corpo de bombeiros. A assim não há fundamentação idônea para manter a 
custódia cautelar como garantia da aplicação da lei penal e conveniência da instrução 
criminal.
 O crime tem pena mínima de 3 anos, e provavelmente, se 
condenado, a pena não sairá do mínimo legal, cabendo assim a substituição por pena 
restritiva de direitos, por se tratar de réu primário e de bons antecedentes, e não ser o 
crime praticado com violência ou grave ameaça. É a aplicação do princípio da 
homogeneidade que regem as prisões cautelares, que nos informa que a medida cautelar a 
ser adotada deve ser proporcional a eventual resultado favorável ao pedido do autor, não 
sendo admissível que a restrição, durante o curso do processo, seja mais severa que a 
sanção a ser aplicada caso o pedido seja julgado procedente. (RANGEL, Paulo. Direito 
Processual Penal. 15ª ed., pág. 659-660)
 Diante do exposto, requer o acolhimento do pedido liminar e no 
mérito a concessão do Habeas Corpus, com a consequente expedição do alvará de soltura, 
por se tratar e medida da mais inteira justiça.
Nestes Termos
Pede Deferimento 
 local/ data/assinatura
 
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III - CCJ0047
Semana Aula: 9
Habeas Corpus
Tema
Habeas Corpus
Palavras-chave
Habeas Corpus
Objetivos
Trata-se de instrumento de maior utilização no processo penal, pois visa garantir direito 
de liberdade de locomoção, já cerceada ou com a possibilidade de ser tolhida. O aluno 
deverá ser capaz de identificar a violação, compreendendo o instituto, redigir a inicial e 
dirigi-la ao órgão competente, restabelecendo o direito do paciente.
Estrutura de Conteúdo
1. Natureza jurídica do instituto, condições da ação, competência para julgamento.
 1.1 Autoridade coatora;
 1.2 Impetrante e paciente.
2 Espécies de habeas corpus
 2.1 Liberatório
 2.2 Preventivo
Procedimentos de Ensino
Devemos sair da tradicional aula expositiva e buscar:
 o debate oral sobre os fatos e normas de direito material e processual necessários 
para a análise do caso concreto objeto da aula;
 estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e 
conceitos;
 manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base 
conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça.
 construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos 
principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, 
elaborando uma síntese final;
 manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, 
orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
 instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da 
participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, 
em todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigos 5º, LXVIII, CF e 647 (e seguintes) do CPP.
Conceito: é o remédio constitucional adequado quando alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer restrição em sua liberdade de locomoção (ir, vir e permanecer) por 
ato ilegal. Por isso, o seu cabimento ocorre tanto nas hipóteses em que o paciente já se 
encontra preso como naquelas em que a prisão é iminente. Em relação ao assunto, é 
importante observar a nomenclatura dada pela doutrina: se o direito já foi violado, o HC é 
considerado liberatório. No entanto, se for o caso de ameaça de restrição, o HC é 
intitulado preventivo. É importante ter em mente os dois conceitos, pois influenciam no 
pedido. 
Prazo: enquanto perdurar o risco ou violação ao direito à liberdade de locomoção.
Como identificá-lo: por ser cabível sempre que houver risco ou efetiva lesão à liberdade 
de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder, é impossível elaborar um rol exaustivo 
de hipóteses em que o remédio constitucional é aplicável. 
Cabimento: o artigo 5º, LXVIII, da CF afirma que conceder-se-á habeas-corpus sempre 
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade 
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder 
Dica: cabe recurso em sentido estrito contra a decisão de juiz de primeira instância que 
nega a ordem de habeas corpus (artigo 581, X, do CPP). Todavia, se a ordem for negada 
por um Tribunal, o recurso cabível será o ROC Recurso Ordinário Constitucional -, que 
deve ser remetido

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