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Questionário Direito Falimentar

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Nome: Angélica Coutinho RA:1020005410 
 
 
 1 – Faça um resumo histórico do Direito Falimentar. 
Com a evolução da legislação, por assim dizer, é que em 1850 sob influência 
do Código, editou-se o Decreto n°. 697, de 1850, onde, se tratava no capítulo 
“da quebra”, obviamente, da falência que se entendia à época pelo mero 
inadimplemento do empresário frente aos seus credores, não importando se 
este dispusesse de fundos para honrar seus compromissos.Todo comerciante 
que cessa seus pagamentos entende-se quebrado ou falido. É importante 
salientar, neste estudo, que ocorreram inúmeras alterações no Direito 
Falimentar brasileiro. Seguindo este estudo histórico, a Lei n°. 859/1902, de 16 
de agosto, que foi alterada pelo Decreto n°. 4.855, de dois de junho de 1903, 
que vieram a substituir o Decreto n°. 907, já mencionado anteriormente, 
minimizara a participação do Ministério Público no processo relativo às 
falências e determinara que o síndico (que hoje figura como administrador 
Judicial) seria nomeado pela Junta Comercial. A Lei traz em seu bojo a 
desobrigação da empresa em honrar os compromissos a título gratuito e as 
despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou 
a falência, nos dois incisos do Art. 5°, prevê o parcelamento das execuções 
fiscais de acordo com o código tributário nacional, como preconiza o §7° do Art. 
6°; tudo isso, visando à função social da empresa e sua recuperação sempre 
que possível. 
 
2. Qual a objeto da Lei 11.101/05? A quem se aplica? Quais pessoas não 
podem se valer desta lei? 
Lei n 11.101/2005 “a recuperação judicial tem como objetivo de viabilizar a 
superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de 
permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos 
interesses dos credores promovendo, assim, a preservação da empresa, sua 
função. Principais artigos da Lei de Falência (11101/2005) A falência pode ser 
requerida pelo próprio devedor, pelo cônjuge sobrevivente ou herdeiros, cotista 
ou acionista e qualquer credor (artigo 97 da Lei 11101/2005). O devedor 
poderá contestar o pedido no prazo de 10 dias. 
3. Qual o juízo competente para processar a falência/recuperação judicial? 
O Juízo competente para processar e julgar pedido de recuperação judicial é 
aquele situado no local do principal estabelecimento, compreendido este como 
o local em que se encontra “o centro vital das principais atividades do devedor”. 
Embora utilizado o critério em razão do local, a regra legal estabelece critério 
de competência funcional, encerrando hipótese legal de competência absoluta, 
inderrogável e improrrogável, devendo ser aferido no momento da propositura 
da demanda – registro ou distribuição da petição inicial. 
A utilização do critério funcional tem por finalidade o incremento da eficiência 
da prestação jurisdicional, orientando-se pela natureza da lide, assegurando 
coerência ao sistema processual e material. 
 
4. Qual a importância da Lei 14.112/20 para o direito falimentar 
contemporâneo? 
A lei 14.112/20 que alterou a Lei de Recuperação Judicial e Falências adotou 
procedimento que permite a apresentação de termo assinado 
pelos credores nos autos da Recuperação Judicial para substituir decisão de 
aprovação de Plano de Recuperação Judicial na Assembleia Geral 
de Credores. 
5. Explique três princípios relevantes para o Direito Falimentar. 
O princípio da preservação da empresa protege o núcleo da atividade 
econômica e, portanto, da fonte produtora de serviços ou mercadorias, da 
sociedade empresária, refletindo diretamente em seu objeto social e 
direcionando-a, sempre, na busca do lucro. O princípio da paridade dos 
credores, expresso no brocardo para o qual decorre da regra constitucional de 
igualdade, insculpida no art. 5º caput da Constituição da República. 
Constitui princípio informativo, posto que universal, do direito falimentar pátrio, 
e que determina a igualdade proporcional entre os créditos da mesma 
natureza, observadas as preferências e privilégios.

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