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Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 Epidemiologia: ➢ Frequência: "doença da civilização ocidental". Comum: EUA, Europa, Austrália, Canadá. Rara: África e Índia. ➢ Prevalência: influenciada pela dieta o 2,5 milhões de pessoas em 1996 o Aumento incidência em negros e japoneses migrantes ➢ Sexo: relação igual ➢ Raça: predomínio de DDC no cólon direito entre os asiáticos ➢ Complicações em 10-25% dos pacientes ➢ Incidência: População geral: o 1/3 população > 45 anos o 2/3 população > 85 anos o Maior frequência em países ocidentais → 131 mil internações por ano nos EUA o 41% das demais doenças intestinais ➢ Geralmente, 95% afeta o sigmoide (característica: paciente com dor em fossa ilíaca esquerda e alteração do hábito intestinal), 35% atinge cólon proximal e é rara abaixo da flexão peritoneal. ➢ Diverticulum (latim): pequeno desvio do trajeto normal. Nomenclatura: ➢ Diverticulose: doença assintomática ➢ Doença diverticular – associação a sintomas o Não complicada o Complicada: ▪ Por inflamação (diverticulite) ▪ Por abcesso, fístula, perfuração ou obstrução ▪ Por hemorragia (não associada a inflamação) Etiopatogenia: ➢ Local de penetração dos vasos ➢ Menor resistência da musculatura circular ➢ Entre tênias mesenteriais e antimesenteriais ➢ Herniação mucosa – submucosa Diagnóstico: ➢ História clínica e exame físico: paciente refere dor na fossa ilíaca esquerda, associada a alteração do hábito intestinal ➢ Radiologia: o Rx simples de abdômen o Enema opaco o USG/tomografia: na fase aguda realiza-se a tomografia computadorizada o Outros ➢ Endoscopia – colonoscopia: passada a fase aguda da doença ➢ Anatomopatológico: quando houver alguma alteração que precise de biopsia. Quadro clínico: ➢ Sintomas: o Diverticulose: assintomática o Doença diverticular: sintomática ▪ Dor, distensão, alteração hábito ▪ Sintomas urinários ▪ Abdome agudo o Diverticulite: ▪ Dor quadrante inferior esquerdo (93-100%) ▪ Febre (57-100%) ▪ Massa abdominal, náuseas ▪ Constipação, diarreia, disúria ▪ Leucocitose (69-83%) Diagnóstico diferencial: ➢ Doenças intestinais: o Apendicite aguda o Câncer colorretal o Doença de Crohn o Colite ulcerativa o Embolia mesentérica o Obstrução intestinal o Colite isquêmica o Colite pseudomembranosa Doença diverticular do cólon Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 o Síndrome do intestino irritável ➢ Doenças abdominais: o Úlcera péptica complicada o Doença pancreática o Hérnia encarcerada ➢ Doenças ginecológicas: o Prenhez ectópica o Torção ovariana o Doença inflamatória pélvica o Cisto ou neoplasia ovariana Doença diverticular de cólon direito: ➢ Incidência maior em asiáticos ➢ Idade mais precoce (40 anos) ➢ Geralmente assintomáticos ➢ Divertículos falsos (pulsão) ➢ Tratamento: ressecção ➢ Diagnóstico: Enema opaco – raramente tem- se feito. Ultimamente o diagnóstico é feito pela colonoscopia. o Presença de múltiplos divertículos em todo colo o Extensão da doença o Estenose o Imagem de crescente/ sanfonamento o Efeito de massa o Trajetos fistulosos o Sensibilidade: 94% ➢ Colonoscopia: o Óstios diverticulares o Processo inflamatório associado o Associação com neoplasia o Localização de fonte de hemorragia (quando houver sangramento) Doença diverticular complicada: ➢ Processo inflamatório agudo ➢ Obstrução intestinal ➢ Perfuração ➢ Fístula ➢ Hemorragia maciça ➢ Diagnóstico: o Rx simples de abdome o USG o Tomografia computadorizada (com contraste – padrão ouro) o Enema opaco: fístula, estenose, abcesso (fase aguda) o Colonoscopia: excepcionalmente na fase aguda ➢ Exame radiológico simples: o Sinais de irritação intestinal (íleo) o Perfuração visceral (ar livre) o Obstrução intestinal o Massas intra-abdominais ➢ USG: o Sensibilidade: 84-98% o Especificidade: 80-97% o Detecção de abcessos: 90-97% o Examinador dependente e os gases dentro do abdome do paciente vão impedir de visualizar as estruturas. ➢ A tomografia computadorizada do abdome e pelve é normalmente o exame de imagem mais apropriado na avaliação de suspeita de diverticulite. Grau de evidência: III / grau de recomendação: A. o Detecção de abcessos, fístulas o Exclusão de outras doenças Complicações agudas da diverticulite: ➢ Inflamação aguda ➢ Obstrução: o Episódios agudos recidivantes → espessamento da camada muscular o Diagnóstico diferencial: carcinoma, colite, isquemia. ➢ Hemorragia: o Erosão vascular por fecálitos → ruptura da vasa recta no lúmen do divertículo o 3 a 5% na DDC, mais comum em idosos o 80% cessam espontaneamente o 60% proximais ao ângulo esplênico o Recorrência comum (25 a 50%) Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 o Episódios intensos autolimitados – sem dor – não adianta indicar colonoscopia. o Doença diverticular é a maior causa de hemorragia digestiva baixa (40%), sendo seguida de doença inflamatória, neoplasia, coagulopatias, doenças anorretais e malformações. o Ele mostra imagens de sangramento através de cintilografia e arteriografia, dizendo que se faz diagnóstico com esses exames. ➢ Perfuração: o Complicação rara o Mortalidade: 6 a 35% o Fatores associados: idade, sexo masculino, consumo de AINH, imunossupressão, analgésicos opiáceos. ➢ Peritonite ➢ Fístulas internas: o Secundárias a diverticulite crônica ou episódios agudos recorrentes o Inflamação crônica → aderências. o Fístula colo-uterina, fistula colo-entérica, fistula colo-vaginal. Diverticulite – evolução: ➢ 10 a 25% dos pacientes: diverticulite aguda → perfuração livre ou bloqueada. ➢ Indicação cirúrgica mais comum e mais grave ➢ Pode ser a primeira e única manifestação da doença ➢ Cuidados intensivos / internação prolongada ➢ Confecção de estoma ➢ A diverticulite pode ser tratada a nível ambulatorial, em casa, com antibiótico via oral, mas nos casos mais graves deve ser feita a internação para realização da antibioticoterapia venosa Tratamento clínico: Doente assintomático: forma não complicada ➢ Adicionar fibras gradualmente à dieta (20- 30g). o Evitar excesso de cascas, sementes ou grãos (nozes, milho de pipoca, semente de abóbora ou gergelim) o Psillium, metilcelulose o Ingerir grande quantidade de líquidos o Responder prontamente a estímulos intestinais o Evitar força para evacuar o Antiespasmódicos o Exercícios físicos regulares ➢ Internação, jejum + hidratação, antibioticoterapia e antiespasmódicos até a melhora do quadro clínico (48-72h → febre, taquicardia, leucocitose, irritação peritoneal) ➢ Antibioticoterapia: o Anaeróbios: ▪ Bacteroides fragilis ▪ Peptostreptococcus ▪ Clostridium o Aeróbios: ▪ Escherichia coli ▪ Klebsiela, Proteus ▪ Streptococcus Tratamento cirúrgico: ➢ Falha do tratamento clinico ➢ Mais que dois episódios agudos em pacientes >50 anos ➢ 1 episódio agudo em pacientes <50 anos ➢ Suspeita de associação com câncer colônico ➢ Complicações: estenose, fístula, perfuração, hemorragia ➢ Pacientes imunodeprimidos Princípios gerais: ➢ Cirurgia eletiva: o Remover cólon espessado e doente o Ressecar todo o cólon sigmoide o Anastomose com reto sadio ➢ Se peritonite difusa, falha no tratamento da crise aguda → cirurgia de urgência. ➢ Cirurgia de urgência: o Ressecção e derivação são geralmente necessárias o Ressecção primária e anastomose em casos selecionados o Lavagem colônica intraoperatória como adjuvante de RP + A (não fala o que é RP + A) o Derivação intestinal para proteger anastomose. Novos rumos do tratamento cirúrgico: ➢ Reavaliação das indicações ➢ Radiologia invasiva – drenagem ➢ Preparo mecânico intraoperatório ➢ Cirurgia laparoscópica Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 Classificação de Hinchey,1978: Conduta operatória: ➢ Hinchey I: abscesso confinado ao mesentério ➢ Hinchey II: abscesso pélvico ou retroperitoneal ➢ 50 a 80% dos casos: o Drenagem percutânea (guiada por tomografia) + ressecção do sigmoide + anastomose primária ➢ Hinchey III: peritonite purulenta o Ressecção +anastomose primária (com ou sem estoma) o Operação de Hartmann (ressecção do cólon com fechamento do reto e esterilização proximal do cólon proximal) ➢ Hinchey IV: peritonite fecal o Operação de Hartmann o Rafia, drenagem e colostomia Radiologia invasiva: ➢ Drenagens percutâneas e preparando o paciente para uma cirurgia eletiva simples. Opções técnicas na diverticulite: ➢ Operação em 3 tempos → situações de risco ➢ Operação em 2 tempos → condições adversas: o Ressecção + anastomose e colostomia proximal o Ressecção à Hartmann o Ressecção e fístula mucosa ➢ Ressecção primária + anastomose ➢ Estoma de proteção: ileostomia: evitar que as fezes passem pelo cólon, evitando a contaminação peritoneal. ➢ Peritonite fecal ou imunossupressão: faz a ressecção do sítio da diverticulite, exterioriza proximal, geralmente o cólon descendente, e fecha o reto → cirurgia de Hartmann’s. Doença diverticular complicada: obstrução ➢ Preparo intraoperatório: paciente irá realizar uma cirurgia de urgência e não está com o cólon limpo, pode-se ressecar o apêndice, cateterizar o óstio apendicular com uma sonda, fechá-lo e lavar, irrigando- o. Lá estará conectado a uma cânula ao exterior que vai limpar esse cólon. ➢ Lavagem intraoperatória: o permite anastomose primária o Deiscência – cirurgia eletiva o Pouco tempo operatório adicional o Não recomendada: ▪ Hinchey IV ▪ Alterações cardiopulmonares ▪ Imunocomprometidos Fístulas colo-vesicais: ➢ São as mais frequentes ➢ Princípio: ressecção do segmento doente e reparo do órgão contíguo Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 ➢ Ressecção e anastomose primária podem ser realizadas na maioria dos casos. Doença diverticular complicada: hemorragia ➢ Conduta conservadora: o Hemostasia endoscópica o Angiografia o Vasopressina local ➢ Conduta cirúrgica: o Segmentar → direita ou esquerda ▪ Ponto de sangramento identificado o Colectomia total (mais rara) ▪ Ponto de sangramento não identificado ▪ Ponto de sangramento identificado no cólon direito – com doença diverticular importante também no cólon esquerdo. ▪ Ponto de sangramento identificado no cólon esquerdo – com doença diverticular importante também no cólon direito. o Ileostomia seletiva ➢ Videolaparoscopia: muito utilizada tanto na doença diverticular quanto no tumor de cólon. Vantagem: pacientes obesos que precisam de cirurgia minimamente invasiva. ➢ Pode ser feita mesmo com perfuração, abcesso, flegmão, fístulas, sangramentos ➢ Na doença não complicada, como operação eletiva é uma ótima indicação (padrão ouro). Pode ser feita a ressecção do segmento comprometido com anastomose primária e as vezes indicando uma ileostomia de proteção. ➢ Na doença diverticular complicada, Hinchey I ou II – justificada na ausência de contaminação. Lavagem e drenagem de abcesso localizado. o I – Abscesso pericolico o II – Peritonite localizada ➢ Hinchey III: condições selecionadas ➢ Hinchey IV: contraindicação. Conclusões: ➢ Condição comum em países industrializados ➢ Existem critérios estabelecidos para indicação cirúrgica ➢ Escolha do procedimento operatório deve ser individual ➢ A videocirurgia é hoje a via de acesso ideal no tratamento eletivo da doença diverticular. Câncer Colorretal ➢ Câncer colorretal: 1500 mil casos novos, 55 mil óbitos. ➢ Incidência alta pelas estatísticas dos EUA, sendo o terceiro em número de casos e o segundo em mortalidade. ➢ No Brasil, 5º lugar entre homens e 4º lugar entre mulheres. ➢ É uma doença comum e letal ➢ Estima-se que 147.950 novos casos diagnosticados por ano, 104.610 de cólon e 43.340 de reto. ➢ 53.200 americanos são esperados morrer de CCR por ano. ➢ Terceira causa mais comum de morte por câncer em mulheres e a segunda nos homens. ➢ Sequência importante para o rastreamento do câncer. O ideal é que o paciente seja diagnosticado ainda na fase de adenoma. Por isso todo paciente acima de 45 anos deve fazer o rastreamento através da colonoscopia, para que sejam detectados adenomas e sejam ressecados, evitando chegar ao câncer. ➢ Grupos de risco: subgrupos populacionais em que o risco de CCR justifica o emprego de métodos diagnósticos mesmo em indivíduos assintomáticos. o Indivíduos com idade superior a 40 anos Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 o Antecedentes de adenoma ou adenocarcinoma colorretal o Antecedentes de câncer no TGI, ginecológico ou mama o Doenças genéticas associadas ao câncer colorretal o Doenças inflamatórias intestinais o Doença actínica colorretal (>10 anos) o Ureterossigmoidostomia (>10 anos) ➢ Obs.: se parente de primeiro grau teve CCR, indicado que se faça o rastreamento 10 anos antes da idade que o familiar teve a doença. Diagnóstico e estadiamento: ➢ História clínica e exame físico: o Apresentação clínica: ▪ Sinais e sintomas suspeitos: hematoquezia ou melena, dor abdominal, anemia inexplicada por deficiência de ferro e/ou alteração do habito intestinal. Menos comuns: distensão abdominal e/ou náuseas e vômitos (indicadores de obstrução) ▪ Indivíduos assintomáticos descobertos por exames de rotina ▪ Admissão de emergência com obstrução intestinal, peritonite ou, raramente, sangramento gastrointestinal agudo ➢ Radiologia: o Enema opaco o USG/ tomografia o Outros ➢ Endoscopia: padrão ouro do diagnóstico o Retossigmoidoscopia o Colonoscopia ➢ Anatomopatológico Cólon direito: quadro clínico e exame físico ➢ Síndrome anêmica: o Perda de peso o Sangramento intestinal raro ➢ Síndrome tumoral: o Massa palpável em FD/HCD (?) ➢ Síndrome dispéptica: o Diarreia leve/ constipação o Dor abdominal à direita ➢ Diagnóstico: o Toque retal o Retossigmoidoscopia Cólon esquerdo: quadro clínico e exame físico ➢ Cólicas abdominais ➢ Constipação progressiva ➢ Diarreia eventual ➢ Alternância de habito intestinal ➢ Dor em hipogástrio ➢ Enterorragia / mucorreia ➢ Massa abdominal palpável ➢ Emagrecimento, astenia, anorexia Colonoscopia: ➢ Valor diagnóstico e terapêutico ➢ Alta sensibilidade a lesões pequenas ➢ Diagnóstico diferencial de enterorragia ➢ Câncer sincrônico: 4 a 9% - dois tumores ao mesmo tempo ➢ Pólipo associado: 25 a 30% ➢ Limites técnicos e alto custo. Enema opaco ➢ Valor diagnóstico / estadiamento ➢ Pesquisa de alterações intestinais ➢ Alta disponibilidade ➢ Baixo custo Colonoscopia virtual: ➢ Contraindicação à convencional ➢ Colonoscopia incompleta ➢ Lesões obstrutivas e sincrônicas ➢ Avaliação de estruturas extra-colônicas Anatomopatológico: ➢ Confirmar presença de adenocarcinoma ➢ Tipo histológico ➢ Diferenciação celular (após cirurgia) ➢ Grau de penetração na parede ➢ Comprometimento ganglionar ➢ Margens cirúrgicas ➢ Invasão venosa e perineural ➢ Prognóstico Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 Estadiamento pré operatório: ➢ Todos devem ser estadiados ➢ Geralmente os mais realizados são a TC de abdome e tórax e os marcadores tumorais (CEA). Classificação TNM: ➢ Tumor ➢ Nódulo ➢ Metástase ➢ Proposta: subdivisão dos LN: localização e número de estruturas acometidas (ele disse que não vai cobrar isso) Pré operatório: ➢ Orientação geral: o Perspectivas da doença o Estomas intestinais o Alterações de continência ➢ Procedimentos: o Ressecções segmentares o Ressecções totais o Derivações ➢ Preparo do paciente o Antibioticoterapia profilática com cefoxitina o Profilaxia de TVP o Mecânicodo cólon Pólipos com degeneração invasiva: polipectomia ➢ Execução simples ➢ Baixa morbidade o Sangramento 1/1.000 o Perfuração: 0,5/1.000 ➢ Mortalidade praticamente nula ➢ LN + em 0 a 15% dos casos Ressecção do tumor e mesentério adjacente ➢ Cólon direito e transverso proximal → linfadenectomia nas estações ganglionares da artéria mesentérica superior. ➢ Cólon transverso distal, cólon esquerdo e cólon sigmoide reto → linfadenectomia nas estações ganglionares da artéria mesentérica inferior. ➢ Tumor no cólon direito → faz a ligadura da artéria íleo-ceco-cólica, da cólica esquerda. Faz a hemicolectomia direita ou colectomia parcial direita, ressecando um pouco de íleo terminal e o cólon transverso e fazendo a anastomose desse íleo terminal no cólon transverso ➢ Quando essa ressecção é mais para o meio do cólon transverso faz-se necessário até mesmo a ligadura da cólica média, ressecando o ceco, o colo ascendente e parte do transverso e fazendo uma anastomose do íleo e do colón transverso. ➢ Quando o tumor é próximo ao ângulo hepático do cólon, faz uma colectomia direita ampliada, ressecando um pouco mais de cólon transverso e faz a anastomose do íleo com o resto do cólon transverso à esquerda. Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 ➢ Quando o tumor é no cólon transverso, faz a ressecção segmentar do cólon transverso e uma linfadenectomia local. ➢ Quando o tumor é mais para o lado esquerdo, faz a ressecção segmentar mais ampliada, pegando o cólon transverso à esquerda. ➢ Quando há tumor do cólon descendente esquerdo faz uma colectomia parcial ressecando parte do transverso e o cólon descendente. ➢ Quando o tumor é de sigmoide, faz uma retossigmoidectomia com anastomose do descendente e do reto. Retossigmoidectomia: Princípios oncológicos: ➢ Cirurgia alargada o Ressecção em monobloco de órgãos e estruturas ▪ Parede abdominal ▪ Intestino delgado ▪ Bexiga o Incidência: 5 a 22% o Faz-se muita ressecção de metástase hepática. Tratamento do câncer de cólon: ➢ Padrão ouro: cirurgia laparoscópica ➢ Colectomia direita, do transverso, retossigmoidectomia., ➢ Cirurgia paliativa ➢ Objetivo: prevenção de complicações e controle de dor e sepse. ➢ Opções: ressecção com ou sem anastomose ➢ Derivação interna ou externa ➢ Tratamentos locais ➢ Próteses (stents) endoscópicas Obstrução do cólon esquerdo – tratamento cirúrgico: 1 tempo: ressecção do cólon esquerdo com anastomose colorretal 2 tempos: ressecção do cólon, fecha o reto e exterioriza proximalmente em colostomia – Cirurgia de Hartmann. No segundo tempo faz a reconstrução, o fechamento da colostomia com anastomose colorretal. 3 tempos: faz colostomia. No segundo tempo resseca o tumor e faz a anastomose e deixa a colostomia de proteção. No terceiro tempo faz o fechamento da colostomia com reconstrução do cólon transverso. Também pode ser feito a lavagem intraoperatória (igual a descrita lá em cima). Mayara Medeiros · Cirurgia · 2022 Tratamento paliativo: Vantagens das estomias por videolaparoscopia: ➢ Menor trauma cirúrgico ➢ Facilita mobilização do cólon ➢ Identifica orientação da alça intestinal ➢ Verifica vascularização do cólon obstruído ➢ Permite realizar estadiamento de neoplasias ➢ Realização de procedimentos simultâneos Câncer sincrônico ➢ Diagnosticados já no pré-operatório no mesmo momento (ex: tumor no sigmoide e no transverso) ➢ Tumor metacrônico: aparece em determinado momento e um tempo depois da ressecção o paciente aparece com outro tumor em outro local ➢ Incidência: o 1,5 a 8% carcinomas o 25% adenomas o 15 a 87% lesões não adjacentes
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