Prévia do material em texto
AV1 - ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA BELO E O FEIO ALUNO: KLEDIR P. SANTOS CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: ESTÉTICA MAT: 00000000 A Estética, enquanto disciplina filosófica, surge somente em 1750, com a publicação da obra Estética: a lógica da arte e do poema de Baumgarten. O autor utiliza o termo Estética para tratar do belo. Para Baumgarten, assim como existe uma lógica para conhecer as “coisas inteligíveis”, deve haver uma que permita conhecer as “coisas sensíveis”. Assim, estão instituídas as condições para o surgimento da Estética como “ciência do conhecimento sensitivo” (Baumgarten, 1993, II, p. 95). Sobre as reflexões do belo, na Estética, são consideradas predominantes em diversos períodos históricos, porém, um vasto universo permanece latente. Na sua existência física apesar da resistência em tratá-lo teoricamente. O feio sempre ocupou um extenso espaço na existência real e artística de todos os tempos, mesmo sendo aceito ou negado. É inegável a dificuldade de abordar teoricamente o conceito. Por séculos, já que o conceito é mencionado de um modo superficial, para designar a antítese do belo. Nas relações do sujeito com o feio precisam ser compreendidas nas transformações do processo histórico. Tomando como referência o período medieval, também, percebe-se que a presença do feio é justificada por diversos autores como manifestação da precariedade e decadência da existência terrena. Se o mundo cristão é essencialmente belo e bom pelo fato de ser uma criação divina, a existência do feio é justificada a partir de sua identificação com o mal. Antes de Baumgarten, o belo era distante nas reflexões filosóficas, o belo de Platão, como por exemplo, servia com guia do homem para a perfeição moral. O belo em si não dependia dos objetos, segundo exposto na obra “O Banquete” de Platão. E ao redefinir o conceito de belo na modernidade, Baumgarten pretende fundar a estética com ciência das sensações cuja a finalidade é a perfeição do conhecimento sensível, onde, esta perfeição é a Beleza. A estética grega antiga, trata-se da arte naturalista em que a imitação da realidade constituída grande parte do trabalho dos artistas gregos que imitavam em esculturas, os heróis olímpicos. No entanto, para entender a estética platônica precisamos ter em mente sua formosa teoria das ideias que afirmar que há dois mundos; o mundo das ideias, onde se encontra a realidade, a verdade, essência de tudo que existe, e o mundo sensível, onde observamos as copias e imitações dos modelos universais inteligíveis. Baumgarten define a estética como parte de pensar do modo belo, como a arte antiga análoga da razão, como ciência do conhecimento sensitivo que se contrapõe ao saber filosófico que privilegiava a abstração, ele afirma que não se pode compreender a dimensão da sensibilidade humana com o mesmo pensamento, diferente do conceito de estética na idade média que se iniciou com a teoria que se tornava ciência normativa as custas logica, da moral e dos valores humanos. A essência do belo seria alcançada identificando o bom, tendo em conta os valores morais. Veremos que a melhor expressão do paradoxo do corpo na Idade Média que aquele delicado e estoico sorriso angelical entre as lágrimas redentoras e a gargalhada suspeita, o corpo medieval inventou o sorriso singelo, feliz. A história da percepção do corpo é a nossa história, tensão de nosso estar no mundo. A filosofia não poderia deixar de considerá-lo que a beleza do corpo consiste em que o homem tenha membros corporais bem proporcionados e uma certa claridade da cor. Do mesmo modo, a beleza espiritual consiste em que a conduta do homem, entendida como o conjunto de seus atos, seja bem proporcionada e conforme certa claridade espiritual da razão. (TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica, p. 145, a. 2c). Referencias: Cecim, A. M. Baumgarten, Kant e a teoria do belo: conhecimento das belas coisas ou belo pensamento? Paralaxe, 2(1), 2–19. 2014. Disponível em; https://revistas.pucsp.br/index.php/paralaxe/article/view/31114 TREVISAN, D. K. Estética como ciência do sensível em Baumgarten e Kant, ARTEFILOSOFIA, 2017-04-19, Disponível em; https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/515 MUNCH, Edvard. O grito. 1893. Pintura, óleo sobre tela, têmpera e pastel sobre cartão. Artequin v. 91, 2012. Disponível em; www.artequin.cl/wp-content/uploads/2013/05/ficha_Munch.pdf AQUINO, T. Suma Teológica, Disponível em; https://sumateologica.files.wordpress.com/2017/04/suma-teolc3b3gica.pdf Kledir Pinto Santos, UNINASSAU, SLZ - MA, 20 de março de 2022.