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Um fármaco sedativo reduz a atividade, modera a excitação e acalma; um fármaco hipnótico produz torpor, bem como facilita o início e a manutenção de um estado de sono semelhante ao sono natural e do qual a pessoa que tomou o medicamento pode ser despertada com facilidade. Benzodiazepínicos ➤ Têm a capacidade de promover a ligação do principal neurotransmissor inibitório (GABA) aos receptores Gaba-a, intensificando as correntes iônicas induzidas pelo GABA através destes canais; ➤ Propriedades farmacológicas: efeitos de sedação, hipnose, diminuição da ansiedade, relaxamento muscular, amnésia anterógrada e atividade anticonvulsivante; a medida que a dose de benzodiazepínica aumenta, a sedação evolui para a hipnose e, a seguir, para o esturpor; ➤ Efeitos nos estágios do sono: diminui a latência do sono, o número de episódios de despertar, aumenta tipicamente o tempo total do sono, sensação de sono profundo e revigorante; ➤ Efeitos na respiração: em doses mais altas, como as utilizadas como medicação pré-anestésica para a realização de endoscopia, os benzos deprimem discretamente a ventilação alveolar, promovendo acidose respiratória consequente à diminuição do impulso hipóxico em vez do hipercapneico; esses efeitos são exacerbados nos pacientes com DPOC podendo resultar em hipoxia alveolar e/ou narcose por CO2; ➤Usos terapêuticos: Os benzos usados como anticonvulsivantes têm meia-vida longa, e sua rápida penetração no cérebro é necessária à eficácia do tratamento do status epilepticus. Uma meia-vida de eliminação curta é desejável para os hipnóticos, embora isso traga a desvantagem ao uso abusivo e a gravidade da abstinência após a suspensão da medicação. Os ansiolíticos devem ter meia-vida longa apesar do risco de déficits neuropsicológicos provocados pelo acúmulo do fármaco; Hipnóticos e Sedativos Psiquiatria ➤ Farmacocinética: → Lipofílicos, absorvidos por via oral; → Midazolam, Diazepam, fluniltrazepam, lorazepam podem ser administrados por via parenteral; → Metabolismo hepático (cuidado com os hepatopatas) → Alta ligação com proteínas plasmáticas → Eliminação renal ➤ Efeitos indesejáveis: Doses hipnóticas dos benzos podem provocar graus variados de sensação de “cabeça oca”, lassidão, aumento do tempo de reação, falta de coordenação motora, comprometimento das funções mentais, confusão e amnésia anterógrada. Também podem ocorrer sonolência diurna; (A intensidade e incidência de efeitos tóxicos no SNC aumentam com a idade); Novos agonistas dos receptores benzodiazepínicos: Zolpidem e Zaleplona ➤ Suas eficácias terapêuticas se devem aos efeitos agonistas do local de ligação dos benzodiazepínicos ao receptor Gaba-A ➤ Zaleplona e o zolpidem são eficazes para o alívio da insônia motivada pela incapacidade de conciliar o sono; ➤ A administração do zolpidem tarde da noite é associada a sedação matinal, retardo do tempo de reação e amnésia anterógrada, enquanto a zaleplona não apresentou mais efeitos colaterais; ➤ O zolpidem é eficaz como os benzos na redução da latência do sono e no prolongamento do tempo total do sono entre os pacientes com insônia; Flumazenil: um antagonista do receptor benzodiazepínico ➤ Age como antagonista específico dos benzos, pois liga-se com grande afinidade a locais específicos no receptor GABA-A, onde faz antagonismo competitivo à ligação e aos efeitos alostéricos dos benzos e de outros ligantes; ➤ Só está disponível para administração intravenosa ➤ Utilizado no tratamento da suspeita de overdose por benzos ➤ A ausência de resposta a 5mg de flumazenil (adm de uma série de pequenas doses a cada 1-3min) é fortemente sugestiva de que a principal causa da sedação não seja um benzo; Barbitúricos ➤ Deprimem, de modo reversível, a atividade dos tecidos excitáveis; ➤ Doses não-anestésicos, suprimem, preferencialmente, as respostas polissinápticas ➤ Há diminuição da facilitação, e a inibição costuma ficar aumentada ➤ O local da inibição é pós-sináptico ➤ Atuam nos receptores Gaba-A: → Promovem a ligação dos benzos aos receptores Gaba-A; → Potencializam as correntes de cloreto induzidas pelo GABA através do prolongamento dos períodos nos quais há momentos de abertura do canal (em vez de aumentar a frequência desses momentos, como fazem os benzodiazepínicos) ➤ A ativação dos receptores inibitórios Gaba-A e a inibição dos receptores excitatórios AMPA podem explicar seus efeitos depressores no SNC ➤ Possuem baixo grau de seletividade e índice terapêutico ➤ Efeitos no sono: aumentam o tempo total do sono e alteram os estágios do sono de acordo com a dose; ➤ Respiração: deprimem tanto o impulso respiratório quanto os mecanismos responsáveis pelo caráter rítmico da respiração; ➤ Gastrintestinal: tendem a diminuir o tônus da musculatura GI e amplitude das contrações rítmicas; ➤ Fígado: administração crônica de barbitúricos induz acentuadamente à atividade das glicuroniltransferases bem como a CYP1A2, 2C9, 2C19 e 3ª4, aumentando, assim, o metabolismo de muitos medicamentos e substâncias endógenas, incluindo hormônios esteroides, colesterol, sais biliares, assim como as vitaminas K e D, além do próprio barbitúrico; ➤ Rim: podem ocorrer oligúria grave ou anúria na intoxicação por barbitúricos; ➤ Absorção, destino e excreção: → Início da ação após 10-60 min, sendo retardado pela presença de alimentos no estômago; → Via IV reservada para o tto de status epilepticus ou indução/manutenção da anestesia geral; → Ampla distribuição e atravessam imediatamente a barreira placentária; ➤ Usos terapêuticos: ➤ Efeitos indesejáveis: vertigem e depressão residual do SNC no dia seguinte; depressão respiratória fatal e cardiovascular total podem acontecer com doses elevadas; ➤ Intoxicação aguda por barbitúricos: tto apenas com medidas de suporte, o uso de estimulantes do SNC é contraindicado pois aumentam o índice de mortalidade; Outros fármacos hipnosedativos ➤ Melatoninérgicos → Ramelteon e Agomelatina → Agonistas com alta seletividade para receptores melatonina MT1 e MT2 → Envolvidos na indução do sono e regulação do ciclo vigília-sono ➤ Antidepressivos tricíclicos e atípicos, antipsicóticos, anti-histamínicos: ação hipossedativa por conta de suas ações sobre os receptores 5-HT2, D1 e H ➤ Hidrato de cloral: convertido em tricloroetileno, com propriedades hipnóticas por mecanismos semelhantes aos barbitúricos;
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