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Insônia x Ansiedade A inclusão de um fármaco na classe dos sedativos-hipnóticos indica que ele tem a capacidade de produzir sedação (com alívio concomitante da ansiedade) ou de incentivar o sono. Devido à considerável variação química observada nesse grupo de fármacos, essa classificação baseia-se mais nos usos clínicos do que em semelhanças na estrutura química. Os estados de ansie- dade e os distúrbios do sono representam problemas comuns, e os agentes sedativos- hipnóticos são fármacos amplamente prescritos em todo o mundo. Diversidade estrutural com atividade clinica semelhante; Farmacologia básica dos sedativos hipnóticos Sedativo (ansiolítico): deve reduzir a ansiedade e levar o efeito calmante, com baixa depressão do sobre o SNC; Hipnótico: deve estimular o início e a manutenção do estado de sono; Um aumento da dose de um dado sedativo pode resultar em maior depressão do SNC. Cada fármaco difere ao grau de depressão do SNC. Cada fármaco difere entre a dose e o grau de depressão do SNC; Fármaco A: barbitúricos e álcool; Cada vez que aumenta a dose mais causa depressão do SNC. Fármaco B: benzodiazepínicos e hipnóticos recentes; Figura: A inclinação linear para o fármaco A é típica de muitos dos agentes sedativos- hipnóticos mais antigos, incluindo os barbitúricos e os álcoois. No caso dessas substâncias, um aumento da dose acima do necessário para produzir hipnose pode levar a um estado de anestesia geral. Em doses ainda mais altas, esses sedativos- hipnóticos podem deprimir os centros respiratório e vasomotor no bulbo, levando ao coma e à morte. Classificação química 1,4 benzodiazepinicos; a presença dos alógenos é necessário para que o fármaco tenha sua função Todas as estruturas apresentadas na Figura 22-2 consistem em 1,4-benzodiazepínicos, e a maioria contém um grupo carboxamida na estrutura em anel heterocíclica de sete membros. É necessário um substituinte na posição 7, como um halogênico ou grupo nitro, para a atividade sedativo-hip-nótica. As estruturas do triazolam ou do alprazolam incluem a adição de um anel triazólico na posição 1,2. Cada fármaco difere ao grau de depressão do SNC; A glutetimida e o meprobamato possuem uma estrutura química distinta, porém são pratica-mente equivalentes aos barbitúricos nos seus efeitos farmacológicos. Raramente são usados. A classe dos sedativos-hipnóticos também inclui compostos de estrutura química mais simples, incluindo o etanol e o hidrato de cloral. Barbitúricos Sedativo (ansiolitico) deve reduzir a ansiedade e levar efeito calmante, com baixa depressão do SNC; Hipnótico deve estimular o início e a manutenção do estado do sono; O zolpidem, uma imidazopiridina, a zaleplona, uma pirazolopirimidina, e a eszopiclona, uma ciclopirrolona apesar de não terem qualquer relação estrutural com os benzodiazepínicos, compartilham um mecanismo de ação semelhante Rameltona e tasimeltona: são agonista da melatonina: nenhum efeito sobre a neurotransmissão GABAérgica no SNC; Não deixa o indivíduo letárgico. Buspirona: difere de BZD, onde alivia a ansiedade sem causar efeitos sedativos, hipnóticos ou eufóricos. Não é anticonvulsivante e miorrelaxante; não bloqueia a abstinência a BZD. Interrupção não causa efeito rebote; 3 a 4 semanas para início dos efeitos ansiolíticos. Zolpidem, Zalepiona e Eszopiciona: causam hipnose e precipitam o sono e mantem o indivíduo em fases do sono por mais tempo. Zolpidem não é um benzodiazepínico. Buspirona: baixo comprometimento psicomotor; Não potencializa efeitos sedativos- hipnóticos convencionais; Os efeitos ansiolíticos da buspirona podem levar 3 a 4 semanas para se estabelecerem, tornando o fármaco ina-propriado para o tratamento dos estados de ansiedade agu- da. Efeitos adversos: Dor torácica inespecífica, taquicardia palpitações, tonturas, nervosismo, zumbido, desconforto gastrintestinal e parestesia bem como constrição pupilar dependente da dose. Rozerem: Atua no núcleo supraquiasmatico NSQ. Controla o ritmo circadiano. Farmacocinética Absorção e distribuição: Absorção oral depende da lipofilicidade. Por exemplo, a absorção do triazolam é extremamente rápida, ao passo que a do diazepam e do metabólito ativo do clorazepato é mais rápida que a de outros benzodiazepínicos de uso comum Os barbitúricos e outros sedativos hipnóticos, incluindo os hipnóticos mais recentes (zolpidem) são absorvidos rapidamente após a absorção oral; A lipossolubilidade desempenha uma importante função na determinação da taxa de penetração de determinado sedativo--hipnótico no SNC. Essa propriedade é responsável pelo rápido início dos efeitos do triazolam, do tiopental e dos hipnóticos mais recentes. Tiopental com alta lipossolubilidade e rápido efeito; Usado como indução de anestesias. Todos os sedativos hipnóticos atravessam a placenta. Se forem administrados durante o período pré-parto, podem contribuir para a depressão das funções vitais do recém- nascido. Cuidado na amamentação de mães utilizando sedativos hipnóticos. Os derivados se concentram no leite materno. Biotransformação: Transformação e depuração de metabolitos mais hidrossolúveis pelos sistemas enzimáticos microssômicos. Benzodiazepínicos: Oxidação microssômica (reação de fase I). N-desalquilação e hidroxilação alifática por CYP3A4; Subsequentemente, os metabólitos são conjugados (reações de fase II) para formar glicuronídeos, que são excretados na urina. Todavia, muitos metabólitos de fase I dos benzodiazepínicos são farmacologicamente ativos, alguns com meias-vidas longa Glicuronídeo é transferido por uma enzima (UDP-glicuronil- transferase) para um fármaco. O fármaco conjugado com o glicuronideo vai ser metabolizado que é feito pela reação de fase I e vai ser eliminado pela urina. Diazepam: vai para o desmetildiazepam que é convertido em oxazepam (meia vida de 40 horas). Conjugação e excreção pela urina. O alprazolam e o triazolam sofrem α- hidroxilação, e os metabólitos resultantes parecem exercer efeitos farmacológicos de curta duração, visto que são conjugados com rapidez para formar glicuronídeos inativos. A meia-vida de eliminação do triazolam (2 a 3 horas) favorece seu uso como hipnótico, e não como agente sedativo. Os benzodiazepínicos cujo fármaco original ou cujos metabólitos ativos apresentam meias-vidas longas têm mais tendência a causar efeitos cumulativos com a administração de múltiplas doses. Os efeitos cumulativos e residuais, como a sonolência ex-cessiva, parecem constituir um problema menor com certos fár-macos, como o estazolam, o oxazepam e o lorazepam, que apre-sentam meias-vidas relativamente curtas e que são metabolizados de forma direta a glicuronídeos inativos. VER SLIDE 18 Barbitúrico: Fenobarbital: meia vida de 4-5 dias. As meias-vidas de eliminação do secobarbital e do pentobarbital variam de 18 a 48 horas em diferentes indivíduos. Hipnóticos mais recentes: Após a administração oral da formulação padrão, o zolpidem alcança níveis plasmáticos máximos em 1 a 3 horas. O zolpidem é rapidamente metabolizado a metabólitos inativos por meio de oxidação e hidroxilação pela CYP3A4 hepática. A meia-vida de eliminação do fármaco é maior nas mulheres e aumenta significamente no idoso. Estazolam, oxazepam, e lorazepam causam poucos efeitos cumulativos e residuais. Alguns fármacos tem efeito sedativo e hipnótico mesmo não sido feito para essa finalidade. Excreção: Excreção renal; Fenobarbital é excretado de (20 a 30%) de forma inalterada na urina; Fatores que afetam a biodisposição: Doença hepática; Aumento ou redução na atividade de enzimas microssômicas (induzidas por fármacos); Meia vida de eliminação maiorem idosos e portadores de doença hepática; Fármacodinâmica dos benzodiazepínicos, barbitúricos e hipnóticos mais recentes Farmacologia molecular do receptor GABAa: Os benzodiazepínicos, os barbitúricos, o zolpidem, a zaleplona, a eszopiclona e muitos outros fármacos ligam-se a componentes moleculares do receptor GABAA presente nas membranas neuronais do SNC. Esse receptor, que atua como canal iônico de cloreto, é ativado pelo neurotransmissor inibitório GABA GABA (inibitório) ativa mais canais iônicos de cloreto; Receptor possui 5 subnidades (6 tipos de subunidades alfa diferentes, 4 beta e 3 gama). No canal iônico: Quando o GABA liga no receptor o canal abriu, logo o cloreto entra na célula. O ambiente intracelular fica mais eletronegativo logo não tem potencial de membrana a célula fica HIPERPOLARIZADA. SLIDE 23. O benzodiazepínico agoniza o GABA. E para atuar O fármaco altera o neuro eixo potencializando a ação de um neurotransmissor inibitório. Inibindo a transmissão. Os barbitúricos atuam em local diferente dos benzodiazepínicos; O benzodiazepínico + GABA quando ele age. Ele aumenta a frequência de abertura do canal. O barbitúrico + GABA aumenta o tempo de abertura do canal. O barbitúrico sozinho consegue abrir o canal sem a participação do GABA. Neurofarmacologia Benzodiazepnicos: potencializam a inibição do GABAérgica em todos os níveis do neuroeixo, incluindo a medula espinhal, o hipotálamo, o hipocampo, a substância negra, o córtex cerebral e cerebelar; Aumento na frequência de abertura dos canais. Barbitúricos: aumentam a duração de abertura dos canais; Em altas concentrações são GABAmimeticos Os barbitúricos são menos seletivos em na suas ações, visto que também deprime as ações do neurotransmissor excitatório; Ligantes dos sítios de ligação dos benzodiazepínicos. Benzodiazepínicos: potencializam a transmissão GABAérgica em todos os níveis do neuroeixo, incluindo a medula espinal, o hipotálamo, o hipocampo, a substância negra, o córtex cerebral e cerebelar; Agonista: facilitam as ações do GABA, e isso ocorre em múltiplos sítios de ligação de BZ no caso dos benzodiazepínicos. Com relação à seletividade entre benzodiazepínicos e não benzodiazepínicos. Antagonista: o flumazenil, que bloqueia as ações dos benzodiazepínicos, da eszopiclona, da zaleplona e do zolpidem, mas não antagoniza as ações dos barbitúricos, do meprobamato ou do etanol. Efeitos em níveis orgânicos Sedação: As ações ansiolíticas dos sedativos hipnóticos são acompanhada de alguns efeitos depressores sobre as funções psicomotoras e cognitivas. Incapacidade de lembrar de eventos que acontecem durante o tratamento com o fármaco; Desinibição de comportamento suprimido por punição em animais de laboratório e efeito ansiolítico. Desinibir o comportamento suprimido por punição não relacionada com ADT nem anti-histamínicos (euforia, comprometimento do discernimento e perda do autocontrole); Amnésia anterógrada: o paciente não lembra o que aconteceu. Hipnose: Todos os sedativos-hipnóticos induzem o sono quando administrados em doses altas; Zolpidem diminui o sono REM; Efeitos sobre o sono: 1. Diminuição no tempo de adormecer; 2. Aumento do estágio 2 do sono NREM (Non-Rapid Eye Moviment); (movimento ocular não rápido) 3. Diminuição do sono REM ((movimento ocular rápido) 4. A duração do estágio 4 do sono NREM é reduzida; SLIDE 29: O CICLO DO SONO: o sono é dividido em fases. Fase de vigília: quando está completamente acordado. Pode ser variado de pessoa para pessoa REM (movimento rápido dos olhos): musculatura relaxada (onde a pessoa sonha). NREM: Fase 1: ocorre modificação do padrão de onda. Fase 2; Transição Fase 3: bem relaxado, resguarda tônus muscular Fase 4: volta para o sono REM Hipnóticos atuam no aprofundamento da vigília para o sono NREM 1 Ver Slide 30 e 31 Início mais rápido + prolongamento do estágio 2 A administração de Sedativo-Hipnóticos por mais de 2 semanas resulta em alguma tolerância a seus efeitos sobre os padrões do sono; Anestesia: Barbitúricos muito solúveis: Tiopental e metoexital penetrando rapidamente no tecido cerebral após administração intravenosa, uma característica que favorece seu uso para indução da anestesia Benzodiazepínicos: diazepam, lorazepam midazolam por via intravenosa para sedação, frequentemente em associação com outros agentes. Não é surpreendente verificar que os benzodiazepínicos, quando administrados em altas doses como adjuvantes de anestésicos gerais, podem contribuir para uma depressão respiratória pós--anestésica persistente. É provável que isso esteja relacionado com suas meias-vidas relativamente longas e com a formação de metabólitos ativos. Entretanto, essas ações depressoras dos benzodiazepínicos são geralmente reversíveis com flumazenil Diazepam como sedativo para a prática odontológica; Efeitos anticonvulsivantes: Os sedativos-hipnóticos são, em sua maioria, capazes de inibir o desenvolvimento e a propagação da atividade elétrica epileptiforme no SNC Existe alguma seletividade, visto que alguns membros do grupo podem exercer efeitos anticonvulsivantes, sem causar acentuada depressão do SNC (embora possa haver comprometimento da função psicomotora). Tônico-Clônicas Generalizadas: Fenobarbital (não sendo fármacos de primeira escolha); Vários benzodiazepínicos: incluindo o clonazepam, o nitrazepam, o lorazepam e o diazepam – são seletivos o suficiente para serem clinicamente úteis no tratamento das convulsões Entre os barbitúricos, o fenobarbital e o metarbital mostram-se efetivos no tratamento das crises tônico-clônicas generalizadas, embora não sejam os fármacos de primeira escolha O zolpidem, a zaleplona e a eszopiclona carecem de atividade anticonvulsivante, presumivelmente devido à sua ligação mais seletiva a isoformas do receptor de GABAA, em comparação com os benzodiazepínicos. Relaxamento muscular: Alguns sedativos-hipnóticos, em particular membros dos grupos dos carbamatos (p. ex., meprobamato) e dos benzodiazepínicos, exercem efeitos inibitórios sobre os reflexos polissinápticos e sobre a transmissão internuncial e, em altas doses, também podem deprimir a transmissão na junção neuromuscular esquelética; O relaxamento muscular não constitui uma ação característica do zolpidem, da zaleplona e da eszopiclona. Efeitos sobre a respiração e a função cardiovascular: Em pacientes sadios os efeitos sobre a respiração são comparáveis às alterações observadas no sono natural; Entretanto, mesmo em doses terapêuticas, os sedativos-hipnóticos podem produzir depressão respiratória significativa em pacientes com doença pulmonar. Os efeitos sobre a respiração estão relacionados com a dose, e a depressão do centro respiratório medular constitui a causa habitual de morte por superdosagem de sedativos-hipnóticos. Doses hipnóticas à nenhum efeito sobre o sistema cardiovascular de pacientes saudáveis; Morte pela dose associada a depressão respiratória; Depressão cardiovascular em cardiopatas; Nos estados de hipovolemia, na insuficiência cardíaca e em outras doenças que comprometem a função cardiovascular, os agentes sedativos- hipnóticos, quando administrados em doses normais, podem causar depressão cardiovascular Efeitos paradoxais: Crianças e idosos podem ficar mais ativas; Amnésia anterógrada: Paciente irá esquecer as recomendações; Outros efeitos: • PA; • Volume de ar corrente e frequência respiratória; Ver slide 42,43 e 44 Criança usar: MIDAZOLAM E DIAZEPAM Tolerância: dependência psicológica e fisiológica A tolerância por exposição repetida é comum nos sedativos hipnóticos à aumento da dose; Diminuiçãodos receptores de benzodiazepínicos; Um aumento na taxa de metabolismo do fármaco (tolerância metabólica) pode ser parcialmente responsável no caso da administração crônica de barbitúricos, porém as alterações na responsividade do SNC (tolerância farmacodinâmica) são mais importantes para a maioria dos sedativos- hipnóticos. Zolpidem de uso crônico leva a tolerância! Para a eszopiclona; Comportamento neurótico simples à Falta do café ou do fumo; Complicações graves à dependência e tolerância; A dependência fisiológica pode ser descrita como uma alteração do estado fisiológico, que exige a administração contínua do fármaco para impedir o aparecimento de síndrome de abstinência. No caso dos sedativos-hipnóticos, essa síndrome caracteriza-se por estados de ansiedade aumentada, insônia e excitabilidade do SNC, que pode progredir para convulsões. Os sedativos-hipnóticos – incluindo os benzodiazepínicos – são, em sua maioria, capazes de produzir dependência fisiológica quando usados em longo prazo. Os efeitos dependem das doses rotineiras e da meia-vida; Antagonistas dos benzodiazepínicos: flumazenil O flumazenil um dos vários derivados 1,4- benzodiazepínicos com alta afinidade pelo sítio de ligação de benzodiazepínicos do receptor de GABAA, que atuam como antagonistas competitivos. O flumazenil bloqueia muitas das ações dos benzodiazepínicos, do zolpidem, da zaleplona e da eszopiclona, porém não antagoniza os efeitos de outros sedativos- hipnóticos, do etanol, dos opioides ou dos anestésicos gerais sobre o SNC. Apesar de o flumazenil reverter os efeitos sedativos dos benzodiazepínicos, o antagonismo da depressão respiratória induzida pelos benzodiazepínicos é menos previsível. Quando administrado por via intravenosa, o flumazenil atua rapidamente, porém apresenta meia-vida curta (0,7 a 1,3 hora), devido à sua rápida depuração hepática. Como todos os benzodiazepínicos têm uma duração de ação mais longa que a do flumazenil, é comum haver recidiva da sedação, exigindo a administração repetida do antagonista. Efeitos colaterais do flumazenil: Agitação, confusão mental, tontura e náuseas; O flumazenil pode causar síndrome de abstinência grave precipitada em pacientes que desenvolveram dependência fisiológica de benzodiazepínicos. Em pacientes que tomaram benzodiazepínicos com antidepressivos tricíclicos, podem ocorrer convulsões e arritmias cardíacas após a administração de flumazenil. Não administrar com tricíclicos; Tratamento dos estados de ansiedade FARMACOLOGIA CLÍNICA DOS SEDATIVOHIPNÓTICOS SLIDE 51 Geralmente, a percepção psíquica da ansiedade é acompanhada de aumento da vigilância, tensão motora e hiperatividade autônoma. Outra classe de estados de ansiedade secundários (ansiedade situacional): decorre de circunstâncias que podem ser enfrentadas apenas uma ou algumas vezes, incluindo expectativa de procedimentos médicos ou dentários assustadores, doença familiar ou outro evento estressante. Embora a ansiedade situacional tenda a ser autolimitada, o uso de sedativos-hipnóticos em curto prazo pode ser apropriado para o tratamento dessa forma de ansiedade e de alguns estados de ansiedade associados a doenças. De modo semelhante, o uso de um sedativo-hipnótico como pré-medicação antes de uma cirurgia ou de algum procedimento médico desagradável é racional e apropriado. VER SLIDE 53 Transtorno de ansiedade generalizada, TAG), os transtornos do pânico e a agorafobia: Os benzodiazepínicos continuam sendo usados no tratamento dos estados de ansiedade aguda e para o rápido controle dos ataques de pânico. São também utilizados, embora menos comumente, no tratamento de longo prazo do TAG e dos transtornos de pânico. Os sintomas de ansiedade podem ser aliviados por vários benzodiazepínicos O alprazolam tem sido usado no tratamento da síndrome do pânico e da agorafobia e parece ser mais seletivo nessas afecções do que outros benzodiazepínicos. Associar fármacos e a psicoterapia. Por que usar os benzodiazepínicos: (1) Rápido início de ação; (2) Índice terapêutico relativamente alto além da disponibilidade do flumazenil para o tratamento da superdosagem; (3) Baixo risco de interações medicamentosas com base na indução das enzimas hepáticas; (4) Efeitos mínimos sobre as funções cardiovasculares ou autônomas; Por que NÃO usar os benzodiazepínicos: (1) Risco de dependência; (2) Depressão do SNC; (3) Amnésia; (4) Efeitos mínimos sobre as funções cardiovasculares ou autônomas; Tratamento dos distúrbios do sono Os distúrbios do sono são comuns e, com frequência, resultam de tratamento inadequado de condições clínicas subjacentes ou de doença psiquiátrica. Dieta; Exercício físico; Higiene do sono; Uso TEMPORÁRIO do hipnótico; Insônia superior a 10 dias deve ser melhor investigada; Os benzodiazepínicos podem causar uma diminuição dependente da dose do sono REM e do sono de ondas lentas, embora em menor grau do que os barbitúricos. O fármaco selecionado deve proporcionar um sono de início bastante rápido (diminuição da latência até o sono) e de duração suficiente, com efeitos de “ressaca” mínimos, como sonolência, disforia e depressão mental ou motora no dia seguinte. Se os benzodiazepínicos forem usados à noite, pode ocorrer tolerância, podendo levar a aumentos da dose pelo paciente para produzir o efeito desejado. Ocorre certo grau de amnésia anterógrada com todos os benzodiazepínicos usados como hipnóticos Ações tóxicas diretas Muitos dos efeitos adversos comuns dos sedativos-hipnóticos resultam da depressão do SNC relacionada com a dose. Sonolência (A administração de doses relativamente baixas) Comprometimento no discernimento; Diminuição das habilidades motoras; Diminuição no desempenho do trabalho; Os benzodiazepínicos podem causar amnésia anterógrada significativa relacionada com a dose, podendo também comprometer de modo significativo a capacidade de aprender novas informações, particularmente as que envolvem processos cognitivos que exigem esforço, ao mesmo tempo que preservam a lembrança da informação previamente aprendida. O uso criminoso de benzodiazepínicos em casos de estupro baseia-se nos seus efeitos amnésicos dependentes da dose. Os efeitos de ressaca não são incomuns após o uso de agentes hipnóticos com meia-vida de eliminação longa. Alterações na resposta farmacológica A abstinência de um sedativo-hipnótico pode ter manifestações graves e potencialmente fatais. Os sintomas de abstinência variam desde inquietação, ansiedade, fraqueza e hipotensão ortostática até reflexos hiperativos e convulsões generalizadas Eszopiclona, zolpidem e a zaleplona tem efeitos mínimos após a interrupção abrupta; A dependência cruzada, definida como a capacidade de um fármaco de suprimir os sintomas de abstinência produzidos pela interrupção de outro fármaco, é muito acentuada entre os sedativos-hipnóticos. Isso constitui a base racional para esquemas terapêuticos utilizados no tratamento dos estados de abstinência: podem ser usados fármacos de ação mais longa, como o clordiazepóxido, o diazepam e o fenobarbital, para aliviar os sintomas de abstinência de fármacos de ação mais curta, incluindo o etanol. Interações medicamentosas Agentes depressores do SNC; É possível prever os efeitos aditivos com o uso concomitante de bebidas alcoólicas, analgésicos opioides, anticonvulsivantes e fenotiazinas.
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