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Dermatologia | Samille Donato ACNE Inflamação crônica dos folículos pilossebáceos. Fator genético e multifatorial. → 1° Hiperqueratinização folicular: Alteração nos queratinócitos ductais, retenção de queratina. → 2° Seborreica: Produção excessiva de sebo, redução de ácido linoléico, ↑ esqualeno. → 3° Colonização bacteriana: Propionibacterium acnes, prolifera nos ductos pilossebáceos. → 4° Inflamação: Há liberação de enzimas lisossomais que rompe os folículos e causa inflamação. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA: ACNE COMEDONIANA – GRAU 1: → Não inflamatória. Abertos e fechados. → Tratamento tópico: Retinóides, antimicrobianos e/ou combinações fixas. → Cuidados: Limpadores + Restauradores de barreira cutânea +Hidratação + Protetor solar FPS >30. → Procedimentos: Extração de comedões, eletrocauterização, peeling... ACNE PÁPULO-PUSTULOSA – GRAU II: → Inflamatória, proliferação bacteriana, comedões, pápulas e pústulas. → Tratamento tópico: Leve = Combinações fixas e/ou antimicrobianos e/ou retinóides Peróxido de benzoíla + ATB tópicos (eritromicina ou clindamicina) ACNE NÓDULO-CÍSTICA – GRAU III: → Comedões, pápulas, pústulas e nódulos.. → Tratamento tópico + VO (antibióticos) ACNE CONGLOBATA – GRAU IV: → Abscessos e fístulas. Pode causar cicatriz atrófica → Tratamento tópico + isotretinoína ACNE FULMINANS – GRAU V: → Sintomas sistêmicos. Homens jovens com piora do quadro de acne → Lesões súbitas e as vezes com necrose. → Tratamento tópico + isotretinoína + corticoides VO MANUTENÇÃO DE RECIDIVA: 1° Linha → Retinóides tópicos + Peróxido de Benzoila OBSERVAÇÕES Acne não tem cura. Isotretinoína atrofia as glândulas sebáceas. → Mulheres > 25 anos: Solicitar dosagens hormonais, tratar com ACO, espironolactona, acne → Erupções acneiformes: Não tem comedo, início súbito e é causado por cosméticos, corticóides, dioxina, etc. CA DE PELE CA DE PELE NÃO MELANOMA: CBC – CARCINOMA BASOCELULAR Origina-se da epiderme e folículos pilosos. Restrito a pele e não tem lesões precursoras. Pápula, normocrômica, com sangramento, ulceração central, não cicatriza Pode ter discromias, pigmento, telangiectasias CEC – CARCINOMA ESPINOCELULAR Potencial para metástase. Proliferação atípica das células da camada espinhosa. Tem lesão precursora = Queratose actínica CEC IN SITU: Doença de Bowen. Restrito a pele. Se não tratar, evolui para invasivo. Dermatologia | Samille Donato Placa eritematosa, bordas irregulares bem demarcadas, descamação ou crosta na superfície. → Papulose bowenoide: Alteração dentro de verruga genital (HPV) → Eritroplasia de quetrat: Membrana mucosa do pênis = placa eritematosa, aveludada, pode ter prurido e sangramento. CEC INVASIVO: Pápula, placa ou nódulos eritematosos, queratinócito, vegetante ou verrugoso, c/ ou s/ ulcerações e sangramentos Pele foto danificada, área de trauma ou cicatriz QUERATOACANTOMA – VARIANTE DO CEC: Nódulo circunscrito, crateriforme, ulceração central + sinais flogísticos TRATAMENTO CIRURGIA EXCISIONAL: → Mais usado, chance de tratamento curativo na retirada com margem de segurança; CEC de baixo risco = 4 - 6mm de margem CEC alto risco = Margens amplas RADIOTERAPIA: → Adjuvante. Invasão perineural extensa. Para tumor inoperável ou margem cirúrgica comprometida. → Pacientes > 60 anos ou CI de cirurgia. CA DE PELE MELANOMA: Rastreio: → Exame dermatológico completo a partir dos 10 anos + fotodermatoscopia seriada + mapeamento corporal total Diagnóstico: → Anamnese + nevos atípicos e típicos + exame dermatológico + ABCDE MELANOMA EXTENSIVO SUPERFICIAL → População pele clara, evolução 1-5 anos, idade 30-60 anos. Mácula pigmentada irregular, crescimento progressivo, muda de aspecto, discromia, assimetria MELANOMA NODULAR Evolução rápida, idade média 50 anos, de nevo pré-existente. Homens > mulheres. Nódulo ou pápula enegrecida, azulada ou normocrômica. TRATAMENTO → Excisão cirúrgica (mais usado) → Quimioterapia e imunoterapia. INFECÇÕES PARASITÁRIAS: ESCABIOSE HUMANA – SARNA → Ácaro, transmitido por contato íntimo sexual, pessoal, ou por fômites. → Prurido intenso, principalmente a noite e pós banho quente. Prurido nos membros da casa. Lesão simétrica, áreas interdigitais, axila e pés; pápulas eritematosas edemaciadas, podendo ter escoriações. Dermatoscopia = Sinal de asa delta → Crianças: Pápulas eritematosas difusas, nódulos em região genital. TRATAMENTO: → 1° Escolha = Ivermectina 1cp de 6mg a cada 30kg, repetir tratamento após 14 dias → Gestante e criança < 5 anos = Permetrina 5° → Tratar contactantes e descartar possíveis causadores. PEDICULOSE DO COURO CABELUDO – PIOLHO → Parasita humano obrigatório. Piolho se alimenta do sangue. Transmissão via direta ou fômites, pela fêmea. Pode causar prurido. DIAGNÓSTICO: → Achado de lêndea ou ectoparasita adulto no couro cabeludo → Escoriação, eritema, piodermite e descamação da região. Pode ter menos comumente, febre baixa, linfadenopatia. Dermatologia | Samille Donato TRATAMENTO: → Lêndeas devem ser removidas com solução de vinagre e pente fino. → Permetrina 5% (aplicação tópica, 2 aplicações com 7-10 dias de intervalo) e Ivermectina 1cp 6mg a cada 30kg (repetir 10-14 dias após). TUNGÍASE – BICHO DE PÉ → Tunga penetrans. Diagnóstico diferencial: verruga viral plantar (HPV) Nódulo / pápula amarela com orifício central / ponto escuro central TRATAMENTO: → Remoção da pulga e antissepsia → Casos generalizados: Tiabendazol 25mg/kg por 10 dias. MIÍASE CUTÂNEA Infestação da pele por larvas de moscas. Primária (Berne): → Tecido vivo → Realizar extração por meio de bacon fechando a lesão ou aplicação de vaselina. Depois, curativos antissépticos. Pode usar ivermectina oral. Secundária (Bicheira): → Tecido necrótico → Debridamento e irrigação, para eliminar larvas. Miíase cavitaria = 1cp de ivermectina misturado com neomicina. CIMIDÍASE – PERCEVEJO → Frequente em hotéis, dormitórios. Tem hábitos noturnos. → Picadas geralmente em grupos lineares de três (café, almoço e janta) Pápulas pruriginosas, eritematosas, edematosas, as vezes com ponto hemorrágico central. TRATAMENTO: → Cremes hidratantes + anti-histamínico + repelente e/ou inseticidas → Não melhorou com anti-histamínico? Costicosteroides tópicos. LARVA MIGRANS – DERMATITE LINEAR SERPENGINOSA – BICHO GEOGRÁFICO → Ancylostoma brasiliensis. Transmitido por contato com areia ou solo contaminado com fezes de cães ou gatos. Lesões lineares, salientes, eritematosas, serpenteantes e pruriginosas → Sd. De Loffler: Infestação intensa com infiltrado pulmonar, invasão de corrente sanguínea e eosinofilia. TRATAMENTO: → Albendazol dose única, 400mg VO (em infestações maiores, repetir dose em 24-48h) → Ivermectina repetida após 7 dias → Tiabendazol 25mg/kg por 5 dias. PAEDERUS SP - POTÓ → Causam dermatite de contato. Placas e/ou lesões lineares bizarras, eritema, edema, vesiculação, pústulas, crostas, exulceração. Lesão do beijo = 2 lados → Diagnóstico diferencial: Herpes simples e zoster, dermatite de contato. Tratamento: Lavagem intensiva e corticoides tópicos. BACTERIANAS: IMPETIGO → Infecção superficial da epiderme, contagiosa, comum em crianças → Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Transmitido em ambiente úmido, de má higiene, aglomeração, contato físico. Dermatologia | Samille Donato TRATAMENTO: → Limpeza (água e sabão) + Hidratação (vaselina se muito seca) + ATB (amoxicilina com clavulanato) FOLICULITES BACTERIANAS → Staphylococcus Aureus. Fatores predisponentes: barbear/depilar, ATB, DM, obesidade, roupas oclusivas, etc. TRATAMENTO: → Limpeza com água e sabão antissépticos → ATB: Clindamicina. HORDÉOLO → Staphylococcus Aureus. Foliculite superficial da pálpebra. TRATAMENTO: → Bolsa quente compressivalocal. ATB tópico (colírio – gentamicina) FURÚNCULO E ANTRÁZ OU CARBÚNCULO Infecções foliculares profundas que se estendem além do folículo. Abscesso. Staphylococcus Aureus. Furúnculo: Nódulo eritematoso, quente, flutuante e pustuloso, doloroso → Antráz: Infecção de vários folículos pilossebáceos próximos. TRATAMENTO: → Higiene/limpeza + Drenagem (se ponto de flutuação) + ATB tópicos/orais ERISIPELA E CELULITE Erisipela: Estreptococcus. Celulite: Staphylococcus Aureus. Erisipela: → Febre, calafrio, náuseas, consegue delimitar a lesão, superficial Manchas/plascas eritematosas, crescimento progressivo, quente, dolorosa, edemaciada, bordas nítidas Celulite: → Febre, calafrio, náusea, Face e MMII. Área eritematosa, crescimento progressivo, dolorosa, edemaciada, quente, bordas imprecisas. TRATAMENTO: → Cefalosporinas de 1° geração, uso EV. HANSENÍASE → Mycobacterium Leprae. Tropismo por nervos periféricos e pele devido ao PGL1. Notificação compulsória. Fonte de infecção: Doente multibacilar. Transmissão: contato íntimo prolongado, via respiratória, leite materno, fezes. Teste de Mitsuda: Paucibacilares + Multibacilares – Pessoa infectada pelo bacilo, tem doença subclínica, evolui para cura ou hanseníase indeterminada, a partir daí alguns curam, os que não curam vão para os polos: → Polo Virchowiano (Th2): ↑ carga bacilar = baciloscopia + e Mitsuda – → Polo Tuberculóide (Th1): ↓ carga bacilar = baciloscopia – e Mitsuda + CRITÉRIOS Presença de 1 ou + dos sinais cardinais: Lesões cutâneas compatíveis com hanseníase + alteração de sensibilidade (térmica, tátil e/ou dolorosa) ou áreas de alteração de sensibilidade mesmo na ausência de lesões + Presença de espessamento de nervos periféricos + Baciloscopia positiva → Testes essenciais para diagnóstico: Pesquisa de alteração de sensibilidade. SINAIS E SINTOMAS: Manchas hipocrômicas ou avermelhadas na pele, alteração de sensibilidade, espessamento de nervo, edema ou nódulo em face e orelhas CLASSIFICAÇÕES: OPERACIONAL: Dermatologia | Samille Donato Paucibacilares: → Com até 5 lesões de pele e no máximo 1 nervo acometido. → Baciloscopia negativa → Indeterminada e tuberculóide Multibacilares: → 6 ou + lesões de pele e + de 1 nervo acometido. → Baciloscopia positiva → Dimorfa e Virchowiana HANSENÍASE INDETERMINADA → Mitsuda + ou – → Baciloscopia – → Biópsia inconclusiva. Paucibacilar. Lesão de pele única, hipocrômica, bordas mal delimitadas, sem sudorese e pelos, única sensibilidade alterada (térmica) HANSENÍASE TUBERCULÓIDE → Mitsuda + → Baciloscopia – → Comprometimento nervoso intenso. Nervo espessado saindo das placas = lesão em raquete. Paucibacilar. Lesão única ou pequeno número, placa eritemoacastanhada ou hipocrômica, borda elevada, bem delimitada, centro claro anular. HANSENÍASE DIMORFA → Mitsuda + ou – → Baciloscopia + → Multibacilar. Mais comum. Múltiplas manchas eritematosas ou hipocrômicas, bordas elevadas, mal delimitada na periferia OU múltiplas placas OBS: Parece com a forma tuberculóide, mas as bordas são mal definidas. HANSENÍASE VIRCHOWIANA → Mitsuda – → Baciloscopia + → Multibacilar. Forma mais contagiosa. Fáscies leonina. Axilas, couro cabeludo e meio da coluna lombar são poupados. → Pele seca, eritematosa e infiltrada. Poros dilatados, hansenomas (nódulos), madarose (perda da sobrancelha). Maiores sequelas. Comprometimento neural simétrico. Lesões polimorfas, simétricas, xerodermia, pavilhão auricular espessado. Máculas com limites imprecisos evolui para placas infiltradas eritemato- pigmentadas, mal delimitadas → lesões sólidas papulosas, nodulares (hansenomas) DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO: → Baciloscopia, histopatologia, PCR, sorologia, USG de nervos periféricos, eletroneuromiografia. Anti-PGL1. Rifampicina 600mg, VO, dose mensal supervisionada + Dapsona 100mg, VO, dose diária, autoadministrada + Clofazimina 300mg VO dose mental supervisionada + 50mg VO, dose diária → Paucibacilares: 6 cartelas em até 9 meses de TTO → Multibacilares: 12 cartelas em até 18 meses de TTO (nunca dá alta, marca retorno). → Dor neuropática: Corticóides, se não melhoras, usar amitriptilina. Dermatologia | Samille Donato LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Doença infecciosa, não contagiosa, evolução crônica, que atinge a pele e as vezes a mucosa. Notificação compulsória. Transmitido por picada do flebotomíneo fêmea infectado. LEISHMANIOSE CUTÂNEA LOCALIZADA: → 1° Mancha eritematosa no local da picada do mosquito (2 sem - 3 meses) → 2° Evolui para pápula que ulcera (período de 2 sem – 6 meses) Lesão típica: Úlcera indolor, circular, com bordas elevadas e infiltrada, fundo com granulação grosseira e avermelhada, exsudato discreto, seroso ou seropurulento. Geralmente lesão única. → Tendência à cura espontânea em alguns meses (6-15), deixa cicatriz atrófica e apergaminhada, pigmentação salpicada, mais intensa na periferia. DIAGNÓSTICO EXAME PARASITOLÓGICO DIRETO: → Baixo custo, se positivo, pode dar diagnóstico de certeza e iniciar tratamento. → Sensibilidade 15-70%. Especificidade próxima de 100%. → Raspagem por bisturi ou aspiração por agulha de fragmentos excisados e lavagem da mucosa oral ou nasal. EXAME HISTOPATOLÓGICO: → Achados: Reação granulomatosa não específica, com infiltrado inflamatório predominante de plasmócitos e linfócitos. → Se úlcera típica: Biópsia na borda ativa da lesão e não no centro. → Baixa especificidade. Pode confundir. INTRADERMORREAÇÃO DE MONTENEGRO: → É um teste prognóstico. Avalia a resposta de hipersensibilidade celular tardia. Uma vez positivo, fica positivo para sempre. → Pode levar até 6 semanas para positivar. → Resultado positivo: Pápula endurada > ou = 5mm após 48-72h. ELISA E TESTES SOROLÓGICOS: → Reações cruzadas com algumas doenças. → Pode ser utilizada para controle de cura, pois após o tratamento, tende a diminuir ou ficar estável. TRATAMENTO Deve ser precoce e evitar deformidades e sequelas. Glucantime Forma cutânea: 10-20mg kg/dia, IM ou EV, 20 dias Forma mucosa: 20mg/kg/dia, 30 dias. → Não houver cicatrização após 12 semanas, repetir a dose por mais 30 dias. → Gestantes: Anfotericina B desoxicolato. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: PLECT → Paracocodiodomicose, Leishmaniose, Esporotricose, Cromomicose, Tuberculose cutânea. DERMATOVIROSES HERPES VÍRUS: Herpesvirus homini. HERPES SIMPLES Transmitido por contato pessoal, penetração em mucosas, saliva e secreção. Tipo 1 e 2. Dermatologia | Samille Donato Primoinfecção: Vesículas agrupadas sobre base eritematosa, podem evoluir para ulcerações → Resolução em 5 dias. Reinfecção endógena ou exógena. → Comum infecção bacteriana associada em crianças, podendo evoluir para impetigo. → Diagnóstico clínico. TRATAMENTO: Aciclovir, valaciclovir, fanciclovir → Recidivas frequentes: Profilaxia por 6 meses (valaciclovir de preferência) VARICELA Herpes tipo 3. Infecção prévia na infância de varicela. Muito contagiosa, transmissão aérea ou por contato com lesões. Latência por toda vida. → Febre, mal estar, hiperemia de orofaringe, tosse seca, mais comum em tronco, cefaleia. Máculas eritematosas → vesículas sobre base eritematosa em pele e mucosa → pústulas → crostas TRATAMENTO: → Sintomáticos: dipirona para febre → Antiviral em adultos. → Vacina: 15 meses e 4 anos HERPES ZÓSTER Herpes tipo 3. Precedido por Neuralgia. Febre, cefaleia, mal estra e sensibilidade localizada. Pápulas eritematosas agrupadas → vesículas → pústulas 1 ou 2 dermátomos contíguos. TRATAMENTO: → Antiviral em todas as idades. → HZ facial: associar corticoide oral para diminuir resposta inflamatória (encaminhar ao oftalmologista e otorrinolaringologista) → Vacina a partir dos 50 anos EPSTEIN BARR VÍRUS Herpes vírustipo 4. Transmite por saliva e infecções. MONONUCLEOSE INFECCIOSA: → Erupção máculo-papulosa ou morbiliforme → Assintomática ou faringite com febre baixa ACRODERMATITE PAPULOSA INFANTIL: → Gianotti-croti = Pápulas disseminadas, achatadas, eritematosas ou purpúricas, assimétrica, não acomete tronco e mucosas → Crianças 6-12 meses, prurido, descamação após término, febre baixa → Sem tratamento específico → Linfadenopatia persistente CITOMEGALOVÍRUS Herpes tipo 5. CONGÊNITA: → Hepatoesplenomegalia, icterícia, anormalidades neurológicas, surdez, óbito. → Lesões papulo-purpúricas ADQUIRIDA: → Assintomática, raras lesões cutâneas (úlceras genitais) → Tratamento: Ganciclovir EXANTEMA SÚBITO Herpes tipo 6. Roséola infantum. Transmitido por saliva. → Febre exantemática (<2anos), Primoinfecção adulto: mononucleose. → Tratamento: Suporte, sintomático (dipirona, anti-histamínico), casos graves (ganciclovir) Exantema máculo-pustulosa de 1-2dias. Manchas de Nagayama: pápulas eritematosas no palato mole e úvula PAPILOMA VÍRUS E VERRUGAS: Papiloma vírus → HPV. Infecta epitélio escamoso. Manifesta em forma de verruga. VERRUGAS → Proliferação epitelial pele e mucosa. Transmite de contato direto ou indireto. Dermatologia | Samille Donato → Verruga genital quanto mais antiga, menos contagiosa. VERRUGA VULVAR: → As mais comuns, dorso, mãos e joelhos. → Trata com eletrocoagulação, N2, laser de CO2, etc. Pápula ou nódulo firme, dura, queratótica, com alças capilares trombosadas. VERRUGA PLANTAR: → Tratamento difícil: eletrocoagulação + curetagem. Exérese. Pouco saliente pela pressão do corpo, área central tortuosa, anel hiperqueratósico ao redor, pontos negros VERRUGA GENITAL: → Condiloma acuminado, Transmissão sexual. Desconforto, drenagem ou sangramento. → Tratamento: eletrocoagulação → Vacina anti HPV: 3 doses, intervalo 60-180 dias, meninas 9-14 anos, meninos 11-14 anos. Lesões moles, eritematosas, elongadas, filiformes ou pedunculares, múltiplas, assintomáticas, papilomatosas ou hiperplásicas POXVÍRUS – MOLUSCO CONTAGIOSO: Parapoxvírus. Exclusivo da pele. Transmissão pessoal e sexual. Quando acomete região genital é considerada IST. Dolorosa se infecção. Pápulas normocrômicas semi-esféricas, umbilicadas (uni/múltiplas) → Alguns casos, resolução espontânea de 6-9 meses → Tratamento: Curetagem. Espremedura com pinça N2 líquido SARAMPO: Paramixovírus. Muito contagiosa. Transmissão contato ou inalação de partículas virais. → Febre, coriza, conjuntivite, tosse, linfadenopatia. → Resolução em 10 dias. 1-7 dias exantema morbiliforme face-descendente → esmaece alguns dias → descamação fina. Sinal de koplik = Pontos brancos discretamente elevados com halo eritematoso TRATAMENTO: → Sintomático. Vitamina A em altas doses, Ig prevenção pós-exposição → Vacina 15-18 meses. RUBÉOLA: Vírus RNA. Transmissão: Contato direto ou inalação. Benigna, exceto em gestante. → Linfadenopatia generalizada. Febre moderada, cefaleia, conjuntivite, tosse e coriza. Artralgia e artrite (adultos). → Sd congênita: retardo mental, catarata, surdez, microcefalia, cardiopatia congênita. → Resolução 1 semana e tratamento sintomático. Exantema máculo-papuloso discreto em face descendente Sinal de Forscheimer: Manchas eritematosas ou petéquias no palato ou úvula DENGUE: → Febre, cefaleia, prostração, mialgia, artralgia, dor retro-orbitária. Cura em 1 semana. Fase inicial: Petéquias Lesões cutâneas em joelhos e cotovelos → 2-3 dias exantema morbiliforme ou escalatiforme DOENÇA MÃO, PÉ, BOCA: Coxsackie. Crianças < 10 anos, altamente contagiosa. → Febre moderada, mucosa bucal, + dedos das mãos. Tratamento sintomáticos. Pápulas ou vesículas alongadas circundadas por halo eritematoso em pé, mão e boca. MICOSES SUPERFICIAIS: Ptiríase versicolor (pano branco): fungo malassezia. Máculas ou manchas ou placas hipocrômicas descamativas. Sinal de Zileri. TRATAMENTO: → Antifúngico tópico/oral → Cetoconazol shampoo + Itraconazol 100mg 2cp de 12/12h 07 dias. Dermatologia | Samille Donato TINEIAS / TINHAS: Mácula ou pápula de crescimento centrífego, eritematosa, centro normocrômico, pode ter halo eritematoso TRATAMENTO: → Tópico: Terbinafina e Oral: Itraconazol → Tinea de couro cabeludo: tratamento oral. ONICOMICOSES: TRATAMENTO: → Tópico com esmalte c/ Amorolfina precisando lixar a unha antes. → VO: Itraconazol → Mão é mais rápido que pé. CANDIDÍASE: TRATAMENTO: → Tópico: Nistatina + miconazol → VO: Fluconazol. FARMACODERMIAS Erupções medicamentosas, sem provas laboratoriais padronizadas, diagnóstico pela anamnese. É dose-dependente. Reações não imunológicas: → Previsíveis: Superdosagem, alteração metabólica, efeitos colaterais, etc. → Não previsíveis: Intolerância, alergia, etc. Reações imunológicas: → Drogas atuam como antígeno. FATORES DE RISCO PESSOAIS: → Atopia, HPP ou HF de alergia à droga, Mulher, hepatopatias, etc. DROGAS: → De alto peso molecular, ATB, ACO, AAS, AINES, via parenteral, anticonvulsivantes, betabloqueadores. REAÇÕES CRUZADAS E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS. ERUPÇÕES MEDICAMENTOSAS CLÁSSICAS: PRURIDO: → Isolado ou associado à lesão de pele → Pode manifestar-se com Pápulas eritematosas e escoriações → Diagnóstico diferencial: Escabiose. Causadores: Heroína, ouro, sulfonamidas, ACO, etc. → Tratamento: Suspender droga e uso de anti-histamínico. Pode persistir até 2sem pós suspensão. EXANTEMAS: → Causadores: beta-lactâmicos, sulfonamidas, alopurinol, etc. Pode surgir mesmo após a suspensão. → Pode ter febre, prurido, linfadenopatia. Máculas e pápulas rosadas, confluentes nas dobras e edematosas em face. Pleomórficas: anular, policíclina, urtiga ou purpúrica. ERITRODERMIAS: → Disseminação do quadro maculopapular. Causadores: AAS, sulfassalazina, tetraciclina, gentamicina. → Pode ter distúrbios sistêmicos. Eritema + Descamação subaguda com esfoliação das grandes lamelas OU descamação crônica com esfoliação pequena. ERUPÇÃO FIXA MEDICAMENTOSA: Recorrentes e geralmente no mesmo local. Pode ter: prurido, dor, queimação. Máculas acastanhadas ou eritematosas, ovaladas, geralmente com bolha em região central. OUTRAS ERUPÇÕES MEDICAMENTOSAS: FOTODERMATOSES: → Pode manifestar em áreas fotoexpostas. Causadores: Quinolonas, sulfas, tetraciclinas, HCTZ, furosemida, etc. FLUSHING: → Eritema temporário, causado por vasodilatação. Acomete face, orelha, pescoço. Dermatologia | Samille Donato ERUPÇÕES LIQUENÓIDES, PÚRPURA, ERITEMA POLIMORFO. ERUPÇÕES MEDICAMENTOSAS GRAVES: ANAFILAXIA: → Reação alérgica, podendo ter broncoespasmo, sintomas rinoconjuntivais, angioedema de glote, queda de PA. SINDROME DE STEVENS-JOHNSON Reação de hipersensibilidade mediada por células T. Ocorre necrose epidérmica disseminada (devido morte de queratinócitos). Máculas purpúricas disseminadas ou confluentes Pode ter lesões em alvo: palmas, plantas, face, tronco. → Nikolsky positivo = (sinal de descolamento da pele – acantólise) → Causadores: Anticonvulsivantes, AINES, alopurinol e nervirapina. → Febre, lesão em TGI e respiratório. 5% óbito. NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA Síndrome de Lyell. Extenso destacamento da epiderme por necrose. Pode ter dor de garganta, febre, tosse, queimação ocular, dolorimento da pele. Epiderme se apresenta desnudada, sangrante. Lesão eritematosa em face e tronco → máculas eritematosas mal delimitadas, centro purpúrico, disseminação crânio-caudal. → Bolhas flácidas, confluência, ruptura e desnudação. → Nikolsky positivo. TRATAMENTO NET E SSJ → Suspender droga, suporte, ATB se sinais de infecção → Corticoterapia rápido, antes de 48h (benéfico para conter progressão em SSJ) → Imunoglobulina EV antes do 4° dia → Anti-TNF → Ciclosporina 3-5mg/kg/dia atéreepitelização. URTICÁRIA E ANGIOEDEMA: URTICÁRIA Edema de derme superficial. Edema central circundado por eritema reflexo e prurido. URTICÁRIA ESPONTÂNEA AGUDA: → Causadores: alimentos, AAS, AINES, codeína, etc. Picada de abelhas, infecções virais. URTICÁRIA ESPONTÂNEA CRÔNICA: → Causa idiopática (maioria). Relação com H. Pylori e infecções dentárias. Alguns alimentos podem causar. URTICÁRIA INDUZIDA: Dermografismo. → 1-5 minutos após estímulo mecânico. Pior a noite. Resposta fisiológica exagerada. ANGIOEDEMA Edema de derme profunda do subcutâneo e TGI. Comum em membranas e mucosas. Degranulação de mastócitos. → Pode aparecer sem presença de urticárias. Idiopática (maioria). Pode ser devido AINES, IECA, radiocontraste. → Sintomas gastrointestinais e respiratórios pode ter. Pode surgir até 1 anos após a ingestão. TRATAMENTO DE AMBOS → Remover causa identificada. Orientação geral → Reduzir estresse, exposição ao calor, álcool. Evitar AINES, AAS, codeína e morfina. → Angioedema = evitar IECA. → Dieta com baixo teor psudoalérgenico, loções refrescantes e dieta de exclusão. TRICOSES CICLO BIOLÓGICO PILOSO Fase anágena → Crescimento do pelo → Determinada geneticamente. Dura de 2-7 anos. Dermatologia | Samille Donato → Matriz se mentem em atividade mitótica. Fase catágena → Desprendimento do pelo e fase de repouso (preparação para queda) → Melanócitos entram em apoptose e matriz para de se proliferar. Dura 30 dias. Fase telógena → Fase de queda. Dura 3 - 4 meses PROPEDÊUTICA TRICOLÓGICA AVALIAÇÃO TRICOLÓGICA: → HF, HGO, HPP → Teste de tração suave e puxão. Escala visual. Avaliação da risca dos cabelos. Análise de cabelos eliminados espontaneamente. DERMATOSCOPIA: → A seco: Observa superfície cutânea, escamas e hiperqueratoses. → Solução de interface: Analisa padrão vascular e folicular. → Pontos amarelados: Alopecia areata → Pontos brancos: Alopecias cicatriciais → Pontos pretos: Tricotilomania, tinha capitis e alopecia areata. TRICROGRAMA: → Amostra de fios extraída para analisar quantidade de fios anágenos, telógenos e catágenos. → Deve ficar 4-7 dias sem lavar os cabelos ou fazer outras coisas. → VR: 80 – 90% de anágenos, 10 – 20% de telógenos, até 2% de distróficos ALOPECIAS (↓ DENSIDADE CAPILAR): ADQUIRIDAS: Não cicatriciais: → Eflúvio telógeno e anágeno. Alopecia areata, androgênica, tricotilomania e de tração. Cicatriciais primárias: → LPP, ACC, Pseudopelada, alopecia mucinosa, queratose folicular, foliculites, dermatose pustulosa erosiva. EFLÚVIO TELÓGENO Causa mais comum de queda de cabelo. Couro cabeludo e corpo. Ciclos foliculares em fase de queda sincronizados. Pode ter tricodínea. Causas: Pós-parto, cirurgia, endocrinopatias, Hipervitaminose A, suspensão de ACO, stress, etc. EFLÚVIO ANÁGENO Agressão celular intensa ao folículo anágeno. Interrupção abrupta da queratinização: fios finos com estiramento. Alopécia total em 1-2 meses. → Principal causa: quimioterapia. Outras: ciclosfosfamida. → Tratamento: descobrir causa e tratar. Autolimitada de 3-6 meses. ALOPECIA AREATA Doença autoimune órgão-específica mediada por células T. → Sintomas: Alopecia em placas, Ofiásica, difusa, total, universal, incógnita TRATAMEMTO: → Adultos com menos da metade do couro acometido: Corticoides intralesionais. → Crianças c/ acometimento localizado: corticoides, antralina e med. Tópicos. → Casos extensos: Imunoterapia tópica. → AA severa início recente: Corticoterapia sistêmica. ALOPECIA ANDROGÊNICA / DE PADRÃO FEMININO Miniaturização folicular progressiva por ação do DHT. Término prematuro da fase anágena. Aumento de folículos quenógenos. → Início após a puberdade → AP Masculino: Recessão bitemporal simétrica, evolui com acometimento difuso do vértex. → AP Feminino: Rarefação e alinhamento difuso com alargamento do repartido central, poupa linha de implantação frontal. Piora pós menopausa. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: → TSH, Ferritina e VSH, Vit D → Mulheres com hiperandrogenismo, fazer dosagens hormonais TRATAMENTO: → Minoxidil 5% + Minoxidil VO Dermatologia | Samille Donato TRICOTILOMANIA Tração repetitiva e incontrolável do cabelo = rarefação. Alopecia assimétrica, irregular, mal delimitada, contornos bizarros, permeados por fios de diferentes comprimentos ALOPECIA DE TRAÇÃO Causados por penteados com tração e sensibilidade da haste. Inflamação perifolicular, eritema e descamação peripilar, pústulas eventuais, hastes fraturadas, pontos pretos e amarelos. LIQUEN PLANO PILAR (LPP) Processo inflamatório linfocitário, ao nível do istmo, destrói células germinativas foliculares. Placas de alopecia cicatricial variadas, bordas irregulares, eritema e descamação, qualquer área do couro cabeludo, dor, ardor e ou prurido. TRATAMENTO: → Corticoides tópicos de alta potência + antimaláricos + doxiciclina OUTROS → Alopécia frontal fibrosante, lúpus eritematoso discoide, foliculite decalvante, foliculite dissecante, foliculite queloideana.
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