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Anamnese exame físico

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1 Letícia M. Dutra 
ANAMNESE EXAME FÍSICO 
1) Identificação (ID): nome, 
idade, sexo, etnia, local de 
nascimento (naturalidade) e de 
residência (procedência), 
profissão, estado civil, número 
de filhos, religião/crença e 
escolaridade. – Registrar quem é 
a fonte das informações – é o 
próprio paciente ou um 
acompanhante. 
 
2) Queixa e duração (QD): breve 
descrição do motivo que levou o 
paciente ao médico – utilizando 
as próprias palavras do paciente 
(dor de cabeça há 8 dias). O 
paciente comumente 
apresentará mais de uma queixa, 
mas nesse tópico precisamos da 
queixa principal! Não colocar 
“rótulos diagnósticos”. 
 
3) História Pregressa da 
Moléstia Atual (HPMA): 
descrição cronológica da 
moléstia, com termos técnicos 
sempre que possível. 
• Qual é o sintoma guia? • 
Quando começou? • Possui 
fatores desencadeantes? 
(exemplo: ao se movimentar) • 
Qual a duração? • Características 
(dor em queimação, aperto, 
facada); • Qual a intensidade? 
(de 0 a 10) • Qual a frequência? 
• Evolução (os sintomas 
pioraram ou melhoraram desde 
o início?) • Qual a localização? • 
Irradiação? • Possui fatores de 
melhora? (alguma posição ou 
medicamento?) • Possui fatores 
de piora? (posição ou alimento) • 
Nega algum sintoma relevante? 
• Quais medicamentos já 
utilizou? • Já fez algum exame 
complementar? 
4) Interrogatório Sobre Os Diversos Aparelhos (ISDA): 
- Geral: febre, astenia, alterações do peso (quando o 
paciente referir emagrecimento perguntar o quanto 
emagreceu e em quanto tempo), sudorese, calafrios, 
câimbras, fraqueza, alterações na memória e variações 
no humor. 
- Pele: alterações na pele, cabelo, unha, coceiras, dor, 
nódulos, erupções e prurido. 
- Crânio/face: cefaleia, alteração na acuidade visual, 
pulsações anormais, catarata, vertigem, presença de 
zumbido e otalgia. 
- Aparelho respiratório: dor torácica, dispneia, tosse, 
expectoração (características), hemoptise, 
hemoptoicos, chieira ou sibilância; 
- Mamas: nódulos, dor ou desconforto e presença de 
secreção mamilar; 
- Aparelho circulatório: dor precordial, dispnéia, 
taquipneia, palpitações, tonturas, síncope, edemas, 
claudicação intermitente, fenômeno de Raynaud, 
varizes dos membros inferiores; 
- Aparelho digestivo: apetite, dificuldade para 
deglutir, halitose, anorexia, bulimia, disfagia, 
eructação, pirose, plenitude ou empachamento pós-
prandial, saciedade precoce, náuseas, vômitos, 
hematêmese, melena, enterorragia; dor abdominal, 
constipação e diarreia, incontinência fecal, 
hemorroidas, dor perineal, uso ou abuso de laxativos e 
antiácidos; 
- Aparelho Geniturinário: frequência da diurese, 
poliúria, queimação ou dor durante a micção (disúria), 
hematúria, infecções urinárias, dor lombar ou renal; 
- Genitália Feminina: menarca, regularidade da 
menstruação, frequência e duração, dismenorreia, 
DUM, método contraceptivo, menopausa, fogachos, 
terapia hormonal; 
- Genitália Masculina: dor no pênis, dor e massas 
testiculares e hérnias; 
- Musculoesquelético: fraqueza muscular, dor, 
inchaço nas articulações, limitação de movimento, 
instabilidade, hiperemia, artrite e gota; 
- Neurológico: perda de sensibilidade, choques, 
tremores, fraqueza, paralisia, desmaio e convulsões; 
- Hematológico: anemia, sangramentos, petéquias, 
púrpuras e transfusões; 
5) Antecedentes Pessoais 
(AP): 
- Apresenta doenças 
crônicas? – DM, HAS, 
dislipidemia, 
asma/bronquite, já teve 
alguma neoplasia ou evento 
cardiovascular (infarto, AVE). 
- Já realizou CIRURGIAS? – 
tipo, porque, quando. 
- Possui ALERGIAS? – 
medicamentosa ou 
alimentar. 
- Histórico de vacinação e 
imunização; 
- Histórico obstétrico – 
GESTAÇÕES, partos, intervalo 
entre as gestações, abortos. 
 
6) Antecedentes Familiares 
(AF): questionar enxaqueca, 
DM, HAS, IAM tuberculose, 
câncer, dislipidemia, 
hipotireoidismo, asma, rinite, 
osteoporose 
 
7) Hábitos e Vícios (HV): 
- Tabagismo; etilismo; drogas; 
- Hábitos alimentares e 
atividades físicas. 
 
8) Condições socioeconômicas 
e culturais: 
- Habitação: meio ecológico 
do qual faz parte (zona rural 
ou urbana), tipo de moradia, 
nº de cômodos e pessoas que 
residem no domicilio, 
condições sanitárias, coleta 
de lixo e animais domésticos 
(doenças infectocontagiosas) 
 
8) Hipótese diagnóstica (HD): 
suspeitas clínicas para a 
queixa do paciente. 
1. Exame Físico Geral - Qualitativo: avaliação 
subjetiva do paciente. As qualidades são 
medidas em graus (+/+4). 
 
- Avaliação do estado geral: nível de 
consciência, fácies, fala, confusão mental e 
mobilidade. → (BEG), (REG) ou (MEG). 
 
- Avaliação do grau de palidez: observar 
mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, 
leito ungueal e palma das mãos. Paciente 
pode estar corada (mais avermelhado) ou 
descorado. → Descorado: classificar em 
cruzes. 
 
- Avaliação do grau de hidratação: observar 
umidificação da mucosa oral, globo ocular e 
turgor da pele. → Desidratado: classificar em 
cruzes. 
 
- Avaliação da presença de icterícia: observar 
coloração da palma da mão, esclera e freio da 
língua. O paciente pode estar ictérico ou 
anictérico → Ictérico: 
classificar em cruzes: 
 Atenção: se apenas a pele estiver 
amarelada/alaranjada, excluindo a 
esclera e o freio lingual, pode ser um 
sinal de excesso de β-caroteno! 
 
- Avaliação da presença de cianose: observar 
uma coloração mais azulada no lábio, leito 
ungueal e outras extremidades. 
 
- Avaliação do padrão respiratório: observar 
se há dificuldades para respirar ou se há 
utilização da musculatura acessória para 
inspirar. O paciente pode estar eupneico ou 
dispneico (dificuldade para respirar). Observar 
a frequência respiratória (bradpneico – 
poucas inspirações, ou taquipneico – muitas 
inspirações). 
Exame Físico Geral - Quantitativo: 
avaliação de aspectos mensuráveis do 
paciente. 
 
- PA → perguntar ao paciente antes 
de aferir a PA: • fumou ou bebeu café 
ou outros estimulantes há menos de 
30 min? • Está sentindo dor? • Está 
com a bexiga cheia? • Está em 
repouso há menos de 3 minutos? – Se 
todas as respostas forem “não” 
prosseguir com o procedimento. 
 
- FC e Pulso: nem sempre as medidas 
são equivalentes! 
Para aferir a FC → pode-se auscultar 
o ♥ e contar os batimentos em 1 
minuto! 
Para aferir o pulso → palpar a artéria 
radial com o 2º e 3º dedos, contanto 
os batimentos em 1 minuto. 
(Observar se há alterações no ritmo). 
→ Comparar a FC e o pulso. 
 
- FR: contar a quantidade de 
inspirações em 1 minuto, observando 
a movimentação da caixa torácica ou 
parede abdominal. 
→ Não falar ao paciente que a FR está 
sendo verificada, pois 
inconscientemente o padrão se 
altera; 
- T° axilar 
- SO2 
- Glicemia capilar 
- Altura e Peso: para a aferição da 
altura o paciente deve estar com os 
pés descalços, em postura ereta e 
olhar horizontal. 
- IMC: peso/altura² (kg/m²) → 
categoriza-se magreza, eutrofia, 
sobrepeso e graus de obesidade. 
- Circunferência abdominal (CA): 
medida logo acima da crista ilíaca, na 
altura da cicatriz umbilical. 
 
 
2 Letícia M. Dutra 
Exame Físico – Cabeça e Pescoço 
- FACE: observar o tipo de rosto do paciente (fácies). Além 
das fácies notar se há edema, paralisia muscular, 
movimentos involuntários, nódulos/tumores e outras lesões 
e deformidades. 
 
Fácies hipocrática: olhos fundos, parados e 
inexpressivos. Nariz afila-se, lábios 
adelgados. Batimentos das asas do nariz são 
comuns. 
 
Fácies renal: edema que predomina ao redor 
dos olhos, principalmente pela manhã. 
Palidez cutânea. 
• Observada em doenças difusas dos rins, 
particularmente na síndrome nefrótica e na 
glomerulonefrite difusa aguda. 
 
Fácies Leonina: alterações compostas pelas 
lesões da Hanseníase. 
 
 
Fácies Cushingóide ou de Lua-cheia: 
arredondamento do rosto e atenuação dos 
traços finos. 
• Observada em pacientes que fazem uso 
prolongado de corticoides (Cushing 
iatrogênico). 
 
Fácies lúpica: vermelhidão no em forma e 
borboleta. 
 
 
Fácies parkinsoniana: cabeça inclinada para 
frente e imóvel, olhar fixo, fronte enrugada– 
expressão de espanto. 
 
 
Fácies basedowiana: exoftalmia e olhos 
brilhantes, rosto magro. Aspecto de espanto 
e ansiedade. Presença de bócio. 
• Hipertireoidismo 
 
 
Fácies mixedematosa: rosto arredondado, 
nariz e lábios grossos, pele seca e acentuação 
dos sulcos. Supercílios escassos e cabelos 
secos e sem brilho. Expressão de apatia. 
• Hipotireoidismo. 
 
- CABEÇA: couro cabeludo 
- OLHOS: Inspecionar os globos oculares, córnea, esclerótica. Inspecionar e palpar 
as pálpebras, verificar tamanhos das pupilas e sua reação. Como uma das mais 
frequentes queixas é a perda da acuidade visual, quando possível avalia-la a partir 
do teste de Snellen. 
 Midríase a pupila dilatada e miose a pupila contraída. 
 Anisocoria significa pupilas de tamanho desigual e discoria é a irregularidade 
do contorno pupilar. (5% dos indivíduos normais o tamanho das pupilas não é 
exatamente igual) 
Avaliar: 
* Pálpebras: Verificar se há edema, retração palpebral, epicanto, xantelasma e 
outras alterações. 
* Globos Oculares: Verificar a presença de exoftalmia, enoftalmia, desvios 
(estrabismos), movimentos involuntários. 
* Conjuntivas: Normalmente são róseas, vendo-se a rede vascular levemente 
desenhada. Poder estar pálidas ou hipocoradas (anemia), amareladas (icterícia) e 
hiperemiada (conjuntivites, traumatismos). 
* Esclera: Normalmente branca, pode estar amarelada (icterícia: diferenciar da 
coloração amarelada das pessoas de pele negra, quando ocorre em placas, 
manchas e/ou ausente em regiões sem exposição à luz) 
* Cristalino: nas cataratas que tornam o cristalino opaco, observa-se áreas 
brancas no interior das pupilas (visível a olho nu). 
* Córnea: Pterígio: espessamento triangular da conjuntiva que cresce atingindo a 
superfície externa da córnea. 
* Pupilas - Características: 
a) forma: normalmente arredondadas ou levemente ovaladas; 
b) localização: centrais; 
c) tamanho: variável de acordo com a claridade do ambiente. 
d) reflexos: solicitar ao paciente para olhar um ponto fixo à frente.Incidir um feixe 
de luz em uma pupila de cada vez e avaliar: 
- Fotomotor (contração pupilar à luz) 
- Consensual (contração pupilar de um lado pela estimulação luminosa no outro 
olho) 
- Acomodação (contração das pupilas e convergência dos lobos oculares à medida 
que se aproxima do nariz um foco luminoso) 
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Pupilas isocóricas e fotorreativas. 
- GARGANTA (oroscopia): observar lábios, gengivas, dentes 
línguas. Para examinar a garganta peça para o paciente dizer 
“Aaaahhh”. Pode ser necessário um abaixador de língua – 
pressionando o terço médio da língua. Note a presença de 
alterações de coloração, secreção e placas, que podem 
indicar processos infecciosos. 
REGISTRO DO EXAME NORMAL: COONG: normal, orelhas 
bem implantadas, cavidade oral normal, sem secreções ou 
gotejamento posterior (ou no nasocavum ou na 
nasofaringe). 
 
- ORELHA: palpar orelha, região retroauricular, mobilizar 
lobo da orelha 
 
- Palpação seios paranasais (frontal, etmoidal, esfenoidal e 
maxilar) 
 
 
- Palpação de ATM (sinal do ressalvo) e tempora 
 
 
 
 
. 
 
3 Letícia M. Dutra 
- CADEIA LINFONODAIS: inspeção e palpação de linfonodos – palpação com 
as polpas digitais dos dedos médios, indicador e anular, com movimentos 
circulares.  Fletir a cabeça para facilitar a palpação 
Os linfonodos da cabeça e do pescoço a serem palpados são os seguintes: 
 
Lembrar que existem outras cadeias de linfonodos palpáveis que não estão 
no pescoço: epitroclear, axilar e inguinal. 
→ Durante a palpação analisar as seguintes características: 
1) Tamanho e volume – tentar estimar seu diâmetro em centímetros. 
Normalmente os linfonodos variam de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro, são móveis 
e indolores; 
2) Coalescência – junção de 2 ou + gânglios, formando uma massa de limites 
imprecisos; 
3) Consistência – duro ou mole, com flutuação ou não; 
4) Mobilidade – com palpação deslizante ou, fixando –se entre o polegar o 
indicador; 
5) Sensibilidade – doloroso ou não. 
REGISTRO DO EXAME NORMAL: sem linfonodomegalias ou sem linfonodos 
palpáveis 
 
Existem algumas regras gerais que são de auxílio para o clínico quando está 
estabelecendo seu raciocínio. São elas: 
1- Linfonodos maiores que a falange distal do dedo mínimo do paciente são de 
importância clínica e devem avaliados com mais minúncia. 
2-Linfonodos palpáveis em áreas atípicas (e.g pré-auriculares) devem ser investigados, 
mesmo se forem de pequeno tamanho. 
3-Dor (assim como outros sinais flogísticos, tais quais calor, rubor e tumor) é um 
indicativo de inflamação. Sempre tomar cuidado com esse fato, pois em alguns 
pacientes com doença de Hodgkin pode ocorrer infartamento ganglionar, ocasionando 
um quadro semelhante! 
4-A consistência pétrea é sinal de doença metastática. Já linfonodos com consistência 
semelhante à de borrachas encontradas nas pontas de lápis são frequentes nos 
linfomas. 
5- Linfonodos aderidos são encontrados com muito mais frequência em doenças 
malignas do que em processos inflamatórios benignos. 
- TIREOIDE: pode ser examinada de 3 maneiras distintas: 
 Examinador posterior ao paciente, que estará sentado, com a cabeça fletida 
(inclinada para frente), pedir para o paciente deglutir. 
 
1º. Abordagem posterior - Paciente 
sentado e o examinador de pé atrás: 
as mãos e os dedos rodeiam o 
pescoço com os polegares fixos na 
nuca e as pontas dos indicadores 
quase se tocam na linha média. O 
lobo direito da tireoide é palpado 
com o indicador e médio da mão 
esquerda, e vice-e-versa; 
 
2º. Abordagem anterior – Paciente 
em frente. São os polegares que 
palpam a glândula, enquanto os 
demais dedos apoiam-se nas regiões 
supraclaviculares. 
 
 
3º. Paciente de frente. Palpação 
com uma das mãos, percorrendo 
toda área da tireoide. 
 
 
Seja qual for a manobra empregada, solicitar ao paciente que faça deglutições, 
flexione e rotacione levemente a cabeça, enquanto se palpa a glândula 
firmemente. 
→ Durante a palpação observar: volume, consistência (normal, firme, 
endurecida ou pétrea), mobilidade (normal ou imóvel) e superfície (lisa, 
nodular ou irregular). 
 
- CARÓTIDA E VEIA JUGULAR: esse exame pode ser feito juntamente com o 
Exame Cardíaco. Em suma, deve-se atentar para o fato de ingurgitamento da 
veia jugular interna (o paciente deve ficar em decúbito dorsal com elevação 
da cabeceira a 45º). Observar ao assumir essa posição “surge uma grande veia 
no pescoço” acima do ângulo de Louis. 
 
 
 
 
 
4 Letícia M. Dutra 
Exame Físico – Pulmonar (Inspeção (estática e dinâmica), palpação, percussão e ausculta) 
 INSPEÇÃO: 
- Estática: observar a aparência do tórax. Se o paciente 
apresenta desvios da coluna (escoliose, cifose e lordose). 
Observar a estrutura do esterno, costelas e vértebras pois 
isso pode ser indicativo de certar alterações estruturais como 
tórax escavado, tórax em barril e elevação do esterno. 
- Dinâmica: visa definir o padrão respiratório do paciente: 
eupneico, taquipneico e bradipneico. 
 
 PALPAÇÃO: dividida em 2 fases 
- Expansibilidade ou mobilidade: deve ser investigada no 
ápice, base e entre elas. 
Para realizar no ápice colocar as mãos na base do pescoço, 
com os polegares juntos na região da proeminência das 
vértebras cervicais na pele e os dedos sobre a região acima 
da escápula de cada lado. Pedir para o paciente inspirar e 
expirar, devendo ambos os lados estarem simétricos – as 
duas mãos devem fazer a mesma amplitude de movimento. 
O processo deve ser repetido mais duas vezes até alcançar a 
base pulmonar (T12). Sempre procurando assimetrias entre 
os campos pulmonares. 
 
 
- Frêmito Toracovocal (FTV): Colocar a 
mão sobre as regiões do tórax, ao 
mesmo tempo em que o paciente 
pronunciar “33”. À medida que ele 
fala deslocar as mãos de modo a 
percorrer toda a extensão da parede 
torácica. 
→Frêmito normal: som abafado. 
→  do frêmito: consolidação de área pulmonar 
(pneumonia); - som é auscultado nitidamente. 
→  ou desaparecimento do frêmito:anormalidade que 
impeça a transmissão das ondas sonoras (derrame pleural, 
espessamento da pleura, atelectasia por oclusão brônquica, 
pneumotórax e enfisema pulmonar). 
 
 PERCUSSÃO: 
- Para percussão das faces anteriores e 
laterais, o paciente pode estar sentado ou deitado. 
- Já a percussão da face posterior só é possível com o 
paciente sentado. 
- Para a percussão das faces laterais o paciente deve 
colocar suas mãos na cabeça; 
→ A percussão do tórax deve obedecer aos seguintes 
critérios: 
▪ Iniciar pela face anterior, indo de cima para baixo, 
ora de um lado, ora de outro, em pontos simétricos; 
▪ Passar para as regiões laterais; 
▪ Concluir com a percussão da face posterior. Sempre 
comparar os sons produzidos na porção de um 
hemitórax com os sons do outro hemitórax. 
 
 Sons obtidos na percussão do tórax: som claro 
pulmonar na área de projeção dos pulmões, 
submacicez e macicez nas áreas de projeção do 
fígado, do coração e do baço, timpanismo na área de 
projeção do fundo do estômago (espaço de Traube – 
som timpânico). 
 
Possíveis alterações na percussão: Excetuadas as 
áreas de projeção do fígado, coração, baço e fundo do 
estômago, no resto do tórax encontra-se sonoridade 
pulmonar. 
 
- Som timpânico: indica aprisionamento no espaço 
pleural (pneumotórax) ou numa grande cavidade 
intrapulmonar (caverna tuberculosa, por exemplo). 
 
- Submacicez e macicez:  ou desaparecimento da 
sonoridade pulmonar – redução ou inexistência de ar 
no interior do alvéolo. → Derrames ou 
espessamentos pleurais; condesação pulmonar 
(pneumonias, tuberculose, infarto pulmonar e 
neoplasias). 
 AUSCULTA: paciente de preferência sentado 
(quando impossibilitado fazer o exame em 
decúbito dorsal e lateral) e com o tórax total 
ou parcialmente descoberto. Solicitar ao 
paciente que realize inspirações e expirações 
profundas com a boca entreaberta e cada 
ponto de ausculta. 
 
Sons pleuropulmonares 
▪ Sons normais 
→ Som traqueal: na inspiração, ruído soproso e na expiração mais forte e prolongado. 
→ Respiração Brônquica: som parecido com o som traqueal, se difere na expiração por 
ser menos extenso. 
→ Murmúrio vesicular: presente na maior parte do tórax. Som mais fraco e mais suave, 
comparado a respiração brônquica. 
 
▪ Sons anormais 
→ Descontínuos: estertores finos (crepitações) e grossos. 
 Os estertores finos são semelhantes ao friccionar dos cabelos, ocorrem no final 
da inspiração nas bases pulmonares - pneumonia, edema pulmonar. 
 Os estertores grossos são menos agudos e duram mais que os finos, audíveis no 
início da inspiração e durante toda a expiração, podem ser ouvidos em todas as 
regiões do tórax – bronquite crônica. 
→ Contínuos: roncos, sibilos e estridor. 
 Os roncos são constituídos por sons graves, aparecem na inspiração e 
expiração. 
 Os sibilos são sons agudos de alta frequência, aparecem na inspiração e na 
expiração, disseminados por todo o tórax – asma e bronquite. 
 O estridor é um ruído inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou 
traqueia. 
→ De origem pleural: atrito pleural, som de duração maior e frequência baixa, de 
tonalidade grave. Som similar ao atrito de um pano velho – pleurite seca. 
 
Alteração Murmúrio Frêmito Percussão 
Derrame pleural   Maciço 
Atelectasia   Maciço 
Pneumotórax simples   Timpânico 
Pneumotórax hipertensivo   Timpânico 
Consolidação   Maciço 
 
 
 
5 Letícia M. Dutra 
Exame Físico – ♥ Cardíaco (inspeção, palpação e ausculta) 
 INSPEÇÃO e PALPAÇÃO: realizadas 
simultaneamente, investigando os 
seguintes parâmetros: pesquisa de 
abaulamentos, análise do ictus córdis, 
análise de batimentos ou movimentos 
visíveis e/ou palpáveis; 
 
→ Observar se há distensão de veias 
jugulares ou pulso carotídeo visível, 
edema de MMIIs; 
 
→ Avaliar se há estase jugular 
(turgência da veia jugular interna): 
posicionar a cabeceira do leito a 45º e 
avaliar a altura da coluna formada pela 
veia túrgida em relação ao ângulo de 
Louis. A medida normal é de 4 cm, 
valores acima disso é considerado como 
estase jugular. 
 
→ Ictus cordis: normalmente se localiza 
no 5º EI sobre a linha hemiclavicular E. 
- Costuma ser percebido apenas na 
palpação, na forma de batidas bruscas. 
→ Com o paciente sentado, colocar as 
pontas dos dedos na área. 
 sensibilizar o exame, colocar o pct 
em DLE) 
- Se for palpado mais para baixo ou para 
esquerda, pode ser sugestivo de 
cardiomegalia. 
 
 AUSCULTA: Ambiente silencioso; Paciente em decúbito dorsal; com o 
receptor deve ser colocado sobre a pele; 
 
Focos de ausculta: 
• Foco mitral: 4º/5º EIE da linha hemiclavicular – corresponde ao ictus cordis. 
• Foco pulmonar: 2º EIE junto ao esterno; 
• Foco aórtico: 2º EID junto ao esterno; 
• Foco aórtico acessório: 3º EIE, junto ao esterno. 
• Foco tricúspide: corresponde à base do apêndice xifoide/ Paraesternal E. 
 
Os sons que são auscultados em cada foco são bulhas cardíacas: 
 
→ 1ª Bulha (B1): fechamento das valvas mitral e tricúspide; “TUM” (A-V) 
- Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo; 
- Timbre mais grave; - Maior intensidade no foco mitral, onde costuma ser 
mais forte que a 2ª bulha. 
 
→ 2ª Bulha (B2): fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar; “TÁ” 
- Timbre mais agudo, soa de maneira seca e ocorre após um pequeno silêncio; 
- Normalmente, a B2 é mais intensa nos focos da base (aórtico e pulmonar); 
 
→ 3ª Bulha (B3): Observada em crianças e adolescentes, raramente em 
adultos. 
- Ruído de baixa frequência; audível na área mitral, em decúbito lateral 
esquerdo; “TU” (som próximo à B2). 
 
→ 4ª Bulha (B4): Ocorre no final da diástole ou pré- diástole. Pode ser ouvida 
em crianças e adultos jovens. 
 
Em cada região de ausculta se atentar à sequência “TUMTÁ TUM-TÁ—TUM-
TÁ”, caso escutar algo como “TUMSHH-TÁ”, por exemplo, ou um “TÁ” a mais, 
pode ser um indicativo de alteração cardíaca – como sopros e bulhas extras. 
 DLE: Ausculta melhor a mitral (B1) 
 Anti-flexão/sentado para frente: Ausculta melhor B2 
 Ausculta pulmonar irradia para região de fúrcula 
 
 
SOPROS: Quando as valvas não se fecham/abrem adequadamente, deixam “pequenos 
orifícios” por onde o sangue irá fluir. 
Esses orifícios farão com que o sangue fique turbilhado gerando o sopro cardíaco. 
 
• Sopros Sistólicos: 
 Sopro sistólico de ejeção: começa após a B1 e termina antes de B2 → estenose da 
valva aórtica ou pulmonar. 
 Sopro sistólico de regurgitação: aparece junto com B1 e termina antes de B2 → 
insuficiência mitral/tricúspide 
 
• Sopros Diastólicos: sopros com baixa frequência, entre B2 e B1 → estenose 
atrioventricular e insuficiência das valvas aórtica e pulmonar. 
 
Classificação: 
• Localização: em qual foco se ausculta com maior facilidade e em qual momento do 
ciclo cardíaco ele acontece; 
 
• Irradiação: quanto mais intenso o sopro, maior a área que será audível. Por exemplo, 
o sopro da estenose aórtica se irradia para a carótida, enquanto o da insuficiência 
mitral se propaga para a axila. 
 
• Intensidade: Utiliza-se o sistema de cruzes: 
1+ sopro audível apenas quando se ausculta com atenção e em ambiente silencioso; 
2+ sopro moderado – sem irradiação; 
3+ sopro intenso – irradia para carótida (aórtico) e axila (mitral); 
4+ sopro muito intenso – frêmito à palpação e com irradiação; 
5+ sopro que necessita apenas da borda da membrana do estetoscópio para ser 
ouvido; 
6+ sopro audível sem estetoscópio. 
 
 
 
 
6 Letícia M. Dutra 
Exame Físico – ABDOMINAL 
O abdome pode ser dividido em nove regiões ou em 4 
quadrantes, sendo essas divisões importantes para 
localizar anormalidades e correlacionar com o possível 
órgão acometido. 
 
HD 
-Fígado; V.B; 
Flexura 
hepática (D) do 
cólon. 
Epigástrio 
-Fígado, lóbulo E 
V.B; Cólon 
transverso 
HE 
- Estômago; 
Baço; Cólon 
(ângulo 
esplênico); 
FD 
-Rim; Cólon 
asc.; Flexura 
hepática D; 
Mesogástrio 
-Cólon transverso; 
Duodeno; Jejuno; 
Íleo 
FE 
-Cólon desc. 
-Jejuno; 
-Íleo 
FID 
- Ceco; 
Apêndice; Tuba 
uterinaD; 
Ovário D. 
Hipogástrio 
- Intestino D., 
Bexiga; Útero; 
Ureter; Reto; 
FIE 
-Cólon desc.; 
Cólon sig; Tuba 
uterina E.; 
Ovário E. 
 
 Para o exame pedir para o paciente deitar em 
decúbito dorsal e se posicionar à direita do paciente – 
é aceitável que o examinador tenha que mudar de 
posição para examinar outras estruturas abdominais. 
 
 
 INSPEÇÃO: observar o paciente, avaliando na região 
abdominal → coloração da pele, distribuição de pelos, 
presença de estrias, lesões de pele, circulação venosa 
colateral, hematomas (Cullen: região periumbilical / 
Gray Turner: região dorsal) [...]. 
 
O formato e volume do abdome também deve ser 
observado - variam de acordo com a idade, o sexo e 
estado de nutrição do paciente. 
▪ Globoso: aumentado de maneira uniforme com 
predomínio ântero-posterior. → Gravidez avançada, 
ascite, distenção gasosa, obstrução intestinal, grandes 
tumores policísticos do ovário. 
▪ Pendular: flacidez abdominal; 
▪ Avental: parede abdominal cai como um avental sobre 
as coxas do paciente. (Comum em pessoas obesas); 
▪ Escavado: parede abdominal retraída. (Próprio de 
pessoas muito emagrecidas). 
 
 CIRCULAÇÃO COLATERAL corresponde a um achado 
em que é possível visualizar a vascularização do 
abdome, por conta de um obstáculo na circulação 
venosa. Os tipos mais comuns de circulação colateral, 
são: circulação colateral tipo portal, circulação colateral 
tipo veia cava inferior, circulação colateral tipo cava 
superior e circulação colateral tipo misto. 
- Circulação colateral do tipo portal corresponde ao 
tipo mais comum, e acontece pelo obstáculo do fluxo 
venoso em direção ao fígado. Geralmente é perceptível 
por meio da característica de “cabeça de medusa”, 
quando estão dilatadas próximas ao umbigo. 
- Circulação colateral tipo cava inferior consiste na 
obstrução da VCI por conta de uma trombose. Observa-
se os vasos na região inferior e lateral do abdome, com 
fluxo ascendente. 
- Circulação colateral tipo cava superior representada 
pela dilatação dos vasos na região superior do abdome, 
com sentido da corrente descendente. 
- Circulação colateral do tipo misto junção das 
características da circulação colateral tipo portal e da 
circulação colateral tipo cava inferior, com fluxo 
ascendente. 
 
 AUSCULTA: Realizar em um 
ambiente tranquilo e silencioso; 
OBS: É preferível que ausculta se 
realize antes da percussão e a 
palpação, pois estas podem 
estimular o peristaltismo e encobrir 
uma hipoatividade dos ruídos 
hidroaéreos. 
• Iniciar a ausculta do QID em 
direção ao QIE aplicando uma leve 
pressão → em torno de 1 minuto 
em cada quadrante, pesquisando os 
sons intestinais normais - ruídos 
hidroaéreos (estalidos e gorgorejos 
– sons de água). 
 
→ Nos casos de diarreia e de 
oclusão intestinal, os ruídos 
hidroaéreos tornam-se mais 
intensos em função do aumento do 
peristaltismo e são denominados 
borborigmos. 
→ Se houver silêncio abdominal – 
íleo paralítico. 
 
• Ausculta de flanco  Pesquisa de 
sopros: aórtico, renais, ilíacos. Esses 
sopros são similares aos cardíacos e 
predominam na sístole. 
 
 PERCUSSÃO: Realizar do QD para o QE, com no máximo 
3 repetições por ponto a ser examinado. 
 
• Devido à predominância de 
alças intestinais, o som 
predominante é timpânico, 
exceto na região do HD, onde o 
som é maciço devivo ao fígado. 
 
• O baço, devido à sua 
localização (protegido pelo 
gradeado costal) normalmente 
não é percutível. 
 
Quando ele aumenta de tamanho, torna-se percutível e 
ocupa uma região chamada de espaço de Traube, esse 
espaço normalmente é livre, ou seja, timpânico. 
 
Ao percutir o espaço de Traube: 
▪ Timpanismo – espaço livre. 
▪ Macicez/submacicez – espaço ocupado pelo baço, ou 
seja, esplenomegalia. 
• Menor quantidade de ar ou sobreposição de uma víscera 
maciça sobre uma alça intestinal origina um som 
submaciço; 
 
 PALPAÇÃO: 
- Superficial: palpar com uma mão, todo o abdome, no 
sentido da FID para a FIE. Avaliar a sensibilidade, 
resistência da parede, as pulsações e o reflexo 
cutâneoabdominal. 
 
- Profunda: Palpar bimanualmente com as mãos 
sobrepostas; 
▪ Investigar os órgãos contidos na cavidade abdominal e 
eventuais “massas palpáveis” ou “tumores”; 
▪ Em condições normais não se consegue distinguir o 
estomago, o duodeno, o intestino delgado, as vias biliares 
e os cólons ascendente e descendente, já o ceco, o 
transverso e o sigmoide são facilmente palpáveis; 
▪ A presença de alterações estruturais é que torna aqueles 
órgãos reconhecíveis à palpação, seja por aumento de seu 
volume, seja por alteração de sua consistência; 
 
 
 
 
7 Letícia M. Dutra 
Palpação hepática: 
MANOBRA DE LEMOS – TORRES: Pretende-se com esta manobra 
determinar as características 
da borda hepática, quanto a 
sua consistência, regularidade 
de sua parede e forma de sua 
borda, presença de pontos 
dolorosos e determinação de 
massas palpáveis. 
• A mão esquerda do 
examinador é utilizada na 
tração anterior enquanto a direita palpa buscando a borda 
hepática. 
 
MANOBRA DE MATHIEW: Nesta, 
o examinador posiciona-se para 
à direita e de frente para os pés 
do paciente; 
• Com as mãos em garra, 
executa-se a palpação junto à 
borda hepática: pedir para o 
paciente inspirar profundamente 
e depois de expirar e durante a 
expiração, posicionar os dedos 
abaixo do rebordo costal. Depois do fim da expiração, mantendo 
os dedos nessa posição, pedir para o paciente repetir o 
movimento, podendo ser sentida a ponta do fígado contra os 
dedos. 
 
→ O fígado normalmente não ultrapassa 2 cm do rebordo costal, 
se ultrapassar pode haver uma hepatomegalia ou ptose 
hepática. 
 
Técnicas para detecção de ASCITE 
A ascite corresponde ao acúmulo de líquido intra abdominal que causa o  do 
volume abdominal, geralmente está relacionada a quadros de doenças hepáticas 
graves juntas com hipertensão portal e redução da síntese de albumina. Para se 
detectar a ascite, utiliza-se 3 técnicas de percussão, são elas: macicez móvel, 
semicírculo de Skoda e manobra ou sinal de Piparote. 
 
 Macicez móvel: é utilizada para um grau mais leve de 
ascite, em que se pede para o paciente ficar em decúbito 
lateral direito e esquerdo enquanto se percute a região 
lateral e central do abdome. Caso haja a presença de 
ascite, ao realizar a percussão, será perceptível a 
presença de som timpânico na lateral e som maciço no 
centro, isso acontece porque ao ficar em decúbito o 
líquido ascítico vai se deslocar conforme a gravidade. 
 
 Semicírculo de Skoda: consiste em deixar o paciente em 
decúbito dorsal, em que ao percutir a região central do 
abdome obtém-se som timpânico, enquanto na periferia 
há som maciço pela presença do líquido ascítico. É uma 
técnica para verificação de uma ascite um pouco mais 
grave. 
 
 Manobra de Piparote: corresponde a um teste para verificar a presença de ascite 
grave, e só pode ser realizada com a presença de dois médicos ou com a ajuda do 
paciente. É realizada por meio da colocação das mãos do paciente ou do médico 
auxiliador de forma vertical no sentido da linha médio-esternal, enquanto o médico 
examinador coloca suas mãos nas regiões laterais do abdome. 
Dessa forma, o examinador com apenas uma mão percute a 
lateral do abdome, e caso haja ascite, ele sentirá a vibração do 
líquido ascítico no outro lado do abdome. 
▪ Dá-se um “peteleco” em um dos flancos do paciente e tenta sentir a 
propagação da força no outro flanco (positivo em ascites volumosas 
– grau 3). 
1º decúbito dorsal, ir percutindo de cima para baixo e depois em 
decúbito lateral, ir percutindo (LIQUIDO = MACIÇO) 
MANOBRAS E SINAIS 
 
SINAL DE MURPHY – indicativo de colecistite 
▪ Posicionar os dedos da mão direita sobre o rebordo costal do 
HD – sobre o ponto cístico; 
▪ Solicitar que o paciente respire fundo e ir palpando à medida 
que ele inspira → o aumento súbito da dor com interrupção 
brusca da inspiração, constitui o sinal de Murphy positivo. 
 
SINAL DE BLUMBERG – indicativo de apendicite, peritonite 
▪Solicitar que o paciente expire; 
▪ Colocar as mãos, fletidas em garra, na cicatriz umbilical, 
deslizando-as obliquamente em direção à região da FID; 
▪ Descomprimir bruscamente → dor à descompressão, sinal 
positivo. 
 
SINAL DE ROVSING: indicativo de apendicite 
▪ Comprimir a FIE e descomprimir bruscamente; 
▪ Observar se o paciente refere dor na FID; 
 
EXAME DO BAÇO: Posição de SCHUSTER 
- Percussão, palpação (5 a 7 cm) 
- Esplenomegalia 
 Grau I: sob o RCE 
 Grau II: entre o RCE e cicatriz umbilical 
 Grau III: abaixo da cicatriz umbilical 
 
SINAL DE GIORDANO utilizado na pesquisa 
de pielonefrite ou litíase renal. Para ser detectado, deve ser 
realizado uma percussão com a mão em forma de punho no 
dorso do paciente no nível da 11° e 12° costela, com uma mão 
realizando o amortecimento. Caso o paciente apresente uma 
infecção renal, ao ser realizado o teste, ele irá rapidamente se 
deslocar para frente sentindo muita dor. 
 
 
 
8 Letícia M. Dutra 
EF – ÓRGÃOS GENITAIS Exame Físico – NEUROLÓGICO 
Genitália Masculina: 
- Inspeção: paciente em ou 
deitado; examinador deve usar 
luvas. 
Inspecionar o pênis e a bolsa 
escrotal, observar se o paciente 
é circuncisado; tamanho do 
pênis e escroto; se há lesões. Se 
houver corrimento peniano, 
observar suas características. 
 
- Palpação: palpar a bolsa 
escrotal avaliando se há 
tumorações, herniações e/ou 
dor. O exame dos genitais 
internos (próstata e vesículas 
seminais) é feito pelo toque 
retal. 
 
Genitália Feminina: 
- Inspeção externa: genitália 
externa, mucosa vaginal e 
cérvix. Avaliar simetria, cor, 
edema, pilificação, verrugas, 
secreção [...] 
 
- Inspeção interna: uso do 
espéculo. Avaliar presença de 
secreção ou corrimento, cor, 
odor, rugosidade. 
- Palpação: tocar as paredes da 
vagina, sentir se há frouxidão 
muscular, nódulos ou prolapso. 
Tocar o colo uterino. 
 
- Mamas: inspeção (simetria, 
apresentação mamilar, 
presença de nodulações); 
palpação na mama e gânglios 
supra e infraclaviculares. 
- Inspeção: observar a postura e movimentos anormais. 
 
MARCHA: solicitar que o paciente caminhe descalço. 
Normal: sequencial, organizado 
- Marcha Ceifante 
- Ou ao tentar caminhar em linha reta é como se fosse “empurrado” para o lado – lesão vestibular [...]. 
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Marcha adequada, habitual, com coordenação adequada. 
 
- EQUILÍBRIO ESTÁTICO: solicitar que o paciente fique na posição vertical 
com os pés juntos, olhando para frente – deve-se permanecer por alguns 
segundos. Em seguida pedir para ele fechar os olhos → Prova de Romberg. 
 ROMBERG +: ao fechar os olhos paciente apresenta oscilações do corpo, 
com desequilíbrio e forte tendência à queda. → Positivo em labirintopatias, 
degeneração subaguda e polineurite periférica. 
 
- MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA: solicitar ao paciente para executar 
movimentos como, abrir e fechar a mão, estender e fletir o antebraço, 
abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé. De 
forma simétrica, bilateral e comparativa 
→ Redução ou abolição desses movimentos: lesão dos neurônios motores 
e/ou de suas vias. 
Como graduar a força: Escalas de força – (MRC) Medical Research Council 
0 - AUSÊNCIA DE CONTRAÇÃO “Não vejo nenhuma contração muscular” 
1 - CONTRAÇÃO MUSCULAR SEM 
MOVIMENTO/ esboço de contração 
“Vejo contrair o musculo, mas não exerce 
movimento” 
2- MOV. ATIVO SE ELIMINADA A GRAVIDADE “Movimenta a articulação sobre o plano da 
maca- não vence a gravidade” 
3- MOV. ATIVO CONTRA A GRAVIDADE “Vence a gravidade” 
4 (pode ser 4+ ou 4 -) 
- MOV. ATIVO CONTRA RESISTÊNCIA 
4 –: vence pequena resistência 
4: vence resistência moderada 
4+: Vence resistência forte 
5- NORMAL Força normal 
 
Manobras deficitárias de motricidade 
 Manobra de braços estendidos 
- 30s a 1 minuto 
- Membro parético apresenta oscilações e 
tende a baixa-se lentamente e 
progressivamente 
(mas não é possível identificar o musculo específico) 
 Manobra de MINGAZZINI 
- Decúbito dorsal. Flete as pernas e pés fletidos 
em ângulo reto (90°) sobre as coxas e estas sobre 
a bacia 
- Se déficit: tal posição não se mantém por muito 
tempo, sofrendo oscilações ou queda 
 Perna: quadríceps 
 Coxa: psoas 
 Ambos: quadríceps e Psoas 
 Manobra de BARRÉ 
- Decúbito ventral. Pernas fletidas formando um 
ângulo reto com as coxas 
Déficits: oscilações e quedas 
 
 
 
9 Letícia M. Dutra 
COORDENAÇÃO (taxia) (Incoordenação: Ataxia) SENSIBILIDADE 
Coordenação ESTÁTICA 
 ROMBERG 
 Prova Índex – nariz: Paciente estende o 
membro superior e em seguida encosta a 
ponta do dedo indicador na ponta do nariz 
- Inicialmente com os olhos abertos e, 
posteriormente fechados 
 Pode estar alterada em: 
- Disfunção cerebelar – dismetria (hiper ou 
hipometria), decomposição do movimento, 
tremor de intensão (alterações com os 
olhos abertos e fechados) 
 - Dismetria: erra o alvo 
 - Hipermetria: passa além do alvo 
 - Hipometria: antes do alvo 
Durante a realização do movimento pode 
ter: 
 - Decomposição de movimento e/ou 
 - tremor de intensão: quando está 
chegando perto do alvo, começa a tremer 
 
- Disfunção sensibilidade profunda – 
dismetria – erra o alvo (só com o olho 
fechado) 
 
 
 Prova index – índex 
-Paciente encosta a ponta do index no 
index do examinador e depois na ponta 
do nariz. 
- É examinado com os olhos abertos 
porque o examinador vai mudando o 
local do index 
Também pode pedir para o pct colocar 
a tampa da caneta na caneta. 
Coordenação (Taxia) – Dinâmica 
 Prova Calcanhar- joelho 
- Paciente em decúbito dorsal, solicita-se para que toque 
com o calcanhar o joelho do lado oposto 
- Solicita então que o calcanhar desça pela crista tibial 
até o calcanhar contralateral 
- Inicialmente com olhos abertos e em seguida fechados 
- Disfunção cerebelar – dismetria (hiper ou hipometria), 
calcanhar ultrapassa o joelho ou oscilações laterais ao 
longo da crista tibial 
- Disfunção da sensibilidade profunda – dismetria com 
olhos fechados 
 
 Prova dos movimentos alternados – Diadococinesia: 
Paciente estende os braços e com maior velocidade 
possível, realiza movimentos sucessivos de pronação e 
supinação 
- Bate na coxa, alternando palma e 
dorso da mão 
 
Doenças cerebelares – 
disdiadocinesia Incoordenação ou 
até mesmo impossibilitado de 
realizar 
 
 Manobra do rechaço – Stewart- Homes 
Paciente gira a cabeça para o lado oposto e realiza, com 
toda a força, a conta resistência ao movimento do 
examinador (paciente contrai o bíceps e o examinador 
estende o braço) 
Em determinado momento, solta-se o braço 
subitamente 
Normal: ação imediata dos antagonistas (tríceps) – 
freando o deslocamento da mão 
- Paciente com comprometimento cerebelar não há contração 
do antagonista – mão choca-se de encontro ao ombro. Na 
disfunção cerebelar o pct tem dificuldades em controlar 
agonistas e antagonistas 
 
AVALIAR: 
 Sensibilidade tátil (algodão, pincel): Pct com os olhos fechados testar: 
- Face, braços, mãos, coxas até pés em face anterior e posterior 
- Perguntar se sente, se é simétrico 
 Sensibilidade vibratória: Com o diapasão na superficie óssea simétrica e bilateral 
 Sensibilidade Dolorosa: Com uma agulha: em face, MMSS e MMII simétrica e bilateral 
 Sensibilidade Térmica: Frio e quente: em face, MMSS e MMII simétrica e bilateral 
 
Modalidades sensitivas gerais: Dor, Tº, Tato, Vibração, Posição segmentar 
Modalidades sensitivas especiais: Audição, Visão, olfato (avaliada nos pares cranianos) 
Classificação de Sherrington 
Sensibilidade exteroceptiva 
(superficial) 
 Diz ao organismo o que está 
ocorrendo no meio ambiente 
- Dor, Tº e tato superficial 
Sensibilidade propioceptiva (profunda) 
 Nos fornece informação a respeito da tensão nos músculos e 
tendões ou 
 Posição das articulações ou a respeito da força muscular 
- Vibração, posição segmentar e tato refinado 
Princípios gerais 
- Paciente deitado 
confortavelmente, com os olhos 
fechados 
- Comparar áreas simétricas, porçãoproximal e distal 
 
Tátil 
- Toque leve – chumaço de algodão, 
polpa digital, pincel com pelos finos 
- Sem provocar pressão no tecido 
subcutâneo 
 
Dolorosa (não pode causar dor) 
- Ponta de palito de madeira 
 
Térmica 
- Tubos de ensaio contendo água 
quente (40 – 45ºC) ou fria (5-10ºC) 
- Acima ou abaixo disso = 
sensibilidade dolorosa 
Proprioceptiva: Pct com olhos fechados. Testar de 
distal para proximal, se ausente, testar proximal, 
se presente na região distal, não precisa testar 
proximal. 
 
Percepção da posição segmentar - Batiestesia 
- Senso de movimentação articular – depende de 
impulsos originados no movimento das 
articulações ou encurtamento muscular 
- Olhos fechados, dedos relaxados e sustentados lateralmente com a 
menor pressão possível 
- Se abolidos nos dedos – avaliamos articulações maiores 
 
Percepção da Sensibilidade vibratória – palestesia (diapasão) 
- Capacidade de perceber estímulo vibratório quando colocamos 
diapasão de 128 Hz sobre proeminências ósseas 
- Proeminências ósseas – maléolos, tibias, patelas, cristas ilíacas, 
processos estiloides do rádio e ulnar, clavículas 
- Percepção vibratória e quando o instrumento para de vibrar 
(6 segundos, mas > de 60 anos pode estar alterado) 
Sensibilidade combinada (testa o córtex sensitivo 1ªrio e 2ªrio) 1ªrio região parietal: identifica a 
sensibilidade exposta. 2ªrio: faz uma correlação da sensibilidade com uma memória 
Grafoestesia: capacidade de reconhecer letras ou nº estritos sobre a pele. 
Agrafoestesia (perda de tal sensibilidade) é válida quando todas as outras modalidades estão 
preservadas 
 A sua perda implica possibilidade de lesão cortical – Córtex somatossensitivo 2ªrio 
Esterognosia – capacidade em reconhecer tamanho e forma de objetos 
- Solicita ao paciente, que com os olhos fechados, reconheça diversos tipos de objetos com tamanho, 
formas e consistências diferentes pela palpação. - Cuidado com chaves – ruído 
Astereognosia – provável comprometimento do córtex parietal 
 
10 Letícia M. Dutra 
 
MOTRICIDADE PASSIVA – TÔNUS REFLEXOS: pesquisar de proximal para distal, superficial e depois profundo. 
 (o pct não realiza movimento, e sim o 
examinador, que avalia a resistência a esses 
movimentos) 
 
Tônus: Estado de Tensão permanente dos 
músculos (avalia a tensão dos M do pct, em 
situações patológicas a tensão dos M. mudam) 
 É a resistência reflexa que se opõe à 
distensão dos músculos 
Paciente tenso – exerce resistência voluntária ao 
movimento passivo 
 
Exame – pct relaxado (Sempre comparar os lados) 
 Inspeção 
 Palpação 
 Mobilização passiva 
- ↓ da resistência à mov. passiva – hipotonia 
- ↑ da resistência à mov. passiva – hipertonia 
 
Em condições anormais, pode estar aumentado 
(hipertonia) ou diminuído (hipotonia) 
 
HIPERTONIA 
(↑ da resistência a movimentação passiva) pode ser: 
Elástica – Espasticidade 
 Divido ao comprometimento do trato 
piramidal 
 Resistencia inicial com facilitação posterior 
 Sinal de canivete 
 
Velocidade dependente 
Ex. pct com AVC 
Plástica – Rigidez 
 Comprometimento do trato extra piramidal 
 
 Resistencia durante toda a amplitude do 
movimento apresenta, de maneira alternada, 
resistência e facilitação do movimento  Sinal 
da Roda denteada 
 
Ex.:Doença de Parkinson, impregnação por 
neurolépticos 
 
 
REFLEXOS PROFUNDOS 
- São avaliados através da percussão tendínea 
– Martelo de percussão tendínea 
Estímulo do ponto certo e velocidade adequada 
 - Estiramento súbito dos R musculares aferentes de 
tração 
- Avalia – se o arco reflexo 
Limiar varia individualmente 
Paciente deve estar o mais relaxado possível. Contração 
excessiva bloqueia o reflexo 
Resposta 
Abolido Diminuído Normal Vivo Exaltado 
0 + ++ +++ ++++ 
 
 Manobra de Jendrassik – facilita a avaliação do reflexo 
 
REFLEXOS PROFUNDOS TENDINOSO 
Biciptal: Resposta adequada – flexão do 
antebraço 
- Nervo musculocutâneo; raíz de C5 e C6 
Triciptal: - Resposta adequada - extensão do 
antebraço 
- Nervo radial: raízes de C6 – C7- C8 
Estiloradial: Resposta flexão com supinação 
de antebraço 
- Nervo Radial, raízes de C5 e C6 
Braquioradial 
Patelar: Resposta adequada é a extensão da perna - Nervo 
femoral, raízes de L3 e L4 
 
Aquileu: Ligeira flexão plantar 
- Nervo tibial, raízes de S1 e S2 
Toda assimetria é normal. Nem toda simetria é normal 
Podem ser avaliados em segmento cranial, MMSSs e MMIIs 
 
REFLEXOS SUPERFICIAIS 
São obtidos em resposta ao estímulo cutâneo ou mucoso (representa mecanismo de defesa) 
 
Podem ser avaliados em extremidades superiores e inferiores, já os abdominais desaparecem 
em condições patológicas 
 
- Reflexo palmonetoniano 
Ao estímulo tátil na região palmar – tênar, ocorre contração do mento e porção 
do músculo orbicular da boca (do mesmo lado estimulado) (pode ser encontrado 
em pct com encefalopatia) 
Pode ser encontrado em indivíduos normais 
- Quando assimétrico conota lesão em lobo frontal ou comprometimento 
cortical difuso 
Ex. Ao realizar na mão esquerda, ele tem o reflexo na mão esquerda, e não na direita não tem  provável 
lesão no lóbulo frontal esquerdo(tumor, trauma, AVC) . Se bilateral comprometimento encefálico difuso 
(ex. pct com demências em fase avançada) 
 
 REFLEXO CUTÂNEO PLANTAR: Estimulo com objeto de ponta romba, passando 
pela borda externa, desde o calcanhar até a porção média dos metatarsos e base 
do hálux 
 Flexão: normal 
 Sem resposta: neuropatias, síndrome cordonais posteriores 
 Sinal de Babinski presente (abdução dos dedos do pé e extensão do hálux) 
 Lesão do sistema piramidal (liberação piramidal, ex.: AVE) 
 
 REFLEXO CUTÂNEO ABDOMINAL (T6 – T12): 
- pesquisa: estimula-se a pele do abdome com um objeto de ponta 
romba no sentido látero-medial em direção a cicatriz umbilical 
- Resposta: contração dos M. abdominais ipsolaterais e desvio da 
linha alba e da cicatriz umbilical para o lado estimulado 
- Abolido na Sd. Piramidal 
 
 
 
 
11 Letícia M. Dutra 
MARCHAS PATOLÓGICAS 
 Marcha hemiplégica/ ceifante 
 
 
 
Típica do paciente com comprometimento do sistema 
piramidal 
 ↑ do Tônus muscular (espasticidade) 
 Paresia 
Postura de Wernicke Mann 
 Flexão do membro superior afetado 
 Extensão do membro inferior afetado – flexão plantar do 
pé 
- Ao andar braço rígido no lado do corpo (o braço não oscila) 
arrasta a perna pelo chão, descrevendo um semicírculo = AVE 
(A. cerebral ½) 
- Por não conseguir dobrar o joelho pela espasticidade, o 
paciente realiza o movimento de circundação 
 Move toda a extremidade em torno de um semicírculo 
 Toca o solo pela borda lateral e ponta do pé – maior 
desgaste 
 Marcha Anserina 
 
- Encontrada nas miopatias - Paraparesia de predomínio proximal 
- Lordose exagerada 
- Por vezes, ombros lançados para trás 
- Comprometimento da musculatura proximal – cintura pélvica (fraqueza dos 
glúteo) 
- Quando apoiamos aos pés no chão, a contração dos glúteos impede que o 
quadril se incline 
- Diante de um paciente com miopatia, há inclinação do quadril – movimentos 
oscilatórios da bacia. - Sinal de Trendelenburg 
 Marcha bipiramidal 
 
- Lesão piramidal bilateral 
- Classicamente observada nos pacientes em paraplegias 
espásticas - Ex.: paralisia cerebral espástica e paraparesia 
tropical (2ºria a infecção pelo HTLV) 
- Espasmos dos M. adutores – marcha em tesoura 
 
 Marcha escarvante 
 
- Marcha do pé caído 
- Fraqueza do Musculo Tibial Anterior 
 Causas: Radiculopatia L5, Neuropatia do fibular, ciático 
- Paciente é incapaz de realizar a flexão dorsal do pé – arrasta o pé e tropeça 
no chão 
- Para compensar, flexiona o quadril exageradamente 
- inicialmente não consegue caminhar sob os calcanhares 
 
 Marcha vestibular 
 
 
- Encontrada em vestibulopatias (comum na labirintite) 
- Principal característica é a lateropulsão 
 Diferente da lateropulsão do comprometimento 
cerebelar unilateral 
 Na vestibular: sintomas pioram com os olhos fechados e 
a lateropulsão “muda” de direçãoao andar para trás 
- Ao andar para frente a lateropulsão é do lado da porção 
vestibular alterada, e ao andar para trás a lateropulsão é 
contraria ao vestíbulo alterado. 
- Pede para o paciente andar 5 passos para frente e para trás 
 Babinski-Weil test – marcha em estrela 
 Marcha parkinson 
- Doença extra-piramidal 
- Hipertonia, bradicinesia 
 
 Marcha Ebriosa 
 
- Doenças cerebelares – Ataxias cerebelares 
- Dificuldade em posicionar cada passo como o planejado 
 Ora curto, ora longo (passos irregulares) 
 Não anda em linha reta (pedir para andar em uma 
linha) 
- Tendência a queda para qualquer direção (casos graves) 
 Se lesão cerebelar unilateral – tendência à queda para o 
mesmo lado 
 Diferencial com comprometimento vestibular (pior com 
os olhos fechados e o sentido da lateropulsão se inverte 
ao andar para trás) 
 
 
12 Letícia M. Dutra 
NERVOS CRANIANOS 
I- OLFATÓRIO 
 Avaliação: pct de 
olhos fechados, fechar 
uma narina e colocar 
um aroma diferente em 
cada narina. 
 Identificar o cheiro e 
comparar lados 
homólogos 
 
Receptor do nervo 
olfatório está na região 
dorsoventral da 
cavidade nasal. 
 
Pacientes percebem 
desordens olfativas de 
modo diferentes: 
- Anosmia: ausência da 
habilidade em sentir o 
olfato 
- Disomia: percepção 
alterada do cheiro. 
Inclui percepção de 
odores sem estimulo 
presente 
- Cacosmia: percepção 
sempre desagradável de 
determinado cheiro 
 
Existem causas 
condutivas ou sensitivas 
de distúrbios do olfato: 
- Condutivas: 
rinossinusite crônica, 
pólipos 
- Sensitivas: trauma, 
doenças degenerativas 
 
Principal queixa do 
paciente Paladar 
altera: redução do 
olfato resulta na 
alteração da percepção 
dos sabores 
 
II- ÓPTICO  Avaliação da motricidade: III, IV e VI- Solicitar que o paciente à 
distância de um braço, olhe na ponta da ponta do dedo do 
examinador, e ir acompanhando, conforme desloque a mão nos 
sentidos vertical, horizontal e oblíquo, os olhos vão acompanhando, 
segurar as pálpebras ao abaixar a mão (pq os olhos podem fechar) 
 
 Avaliar REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO: pedir para o pct olhar em 
um ponto fixo, incidir a luz nos olhos e observar reflexo uni e 
contralateral (REFLEXO FOTOMOTOR CONSENSUAL) Resposta: 
miose bilateral 
 Avaliar presença de ptose: pedir para o pct fechar os olhos, 
segurar as pálpebras e ver se o pct consegue abrir os olhos 
 
 Reflexo da convergência: pedir para o pct olhar em um ponto fixo 
e ir aproximando o objeto (ex. dedo) – Resposta normal: ambos os 
olhos convergem simultaneamente e a pupila fica miótica. 
 Reflexo central e NÃO TEM relação com o III par 
 
III- ÓCULOMOTOR 
- CONTRAÇÃO/ MIOSE pupilar (parassimpático) 
- Elevação da pálpebra (Lesão = ptose) 
- Motricidade ocular: 
 Reto superior, reto inferior, reto medial 
 Obliquo inferior – olha para cima e medialmente 
Avaliação do diâmetro das pupilas 
Sinais a serem 
observados 
Situação Diagnóstico provável 
 
ISOCÓRICAS (NORMAIS): 
são simétricas e reagem à 
luz 
Esta condição é normal, porém 
deve-se reavaliar 
constantemente 
 
ANISOCÓRICAS 
(assimétricas): uma 
dilatada e outra 
contraída 
AVE, TCE 
 
MIOSE: ambas estão 
contraídas, sem reação a 
luz 
Lesão no SNC ou abuso de 
drogas/toxinas 
 
MIDRÍSE: Pupilas dilatas Ambiente com pouca luz, 
anóxia ou hipóxia severa, 
inconsciência, estado de 
choque, parada cardíaca, 
hemorragia, TCE 
OBS.: DILATAÇÃO/ MIDRÍASE pupilar (simpático) 
 
IV- TROCLEAR 
- Oblíquo superior – olha para baixo e medialmente 
 
VI- ABDUCENTE 
- Reto lateral – abduz o olho 
Avaliação: 
 A uma distância de 6m (Escala optométrica de 
Snellen) 
 CAMPIMETRIA de confrontação/Campo visual 
 Exame de fundo de olho. 
 
 Aparelho visual 
- órgãos receptores visuais da retina 
- Estruturas de percepção e interpretação do córtex 
occipital 
- Fibras que realizam a conexão entre retina e córtex 
visual – vias ópticas 
 
 
Nervo óptico – exploração 
 Acuidade visual 
- Avaliada de modo preciso pelo 
oftalmologista (Escala Optométrica de 
Snellen) 
-  da acuidade visual – Ambliopia; 
- Abolição – amaurose 
 
 Fundo de olhos – oftalmoscopia- Examina a 
extremidade do nervo óptico 
- Cor da papila óptica (rosa pálido), bordas do disco 
capilar – nítidas, vasos (na inflamação do nervo óptico 
se perde as extremidades) 
 
 
 Campos visuais/ CAMPIMETRIA de confrontação 
- Espaço dentro do qual um objeto pode ser visto 
enquanto o olho é fixado em um ponto 
- Técnica de confrontação – examinador ao mesmo 
nível, a distância de um braço, paciente sentado fixa 
em um ponto na face do examinador, o qual desloca 
o objeto e paciente dirá até que ponto percebe as 
variações do objeto; 1º com um olho, e depois com 
o outro –ambos fecham um olho (com a mão em 
concha – para não apertar os olhos e a visão alterar) 
para realizar o teste por confrontação aproxima-se 
aos poucos um objeto da periférica e pede que o 
paciente avise quando notar o objeto no campo 
visual. 
- Realizado em 4 quadrantes 
 Técnica de confrontação: avalia campos visuais e 
metria 
Hemianopsia: Quando perde metade do campo 
visual 
Quadrantopsia: Quando perde um quadrante do 
campo visual 
 
 
 
 
13 Letícia M. Dutra 
V- TRIGÊMIO 
 Avaliação da sensibilidade facial: Paciente com os olhos fechados, 
examinador toca com um algodão, em região de frontal/temporal, 
bochecha e mentoniana. 
- Perguntar a presença de sensibilidade homolateral, se = ou ≠. 
Resposta normal é a contração orbicular das pálpebras 
 
 Avaliação da mastigação/motricidade: palpar masseter, pedir 
para o paciente morder e ficar, o músculo fica “duro e contraído”, 
fazer o mesmo procedimento com o temporal. 
 
Sensitiva - Sensibilidade da face 
- V1: Oftálmico 
- V2: Maxilar 
- V3: Mandibular 
 
Motora: mastigação = masseter, 
temporal, pterigoide 
 
VII- FACIAL 
 Avaliação da mímica: Solicitar que o paciente enrugue a testa, 
franza os supercílios, cerrar as pálpebras e cerrar os dentes (por favor: 
repita o que o examinador está fazendo) 
 
Responsável pela inervação da musculatura da face – mímica 
- Paralisia facial pode ser central ou periférica 
 Central – poupa metade superior da hemiface  Lesão 
supranuclear 
 Periférica compromete toda a hemiface  Lesão nuclear ou no 
nervo facial 
- Gustação dos 2/3 anteriores da língua 
 
VIII- VESTÍBULOCOCLEAR 
 Avaliação da audição aérea: Paciente de olhos fechados, com 
o diapasão ao lado do ouvido, solicitar que o paciente avise 
quando ele parar, fazer em ambos os lados 
 
 Avaliação da transmissão óssea: Paciente de olhos fechados, 
com a ponta do diapasão no “ossinho”, solicitar que o paciente 
avise quando ele parar, fazer em ambos os lados 
Teste de Rinne: 
 
A. 1º diapasão de 512 Hz é colocado 
no processo mastoide 
B. quando o som não puder mais ser 
ouvido, o diapasão é colocado na 
frente do meato acústico externo. 
- Normalmente a condução aérea 
(CA)é melhor que a condução óssea 
(CO); ou seja CA > CO 
 
 Avaliação do equilíbrio: ROMBERG: Paciente de olhos 
abertos, juntar os 2 pés em posição ereta, com os braços abertos, 
depois pedir para o pct fechar os olhos. 
- Pedir para o paciente caminhar 
- Pedir para caminhar com um pé na frente do outro, andar no 
calcanhar, andar na ponta do pé 
 
- Vestibulopatias: desequilíbrio piora com os olhos fechados 
- Cerebelopatia/ataxia: desequilíbrio com os olhos abertos 
 
 
 
 
 
 
 Sinal de Romberg 
- Paciente descaço, tornozelos encostados, braços juntos ao corpo 
ou cruzados em frente ao tórax 
- Inicialmente de olhos abertos com olhar fixo – 30 segundos 
- Em seguida fecha os olhos por 10 a 30 segundos 
- Prova alterada: (se ocorrer alguma incoordenação) 
 Abrir os olhos 
 Passada lateral 
 Afastar os braços do corpo 
 Oscilar de modo a ameaçar a cair 
 
 
- sensibilizar: com cuidado o paciente empurrar o pct para observar 
a presença de desequilíbrio 
 
Sinal de Romberg presente em: 
- Vestibulopatias e no comprometimento da sensibilidade profunda 
(proprioceptiva) Se positivo e desequilíbrio para um dos lados após breve 
latência – disfunção ipsilateral – vestibulopatia (cai para o 
mesmo lado da lesão) 
 Se positivo quase que imediatamente e para qualquer 
lado sugere comprometimento da sensibilidade profunda 
 
Acústico – coclear: Geralmente avaliado pelo otorrinolaringologista 
Vestibular – equilíbrio: Testado junto com a coordenação 
 
Coordenação do equilíbrio: cerebelo, núcleos da base, 
 
- Se o paciente apresentar esses 
desequilíbrios com os olhos abertos: 
NÃO é considerado sinal de Romberg 
 
 
14 Letícia M. Dutra 
XI- GLOSSOFARÍNGEO 
Avaliar: Inserção de uma espátula na boca para se observar a 
migração da úvula e a presença do reflexo nauseoso (espátula na 
base da língua). 
 
Geramente acometido em conjunto com nervos Vago e Acessório 
 Se originam no bulbo e saem do crânio pelo forame jugular 
 
Nervo misto 
- Fibras motoras: musculatura faríngea 
- Fibras sensoriais: sensibilidade gustativa do terço posterior da 
língua 
- Fibras sensitivas: sensibilidade geral do palato, faringe, amigdala, 
terço posterior da língua 
 
Reflexo do vômito (a eferência é pelo nervo X-
Vago) 
-Toca o palato em dois lados separados 
- Lesão do glossofaríngeo leva a diminuição do 
reflexo ipsilateral (do mesmo lado da lesão) 
 
X- VAGO 
Misto 
- Motoras – músculos do palato mole, faringe e laringe 
- Sensitivas – sensibilidade geral do conduto auditivo externo 
- Autonômicas – inervação 
parassimpática- miocárdio, árvore 
traqueobrônquica, trato digestivo 
 
 
Solicita para o paciente elevar o palato 
 Sinal da cortina 
Pedir para o pct abrir a boca e falar “Aah” e 
ver se o palato mole está se movimentando, 
quando o pct tem uma lesão do X, o palato 
mole do lado da lesão não se movimenta  
Sinal da cortina 
O palato mole do lado esquerdo não se elevou e a úvula se desviou para o 
lado contralateral a lesão. 
 
XI- ACESSÓRIO 
Avaliar: colocar a mão nos ombros do paciente, solicitar que ele 
faça a elevação dos ombros, avaliando força e simetria. 
- Observar os movimentos de rotação da cabeça. 
 
- Porção bulbar- inerva musculatura da laringe 
- Porção medular – inerva o esternocleidomastoideo e porção 
superior do trapézio - Quando vira o rosto para o lado E está 
avaliando o ECOM D 
 
XII- HIPOGLOSSO 
Avaliar: Inspeção da língua que deve ser movimentada para todos 
os lados. 
- Nervo motor da língua  Lateraliza e protrai 
- Paralisia unilateral: língua se desvia para o lado da lesão 
 
Escala de Glasgow 
Abertura 
ocular 
4-Espontânea 
3- à voz 
2- à dor 
1- Nenhuma 
Resposta 
Verbal 
5- orientada 
4- Confusa 
3- Palavras inapropriadas 
2- Palavras incompreensíveis 
1- Nenhuma 
Resposta 
Motora 
6- Obedece a comandos 
5- Localiza a dor 
4- Movimentos de retirada 
3- Flexão normal 
2- Flexão anormal (extensão) 
1- Nenhuma 
Resposta 
Pupilar 
2 – Nenhuma 
1- reação unilateral ao estímulo 
0- Reação bilateral ao estimulo 
 
Leve Moderado Grave 
13-15 9-12 1-8 
 
COGNIÇÃO 
 Negligência: perda do reconhecimento de um hemicorpo 
 
 Afasia: distúrbio da linguagem (Wernick, BROCA- fala) – 
enfraquecimento ou perda do poder de captação da expressão. 
- Perde a lógica e a capacidade de expressar 
 
 Agnosia: amnésia perceptiva 
- Por estímulo tátil: incapacidade de reconhecer objetos 
- Por estímulo visual: 
- Por estímulo auditivo 
 
 Apraxia: Incapacidade de realizar tarefas (ação, movimento) 
coordenadas e sequenciais 
 
 disartria: dificuldade MOTORA da fala 
 
 
ROTEIRO DO EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 
- Motricidade 
 Voluntária: testar força por grupamento muscular, 
manobras deficitárias 
 Passiva – Tônus (resistência à movimentação passiva) 
 Reflexa: reflexos profundos, reflexos superficiais 
(cutâneo plantar) 
 Involuntária: tremor, balismo, coreia, distonia 
(observados durante o exame físico) 
 
- Sensibilidade 
 Superficial: dor, térmica 
 Profunda: vibração e cinético postural 
 
- Coordenação, equilíbrio e Marcha 
 Estática: sinal de Romberg 
 Dinâmica: index nariz, calcanhar joelho 
 Marcha 
 
- Pares cranianos 
 
 
 
 
 
15 Letícia M. Dutra 
Exame físico VASCULAR 
Estado da parede 
arterial 
(Normal: parede lisa, 
sem tortuosidades, com 
fácil depressão). 
- Achados: ARTERIOSCLEROSE à parede endurecida, irregular e tortuosa 
 
Pulsos Periféricos: é recomendável a palpação dos pulsos superiores, o 
radial e o braquial, e dos inferiores pedioso, poplíteo e tibial posterior. 
Outros pulsos são palpáveis e aconselháveis para palpação em casos 
específicos, como o femoral em casos de emergência. 
 
- Os pulsos palpáveis são: Carotídeo, Temporal, Subclávia, Axilar, aorta 
abdominal, artérias ilíaca externa e comum, femoral, Poplíteo, Tibial 
anterior, Pedioso, Tibial posterior 
 
 
 Pulso Radial: palpa-se na lateral do punho 
 Pulso Braquial 
 
 Pulso Pedioso: espaço entre 2º e 3º dedo do pé na região dorsal 
 Pulso Tibial posterior: atrás do maléolo 
 Pulso Poplíteo: decúbito dorsal, joelho dobrado, palpar no oco poplíteo 
 Pulso Femoral: 
CARÓTIDA: auscultar em 
apneia 
 
Pulsos venosos: Observa-se 
o pulso da veia jugular. 
 Normal: ingurgitamento 
normal apenas em posições 
de decúbito ou em 
angulação de 45º. 
Achados: 
- TURGÊNCIA JUGULAR: 
ingurgitamento em todas as 
posições, inclusive supina, o 
que indica insuficiência 
cardíaca direita, pericardite 
constritiva e compressão da 
VCS. 
Sensibilizar o exame: palpar 
o fígado  a jugular “pulsa” 
 
Observação: Frêmitos e 
sopros podem ser 
originados nas carótidas, 
nas jugulares, na tireoide ou 
serem irradiação do 
precórdio 
 
 
Pulso capilar: Analisado em 
leve compressão da unha ao 
se observar a zona pulsátil 
da região de transição do 
rosa para o pálido. 
 
Frequência 
(Normal: 60-100 ppm) 
 
Achados: 
- Taquisfigmia 
- Bradisfigmia: encontrada fisiologicamente em atletas, ou patologicamente 
em bradicardia sinusal, bloqueio átrio-ventricular, febre tifoide, icterícia. 
- Déficit de pulso: ao compararmos à FC, esta é maior que a frequência de 
pulsação, o que indica contrações ineficazes do ventrículo devido, por 
exemplo, a fibrilação atrial. 
Ritmo 
(Normal: regular) 
 
Achados: irregular 
- Arritmia sinusal: pulsações ora mais rápidas, ora mais lentas. 
- Extrassitolia: pulsações prematuras de pequena amplitude seguidas de 
pausas compensadoras. 
- Fibrilação atrial: completa e constante irregularidade somado a déficit de 
pulso. 
- Bloqueio cardíaco: pulsos lentos e regulares 
Tensão/Dureza – 
Determinada pela 
compressão dos vasos. 
(Normal: mole) 
Achados: duro 
 
Amplitude/Magnitude 
(Normal: mediano) 
Achados: amplo e pequeno. 
 
Tipos de onda 
(Normal: tipo normal) 
 
Achados: 
- Pulso célere ou em martelo d’água: aparecem e somem com rapidez; 
melhor palpado pela palma do examinador com o punho do paciente acima 
da cabeça; indicam hipertireoidismo, insuficiência aórtica e anemias graves. 
- Pulso pequeno ou parvus: fraco e pequeno; indica hipovolemia e estenose 
aórtica. 
- Filiforme: pequena amplitude e mole; indica colapso circulatório periférico. 
- Alternante: percebido quando o braço do paciente que está sob pressão 
do manguito exatamente no nível em que se ouve o 1º som de Korotkov; 
anda ampla seguida de mais fraca; indica insuficiência ventricular esquerda. 
- Pulso paradoxal: percebido quando o braço do paciente que está sob 
pressão do manguito exatamente no nível em que se ouve o 1º som de 
Korotkov; exagero da redução normal da pressão sistólica durante a 
inspiração; indica pericardite constritiva, derrame pericárdico volumoso. 
Observação: é importante a comparação com o lado homólogo, sendo indicado na desigualdade 
oclusões, constrições dos vasos. 
Exame físico de MEMBROS 
- Palpar musculatura 
- Observar presença de lesões de pele 
- Observar a perfusão dos membros (TEC) 
- Empastamento de panturrilha 
 Sinais sugestivos de TVP 
 Manobra de Homans: dorsiflexão 
forçada do pé – dorso-flexão do pé sobre a 
perna onde o doente vai referirdor na 
massa muscular na panturrilha 
- Dor na panturrilha: sugestivo TVP 
 
 Manobra de Olow – compressão 
da musculatura da panturrilha 
contra o plano ósseo 
- Dor = TVP 
 
 
 Sinal da Bandeira onde é identificado 
edema muscular pela palpação da massa 
muscular dando menor mobilidade à 
panturrilha que fica empastada 
 
 
 
16 Letícia M. Dutra 
Divisão da Superfície Corporal 
 
 
Regiões da cabeça 
1- Frontal 
2- Parietal 
3- Occipital 
4- Temporal 
5- Infratemporal 
 
Regiões da Face 
6- Nasal 
7- Bucal 
8- Mentual 
9- Orbital 
10-Infraorbital 
11-Da bochecha 
12-Zigomática 
13-
Parotídeomassetérica 
 
Regiões cervicais 
14- Cervical anterior 
15-Esternocleidomastóidea 
16-Cervical lateral 
17-Cervical posterior 
 
Regiões torácicas 
18- Infraclavicular 
19-Mamária 
20-Axilar 
21- Esternal 
 
Regiões do 
Abdômen 
22- Hipocôndrio 
23-Epigástrio 
24- Lateral (flanco) 
25-Umbilical 
26-Inguinal (fossa 
ilíaca) 
27-Púbica ou 
hipogástrico 
Regiões dorsais 
28- Vertebral 
29-Sacral 
30-Escapular 
31-Infraescapular 
32-Lombar 
33-Supraescapular 
34-
Interescapulovertebral 
Regiões membro superior 
37- Deltóidea 
38- Branquial anterior 
39- Braquial posterior 
40- Cubital anterior 
41- Cubital posterior 
42- Antebraquial anterior 
43- Antebraquial posterior 
44- Dorso da mão 
45- Palma da mão 
Regiões do membro inferior 
46- Glúteos 
47- Femoral ant. / ant. de coxa 
48- Femoral posterior/ post. De coxa 
49- Genicular anterior / post. De joelho 
50- Genicular post. / post. De joelho 
51-Crural anterior/ ant. de perna 
52-Crural posterior/ post. De perna 
53-Calcânea 
54-Dorso do pé 
55-Planta do pé 
Região perineal 
35- Anal 
36- Urogenital 
 
17 Letícia M. Dutra 
ANAMNESE 
IDENTIFICAÇÃO 
Nome:________________________________________________________________________________ idade: _____________ 
sexo: __________ procedência: ____________________________ residência: _________________________________________ 
Estado civil: ____________________ escolaridade:_________________________ profissão: ______________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
QD:_____________________________________________________________________________________________________ 
HPMA:___________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
ISDA:____________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
AP (cirurgias, alergias, gestação):_______________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
AF:______________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
Hábitos e vícios:______________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
Socioeconômico e cultural:_______________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
 
EXAME FÍSICO 
Geral: (estado geral, grau de palidez, hidratação, presença de icterícia e cianose, padrão respiratório): ____________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
 
PA:______x______ mmHg FC: bpm FR: irpm Altura: cm Peso: Kg IMC:
 ___________𝐾𝑔
____________𝑚²
 
SO2: _______% em: ________________________ T°:_____ Glicemia: ___________ Circunferência abdominal: 
 
CABEÇA E PESCOÇO: ___________________________________________________________________________________________________ 
Inspeção de cabeça:____________________________________________________________________________________________________ 
Ectoscopia 
 Couro cabeludo: _____________________________________________________________________________________________________ 
 Nariz: ______________________________________________________________________________________________________________ 
 Olhos: _____________________________________________________________________________________________________________ 
 Boca: ______________________________________________________________________________________________________________ 
 Orofaringe: _________________________________________________________________________________________________________ 
 Orelha (palpar orelha, região retro-auricular, mostoide, mobilizar lobo da orelha): _____________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
REGISTRO DO EXAME NORMAL - COONG >> Cabeça, Olhos, Ouvido, Nariz e Garganta * Cavidade oral normal, sem secreções ou gotejamento posterior (ou no nasocavum ou na nasofaringe): 
_________________________________________________________________________________________________________ 
Palpação seios paranasais (frontal, etmoidal, esfenoidal e maxilar): ______________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
Palpação ATM (sinal do ressalvo) e TEMPORA: _______________________________________________________________________________________ 
Palpação linfonodos (auriculares ant/post, occipitais, cervicais, submentonianos, submandibulares, submentonianos, supraclaviculares, axilar,inguinais – TAMANHO, CONSISTÊNCIA, MOBILIDADE, 
SENSIBILIDADE, COALESCÊNCIA): __________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
Palpação da TIREOIDE: __________________________________________________________________________________________________ 
 
18 Letícia M. Dutra 
RESPIRATÓRIO: _______________________________________________________________________________________________________ 
INSPEÇÃO:  Estática: __________________________________________________________________________________________________ 
  Dinâmica: _________________________________________________________________________________________________ 
PALPAÇÃO:  Expansibilidade (Amplitude/ Simetria): _______________________________________________________________________________ 
  FTV: _____________________________________________________________________________________________________ 
PERCUSSÃO (Anterior, lateral e posterior): __________________________________________________________________________________________ 
AUSCULTA (Posterior, lateral e anterior): ___________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
CARDIOVASCULAR: ____________________________________________________________________________________________________ 
INSPEÇÃO:___________________________________________________________________________________________________________ 
PALPAÇÃO: Ictus cordis (4º/5º EI linha hemiclavicular E)_______________________________________________________________________ 
AUSCULTA: __________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
ABDOME: ____________________________________________________________________________________________________________ 
INSPEÇÃO (Pele, tumoração, cicatriz umbilical, vascularização, região posterior): ______________________________________________________________________ 
AUSCULTA (9 quadrantes + pesquisa de sopros em região de flancos): ____________________________________________________________________________ 
PALPAÇÃO:  Superficial: _______________________________________________________________________________________________ 
  Profunda: _________________________________________________________________________________________________ 
Manobras especiais: ___________________________________________________________________________________________________ 
Palpação de fígado:  Sinal de Piparote: 
 DB (sinal de Blumberg):  Giordano: 
 Sinal de Murphy:  Schuster: 
 
 
VASCULAR: __________________________________________________________________________________________________________ 
Membros superiores Membros inferiores 
Pulso radial Pulsos pediosos 
Pulso braquial Pulsos tibiais 
 Pulsos poplíteos 
 Pulsos femorais 
 
MEMBROS: __________________________________________________________________________________________________________ 
 
GENITAIS: __________________________________________________________________________________________________________ 
 
NEUROLÓGICO: _______________________________________________________________________________________________________ 
Motricidade:_________________________________________________________________________________________________________ 
 Voluntária: __________________________________________________________________________________________________________ 
 Passiva: ____________________________________________________________________________________________________________ 
 Reflexa: ____________________________________________________________________________________________________________ 
 Involuntária: ________________________________________________________________________________________________________ 
 
Sensibilidade: _______________________________________________________________________________________________________ 
 Superficial: _________________________________________________________________________________________________________ 
 Profunda: __________________________________________________________________________________________________________ 
 
Coordenação, equilíbrio e Marcha: ____________________________________________________________________________________ 
Estática: ____________________________________________________________________________________________________________ 
 Dinâmica: __________________________________________________________________________________________________________ 
 Marcha: ____________________________________________________________________________________________________________ 
 
Pares cranianos: _____________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________

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