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DIR DE ARTE E CRIACAO_UNID 3

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DIREÇÃO DE ARTE
E CRIAÇÃO
UNIDADE 3
“
TÓPICO 1
A ORIGEM E SEUS PRINCIPAIS CONCEITOS
O grande desafio dos designers é compreender o hiato existente entre os recursos tecnológicos, por exemplo, os softwares de edição, e o pensamento visual crítico.
Como foi exposto na Unidade 2, o design é um conjunto de técnicas que buscam agregar valor a projetos através da estética e da funcionalidade.
Para os profissionais da propaganda é importante compreender que o design gráfico corresponde à execução dos projetos visuais elaborados pelos redatores, diretores de arte e de criação. 
AS RAÍZES DO DESIGN GRÁFICO
O mais antigo registro escrito foi encontrado na Mesopotâmia, em tabuletas de argila onde eram esculpidos desenhos. 
Essas ilustrações representavam mercadorias, quantidade e nomes de pessoas e eram distribuídas em colunas. 
Essa organização visual, com colunas que dividiam os assuntos, permitia que as pessoas compreendessem a informação, porém, esses símbolos não representavam conceitos abstratos e sons, por isso, surgiu a necessidade de ampliação dos sinais.
A escrita e seus suportes (pedra, argila, papiro, papel) continuaram a evoluir, o que possibilitou que o povo egípcio produzisse manuscritos ilustrados, utilizando palavras e figuras para comunicar informações. 
Nesse momento da história, o homem começa a organizar visualmente texto e imagem para transmitir informações.
O Livro dos Mortos egípcio influenciou a cultura clássica, principalmente os gregos e romanos, no que se refere ao layout de manuscritos ilustrados. 
O layout dos pergaminhos “apresenta inúmeras e pequenas ilustrações desenhadas com uma técnica precisa e simples e inseridas ao longo do texto. 
Sua constância cria uma sequência gráfica cinemática que até certo ponto lembra a história em quadrinhos contemporânea”.
Este é o mais antigo manuscrito ilustrado da antiguidade:
o Vergilius Vaticanus, que contém duas obras de Públio Virgílio Maro, um poeta de Roma. 
Na figura é possível observar que o design é equilibrado, o texto é escrito com letras maiúsculas rústicas, em apenas uma coluna. 
As ilustrações estão emolduradas e alinhadas com a coluna de texto, como veremos nos princípios do design gráfico no Tópico 2. 
Esse método figurativo e histórico de ilustração de livros, tão parecido com a pintura romana tardia, combinado com maiúsculas rústicas, representa o estilo clássico.
Nesses monastérios, os artistas gráficos desenvolveram estilos de letras mais simples e fáceis de escrever. 
As letras maiúsculas (na época chamadas de unciais), que antes eram quadradas e rústicas, passaram a ser arredondadas o que reduzia o número de pinceladas. 
Mais adiante foram desenvolvidas letras minúsculas (conhecidas como semiunciais), que eram mais fáceis de escrever e tinham mais legibilidade
Na era Medieval, que durou da queda do Império Romano (séc. V) até o Renascimento (séc. XV), o conhecimento e o ensino quase se perderam. 
Contudo, os mosteiros cristãos mantinham centros culturais, educacionais e intelectuais. 
Uma grande inovação no design dos manuscritos foi deixar mais espaço entre as palavras, facilitando a leitura. 
A scriptura scottica ou escrita insular – como é conhecida até hoje – é um estilo de desenho de letras caracterizado pelo uso da caneta ligeiramente inclinada, com caracteres arredondados, com ascendentes curvando-se para a direita e capitulares ornamentais
A transição do mundo medieval para o moderno, conhecida como Renascimento, marcou a história do design gráfico através dos livros. 
O design de tipos, o leiaute de página, ornamentos, a ilustração e até o projeto global do livro foram repensados pelos impressores e eruditos italianos. 
Entre os grandes nomes do Renascimento encontra-se Nicolas Jenson, um designer de tipos, que desenvolveu fontes extremamente legíveis, projetando espaços entre as letras e seu interior com alinhamentos nunca vistos na época. 
Ele e outros impressores desenhavam símbolos para identificar seus livros, hoje percursores das marcas do design gráfico moderno. 
Outra característica do design do Renascimento é o uso de florais, “flores silvestres e vinhas eram aplicadas à mobília, à arquitetura e ao manuscrito”
Durante o século XVII, se viveu a escassez da criatividade no design gráfico, que só acabou em 1692, quando o rei francês Luís XIV ordenou a criação de um comitê de estudiosos para desenvolver um novo tipo para a imprensa real.
O tipo criado foi chamado de Romain du Roi e tinha maior contraste entre os traços grossos e finos, serifas horizontais e equilíbrio uniforme para cada letra.
A Revolução Industrial foi um processo de mudança social e econômica que impactou diretamente na comunicação tipográfica. 
O ritmo mais rápido e as necessidades de comunicação de massa de uma sociedade cada vez mais urbana e industrializada produziram uma expansão rápida de impressores de material publicitário, anúncios e cartazes.
Assim, era necessária uma produção gráfica em maior escala, mais impacto visual e caracteres mais expressivos, que não funcionassem apenas como símbolos fonéticos. 
Para isso, foram criados tipos com formas mais abstratas, com forte contraste e grandes dimensões.
A Revolução Industrial ocorreu inicialmente na Inglaterra entre 1760 e 1840, ela foi um processo radical de mudança social e econômica e não um mero período histórico. 
A energia foi um impulso importante para a transformação de uma sociedade agrícola em sociedade industrial.
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS
A industrialização e as novas tecnologias levaram a um declínio da criatividade, da valorização do designer que estava sendo substituído por engenheiros sem preocupação estética.
No final do século XIX, o art nouveau – estilo decorativo internacional – prosperou, ganhando visibilidade em projetos de arquitetura, design de móveis e produtos, moda e no design gráfico. 
Como característica visual, os projetos tinham uma linha orgânica, similar às feições das plantas: “Gavinhas, flores (como a rosa e o lírio), pássaros (particularmente pavões) e a forma humana feminina eram motivos frequentes dos quais essa linha fluida era adaptada”
O design gráfico possui raízes nas teorias e conceitos do art nouveau. 
Atualmente, o estilo é lembrado pela sua fase floral, mas as contribuições não se resumem a isso, por exemplo, “os movimentos lineares orgânicos com frequência dominam a área espacial e outras propriedades visuais, tais como a cor e a textura.
A figura feminina foi muito utilizada, cercada por flores e plantas, mosaicos e símbolos de magia e ocultismo, conforme exemplo de cartaz (criado por Alfons Mucha, um artista e ilustrador que se destacou nesse período.
As duas primeiras décadas do século XX foram marcadas por transformações sociais, políticas, culturais e econômicas que afetaram a arte visual e o design. 
Ideias elementares sobre cor e forma, protesto social e a expressão das teorias freudianas e estados emocionais profundamente pessoais ocupavam a mente de muitos artistas”. 
Isso resultou em movimentos como o cubismo e o futurismo, o dadá e o surrealismo, De Stijl, suprematismo, construtivismo e expressionismo, que influenciaram diretamente a linguagem gráfica do século.
O movimento artístico conhecido como cubismo introduziu um conceito de representação independente da natureza, com planos geométricos abstratos que aplicavam à figura humana elementos da arte ibérica antiga e tribal africana. 
Pablo Picasso e Georges Braque foram os grandes nomes desse movimento, eles “desenvolveram o cubismo como o movimento artístico que substituiu a representação das aparências pelas possibilidades infinitas da forma inventada”
O futurismo, foi um movimento artístico e literário, lançado por um poeta italiano – Filippo Marinetti – através de um manifesto.
O manifesto expressava entusiasmo pela guerra, máquinas e a velocidade da vida moderna e chocava ao proclamar: “Queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo,o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias”.
Reagindo contra a Primeira Guerra Mundial, o movimento Dadá ou Dadaísmo reuniu escritores e artistas que “rebelavam-se amargamente contra os horrores da guerra, a decadência da sociedade europeia, a superficialidade da fé cega no progresso tecnológico e a inépcia da religião e dos códigos morais convencionais em um continente em convulsão”.
Essa proposta de arte era irreverente e espontânea, pautada na irracionalidade, na ironia, na liberdade, no absurdo e no pessimismo. 
O intuito principal era de chocar a burguesia da época e criticar a arte tradicionalista, a guerra e o sistema. Foi assim que aleatoriamente foi escolhido o termo "dadaísmo".
Criticar o consumismo da sociedade capitalista;
Dar ênfase ao nonsense, isto é, ao que não tem sentido;
Desconstruir e desordenar a imagem;
Fazer apologia a aberrações, momentos de loucura e outras imagens bizarras;
Repúdio aos modelos clássicos e tradicionais da arte;
Opor-se ao nacionalismo e materialismo;
Utilizar objetos do dia a dia nas obras.
Com raízes no dadaísmo, o surrealismo nasceu em Paris na década de 1920. Foi um modo de pensar e conhecer, uma maneira de sentir e um estilo de vida inspirado na intuição, nos sonhos e no inconsciente explorado por Freud. 
Reúne artistas anteriormente ligados ao dadaísmo ganhando dimensão mundial.
“Onde o dadá havia sido negativo, destrutivo e perpetuamente exibicionista, o surrealismo professava uma fé poética no homem e seu espírito”
Seguindo a tendência de retratar emoções subjetivas e não a realidade objetiva, temos o movimento conhecido como expressionismo, organizado na Alemanha.
Esse movimento artístico está entre os primeiros representantes das vanguardas históricas e talvez, o primeiro a focar em aspectos subjetivos, valorizando a expressão emocional do ser humano.
Um nome importante do movimento foi o suíço Paul Klee, que “sintetizou elementos inspirados por todos os movimentos modernos, bem como pela arte infantil e ingênua, alcançando intensa força subjetiva.
O suprematismo foi um movimento artístico russo, centrado em formas geométricas básicas — particularmente o quadrado e o círculo — e tido como a primeira escola sistemática de pintura abstrata do movimento moderno. Seu desenvolvimento foi iniciado por volta de 1913 pelo pintor Kazimir Malevich. 
Ele rejeitava o papel social ou político da arte, acreditando que o seu objetivo exclusivo era revelar as percepções do mundo.
Contrários a essa posição do suprematismo, 25 artistas liderados por Vladímir Tátlin e Aleksandr Ródtchenko, se dedicaram ao design industrial, comunicações visuais e artes aplicadas a serviço da sociedade comunista, movimento conhecido como construtivismo.
As principais características do movimento construtivista foram: 
Rompimento com a arte clássica, tradicional e acadêmica. 
Utilização de outros suportes, colagens e objetos (pré-fabricados e de uso comum: madeira, plástico, ferro, vidro, arame, etc.) 
Arte Geométrica, abstrata e tridimensional.
Outros nomes do construtivismo, como Aleksandr Ródtchenko, caracterizaram o movimento por produzir designs com forte construção geométrica, grandes áreas de cores primárias com tipos concisos e legíveis. 
Além disso, introduziram o conceito de pintura serial, “uma série ou sequência de trabalhos independentes unificados por elementos comuns ou uma estrutura subjacente”. 
Isso é, a partir de elementos gráficos padrões (formas, fontes, cores) os trabalhos tinham uma unidade visual, uma identidade que os caracterizava.
Mondrian
O movimento De Stijl foi lançado por Theo van Doesburg na Holanda e buscava leis universais de equilíbrio e harmonia, baseado em formas geométricas abstratas.
Os pintores e projetos gráficos reduziram seu repertório visual ao uso de cores primárias (vermelho, amarelo e azul) e cores neutras, linhas retas e planos chapados limitados a retângulos e quadrados. 
Os artistas buscavam uma expressão da estrutura matemática do universo e da harmonia universal da natureza, isso é, os adeptos do De Stijl acreditavam que a beleza brotava da pureza absoluta da obra. 
Procuravam purificar a arte pela exclusão da representação naturalista, dos valores externos e da expressão subjetiva. 
Os layouts assimétricos eram compostos a partir de grids e as cores eram usadas como um importante elemento estrutural.
BAUHAUS
O intuito era “explorar o design como uma linguagem da visão, universal e baseada na percepção, conceito que continua, ainda hoje, a moldar o ensino de design ao redor do mundo”. 
Seus fundadores e professores acreditavam que elementos geográficos básicos eram compreendidos por todas as pessoas, pelo fato de o olho ser um instrumento universal.
O curso de formação da Bauhaus tinha como objetivo liberar a capacidade criativa dos alunos e desenvolver uma compreensão da natureza física dos materiais.
Em 12 de abril de 1919, na cidade de Weimar na Alemanha, Walter Gropius fundou a escola Bauhaus. 
Desde os anos 1940, educadores aperfeiçoaram e expandiram as abordagens da Bauhaus, alguns deles rejeitando a visão de uma comunicação universal. 
De acordo com o pós-modernismo, que surgiu nos anos 1960, é inútil buscar significado inerente a uma imagem ou objeto, pois as pessoas trarão seus próprios preconceitos culturais e suas experiências pessoais ao processo de interpretação. 
Assim, os processos de design estão cada vez mais relacionados às referências culturais e características peculiares dos grupos de pessoas.
PRINCÍPIOS DA GESTALT
A percepção é um processo ativo, onde o cérebro humano simplifica a enorme gama de estímulos, como cores, formas, texturas, sons e movimentos, para compreendermos o mundo a nossa volta.
Essa é uma teoria importante para o universo do design, pois, ao construir marcas, layouts ou qualquer forma de expressão, precisamos buscar soluções visuais coerentes aos objetivos do projeto. 
Ao entender como a percepção funciona no cérebro, poderemos encontrar formas de criar e ordenar as informações. 
Por meio de numerosos estudos e pesquisas experimentais, a Gestalt sugere uma resposta ao porquê de umas formas agradarem mais do que outras.
A Gestalt foi uma escola da psicologia experimental, que atuou nos campos das teorias de percepção da forma. Christian von Ehrenfels, filósofo austríaco do fim do século XIX, é considerado o percursor da psicologia da Gestalt.
A afirmação fundamental da Gestalt é que “não vemos partes isoladas, mas relações”. 
Isto é, uma parte na dependência de outra parte. 
Nossa percepção, é resultado de uma sensação global.
Quando analisamos um outdoor, que tem imagens, textos e cores, percebemos a mensagem final que a soma desses elementos quer passar e não seus significados individuais.
LEIS DA GESTALT
Unidade
Segregação
Unificação
Fechamento
Continuidade
Proximidade
Semelhança
Pregnância da forma
A primeira lei é a Unidade que se refere aos elementos individualmente que podem se encerrar em si ou como parte de um todo. 
As unidades são percebidas na verificação de relações formais, cromáticas ou dimensionais. 
O círculo amarelo e a letra A, representam unidades que se encerram em si mesmas. 
Já o logotipo é um objeto com cinco unidades (retângulo vermelho mais cada uma das letras) ou duas unidades principais: o fundo e a palavra home.
UNIDADE
SEGREGAÇÃO
A lei da Segregação busca compreender a capacidade de separar, identificar e evidenciar as unidades em um todo. 
A segregação de elementos visuais depende dos contrastes existentes entre as linhas, planos, cores, sombras, brilho etc. 
Na figura são apresentadas duas imagens: na primeira a segregação do quadrado preto e do círculo branco é facilmente desmembrada; já na segunda, inúmeras unidades compõem a fotografia, com mais evidência nos coelhos, flores e parte da grama. 
Com os exemplos é possível perceber que existem níveis de segregação que variam de acordo com a complexidade das imagens.
UNIFICAÇÃO
A Unificaçãoda forma, “consiste na igualdade ou semelhança dos estímulos produzidos pelo campo visual”. 
A unificação se verifica quando princípios de harmonia, equilíbrio visual e coerência de estilo estão presentes na composição. 
Na primeira imagem, nós temos uma unificação perfeita, com harmonia e equilíbrio. Já, na segunda imagem, a unificação é prejudicada pela unidade vazada e por uma unidade amarela (ruídos visuais). Na última imagem, a unificação desaparece sendo que, apesar de serem formas parecidas, não existe organização ou harmonia visual.
O fator de Fechamento, muito utilizado na criação de identidades visuais, corresponde à sensação de fechamento visual das formas, pela continuidade e agrupamento de elementos. 
FECHAMENTO
Em qualquer um dos exemplos apontados na figura, mesmo não apresentando as imagens completas, conseguimos identificar, fazer o fechamento dos elementos, para entender de que se trata.
A lei da Continuidade é definida como “a impressão visual de como as partes se sucedem por meio da organização perceptiva da forma de modo coerente, sem quebras ou interrupções na sua trajetória ou na sua fluidez visual”. 
Na Figura, os exemplos de continuidade nos mostram que o cérebro reconhece a continuidade e decifra o código visual. 
CONTINUIDADE
No caso do quadrado com uma linha contínua de pequenos pontos, percebemos a sequência como uma linha, que somando os quatro lados forma um quadrado. A continuidade também é usada na comunicação para expressar movimento e transição.
As leis de Proximidade e Semelhança são fatores que muitas vezes agem juntos e se reforçam mutuamente. 
São dois fatores que, além de concorrerem para a formação de unidades, concorrem também para promover a unificação do todo, daquilo que é visto, no sentido da harmonia e equilíbrio visual. 
Elementos visuais próximos tendem a ser vistos juntos, constituindo o todo. 
PROXIMIDADE E SEMELHANÇA
Assim como a igualdade de forma e de cor desperta a tendência de construir unidades a partir da semelhança. 
Na figura, nós temos uma imagem que exemplifica os fatores de semelhança e proximidade agindo juntos para formar o todo.
Quando criamos o design de um site, usamos princípios de proximidade e semelhança para facilitar a navegação. 
A escolha das cores e posicionamento dos botões, por exemplo, são fundamentais para o acesso mais dinâmico e fácil das informações. 
PREGNÂNCIA DA FORMA
A lei básica da percepção visual da Gestalt é a Pregnância da Forma, isso é, “pode-se afirmar que um objeto com alta pregnância é um objeto que tende espontaneamente para uma estrutura mais simples, equilibrada, mais homogênea e mais regular”
Maior grau de pregnância: quanto melhor ou mais clara for a organização visual, em termos de facilidade de compreensão e rapidez de leitura ou interpretação
2. Menor grau de pregnância: naturalmente, quanto mais complicada e confusa for a imagem.
TÓPICO 2
PLANEJAMENTO VISUAL GRÁFICO 
Neste tópico falaremos sobre os princípios que auxiliam no planejamento visual gráfico, nas ferramentas e conceitos que são universais e podem auxiliar nos projetos de direção de arte, na propaganda.
Existe um universo de fontes para serem usadas no design gráfico, porém elas devem ser escolhidas de acordo com os objetivos estéticos e o meio no qual a peça será veiculada
PRINCÍPIOS DO DESIGN GRÁFICO 
O ponto, a linha e o plano são os alicerces do design, já que “partindo destes elementos, os designers criam imagens, ícones, texturas, padrões, diagramas, animações e sistemas tipográficos”
PRINCÍPIO DA PROXIMIDADE
Segundo o princípio da proximidade, “itens relacionados entre si devem ser agrupados e aproximados uns dos outros, para que sejam vistos como um conjunto coeso e não como um emaranhado de partes sem ligação”.
Muitas vezes, erroneamente, acreditamos que quanto mais cantos e espaços forem ocupados, melhor diagramado estará o layout. 
Contudo, isso não auxilia na leitura da mensagem, nem na organização das informações.
PRINCÍPIO DE ALINHAMENTO
A falta de alinhamento é a maior causa de materiais com uma aparência antiestética. 
Na maior parte dos materiais que agradam nossos olhos é possível identificar linhas que guiam a distribuição dos elementos. 
Assim, temos o princípio de alinhamento que sugere: “nada deve ser colocado arbitrariamente em uma página. Cada item deve ter uma conexão visual com algo na página”. 
Os elementos que não estão próximos, mas alinhados por uma linha invisível garantem uma organização as informações, colaborando com uma unidade coesa para o layout.
PRINCÍPIO DA REPETIÇÃO
O princípio da repetição afirma algum aspecto do design deve repetir-se no material. 
“O elemento repetitivo pode ser uma fonte em bold (negrito), um fio (linha) grosso, algum sinal de tópico, um elemento do design, algum formato específico, relações espaciais etc.”
A repetição pode acontecer em uma peça de página única, mas, principalmente, em publicações com mais de uma página (revistas, livros, catálogos etc.).
PRINCÍPIO DO CONTRASTE
O contraste é outra maneira eficaz de acrescentar algum atrativo visual no design gráfico, pois cria uma hierarquia organizacional entre os elementos da página. 
Comenta que “cria-se o contraste quando dois elementos são diferentes.”
Se eles diferirem um pouco, mas não muito, não acontecerá o contraste e sim um conflito [...] se dois itens não forem exatamente os mesmos, diferencie-os completamente”.
Muitas vezes ficamos receosos em diminuir alguns itens, mas é importante gerar esses contrastes e deixar espaços em branco (respiros).
TIPOGRAFIA
Apesar da grande variedade de fontes disponíveis, a maior parte delas pode ser classificada em uma das seguintes categorias:
Estilo antigo
Moderno
Serifa grossa
Sem serifa
Manuscrito
Decorativo
Uma vez que se conhecem as similaridades entre os tipos é possível aplicar contraste e fazer combinações. 
Esse estilo de fonte é usado em grandes quantidades de texto, pois facilita a leitura e cansa menos os olhos.
Em função da aparência forte, que pode se tornar cansativa, afirma que “a maioria dos tipos modernos não são uma boa opção no caso de grandes extensões de texto corrido”.
Esse é um estilo usado para textos longos, porém, diferentemente do estilo antigo, esses tipos criam páginas mais escuras. 
Elas foram concebidas inicialmente para compor títulos, mas “com a chegada do meio digital e devido a problemas iniciais de renderização das fontes serifadas na tela dos computadores, os tipos sem serifas ganharam força e passaram a ser os mais utilizados no corpo de texto na web”
O estilo manuscrito ou script inclui todos os tipos que parecem ter sido escritos a mão. 
Por ter uma estética bem rebuscada não é indicado para longos textos e deve-se evitar o uso de dois tipos diferentes de manuscritos na mesma peça. É importante, também, tomar cuidado com o tamanho da fonte, pois dependendo do tipo pode perder a legibilidade. 
Por fim, as fontes decorativas ou display são aquelas “diferentes”, desenhadas, que possuem bastante personalidade. 
Assim como as fontes manuscritas, não é indicado o uso de decorativas em grandes blocos de texto, em função da legibilidade. 
TÓPICO 3
USO E TÉCNICA DAS CORES
Para analisar as cores, seu uso e técnica, é primordial compreender a sua subjetividade. 
A cor é capaz de despertar sentimentos, passar sensações e influenciar na percepção e transmissão das mensagens publicitárias. 
Mas, é importante destacar que as cores mudam de sentido de acordo com a cultura. 
Por exemplo, o branco, que representa virgindade e pureza no Ocidente, é a cor da morte nas culturas orientais. 
Já o vermelho, usado pelas noivas no Japão, é considerado extravagante na Europa e nas Américas. 
Mesmo sendo um fenômeno variável é possível destacar termos fundamentais da teoria das cores que são aplicados no design gráfico.
O CONTEXTO DA COR
Entende-se que o estímulo produzido pelas cores gera a mesma resposta visual para as pessoas (com exceção de quempossui alguma deficiência), mas a reação e/ou sentido gerado por cada cor é individual e depende do significado que o indivíduo atribui ou empresta para essa sensação visual.
Por exemplo, para algumas pessoas uma mesma cor, como o amarelo, pode simbolizar sentimentos de alegria ou a sensação de calor e otimismo, para outros pode despertar agitação, irritação e até fome.
A maioria dos significados e representações das cores para a sociedade ocorreu devido à forte influência da religião e suas tradições para representar aspectos da fé. 
Para a Igreja no século IV, as cores eram associadas a períodos litúrgicos e foram estruturadas no ano de 1200, pelo papa Inocêncio III, em uma paleta de preto, branco, vermelho, verde e roxo, que são usadas até hoje.
a cor branca é utilizada no natal, na páscoa e em dias santos; 
o vermelho, que simboliza o sangue, é utilizado em datas associadas a martírio; 
o verde é utilizado para representar a vida; 
o roxo é utilizado para simbolizar o período do advento e da quaresma, associado à reflexão e penitência, 
já o preto restringe-se à sexta-feira santa e missas funerárias. 
Com isso, entende-se que as cores são capazes de gerar associações, no momento em que ligamos uma cor a uma data específica, a um local, ou até mesmo a outras pessoas.
A natureza exemplifica de forma complexa essa relação das cores com as formas de percepção, pois a variedade de tons que podemos encontrar nela nos envia mensagens, alertas, desperta sensações, sentimentos, assim como é utilizada pelos animais como forma de sobrevivência em muitos casos.
Alguns animais podem precisar mudar de cor para se defender dos predadores, comunicar-se com outros, atrair parceiros potenciais, repelir rivais, dar alarme, se proteger no meio ambiente ou enganar presas que se aproximam. A camuflagem é a mais conhecida das formas de adaptação da cor e, certamente, uma técnica que os humanos tomaram emprestada
PRINCIPAIS ASSOCIAÇÕES DE CORES
BRANCO 
Associações materiais: batismo, casamento, cisne, lírio, primeira comunhão, neve, nuvens, leite etc. 
Associações afetivas: ordem, simplicidade, limpeza, bem, pensamento, juventude, otimismo, piedade, paz, pureza, inocência, dignidade, afirmação, modéstia, deleite, despertar, alma, harmonia, estabilidade, divindade. 
PRETO 
Associações materiais: sujeira, sombra, funeral, noite, carvão, fumaça, condolência, morte, fim, coisas obscuras. 
Associações afetivas: mal, miséria, pessimismo, sordidez, tristeza, desgraça, dor, temor, negação, melancolia, opressão, angústia, renúncia, intriga.
CINZA 
Associações materiais: pó, chuva, rato, neblina, máquinas, mar sob tempestade, cimento, edifícios. 
Associações afetivas: tédio, tristeza, decadência, velhice, desânimo, seriedade, sabedoria, passado, finura, pena, aborrecimento, carência.
VERMELHO 
Associações materiais: rubi, cereja, guerra, lugar, sinal de parada, perigo, vida, sol, fogo, sangue, combate, lábios, mulher, feridas, conquista. 
Associações afetivas: dinamismo, força, baixeza, energia, revolta, movimento, barbarismo, coragem, furor, esplendor, intensidade, paixão, vulgaridade, vigor, calor, violência, dureza, excitação, ira, interdição, emoção, ação, agressividade, extroversão, sensualidade. 
LARANJA 
Associações materiais: ofensa, agressão, competição, operacionalidade, locomoção, outono, laranja (fruta), fogo, pôr-do-sol, luz, calor, festa, perigo, aurora, raios solares, robustez. 
Associações afetivas: desejo, excitabilidade, dominação, sexualidade, força, luminosidade, dureza, euforia, energia, alegria, advertência, tentação, prazer, senso de humor.
AMARELO 
Associações materiais: flores grandes, terra argilosa, palha, luz, pedras preciosas, verão, sol, banana, ouro. 
Associações afetivas: iluminação, conforto, alerta, gozo, ciúme, orgulho, esperança, idealismo, egoísmo, inveja, ódio, adolescência, espontaneidade, variabilidade, euforia, originalidade, expectativa. 
VERDE
Associações materiais: umidade, frescor, primavera, bosque, águas claras, folhagem, tapete para jogos, mar, verão, planície, natureza, limão. 
Associações afetivas: adolescência, bem-estar, paz, saúde, ideal, abundância, tranquilidade, segurança, natureza, equilíbrio, esperança, serenidade, juventude, suavidade, crença, firmeza, coragem, desejo, descanso, tolerância.
AZUL 
Associações materiais: montanhas longínquas, frios, mar, céu, gelo, masculinidade, águas tranquilas. 
Associações afetivas: espaço, viagem, verdade, sentido, afeto, intelectualidade, paz, precaução, serenidade, infinito, meditação, confiança, amizade, fidelidade, sentimento profundo. 
VIOLETA 
Associações materiais: enterro, alquimia, flores. 
Associações afetivas: engano, miséria, calma, dignidade, autocontrole, violência, furto, agressão.
ROXO 
Associações materiais: noite, janela, igreja, aurora, sonho, mar profundo, bruxa. 
Associações afetivas: fantasia, mistério, profundidade, eletricidade, dignidade, justiça, egoísmo, grandeza, misticismo, espiritualidade, delicadeza, calma.
MARROM 
Associações materiais: terra, águas lamacentas, outono, doença, sensualidade, desconforto. 
Associações afetivas: pesar, melancolia, resistência, vigor. 
O disco cromático de Newton é uma ferramenta utilizada até hoje, pois possibilita a combinação das cores de forma harmônica. 
As cores vizinhas – que estão próximas ao círculo cromático – são conhecidas como análogas e quando utilizadas produzem pouco contraste e uma harmonia natural. 
Já as cores posicionadas diametralmente no disco são as complementares, que mesmo não contendo elemento em comum e temperaturas opostas, possuem uma harmonia visual possível de ser trabalhada quando o objetivo é explorar o contraste entre as cores
Os produtos, marcas, a publicidade em si depende muito das cores para se destacar e passar mensagens para o público, gerar impacto na percepção de suas mensagens, passar sentimentos, induzir sensações.
“o uso de tonalidades pode indicar a atitude associada a uma marca ou produto”, ou seja, as cores quando bem empregadas por profissionais do marketing e design, são capazes de despertar associações entre um produto ou marca e valores pessoais do público, o que é extremamente importante no momento de decisão de compra.
OBRIGADA!

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