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TRABALHO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO
1. Pedro figura no polo passivo da execução fiscal ajuizada pelo Município X para a cobrança do montante de R$ 50.000,00, a título de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) relativo a imóvel de sua propriedade referente aos anos de 2008, 2009 e 2010. Pedro poderia apresentar Exceção de pré-excutividade em sua defesa? Sob quais argumentos devem pautar a defesa de Pedro na presente execução?
Resposta: Sim, é cabível exceção de pré-executividade no caso. Argumentando que o magistrado reconheça a prescrição, visto que a matéria não requer dilação probatória.
2. Após regular procedimento administrativo, foi efetivado lançamento de ICMS em face de fraude fiscal de sociedade comercial, cujo valor foi inscrito em dívida ativa em maio de 1992. Proposta execução fiscal contra a sociedade e o sócio-gerente, foi deferida a citação em abril de 1995, e a serventia expediu mandado de citação com relação à sociedade, que foi realizado na pessoa do gerente, em 5/5/1995, sendo penhorados bens insuficientes. Decorrido o prazo para embargos sem que o executado oferecesse defesa, em 1998, foi requerido reforço da penhora, realizado em 1999, e, como ainda insuficientes, foi requerida a suspensão da execução por um ano e, como infrutíferos os esforços para localização de outros bens, houve novo pedido por mais 2 anos de suspensão, sem sucesso na localização de novos bens. A fazenda requereu a citação do sócio-gerente, visando o prosseguimento da execução contra ele. Tendo como base a situação hipotética acima, é possível o sócio-gerente apresentar exceção de pré-executividade? Explique e fundamente.
Resposta: Sim, poderá apresentar a exceção de pré-executividade, porém deve ser apresentada antes da penhora, posto que, após, a defesa deverá ser realizada por embargos do devedor.
3. Considerando a existência das ações heterotópicas como formas de defesa do devedor à atividade jurisdicional satisfativa executória, é correto afirmar que:
3.1 Ação rescisória de sentença é uma defesa heterotópica? Explique e fundamente.
Resposta: Sim, pois a ação rescisória a ação anulatória e a ação declaratória de inexistência de relação jurídica, por sua vez, são exemplos de ações heterotópicas. No processo de execução a defesa heterotópica surge como ação autônoma e prejudicial, a qual pode discutir o débito, requerer sua nulidade e outros.
3.2 Ação de querela nullitatis, ação anulatória de ato judicial e impugnação ao cumprimento de sentença são defesas heterotópicas? Explique e fundamente.
Resposta: Não são defesas heterotópicas, são ações de impugnação de decisões proferidas, pois as defesas heterotopicas não são constituídas pelos meios típicos utilizados na fase executória.
3.3 Ação declaratória de inexistência de relação jurídica, ação de consignação em pagamento e embargos à execução fiscal são defesas heterotópicas? Explique e fundamente.
Resposta: Não é defesa heterotópica, pois as ações heterotópicas, não são constituídas pelos meios típicos de impugnação utilizados na fase executória, mas prestam a defesa em juízo.
4. Rejeição liminar dos embargos é uma decisão inconstitucional? O art. 739 do CPC faz alusão a três hipóteses de rejeição liminar dos embargos que merecem comentários: quando intempestivos, quando inepta a petição inicial ou quando manifestamente protelatórios. Analise se verdadeiras ou falsas a proposições abaixo, explique e justifique cada uma.
4.1 Com relação ao primeiro caso, não há muito o que se discutir, já que a imposição de prazos limites para a atuação dos interessados faz parte da ciência processual e até compõe a segurança jurídica. Verdadeira ou falsa? Explique.
Resposta: Verdadeira, no ordenamento jurídico os prazos devem ser respeitados, para a segurança jurídica.
4.2 Com relação ao segundo caso, além de se ter de averiguar se o juiz concedeu ao embargante a oportunidade de emendar sua petição, há que se argumentar que uma inicial só poderia ser considerada inepta se fosse totalmente ininteligível. Verdadeira ou falsa? Explique.
Resposta: Falsa, não é necessário ser totalmente ininteligível, basta ter características confusas, vícios contraditórios, e traços de incoerência.
4.3 Quanto à revelia do embargado/exequente que não cuida de oferecer resposta aos embargos é natural que, inexistindo resposta aos embargos, o embargado seja considerado revel”, isso porque a “impugnação corresponde, em sua essência, a uma contestação, a ela se aplicando, pois, todas as regras constantes nos arts. 300 a 303 do CPC”. Verdadeira ou falsa? Explique.
Resposta: Falsa, para uma corrente, a não impugnação dos embargos enseja a aplicação dos efeitos da revelia, já para outros pensadores do Direito a não apresentação da peça de impugnação aos embargadores à execução não acarreta a aplicação dos efeitos de revelia. E por fim, não é regra a aplicação dos artigos citados, 300 e 3030 do CPC para ensejar o efeito de revelia para a não impugnação de embargos.

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