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DIREITO-ROMA

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NÃO PODE FALTAR
ROMA
Danilo Rafael da Silva MergulhãoImprimir
PRATICAR PARA APRENDER
Conforme temos avançado percebemos que o Direito enquanto ciência é fruto de
uma construção histórica. Conforme preceitua o Ferraz Júnior (1988, p. 2),
Fonte: Shutterstock.
Deseja ouvir este material?
Áudio disponível no material digital.
Um panorama da História da Ciência do Direito tem a virtude de nos mostrar como esta ciência, em diferentes
épocas, se justi�cou teoricamente. Esta justi�cação é propriamente o objeto da nossa investigação. Não
pretendemos, pois, enumerar teorias sobre o direito, mas teorizações jurídicas no sentido da roupagem que o
pensamento jurídico assumiu enquanto ciência.
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Chegamos agora a um momento importantíssimo: ROMA.
Nas palavras do saudoso Prof. Thomas Marky “a importância do estudo do direito
romano não precisa ser explicada, pois é de conhecimento mesmo do leigo que o
nosso direito e o de todos os povos do Ocidente derivam do direito romano”.
(MARKY, 1995, p, 3.)
Os romanos como nenhum outro povo conseguiu sistematizar o Direito e
perpetuar sua in�uência até os dias atuais. In�uência esta que ultrapassou em
muito a queda do Império Romano do Ocidente no século IV d. C. e a queda do
Império do Romano do Oriente no século XV d. C., estendendo-se até a atualidade!
Quando tem início a vida? 
Imagine que o escritório que você pertença é contratado para a defesa na
qualidade de amicus curie de instituição que esteja habilitada para tratar da
adoção de embriões excedentários (vide a ADI 3510 no sítio eletrônico do STF). O
desejo da instituição é que você construa uma defesa sobre o início da vida, e se
um embrião é um ser vivente que tem a tutela do Estado. 
A pergunta de quando tem início a vida a�ige os juristas desde que o mundo é
mundo!
Esse tema é de suma importâncias para �ns de direitos da personalidade, direitos
da sucessão, direitos a alimentos, direitos securitários, etc.
Na qualidade de advogado desenvolva as teorias que tratem da matéria e
apresente um parecer à instituição que o contratou. 
Vamos juntos mergulhar na História desse povo? 
CONCEITO-CHAVE
A) ROMA
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Teremos uma compreensão mais �dedigna dos institutos jurídicos quando
trilhamos os seus elementos históricos. O Direito Romano torna-se, diante de sua
organização social-política-�losó�ca o caminho que nos garante um ponto de
partida seguro, daí ser reconhecido largamente pela doutrina como um “admirável
instrumento de educação jurídica” (ALVES, 2019, p. 2.).
A.1) Períodos e Magistraturas
Do ponto de vista histórico-jurídico toda essa construção dar-se-á através dos
séculos, desde a fundação de Roma (lendária, no século VIII a.C.) até a codi�cação
de Justiniano (século VI d.C.). O processo de divisão da história romana, sob o
ponto de vista metodológico não encontra consenso na doutrina. Adotamos para
tanto a classi�cação sugerida:
EXEMPLIFICANDO 
Uma demonstração dessa discussão doutrinária quanto aos períodos do
direito romano nas fases compreendidas entre a sua fundação no século
VIII a.C. até sua queda no século VI d.C., consta na obra do Prof. Thomas
Marky (1999, p. 5-6) que indica como critério de divisão,
1º – período real (vai das origens de Roma à queda da realeza em 510 a.C.);
2º – período republicano (de 510 a 27 a.C., quando o Senado investe Otaviano – o futuro Augusto – no poder
supremo com a denominação de princeps);
3º – período do principado (de 27 a.C. a 285 d.C., com o início do dominato por Diocleciano);
4º – período do dominato (de 285 a 565 d.C., data em que morre Justiniano).
Quanto à história interna, seguiremos a seguinte divisão, em três fases:
1ª – a do direito antigo ou pré-clássico (das origens de Roma à Lei Aebutia, de data incerta, compreendida
aproximadamente entre 149 e 126 a.C.). 
2ª – a do direito clássico (daí ao término do reinado de Diocleciano, em 305 d.C.); e
3ª – a do direito pós-clássico ou romano-helênico (dessa data à morte de Justiniano, em 565 d.C. – dá-se, porém,
a designação de direito justinianeu ao vigente na época em que reinou Justiniano, de 527 a 565 d.C.). 
— ALVES, 2019, p. 2-3
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Tal divisão pode basear-se nas mudanças da organização política do Estado
Romano, distinguindo-se, então, a época régia (fundação de Roma no século VIII
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Diferentemente da Mitologia Romana, em que a fundação de Roma se deu por
dois irmãos que são amamentados por uma loba.
Figura 1.3 | Irmãos sendo alimentados por uma loba
Fonte: Shutterstock
As evidências históricas indicam majoritariamente que o povo de Lácio foram os
fundadores de Roma.
Enquanto organização política, a realeza era formada pelo rei, pelo Senado e pelos
comícios. 
a.C. até a expulsão dos reis em 510 a.C.), a época republicana (até 27 a.C.), o
principado até Diocleciano (que iniciou seu reinado em 284 d.C.), e a monarquia
absoluta, por este último iniciada e que vai até o �m do período por nós estudado,
isto é, até Justiniano (falecido em 565 d.C.). 
Outra divisão, talvez preferível didaticamente, distingue no estudo do direito
romano, tendo em conta sua evolução interna: o período arcaico (da fundação de
Roma no século VIII a.C. até o século II a.C.), o período clássico (até o século III d.C.)
e o período pós-clássico (até o século VI d.C.). 
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O Rei, era
ASSIMILE
O Rei tinha, neste período, as seguintes atribuições:
O Senado era considerado uma extensão dos poderes do rei ao ponto de que sua
formação era de escolha do rei entre os chefes das chamadas gentes (grupo social
romano, que julgavam descender de um antepassado comum). (ALVES, 2019)
o magistrado único, vitalício e irresponsável.7 Sua sucessão não se fazia pelo princípio da hereditariedade ou da
eleição, mas, segundo parece, o sucessor, quando não indicado pelo antecessor, era escolhido pelo interrex
(senador que, por designação do Senado, governava, na vacância do cargo real, pelo prazo de cinco dias,
passando o poder, nas mesmas condições, a outro senador, e assim por diante até que fosse escolhido o rei). 
— ALVES, 2019, p.15
“
O rei, como chefe do Estado, tinha o comando supremo do exército, o poder de
polícia, as funções de juiz e de sacerdote, e amplos poderes administrativos
(dispunha do tesouro e das terras públicas). Demais, declarava guerra e celebrava
tratados de paz.
Eram seus auxiliares:
a) nas funções políticas:
1º – o tribunus celerum (comandante da cavalaria);
2º – o tribunus militum (comandante da infantaria); e
3º – o praefectus urbis (encarregado da custódia da cidade, durante a ausência do
rei);
b) nas funções judiciárias:
1º – os duouiri perduellionis (juízes nos casos de crime de traição ao Estado); e
2º – os quaestores parricidii (juízes nas hipóteses de assassínio voluntário de um
pater, isto é, do chefe de uma família); e
c) nas funções religiosas:
– os membros do colégio dos pontí�ces, dos áugures e dos feciais. 
— ALVES, 2019, p. 18.
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Por �m, os comícios por cúrias, um tipo de consulta da vontade dos cidadãos
romanos, convocados pelo rei, que faz referência as reuniões na Ágora de Atenas.
(ALVES, 2019)
Sob o ponto de vista de análise da construção do ordenamento jurídico,
utilizaremos a divisão interna.
O período do direito antigo, arcaico ou ainda chamado de pré-clássico é aquele
considerado o berço da formação jurídica romana. Em comum aos demais povos
dessa época já estudados, os costumes são sua fonte inicial. Tinha como principais
características formalismo, rigidez e solenidade, que eram concretizados nas
pessoas dos pontí�ces, tendo como principal expoente Lúcio Papírio Cursor. Neste
período, “o Estado tinha funções limitadas a questões essenciais para sua
sobrevivência: guerra, punição dos delitos graves e, naturalmente, a observância
das regras religiosas”. (MARKY, 1999, p. 6)
A.2. PERÍODO CLÁSSICO
Do ponto de vista de organização políticahá o advento da República (Res publica =
coisa pública). Este período é marcado pela centralização do poder estatal e pela
criação de institutos jurídicos que pudessem resguardar uma certa autonomia do
cidadão, enquanto indivíduo, diferentemente do período arcaico em que as
pessoas eram mais reconhecidas enquanto núcleo familiar. (ALVES, 2019)
Há uma efervescência do direito romano, com o surgimento de jurisconsultos que
se debruçaram sobre o estudo do ordenamento jurídico, fruto também da
expansão romana. As fontes do direito nesta fase, inicialmente se deu pelos: (a)
costumes, que prepondera desde o período arcaico; (b) a lei, e; (c) o edito dos
magistrados. (ALVES, 2019)
ASSIMILE
A construção da lei nesse período romano tinha características distintas
segundo o magistério de Alves (2019, p. 21),
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Nas palavras de Thomas Marky, “o marco mais importante e característico desse
período é a codi�cação do direito vigente nas XII Tábuas, codi�cação feita em 451 e
450 a.C. por um decenvirato, especialmente nomeado para esse �m”. (MARKY,
1999, p. 06)
Que foi fruto do embate ente a plebe e o patriciado, que tinha o condão de refrear
o “arbítrio dos magistrados patrícios” (ALVES, 2019, p. 23). 
É considerado um grande avanço, à época, muito embora tenha em sua formação
regras religiosas, considerado por Tito Lívio fons omnis publici priuatique iuris –
“fonte de todo o direito público e privado”) (ALVES, 2019, p. 25), fato este
contestado na atualidade pelos historiadores.
Durante o período interno chamado de Clássico, houve uma segunda mudança na
organização política de Roma, com a caída da República, há o advento do chamado
Principado, que in�uenciou principalmente nas fontes do Direito, que teria somado
aos (a) costumes; (b) a lei, e ao (c) edito dos magistrados os: (d) Senatusonsultos;
(e) constituições imperiais; e, (f) responsa prudetium (respostas dos
jurisconsultos). (ALVES, 2019).
ASSIMILE
A lex rogata (a proposta de um magistrado aprovada pelos comícios, ou a de um
tribuno da plebe votada pelos concilia plebis, desde quando os plebiscitos se
equipararam às leis) e lex data (lei emanada de um magistrado em decorrência de
poderes que, para tanto, lhe concederam os comícios). 
Na lex rogata, distinguem-se quatro partes: 1ª) o index (onde se consignava o
nome gentílico do proponente e a indicação sumária do seu objeto); 2ª) a
praescriptio (em que constavam as indicações do nome e títulos do magistrado
proponente, do dia e local em que se votou a lei, e da tribo ou centúria que votou
em primeiro lugar); 3ª) a rogatio (parte principal da lex rogata, pois nela estava
declarado o seu conteúdo); e 4ª) a sanctio (sanção, pena para o caso de
infringência da lei). 
Na república, encontramos leges rogatae de grande importância para o direito
privado, como a Lei Aebutia (meado do século II a.C.), que introduziu o processo
formulário. 
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Segundo o magistério de Alves (2019, p. 35),
Já as Constituições Imperiais teriam origem na absorção pelo Príncipe dos
poderes dos Magistrados na medida que
Por �m, as responsa prudentio seria
O Senatusoconsultos passa a ser fonte de direito, não só em virtude do
exaurimento do poder legislativo dos comícios, como também pela circunstância
de que, não estando ainda os tempos devidamente amadurecidos para que o
princeps, abertamente, usurpasse o poder legislativo, propunha ele as medidas
que lhe pareciam necessárias, e o Senado sobre elas deliberava.
“
Ao príncipe jamais foi atribuída expressamente a faculdade de legislar, mas em
decorrência dos poderes que absorveu das magistraturas republicanas e da
auctoritas que lhe era reconhecida, ele, desde o início do principado, interferiu na
criação do direito, com as constitutiones (constituições imperiais), que não
indicavam um ato formal do princeps para criar direito, mas qualquer ato dele
emanado, e que eram fonte de direito quando continham novo preceito jurídico.
As constituições imperiais se apresentam, principalmente, sob um dos quatro
seguintes tipos:15
1º) edicta (editos) – normas gerais que, em virtude do ius edicendi do príncipe,
dele emanavam, e se assemelhavam, na forma, às oriundas dos magistrados
republicanos;
2º) mandata (mandatos) – instruções que o príncipe transmitia aos funcionários
imperiais, principalmente aos governadores e funcionários das províncias (a partir
do século V d.C., desapareceram totalmente);16
3º) rescripta (rescritos) – respostas que, sobre questões jurídicas, o imperador
dava a particulares, ou a magistrados e a juízes; no primeiro caso, diziam-se
subscriptiones, porque eram escritas abaixo da pergunta, para que a resposta
desta não se separasse; no segundo, epistulae, pois eram redigidas em carta; e
4º) decreta (decretos) – eram sentenças prolatadas pelo príncipe em litígios a eles
submetidos em primeira instância ou em grau de recurso. 
— ALVES, 2019, p. 35-36
“
As respostas dos jurisconsultos que abrangem não só os pareceres dados sobre
casos concretos (como na época de Augusto), mas também as opiniões em geral
dos jurisconsultos com ius respondendi, manifestadas sobre casos concretos ou
em obras doutrinárias. Os responsa prudentium eram, então, fonte de direito –
portanto, vinculavam o juiz – se constituíssem opinio communis (opinião comum).
Se houvesse divergência de opiniões, o juiz julgava segundo a que lhe parecesse
melhor. 
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A.3. PERÍODO PÓS-CLÁSSICO
É considerado o período de declínio da civilização romana. Sob o ponto de vista
político, instaura-se uma monarquia cujo poder central é absoluto, também
chamado de dominato. (MARKY, 1999)
Diferentemente do que acontece nos períodos anteriores a Constituição Imperial
passar a ser única fonte do direito. Cabendo aos costumes como fonte espontânea
do direito, a ser utilizado como mecanismo de preenchimento de lacunas a
Constituição Imperial. Ainda há as obras dos antigos jurisconsultos romanos
servindo de inspiração aos magistrados.
Marky (1999, p. 9) diz que, 
Essa falta de criatividade neste momento crítico para a civilização romana é
também exposta por Wenger ao assinar que “os nomes dos juristas desse período,
na sua quase totalidade, foram esquecidos: a jurisprudência, nessa época de
decadência, torna-se anônima.” (WENGER, 1953, § 77, p. 531)
Esse processo de compilação e codi�cação das regras em vigor na época, e com
isso o surgimento do chamado Digesto, as Institutas e as Novellae formaram o que
conhecemos por Corpus Iuris Civilis, publicado no �nal do século XVI d.C. (MARKY,
1999, p. 10).
Sobre o tema, Marky (1999) explica:
— ALVES, 2019, p. 36
Nesse período, pela ausência do gênio criativo, sentiu-se a necessidade da �xação de�nitiva das regras vigentes,
por meio de uma codi�cação que os romanos em princípio desprezavam. Não é por acaso que, exceto aquela
codi�cação das XII Tábuas do século V a.C., nenhuma outra foi empreendida pelos romanos até o período
decadente da era pós-clássica. 
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REFLITA
Neste momento de re�exão, que tal aprofundarmos a importância do
Direito Romano na construção nos Direitos das Obrigações, uma das
disciplinas de Direito Civil que estudaremos nos anos seguintes?
Neste momento de re�exão, que tal aprofundarmos a importância do Direito
Romano na construção nos Direitos das Obrigações, uma das disciplinas de Direito
Civil que estudaremos nos anos seguintes?
A ideia de propriedade privada plena, o Direito de Posse, Direito de Família, Direito
das Obrigações, Direito da Personalidade, Direito das Sucessões, Direito
Internacional foram inspirações romanas que perduram até a atualidade, nos
ordenamentos jurídicos modernos. 
Por �m, vale salientar que o Direito Romano é a nossa principal fonte histórica do
Direito. Foram os romanos que deram ao Direito a musculatura cientí�ca
necessária, principalmente pelos estudos dos jurisconsultos e pela compilação do
CorpusIuris Civilis.
Na época pós-clássica, de organização política monárquica absoluta (284 d.C. — 565 d.C.), a única fonte de
direito era, praticamente, a vontade do imperador, expressa em suas constituições. O conjunto de regras de
direito por ele editadas chamou-se de leges, em contraposição ao direito elaborado pelos pareceres dos
jurisconsultos da época clássica, cuja importância jurídica e validade os imperadores reconheceram e que se
denominou iura. As compilações pós- clássicas, culminando com a de Justiniano (527 d.C. — 565 d.C.),
continham justamente leges e iura. O Código de Justiniano compõe-se das constituições imperiais. O Digesto é
uma coleção de fragmentos das obras e pareceres dos jurisconsultos clássicos.
“
FAÇA VALER A PENA
Questão 1
Diferentemente do que acontece nos períodos anteriores, a Constituição Imperial
passa a ser como única fonte do direito. Cabendo aos costumes como fonte
espontânea do direito, a ser utilizado como mecanismo de preenchimento de
lacunas a Constituição Imperial. Ainda há as obras dos antigos jurisconsultos
romanos servindo de inspiração aos magistrados.
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Acerca de qual momento histórico do período romano o texto faz referência?
a. Período Pós-Clássico.
b. Período Arcaico.
c. Período Clássico.
d. Período dos Principados.
e. Período Real.
Questão 2
A história externa e interna é classi�cada Alves (2019, p. 2-3),
Acerca desses períodos assinale a alternativa correta.
1º – período real (vai das origens de Roma à queda da realeza em 510 a.C.);
2º – período republicano (de 510 a 27 a.C., quando o Senado investe Otaviano – o futuro Augusto – no poder
supremo com a denominação de princeps);
3º – período do principado (de 27 a.C. a 285 d.C., com o início do dominato por Diocleciano);
4º – período do dominato (de 285 a 565 d.C., data em que morre Justiniano).
Quanto à história interna, seguiremos a seguinte divisão, em três fases:
1ª – a do direito antigo ou pré-clássico (das origens de Roma à Lei Aebutia, de data incerta, compreendida
aproximadamente entre 149 e 126 a.C.). 
2ª – a do direito clássico (daí ao término do reinado de Diocleciano, em 305 d.C.); e
3ª – a do direito pós-clássico ou romano-helênico (dessa data à morte de Justiniano, em 565 d.C. – dá-se, porém,
a designação de direito justinianeu ao vigente na época em que reinou Justiniano, de 527 a 565 d.C.). 
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a. Há uma unanimidade na doutrina no que tange a classi�cação da história da civilização romana.
b. O período clássico é tido como o de maior efervescência jurídica, do ponto de vista, da criação das normas
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REFERÊNCIAS
FERRAZ JÚNIOR, T. S. A ciência do direito. 2. ed. - São Paulo: Atlas, 1988.
MARCHI, E. C. S. V. Thomas Marky: vida e obra, no centenário de seu nascimento
(1919-2019). Revista Da Faculdade De Direito, Universidade De São Paulo, 114,
917-938. Disponível em: https://bit.ly/3qIEJwD. Acesso em: 14 jun. 2021.
MARKY, T. Curso elementar de direito romano. 8. ed., 13. Tiragem. São Paulo:
Saraiva, 1995.
MOREIRA, A.J. C. Direito romano. 19. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2019.
9788530984274. Disponível em: https://bit.ly/3qGetmA. Acesso em: 4 abr. 2021.
b. O período clássico é tido como o de maior efervescência jurídica, do ponto de vista, da criação das normas
e da existência de grandes jurisconsultos.
c. É no período clássico que os costumes surgem como fonte do direito romano.
d. O Corpus iuris civilis foi criado no período clássico.
e. A responsa prudentio englobava apenas os pareces para os casos concretos. 
Questão 3
Durante o período clássico temos o surgimento de diversas fontes do direito, que
se aliam ao costume fonte do direito do período arcaico. 
Sobre as fontes do direito romano no Período Clássico podemos a�rmar que:
a. São considerados fontes do direito os costumes, a lei, Senatusonsultos, as constituições imperiais e o
responsa prudetium.
b.  São considerados fontes do direito as constituições imperiais e o responsa prudetium.
c.  São considerados fontes do direito costumes e a lei.
d.  São considerados fontes do direito os costumes, a lei, o edito dos magistrados, Senatusonsultos, as
constituições imperiais e o responsa prudetium.
e.  São considerados fontes do direito o edito dos magistrados, Senatusonsultos, as constituições imperiais e
o responsa prudetium. 
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https://bit.ly/3qIEJwD
https://bit.ly/3qGetmA
PORCHAT, R. Direito romano. Revista da Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo. Disponível em: https://bit.ly/3yju8Lq. Acesso em: 14 jun. 2021.
WENGER, L. Quellen des roemischen rechts. Wien, 1953.
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https://bit.ly/3yju8Lq

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