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Psicologia aplicada a enfermagem

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Psico Aplicada a Enfermagem
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais
Unidade 1
· Trajetória da psicologia ao longo da história;
· Psicologia na modernidade;
· Principais tendencias da psicologia do sex. XX ;
Aspectos Históricos
· Na antiguidade a filosofia tentava compreender o homem em relação aos seus aspectos interiores.
Psicologia: Estudo da Alma
Seus principais representantes: Sócrates, Platão e Aristóteles.
· Sócrates: RAZÂO
A característica que diferencia o homem do animal e que mostra características superiores aos instintos animais.
· Platão: ALMA
Busca um lugar para a alma do homem, lugar para os sentidos, percepções e pensamentos;
O Corpo é visto como o lugar da alma por ligação com a medula; A Alma é imortal 
· Aristóteles: ALMA E CORPO
Alma e corpo indissociáveis; Alma responsável pelos sentimentos, percepções e razão.
· Idade Média: Era Cristã (Teocentrismo)
Influência na construção de valores e visão de mundo;
Limitações em relação aos estudos da psicologia.
Seus principais representantes: Santo Agostinho e São Tomas de Aquino.
Nesse contexto o cristianismo de fortalece na Europa como a religião predominante. O Clero tem todo o poder econômico, político e social. Isso influenciou na construção de valores, na visão e conhecimento de mundo e nos estudos referentes ao psiquismo.
· Era Moderna: Capitalismo e compreensão do Psiquismo
Questionamentos de dogmas da igreja; Desenvolvimento científico.
Destaque: René Descartes – Penso, logo existo e Racionalismo cartesiano. (Ele defendia a ideia de que o ser humano é capaz de construir o próprio pensamento. Para ele, todo ser humano é formado por uma substância pensante (a mente) e por uma substância externa (o corpo))
· Modernidade
Interesse aos estudos sobre o corpo: Anatomia, fisiologia e psicologia;
Métodos de observação com o uso de instrumentos;
Desenvolvimento da matemática, astronomia, física e outros campos da ciência.
Interatividade
Os estudos sobre o comportamento e mente humana evoluíram, tendo como principais marcos ao longo da história:
b) Antiguidade - filósofos como representantes; Idade Média - Cristianismo, época pouco importante para a psicologia; Modernidade - evolução da psicologia como ciência.
Aspectos Históricos
· Intensificação dos estudos sobre o desenvolvimento humano a partir do sec XIX
· Psicologia recebe Status de Ciência
Três teorias Evidenciadas: Funcionalismo, Estruturalismo e associacionismo.
· Funcionalismo: William James (americano)
· Compreensão e explicação do funcionamento humano;
· Preocupação com a função do psiquismo a partir da interação com o ambiente;
· Adaptação do ser humano ao ambiente, enfatizando que a consciência tem como função levar cada ser humano á sobrevivência
· Estruturalismo: Edward Tichner (inglês)
· Compreensões e explicações com base em estruturas biológicas, neurológicas;
· SNC como eixo estruturante do funcionamento da consciência, pensamento, sentimento e percepção;
· Observação – conhecimento estritamente experimental.
· Associacionismo: Edwar Torndike (inglês)
· Primeiras tentativas de compreender a aprendizagem humana; Associação de idéias;
· Lei do Efeito: (Utilizada mais tarde no behaviorismo) todo comportamento tende a se repetir se for recompensado e a não se repetir se for castigado.
Estudos sobre o desenvolvimento
· Características inatas x influências do ambiente
· Proteção da infância
· Importância da adolescência
· Estudos sobre o envelhecimento
Estruturas do Ciclo vital:
Desenvolvimento Vitalício: Ocorre ao longo da vida
· Diz que o período atual de uma vida é determinado pelos fatos ocorridos anteriormente, e o que ocorre no período atual afetará o desenvolvimento futuro.
O Desenvolvimento depende da história e do contexto: Vivencias individuais (mesmo se forem gêmeos) e influências do ambiente.
· Demonstra que a realidade de circunstâncias em que cada indivíduo se desenvolve é totalmente diferente a de outros indivíduos, as condições de tempo e lugar se diferenciam
O Ambiente é multidimensional e multidirecional: Ganhos e perdas ao longo da vida e equilíbrio entre evolução e declínio.
Portanto, assim como nas demais ciências, a psicologia do desenvolvimento apresenta os quatro objetivos de estudos científicos necessários para a melhor compreensão do desenvolvimento humano. Os quatro campos de estudo são a descrição, a explicação, a predição e a modificação do comportamento. 
Segundo Papalia: [...] descrição é uma tentativa de retratar o comportamento com precisão. Explicação é a revelação das possíveis causas do comportamento. Predição é prever o desenvolvimento futuro com base no desenvolvimento pregresso ou presente. Modificação é a intervenção para promover o desenvolvimento ideal (PAPALIA, 2006, p. 50).
Aspectos do desenvolvimento
· Físico e Cognitivo;
· Psicossocial: São interligados e existem períodos de desenvolvimento 
Psicologia no século XX
A Psicologia no século XX, assim como a Psicologia do século XIX, inclina-se para a melhor compreensão sobre o desenvolvimento humano e suas aprendizagens. 
As principais tendências são: behaviorista, cognitivista, sociointeracionista, psicanalista e psicossocial.
Behavorismo (behavior = Comportamento), B. F. Skinner
 Compreensão do comportamento e seu desenvolvimento. Trouxe alguns conceitos importantes: 
· Condicionamento operante – aprendizagem pela repetição; 
· Reforço – pode ser positivo ou negativo; acontece após um comportamento e leva ao aumento da ocorrência deste comportamento; 
· Punição – contrário ao reforço; acontece após um comportamento e leva à sua cessação
· Outro conceito é o de extinção, neste sempre se deseja a retirada gradual de um comportamento por meio de um reforço. Exemplo: quando um pai consegue eliminar o comportamento indesejável de seu filho por não dar atenção ao comportamento apresentado.
Teoria Cognitiva (J. Piaget)
Enfatiza aspectos mentais do desenvolvimento, tais como o raciocínio, a memória, as habilidades motoras, a lógica, a atenção, a capacidade de imaginar e a construção do pensamento. Piaget, criador desta teoria, estudou os estágios de desenvolvimento cognitivo, classificando-os de acordo com sua principal característica: 
· Estágio sensório-motor (0-2 anos) 
· Estágio pré-operatório (2-6 anos) 
· Estágio operatório concreto (6-12 anos) 
· Estágio operatório formal (12 anos em diante) 
Estágio sensório-motor (0-2 anos): 
· O bebê conhece o mundo pelos seus sentidos e habilidades motoras. 
Estágio pré-operatório (2-6 anos): 
· Uso dos símbolos, a capacidade de brincar de faz de conta e a linguagem. 
· Aceleração do desenvolvimento do pensamento. 
· Aquisição de habilidades mais ‘finas’. (pegar pequenos objetos com as pontas dos dedos, segurar o lápis corretamente e conseguir fazer os delicados movimentos exigidos pela escrita)
Estágio operatório concreto (6-12 anos): 
· Opera com base em situações lógicas e concretas. 
· Formação de valores morais. 
Estágio operatório formal (12 anos em diante): 
· Último estágio do desenvolvimento da lógica. 
· Capacidade de lidar e manipular abstrações, ideias e hipóteses.
Teoria Sociointeracionista (Lev Vygotsky)
· Capacidade de realização de ações complexas, superiores e inferiores. 
· Capacidades complexas superiores são as habilidades de pensar, memorizar, relacionar, classificar, elaborar, entre outras; se desenvolvem conforme as interações do sujeito com o ambiente. 
· Habilidades inferiores são reflexos e ações simples e automatizadas
Obs: Zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de desenvolvimento real e aquilo que ela já sabe ou que está próximo a aprender. Andaime é quando um adulto ou pessoa mais experiente orienta as experiências de aprendizagem a serem desenvolvidas pela criança em situação de aprendiz.
Psicanálise
A psicanálise também traz grande contribuição para a compreensão do ser humano; 
Freud estuda o desenvolvimento afetivo e da personalidade. Personalidade se apresenta em três componentes:
Freud estuda o desenvolvimento humano a partir da perspectivapsicossexual. 
Ele estabelece cinco fases do desenvolvimento: Fase oral, anal, fálica, latente e genital.O id manda realizar a ação, o superego proíbe e o ego verifica até que ponto ela deve se realizar
Fases do desenvolvimento segundo Freud
Fase oral (0-1 ano): 
· A energia, ou a libido, está centrada na boca, lábios e língua. 
· A criança sente prazer e compreende o mundo pela boca, construindo relação afetiva a partir dela. 
· A criança é alimentada, e seu mundo e prazer se resumem à mãe ou àquele que a alimenta. 
· Nessa fase as crianças têm a necessidade de colocar tudo na boca. 
Fase anal (1-3 anos): 
· Ânus como zona erógena. 
· Controle dos esfíncteres e treinamento da higiene. 
· Importância das fezes e do desfralde.
Fase fálica (3-6 anos): 
· A energia libido está centrada nos órgãos genitais. 
· Nesse momento também ocorre o Complexo de Édipo. 
· Identificação com seu genitor do mesmo sexo. 
Fase latente (6-12 anos): 
· Libido não tem nenhum foco de centração. 
· Desenvolvimento em outras esferas (social, cognitiva...). 
Fase genital (12 anos adiante): 
· Foco da energia libido são os genitais. 
· Realização da intimidade sexual madura.Para um menino, o complexo de Édipo envolve um conflito entre seu afeto pela mãe e seu medo do pai; para uma menina, o complexo de Electra contrapõe seu laço com o pai pela possível perda do amor da mãe.
Teoria Psicossocial (Erik Erikson)
Apresenta oito estágios de desenvolvimento:
· Confiança versus desconfiança (0 a 1 ano).
· esse é o período em que a criança desenvolve o apego pelos cuidadores e, quanto mais apego essa criança desenvolver, mais facilmente entenderá que o mundo também é seguro.
· Autonomia versus vergonha e dúvida (1 a 3 anos).
· Por desenvolver e utilizar suas novas habilidades, ela encontrará um ambiente de incentivo que lhe permite fazer escolhas ou um ambiente que a reprime, cheio de “nãos” por parte dos cuidadores.
· Iniciativa versus culpa (3 a 6 anos).
· As crianças nessa idade desenvolvem novas experiências e são capazes de organizar atividades com propósito, o que as leva à compreensão de êxito a partir de atitudes iniciadas. Porém, quando há o fracasso, a criança tem condições de lidar com eles compreendendo a sua atitude em cada atividade.
· Produtividade versus inferioridade (6 anos à adolescência).
· Nesse estágio as crianças são capazes de ter a compreensão das normas culturais, habilidades sociais, capacidade de trabalhar com os outros, utilizar e ter domínio de ferramentas. Contrária a essa capacidade seria a incompetência para realizar atividades, o que poderá provocar na criança o sentimento de inferioridade
· Identidade versus confusão de identidade (adolescência).
· O adolescente entra em um conflito emocional buscando estabilidade e definições que lhe ajudarão a definir sua identidade. Nessa busca ele desenvolve como característica positiva a fidelidade, a capacidade de fazer escolhas quanto ao futuro e a busca de novos valores. (acostumar-se com a mudança física)
· Intimidade versus isolamento (18 aos 30 anos).
· a pessoa está pronta para viver com o outro em um relacionamento amoroso, ou seja, tem a capacidade de desenvolver um relacionamento íntimo que vai além do entusiasmo da adolescência
· Geratividade versus estagnação (30 anos à velhice).
· Nessa fase da meia-idade o adulto revive o que fez pensando no que ainda pode fazer, como amar, criar os filhos, realizar-se profissionalmente, ocupar-se e se cuidar
· Integridade versus desespero (velhice).
· Estágio marcado pela sabedoria, pois, ao observar a vida que viveu, faz uma avaliação encarando-a como satisfatória. Mas, se foi angustiante e não atingiu seus propósitos, tende a entrar em desespero por entender que lhe resta pouco tempo para realizar algumas coisas e há outras que não dá mais para fazer, o que leva à angústia e ao desespero
Para Erikson, cada um dos períodos é um período de conflito, crise, que precisa ser superado com equilíbrio e de forma satisfatória, pois a má resolução da crise tende a influenciar diretamente na característica da personalidade e o mesmo acontece com a resolução satisfatória.
Formação de vínculo e a enfermagem
· Prática da enfermagem se baseia no relacionamento profissional-paciente. 
· O relacionamento interpessoal só existe quando há vínculo. 
· Vínculo = confiança e segurança = melhor adesão ao tratamento
Psico Aplicada a Enfermagem
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais
Unidade 2
· Estudaremos o desenvolvimento humano em todos os seus ciclos de vida, com foco no desenvolvimento cognitivo e psicossocial de cada fase.
Desenvolvimento infantil – neonato
· Nova realidade – bebê tem que assumir funções que antes eram da mãe 
· Testes: Escala de Apgar, Programa Nacional de Triagem Neonatal (teste do pezinho, avaliação ocular e auditiva). 
· Vacinação. 
· Habilidades sensoriais vão sendo aprimoradas. 
· Reflexos.
Escala de Apgar
Teste do pezinho: é gratuito e pode diagnosticar seis doenças: o hipotireoidismo congênito, a fibrose cística, a anemia falciforme, a fenilcetonúria, a hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase.
O teste da orelhinha e do olhinho, que também fazem parte do PNTN, são indicados e podem detectar surdez e alterações oculares.
O Reflexo de Moro recebeu esse nome devido ao médico que o estudou, o pediatra austríaco Ernst Moro. Nele, mediante um susto ou pela sensação de queda, o bebê estica o braço como se estivesse agarrando algo. Esse reflexo é verificado simulando uma queda, frouxando as mãos ao segurar o bebê e desaparece por volta dos três meses. 
Já o reflexo Marcha Reflexa é desencadeado por inclinação do tronco do recémnascido apoiandoo em pé. Observase o cruzamento das pernas, uma à frente da outra, e o movimento como se estivesse andando, dando uma falsa impressão de que é um desejo precoce para andar.
Desenvolvimento cognitivo 
O desenvolvimento cognitivo referese aos processos mentais que envolvem pensamento, aprendizagem, memória, atenção, percepção e linguagem. A cognição é a faculdade responsável pelo processo de aquisição e construção do conhecimento
O principal expoente desse campo do saber é Jean Piaget (18961980), defensor de que o desenvolvimento cognitivo inicia com uma capacidade inata para se adaptar ao ambiente
Desenvolvimento infantil – zero a dois anos
Primeiros meses: 
· Sono de aproximadamente 16 horas por dia, diminuindo com o tempo. 
· Choro como forma de comunicar, desenvolvimento da linguagem. 
· Desenvolvimento da habilidade de sorrir e balbuciar. 
· Alimentação: aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida. 
· Desenvolvimento físico e motor rápido nos primeiros 12 meses.
Desenvolvimento cognitivo: 
· Período sensório-motor. 
· Criança aprende por meio dos sentidos e da atividade motora. 
· Período marcado pela ação reflexa e inteligência prática. Habilidades ainda limitadas, porém: 
· Percurso de muitas conquistas. 
· Construções que a conduzem de uma inteligência essencialmente prática para o início de uma representacional.
Desenvolvimento psicossocial: 
· Compreensão das primeiras emoções e relação afetiva entre o bebê e sua mãe (ou principal cuidador). 
· Erikson: entre zero e 18 meses a criança vive experiências que a permitirão aprender o que é ter ou não confiança. 
· Confiança: depende do tipo de interação entre o bebê e a mãe. 
· As relações afetivas com os pais têm papel decisivo na formação da personalidade e identidade da criança.
“O enfermeiro é capacitado para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento neuropsicomotor da criança dos 0 aos 2 anos de idade. É fundamental que o bebê seja acompanhado periodicamente, para que seja avaliado o seu desenvolvimento global, pois se houver déficit no desenvolvimento, este pode ser detectado precocemente. 
O Ministério da Saúde preconiza sete consultas no primeiro ano da criança: ao nascer, com 1 mês, 2 meses, 4 meses, 6 meses, 9 meses e 12 meses. Do primeiro ao segundo ano, preconizamse duas consultas e, a partir deentão, consultas anuais. 
As consultas de rotina visam também informar e orientar os cuidadores quanto ao aleitamento e à alimentação, além de vacinas obrigatórias, prevenção de acidentes, hábitos saudáveis e atividades físicas, buscando identificar vulnerabilidades e fatores de risco (BRASIL, 2012).”
Desenvolvimento infantil – zero a dois anos
Desenvolvimento psicossocial: 
· Compreensão das primeiras emoções e relação afetiva entre o bebê e sua mãe (ou principal cuidador). 
· Erikson: entre zero e 18 meses a criança vive experiências que a permitirão aprender o que é ter ou não confiança. 
· Confiança: depende do tipo de interação entre o bebê e a mãe.
· As relações afetivas com os pais têm papel decisivo na formação da personalidade e identidade da criança.
Desenvolvimento físico e motor: 
· Constante, porém mais lento. 
· Habilidades que favorecem a autonomia e independência.
Desenvolvimento cognitivo: 
· Período pré-operatório; 
· Fase dos “por quês”; 
· Brincadeira simbólica; 
· Egocentrismo. 
Desenvolvimento da linguagem: 
· O vocabulário da criança amplia de modo significativo. 
· Compreensão da sintaxe e da gramática da língua materna. 
· Por volta dos dois anos a criança tem um vocabulário com cerca de 600 palavras, avançando para quase 15.000 palavras aos cinco anos. 
· Estímulo é fundamental!
Desenvolvimento psicossocial: 
· Intensa e rápida transformação na sua personalidade. 
· Principal atividade é o brincar. 
· Desenvolvimento do eu, autonomia e consciência de gênero: egocentrismo, apesar do gosto pela socialização, principalmente com crianças do mesmo sexo; assumem papéis de gênero.
A importância do brincar: 
Desenvolvimento integrado de diferentes aspectos: 
· Físico; 
· Motor, equilíbrio; 
· Cognitivo, raciocínio lógico; 
· Afetivo; 
· Social; 
· Expressão criativa; 
· Formação de valores e atitudes; 
· Compreensão do mundo.
Interatividade
Os estudos sobre o comportamento e mente humana evoluíram, tendo Assinale a alternativa correta sobre o desenvolvimento infantil, do nascimento aos seis anos de idade. 
a) O desenvolvimento físico é lento no primeiro ano de vida e acelera depois, enquanto o desenvolvimento cognitivo e psicossocial é intenso em todo esse período. 
b) A criança desenvolve-se fisicamente muito rápido nos primeiros 12 meses e também evolui no ganho de muitas habilidades; por isso é fundamental limitar o espaço e estímulo nessa faixa etária, devido aos riscos que se apresentam. 
c) A partir dos dois anos a criança não é mais egocêntrica e entende os sentimentos e necessidades alheios. 
d) Dos dois aos seis anos a criança começa a assumir sua identidade de gênero, assumindo o papel correspondente. 
e) Do nascimento aos dois anos, a criança evolui com muito poucas habilidades e quase nada no aspecto cognitivo, o que muda dos dois anos em diante.
Desenvolvimento infantil – seis a doze anos
Desenvolvimento físico e motor: 
· Desenvolvimento da força, agilidade, velocidade e resistência. 
· Equilíbrio e coordenação. 
· Maior autonomia. 
· Desenvolvimento pondero-estatural não muito acentuado – mais lento. 
· Troca da dentição. 
· Atenção à nutrição – obesidade infantil.
Desenvolvimento cognitivo: 
· Período operatório concreto. 
· Raciocínio indutivo e lógico. 
· Aperfeiçoamento das habilidades de conversação. 
· Relações lógico-matemáticas: compreensão da noção de peso, tempo, movimento, velocidade... 
· Progresso na habilidade de processamento e retenção de informações. 
· Concentração e atenção seletiva. 
· Desenvolvimento moral (senso de justiça, noção de certo e errado).
Desenvolvimento psicossocial: 
· Percepção das próprias competências por parte da criança – autoconhecimento e autoavaliação. 
· Interesse em assumir papéis e responsabilidades. 
· Importância da relação com os amigos e da busca de vínculos. 
· Grupos por gênero. 
· Autonomia – afastam-se das influências dos pais. 
· Vergonha e orgulho incorporados.
Desenvolvimento atípico
· Decorrente de fator biológico, social ou ambiental. 
· Alterações podem ocorrer nos aspectos emocionais, comportamentais ou físicos. 
Transtornos mais comuns: 
· TEA – Transtorno do Espectro Autista. 
· TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. 
· TOD – Transtorno Opositor Desafiador.
Desenvolvimento atípico – TEA
Transtorno do Espectro Autista: 
· Transtorno do desenvolvimento que afeta mais meninos do que meninas; 
· Criança pode evoluir normalmente até os três anos e então parar de evoluir ou até mesmo regredir em algumas habilidades. 
Comprometimento nos seguintes âmbitos: 
· Interação social; 
· Linguagem; 
· Comunicação. Alguns estereótipos: 
· Movimentos repetitivos; 
· Gosto pela rotina; 
· Organização.
Desenvolvimento atípico – TDAH
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: 
· Diagnosticado em crianças em idade escolar; 
· Persiste na fase adulta. 
Sintomas nos três âmbitos: 
· Desatenção; 
· Inquietação; 
· Impulsividade. 
· Considerar duração, frequência e intensidade dos sintomas. 
· Considerar grau de prejuízo dos sintomas.
Desenvolvimento atípico – TOD
Transtorno Opositor-Desafiador: 
· Diagnosticado mais comumente na idade escolar; 
· Intolerância à frustração; 
· Dificuldade em seguir regras; 
· Criança extremamente opositiva, desafiadora, discute por qualquer coisa; 
· Não assume erros ou responsabilidades por falhas; 
· Costuma se indispor com os demais de seu grupo ou de sua família; 
· Transtorno mental sério.
O enfermeiro no acompanhamento do desenvolvimento na infância
· Identificação de fatores de risco. 
· Identificação de sinais de atraso no desenvolvimento. 
· Intervenção em tempo oportuno. 
· Quanto mais precocemente iniciar intervenção em crianças com atraso ou transtorno no desenvolvimento, melhor.
Desenvolvimento na adolescência
· Adolescência – “crescer até a maturidade” – conceito que ganhou força no séc. XX. 
· Antigamente – não havia transição entre infância e vida adulta. 
· Atualmente – prolongamento da adolescência. 
· Adolescência (Transformações psicossociais) x Puberdade (Transformações biológicas)
Fases da adolescência:
Primeira fase: 
· Rebelião contra os adultos e seus valores; 
· Busca por pertencer a um grupo, uma tribo; 
· Impulsos eróticos; 
· Conflitos internos; 
· Agressividade; 
· Mudanças de humor e comportamento; 
· Aumento da capacidade intelectual e emocional. 
Segunda fase: 
· Separação e independência dos pais; 
· Identidade sexual; 
· Capaz de desenvolver uma atividade econômica; 
· Desenvolvimento de um sistema pessoal de valores morais.
Desenvolvimento psicossexual: 
 Freud – adolescência – fase genital. 
Desenvolvimento social: 
 Erikson – adolescência – identidade versus confusão de papéis. 
Desenvolvimento cognitivo: 
 Piaget – adolescência – operatório formal.
Conflitos: 
· Cada transição de fases durante o desenvolvimento humano representa uma “crise”. 
· Muitas transformações: renúncia da infância para chegar à vida adulta. 
· Luto pelo corpo da infância. 
· Luto pelo papel da infância. Luto pelos pais da infância. 
· Expectativas dos pais, sociedade e adolescentes. 
· Definições acerca de sua identidade.
Grupos: 
Rompimento com os pais pela necessidade de se constituir como ser único e independente. 
Adolescente vai ao encontro de seus iguais: 
· Crenças; 
· Valores; 
· Práticas sociais. 
Transição necessária entre família e mundo externo para alcançar a individualização adulta: 
· Sentimento de pertencimento; 
· Influência positiva ou negativa.
Papel do enfermeiro junto ao adolescente:
· Acompanhamento, orientação e educação em saúde. 
· Ações de promoção e prevenção. 
· Atenção aos aspectos do desenvolvimento e amadurecimento sexual do adolescente. 
· Acolhimento e escuta qualificada. 
· Atenção e valorização do sofrimento decorrente dos conflitos característicos desta fase. 
· Identificação do sofrimento psíquico e intervenção em tempo oportuno.
A vida adulta e o processo de amadurecimento
Novas responsabilidades, novos referenciais de existência e é a fase mais longa da vida. Subdivide-se em três partes:
 Adulto jovem.Meia idade. Vida adulta tardia.
O adulto jovem
· Segunda adolescência – até a autonomia e responsabilidade plena. 
· Auge do funcionamento sensório-motor. 
Desenvolvimento cognitivo: 
· Estruturas intelectuais se encontram em seu ponto mais alto. 
· Pensamento pós-formal: capacidade de lidar com incertezas, inconsistências e contradições. 
Desenvolvimento psicossocial: 
· Erikson: intimidade versus isolamento. 
· Relacionamentos e amizades intensas e duradouras.
A vida adulta na meia idade
Entre 30 e 50 anos, período movimentado, às vezes difícil. Muitas responsabilidades e múltiplos papéis: 
· Família, Emprego, Moradia. 
· Amadurecimento como movimento de progredir em direção a uma determinada meta. 
· Orientação da vida de acordo com o sentido de sua existência.
Desenvolvimento cognitivo: 
· Inteligência fluida: capacidade de aplicar as faculdades mentais a novos problemas, envolvendo a percepção de relações, a formação de conceitos e a extração de inferências. Tende a declinar com a idade. 
· Inteligência cristalizada: capacidade de recordar e utilizar informações adquiridas durante toda a vida. 
Desenvolvimento psicossocial: 
· Preocupação em orientar as novas gerações.
A vida adulta tardia
· Traços de personalidade tanto positivos quanto negativos vão se cristalizando e solidificando. 
· Integridade, dignidade e aceitação do seu próprio ciclo vital. 
Desenvolvimento cognitivo: 
· Pode haver declínio nas capacidades de processamento. 
· Aprendizagem vitalícia. 
Desenvolvimento psicossocial: 
· Período relativamente estável. 
· Freud: a partir dos 50 anos, personalidade permanentemente formada.
Papel do enfermeiro frente às questões psicossociais do adulto 
· Reconhecer e valorizar informações, queixas, sinais, sintomas físicos e psíquicos relacionados ao âmbito social e psicológico do sujeito. 
· Reconhecer e valorizar o sofrimento psíquico. 
· Reconhecer sinais de sofrimento psíquico intenso, que necessite de intervenção. 
· Acolhimento e escuta qualificada. 
· Humanização. 
· Cuidado com a abordagem para mudança de hábitos.
Velhice
Interesse recente sobre esta fase da vida. Principais fatores que influenciam negativamente o processo de envelhecimento: 
· privação de atividade ocupacional; 
· desocupação, tempo livre não organizado para recreação e lazer; 
· aposentadoria, passividade, condição econômica e social precária, sustento econômico pelos filhos; 
· doenças físicas e enfraquecimento corporal; 
· lentidão das funções psíquicas; 
· diminuição ou exclusão das atividades prazerosas; 
· medo diante da aproximação do final da vida; 
· internações geriátricas – segregação da família e da sociedade leva os idosos a uma morte social, provoca depressão, vulnerabilidade física e redução da esperança de vida.
Aspectos cognitivos: 
· Com a idade aumentam as faculdades compreendidas no conceito de inteligência cristalizada; 
· Mais tempo e material mais organizado para a aprendizagem; 
· Decadência do rendimento intelectual maior no caso do idoso que tem menor formação intelectual; 
· Memória. 
Aspectos psicossociais: 
· Mudança no papel social e Perda de parceiro e amigos.
Papel do enfermeiro
· Idosos têm sabedoria adquirida ao longo da vida; 
· Dificuldade em mudar hábitos, que já estão sedimentados; 
· Pode haver dificuldade em aceitar orientações novas, que contradizem seus costumes; 
· Pode haver dificuldade na comunicação devido ao uso de termos incomuns por ambas as partes; 
· Considerar todos os aspectos da vida do idoso, inclusive a sexualidade; 
· Não subestimar nem desconsiderar o conhecimento e modo de vida do idoso.
Morte
Cientificamente: deixar de existir; cessação dos fenômenos vitais. 
Socialmente: compreendida a partir de questões culturais, sociais, religiosas, familiares, pessoais. 
Atualmente, evento ocorre em hospitais ou instituições de longa permanência. 
Antigamente, evento acontecia no lar.
Luto
Reações frente à morte: 
· Negação; Raiva; Depressão; Aceitação; 
· Preocupação com a memória da pessoa falecida. 
· O luto pode ser vivido de forma saudável e deve, idealmente, terminar com a aceitação. Vivenciar as diferentes reações faz parte do processo.

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