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Anne Karen Reis HEMATOLOGIA Hemostasia Primária CONCEITO Homeostasia é o processo pelo qual o organismo procura interromper sangramentos provenientes de lesão vascular. A hemostasia primária é o processo inicial da coagulação desencadeado pela lesão vascular e culmina na formação do tampão plaquetário. PAREDE VASCULAR CAMADAS FUNÇÕES DO ENDOTÉLIO FUNÇÃO ANTICOAGULANTE • Endotélio íntegro; • Secreção de substâncias com ação antiagregante (PGI2) e anticoagulante (heparan). FUNÇÃO PRÓ-COAGULANTE • Endotélio lesado; • Favorece a adesão e ativação plaquetária: exposição do subendotélio (colágeno); • Expressão do fator tecidual (FT): transforma a membrana da célula endotelial em superfície pró-coagulante (principal iniciador da coagulação). PLAQUETAS ORIGEM Os megacariócitos dão origem às plaquetas as plaquetas, que são fragmentos anucleados dos megacariócitos. Os megacariócitos crescem através de um processo chamado endomitose, no qual o DNA é replicado várias vezes sem que ocorra uma divisão celular. Em seguida, pedaços dessa célula se desprendem e formam as plaquetas. ESTRUTURA PLAQUETÁRIA • Corpúsculos anucleados; • Forma de disco; • Promovem a coagulação e auxiliam a reparação da parede dos vasos sanguíneos. EVENTOS PLAQUETÁRIOS A hemostasia primária é o primeiro processo que ocorre quando há um trauma no vaso sanguíneo e é quando as plaquetas começam a agir. Esse processo inicial pode ser dividido em 3 fases: adesão, ativação e agregação plaquetária. ADESÃO PLAQUETÁRIA Quando ocorre uma lesão e surge a necessidade de parar um sangramento, há exposição da matriz subendotelial do vaso, o que gera a liberação de colágeno. As plaquetas se ligam ao colágeno através de proteínas mais “fracas” (GP IA, IIA e GP IV), que estão ancoradas no citoesqueleto da célula (plaqueta). Entretanto, outra proteína também é liberada quando a plaqueta é ativada, o fator de VonWillebrand (liberado pelos grânulos alfa). Esse fator atua na ligação entre a glicoproteína IB e o colágeno, gerando uma adesão mais efetiva. Anne Karen Reis HEMATOLOGIA ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA Fase necessária para aumentar a exposição de mais sítios de ligação de glicoproteínas, garantindo uma adesão muito mais efetiva da plaqueta. Substâncias ativadoras → colágeno, epinefrina, serotonina (também atua na vasoconstrição e, consequentemente na diminuição do sangramento), trombina e a glicoproteína IV. Essas substâncias deixam a plaqueta mais “robusta” e acabam com as invaginações, aumentando a superfície de contato, favorecendo uma maior adesão devido a exposição dos receptores de agregação. Na ativação, também ocorre liberação de outras substâncias, como cálcio e ADP (presentes nos grânulos densos). O ADP ativa a fosfolipase A2, essencial na síntese de tromboxano A2 pela COX-1. Fosfolipase A2 ativa → COX-1 que sintetiza → Tromboxano A2 O tromboxano A2 favorece que mais plaquetas fiquem aderidas ao tampão plaquetário. OBS: O medicamento AAS (ácido acetilsalicílico) atua na acetilação da COX1 e, sem a produção de tromboxano A2, não há agregação plaquetária. (prejudica a coagulação sanguínea e evita a formação de trombos da síndrome coronária aguda). Durante esse processo, também ocorre a exposição do fosfolipídio plaquetário na membrana (da plaqueta). AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA Nessa fase, as glicoproteínas IIB/IIIA conectam as plaquetas através do fibrinogênio (liberado pelo grânulo alfa quando a plaqueta foi ativada), gerando a formação do trombo branco, finalizando a hemostasia primária.
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