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HIGIENE DO TRABALHO I - NORMATIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADAS PROF.A MA. ANA CAROLINA BRITTO CASTILHO Reitor: Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira Pró-reitor: Prof. Me. Ney Stival Diretoria EAD: Prof.a Dra. Gisele Caroline Novakowski PRODUÇÃO DE MATERIAIS Diagramação: Alan Michel Bariani Thiago Bruno Peraro Revisão Textual: Felipe Veiga da Fonseca Letícia Toniete Izeppe Bisconcim Luana Ramos Rocha Produção Audiovisual: Eudes Wilter Pitta Paião Márcio Alexandre Júnior Lara Marcus Vinicius Pellegrini Osmar da Conceição Calisto Gestão de Produção: Kamila Ayumi Costa Yoshimura © Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo (a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Primeiramente, deixo uma frase de Só- crates para reflexão: “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Cada um de nós tem uma grande res- ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica e profissional, refletindo diretamente em nossa vida pessoal e em nossas relações com a socie- dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente e busca por tecnologia, informação e conheci- mento advindos de profissionais que possuam novas habilidades para liderança e sobrevivên- cia no mercado de trabalho. De fato, a tecnologia e a comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e nos proporcionando momentos inesquecíveis. Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a Distância, a proporcionar um ensino de quali- dade, capaz de formar cidadãos integrantes de uma sociedade justa, preparados para o mer- cado de trabalho, como planejadores e líderes atuantes. Que esta nova caminhada lhes traga muita experiência, conhecimento e sucesso. Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira REITOR 33WWW.UNINGA.BR UNIDADE 01 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................6 1. PRINCIPAIS CONCEITOS ...................................................................................................................................... 7 1.1 TRABALHO E SEU IMPACTO NA VIDA DO TRABALHADOR .............................................................................. 7 1.1.1 ANTECIPAÇÃO ....................................................................................................................................................8 1.1.2 RECONHECIMENTO ..........................................................................................................................................8 1.1.3 AVALIAÇÃO ........................................................................................................................................................9 1.1.4 CONTROLE ........................................................................................................................................................9 1.2 LEGISLAÇÃO APLICADA À HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................................. 10 1.2.1 NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................................................................................... 10 1.2.2 NR 2 - INSPEÇÃO PRÉVIA ............................................................................................................................. 10 1.2.3 NR 3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO .............................................................................................................. 10 CONCEITUANDO A HIGIENE OCUPACIONAL PROF.A MA. ANA CAROLINA BRITTO CASTILHO ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: HIGIENE DO TRABALHO I - NORMATIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADAS 4WWW.UNINGA.BR 1.2.4 NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) ....................................................................................................................................................................11 1.2.5 NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA) ......................................................11 1.2.6 NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ....................................................................................11 1.2.7 NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL ...................................................11 1.2.8 NR 8 - EDIFICAÇÕES .......................................................................................................................................11 1.2.9 NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ................................................................ 12 1.2.10 NR 10 - INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE .......................................................................... 12 1.2.11 NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS ................... 12 1.2.12 NR 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ............................................. 12 1.2.13 NR 13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO ................................................................................................ 12 1.2.14 NR 14 - FORNOS ............................................................................................................................................ 13 1.2.15 NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ................................................................................... 13 1.2.16 NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS ...................................................................................... 13 1.2.17 NR 17 - ERGONOMIA ..................................................................................................................................... 13 1.2.18 NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ............... 13 1.2.19 NR 19 - EXPLOSIVOS ..................................................................................................................................... 13 1.2.20 NR 20 - LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS .............................................................................. 13 1.2.21 NR 21 - TRABALHOS A CÉU ABERTO ........................................................................................................... 14 1.2.22 NR 22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO ........................................................... 14 1.2.23 NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................................................................. 14 1.2.24 NR 24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO ............................... 14 1.2.25 NR 25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS .............................................................................................................. 14 1.2.26 NR 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ..................................................................................................... 14 1.2.27 NR 27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO ................................................................................................................................................................ 15 1.2.28 NR 28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES .................................................................................................. 15 1.2.29 NR 29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO ....... 15 1.2.30 NR 30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO ................................................................. 15 5WWW.UNINGA.BR 1.2.31 NR 31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORA-ÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA ......................................................................................................................... 16 1.2.32 NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE .......................... 16 1.2.33 NR 33 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS ........................................ 17 1.2.34 NR 34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARA- ÇÃO NAVAL ............................................................................................................................................................... 17 1.2.35 NR 35 - TRABALHO EM ALTURA ................................................................................................................. 17 1.2.36 NR 36 - NORMA REGULAMENTADORA SOBRE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVA- DOS ........................................................................................................................................................................... 17 1.2.37 NR 37 – SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO ........................................................ 18 1.3 NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL (NHO) ................................................................................................. 18 1.3.1 NHO 01 - PROCEDIMENTO TÉCNICO: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO .............. 19 1.3.2 NHO 03 - MÉTODO DE ENSAIO: ANÁLISE GRAVIMÉTRICA DE AERODISPERSÓIDES SÓLIDOS COLETA- DOS SOBRE FILTROS E MEMBRANA ..................................................................................................................... 19 1.3.3 NHO 04 - MÉTODO DE ENSAIO: MÉTODO DE COLETA E A ANÁLISE DE FIBRAS EM LOCAIS DE TRABA- LHO ............................................................................................................................................................................ 19 1.3.4 NHO 05 - PROCEDIMENTO TÉCNICO: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS RAIOS X NOS SERVIÇOS DE RADIOLOGIA..................................................................................................................................... 19 1.3.5 NHO 06 - AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO CALOR ....................................................................................... 19 1.3.6 NHO 07- CALIBRAÇÃO DE BOMBAS DE AMOSTRAGEM INDIVIDUAL PELO MÉTODO DA BOLHA DE SABÃO........................................................................................................................................................................20 1.3.7 NHO 08 - COLETA DE MATERIAL PARTICULADO SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES DE TRABA- LHO ............................................................................................................................................................................20 1.3.8 NHO 09 - PROCEDIMENTO TÉCNICO: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À VIBRAÇÃO DE COR- PO INTEIRO ..............................................................................................................................................................20 1.3.9 NHO 10 - PROCEDIMENTO TÉCNICO: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À VIBRAÇÃO EM MÃOS E BRAÇOS ......................................................................................................................................................20 1.3.10 NHO 11 - AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ILUMINAMENTO EM AMBIENTES INTERNOS DE TRABALHO . 21 1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS ........................................................................................................................... 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................23 6WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), iniciaremos nossos estudos com o objetivo de estabelecer uma série de elementos teóricos que proporcionem um entendimento sobre as normas e legislação sobre segurança do trabalho. O foco principal de construção e seleção dos conceitos a serem abordados inicialmente são as contribuições de certos aspectos que a teoria pode trazer para a ação do pro� ssional de Segurança do trabalho. A relevância dessa unidade é o destaque que considero importante para a compreensão dos conceitos utilizados em segurança do trabalho, historicamente situados no modo de produção capitalista, visto que é o sistema no qual estamos inseridos com todas as particularidades de uma sociedade contemporânea. A Higiene Ocupacional é a disciplina que vai ajudar a reconhecer e quanti� car os riscos operacionais, pois fornecerá os conhecimentos necessários para que o pro� ssional em Segurança do Trabalho possa pautar suas ações, tanto qualitativas como quantitativas. O estudo dos riscos ocupacionais, suas subdivisões, suas unidades de medida, a instrumentação necessária e as normas envolvidas nesse trabalho são essenciais para o bom desempenho pro� ssional. As ações principais de identi� cação e redução dos riscos passam pelas etapas de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle, para tanto, é necessário que compreendamos cada uma delas. Você, a partir de agora, estará começando a aprender sobre uma das áreas fundamentais do exercício pro� ssional e, portanto, é necessário muito empenho e dedicação. Reforço que o que diferencia um bom pro� ssional dos outros é, sem dúvida, o conhecimento. 7WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1. PRINCIPAIS CONCEITOS 1.1 Trabalho e seu Impacto na Vida do Trabalhador Com a evolução das tecnologias vários benefícios e conforto foram proporcionados ao trabalhador. No entanto, esse progresso expôs os trabalhadores a diversos agentes que, sobre determinadas condições, podem provocar doenças ocupacionais e problemas no organismo humano. Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saúde, a saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social e que não consiste somente na ausência de doença ou de enfermidade. A de� nição de higiene ocupacional consiste na ciência e arte que se dedica à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais ou geradores de estresse nos locais de trabalho, que podem causar doenças, danos à saúde ou ao bem estar ou, ainda, signi� cante desconforto ou ine� ciência nos trabalhadores e podem causar impacto à comunidade geral. A higiene ocupacional, com seu caráter prevencionista, tem como objetivo fundamental atuar nos ambientes de trabalho (e em ambientes afetados), aplicando princípios administrativos, de engenharia e de medicina do trabalho no controle e prevenção das doenças ocupacionais. Objetiva, também, detectar os agentes nocivos, quanti� cando sua intensidade ou concentração e propondo medidas de controle necessárias para assegurar condições seguras para realização de atividades de trabalho. A higiene ocupacional também é denominada higiene industrial ou higiene do trabalho. É a área em que os pro� ssionais de segurança exercerão grande parte de suas atividades prevencionistas. As de� nições de higiene podem conter uma ou outra variação conceitual, mas todas elas, essencialmente, visam o mesmo objetivo que é proteger e promover a saúde e o bem-estar dos trabalhadores como também do meio ambiente em geral, por meio de ações preventivas no ambiente de trabalho. Outro ponto relevante é que em praticamente todas as de� nições quatro palavras são destaques: antecipação, reconhecimento, avaliação e controle. Riscoé igual a concentração x frequência Algumas defi nições: Dose: quantidade, porção. Risco: possibilidade de perigo, ameaça. Ameaça: prenuncio de qualquer coisa ruim. Perigo: situação que ameaça a existência ou integridade de uma pessoa ou coisa. 8WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.1.1 Antecipação A antecipação constitui-se de normas, instruções e procedimentos para o correto funcionamento dos processos, visando reduzir ou eliminar riscos que possam surgir, ou seja, assegurar que sejam tomadas medidas e� cazes para evitá-los. O primeiro passo está na consideração e levantamento de riscos potenciais dentro daquela empresa e seus arredores para a elaboração de medidas preventivas, antes que qualquer processo industrial seja implementado ou, até mesmo, modi� cado. Nessa etapa qualitativa pode-se fazer uso de técnicas de análise de riscos, como, por exemplo, a APR (Análise Preliminar de Riscos) no projeto de novas instalações (PEIXOTO; FERREIRA, 2012). Figura 1 – Antecipação dos riscos. Fonte: Google Imagens (2019). 1.1.2 Reconhecimento A nalisa de forma quantitativa as diferentes operações e processos, identi� cando a presença de agentes físicos, químicos, biológicos e/ou ergonômicos que possam prejudicar a saúde do trabalhador, estimando o grau de risco. O reconhecimento e xige um conhecimento extenso e cuidadoso de processos, operações, matérias-primas utilizadas ou geradas e eventuais subprodutos. O PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – NR 09), o Mapa de Riscos Ambientais (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – NR 05) e técnicas de análise de riscos industriais são importantes ferramentas de informação nessa etapa (PEIXOTO; FERREIRA, 2012). Figura 2 – Reconhecimento dos riscos em postos de trabalho. Fonte: UFSM (2019). 9WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.1.3 Avaliação A avaliação quantitativa dos riscos começa nesta fase, levando em conta todos os limites de tolerância previamente estabelecidos pela NR 15. Esses limites se referem ao nível de concentração e intensidade relacionadas às características dos agentes de riscos e tempo de exposição do funcionário a eles. A adequação à norma, portanto, garantirá que não sejam causados danos à saúde do trabalhador enquanto estiver em serviço. Nessa etapa, serão obtidas as informações necessárias para determinar as prioridades de monitoramento e controle ambiental, com a interpretação dos resultados das medições representativas das exposições, de forma a subsidiar o equacionamento das medidas de controle (PEIXOTO; FERREIRA, 2012). Figura 3 – Reconhecimento dos riscos em postos de trabalho. Fonte: Google Imagens (2019). 1.1.4 Controle Ad oção de medidas especí� cas para a eliminação ou minimização dos riscos levantados e analisados anteriormente a um nível aceitável, a � m de atenuar os seus efeitos a valores compatíveis com a preservação da saúde, do bem-estar e do conforto. As medidas de controle podem estar relacionadas ao ambiente de trabalho ou ao trabalhador. O conjunto dos controles deve ser (PEIXOTO; FERREIRA, 2012, p. 21): a) Con trole na fonte do risco: melhor forma de controle. Deve ser a primeira opção, envolve substituição de materiais e/ou produtos, manutenção, substituição ou modi� cação de processos e/ou equipamentos. b) Con trole na trajetória do risco (entre a fonte e o receptor): quando não for possível o controle na fonte, podemos utilizar barreiras na transmissão do agente, tais como: barreiras isolantes, re� etoras, sistemas de exaustão etc. c) Con trole no receptor (trabalhador): as medidas de controle no trabalhador só devem ser implantadas quando as medidas de controle na fonte e na trajetória forem inviáveis ou em situações emergenciais. Como exemplo podemos citar: educação, treinamento, equipamentos de proteção individual, higiene, limitação da exposição, rodízio de tarefas etc. 10WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 4 – Controle: ventilação local exaustora de processo. Fonte: UFSM (2019). 1.2 Legislação Aplicada à Higiene e Segurança do Trabalho A Le gislação Brasileira aplicada à higiene e segurança do trabalho é extensa e abrangente. As instruções do Ministério do Trabalho e Emprego serão apresentadas na sequência de forma resumida. 1.2.1 NR 1 - Disposições gerais As NRs são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas, e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A NR1 estabelece a importância, funções e competência da Delegacia Regional do Trabalho. 1.2.2 NR 2 - Inspeção prévia Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão do Ministério do Trabalho e Emprego 1.2.3 NR 3 - Embargo ou interdição A Delegacia Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento ou embargar a obra (CLT Artigo 161 inciso 3.6|3.4|3.7|3.8|3.9|3.10). 11WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.2.4 NR 4 - Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT) A NR 4 estabelece os critérios para organização dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), de forma a reduzir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Para cumprir suas funções, o SESMT deve ter os seguintes pro� ssionais: médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho, auxiliar de enfermagem em quantidades estabelecidas em função do número de trabalhadores e do grau de risco. O trabalho do SESMT é preventivo e de competência dos pro� ssionais citados anteriormente, com aplicação de conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina ocupacional no ambiente de trabalho para reduzir ou eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores. Dentre as atividades dos SESMT, estão a análise de riscos e a orientação dos trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual. É também de responsabilidade do SESMT o registro dos acidentes de trabalho (CLT - Artigo 162 inciso 4.1|4.2|4.8.9|4.10). 1.2.5 NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) As empresas privadas, públicas e órgãos governamentais que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) � cam obrigados a organizar e manter em funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CLT Artigo 164 Inciso 5.6|5.6.1|5.6.2|5.7|5.11 e Artigo 165 inciso 5.8). A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 1.2.6 NR 6 - Equipamento de proteção individual Para os � ns de aplicação desta NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúdee a integridade física do trabalhador e que possua, en� m, o Certi� cado de Aprovação (CA), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A empresa é obrigada a fornecer aos empregados gratuitamente (CLT - Artigo 166 inciso 6.3 subitem A - Artigo 167 inciso 6.2). 1.2.7 NR 7 - Programa de controle médico de saúde ocupacional Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 1.2.8 NR 8 - Edificações Esta NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edi� cações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. 12WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.2.9 NR 9 - Programa de prevenção de riscos ambientais Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores, como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. 1.2.10 NR 10 - Instalações e serviços em eletricidade Esta NR estabelece os requisitos e condições mínimas exigidas para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem com instalações elétricas, em suas etapas de projeto, construção, montagem, operação e manutenção, bem como de quaisquer trabalhos realizados em suas proximidades. 1.2.11 NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais Esta NR estabelece normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. O armazenamento de materiais deverá obedecer aos requisitos de segurança para cada tipo de material. 1.2.12 NR 12 - Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais destinados a máquinas e equipamentos, como piso, áreas de circulação, dispositivos de partida e parada, normas sobre proteção de máquinas e equipamentos, bem como manutenção e operação. A Portaria nº 1.083, de 18 de dezembro de 2018, altera a Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12) – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. A alteração traz itens interessantes como: • Redundância dos dispositivos responsáveis pela prevenção de partida inesperada ou pela função de parada relacionada à segurança, conforme a categoria de segurança requerida, o circuito elétrico da chave de partida de motores de máquinas e equipamentos. • Anexo II que fala sobre o conteúdo programático da capacitação de segurança. • Medidas de segurança para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões iguais ou inferiores a 1.000V. 1.2.13 NR 13 - Caldeiras e vasos de pressão Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais onde se situam as caldeiras de qualquer fonte de energia, projeto, acompanhamento de operação e manutenção, supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação pro� ssional vigente no país. 13WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.2.14 NR 14 - Fornos Esta NR estabelece os procedimentos mínimos, � xando construção sólida, revestida com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância, oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores. 1.2.15 NR 15 - Atividades e operações insalubres Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nas atividades ou operações insalubres que são executadas acima dos limites de tolerância previstos na Legislação, comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho. Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade, agentes químicos. 1.2.16 NR 16 - Atividades e operações perigosas Esta NR estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos trabalhadores que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, classi� cados como in� amáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e manutenção. 1.2.17 NR 17 - Ergonomia Esta NR visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psico� siológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho e� ciente, incluindo os aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. 1.2.18 NR 18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção Esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. 1.2.19 NR 19 - Explosivos Esta NR estabelece os procedimentos para manusear, transportar e armazenar explosivos de uma forma segura, evitando acidentes. 1.2.20 NR 20 - Líquidos combustíveis e inflamáveis Esta NR estabelece a de� nição para líquidos combustíveis, líquidos in� amáveis e gás de petróleo liquefeito, parâmetros para armazenar, como transportar e como devem ser manuseados pelos trabalhadores. 14WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.2.21 NR 21 - Trabalhos a céu aberto Esta NR estabelece os critérios mínimos para os serviços realizados a céu aberto, sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos com boa estrutura, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. 1.2.22 NR 22 - Segurança e saúde ocupacional na mineração Esta NR estabelece sobre procedimentos de Segurança e Medicina do Trabalho nas atividades de minas, determinando que a empresa adotará métodos e manterá locais de trabalho que proporcionem, a seus empregados, condições satisfatórias de Saúde, Segurança e Medicina do Trabalho. 1.2.23 NR 23 - Proteção contra incêndios Esta NR estabelece os procedimentos que todas as empresas devam possuir no tocante à proteção contra incêndio, saídas de emergência para os trabalhadores, equipamentos su� cientes para combater o fogo e pessoal treinado no uso correto. 1.2.24 NR 24 - Condições sanitárias e de conforto nos locais de tra- balho Esta NR estabelece critérios mínimos para � ns de aplicação de aparelhos sanitários, gabinete sanitário, banheiro, cujas instalações deverão ser separadas por sexo, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos. 1.2.25 NR 25 - Resíduos industriais Esta NR estabelece os critérios para eliminação de resíduos industriais dos locais de trabalho, por meio de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, de forma a evitar riscos à saúde e à segurança do trabalhador. 1.2.26 NR 26 - Sinalização de segurança Esta NR tem por objetivos � xar as cores que devam ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identi� cando, delimitando e advertindo contra riscos. 15WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NIDA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.2.27 NR 27 - Registro profissional do técnico de segurança do tra- balho no ministério do trabalho Esta NR estabelecia que o exercício da pro� ssão de técnico de segurança do trabalho dependia de registro no Ministério do Trabalho, efetuado pela SSST, com processo iniciado através das DRT. Esta NR foi revogada pela portaria nº 262, de 29 de maio de 2008 (DOU de 30 de maio de 2008 – Seção 1 – p. 118). De acordo com o Art. 2º da supracitada portaria, o registro pro� ssional será efetivado pelo Setor de Identi� cação e Registro Pro� ssional das Unidades Descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego, mediante requerimento do interessado, que poderá ser encaminhado pelo sindicato da categoria. O lançamento do registro será diretamente na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). 1.2.28 NR 28 - Fiscalização e penalidades Esta NR estabelece que � scalização, embargo, interdição e penalidades, no cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, serão efetuados obedecendo ao disposto nos decretos leis. 1.2.29 NR 29 - Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho portuário Esta NR regulariza a proteção obrigatória contra acidentes e doenças pro� ssionais, alcançando as melhores condições possíveis de segurança e saúde dos trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. 1.2.30 NR 30 - Segurança e saúde no trabalho aquaviário Esta norma aplica-se aos trabalhadores das embarcações comerciais, de bandeira nacional, bem como às de bandeiras estrangeiras, no limite do disposto na Convenção nº 147 da Organização Internacional do Trabalho - Normas Mínimas para Marinha Mercante, utilizados no transporte de mercadorias ou de passageiros, inclusive naquelas utilizadas na prestação de serviços, seja na navegação marítima de longo curso, na de cabotagem, na navegação interior, de apoio marítimo e portuário, bem como em plataformas marítimas e � uviais, quando em deslocamento. 16WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.2.31 NR 31 - Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração florestal e aquicultura Esta NR tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração � orestal e aquicultura, com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. Para � ns de aplicação desta NR, considera-se atividade agroeconômica aquela que, operando na transformação do produto agrário, não altere a sua natureza, retirando-lhe a condição de matéria prima. A Portaria nº 1.086, de 18 de dezembro de 2018, altera a Norma Regulamentadora nº 31 (NR-31) – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Itens interessantes do 31.3.1: • Previsão de elaboração de recomendações técnicas para os empregadores, empregados e para trabalhadores autônomos, observados os usos e costumes regionais. • Criação de banco de dados com base nas informações disponíveis sobre os acidentes e doenças do trabalho. No item 31.5 colocaram o nome Programa de Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Trabalho Rural – PGSSMATR. Finalmente é fechada a lacuna se o tal programa existe ou não. 1.2.32 NR 32 - Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de saúde Esta NR tem por � nalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Para � ns de aplicação desta NR, entende-se como serviços de saúde qualquer edi� cação destinada à prestação de assistência à saúde da população e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade. A responsabilidade é solidária entre contratante e contratado quanto ao cumprimento da NR 32. A conscientização e colaboração de todos é muito importante para prevenção de acidentes na área da saúde. As atividades relacionadas aos serviços de saúde são aquelas que, no entendimento do legislador, apresentam maior risco devido à possibilidade de contato com micro-organismos encontrados nos ambientes e equipamentos utilizados no exercício do trabalho, com potencial de provocar doenças nos trabalhadores. Os trabalhadores diretamente envolvidos com estes agentes são: médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, atendentes de ambulatórios e hospitais, dentistas, limpeza e manutenção de equipamento hospitalar, motoristas de ambulância, entre outros envolvidos em serviços de saúde. 17WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.2.33 NR 33 - Segurança e saúde no trabalho em espaços confina- dos Esta NR tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identi� cação de espaços con� nados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores e que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. Espaço con� nado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insu� ciente para remover contaminantes ou onde possa existir a de� ciência ou enriquecimento de oxigênio. 1.2.34 NR 34 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval Esta NR tem por � nalidade estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval. Cita nove procedimentos de trabalhos executados em estaleiros: trabalho a quente; montagem e desmontagem de andaimes; pintura; jateamento e hidrojateamento; movimentação de cargas; instalações elétricas provisórias; trabalhos em altura; utilização de radionuclídeos e gamagra� a; máquinas portáteis rotativas. 1.2.35 NR 35 - Trabalho em altura A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, como o planejamento, a organização e a execução, a � m de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores com atividades executadas acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda. 1.2.36 NR 36 - Norma regulamentadora sobre abate e processamen- to de carnes e derivados O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR do Ministério do Trabalho e Emprego. A Portaria nº 1.087, de 18 de dezembro de 2018, altera o anexo II da NR 36. Essa alteração impacta diretamente nos requisitos de segurança especí� cos para máquinas utilizadas nas indústrias de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano. A alteração da Norma Regulamentadora nº 36 (NR-36) – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados traz muitas mudanças parao maquinário e trará mais segurança para os trabalhadores que laboram com eles. 18WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.2.37 NR 37 – Segurança e saúde em plataformas de petróleo O texto, que entrará em vigor em dezembro de 2019, estabelece os requisitos mínimos de SST para atividades a bordo de plataformas de exploração e produção de petróleo e gás. 1.3 Normas de Higiene Ocupacional (NHO) A Fu ndacentro é uma instituição de pesquisa e estudos atinentes à segurança, higiene e medicina do trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho. A Fundacentro tem por � nalidade a realização de estudos e pesquisas pertinentes aos problemas de segurança, higiene, meio ambiente e medicina do trabalho e, especialmente: I. pesquisar e analisar o meio ambiente do trabalho e do trabalhador, para a identi� cação das causas dos acidentes e das doenças no trabalho. II. real izar estudos, testes e pesquisas relacionados com a avaliação e o controle de medidas, métodos e de equipamentos de proteção coletiva e individual do trabalhador. III. desenvolver e executar programas de formação, aperfeiçoamento e especialização de mão-de-obra pro� ssional, relacionados com as condições de trabalho nos aspectos de saúde, segurança, higiene e meio ambiente do trabalho e do trabalhador. IV. promover atividades relacionadas ao treinamento e à capacitação pro� ssional de trabalhadores e empregadores. V. pres tar apoio técnico aos órgãos responsáveis pela política nacional de segurança, higiene e medicina do trabalho, bem como a orientação a órgãos públicos, entidades privadas e sindicais, tendo em vista o estabelecimento e a implantação de medidas preventivas e corretivas de segurança, higiene e medicina do trabalho. VI. prom over estudos que visem ao estabelecimento de padrões de e� ciência e qualidade referentes às condições de saúde, segurança, higiene e meio ambiente do trabalho e do trabalhador. VII. exercer outras atividades técnicas e administrativas que lhe forem delegadas pelo Ministro de Estado do Trabalho e Emprego. Sendo assim, as NHOs – Normas de Higiene Ocupacional – da Fundacentro são criadas com foco em determinar limites de tolerância, metodologia de avaliação, critérios técnicos de equipamentos usados nas avaliações de riscos ocupacionais, bem como servem de orientação sobre formas de controle de agentes de riscos ambientais. 19WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.3.1 NHO 01 - Procedimento técnico: avaliação da exposição ocupa- cional ao ruído A Coordenação de Higiene do Trabalho da Fundacentro publicou, em 1980, uma série de Normas Técnicas denominadas Normas de Higiene Ocupacional- NHO. Desta forma, apresenta- se ao público técnico que atua na área da saúde ocupacional a norma Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído, resultado do reestudo da equipe técnica da Coordenação de Higiene do Trabalho. 1.3.2 NHO 03 - Método de ensaio: análise gravimétrica de aerodis- persóides sólidos coletados sobre filtros e membrana Após 10 anos de publicação, o método de ensaio Determinação Gravimétrica de Aerodispersóides, publicado em 1989 na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, nº 66, v. 17, foi revisado em 2001 para a introdução de conceitos mais abrangentes, recebendo um novo título Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtros de Membrana. O método colabora na prevenção de doenças ocupacionais originadas pela exposição dos trabalhadores a poeira, fornecendo subsídios para a proposição de medidas de controle e para a veri� cação de sua e� ciência. 1.3.3 NHO 04 - Método de ensaio: método de coleta e a análise de fibras em locais de trabalho A avaliação ambiental nos locais de trabalho é uma medida preventiva importante, uma vez que pode indicar se determinadas condições de trabalho trarão prejuízos ou não à saúde dos trabalhadores, especialmente quando as doenças causadas pelo trabalho se manifestam somente após longo tempo de latência, como é o caso das doenças originadas pela maioria das � bras. 1.3.4 NHO 05 - Procedimento técnico: avaliação da exposição ocupa- cional aos raios X nos serviços de radiologia Esta norma apresenta-se aos pro� ssionais que atuam na área de higiene ocupacional a NHO 05: Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia, resultado da experiência obtida em vários levantamentos radiométricos realizados em diversos serviços de saúde do Estado de São Paulo. 1.3.5 NHO 06 - Avaliação da exposição ao calor A NHO 06 – 2ª Edição (2017) – estabelece critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao calor. A Norma introduz: níveis de ação para trabalhadores aclimatizados, limite de exposição valor teto, correções no índice de bulbo úmido termômetro de globo (IBUTG) médio em função do tipo de vestimenta utilizada, abordagem sobre avaliações a céu aberto, critério de julgamento e tomada de decisão em função das condições de exposição encontradas e apresenta considerações gerais sobre medidas preventivas e corretivas. 20WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.3.6 NHO 07- Calibração de bombas de amostragem individual pelo método da bolha de sabão Aborda aspectos de novas tecnologias e conhecimentos disponíveis, gerados pela Coordenação de Higiene do Trabalho. 1.3.7 NHO 08 - Coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambientes de trabalho É resultado da experiência acumulada nos últimos anos pela equipe da Coordenação de Higiene do Trabalho e da atualização de conceitos utilizados como base para a coleta de material particulado sólido, divulgados internacionalmente. 1.3.8 NHO 09 - Procedimento técnico: avaliação da exposição ocupa- cional à vibração de corpo inteiro A NHO 09 estabelece critérios e procedimentos para avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro, tendo como principal foco a prevenção e o controle dos riscos. Apresenta elementos para a análise preliminar e o enquadramento das situações abordadas, sendo que as avaliações quantitativas são realizadas somente quando há incerteza em relação à aceitabilidade das situações de exposição analisadas. Disponibiliza um critério de julgamento e de tomada de decisão em relação à adoção de medidas preventivas e corretivas com base em dados quantitativos. 1.3.9 NHO 10 - Procedimento técnico: avaliação da exposição ocupa- cional à vibração em mãos e braços A NHO 10 estabelece critérios e procedimentos para avaliação da exposição ocupacional a vibrações em mãos e braços, tendo como principal foco a prevenção e o controle dos riscos. Apresenta elementos para a análise preliminar e o enquadramento das situações abordadas, sendo que as avaliações quantitativas são realizadas somente quando há incerteza em relação à aceitabilidade das situações de exposição analisadas. Disponibiliza um critério de julgamento e de tomada de decisão em relação à adoção de medidas preventivas e corretivas com base em dados quantitativos. 21WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1.3.10 NHO 11 - Avaliação dos níveis de iluminamento em ambientes internos de trabalho A NHO 11 (2018) estabelece critérios e procedimentos para a avaliação dos níveis de iluminamentoindicando parâmetros quantitativos e qualitativos no âmbito da iluminação interna dos ambientes de trabalho, voltados à segurança e ao desempenho e� ciente do trabalho. Apresenta os requisitos relacionados aos instrumentos de medição, sua calibração e um conteúdo mínimo para a elaboração de relatórios técnicos. Foram inclusos nessa NHO anexos para auxiliar os usuários na análise preliminar dos ambientes de trabalho e veri� cação de inconsistências no sistema de iluminação, bem como foi introduzido um exemplo prático de aplicação da norma. 1.4 Classificação dos Riscos Segundo Mauro et al. (2004), considera-se fator de risco para provocar um dano, toda característica ou circunstância que acompanha um aumento de probabilidade de ocorrência do fator indesejado, sem que o dito fator tenha de intervir necessariamente em sua causalidade. Os fatores de risco para a saúde e segurança dos trabalhadores podem ser classi� cados em cinco grandes grupos: • Físicos: agressões ou condições adversas de natureza ambiental que podem comprometer a saúde do trabalhador. • Químicos: agentes e substâncias químicas sob a forma líquida, gasosa ou de partículas e poeiras minerais e vegetais, comuns nos processos de trabalho. • Biológicos: microrganismos geralmente associados ao trabalho em hospitais, laboratórios e na agricultura e pecuária. • Ergonômicos e psicossociais: que decorrem da organização e gestão do trabalho. • De acidentes: ligados à proteção das máquinas, arranjo físico, ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos e outros que podem levar a acidentes do trabalho. Cada um destes grupos subdivide-se de acordo com as consequências � siológicas que podem provocar, quer em função das características físico-químicas, concentração ou intensidade dos agentes, quer segundo sua ação sobre o organismo do colaborador. Todas as NHOs fi cam disponíveis em: <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional>. 22WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Para mais informações sobre as NRs indica-se: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Segurança do Trabalho - Guia Prático e Didático. 2. ed. Editora Érica, 2018. Uma revisão interessante do conceito de funções pode ser vista no vídeo: História da Segurança do Trabalho no Brasil e no mundo [Melhor forma de contar] Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=t4JcQPDQ7bM>. Acesso em: 15 dez. 2018. Acredito que depois de ter assistido esse fi lme, você, aluno(a), deve ter compre- endido a importância das normas e legislação ligadas à segurança do trabalho. Leia atentamente o texto a seguir e identifi que ações de antecipação, reconheci- mento, avaliação e controle em segurança do trabalho. “Um colaborador da limpeza realizava manutenção de uma sala administrativa, encerava o piso. Quando a cera secou, para não marcar o piso com a sola da bo- tina de segurança, o colaborador retirou-a e entrou na sala para colocar os mobi- liários em seus devidos lugares. Ao apanhar uma cadeira de escritório para levar ao seu local original, ela se desmontou e caiu em seu pé, causando uma luxação, fi cando de atestado por três dias. Observação: Este colaborador recebeu as recomendações de segurança acerca do uso constante da botina e demais EPIs quando forem exigidos e todos estão registrados e protocolados em fi cha de anotação”. 23WWW.UNINGA.BR HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro(a) aluno(a), procurei, nas primeiras re� exões desse estudo, abordar as principais de� nições sobre higiene ocupacional, situando-os historicamente e contextualizando-a no mundo atual. Busquei apresentá-los às instituições de pesquisa na área, em âmbito nacional e internacional. As lutas históricas para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, devem ser compreendidas de acordo com que a sociedade está estruturada. Outro ponto relevante foi demonstrar as etapas de antecipação, reconhecimento e avaliação dos riscos ocupacionais. 2424WWW.UNINGA.BR UNIDADE 02 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................26 1. PRINCIPAIS CONCEITOS ..................................................................................................................................... 27 1.1 FATORES DETERMINANTES DE UMA EXPOSIÇÃO ........................................................................................ 27 1.2 CARACTERÍSTICAS DO AGENTE QUÍMICO OU NATUREZA DO AGENTE FÍSICO ......................................... 27 1.3 TEMPO DE EXPOSIÇÃO E INTENSIDADE DO AGENTE ................................................................................... 27 1.4 SUSCETIBILIDADE INDIVIDUAL E SINERGISMO ............................................................................................28 1.5 LIMITE DE TOLERÂNCIA (LT) ............................................................................................................................28 1.6 NÍVEL DE AÇÃO (NA) E LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ................................................................28 1.7 VALOR TETO (VT) E NEXO CAUSAL ..................................................................................................................29 2. RISCOS FÍSICOS ..................................................................................................................................................29 2.1 RUÍDOS ................................................................................................................................................................29 AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS RISCOS AMBIENTAIS PROF.A MA. ANA CAROLINA BRITTO CASTILHO ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: HIGIENE DO TRABALHO I - NORMATIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADAS 25WWW.UNINGA.BR 2.1.1 SOM ...................................................................................................................................................................30 2.1.2 RUÍDO ...............................................................................................................................................................30 2.1.3 FAIXA AUDÍVEL ................................................................................................................................................30 2.1.4 FREQUÊNCIA ...................................................................................................................................................30 2.1.5 COMPRIMENTO DE ONDA .............................................................................................................................30 2.1.6 DECIBEL (DB) ...................................................................................................................................................30 2.1.7 NÍVEL DE PRESSÃO SONORA ........................................................................................................................ 31 2.1.8 AMPLITUDE ..................................................................................................................................................... 31 2.1.9 DOSE DE RUÍDO ............................................................................................................................................... 31 2.1.10 RUÍDO EQUIVALENTE....................................................................................................................................31 2.1.11 CLASSIFICAÇÃO DOS RUÍDOS ...................................................................................................................... 31 2.1.12 MEDIDAS DE CONTROLE ..............................................................................................................................35 2.2 TEMPERATURAS EXTREMAS ...........................................................................................................................35 2.2.1 CALOR ...............................................................................................................................................................35 2.2.2 TIPOS DE TROCAS TÉRMICAS ......................................................................................................................35 2.2.3 EQUILÍBRIO TÉRMICO ................................................................................................................................... 37 2.2.4 REAÇÕES DO ORGANISMO AO CALOR .........................................................................................................38 2.2.5 PRINCIPAIS EFEITOS DO CALOR .................................................................................................................38 2.2.6 FRIO..................................................................................................................................................................39 2.3 VIBRAÇÕES .........................................................................................................................................................40 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................42 26WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), nessa unidade vamos tratar sobre os riscos que os trabalhadores estão cada vez mais expostos A razão principal para que a segurança e saúde do trabalho seja estudada é o forte impacto que essa área possui sobre a produção das empresas e sobre a qualidade de vida dos trabalhadores. Para efetivamente reduzir os inaceitáveis índices de acidentes e doenças do trabalho no país, é preciso agir com competência técnica e de maneira regular em cada ambiente laboral onde existam perigos, sejam eles provocados por agentes físicos, químicos, biológicos, mecânicos ou situações ergonômicas. Assim, nessa unidade, vamos conhecer a classi� cação dos riscos ambientais e, também, os fatores determinantes de uma exposição, as características e as estratégias de avaliação. 27WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 1. PRINCIPAIS CONCEITOS Segundo Mattos e Másculo (2011), os riscos podem ser de� nidos da seguinte forma: I. Os riscos físicos são ocasionados por agentes que têm a capacidade de modi� car as características físicas do meio ambiente que, no momento seguinte, causará agressões em quem nele estiver imerso. II. Os riscos químicos, por sua vez, apresentam a caraterística de modi� carem a composição química do meio ambiente. Este tipo de risco pode atingir pessoas que não estejam em contato direto com a fonte e, em geral, provocam lesões imediatas (doenças). III. Caracteriza-se como risco biológico a introdução de seres vivos, em geral microrganismos, como parte integrante do processo produtivo, tais como vírus, bacilos, bactérias etc., potencialmente nocivos ao ser humano. IV. Por � m, os riscos ergonômicos são provocados por máquinas, métodos etc., inadequadas às limitações dos seus usuários. 1.1 Fatores Determinantes de uma Exposição No dia a dia da higiene ocupacional, os resultados de avaliação da exposição são, frequentemente, comparados com os limites de exposição ocupacional (limites de tolerância). Esses limites fornecem orientações para estabelecer níveis aceitáveis de exposição e seu controle. A exposição acima dos limites necessita de medidas corretivas imediatas, a intervenção será no “nível de ação”, que, geralmente, é a metade do limite de tolerância. 1.2 Características do Agente Químico ou Natureza do Agente Físico É de suma importância o conhecimento das características especí� cas de cada agente, pois, assim, é possível de� nir seu potencial de agressividade. Cada agente ambiental tem características e efeitos especí� cos, de acordo com sua natureza. O primeiro passo na avaliação de uma exposição é a identi� cação do(s) agente(s) presente(s) e as possíveis consequências desta exposição. 1.3 Tempo de Exposição e Intensidade do Agente Se o tempo de exposição for elevado, maiores serão as possibilidades de se desenvolver uma doença ocupacional. O tempo real de exposição será determinado considerando-se a análise da tarefa desenvolvida pelo trabalhador. Essa análise deve incluir estudos, tais como: tipo de atividade e suas particularidades, movimento do trabalhador ao efetuar o seu serviço, jornada de trabalho e descanso. Devem ser consideradas todas as suas possíveis variações durante a jornada de trabalho, de forma a subsidiar o dimensionamento da avaliação quantitativa da exposição. 28WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 1.4 Suscetibilidade Individual e Sinergismo A complexidade do organismo humano implica em que a resposta do organismo, a um determinado agente, possa variar de indivíduo para indivíduo. A “maioria” implica uma “minoria”, ou seja, pessoas que não estarão necessariamente protegidas ao nível do Limite de Exposição (LE) ou até abaixo deste. Portanto, a suscetibilidade individual é um fator importante e os limites de tolerância não devem ser considerados como 100% seguros. Os controles � xados a 50% dos limites de tolerância devem ser prioritários. O sinergismo é uma ação combinada entre dois ou mais fatores que contribuem para o resultado � nal de um processo. Assim, nos locais de trabalho pode haver a exposição simultânea a mais de um agente, originando exposições combinadas e interações entre eles, modi� cando os agentes. As consequências para a saúde, da exposição a um determinado agente, só podem diferir, consideravelmente, das consequências da exposição a este mesmo agente em combinação com os outros, particularmente se houver sinergismo ou potenciação dos efeitos. 1.5 Limite de Tolerância (LT) Kitamura (2005, p. 60) de� ne limite de tolerância como sendo “a concentração dos agentes químicos ou a intensidade dos agentes físicos, máxima ou mínima, relacionados com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral”. Este conceito visa “proteger” o trabalhador dos efeitos após longos períodos de latência, que podem aparecer após a aposentadoria regular do trabalhador, mas, certamente, em consequência de exposições ocupacionais. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no Capítulo V do Título II - artigo 189, serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os trabalhadores a agentes nocivos à saúde, acima dos Limites de Tolerância � xados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. A concepção dos limites de tolerância leva em consideração os seguintes fatores: a jornada de trabalho e a proteção da “maioria” dos expostos, os seus valores re� etem o atual estágiodo conhecimento técnico-cientí� co. 1.6 Nível de Ação (NA) e Limites de Exposição Ocupacional O grande desa� o é avaliar as exposições e os riscos ocupacionais para todos os trabalhadores, a todos os agentes ambientais presentes nos ambientes de trabalho, em todos os dias da jornada de trabalho, de maneira precisa e e� ciente, independente da diversidade e do tempo de exposição aos trabalhadores. O objetivo � nal é garantir a segurança adequada para todos os trabalhadores (BULLOCK; IGNACIO, 2006). Uma estratégia para atender esse desa� o é de� nir grupos de trabalhadores que possuem exposições semelhantes. Essa de� nição é feita a partir de avaliações qualitativas e/ou quantitativas das exposições. A estrati� cação dos trabalhadores permite que todos os riscos presentes no local de trabalho sejam caracterizados coletivamente. Com base nessa estratégia, de� ne-se o Grupo Similar de Exposição (GSE), também conhecido como Grupo Homogêneo de Risco (GHR) ou, ainda, Grupo Homogêneo de Exposição (GHE) (BULLOCK; IGNACIO, 2006; TARCÍSIO, 2014). 29WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 Os GSEs são estabelecidos a partir das informações disponíveis sobre o local de trabalho, força de trabalho e agentes ambientais. Esses dados são, então, utilizados para de� nir os per� s de exposição para cada GSE e para selecionar Limites de Exposição Ocupacional (LEO) adequados. Uma vez que o per� l de exposição é de� nido, o mesmo deve ser comparado com o LEO para determinar a aceitabilidade do seu risco e avaliar a necessidade de implantação de medidas de controle aplicáveis aos processos e ambientes de trabalho ou ao trabalhador, individualmente (BULLOCK; IGNACIO, 2006). De acordo com a NR 9, LEO pode ser de� nido a partir dos valores de LT previstos na NR 15 ou dos valores adotados pela ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Higyenists) ou quaisquer outros limites mais rigorosos estabelecidos em negociação coletiva de trabalho. Esta NR também de� ne, no item 9.3.1, que Nível de Ação (NA) é o “valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição” e que, para agentes químicos, o NA é a metade do LEO (NR 9, 1978h). 1.7 Valor Teto (VT) e Nexo Causal Valor Teto (VT) é o valor que não pode ser ultrapassado, pois oferece risco iminente à saúde do trabalhador. Na execução de suas atividades, os trabalhadores estão expostos a riscos e, dessa exposição, podem aparecer as doenças ocupacionais. O nexo causal é a comprovação da relação direta entre a doença e o exercício do trabalho. O aparecimento da doença ocupacional pode indicar uma de� ciência na e� cácia de uma medida de proteção fornecida pelo empregador, isto é, uma falha nas medidas adotadas que não conseguiram, efetivamente, eliminar ou atenuar a exposição aos riscos ambientais (PEIXOTO; FERREIRA, 2012, p. 33). 2. RISCOS FÍSICOS 2.1 Ruídos De acordo com Ruiz (2019), a sociedade moderna tem multiplicado as fontes de ruído e aumentado o seu nível de pressão sonora. O ruído é uma das formas de poluição mais frequentes no meio industrial. No Brasil, a surdez é a segunda maior causa de doença pro� ssional, sendo que o ruído afeta o homem, simultaneamente, nos planos físico, psicológico e social. Pode, com efeito: • Lesar os órgãos auditivos. • Perturbar a comunicação. • Provocar irritação. • Ser fonte de fadiga. • Diminuir o rendimento do trabalho. O risco da lesão auditiva aumenta com o nível de pressão sonora e com a duração da exposição, mas depende também das características do ruído, sem falarmos da suscetibilidade individual. 30WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 Mas, para entendermos como o ruído afeta o ser humano é necessário que compreendamos alguns conceitos básicos, os quais são fornecidos a seguir: 2.1.1 Som É qualquer oscilação de pressão (no ar, água ou outro meio) que o ouvido humano possa detectar. Quando o som não é desejado, é molesto e incômodo, pode ser chamado de barulho. 2.1.2 Ruído É um fenômeno físico que, no caso da Acústica, indica uma mistura de sons, cujas frequências não seguem uma regra precisa. 2.1.3 Faixa audível O alcance da audição humana se estende de aproximadamente 20 Hz a 20.000 Hz. 2.1.4 Frequência É o número de vezes que a oscilação (de pressão) é repetida na unidade de tempo. Normalmente, é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). Por exemplo: • Alta Frequência: são os sons agudos. • Baixa Frequência: são os sons graves. 2.1.5 Comprimento de onda Conhecendo a velocidade e a frequência do som, podemos encontrar o seu comprimento de onda, isto é, a distância física no ar entre um pico de onda até o próximo, pois: comprimento de onda = velocidade / frequência. Para 20 Hz, o comprimento de onda é de 20 metros. 2.1.6 Decibel (dB) O som mais fraco que o ouvido humano saudável pode detectar é de 20 milionésimos de um pascal (ou 20 µPa... 20 micro pascals). Surpreendentemente, o ouvido humano pode suportar pressões acima de um milhão de vezes mais alta. Assim, se nós tivéssemos que medir o som em Pa, chegaríamos a números bastante grandes e de difícil manejo. Para evitar isto, outra escala foi criada – a escala decibel (dB). A escala decibel usa o limiar da audição de 20 µPa como o seu ponto de partida ou pressão de referência, isto é de� nido para ser 0 dB. Cada vez que se multiplica por 10 a pressão sonora em Pascal, adiciona-se 20 dB ao nível em dB. Desta forma, a escala dB comprime os milhões de unidades de uma escala em apenas 120 dB de outra escala. 31WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 2.1.7 Nível de Pressão Sonora Mede a intensidade do som, cuja unidade é o decibel (dB). 2.1.8 Amplitude É o valor máximo atingido pela grandeza que está sendo analisada, que pode ser: deslocamento, velocidade, aceleração ou pressão. No caso de vibrações, as três primeiras grandezas são utilizadas, enquanto que para as vibrações sonoras, a última. 2.1.9 Dose de ruído A dose de ruído é uma variante do ruído equivalente, para qual o tempo de medição é � xado em 8 horas. A única diferença entre a dose de ruído e o ruído equivalente é que a dose é expressa em percentagem da exposição diária tolerada. 2.1.10 Ruído equivalente Os níveis de ruído industriais e exteriores � utuam ou variam de maneira aleatória com o tempo e o potencial de dano à audição depende não só do seu nível, mas também da sua duração. Para o nível de ruído contínuo, torna-se fácil avaliar o efeito, mas se ele varia com o tempo, deve- se realizar uma dosimetria, de forma que todos os dados de nível de pressão sonora e tempo possam ser analisados e calculado o nível de ruído equivalente (Leq), que representa um nível de ruído contínuo em dB(A) e possui o mesmo potencial de lesão auditiva que o nível de ruído variável amostrado. A necessidade de se usar um dosímetro de ruído deve-se à di� culdade de se realizar os cálculos de forma manual. 2.1.11 Classificação dos ruídos Os ruídos, segundo Peixoto e Ferreira (2013, p. 51), podem ser classi� cados em: • Ruídos contínuos: são aqueles cuja variação de nível de intensidade sonora é muito pequena em função do tempo. Exemplos: geladeiras, ventiladores. • Ruídos intermitentes: são aqueles que apresentam grandes variações denível em função do tempo. São os tipos mais comuns. Exemplos: fala, furadeira, esmerilhadeira. • Ruídos impulsivos ou de impacto: apresentam altos níveis de intensidade sonora, num intervalo de tempo muito pequeno. São os ruídos provenientes de explosões e impactos. São característicos de rebitadeiras, prensas etc. O ruído ocupacional é avaliado por meio de medidores de pressão sonora, tecnicamente denominados sonômetros e comumente conhecidos como decibelímetros e dosímetros, conforme a � gura a seguir. 32WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 Figura 1 – Decibelímetro e Dosímetro. Fonte: Google Imagens (2019). A unidade de medida é o decibel (dB). Os decibelímetros são mais indicados para avaliação do ruído de um determinado ambiente e os dosímetros para avaliação da exposição do trabalhador (uma vez que � cam a� xados ao trabalhador durante toda a jornada). A NR 15 – Anexos 1 e 2 (1978c) e a NHO 01 (2001) estabelecem limites máximos de exposição para vários níveis de ruído, segundo os seguintes parâmetros normatizados: • Limiar de integração: valor a partir do qual serão contabilizados os níveis de pressão sonora para � ns de exposição ocupacional. • Nível de critério: valor referência para uma exposição de 8 horas. • Fator duplicativo de dose: incremento em dB para qual tempo de exposição permitido será reduzido à metade. • Curva de compensação: parâmetros de ponderação para compensar a diferente sensibilidade do ouvido humano às diferentes frequências. No Brasil, o LT permitido para uma jornada de 8 horas é de 85 dB(A). Evidentemente que um aumento no nível de pressão sonora (ruído) vai implicar na diminuição do tempo de exposição. A legislação ainda prevê o valor máximo, acima do qual não é permitida exposição em nenhum momento da jornada de trabalho com ouvidos desprotegidos, que é de 115 dB(A). Vide Anexo 1 e 2 da NR 15 (1978c) e NHO 01 (2001) (Avaliação da exposição ocupacional ao ruído). 33WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 Figura 2 – Limites de exposição. Fonte: NR 15 (1978c). 34WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 Na Figura 3 é possível observar alguns ruídos presentes em nosso dia a dia, quais seus níveis sonoros e os efeitos em seres humanos. Figura 3 – Fontes Sonoras. Fonte: Bureau Internacional do Trabalho (2009). 35WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 2.1.12 Medidas de controle • Enclausuramento da fonte e barreiras na transmissão como medidas de proteção coletiva. • O fornecimento de EPIs e diminuição da jornada como medidas de proteção individual. • Execução dos exames periódicos (audiometrias). • Medidas educacionais (orientação e conscientização) para uso correto do equipamento de proteção. 2.2 Temperaturas Extremas Temperaturas extremas consideram-se o calor e o frio em intensidade su� ciente para causar desconforto, alterações e danos à saúde dos trabalhadores. 2.2.1 Calor A exposição ao calor é mais frequente em atividades como: • Indústria Cerâmica. • Minas. • Fábrica de Vidros. • Indústria Siderúrgica. • Indústria Metalúrgica. O calor que o organismo humano precisa dissipar para manter o equilíbrio homeotérmico. A sobrecarga térmica no organismo humano é resultante de duas parcelas de carga térmica: uma carga externa (ambiental) e outra interna (metabólica). A carga externa é resultante das trocas térmicas com o ambiente e a carga metabólica é resultante da atividade física que exerce. 2.2.2 Tipos de trocas térmicas • Condução: troca térmica entre dois corpos, em contato, de temperaturas diferentes ou que ocorre dentro de um corpo cujas extremidades encontram-se em temperaturas diferentes. Para o trabalhador, essas trocas são muito pequenas, geralmente por contato do corpo com ferramentas e superfícies. • Convecção: troca térmica realizada, geralmente, entre um corpo e um � uido, ocorrendo movimentação do último por diferença de densidade provocada pelo aumento da temperatura. Portanto, junto com a troca de calor, existe uma movimentação do � uido, chamada de corrente natural convectiva. Se o � uido se movimenta por impulso externo, diz-se que se tem uma convecção forçada. Para o trabalhador, essa troca ocorre com o ar à sua volta. 36WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 • Radiação: todos os corpos aquecidos emitem radiação infravermelha, que é o chamado “calor radiante”. Assim como emitem, também recebem, havendo o que se chama de troca líquida radiante. O infravermelho, sendo uma radiação eletromagnética não ionizante, não necessita de um meio físico para se propagar. O ar é praticamente transparente à radiação infravermelha. As trocas por radiação entre o trabalhador e seu entorno, quando há fontes radiantes severas, serão as preponderantes no balanço térmico e podem corresponder a 60% ou mais das trocas totais. • Evaporação: é a mudança de fase de um líquido para vapor ao receber calor. É a troca de calor produzida pela evaporação do suor, por meio da pele. O suor recebe calor da pele, evaporando e aliviando o trabalhador. Grandes trocas de calor podem estar envolvidas (a entalpia de vaporização da água é de 590 cal/grama). O mecanismo da evaporação pode ser o único meio de perda de calor para o ambiente na indústria. Porém, a quantidade de água que já está no ar é um limitante para a evaporação do suor; ou seja, quando a umidade relativa do ambiente é de 100%, não é possível evaporar o suor e a situação pode � car crítica. Interna: através do metabolismo, que é o calor resultante dos processos intracelulares (presente mesmo quando o indivíduo está em repouso) (SESI, 2007). Figura 4 – Atividade Fundição. Fonte: Google Imagens (2019). Segundo Peixoto e Ferreira (2013, p. 54), na avaliação devem ser considerados fatores tais como: temperatura, velocidade e umidade relativa do ar, calor radiante e calor gerado pelo metabolismo (atividade física). Os índices de avaliação incluem: Temperatura Efetiva (TE), Temperatura Efetiva Corrigida (TEC), Índice de Bulbo Úmido, Termômetro de Globo (IBUTG) (NR 15, em seu Anexo 3, 1978c) e Índice de Sobrecarga Térmica (IST). 37WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA HI GI EN E DO T RA BA LH O I - N OR M AT IZ AÇ ÃO E L EG IS LA Çà O AP LI CA DA S | U NI DA DE 2 2.2.3 Equilíbrio térmico A exposição ao calor é regida pelo equilíbrio térmico, ou seja, o organismo ganha ou perde calor para o meio ambiente segundo a equação: Em que: M = calor produzido pelo metabolismo, sendo um calor sempre ganho (+). C = calor ganho ou perdido por condução/convecção (+/-). R = calor ganho ou perdido por radiação (+/-). E = calor perdido por evaporação (-). Q = calor acumulado no organismo. Se: Q > 0, acúmulo de calor (sobrecarga térmica), Q < 0, perda de calor (hipotermia) O limite de tolerância para exposições ao calor (NR 15, 1978c) é determinado de dois modos: regime de trabalho com descanso no próprio local de trabalho, regime de trabalho com descanso em outro
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