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Modelo Científico de Administração e Taylorismo

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Administração Geral I - UNIGRAN
Objetivos de aprendizagem 
Ao término desta aula, você será capaz de:
 definir o modelo de gestão proporcionado pelo enfoque da teoria 
científica e pela escola Taylorista.
 identificar métodos racionais de trabalho segundo a escola 
científica de Administração.
Aula
02
Olá, seja bem-vindo à nossa segunda aula!
Certamente, você já ouviu falar em Frederick Winslow Taylor... 
Agora, teremos uma excelente oportunidade para aprendermos sobre 
esse grande pensador da teoria administrativa! 
Chamaremos atenção, nesta aula, para dois grandes 
empreendimentos de Taylor: o modelo científico de administração e a 
organização racional do trabalho. 
Dada a dimensão teórica de ambos os conceitos, durante o 
estudo da Aula, tente resumir aquilo que você entendeu. Entretanto, 
não se preocupe! Oportunidades não irão faltar para que, no decorrer 
desta aula, os conceitos fiquem bastante claros.
Leia o material, pesquise e acesse o ambiente virtual e 
continue fazendo parte dessa comunidade colaborativa de construção 
de conhecimentos! 
Boa Aula!
GESTÃO EMPRESARIAL 
E TEORIAS 
ADMINISTRATIVAS: 
DE TAYLOR ATÉ OS 
NOSSOS DIAS
25
Administração Geral I - UNIGRAN
 reconhecer e analisar criticamente o modelo taylorista. 
Seções de estudo
 Seção 1 - O modelo científico de administração.
 Seção 2 - Métodos e elementos da administração científica: a 
organização racional do trabalho.
Durante a leitura da primeira Seção procure ter sempre a mão um dicionário 
e/ou outros materiais de pesquisa para eliminação de eventuais dúvidas 
pontuais sobre os termos aqui empregados.
Além disso, sugerimos que deixe em local de fácil acesso um caderno ou u lize 
editores de textos (como o Word ou o Bloco de notas, por exemplo) para 
anotar observações, refl exões e conceitos-chave sobre os conteúdos aqui 
disponibilizados. Dentre suas anotações, é importante que faça uma linha do 
tempo: trace uma reta, divide-a em intervalos regulares, na parte superior 
anote cada século e na inferior seus principais acontecimentos. Com isso, 
conseguirá entender melhor o contexto geral sobre a trajetória do comércio 
exterior ao longo dos tempos. Dedique-se e bons estudos!
Seção 1 - O modelo científi co de administração
O Modelo Científico de Administração começa a ser pensando a partir 
do surgimento da Escola Clássica, entre os séculos XIX e XX.
A Escola Clássica se originou em decorrência de dois mo vos: 
• O crescimento acelerado e desorganizado das empresas ocasionou uma grada va 
complexidade em sua administração e exigiu uma abordagem cien fi ca mais apurada 
do que o empirismo e a improvisação.
• A necessidade de aumentar a efi ciência e a competência das organizações, no 
sen do de obter o melhor rendimento possível dos recursos, face à concorrência e à 
compe ção que se avolumavam entre as empresas.
ATENÇÃO
Tomando por base as obras de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol, 
Max Weber e seus seguidores podemos afirmar que a Administração pôde ser 
organizada com o surgimento da Escola Clássica, a qual privilegiou duas áreas 
distintas: a operacional, de Taylor, com ênfase nas tarefas; e a administrativa, de 
Fayol, com base na estrutura organizacional. 
26
Administração Geral I - UNIGRAN
Que a Administração surgiu com a Escola Clássica? Na verdade, ela 
é muito mais an ga do que imaginamos: a história da Administração 
iniciou-se na Suméria por volta do ano 5.000 a.C. quando os an gos 
sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas 
prá cos, exercitando assim a arte de administrar.
Alguns fatos podem ser citados como exemplo para o início da u lização da administração 
em setores polí cos, econômicos, sociais..., tal como no Egito, Ptolomeu dimensionou 
um sistema econômico planejado que não poderia ter-se operacionalizado sem uma 
administração pública sistemá ca e organizada. Na China, a necessidade de adotar 
um sistema organizado de governo para o império, a Cons tuição de Chow, com seus 
oito regulamentos e as Regras de Administração Pública de Confúcio exemplifi cam a 
tenta va chinesa de defi nir regras e princípios de administração.
E, ainda, as ins tuições otomanas, pela forma como eram administrados seus 
grandes feudos. Os prelados católicos, já na Idade Média, destacavam-se como 
administradores natos.
Na evolução histórica da administração, duas ins tuições se destacaram: a Igreja 
Católica Romana e as Organizações Militares. A Igreja Católica Romana pode ser 
considerada a organização formal mais efi ciente da civilização ocidental. Através dos 
séculos vem mostrando e provando a força de atração de seus obje vos, a efi cácia 
de suas técnicas organizacionais e administra vas,espalhando-se por todo mundo e 
exercendo infl uência, inclusive sobre os comportamentos das pessoas, seus fi éis. As 
Organizações Militares evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais 
e dos exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os tempos modernos com 
uma hierarquia de poder rígida e adoção de princípios e prá cas administra vas 
comuns a todas empresas da atualidade (UNAMA, 2012).
?
VOCÊ 
SABIA
É, em Taylor que recaem nossos interesses imediatos.
O século XX foi palco de grandes realizações em todos os campos do 
saber. Com a Administração não poderia ter sido diferente. Apesar de as empresas, 
em sua forma empírica e embrionária, existirem desde os primórdios dos tempos, 
foi só em 1903 que surgiu o primeiro modelo de Administração, chamado de 
Modelo Científico de Administração, apresentado por Frederick Winslow Taylor. 
Taylor foi um engenheiro americano, nascido em uma família de 
comerciantes de classe média. Em toda sua vida foi disciplinado 
quanto a horários e cumprimento de tarefas. Perfeccionista e 
independente, começou a trabalhar desde cedo, chegando a 
interromper os estudos para trabalhar como aprendiz em uma 
fábrica de amigos da família. De volta aos estudos, formou-se 
em engenharia. Ingressando na Midvale Steel Co, iniciou a sua 
carreira de mecânico. Quando deixou a Midwale, Taylor foi o 
primeiro engenheiro a desenvolver consultoria empresarial 
de forma independente. Obcecado por regras desde a sua 
infância, transportou para a sua vida profi ssional as lições que aprendera, no 
caso, o rigor, a disciplina, o cumprimento às regras. Considerado o fundador da 
Administração Cien fi ca, escreveu o seu primeiro livro Administração de Ofi cinas 
(Shop Management, em 1903, quando iniciou os seus estudos). Em 1911, escreveu 
o segundo livro in tulado Os princípios da Administração cien fi ca (The principles 
27
Administração Geral I - UNIGRAN
O modelo de Administração Científica de Taylor é o marco da aplicação 
de métodos científicos nas indústrias. Tal modelo provocou grandes mudanças 
nas indústrias nos idos do século XX. Foi um modelo pioneiro, que privilegiou os 
moldes da produção, isto é, a forma de produzir. 
Taylor acreditava que alterações na maneira de fazer um trabalho 
poderiam aumentar a produtividade. Para Taylor, na época, a forma de produzir 
carecia de sistematização de métodos de trabalho, padronização de ferramentas, 
determinação de tempo padrão para a realização das tarefas, estabelecimento dos 
papéis dos gestores e dos operários. 
As intervenções de Taylor começam nos Estados Unidos, entre o fim 
da Guerra Civil, no século XIX, e o começo do século XX, período no qual a 
indústria expandiu aceleradamente e cresceu de forma desordenada.
of Scien fi c Management). A publicação do primeiro livro de Taylor marca a primeira 
fase de seus trabalhos, ou seja, a primeira fase da administração cien fi ca. A 
publicação do segundo livro marca a segunda fase. O interessante da vida de Taylor 
é que ele começou por baixo, como ajudante, aprendiz. Os seus estudos resultaram 
de suas observações enquanto trabalhava e atuava junto aos operários na fábrica. 
Taylor acreditava que sempre havia “uma forma mais fácil, mais rápida, mais barata e 
mais efi ciente de executarum trabalho”. Em seus estudos verifi cou que um operário 
médio e com o equipamento disponível produzia muito menos do que era capaz e 
esperado. Concluiu que o operário produ vo recebia a mesma quan a do operário 
com produção inferior, fator esse que levava os operários a não se interessarem pela 
empresa e pela produção (LLATAS, 2012).
CURIOSIDADE
O período da história dos Estados Unidos da América entre 1865 
e 1918 é marcado pela ascensão dos Estados Unidos da América 
como uma das maiores potências militares, polí cas e econômicas 
do mundo.O início deste período caracteriza-se pela reconstrução 
de um país destruído pela Guerra Civil Americana. O crescimento 
da industrialização americana que se iniciara no início do século XIX 
aumentou dras camente após a Guerra Civil Americana, onde o país 
passou por uma Revolução industrial. Técnicas mais modernas, rápidas e efi cientes 
de produção industrial aumentaram dras camente a capacidade de produção das 
fábricas americanas. A construção de uma grande malha ferroviária ao longo do país 
fez com o transporte de produtos de um ponto a outro do país tornasse prá co e 
rápido. Inventores desenvolveram diversos novos produtos. O comércio por atacado 
e varejo do país prosperou, e grandes empresas surgiram.Durante este período, 
o crescimento industrial dos Estados Unidos rendeu-lhes grandes efeitos. Cidades 
tornaram-se os principais centros econômicos do país e a indústria de manufaturação 
e fi nanças superaram a agricultura e a pecuária como as principais fontes de renda dos 
Estados Unidos. O processo de industrialização elevou dras camente a migração rural. 
No fi nal da Guerra Civil Americana, cerca de um quarto da população americana vivia 
em cidades. Em 1918, metade da população do país vivia em áreas urbanas. Além disso, 
este período também é marcado pela grande e improcedente imigração de europeus 
28
Administração Geral I - UNIGRAN
 O volume de produção era enorme, mas a organização, quase inexistente 
para os padrões da época. Para termos uma ideia melhor desse período, grandes 
empresas como Goodyear, General Motors, General Eletric e Bell Telephones já 
estavam operando (MAXIMIANO, 2006). 
Vale salientar que essa expansão estimulou pesquisadores da época, dentre eles 
Taylor, a iniciar estudos sobre eficiência e produtividade dos processos de produção, 
uma vez que a preocupação com a produtividade não é fruto somente dessa escola. 
Adam Smith, quando escreveu a Riqueza das Nações, já demonstra uma grande 
preocupação com a Mais Valia como forma de melhorar a distribuição da riqueza. 
As condições de trabalho e a maneira como se produzia fez com que Taylor e seus 
seguidores dessem a sua contribuição, criando o modelo científico de administração.
Portanto, o modelo científico, como o próprio nome deixa revelar, está 
associado ao fato de se aplicarem métodos de pesquisa para identificar a melhor 
maneira de trabalhar, selecionar e treinar cientificamente os trabalhadores.
De Taylor aos nossos dias, a evolução dos trabalhos e dos modelos de 
gestão tem ocorrido de forma assustadora e em ritmo vertiginoso. O que se vê 
atualmente é uma diversidade de modelos e de novas propostas para a gestão dos 
negócios empresariais e comerciais. 
Cabe, portanto, ao gestor precavido saber em que grau essas propostas se 
encaixam em sua organização.
Observe que o século XXI foi marcado pelas grandes transformações 
mundiais e mudanças tecnológicas, econômicas e sociais. Variáveis do ambiente, 
muitas vezes incontroláveis, impactam importantes decisões empresariais. 
Além disso, os gestores vivenciam diariamente pressões internas 
(conflitos, falta de recursos, mão de obra desqualificada, rotatividade de pessoal 
etc.) e externas (tecnologia, legislação, economia, concorrência, consumidor, 
sindicatos). Tais pressões refletem na busca contínua de modelos de administração 
que possam melhorar o desempenho organizacional. 
ao país.Porém, mesmo com o fi m da Guerra Civil Americana e da derrota dos estados 
do Sul, que haviam se cedido dos Estados Unidos em 1861, o país con nuava dividido 
poli camente, socialmente e economicamente. Logo após a guerra, a polí ca de 
Reconstrução perdurou por mais de uma década. A polí ca de Reconstrução, tendo 
imposto termos humilhantes aos estados do Sul, ajudou a a çar a diferença entre o 
Sul e o resto do país. A maior parte da industrialização e do crescimento econômico 
americano entre 1865 e 1918 ocorreu no Centro-Oeste e principalmente no Norte 
- enquanto que a economia do Sul, completamente destruída pela Guerra Civil, 
demoraria décadas para recuperar-se, e grande industrialização ocorreria somente 
após as primeiras décadas do século XX (ALGO SOBRE, 2012).
29
Administração Geral I - UNIGRAN
Para finalizar esta seção, vamos conhecer os seguidores que também 
compartilhavam de ideias similares e se basearam no pensamento de Taylor. São 
eles: Car Barth (1860-1939), Henry Laurence Gantt (1861–1919), Harrinhton 
Emerson (1853–1931), Frank Gilbreth (1868–1924) e Lilian Gilbreth (1878–1961).
Salienta-se que os referidos seguidores criaram os princípios da 
administração científica, isto porque, para Taylor, a organização e a Administração 
devem ser estudadas cientificamente. Os problemas das organizações devem ser 
pesquisados, estudados, medidos, analisados para encontrar respostas científicas. 
A improvisação precisa ceder lugar ao planejamento e o empirismo para a ciência. 
Informação complementar: Taylor, em sua primeira obra – Shop 
Management –, pregava que: o obje vo da Administração é pagar 
salários melhores e reduzir custos unitários de produção e que para 
realizar tal obje vo, a Administração deve aplicar métodos cien fi cos de 
pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer processos 
padronizados que permitam o controle das operações da fábrica. Nesse 
contexto, os empregados devem ser cien fi camente treinados para aperfeiçoar 
suas ap dões e executar uma tarefa para que a produção normal seja cumprida. 
Finalmente, a administração precisa criar um ambiente de cordialidade e cooperação 
com o trabalhador, para garan r a permanência desse ambiente psicológico.
Já em sua segunda obra - The Principles of Scien fi c Management–, defendia que a 
vadiagem e o desinteresse do operário reduzem a produção, ao mesmo tempo em que 
a ignorância e o engano disseminado entre os trabalhadores pelo sindicato e colegas de 
fábrica de que, se trabalhassem mais rápido perderiam o emprego, resultava na fraca 
produ vidade. Para ele, o sistema defeituoso, ou seja, os métodos empíricos (sem 
padronização, sem treinamento) de trabalho, benefi ciam os operários e resultam na 
inefi ciência da produção. Além disso, a falta de padronização e de uniformidade das 
técnicas e os métodos de trabalho são causadores do desperdício e da baixa produ vidade.
Taylor acreditava que era preciso organizar racionalmente o trabalho e 
aplicar os métodos da administração cien fi ca. Para entender melhor esse 
pensamento, vamos estuda-lo na próxima seção!
Seção 2 - Métodos e elementos da administração científi ca: a 
organização racional do trabalho 
Taylor desenvolveu estudos acerca das técnicas de racionalização do 
trabalho dos operários que, mais tarde, ficaria conhecido como organização 
racional do trabalho. 
Como pesquisador, ele verificou que os operários aprendiam a execução 
das tarefas observando os seus companheiros de trabalho. Isso levava a diferentes 
30
Administração Geral I - UNIGRAN
métodos para fazer a mesma tarefa e a uma grande variedade de instrumentos e 
ferramentas em cada operação. 
Para saber um pouco mais sobre a situação dos operários nas 
indústrias, assistia ao filme Tempos Modernos, do cineasta 
britânico Charles Chaplin. O filme, de 1936, tem como 
personagem principal “o vagabundo”, que tenta sobreviver 
em meio ao mundo moderno e industrializado. O enredo gira 
em torno, basicamente, da substituição dos homens pela máquina, alémdas 
facilidades que podem levar à criminalidade.
Não era estabelecido, assim, um método racional ou processo mais 
eficiente, uma vez que era necessário organizar, de forma racional, o trabalho. É 
exatamente daí que advém a aplicação de métodos científicos na administração 
do trabalho para assegurar máxima produção e mínimo custo. Por essa razão, os 
seguintes princípios deveriam ser seguidos:
a) Princípio de planejamento: substituir a improvisação pela ciência 
através do planejamento do método de trabalho. 
b) Princípio do preparo: preparar os trabalhadores e treiná-los de acordo 
com suas aptidões. Preparar máquinas e equipamentos em um arranjo físico e 
disposição racional. 
c) Princípio do controle: controlar o trabalho de acordo com o plano 
previsto, com a cooperação da gerência para que a execução seja a melhor possível. 
d) Princípio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades 
para que a execução do trabalho seja disciplinada. 
A partir dos quatro princípios mencionados, seria possível traçar os 
métodos e os elementos necessários para a Administração Científica.
e) Padronização de máquinas e ferramentas: padronizar as máquinas e 
ferramentas em tamanhos, tipos, e características próprias ao modelo da produção na empresa.
f) Métodos e rotinas para execução de tarefas: criar rotinas padronizadas 
de tarefas, horários, quantidade e qualidade.
g) Prêmios de produção para incentivar a produtividade: premiar e 
recompensar os operários que produzem mais, criar incentivos para que os demais 
aumentem o ritmo e a produção individual.
h) Divisão do trabalho e especialização do trabalhador em uma 
atividade: dividir o trabalho de um operário em etapas de modo que ele faça 
apenas uma atividade, se especialize, aumentando o ritmo da produção.
i) Melhoria das condições ambientais de trabalho, com iluminação, 
conforto etc.: melhorar as condições de trabalho para que ele, com conforto e 
segurança, aumente o ritmo de trabalho e a quantidade de peças produzidas.
31
Administração Geral I - UNIGRAN
j) Desenho dos cargos, das funções e de tarefas: descrever cada função 
do operário para evitar que pessoas de cargos diferentes façam as mesmas coisas 
ou, tarefas de outros operários. A descrição das tarefas permite estabelecer o que 
o operário deve fazer, como fazer e porque fazer.
k) Conceito de homo economicus: Taylor acreditava que todo operário 
era interesseiro e só aumentaria a produção se ganhasse mais. Criou estímulos 
econômicos para que a produção aumentasse com a redução de tempo, de custos 
e de desperdício material.
l) Estudo da fadiga humana: era preciso aumentar o ritmo de trabalho, 
reduzindo os movimentos desnecessários, reduzindo a fadiga do operário, através 
do estabelecimento de movimentos corretos para cada tarefa executada. 
m) Análise do trabalho e estudo de tempos e movimentos: é preciso 
analisar e pontuar o tempo de cada trabalho realizado, analisar cada tarefa realizada 
e eliminar os movimentos, o esforço humano e as tarefas desnecessárias.
n) Supervisão funcional: estabelecer supervisão na fábrica. Ao supervisor 
cabe o planejamento e o acompanhamento das atividades; e ao operário, cabe a 
execução do trabalho.
o) Treinamento do operário: o operário precisa ser treinado em atividades 
ou tarefas específicas. O treinamento reduz a perda de tempo e aumenta a eficiência. 
CURIOSIDADE
Considerações importantes sobre a Administração Cien fi ca:
 Foi uma teoria pioneira na época, permi ndo repensar os moldes 
de produção.
 Contribuiu para a melhoria da produ vidade industrial.
 Permi u a redução da fadiga humana, a redução do desperdício 
de tempo e materiais, permi u o aumento do rendimento do trabalhador e aumentou 
o ganho fi nanceiro do operário.
 Permi u a dominação do operário através da alienação do operário ao trabalho.
 Valorizou o porte sico. A capacidade de levantar, carregar, transportar, montar, 
colocar, isto é, desfazer e não de pensar.
 Eliminou postos de trabalhos desnecessários.
 Aumentou o rendimento individual do operário.
 Não considerou as condições do ambiente externo (fora da indústria).
 Exagerou na ênfase às tarefas e não à alta administração, restringindo-se às 
a vidades e aos fatores diretamente relacionados ao cargo e à função do operário.
 Precarizou a visão da pessoa (do homem). Os sen mentos não são considerados.
 Crença de que o homem é es mulado por incen vos materiais e econômicos. Surge 
o homo Economicus.
 Superespecialização do trabalhador mediante a aplicação da divisão do trabalho.
 Ausência de comprovação de seus métodos. Taylor foi cri cado por criar uma 
ciência sem o cuidado de apresentar comprovação cien fi ca das suas proposições e 
princípios. Os engenheiros americanos u lizam pouca pesquisa ou experimentação 
cien fi ca. Os resultados de seus trabalhos correspondia e se baseava em dados 
singulares, observados na fábrica.
32
Administração Geral I - UNIGRAN
Reconhecendo seus princípios, segundo Idalberto Chiavenato (2011), o 
conceito de eficiência foi fundamental para o estudo da Administração Científica. 
Eficiência significa a correta utilização dos recursos disponíveis e 
utilizados pelos operários na produção. Ela se preocupa com os meios e métodos 
que precisam ser planejados a fim de assegurar a otimização, ou seja, o maior e 
o melhor aproveitamento dos trabalhadores, dos recursos materiais, dos recursos 
financeiros e das máquinas. 
Para Taylor, eficiência é a relação entre o que foi conseguido e o que pode ser 
conseguido. Quanto maior o conseguido em relação ao que se espera, maior eficiência. 
Para tanto, a análise do trabalho e o estudo de tempos e movimentos seria capaz de 
identificar habilidades para melhor executar uma tarefa e elevar a eficiência do operário.
A organização racional do trabalho busca o melhor método para realizar 
um trabalho, uma vez que entende a produtividade como consequência direta do 
aumento da eficiência: quanto maior a eficiência tanto maior a produtividade.
Para
Refl e r
Para Taylor, à medida que melhoram as condições e os métodos de 
trabalho; é possível melhorar a produ vidade, a redução de custos, o 
tempo de produção e o aumento na quan dade produzida. Com custos 
menores, pode-se também obter produtos mais baratos. Pense nisso... 
Os estudos de Taylor são amplos. Embora tivesse como palco as fábricas e a 
produção, a sua crença de que sempre existe uma forma mais rápida, mais econômica 
e eficaz de se fazer um trabalho, pôde ser aplicada em outros tipos de organização.
Devido a isso, o modelo de Taylor, nascido nos Estados Unidos, foi 
adotado, tempos mais tarde, por fábricas e empresas de todo o mundo. 
Outros modelos de produção foram criados com relativo sucesso. Henry 
Ford, por exemplo, foi um dos industriais que adotou a produção em série nas 
indústrias Ford, como forma de aumentar a produção. Ford acreditava que a 
condição chave da produção em massa é a simplicidade. 
Conheça alguns dos seus postulados:
a) A progressão do produto por meio do processo produtivo deve ser 
planejada, ordenada e contínua.
b) O trabalho deve ser entregue pelo supervisor ao trabalhador, em vez 
de esperar que este tome a iniciativa de ir buscá-lo.
c) As operações de trabalhos devem ser analisadas em todos os seus 
elementos e fases. 
33
Administração Geral I - UNIGRAN
Ford era um industrial inteligente e com forte visão de mercado. Sua 
obra complementou e fortaleceu a Administração Científica.
Retomando a conversa inicial
Informação complementar - Fordismo:
O que é: fordismo é um sistema de produção, criado pelo empresário 
norte-americano Henry Ford, cuja principal caracterís ca é a fabricação 
em massa. Henry Ford criou este sistema em 1914 para sua indústria de 
automóveis, projetando um sistema baseado numa linha de montagem.
Obje vo do sistema: o obje vo principal deste sistema era reduzir ao 
máximo os custos de produção e assim baratear o produto, podendo vender para 
o maior número possívelde consumidores. Dessa forma, dentro deste sistema de 
produção, uma esteira rolante conduzia o produto, no caso da Ford, os automóveis, e 
cada funcionário executava uma pequena etapa. Logo, os funcionários não precisavam 
sair do seu local de trabalho, resultando numa maior velocidade de produção. Também 
não era necessária u lização de mão de obra muito capacitada, pois cada trabalhador 
executava apenas uma pequena tarefa dentro de sua etapa de produção. O fordismo 
foi o sistema de produção que mais se desenvolveu no século XX, sendo responsável 
pela produção em massa de mercadorias das mais diversas espécies.
Declínio do fordismo: na década de 1980, o fordismo entrou em declínio com o 
surgimento de um novo sistema de produção mais efi ciente. O Toyo smo, surgido 
no Japão, seguia um sistema enxuto de produção, aumentando-a, reduzindo custos 
e garan ndo melhor qualidade e efi ciência no sistema produ vo.
Fordismo para os trabalhadores: enquanto para os empresários o fordismo foi muito 
posi vo, para os trabalhadores ele gerou alguns problemas como, por exemplo, trabalho 
repe vo e desgastante, além da falta de visão geral sobre todas as etapas de produção 
e baixa qualifi cação profi ssional. O sistema também se baseava no pagamento de baixos 
salários como forma de reduzir custos de produção (SUA PESQUISA, 2012).
Até aqui tudo correu muito bem, correto? Mesmo assim, é 
necessário sinte zar o que foi visto até agora para eliminarmos 
quaisquer dúvidas. Fique atento!
 Seção 1 - O modelo científico de administração
Nesta seção, você estudou sobre os principais pontos da Administração 
Científica de Frederick W. Taylor. Aprendeu que Taylor e seus seguidores criaram 
um modelo de administração que contribuiu para resolver os problemas industriais 
relativos à produção nos Estados Unidos, entre os períodos do pós-guerra e da 
Revolução Industrial. A Revolução Industrial foi o marco para o surgimento dessa 
teoria, hoje denominado de Modelo Científico de Produção e Administração. 
 Seção 2 - Métodos e elementos da administração científica: a 
organização racional do trabalho 
34
Administração Geral I - UNIGRAN
Nesta seção, você aprendeu que a Administração Científica de Taylor 
prioriza as tarefas e o modo de executá-las, criando meios, elementos, princípios 
e métodos para a sua melhor execução. Dentre os seus elementos, destaca-se a 
Organização Racional do Trabalho. A divisão do trabalho permitiu a especialização 
do operário, o aumento do ritmo de trabalho e o melhor ganho salarial do operário. 
A Teoria de Taylor resultou na primeira tentativa de produzir levando 
em conta métodos científicos, calculados e padronizados. No primeiro período, 
Taylor voltou-se para a racionalização do trabalho dos operários. No segundo 
período, definiu e criou os princípios de Administração, aplicáveis a todas as 
situações das empresas. 
A forma encontrada por Taylor para obter a colaboração dos operários 
foi à criação de incentivos salariais, prêmios de produção, melhoria nos horários 
de trabalho, redução da fadiga humana.
O modelo de Taylor preconizava a eficiência e a produtividade da 
produção. Foi uma teoria limitada aos aspectos internos e voltada à produção. 
Contudo, essas limitações não tiram o mérito na tentativa de buscar a melhoria 
das condições de trabalho e a melhoria dos resultados industriais e empresariais.
Taylor acreditava que com métodos científicos, calculados, racionais, 
sempre seria melhor forma de fazer uma tarefa.
Esperamos que todos tenham entendido e aproveitado o conteúdo da Aula 02! 
Mas, se ainda exis rem dúvidas, acesse o ambiente virtual e u lize as ferramentas 
apropriadas para dialogar com colegas e docentes. Além disso, é importante 
que refl itam sobre os conteúdos e as estratégias didá cas empregadas para a 
aprendizagem desta aula: o que foi bom? O que pode melhorar? 
Lembrem-se de que estamos esperando suas sugestões para melhorar 
nossos recursos e técnicas didá cas u lizados no curso. Afi nal, na EAD, a 
construção de conhecimento é um trabalho de todos. Par cipe! Ah, não se 
esqueça de realizar as a vidades disponibilizadas no ambiente virtual, as 
quais representam a avaliação con nuada para o estudo desta Aula.
Sugestões de leituras, sites e fi lmes
Leituras
BRAGA, Ruy. Nostalgia do fordismo. São Paulo: Xama, 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 8. ed. 
São Paulo: Campus, 2011. 
COSTA, Paulo Moreira. Taylorismo: após 100 anos, nada superou o modelo de 
gestão? Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.
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