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Fisiologia do Sistema Cardiovascular

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FISIOLOGIA VETERINÁRIA 
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
A fisiologia cardiovascular é o estudo da função do 
coração, dos vasos sanguíneos e do sangue. Qual 
a função primária do sistema cardiovascular? A 
função primária do sistema cardiovascular pode 
ser resumida em uma palavra: transporte. A 
corrente sanguínea transporta numerosas 
substâncias que são essenciais para a manutenção 
da vida e da saúde, incluindo o oxigênio e os 
nutrientes necessários para as células do corpo. 
Ainda, o sangue também transporta gás carbônico 
e outros produtos metabólicos não aproveitáveis 
para longe das células metabolicamente ativas, 
encaminhando-os para os pulmões, para os rins e 
para o fígado, onde serão excretados. 
• Em cada tecido do corpo, a função normal 
depende do fluxo sanguíneo adequado. 
Então, quanto maior a taxa de 
metabolismo em um tecido, maior será a 
necessidade de fluxo sanguíneo. A 
condição em que há um inadequado fluxo 
sanguíneo é chamada de isquemia. A 
isquemia persistente leva à lesão tecidual 
permanente (infarto) e, por fim, morte 
celular (necrose). 
• Esse sistema transporta o sangue pelos 
tecidos, levando oxigênio, nutrientes, 
hormônios, fatores de coagulação, células 
de defesa e calor. Gás carbônico e 
catabólitos produzidos pelas células são 
recolhidos e conduzidos aos locais onde 
são eliminados. Assim, contribui para a 
homeostase e o funcionamento do 
organismo. 
Senta que lá vem a história: Muitos estudantes de 
veterinária têm dificuldade em entender a 
fisiologia cardiovascular, tendem a concordar com 
William Harvey, pai da fisiologia cardiovascular, 
cuja ideia inicial era que os movimentos do 
coração e do sangue eram tão complexos que só 
poderiam ser compreendidos por Deus. Harvey, 
porém, insistiu e conseguiu provar que o coração 
direciona sangue através dos vasos sanguíneos em 
um padrão circulatório. Mais antigamente ainda, 
pensava-se que o sangue fluía para fora do 
coração por dentro de vasos sanguíneos e que na 
volta passava pelos mesmos vasos sanguíneos. Em 
outras palavras, achavam que o sangue fluía como 
se fosse uma maré. 
Todavia, todos nós sabemos que o sistema 
cardiovascular é um sistema circulatório, e não um 
sistema de marés, ora. Logo, é de suma 
importância para todo médico veterinário 
entender a função cardiovascular, bem como 
entender, diagnosticar e tratar a disfunção 
cardiovascular; uma vez que a função 
cardiovascular normal é essencial para a 
manutenção da vida e da saúde. 
“Considerando que a função cardiovascular 
normal é essencial à vida e à saúde, o 
entendimento prático da função e disfunção 
cardiovascular é essencial para o clínico 
veterinário.” Dr. David Detweiler 
✓ É importante entender o sistema 
circulatório e a angiologia, que é o estudo 
dos vasos sanguíneos. 
 
 
 
 
 
 
Funções do sistema cardiovascular: 
1. Transporte de: substâncias para o 
metabolismo celular, produtos do 
metabolismo celular, hormônios, água e 
eletrólitos. 
2. Defesa 
3. Termorregulação 
Você achou semelhante com as funções de algo? 
Isso mesmo, são extremamente semelhantes às 
funções do sangue. Então, o sistema 
cardiovascular e suas funções estão diretamente 
relacionadas com o sangue. 
Sangue 
O sangue é um tipo de tecido conjuntivo 
especializado, sendo um tecido conjuntivo líquido 
que está contido no sistema cardiovascular, que o 
mantém em um movimento regular e 
unidirecional. 
O sangue transporta as substância essenciais para 
as células do organismo, incluindo oxigênio, 
nutrientes, glicose, aminoácidos e hormônios. O 
sangue também leva vários produtos metabólicos 
não aproveitáveis, como gás carbônicos, ácido 
láctico e calor, para longe das células do 
organismo. Apesar do calor produzido não ser um 
produto não aproveitável, seu transporte até a 
superfície corpórea é muito importante, pois os 
tecidos profundos poderiam ficar superarquecidos 
e apresentar disfunções. 
O sangue também transporta hormônios. Por 
exemplo, a insulina, produzida por células do 
pâncreas, é carreada pelo sangue às células ao 
longo do organismo, promovendo a captação de 
glicose. A produção inadequada de insulina resulta 
na entrada inadequada de glicose nas células, ao 
mesmo tempo em que a concentração de glicose 
no sangue aumenta para níveis altos. A baixa 
concentração intracelular de glicose, 
particularmente, é prejudicial para a função 
nervosa, e as consequências podem ser graves ou 
letais. 
Outro hormônio, adrenalina, é liberado na 
corrente sanguínea por células da medula 
suprarrenal nos períodos de estresse. 
O sangue também é um componente bastante 
importante para a defesa, por meio dos leucócitos 
e plaquetas. 
Vasos Sanguíneos 
Os vasos sanguíneos são órgãos em forma de 
tubos que se ramificam por todo o organismo por 
onde circula o sangue. São estes as artérias, veias 
e capilares. 
O componente que impulsiona o sangue é o 
coração. Vasos que levam o sangue do coração são 
as artérias de grande, médio e pequeno calibre, as 
arteríolas e os capilares. Aos capilares se seguem 
as vênulas e veias de vários calibres que 
aumentam progressivamente de calibre e 
retornam o sangue ao coração. 
As artérias são vasos eferentes, com diâmetro 
progressivamente menor, servem para o 
transporte sangue do coração para o resto do 
corpo. As artérias estão mais profundas e tem uma 
coloração rósea com o animal vivo. São estas 
artérias de grande, médio e pequeno calibre e 
arteríolas. Desembocam nos tecidos (órgãos). 
 
 
 
 
 
 
As veias, em contrapartida, são vasos aferentes, 
com diâmetro progressivamente maior, e servem 
para a drenagem de sangue do corpo para o 
coração. As artérias estão mais profundas no 
corpo. As veias tendem a ser mais superficiais e 
tem uma coloração mais azulada. Desembocam no 
átrio direito do coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A estrutura geral dos vasos sanguíneos consiste 
em: 
✓ Túnica Adventícia: camada externa 
formada por tecido conjuntivo com 
colágeno tipo I e fibras elásticas, sendo 
contínuo com o conjuntivo adjacente. É 
formada por tecido fibroso ou seroso. No 
caso, artéria é fibroso e veia é seroso. 
✓ Túnica Média: camada média formada por 
músculo liso e fibras elásticas. No caso, 
artéria é musculatura lisa e fibras elásticas, 
e veia é musculatura lisa. O limite externo 
da túnica média é a lâmina elástica 
externa. 
✓ Túnica Íntima: camada mais interna em 
contato íntimo com a luz, formada por 
células endoteliais, apresentando assim 
um endotélio, uma lâmina basal com 
tecido conjuntivo frouxo e uma camada 
subendotelial. O limite externo da túnica 
íntima é a lâmina elástica interna. No caso, 
artéria tem células endoteliais, e veia tem 
células endoteliais e ocorre a formação de 
valvas para que o sangue não volte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capilares são vasos de menor tamanho apoiados 
na lâmina basal e serve para troca de nutrientes. 
Conforme a aorta se ramifica em vasos 
progressivamente menores, os diâmetros desses 
vasos tornam-se menores, mas o número de vasos 
aumenta. Uma aorta irriga com sangue 45.000 
artérias terminais, cada uma ramificando-se, por 
sua vez, em mais de 400 arteríolas. Cada arteríola, 
tipicamente, ramifica-se em cerca de 80 capilares. 
Os capilares têm um diâmetro tão pequeno, que 
as hemácias precisam parar em fila única, e a 
velocidade de fluxo sanguíneo dentro dos 
capilares é baixa. O sangue move-se rapidamente 
pela aorta e pelas artérias de grande calibre. A 
essa velocidade, o sangue é levado do coração 
para todas as partes do corpo em menos de 10 
segundos. A velocidade do fluxo sanguíneo 
diminui conforme o sangue deixa as artérias e 
entra nas arteríolas e capilares em cada tecido. A 
velocidade do fluxo sanguíneo nos capilares é tão 
baixa, que o sangue leva, normalmente, 1 segundo 
para passar por 0,5 mm do comprimentodo 
capilar. O sangue dos capilares é coleto por 
vênulas e veia e é levado, com certa velocidade, de 
volta ao coração no átrio direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para verificação da dinâmica normal do fluxo 
sanguíneo utiliza-se, no exame físico clínico, o a 
interpretação do tempo de preenchimento capilar 
(TPC). O examinador (vocês) localiza uma área de 
membrana epitelial não pigmentada (geralmente 
é uma área não pigmentada da gengiva). Esse 
tecido normalmente é de cor rósea (mucosa 
corada), em decorrência de um fluxo adequado de 
sangue através de pequenos vasos. Então, o 
examinador aplica uma pressão firme na área com 
o dedo por 1 ou 2 segundos, o que comprime 
todos os pequenos vasos sanguíneos e retira o 
sangue deles. Imediatamente após você tirar o 
dedo, o tecido fica bastante pálido, devido à 
ausência de sangue nos pequenos vasos. Em caso 
de uma circulação normal, fisiológica, o fluxo 
sanguíneo será restaurado dentro de 1 a 2 
segundos (tempo normal de preenchimento dos 
capilares). Um tempo prolongado de 
preenchimento dos capilares é um indicativo de 
má perfusão do tecido e, por interferência, de uma 
circulação lenta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vascularização e inervação dos vasos: 
✓ Vasa vasorum (vasos dos vasos): presente 
em grandes vasos, sendo arteríolas, 
capilares e vênulas nutrientes que ficam na 
adventícia, nutrindo as túnicas adventícia e 
média. 
✓ Sistema nervoso autônomo periférico: 
vasodilatação periférica 
✓ Sistema nervoso autônomo 
parassimpático: vasoconstrição periférica 
Coração 
 
 
 
 
 
 
O coração é o órgão central do sistema 
cardiovascular, sendo uma bomba muscular com 
contrações ritmadas que impulsiona sangue 
através dos vasos sanguíneos. Distribui sangue 
oxigenado do ventrículo esquerdo através da 
aorta para todo o corpo, e recebe sangue venoso 
no átrio direito pelas veias cavas. Possui quatro 
câmaras: átrio esquerdo, átrio direito, ventrículo 
esquerdo e ventrículo direito. 
A circulação sistêmica é maior e conduz sangue 
oxigenado do coração para todos os órgãos do 
corpo e transporta o sangue desoxigenado de 
volta para o coração. A circulação pulmonar é 
menor e transporta o sangue desoxigenado do 
coração para o tecido de troca dos pulmões, onde 
ele é oxigenado antes de ser devolvido ao coração. 
Circulação sistêmica ou grande circulação: O 
sangue é bombeado do ventrículo esquerdo até a 
aorta. A aorta divide-se e subdivide-se para formar 
várias artérias, que levam sangue fresco e 
oxigenado para cada órgão do corpo, com exceção 
do pulmão. Depois que o sangue passa pelos 
capilares dos órgãos, ele entra nas veias. Pequenas 
veias se juntam para formar veias maiores para 
levar o fluxo sanguíneo para as veias cavas. Ambas 
as veias cavas desembocam no átrio direito. 
Os vasos sanguíneos presentes entre a aorta e a 
veia cava (incluindo os vasos sanguíneos de todos 
os órgãos do corpo, exceto dos pulmões) 
contemplam a circulação sistêmica. 
Circulação pulmonar ou pequena circulação: Do 
átrio direito, o sangue passa ao ventrículo direito, 
que o bombeia para o tronco pulmonar, que emite 
as artérias pulmonares que vão conduzir sangue 
desoxigenado para os alvéolos pulmonares. As 
veias pulmonares transportam o sangue 
oxigenado de volta ao átrio esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É revestido externamente pelo pericárdio, que 
pode ser dividido em seroso e fibroso. A parte 
visceral do pericárdio seroso fica intimamente e 
externamente ao miocárdio, sendo chamada 
também de epicárdio. A parte parietal do 
pericárdio seroso se fusiona com o pericárdio 
fibroso. Entre as duas partes do pericárdio seroso 
há a cavidade pericárdica com líquido pericárdico. 
Revestindo internamente as câmaras cardíacas, há 
o endocárdio. 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo Cardíaco 
Cada ciclo completo de contração e relaxamento 
do coração é denominado ciclo cardíaco. 
Conforme o músculo cardíaco relaxa, os átrios e os 
ventrículos são preenchidos com sangue venoso. 
Durante a contração cardíaca, uma parte desse 
sangue é ejetada para dentro das artérias. 
• Contração – sístole. 
• Relaxamento – diástole. 
A contração cardíaca começa com a contração dos 
átrios direito e esquerdo, e em seguida os 
ventrículos direito e esquerdo começam a se 
contrair. A contração atrial ajuda a terminar o 
preenchimento de sangue dos ventrículos. A 
contração ventricular ejeta o sangue para fora do 
ventrículo esquerda em direção à aorta e para fora 
do ventrículo direito em direção ao tronco 
pulmonar, que vai para as artérias pulmonares. 
Depois dos átrios e ventrículos se contraírem, eles 
vão relaxam e vão começar a se preencher. 
A sequência contrátil completa é iniciada e 
organizada por um sinal elétrico, um potencial de 
ação, que se propaga de célula muscular para 
célula muscular, através do coração. 
Basicamente, há duas principais partes do ciclo 
cardíaco: sístole e diástole. Durante a sístole, o 
músculo cardíaco contrai e o sangue é ejetado dos 
átrios para os ventrículos e então do ventrículo 
esquerdo em direção à aorta e do ventrículo 
direito ao tronco pulmonar, que vai para as 
artérias pulmonares. Durante a diástole, o coração 
relaxa e preenche-se com sangue para ser ejetado 
na próxima contração sistólica. 
Em cada lado, os óstios atrioventriculares direito e 
esquerdo apresentam as valvas atrioventriculares 
direita (tricúspide) e esquerda (mitral ou 
bicúspide). A duas valvas impedem que o sangue 
retorne do ventrículo para o átrio na fase sistólica. 
Durante a sístole, a valva tricúspide fecha-se e o 
sangue é ejetado pelo ventrículo pela valva 
pulmonar para o tronco pulmonar e as artérias 
pulmonares. Durante a sístole, a valva mitral 
fecha-se à medida que o ventrículo se contrai e 
ejeta o sangue pela valva aórtica para as artérias 
coronárias e a aorta. 
Durante a diástole, a volta do sangue do tronco 
pulmonar para o ventrículo direito é impedida 
pela valva do tronco pulmonar. Durante a diástole, 
a volta do sangue da aorta para o ventrículo 
esquerdo é impedida pela valva da aorta. Ambas 
essas valvas apresentam três válvulas 
semilunares. Ainda, as valvas atrioventriculares se 
abrem na diástole, enquanto as válvulas 
semilunares se fecham. 
Sistema Condutor do Coração 
As Contrações Cardíacas são Iniciadas por 
Potenciais de Ação que Surgem 
Espontaneamente em Células Marca-Passo 
Especializadas e Um Sistema de Células 
Musculares Inicia e Organiza Cada Batimento 
Cardíaco 
O potencial de ação cardíaco leva à contração, se 
uma única célula muscular cardíaca despolarizar e 
formar um potencial de ação, este irá ser 
propagada de célula para célula no coração, 
fazendo com que todo o coração se contraia. 
Existem células cardíacas especializadas em 
despolarizar-se espontaneamente, gerando 
potenciais de ação por si próprias. Essas são as 
células marca-passo, pois iniciam os batimentos 
cardíacos, determinando a frequência, ou ritmo, 
do coração. 
✓ Os neurônios motores (simpático e 
parassimpático) influenciam na frequência 
cardíaca na rapidez com que as células 
marca-passo se despolarizam, mas não 
necessário para iniciar as contrações 
cardíacas (diferente das contrações dos 
músculos esqueléticos). A capacidade do 
coração bater sem estímulo nervoso 
permite que corações transplantados 
funcionem. 
Cada batimento cardíaco normal é iniciado por um 
potencial de ação que surge espontaneamente de 
uma célula marca-passo do nó sinoatrial, que fica 
próximo ao átrio direito. Em seguida, o potencial 
de ação passa de célula para célula através do nó 
atrioventricular, que desce para o feixe 
atrioventricular (ou feixe de His). O nó 
atrioventricular e o feixe atrioventricular 
representam a única via para a propagação dos 
potenciais de ação dos átriospara os ventrículos. 
Finalmente, o potencial de ação entra em uma 
rede de ramos especializados do feixe 
atrioventricular, que formam os ramos de feixes 
esquerdo e direito. No ápice ventricular, os ramos 
de feixes dividem em uma rede de fibras de 
Purkinje (plexo subendocárdico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inervação extrínseca: 
• Fibra parassimpática (colinérgica): retarda 
a frequência cardíaca, bem como a 
velocidade de condução e contratilidade. 
• Fibra simpática (adrenérgica) acelera a 
frequência cardíaca, bem como a 
velocidade de condução e a contratilidade. 
Débito Cardíaco 
É a quantidade de sangue que deixa o coração, 
sendo determinado por dois fatores: volume de 
injeção, que é a quantidade de sangue ejetada 
com cada sístole, e a frequência cardíaca, sendo o 
quão frequente o coração se contrai. 
DC (Débito Cardíaco) = VE (Volume de Ejeção) × FC 
(Frequência Cardíaca) 
Então, se nós sabemos que o coração do cão ejeta 
dois mililitros (mL) de sangue para a aorta com 
cada contração sistólica e sua frequência cardíaca 
sendo de 100 batimentos por minuto, o débito 
cardíaco do animal pode ser calculado utilizando 
nossa fórmula: DC (Débito Cardíaco) = VE (Volume 
de Ejeção) × FC (Frequência Cardíaca) DC = 2 
mL/min (VE) × 100 batimentos/min (FC) = 200 
mL/min 
O débito cardíaco para este cão seria de 200 mL de 
sangue por minuto. 
Circulação Fetal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na placenta, o feto não tem contato com oxigênio. 
A principal diferença entre um feto e um recém-
nascido é que o recém-nascido recebe oxigênio 
através de seus próprios pulmões, e o feto recebe 
oxigênio do sangue de sua mãe. 
O feto recebe oxigênio pela placenta. O sangue 
oxigenado da placenta flui ao feto pela veia 
umbilical. O vaso que carrega sangue oxigenado ao 
feto é denominado veia porque ele flui em direção 
ao coração do feto. 
O sangue oxigenado da veia umbilical passa pelo 
fígado e pelo ducto venoso, que desemboca na 
veia cava caudal. O sangue irriga o átrio direito, e 
depois vai do átrio direito para o átrio esquerdo 
pelo forame oval. Em seguida, o sangue da artéria 
pulmonar vai para o ducto arterioso chegando na 
aorta. No final, o sangue é enviado de volta à 
placenta pelas artérias umbilicais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circulação Portal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A veia porta e seus tributários formam um sistema 
de derivação que tem início e fim nos leitos 
capilares. A veia porta coleta sangue 
desoxigenado dos capilares no trato 
gastrointestinal e outros órgãos ímpares da 
cavidade abdominal (baço e pâncreas). Os vasos 
capilares nas vísceras abdominais confluem e se 
unem para formar a veia forma, que lança sangue 
em direção ao fígado. 
A veia porta interage, dentro do fígado, com os 
capilares hepáticos. Quando o sangue atravessa o 
fígado e atinge seu lado cranial, ele é coletado por 
veias para desembocar na veia cava caudal. 
✓ Veia porta: ventral a veia cava caudal, 
formada pela confluência dos vasos que 
drenam a maior parte dos intestinos, do 
estômago, do baço e do pâncreas. Recebe: 
as veias mesentéricas (caudal e cranial), 
veia esplênica e veias cólicas. Se distribui 
internamente no fígado por capilares 
arteriais, depois forma capilares venosos 
para formar a veia hepática onde 
desemboca na veia cava caudal. 
Aplicação Clínica - Venopunção 
Pequenos animais 
✓ Veia cefálica 
✓ Veia femoral 
✓ Veia safena lateral 
✓ Veia jugular externa 
Grandes animais 
✓ Veia jugular 
✓ Veia coccígea 
✓ Veia epigástrica caudal superficial (bovinos 
lactantes)

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