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ÓPTICA FISIOLÓGICA 2

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Sumário 
O Professor 5
1Unidade II
1Acomodação e Convergência 7
1.1 Cristalino e teoria acomodativa 7
1.2 Estímulos e componentes acomodativos 12
1.3 Alterações acomodativas 13
1.3.1 Hiperfunção acomodativa 14
1.3.2 Investigação 16
1.3.3 Hipofunções acomodativas 20
1.4 Anatomia 22
1.5 Componentes da convergência 24
1.6 Pseudoestimulação da convergência 25
Referências 27
Objetivos da Disciplina:
• Entender o Cristalino e a teoria acomodativa;
• Estudar sobre os estímulos e componentes acomodativos, como também 
as alterações acomodativas;
• Aprender sobre a anatomia, os componentes da convergência e a pseu-
doestimulação da convergência.
5
 O Professor
Prof. Marcelo Santana
Sou o professor Marcelo Santana. Tenho formação 
técnica em Óptica pelo Senac – SP (2005), sou gradua-
do em Óptica e Optometria pela Brazcubas (2009), 
onde também realizei pós-graduação em Optometria 
Avançada (2013), e estou terminando a pós-gradua-
ção em Ortóptica e Ciência da Visão pelo Centro Uni-
versitário Celso Lisboa, no Rio de Janeiro (2017).
Trabalhei em óptica desde 1999, após a formação 
em optometria, atuei em gabinete e hospital em São 
 Paulo. Sou docente da Brazcubas há quase 7 anos, 
onde ministro aulas de: Anatomia Ocular, Patolo-
gia Ocular, Avaliação de Saúde Ocular, Semiologia 
 Ocular, Optometria Prática e estágios.
Será um prazer compartilhar com você o fantástico 
conhecimento sobre a visão!
Acomodação e Convergência 7
1 Unidade II
1 Acomodação e Convergência
1.1 Cristalino e teoria acomodativa
Enquanto feto, o cristalino possui uma cor avermelhada, com risco de se desfazer 
ao leve toque (NAKANAMI, ZIN e BELFORT, 2010). O cristalino fi ca suspenso por meio 
das fi bras zonulares, do músculo ciliar. As fi bras ajudam o cristalino a modifi car a sua 
ação e a mudar a sua face anterior, ajustando o foco na retina (acomodação). 
Contudo, no recém-nascido, essa ação do cristalino não está completa. Estará 
funcionando em pleno desenvolvimento a partir do quarto ou quinto mês de vida 
(NAKANAMI, ZIN e BELFORT, 2010).
1Comando 
Tabela
Unidade II
8 Acomodação e Convergência
Músculo ciliar
Fibras Zonulares
Cristalino
A maturação acomodativa ocorrerá apenas após o desenvolvimento da retina. 
Período de 3 a 4 meses de vida (DANTAS, 2002).
No decorrer da vida, o cristalino, em seu peso e volume, será modifi cado, 
dobrando os seus valores iniciais.
Do nascimento aos quatro anos, o cristalino diminui sua diop-
tria (poder de foco – conhecido popularmente como grau), de 40D a 19D 
(NAKANAMI, ZIN e BELFORT, 2010). 
O processo acomodativo dependerá da falta de nitidez da imagem 
na retina. Quando a informação enviada pelas retinas de ambos os olhos 
for enviado ao córtex visual, o ajuste da imagem (se tiver sem nitidez) terá 
outro processo. 
Passará pelo núcleo Edinger-Westphal (núcleo oculo-
motor – processo motor). O núcleo, que é altamente 
especializado, transmitirá sinais de ajustes ao músculo 
ciliar (III par de nervo craniano) depois gânglio ciliar, nervo 
ciliar curto, com isso, o cristalino será estimulado a mudar 
a sua curvatura e fi nalmente ocorrerá o ajuste do foco na 
retina (SALMOR, 2013, e HENTSCHEL, 2013).
A acomodação, tanto em adultos quanto na infância, será infl uenciada 
pela: 1. Convergência (em que ambos os olhos se direcionam para o nariz, 
quando algum objeto se aproxima, para manter a imagem na retina – processo 
que conta com a ação dos músculos extrínsecos); 2. Vergência (assertividade dos 
movimentos oculares simultaneamente); 3. Amadurecimento da Estereopsia 
(noção de profundidade) (SAUNDERS e BRENNAN, 2013).
Unidade II
Acomodação e Convergência 9
Todas as vezes que mudamos a distância do 
objeto que estamos enxergando (foco para longe-
-perto, e perto-longe), ela será projetada na retina de 
forma desfocada. Para que a imagem do objeto se 
mantenha nítida na retina, o cristalino muda o seu 
formato (altera a sua espessura) para ajustar o foco 
(KAUFMAN e ALM, 2003).
A tabela 1.1 mostrará quais estruturas anatômicas participarão do processo de 
acomodação, enquanto a tabela 1.2 demonstrará o tempo de reação acomodativa. 
Tabela 1.1 – Ação fisiológica no processo acomodativo
Músculo Ciliar Fibras Zonulares Cristalino Ação
Contrai Relaxa Aumenta a dioptria Acomodação
Relaxa Contrai Diminui a dioptria Desacomodação
Fonte: SALMON (2013).
O tempo de reação e ajuste desse foco (longe-perto ou perto-longe) 
ocorre em uma variação em segundos. Juntamente com a reação pupilar e 
de convergência (KAUFMAN e ALM, 2003; NOORDEN’S, 1980). Esse processo 
será conhecido como fl exibilidade acomodativa, pois o sistema visual, ao se 
concentrar em distintas distâncias, precisará ser rápido e efi ciente no ajuste 
dos focos (PARRA e GARCIA, 2010).
Unidade II
10 Acomodação e Convergência
Tabela 1.2 – Tempo de reação da função acomodativa
Tempo de reação 
acomodativa 
após estímulo
Reação 
longe/perto
Reação 
perto/longe
Convergência 
após 
estímulo
Contração 
pupilar após 
estímulo (luz)
0,36 seg. 0,64 seg. 0,56 seg. 0,20 seg.
De 0,26 a 
0,30 seg.
Fonte: KAUFMAN e ALM (2003).
A mudança acomodativa de longe para perto é chamado de 
“Acomodação Positiva” e o inverso, ou seja, mudança acomodativa de perto 
para longe se chama “Acomodação Negativa”. Acomodação Positiva é ajus-
tada pelo sistema nervoso parassimpático, porém, a Acomodação Negativa 
não se sabe se ocorre por uma redução do parassimpático ou ação do simpá-
tico (PARRA e GARCÍA, 2010). 
Vamos ao AVA!
Para entender melhor sobre a acomodação, assista ao vídeo 1 da unidade  2. 
Esse conteúdo é muito importante para sua formação profi ssional. Aproveite 
e bons estudos! 
No decorrer da vida (infância até a média idade) ocorre alteração refrativa 
pelo aumento axial do olho, mudança de índice refrativo dos meios transparentes 
ou ainda por razões patológicas. A acomodação também sofrerá mudanças. 
Essas mudanças infl uenciarão no poder dióptrico do cristalino. Damos 
o nome de “Amplitude de Acomodação” (AA). A idade, iluminação e o esforço 
visual vão interferir na amplitude do paciente (KAUFMAN e ALM, 2003). Quando 
olhamos para longe (com nitidez), chamamos esse ponto de “punctum remotum”. 
Usaremos a sigla “PR”. 
Unidade II
Acomodação e Convergência 11
Amplitude de Acomodação é inversamente progressiva em relação à 
idade. Diminui a amplitude de acomodação conforme o aumento da idade. 
O primeiro a observar esse conceito foi Duane (1912) (REINECKE e HERM, 1996).
Os ajustes de foco gerarão curvaturas distintas no cristalino, como já 
citado, que chamamos de dioptrias (conhecido popularmente como “grau” 
[igual ao conceito das lentes dos óculos]). Esse esforço será conhecido como 
“Amplitude de Acomodação”, que costuma ser igual em ambos os olhos (RIO, 
1972; SALMON, 2013; REINECKE e HERM, 1996; ELDER’S, 1997).
Quando aproximarmos um objeto até desfocar “punctum proximum”, 
usaremos a sigla “PP”. Chamamos a distância entre o PR e o PP de via de acomo-
dação. No percurso da via de acomodação, o cristalino mudará a curvatura, 
ajustando todas as imagens que estiverem dentro do espaço (PR a PP) quando 
desfocados na retina (quando o objeto, que terá a sua imagem na retina, for de 
interesse do observador). 
A distância de leitura ou, para alguns, a distância de trabalho deve ser a 40 cm. 
A distância de trabalho, que será a 40 cm, é conhecida como Distância de Harmon. 
Como medir a distância de Harmon? Basta fechar a mão (como se fosse dar um 
soco), colocar essa mão fechada no nariz e, com a outra mão, segurar a tabela de 
perto e afastar na distância do cotovelo (pode medir essa distância também até a 
mesa para fazer uma leitura). Qualquer alteração nessa distância será uma evidência 
de alteração postural e visual.
Unidade II
12 Acomodação e Convergência
Na distância de Harmon, acomodamos 2,50 dioptrias de amplitude. Para uma 
leitura confortável, além das 2,50 dioptriasacomodadas, deverá ter mais 2,50 diop-
trias na reserva. Depois dos 40 anos, dependendo do problema visual (que será 
estudado na disciplina de Óptica Fisiológica II), o indivíduo se queixará de visão emba-
çada, esticando o braço para melhorar o desconforto (ou seja, alterará a Distância 
de Harmon). A perda da amplitude de acomodação que provoca o afastamento na 
leitura após os 40 anos chamamos de presbiopia. 
No início da vida, a uma distância de 7 cm de distância, acomoda 14 dioptrias; 
aos 36 anos, a distância para perto estará a 14 cm, com 7 dioptrias. Dependendo 
do problema que o tenha feito usar óculos, a distância será de 25 cm com 4 diop-
trias (porém, a partir da idade escolar até o fi nal da vida, o correto será manter a 
Distância de Harmon). (REINECKE e HERM, 1996; RÍO, 1972; ELDER’S, 1997; COBB, 
2012). Segundo Micó (2011), diferentes componentes acomodativos se subdividem 
em: tônico, convergencial (ou vergencial), proximal, refl exa, voluntária, campo vazio e 
presbiopia. Na Tabela 2.3 temos as características dos componentes acomodativos.
Na leitura de forma confortável, será usada apenas metade da amplitude de 
acomodação, enquanto a outra metade se manterá na reserva.
1.2 Estímulos e componentes acomodativos
Tabela 1.3 – Componentes acomodativos e características
Componentes 
Acomodativos
Características
Tônica
Mesmo sem estímulo de qualquer natureza, ocorre a acomo-
dação, pois o tônus do músculo ciliar relaxa, podendo chegar 
até uma dioptria. Diminui com a idade . 
Convergencial
(ou vergencial)
Quantidade da acomodação estimulada ou relaxada pela 
mudança da convergência (AC/A). Processo considerado o 
segundo mais importante . 
Unidade II
Acomodação e Convergência 13
Componentes 
Acomodativos
Características
Proximal
Sensação aparente de proximidade (psicológico), mesmo o 
objeto distante . 
Refl exa
Ocorrerá quando a imagem do objeto não tiver nitidez na 
retina. Os movimentos sacádicos (movimento rápido de fi xação, 
de ambos os olhos, em distintos pontos no espaço), pelos 
movimentos criarão “gradientes de luminância da imagem”. 
Se esfocados, serão acionados os processos de acomodação já 
descritos. Considerado o mais importante dos processos . 
Voluntária
O indivíduo consegue dominar a acomodação, sem estímulos. 
Pode ser por habilidade ou treinamento . 
Campo Vazio Ausência de iluminação, igual olhar para o céu (limpo) . 
Presbiopia
Segundo Ware, no século passado, diferenciou-se entre a hiper-
metropia e a presbiopia. Com isso, a diminuição da amplitude 
de acomodação por perda da elasticidade do cristalino. 
Fonte: ALVES (2014); ELDER’S (1997); RÍO (1972); SALMON (2013); 
NOORDEN’S (1980); DÍAZ e DIAS (2002); CIANCIA (1966); ONDATEGUI et al. (2004). 
1.3 Alterações acomodativas
Existem diversas classifi cações dos distúrbios de acomodação. Sendo Duane 
(1915) o primeiro a classifi cá-los, mas seguiremos a de Scheiman e Wick (2014).
Unidade II
14 Acomodação e Convergência
Tabela 1.4 –  Distúrbios e classificações da acomodação
Categorias
Distúrbios de 
Acomodação
Características
Hipofunções
Insufi ciência Não estimula a acomodação (reversível).
Cansaço
Subclassifi cação da insufi ciência de acomodação. 
Tem resposta acomodativa, mas não a mantém.
Paralisias
Terceiro par de nervos cranianos afetados por 
causa do fator patológico ou farmacológico. Não 
há acomodação.
Hiperfunção
Excesso
A resposta é maior do que a necessária ao 
ser estimulado.
Espasmo
Quando há um maior grau de deterioração em 
relação ao excesso.
Infl exibilidade
Resposta e velocidade (acomodação) são bem 
diferentes do padrão.
Fonte: SCHEIMAN e WICK (2014).
1.3.1 Hiperfunção acomodativa
Segundo Von Graefe (1870), o excesso de acomodação é a falta do relaxamento 
da acomodação pelo paciente. 
Antigamente, apenas se falava no excesso de acomodação, porque não se 
classifi cava o espasmo acomodativo. Porém, em nossos dias, quando o excesso de 
acomodação se agrava, é classifi cado como espasmo acomodativo (ONDATEGUI et 
al., 2004; ELDER’S, 1997).
Você perceberá que apenas a refração (prescrição de óculos) não será sufi -
ciente para uma saúde visual completa do paciente. Há anos grandes nomes da área 
estudam as alterações refrativas e os distúrbios visuais, de origem não estrábica, 
que, em momentos da clínica, podem ser diagnosticados como presbiopias precoces, 
miopias em jovens com interferências para leitura, entre outros.
Outro fator que pode causar problemas na clínica optométrica é a falta do 
cuidado na anamnese. Uma vez que o paciente faz uso de medicamento, poderá 
afetar diretamente o seu desempenho visual. 
Unidade II
Acomodação e Convergência 15
Existem causas que acometem o paciente, gerando hiperfunções acomoda-
tivas – excesso e espasmo acomodativo, como os fatores medicamentosos, como 
morfi na, sulfamidas, colinérgicos, alguns medicamentos para tratar processos infl a-
matórios no olho e pilocarpina, ou, ainda, há os fatores patológicos, como neuralgia 
do trigêmeo, lesão dentária ( ELDER’S, 1997), iridociclite, encefalites juntamente 
com sífi lis em adultos, gripe, encefalites juntamente com meningites em crianças. 
(HARCOURT e MEIN, 1986; ONDATEGUI et al., 2004).
É muito comum o paciente relatar que fez os óculos em vários profi ssionais e 
não resolveu o seu problema primário. Até enxergam, mas sem qualidade. Distúrbios 
visuais vão afetar o desempenho do paciente, porque a acomodação estará compro-
metida. Como veremos mais adiante, são necessários alguns testes para conferir 
o desempenho acomodativo e tratamento para tais distúrbios, ajudando a evitar 
transtornos como a pseudomiopia, que ocorre na hiperfunção.
Na hiperfunção acomodativa, o paciente pode atingir de 10 a 20 dioptrias de 
acomodação, ou seja, gerando uma miopia elevadíssima, conhecida como pseudo-
miopia, que está associada ao fenômeno visual da macropsia, em que imagens são 
percebidas em tamanhos diferentes do que realmente são. Quanto mais próximo 
o objeto estiver, maior será a sua aparência em relação àquele que estiver além. 
(HARCOURT e MEIN, 1986; ELDER’S, 1997).
O tratamento dos distúrbios acomodativos de hiperfunções, que não tenham 
origem patológica nem farmacológica, costuma ser feito pelo optometrista com tera-
pias visuais. 
As hiperfunções tratadas pelo optometrista especialista em terapia visual 
terão os sintomas/sinais associados ao esforço nas diferentes distâncias da visão. 
A Tabela 1.5 descreverá os sinais e sintomas com suas características.
Tabela 1.5 –  Sinais e sintomas do distúrbio de hiperfunção acomodativa
Sinais/Sintomas Característica
Ponto Remoto Será bem próximo e borrado.
Pseudomiopia Alteração da refração sem justifi cativa fi siológica (repentina).
Pupilas mióticas Excesso da acomodação.
Esotropia (muitos casos) Tanto longe quanto perto.
Unidade II
16 Acomodação e Convergência
Sinais/Sintomas Característica
Prurido Coceira.
Falta de concentração Baixo rendimento.
Cefaleia Após leitura.
Fotofobia Sensibilidade à luz.
Diplopia Dupla imagem.
Macropsia
Imagens são percebidas em tamanho diferente do que 
realmente são.
Epífora Lacrimejamento.
Hiperemia Olhos vermelhos.
Fonte: HARCOURT e MEIN (1986); ONDATEGUI et al. (2004).
1.3.2 Investigação
Ao teste de amplitude de acomodação, os resultados serão pouco reduzidos 
ao excesso de acomodação (duas dioptrias de acomodação abaixo da idade) e muito 
Unidade II
Acomodação e Convergência 17
reduzidos nos casos de espasmo de acomodação (redução de mais de duas dioptrias 
em relação ao valor esperado para a idade). Teste bem simples e feito monocular-
mente é o das lentes negativas (ou Sheard) (HARCOURT e MEIN, 1986; ONDATEGUI 
et al., 2004).
Paciente, com a sua prescrição (colocar o resultado da prescrição no foróptero 
ou na armação de prova), deve ocluir o olho esquerdo. Peça a ele que, a 40 centí-
metros, observe a tabela de perto (Jaeger), olhando a linha acima da melhor visão 
(nesse momento,o paciente estará acomodando 2,50 dioptrias pela distância que 
está olhando na tabela de perto). Colocar lentes negativas de 0,25 dioptrias nega-
tivas em 0,25 dioptrias negativas, progredindo a dioptria (começa com 0,25 dioptrias, 
se o paciente enxergou a linha da tabela que ele está segurando a 40 cm [Jaeger], 
tirar a lente de 0,25 dioptrias e colocar a de 0,50 dioptrias, perguntar se o paciente 
enxergou a linha da tabela de perto, trocar as lentes de 0,50 e colocar a de 0,75 diop-
trias), perguntar novamente se o paciente enxergou a linha da tabela de perto, fazer 
esse processo até que o paciente diga que borrou a linha. Repetir o procedimento 
ocluindo o olho direito para avaliar o olho esquerdo. Somar quantas dioptrias há 
na armação de prova/foróptero, juntamente com a distância de perto, teremos o 
valor da amplitude de acomodação (existem muitos testes). O resultado precisa estar 
dentro da estimativa do seguinte padrão:
Tabela 1.6 – Tabela de Sheard
Idade Amplitude
15 anos 11 dioptrias
20 anos 9 dioptrias
25 anos 7,5 dioptrias
30 anos 6,5 dioptrias
35 anos 5 dioptrias
40 anos 3,75 dioptrias
Fonte: PARRA e GARCÍA (2010).
Unidade II
18 Acomodação e Convergência
Conheça mais:
Teste de Sheard (ou das lentes negativas) é um teste simples, mas que 
revela muito sobre a situação do paciente.
No momento em que o paciente está com a sua correção e olhando a 
40 cm (pode ser a 33 cm, pois o importante é dividir 1 sobre a distância – 
unidade 3, olho teórico), ajustará o foco com a metade do valor total de 
sua acomodação. O restante do valor será a sua reserva. 
Para saber o total de sua acomodação, precisamos provocar toda a 
acomodação do paciente. 
Ao colocar lentes negativas, empurraremos o ponto focal atrás da retina, 
assim, com a imagem borrada na retina, será acionado o mecanismo 
acomodativo para ajustar esse foco. Quando o paciente relatar que borrou 
a imagem, quer dizer que estimulamos toda a acomodação.
Depois, você verifi cará na tabela se a soma da dioptria, que o paciente usa 
com a dioptria negativa colocada, está igual ou diferente de uma dioptria 
para mais ou menos.
Confi rmado o valor, você tem um teste para saber se a amplitude de 
acomodação do paciente está ou não normal.
Ao teste de fl exibilidade acomodativa, 
verifi caremos se o paciente 
consegue fazer mudanças acomodativas
 de forma efi ciente (HARCOURT e 
MEIN, 1986; ONDATEGUI et al., 2004). 
Você percebeu que a optometria não 
deve se preocupar apenas com a refração, mas 
“focar” na saúde visual por inteiro: a prescrição 
de óculos e a avaliação de distúrbio visual. São 
testes simples que você aprenderá e que serão 
importantes para uma avaliação completa. 
Unidade II
Acomodação e Convergência 19
Paciente olhando para a tab
ela de perto, a 40 centímetr
os. Ocluir o olho 
esquerdo. Colocar lentes d
e 2,00 dioptrias de lentes p
ositivas, até o paciente 
enxergar a tabela de perto
 acima da melhor linha qu
e costuma ler sem a 
correção. Quando o pacien
te conseguir enxergar, tro
car as lentes por 2,00 
dioptrias negativas. Quand
o o paciente conseguir enx
ergar, colocar as lentes 
de 2,00 positivas. Seguir de
ssa forma, trocando as lent
es por um minuto. Para 
cada troca de lente positiva
 e lente negativa, denomin
amos Ciclo Por Minuto 
(CPM). Repetir o teste ocluin
do o olho direito. Depois bin
ocular. Para alterações 
de hiperfunção acomodativ
a, os resultados são bem red
uzidos, principalmente 
para as lentes positivas (HA
RCOURT e MEIN, 1986; OND
ATEGUI et al., 2004). 
Tabela 1.7 –  Valores esperados do teste de flexibilidade de acomodação
Idade Monocular Binocular
6 anos 5 CPM (+/–2)
3 CPM (+/–2)
7 anos 6 CPM (+/–2)
8 a 12 anos 7 CPM (+/–2) 5 CPM (+/–2)
13 a 30 anos
11 CPM (+/–2)
8 CPM (+/–2)
30 a 40 anos 9 CPM (+/–2)
Fonte: ONDATEGUI et al. (2004).
Pelo excesso/espasmo da acomodação estar acima do esperado dos testes de 
Ponto Próximo de Convergência (PPC), terá resultados em excesso (por causa da 
hiperfunção acomodativa como fator primário). Com uma régua, localizada ao lado 
do ângulo palpebral, em direção ao avaliador, tendo o valor de zero (centímetros) 
no ângulo do olho do paciente, aproxime de forma constante um objeto (preferi-
velmente um palito com uma letra ou desenho na ponta) até perceber que um dos 
olhos do paciente não consegue acompanhar a aproximação do objeto. Quando isso 
ocorrer, parar o objeto e medir a quantos milímetros de distância, entre o olho e 
o objeto, ocorreu a quebra (descontinuidade de um dos olhos) (ONDATEGUI et al.,
2004; ELDER’S, 1997).
Unidade II
20 Acomodação e Convergência
1.3.3 Hipofunções acomodativas
Na insufi ciência, a acomodação não reage, pois não há estímulo. 
Precisamos tomar cuidado para não confundir com a presbiopia. Os sintomas 
clínicos serão: 
Você já teve a experiência 
de querer sair de casa, mas o seu 
carro não sair do lugar? É isso que 
ocorre nas hipofunções. Quando 
precisamos do cristalino, ele não 
“sai do lugar”. Não podemos pensar 
na presbiopia, porque é fi sioló-
gica, enquanto a hipofunção é um 
distúrbio (ONDATEGUI et al., 2004; 
ELDER’S, 1997).
Tabela 1.8 –  Sintomas da insuficiência acomodativa
Sintomas Possível explicação
Visão embaçada. Pela falta do estímulo na leitura.
Cefaleia. Frontal, acima das sobrancelhas.
Ardência nos olhos. –
Problemas de leitura. Geralmente tenta afastar para ler.
Cansaço e sono na leitura. Pelo esforço.
Perda da compreensão na leitura.
Todos os sintomas vão contribuir para atrapalhar 
a atenção à leitura.
Movimento involuntário do texto.
Algumas vezes, é confundido com os sintomas 
do astigmatismo.
Unidade II
Acomodação e Convergência 21
Sintomas Possível explicação
Lacrimejamento e hiperemia. Pelo esforço.
Contração pupilar. Muito esforço para acomodar.
Fonte: ONDATEGUI et al. (2004).
Cansaço acomodativo, segundo Duke-Elder, é: 
como um estado inicial da insufi ciência de acomodação. O siste-
ma visual do paciente é capaz de fazer respostas pontuais aos 
estímulos acomodativos, mas não consegue manter essa res-
posta confortavelmente por algum tempo. 
Os sinais e sintomas são iguais aos da insufi ciência, porém demoram a aparecer 
(ONDATEGUI et al., 2004; ELDER’S, 1997).
Importante você entender que, ao conversar com o seu paciente (anamnese), 
deve perguntar se ele percebe o momento em que começa a sentir os sintomas, se 
ocorre após a leitura, com uso do computador, qual a intensidade, se associa os 
sintomas a atividades para perto, sua intensidade ajudará a entender se o problema 
é visual ou ocular. Exemplo: a dor frontal (testa) pode ser problema visual (acomoda-
tivo ou convergência) ou de origem patológica (ao pressionar levemente com os 
dedos indicadores perto das sobrancelhas do paciente e ele relatar que sente dor ou 
incômodo – possível sinusite). Ou ainda medicamentos que podem afetar a visão. 
Tanto a insufi ciência quanto o cansaço acomodativo são de origem funcional: 
problemas sistêmicos (diabete, esclerose múltipla, sinusites, aneurismas, mal de 
Parkinson), neurológicos (lesões no núcleo de Edinger-Wesphal, traumas na região 
crâneo-cervical, Herpes Zoster, Síndrome de Horner), fármacos (anti-histamínicos, 
Artane, cicloplégicos), substâncias (álcool e 
maconha), patologias oculares (iridociclite, 
glaucoma, lesões do esfíncter, traumas, 
esclerites) (ONDATEGUI et al., 2004).
Paralisia acomodativa é rara, pois é 
quando o paciente não acomoda. As causas 
podem ser de origem patológica: infecciosa, glau-
coma, trauma, degeneração do sistema nervoso 
central, diabetes, afecção do III par de nervos cranianos. 
Unidade II
22 Acomodação e Convergência
A paralisia acomodativa ocorre com mais frequência em um olho, enquanto a 
insufi ciência e o cansaço são binoculares. Com isso, avaliar a pupila ajudará a iden-
tifi cá-la, pois a reação será em apenas um olho. Avaliar a acomodação na paralisia 
torna-se difícil, se pensarmos que nãohá acomodação (diferentemente da insufi -
ciência, que ainda pode ocorrer o processo) (ONDATEGUI et al., 2004; ELDER’S, 1997).
1.4 Anatomia
Recordando um pouco sobre a anatomia do olho. O bulbo ocular tem inser-
ções de músculos para a sua movimentação. Internamente, no bulbo ocular se 
encontram outros músculos: músculo ciliar, dilatador e esfíncter. Os músculos inse-
ridos no bulbo ocular e que ajudam na movimentação são chamados de músculos 
extraoculares (extrínsecos). São eles: retos medial (nasal), temporal, superior e infe-
rior, e ainda os oblíquos superior e inferior, portanto são seis músculos que 
coordenam a movimentação dos olhos.
Os músculos internos ou intrínsecos 
colaborarão para ajustar e melhorar o 
foco na retina. Quando mudamos o ponto 
de observação no espaço visual, a imagem 
na retina se desfoca, ocorre a acomo-
dação e a convergência ajuda a direcionar 
os eixos visuais para o objeto de obser-
vação. Portanto, o desfoque da imagem 
na retina que começará o processo. 
Todos os músculos serão inervados pelos seguintes pares de nervos cranianos: 
Tabela 1.9 – Inervação e músculos do bulbo ocular
Músculo Inervação
Reto Superior III par – Oculomotor
Reto Inferior III par – Oculomotor
Reto Medial III par – Oculomotor
Unidade II
Acomodação e Convergência 23
Músculo Inervação
Reto Temporal VI par – Abducente
Oblíquo Superior IV par – Troclear
Oblíquo Inferior III par – Oculomotor
Músculo Ciliar III par – Oculomotor
Esfíncter (íris) III par – Oculomotor
Dilatador (esfíncter) III par – Oculomotor
Fonte: SOUZA-DIAS e ALMEIDA (1993). 
Os movimentos vergenciais são disjuntivos – permitem observar pontos em 
distâncias variadas no espaço visual (KAUFMAN e ALM, 2003). Nessa coordenação 
existem as ações chamadas: convergência, divergência e ciclovergência (vergência 
vertical) (SOUZA-DIAS e ALMEIDA, 1993; GROSVENOR, 2004). 
Sua velocidade chega a cerca de 21° de arco/segundos (mais lentos que os 
movimentos sacádicos). 
Esses dois movimentos podem ocorrer na mesma velocidade ou não. 
Importante entendermos que a vergência estará relacionada diretamente 
a dois tipos de repousos nos olhos (AGUILAR e MATEOS, 1994): 
a cavidade orbitária do crânio em seu eixo central não coincide com o eixo central 
do bulbo ocular. Se encaixássemos o bulbo ocular no mesmo eixo da cavidade 
orbitária, os eixos de ambos os olhos estariam projetados em posições opostas. 
Ao observar um cadáver, percebemos que os eixos divergirão uns dez graus. 
1. Repouso anatômico
Convergência : ocorre a adução como mov
imento dos olhos (ou seja, ambos 
os olhos se movimentarão no mesmo sen
tido) ;
Divergência : ocorre a abdução como movimento dos olhos (ou seja, ambos 
os olhos se movimentarão em sentidos opostos).
Unidade II
24 Acomodação e Convergência
Também conseguimos observar esse efeito quando alguém está dormindo e 
erguemos as pálpebras: observaremos que os olhos divergem (sentido temporal) 
e fi cam levemente para cima.
os músculos extraoculares ajudarão o bulbo ocular a se manter em uma posição 
equilibrada, podendo ser quebrado caso a fusão não exista (quando ambas as 
retinas captam a mesma imagem e no córtex occiptal são transformadas em uma). 
2. Repouso fi siológico
O impulso da convergência é independente em ambos os olhos, ocorre na região 
pré-tectal, no mesencéfalo, em um centro da região subcortical específi co. Inervado 
pelo III PNC (Par de Nervo Craniano), no núcleo de Edinger Westphal, que ativarão os 
retos mediais, inibindo os retos laterais (que são inervados pelo abducente VI PNC).
1.5 Componentes da convergência 
Os estímulos que acionarão os movimentos de convergência são:
Quando as imagens da retina fi cam borradas, por conta da mudança de inte-
resse dos objetos que estão no espaço visual, com isso ocorrerá a convergência 
acomodativa (KAUFMAN e ALM, 2003); 
Muito parecido com o primeiro, quando as imagens na retina periférica, que 
estavam na fovéola, induzem a uma mudança da distância de forma aparente do 
objeto observado (vergência fusional). (KAUFMAN e ALM, 2003). 
1
2
Quando há ação de convergência, a acomodação e a miose agem também. 
Isso é extremamente importante de ser observado, pois clinicamente será utilizada 
desde uma avaliação funcional, retinoscopia, avaliação ocular e visual.
Unidade II
Acomodação e Convergência 25
Assim como a acomodação, a convergência possui os seus componentes. 
São eles :
Tabela 1.10 – Tipos e definições de convergência
Convergência Defi nição
Tônica
Movimento do olho desde a posição anatômica de 
repouso até a mais convergente. Afetada por sono, álcool 
e anestesia. Suas defi ciências originarão as forias.
Acomodativa Associado a acomodação. 
Fusional
Evita a diplopia, pois ambas as retinas devem acompa-
nhar o estímulo da mesma forma.
Proximal (voluntária 
ou psíquica)
Consciente do objeto que está próximo, ou seja, cons-
ciente da proximidade.
Fonte: ONDATEGUI (2004); KAUFMAN e ALM (2003).
1.6 Pseudoestimulação da convergência
No dia a dia usamos a converg
ência. Como podemos provar is
so? Esta 
subunidade pretende usar artif
ícios para desestimular ou hip
erestimular a 
convergência, e mostrar como d
ependemos dela. Portanto, com
 as atividades 
em sala de aula que terão simu
lações da realidade, você enten
derá a teoria 
experimentando algumas simula
ções.
Para provocarmos ou anularmos a acomodação, usaremos lentes nega-
tivas ou positivas. Porém, para entendermos a realidade da convergência, como 
estimular ou anular, usaremos o prisma.
Unidade II
26 Acomodação e Convergência
Prisma desviará a luz para a base, poré
m a imagem será direcionada 
para o ápice.
Com isso, desviaremos a luz (eixo visua
l) que incide na fovéola para 
a outra região do olho, ao colocar o p
risma de base temporal ou nasal. 
Provocaremos uma disparidade retiniana
 (em decorrência do desvio de luz). 
Essa simulação da realidade mostrará na p
rática o quanto precisaremos do 
sistema de convergência para andar, locom
over-se ou até pegar algo na  mesa.
Para dissociar (ou seja, separar) a a
comodação da convergência 
podemos usar apenas lentes negativas p
ara perto. 
Na convergência tônica um experiment
o seria levantar as pálpebras 
de alguém que esteja dormindo e obs
ervar o comportamento dos olhos 
(tomar muito cuidado para não causar 
nenhum constrangimento, susto ou 
problemas a essa pessoa). Esse experim
ento é de inteira responsabilidade 
sua, caro aluno.
Na convergência proximal, basta pedir 
que alguém coloque algo em 
torno de 33 cm, e pedir que ele olhe para
 longe e depois para o objeto posto 
a 33 cm. Observe o comportamento do o
lho dele.
Figura 1.1 – Comportamento da imagem e da luz
Ápice
Base
Imagem
Luz
Adaptada de: <https://bit.ly/2Y65sV7>. Acesso em: 19/06/2019.
Referências
27
 Referências
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