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APOSTILA - OPTOMETRIA

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P RO TO C O L O S P A RA
A TE N D I M E N TO
O P TO M ÉTRI C O 
E s t e t r abalh o, nas c e u d a ne c e s s i d ad e d e of e r e c e r aos nos s os alu nos , u m a p ad r oni zaç ã o 
no at e nd i m e nto op tom ét r i c o, d e v i d o à e s c as s e z d e li v r os e m nos s o P aís q u e abor d e m 
os t e m as aq u i ap r e s e ntad os c om o g os tar íam os . A p e s q u i s a f oi bas e ad a no e s t u d o d e 
d i v e r s os au tor e s . E xt r aím os o q u e c ons i d e r am os o m e lh or e m ai s c onc i s o, o q u e tor na 
e s t e t r abalh o u m c om p ênd i o d e g r and e v alor p ar a os i ni c i ant e s no e s t u d o d a op tom e t r i a. 
A v ali açõe s , p r oc e d i m e ntos e t e s t e s e s t ã o r e u ni d os d e u m a f or m a d i d át i c a e d e s i m p le s 
e nt e nd i m e nto.
“Tod os os h om e ns , p or nat u r e za, ans e i am o c onh e c i m e nto. U m a i nd i c aç ã o d i s s o 
é o p r aze r q u e tom am os e m nos s os s e nt i d os , p oi s , m e s m o s e nd o além d e s u a 
u t i li d ad e , e le s s ã o am ad os p or s i m e s m os , e ac i m a d e tod os os ou t r os , o s e nt i d o 
d a v i s ã o. P oi s nã o s ó a v i s ã o par a a aç ã o, p or q u e m e s m o q u and o nã o v am os ag i r 
e m nad a, p r e f e r i m os a v i s ã o s ob r e q u as e tod o o r e s to. A r azã o d i s s o é q u e ac i m a 
d e tod os os s e nt i d os q u e nos f az s abe r , [ a v i s ã o] t r az à tona m u i tas d i f e r e nças 
e nt r e as c oi s as .”
 
 A & W 1 
 
OPTOMETRIA 
1. Olho Emétrope .............................................................................................................................................. 6 
1.1 Distância Focal ......................................................................................................................................... 6 
1.2 Acomodação ............................................................................................................................................ 7 
1.3 Ponto Remoto ......................................................................................................................................... 9 
1.4 Ponto Próximo ......................................................................................................................................... 9 
1.5 Ponto Próximo de Acomodação .............................................................................................................. 9 
1.6 Amplitude de Acomodação ..................................................................................................................... 9 
2. Olho Amétrope ........................................................................................................................................... 10 
2.1 Ametropia Esférica ................................................................................................................................ 10 
2.2 Ametropia Cilíndrica ............................................................................................................................... 10 
3. Miopia ......................................................................................................................................................... 10 
3.1 Ponto Remoto do Míope ....................................................................................................................... 10 
3.2 Classificação da Miopia .......................................................................................................................... 11 
3.3 Classificação da Miopia de Acordo com a Dioptria ................................................................................ 11 
3.4 Sinais e Sintoma ..................................................................................................................................... 11 
3.5 Tipos de Correção da Miopia ................................................................................................................. 11 
3.6 Modelo de Prescrição para Visão de Longe ........................................................................................... 12 
4. Hipermetropia ............................................................................................................................................ 12 
4.1 Ponto Remoto do Hipermétrope .......................................................................................................... 12 
4.2 Classificação da Hipermetropia .............................................................................................................. 13 
4.3 Acomodação do Hipermétrope ............................................................................................................. 13 
4.4 Hipermetropia Baseada na Acomodação .............................................................................................. 13 
4.5 Exemplo de Caso .................................................................................................................................... 14 
4.6 Classificação da Hipermetropia de Acordo com a Dioptria .................................................................. 14 
4.7 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................... 14 
4.8 Tipos de Correção de Hipermetropia .................................................................................................... 14 
4.9 Modelo de Prescrição para Visão de Longe ........................................................................................... 14 
5. Astigmatismo .............................................................................................................................................. 14 
5.1 Causas do Astigmatismo ........................................................................................................................ 15 
5.2 Classificação do Astigmatismo I ............................................................................................................ 15 
5.3 Classificação do Astigmatismo II ............................................................................................................ 15 
5.4 Astigmatismo Induzido ........................................................................................................................... 16 
5.5 Transposição .......................................................................................................................................... 16 
5.6 O Astigmatismo Segundo sua Focalização ............................................................................................ 16 
 
 A & W 2 
 
5.7 Classificação Conforme a Formação da Imagem .................................................................................. 16 
5.8 Classificação Segundo a Posição do Eixo ............................................................................................... 17 
5.9 Sintomas do Astigmatismo .................................................................................................................... 18 
5.10 Correção do Astigmatismo .................................................................................................................. 18 
5.11 Modelo de Prescrição para Visão de Longe ........................................................................................ 18 
6. Presbiopia ................................................................................................................................................... 18 
6.1 Amplitude de Acomodação ................................................................................................................... 18 
6.1.1 Técnica de Sheard ......................................................................................................................19 
6.1.2 Técnica de Donders .................................................................................................................... 19 
6.2 Presbiopia e a acomodação ................................................................................................................... 20 
6.3 Classificação da Presbiopia .................................................................................................................... 20 
6.4 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................... 20 
6.5 Adição .................................................................................................................................................... 20 
6.6 Correção da Presbiopia ......................................................................................................................... 21 
6.7 Modelo de Prescrição para Perto .......................................................................................................... 21 
6.8 Modelo de Prescrição para Longe + Adição .......................................................................................... 21 
7. Terminologia e Abreviaturas Mais Utilizadas em Optometria ................................................................. 22 
7.1 Abreviaturas .......................................................................................................................................... 22 
7.2 Termos ................................................................................................................................................... 23 
8. A Visão ........................................................................................................................................................ 26 
8.1 Binocularidade ou Visão Binocular ........................................................................................................ 26 
8.2 Diplopia ou Visão Dupla ......................................................................................................................... 27 
9. Anisometropia ............................................................................................................................................ 27 
9.1 Classificação da Anisometropia ............................................................................................................. 27 
9.2 Sintomas ................................................................................................................................................ 28 
9.3 Correção da Anisometropia ................................................................................................................... 28 
10. Ambliopia .................................................................................................................................................. 29 
10.1 Descrição e Classificação da Ambliopia ............................................................................................... 29 
10.2 Causa da Ambliopia Funcional ............................................................................................................ 29 
10.3 Causa Psicogênicas .............................................................................................................................. 30 
10.4 Causas Estruturais/Patológicas ........................................................................................................... 30 
10.5 Sinais Comuns, Sintomas e Complicações ........................................................................................... 30 
10.6 Detecção e Prevenção Antecipada ...................................................................................................... 30 
10.7 Tratamento .......................................................................................................................................... 30 
 
 
 A & W 3 
 
11. História Clínica Optométrica .................................................................................................................... 31 
11.1 Ficha Clínica ......................................................................................................................................... 31 
11.2 Identificação do Paciente .................................................................................................................... 31 
12. Anamnese ................................................................................................................................................. 31 
12.1 Motivo Principal da Consulta .............................................................................................................. 32 
12.2 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................. 32 
12.3 Antecedentes Pessoais: Saúde Geral e Ocular .................................................................................... 32 
12.4 Antecedentes Familiares ..................................................................................................................... 33 
13. Dominância Ocular ................................................................................................................................... 33 
13.1 Técnica .................................................................................................................................................. 33 
14. Exame do Segmento Anterior .................................................................................................................. 34 
14.1 Técnica ................................................................................................................................................. 34 
14.2 Aspectos a Serem Observados ............................................................................................................ 34 
 
EXAME CLÍNICO 
15. Acuidade Visual ........................................................................................................................................ 35 
16. Tabela de Snellen ..................................................................................................................................... 35 
17. Medida da Acuidade Visual ..................................................................................................................... 36 
17.1 Princípios ............................................................................................................................................. 36 
17.2 Classificação da A.V. ............................................................................................................................ 36 
18. Optotipos .................................................................................................................................................. 37 
18.1 Tipos de Optotipos .............................................................................................................................. 37 
18.1.1 Optotipos de Snellen ................................................................................................................ 37 
18.1.2 Optotipos E Direcional ............................................................................................................. 38 
18.1.3 Optotipos Anéis de Landolt ...................................................................................................... 38 
18.1.4 Optotipos Bicromáticos ............................................................................................................ 38 
18.1.5 Optotipos de Allen ................................................................................................................... 39 
18.1.6 Optotipos de Jaeger .................................................................................................................39 
18.1.1 Tabela de Rosenbaum ETDRS ................................................................................................... 39 
19. Como Medir a Acuidade Visual ................................................................................................................ 40 
19.1 Visão de Longe ..................................................................................................................................... 40 
19.1.11 Como Anotar No Histórico Clínico ......................................................................................... 42 
19.2 Visão de Perto ..................................................................................................................................... 43 
19.2.2 Como Anotar No Histórico Clínico ........................................................................................... 44 
19.3 Acuidade Visual em Crianças ............................................................................................................... 44 
 
 
 A & W 4 
 
TESTES VISUAIS 
20. Avaliação dos Reflexos Pupilares ............................................................................................................ 46 
20.1 Fotomotor ........................................................................................................................................... 47 
20.2 Consensual ........................................................................................................................................... 47 
20.3 Acomodativo ....................................................................................................................................... 48 
21. Ângulo de Kappa ...................................................................................................................................... 48 
22. Teste de Hirschberg .................................................................................................................................. 49 
23. PPC � Ponto Próximo de Convergência ................................................................................................... 51 
24. PPA � Ponto Próximo de Acomodação .................................................................................................... 52 
25. Ducções ..................................................................................................................................................... 53 
26. Versões ..................................................................................................................................................... 54 
27. Cover Test ................................................................................................................................................. 56 
 
TÉCNICAS REFRATIVAS 
28. Refração .................................................................................................................................................... 58 
29. Principais Instrumentos de Trabalho ....................................................................................................... 58 
30. Retinoscopia ............................................................................................................................................. 60 
30.1 O Reflexo Luminoso Pupilar e as Sombras .......................................................................................... 61 
30.2 Faixa de Luz do Retino na Vertical ...................................................................................................... 61 
30.3 Faixa de Luz do Retino na Horizontal .................................................................................................. 61 
30.4 Faixa de Luz do Retino Oblíqua ........................................................................................................... 61 
30.5 Posição das Faixas ............................................................................................................................... 62 
30.6 Ametropias Esféricas ........................................................................................................................... 62 
30.7 Ametropias Cilíndricas ......................................................................................................................... 62 
30.8 Neutralizando as Sombras ................................................................................................................... 62 
30.9 Características das Sombras ................................................................................................................ 63 
31. Retinoscopia Estática ............................................................................................................................... 64 
31.1 Distância de Trabalho e Lente de Trabalho ......................................................................................... 64 
31.2 Método de Neutralização por Esferas ................................................................................................. 64 
31.3 Técnica ................................................................................................................................................. 64 
31.4 Resultados ........................................................................................................................................... 67 
31.5 Retinoscopia sem a Lente de Trabalho ............................................................................................... 68 
31.6 AV Pós Retinoscopia ............................................................................................................................ 69 
32. Retinoscopia Dinâmica ............................................................................................................................. 69 
32.1 Técnica .................................................................................................................................................. 69 
32.2 Resultados ........................................................................................................................................... 70 
 A & W 5 
32.3 AV Pós Retinoscopia ............................................................................................................................ 72 
32.5 Observações Finais .............................................................................................................................. 72 
AFINAMENTOS REFRATIVOS SUBJETIVOS 
33. Testes Subjetivos ...................................................................................................................................... 73
33.1 Técnica 1: Monocular de Emborramento (Miopização) ..................................................................... 73 
33.2 Técnica 2: Dial Astigmático .................................................................................................................. 76 
34. Teste Bicromático ..................................................................................................................................... 79
34.1 Teste .................................................................................................................................................... 80 
34.2 Hiper e Hipo Correção - Míope ........................................................................................................... 81 
34.3 Hiper e Hipo Correção - Hipermétrope ............................................................................................... 81 
35. Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) � Dioptria Cilíndrica .......................................................................... 82
35.1 Manuseio ............................................................................................................................................. 82 
35.2 A Escolha do CCJ ..................................................................................................................................83 
35.3 Afinando o Eixo da Dioptria Cilíndrica .................................................................................................. 83 
35.4 Afinando a Potência da Dioptria Cilíndrica .......................................................................................... 85 
35.5 Detectando o Astigmatismo ................................................................................................................. 86 
36. Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) � Dioptria Esférica ............................................................................ 87
36.1 Afinando o Esférico ............................................................................................................................. 87 
37. Refração com Fenda Estenopeica ............................................................................................................ 88
38. Prova Ambulatorial .................................................................................................................................. 89
39. Visão de Perto - Adição ............................................................................................................................ 90
39.1 Adição .................................................................................................................................................. 90 
39.2 Técnica ................................................................................................................................................. 90 
39.3 Modelos de Prescrições ....................................................................................................................... 90 
40. Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) � Visão para Perto ........................................................................... 91
40.1 Técnica ................................................................................................................................................. 91 
41. RX Final ..................................................................................................................................................... 92
 
 A & W 6 
 
Optometria: Medida da Visão 
OPTOMETRIA é a ciência que estuda o sistema visual, habilitando profissionais independentes na área da saúde, não médicos, 
que atuam na prevenção de problemas oculares e sistêmicos; sendo ainda um especialista na determinação de defeitos refrativos e 
disfunções visuais, especificando as ações e medidas corretoras adequadas sem a utilização de drogas ou intervenções cirúrgicas. 
(Fonte: WCO - World Council Optometry). 
 
1. OLHO EMÉTROPE 
Olho que não precisa de correção. 
Classificamos um indivíduo como emétrope quando os raios de luz paralelos vindos do infinito óptico �� 
=6,10 mts) incidem no olho, atravessando os meios refringentes, sendo o ponto focal formado exatamente 
sobre a retina, mais precisamente na fóvea, isso faz com que a imagem de um objeto distante se forme de 
maneira muito nítida na retina. 
O paciente emétrope possui as estruturas do globo ocular em equilíbrio em relação ao seu EAP (eixo 
anteroposterior), isso significa que a potência óptica (poder refrativo) do olho é compatível com seu 
tamanho. 
 
 
1.1 DISTÂNCIA FOCAL 
Distância focal e a distância linear entre o centro de uma lente (ponto de origem) e o seu foco principal, ou 
seja, a distância que o olho humano foca o que quer enxergar. 
Esse ajuste de foco se dá por meio da acomodação do cristalino que permite ajustar a visão para objetos 
próximos ou distantes, proporcionando assim uma visão nítida, o que é chamado de ������ �� 
�����������. 
 
 
Distancia Focal (DF) 
 
 
Exemplo: DF para 3,00 D (Dioptrias) 
DF = (1/3,00) = 0,33 mts x 100 = 33 cm. 
Ou seja, a uma distância de 33 cm o paciente precisa acomodar 3,00D para poder enxergar com nitidez. 
 
 A & W 7 
 
 
Exemplo: D para 1 mt. 
D = (1/1) = 1,00D. 
Ou seja, a uma distância de 1 metro o paciente acomoda 1,00D para poder enxergar com nitidez. 
 
 
Quanto maior a distância, melhor a acomodação do olho, menor dioptria. 
DF � ���� �� � D � ����D 
DF � ���� �� � D � ����D 
 
 
 
1.2 ACOMODAÇÃO 
A acomodação do cristalino está associada ao poder de relaxamento ou contração dos músculos ciliares do 
globo ocular, de acordo com a distância. Processo esse que garante que a imagem seja fixada na retina 
permitindo uma visualização nítida do objeto/imagem. Quando o músculo ciliar relaxa, a lente do globo 
ocular fica com menor curvatura e mais esticada, o que permite a focalização de objetos distantes. Quando 
o músculo ciliar contrai, a lente do globo ocular aumenta sua curvatura, garantindo a visualização de objetos 
próximos. Podemos considerar que a acomodação é um mecanismo fisiológico que o olho possui, através 
do cristalino, de focalizar com nitidez os objetos localizados em diferentes distâncias, sendo necessária a 
variação do poder dióptrico. Essa distância está compreendida entre o ponto próximo (em média 25 cm) e 
o ponto remoto (infinito visual). 
Segundo Hermann Von Helmholtz (1821-1894), formado em física, tornou-se professor de fisiologia e física, 
dedicando toda sua vida ao estudo da fisiologia óptica. O ato de acomodação resulta de uma contração do 
músculo ciliar que reduz o diâmetro do corpo ciliar e relaxa a tensão zonular. Isto permite que cristalinos 
jovens retomem suas formas originais de curvaturas acentuadas e poder óptico elevado para focalizar 
objetos próximos sobre a retina. Quando a acomodação cessa, o músculo ciliar relaxa e retorna a sua 
configuração desacomodada, a tensão zonular é novamente aumentada e o cristalino é tracionado no 
equador aumentando assim sua distância focal. 
 
 
 
Fonte: Duke-Elder S. Adjustments to the optical system: accommodation. In: Duke-Elder S, eds. System of Ophthalmology: Ophthalmic Optics and Refraction, St. Louis: 
C.V. Mosby, 1970; Vol. V, Chap. IV. 
 
 
 
 
 
 
 A & W 8 
 
PROCESSO DE ACOMODAÇÃO 
- O músculo ciliar se contrai; 
- As zônulas se relaxam; 
- O esfíncter da íris se contrai; 
- O cristalino aumenta seu índice de refração e seu poder dióptrico. 
 
 
 
 
 
 
TRÍADE DE ACOMODAÇÃO 
Ao ato da acomodação são verificadas três respostas fisiológicas: 
a) A pupila se contrai; 
b) Os olhos convergem; 
c) Ocorre a resposta acomodativa. 
 
Em conjunto as três respostas são denominadas �� ������� �� ����������� �� �������� �� ������� Muitos 
são os sintomas e sinais observados quando a acomodação de uma pessoa não está adequada. Tanto quando 
é excessiva ou simplesmente porque não consegue manter o foco em condições favoráveis por muito tempo. 
 
 
SINCINESIA (MOVIMENTO) DE ACOMODAÇÃO 
a) Convergência: é a fusão das imagens em uma só. Se dá ao mesmo tempo que a acomodação. Toda vez 
que olhamos para perto, o olho acomoda. 
 
b) Acomodação: é ver nitidamente a qualquer distância. A acomodação proximal é provocada pela sensação 
de proximidade de um objeto. 
 
c) Miose: contração da pupila que elimina as aberrações esféricas para haver mais profundidade de foco. 
Sempre que o olho vê um objeto perto ocorre uma diminuição do diâmetro pupilar, essa contração é mais 
lenta que a produzida por luz. 
 
d) Retinal: estimulada pela percepção de uma imagem borrada na retina. 
 
 
 
 
 
 A & W 9 
 
Quando o processo de acomodação do cristalino é prejudicado, há alterações que implicam em alterações 
na visão, causando como, por exemplo, a presbiopia ou espasmo de acomodação. 
 
 
 
 
 
 
1.3 PONTO REMOTO 
É o ponto mais afastado para se ver uma imagem nítida e focada. Nesta situação os músculos ciliares 
encontram-se totalmente relaxados (acomodação em repouso). Em uma pessoa emétrope esse ponto 
encontra-se no infinito óptico. 
 
Emétrope: o ponto remoto está infinitamente afastado (D �� 
 
 
 
1.4 PONTO PRÓXIMO 
É o ponto mais próximo que uma pessoa pode enxergar corretamente com nitidez. O que caracteriza esta 
situação é que os músculos ciliares encontram-setotalmente contraídos. Acomodação ativada. 
 
 
1.5 PONTO PRÓXIMO DE ACOMODAÇÃO 
É a posição em que um objeto pode se aproximar do olho, mantendo ainda a imagem nítida, momento esse 
em que está ocorrendo a máxima acomodação. 
 
 
1.6 AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO 
É a variação máxima possível da acomodação. Corresponde à diferença entre a Acomodação máxima e 
ausência da mesma. A�������� ������� ���������� ��� � ������ 
A acomodação pode ser estimulada por vários métodos: 
ü Com lentes esféricas negativas 
ü Por aproximação de um estímulo 
ü Com prismas base externa 
 
 
 
 
 
 
 A & W 10 
 
2. OLHO AMÉTROPE 
O olho amétrope apresenta alguma deficiência de refração caracterizada pela não formação da imagem 
sobre a retina, tendo os raios vindos do infinito, atravessando os meios transparentes e formando seu foco 
antes ou depois da retina. 
 
2.1 AMETROPIA ESFÉRICA 
Quando a potência de refração do olho for igual em todos os meridianos, tendo seu ponto focal para longe 
formado antes ou após a retina. 
 
 
2.2 AMETROPIA CILÍNDRICA 
Quando a potência de refração do olho for diferente nos dois meridianos principais. Os pontos focais podem 
ser formados tanto antes quanto depois da retina, um antes e outro após ou até mesmo um deles se 
formando sobre a retina. 
 
 
3. MIOPIA 
A miopia é considerada uma ametropia esférica. 
Na miopia, os raios luminosos provenientes do infinito óptico ao penetrarem no olho são focalizados antes 
da retina, ou seja, o foco não é formado diretamente sobre a retina e sim antes dela, dificultando a visão do 
paciente. 
Devemos considerar que a miopia é uma ametropia que causa dificuldades para se enxergar ao longe, 
enquanto sua visão de perto é boa, mas dependendo do alto valor dióptrico o paciente apresentará 
dificuldades para enxergar de perto também. 
O olho de uma pessoa míope tem o comprimento maior que o normal ou o poder refrativo do cristalino 
encontra-se aumentado. Possui efeito similar ao de uma lente positiva (possui excesso de convergência � 
����� �������� ��� ���� ������� ��� � ������ � �� ������� �������� ��� �� ������� ��� ������ ����������� 
negativas ou divergentes. 
 
 
3.1 PONTO REMOTO DO MÍOPE: 
O ponto remoto do míope (PRM) que deveria estar no infinito, estará a uma distância menor de acordo com 
o grau de miopia, estando entre o infinito e o olho do paciente. 
Míope - o ponto remoto do míope (PRM) está a uma distância Dm finita(menor) do olho. 
 
 
 
 A & W 11 
 
Exemplo = PR em 20 cm. 
D = . 1 . = . 1 .= -5,00 D 
 PR 0,20 mt 
 
 
 
3.2 CLASSIFICAÇÃO DA MIOPIA 
MIOPIA REFRATIVA: causada pelo índice de refração dos meios transparentes e pela curvatura da córnea ou 
do cristalino. 
 
MIOPIA AXIAL: causada pelo alongamento do globo ocular, com diâmetro anteroposterior maior que o 
normal. 
 
MIOPIA PATOLÓGICA: miopia degenerativa que provoca alterações na retina e está associada com um 
alongamento anormal do olho, resultando em transformações no fundo de olho. 
 
MIOPIA CONGÊNITA: alto grau de miopia ao nascimento, pode estar associada a outra patologia como 
Toxoplasmose, Sífilis, Síndrome de Down. 
 
PSEUDOMIOPIA: situação patológica que simula a miopia e que se desenvolve pelo excesso de acomodação, 
provocada muitas vezes pela grande demanda da visão de perto. 
 
NOTURNA: Devido à falta de iluminação, o olho apresenta dificuldades em ver os detalhes e a pupila dilata 
para captar mais luz. Dilatação = midríase. 
 
CERATOCONE: o ceratocone é uma doença que afeta o formato e a espessura da córnea, provocando a 
percepção de imagens distorcidas. A evolução do ceratocone é quase sempre progressiva com o aumento 
do astigmatismo, miopia e acentuada baixa de visão. 
 
 
3.3 CLASSIFICAÇÃO DA MIOPIA DE ACORDO COM A DIOPTRIA 
MUITO BAIXA: de - 0,25 D a - 1,00D 
BAIXA: de - 1,25 D a - 3,00D 
MÉDIA: de - 3,25 D a - 6,00D 
ALTA: de - 6,25 D a - 10,00D 
MUITO ALTA: > - 10,25D 
 
 
3.4 SINAIS E SINTOMAS 
ü Baixa acuidade visual para longe, mas geralmente boa visão de perto 
ü Efeito estenopeico (Fenda com as pálpebras) 
ü Tensão ocular 
ü Olhos grandes 
 
 
3.5 TIPOS DE CORREÇÃO DE MIOPIA 
ü Óculos: Lentes Esféricas (-), divergentes, côncavas. 
ü Lentes de Contato: Gelatinosas ou Rígidas 
ü Cirurgias refrativas: PRK ou Lasik 
 
 A & W 12 
 
3.6 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA VISÃO DE LONGE 
 
 
 
4. HIPERMETROPIA 
Ametropia esférica aonde os raios paralelos vindos do infinito óptico, que ao refratarem no olho, formam 
seu foco após a retina, estando à acomodação em repouso. Com isto, o indivíduo tem dificuldade de 
enxergar objetos que estão longe. Objetos quando são aproximados fazem com que o foco se distancie mais 
da retina, atrapalhando principalmente o hábito da leitura. 
Pacientes jovens de baixa hipermetropia costumam compensar a necessidade de correção através da 
acomodação do cristalino, sem que isso gere sintomas, ou seja, em alguns caso o paciente terá uma boa 
visão para longe devido a acomodação. 
A pessoa que tem Hipermetropia tem o comprimento do olho menor que o normal, com isso o EAP (eixo 
anteroposterior) do hipermétrope é muito pequeno em comparação ao poder refrativo do olho do paciente. 
Podemos definir como um defeito negativo que corrigimos com lentes denominadas positivas ou 
convergentes. 
 
 
 
 
 
4.1 PONTO PRÓXIMO DO HIPERMÉTROPE 
Para uma pessoa de visão normal este ponto está localizado a 25 cm do olho (do cristalino) que 
é denominada distância mínima de visão distinta, já para o hipermétrope este ponto próximo localiza-se a 
uma distância superior a 25 cm. 
Hipermétrope: o ponto próximo do hipermetrope (PPH) está a uma distância mínima maior do que 25 cm, 
que é a distância do ponto próximo do olho normal (PPN). 
 
 
 
 
 A & W 13 
 
Exemplo = PP em 40 cm. 
 
 1 . = . . 1 . . -.. 1 . . . . 1 . . - . 1 . 
 f PPn PPh 25 cm 40 cm 
 
 1 . = 0,04 � 0,025 = 0,015 cm 
 f 
 1 . = .. 0,015 .. 
 f 1 
 
0,015f = .1 
f = .1/0,015 
f = 66, 7 cm 
 
 
D . = . 1 . . 1 . = +1,50 D 
 f 0,667 mt 
 
 
 
4.2 CLASSIFICAÇÃO DA HIPERMETROPIA 
HIPERMETROPIA REFRATIVA: aumento do índice de refração do núcleo do cristalino. Falta do cristalino 
(afácia). 
HIPERMETROPIA DE CURVATURA: Córnea ou cristalino de face muito plana. 
HIPERMETROPIA AXIAL: O comprimento do EAP (eixo anteroposterior) do olho é menor que o normal, neste 
caso não há poder positivo suficiente para focar os raios luminosos na retina. 
 
 
4.3 ACOMODAÇÃO DO HIPERMÉTROPE 
A córnea e o cristalino operam juntos em refratar os raios de luz e focalizá-los no fundo do globo ocular. A 
acomodação resulta da mudança na forma do cristalino, através da alteração na sua curvatura e espessura 
central, modificando o poder dióptrico do olho. 
Em virtude dessa função, o cristalino pode corrigir determinados erros hipermetrópicos e quanto mais jovem 
a pessoa for, melhor será sua facilidade de acomodação. 
 
 
4.4 HIPERMETROPIA BASEADA NA ACOMODAÇÃO 
HIPERMETROPIA TOTAL: Obtida através da refração. 
 
HIPERMETROPIA LATENTE: Não aparente, oculta. Corrigida espontaneamente devido à sua grande 
amplitude de acomodação. Assintomática. 
 
HIPERMETROPIA MANIFESTA: Quando há a diminuição do poder de acomodação a hipermetropia pode 
deixar de ser automaticamente corrigida. 
Dividida em duas partes: facultativa ou absoluta. 
FACULTATIVA: O paciente tem 100% de acuidade visual com ou sem óculos. Pode ser compensada pela 
acomodação. Pode apresentar sintomatologia ou não dependendo da idade do paciente, da amplitude de 
acomodação e da demanda visual. 
ABSOLUTA: O paciente não tem 100% de acuidade visual sem os óculos. Não há compensação pela 
acomodação, sendo assim a visão de longe e de perto tornam-se borradas. 
 
 
 A & W 14 
 
4.5 EXEMPLO DE CASO 
HIPERMETROPIA TOTAL: Rx: +2,00DE (obtida através da refração) 
HIPERMETROPIAMANIFESTA: Pelo processo de miopização, paciente aceita uma correção de Rx: +1,50DE. 
HIPERMETROPIA LATENTE: É a diferença entre a hipermetropia TOTAL e a MANIFESTA. 
Isto é: (+2,00) - (+1.50) = +0,50DE. 
4.6 CLASSIFICAÇÃO DA HIPERMETROPIA DE ACORDO COM A DIOPTRIA 
MUITO BAIXA: de + 0,25 D a +1,00 D 
BAIXA: de +1,25 D a +3,00D 
MÉDIA: de +3,25 D a +6,00D 
ALTA: de +6,25 D a +10,00D 
MUITO ALTA: > +10,25D 
 
 
4.7 SINAIS E SINTOMAS 
ü Baixa acuidade visual para longe e perto. 
ü Lacrimejamento 
ü Cefaléia (dor de cabeça), predominante à noite e frontal. 
ü Astenopia acomodatícia (Cansaço ocular). 
ü Estrabismo convergente, pode estar associado a um endodesvio devido a acomodação excessiva. 
ü Hiperemia (Vermelhidão no final do dia) 
ü Olhos pequenos 
 
 
4.8 TIPOS DE CORREÇÃO DE HIPERMETROPIA 
ü Óculos: Lentes Esféricas (+), lentes convergentes, convexas. 
ü Lentes de Contato: Gelatinosas ou Rígidas 
ü Cirurgias refrativas: PRK ou Lasik 
4.9 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA VISÃO DE LONGE 
5. ASTIGMATISMO 
É uma ametropia ocular onde o foco é formado em dois pontos diferentes no olho do indivíduo, pois os raios 
de luz que incidem nos olhos não são refratados igualmente em todos os meridianos, sendo assim não 
chegam ao mesmo ponto na retina. A diferença de curvatura nos meridianos principais da córnea ou 
cristalino irão resultar em diferentes profundidades de foco que irão distorcer a visão tanto de longe quanto 
de perto, ou seja, uma imperfeição na simetria do sistema óptico ocular causando assim o astigmatismo. 
Ametropia cilíndrica. 
 
 A & W 15 
 
 
 
 
5.1 CAUSAS DO ASTIGMATISMO 
HERANÇA GENÉTICA: mal formação, geralmente o astigmatismo aparece ao nascimento e sofre poucas 
alterações durante o desenvolvimento. 
TRAUMAS: gerados por acidentes que deixam lesões que podem diminuir ou aumentar a curvatura em 
certos meridianos gerando astigmatismos. 
PÓS-CIRÚRGICO: como efeito colateral de certos tipos de cirurgias ou no manejo pós-operatório. 
CERATOCONE: problema de natureza patológica dentro das distrofias corneais assumindo um aspecto de 
cone que geralmente é bilateral. 
 
 
5.2 CLASSIFICAÇÃO DO ASTIGMATISMO - I 
REGULAR: quando os dois principais meridianos do olho formam um angulo de 90° entre eles. Não 
patológico. 
IRREGULAR: quando os principais meridianos do olho não formam ângulos de 90° entre eles. Pode ser 
patológico ou não. Esse tipo de astigmatismo deve ser corrigido com outros meios ópticos, por exemplo 
lentes de contato específicas. Exemplo: Ceratocone. 
 
 
5.3 CLASSIFICAÇÃO DO ASTIGMATISMO - II 
ASTIGMATISMO CORNEAL 
Astigmatismo da Córnea. 
Córnea de formato irregular, é o tipo de astigmatismo mais comum, possui diferenças de até 6,00D que é o 
limite para sua classificação nos Astigmatismo regulares. 
Os valores dos meridianos principais da córnea são obtidos mediante medidas ceratométricas. 
ATC = D> - D< (córnea) 
ASTIGMATISMO RESIDUAL 
Irá sofrer influência de todos os componentes refrativos do olho, exceto da córnea, sendo o astigmatismo 
residual de cristalino o tipo mais comum devido a variação na curvatura. 
Residual = DC Rx - ATC 
DC Rx = Dioptria cilíndrica da receita. 
ATC = Astigmatismo total de córnea. 
 
ASTIGMATISMO TOTAL 
Será a soma do astigmatismo total de córnea com o astigmatismo residual. 
Será diagnosticado pelo especialista através do exame de refração (retinoscopia). 
DC Rx = ATC + Res 
 
 
 
 
 A & W 16 
 
5.4 ASTIGMATISMO INDUZIDO 
O astigmatismo induzido pode ser causado pela correção errada, óculos mal ajustados ou influência das 
lentes oftálmicas. 
 
 
 
5.5 TRANSPOSIÇÃO 
A transposição é a MUDANÇA DE NÚMEROS E SINAIS, SEM ALTERAR O VALOR DIÓPTRICO DA LENTE. 
Toda lente cilíndrica, combinada ou tórica, possui duas formas de serem lidas ou prescritas, sendo uma com 
o cilíndrico positivo e outra com o cilíndrico negativo. 
 
REGRAS DA TRANSPOSIÇÃO: 
 Soma-se com o valor do cilíndrico. 
 Manter o valor e inverter o sinal. 
 0° a 90° soma-se 90 
 91° a 180° subtrai-se 90 
 
5.6 O ASTIGMATISMO SEGUNDO SUA FOCALIZAÇÃO DIVIDE-SE EM: 
SIMPLES: quando não está associado a outro defeito de refração. 
COMPOSTO: quando os dois focos se formam antes ou depois da retina, podendo ser miópico ou 
hipermetrópico. 
MISTO: quando os dois focos se formam, um antes do plano retiniano e o outro atrás desse plano. 
 
 
5.7 CLASSIFICAÇÃO CONFORME A FORMAÇÃO DA IMAGEM 
ASTIGMATISMO MIÓPICO SIMPLES: quando o foco de um meridiano é formado sobre a retina e o foco do 
outro meridiano é formado antes da retina. 
 
 
ASTIGMATISMO MIÓPICO COMPOSTOS: quando os dois meridianos formam dois focos diferentes antes da 
retina. 
 
 
 
 A & W 17 
 
ASTIGMATISMO HIPERMETRÓPICO SIMPLES: quando o foco de um meridiano é formado sobre a retina e o 
foco do outro meridiano é formado depois da retina. 
 
 
ASTIGMATISMO HIPERMETRÓPICO COMPOSTO: quando os dois meridianos formam dois focos diferentes 
depois da retina. 
 
 
ASTIGMATISMO MISTO: quando serão formados dois focos diferentes, sendo um antes da retina e o outro 
após. 
 
A diferença entre eles será o astigmatismo. 
 
 
5.8 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A POSIÇÃO DO EIXO 
Quando a curva vertical da córnea é mais acentuada do que a horizontal. 
Quando a curva horizontal da córnea é mais acentuada do que a vertical.
Astigmatismos que se encontram entre 30 e 60°, 120 e 150°. 
Quando uma superfície refratante tem o mesmo raio de curvatura em todos os meridianos se denomina 
superfície ESFÉRICA, e quando os raios de curvatura são diferentes se denominam TÓRICA. 
 
 
= A favor da regra 
= Contra a regra 
= Oblíquo 
 
 
 A & W 18 
 
5.9 SINTOMAS DO ASTIGMATISMO 
São geralmente subjetivos, podendo-se destacar: 
ü Astenopia (Cansaço ocular). 
ü Hiperemia. 
ü Prurido (Coceira) 
ü Dor ocular. 
ü Salto de letras ou linhas. 
ü Inversão de sequência numérica 321, 312. 
ü Visão embaçada. 
ü Visão dupla. 
 
 
5.10 CORREÇÃO DO ASTIGMATISMO 
Óculos: os astigmatismos serão corrigidos com lentes cilíndricas que irão compensar tais diferenças de 
curvatura. 
Lentes de Contato: os astigmatismos irregulares serão corrigidos com lentes de contato rígidas. 
Correção por cirurgia refrativa. 
5.11 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA VISÃO DE LONGE 
Ø 
6. PRESBIOPIA 
C�������� ������������ ���� �S������� �� ����� ������ �� �V���� C�������� � P��������� ������ ������ 
o cristalino não consegue focalizar objetos próximos, pela perda da capacidade acomodativa, uma condição 
em que a função fisiológica do cristalino foi perdida. 
É uma redução fisiológica da amplitude de acomodação devido à idade, normalmente se manifesta por 
volta dos 40 anos. Conforme se avança a idade, o músculo ciliar perde a sua elasticidade e o cristalino torna-
se menos flexível, havendo assim a perda da capacidade acomodativa, prejudicando a visão de perto. 
 
 
6.1 AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO 
Diferença entre o ponto mais próximo e o mais distante o qual se consegue focar um texto de maneira 
adequada, tendo como como base as posições do ponto remoto (ponto mais distante para visão nítida na 
retina) e o ponto próximo (ponto mais próximo em que se forma uma imagem nítida na retina). 
A diferença entre a capacidade de foco do olho, será a Amplitude de acomodação. 
 
ü Quando em repouso (cristalino), com refração mínima. 
ü Quando acomodado (cristalino), com refração máxima. 
 
Podemos medir a amplitude de acomodação através de algumas técnicas, dentre elas: 
· Técnica de Sheard 
· Técnica de Donders 
 
 A & W 19 
 
Determinar a máxima capacidade acomodativa do olho, mediante o estímulo da acomodação com lentes 
negativas. 
ü Paciente usando sua correção para longe; 
ü Técnica monocular; 
ü Tabela de perto a 33 cm; 
ü Solicitar ao paciente que leia uma linha acima da melhor acuidade visual a 40 cm. 
ü Adicionar lentes negativas de -0,25D até o paciente reportar visão borrada. 
ü Não aproximar a tabela, mantê-la a 33 cm. 
Ao resultado final acrescenta-se -3,00, referente a distância de 33 cm que estavaa tabela. 
 
 
Determinar a máxima capacidade acomodativa do olho, mediante a aproximação da cartela de VP. 
ü Paciente usando sua correção para longe; 
ü Técnica monocular; 
ü Tabela de perto a 50 cm; 
ü Solicitar ao paciente que leia uma linha acima da melhor acuidade da tabela de perto; 
ü Aproximar a tabela até o paciente enxergar borrado; 
ü Após isso, medir a distância do olho até a tabela. 
ü Converter esse valor em dioptrias. 
 
 
 
 A & W 20 
 
6.2 PRESBIOPIA E A ACOMODAÇÃO 
A aparição da presbiopia pode variar de acordo com os fatores externos a que é condicionado o sistema 
acomodativo (cristalino e músculo ciliar) pela presença de ametropias e do tipo de trabalho visual que realiza 
o indivíduo, podendo ser antecipado ou retardado, ou seja, devemos levar em consideração tipo de 
ametropia, a idade do paciente, ocupação, distância que costuma trabalhar, se pratica leitura por horas 
extensas. 
 
 
6.3 CLASSIFICAÇÃO DA PRESBIOPIA 
1) INCIPIENTE: este é o primeiro estágio, o problema refrativo está na fase inicial, quando pode ser um pouco 
mais difícil de ler letras pequenas, mas com esforço consegue enxergar. 
2) FUNCIONAL: é o momento em que a presbiopia passa a ser notada, o paciente relata queixas que são 
confirmadas através da AV. 
3) ABSOLUTA: com a diminuição progressiva da acomodação, os olhos já não conseguem focar os objetos 
próximos, é o estado mais avançado da presbiopia. 
4) PREMATURA: aparece antes dos 40 anos, deve-se a diversos fatores atribuídos. 
5) NOTURNA: existe muita dificuldade na visão de perto em ambientes com pouca luminosidade. 
 
 
6.4 SINAIS E SINTOMAS 
ü A principal queixa é de borramento visual para perto. 
ü Necessidade de afastar algo que se está lendo. 
ü Astenopia 
ü Visão imprecisa 
ü Cefaléia 
ü Esforço e ardência ocular. 
ü Dor ocular 
ü Lacrimejamento 
 
 
6.5 ADIÇÃO 
A correção é realizada com lentes esféricas, as quais denominamos de adição. Pacientes com presbiopia irão 
necessitar de correção ocular que irá variar entre +0,75 D e +3,00 D para melhorar a sua visão de perto. A 
tabela abaixo serve como orientação para a avaliação e prescrição, ela pode variar, caso o paciente tenha 
alguma ametropia. 
 
 
 
 
 A & W 21 
 
6.6 CORREÇÃO DA PRESBIOPIA 
ÓCULOS � LENTES ESFÉRICAS 
As lentes simples para visão ao perto são adequadas para a correção da presbiopia em indivíduos 
emétropes. 
As lentes bifocais possuem duas lentes independentes para a visão de perto e de longe. 
As lentes trifocais são semelhantes às lentes bifocais, mas possuem três zonas de visão (para a visão de 
perto, longe e intermédia) apresentando assim uma zona para visão intermédia acima da zona de visão de 
perto. 
As lentes progressivas são lentes multifocais que possuem zonas de visão de perto e de longe permitindo 
uma boa visualização a todas as distâncias. 
As lentes ocupacionais são lentes adaptadas as necessidades especiais de visão, ligadas a determinadas 
profissões. 
 
LENTES DE CONTATO 
Lentes de contato simples (para a visão de longe) implicam na associação de óculos de leitura. 
Lentes de contato de monovisão: consiste na colocação de lentes de contato simples em cada olho (Longe 
e perto). 
Lentes de contato bifocais e multifocais: são as lentes de contato para pacientes que necessitam de uma 
boa visão a várias distâncias. 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: Lasik e Técnica intraocular. 
 
 
 
6.7 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA PERTO 
ØSOMENTE PRESBITA - ADIÇÃO 
Paciente com 41 anos 
 
 
6.8 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA LONGE + ADIÇÃO 
ØAMÉTROPE E PRESBITA 
Paciente com 41 anos 
 
ÓCULOS PARA PERTO - 1ª CASO 
Adição: 1,25 
Esférico positivo (+) = soma-se o valor do esférico + adição. 
OD � ����� � ���� � �����D 
Esférico negativo (-) = soma-se o valor do esférico + adição. 
OE � -2,00 + 1,25 = -0,75D 
O valor do cilíndrico permanece o mesmo. 
 
 A & W 22 
 
ÓCULOS PARA PERTO - 2ª CASO 
 
 
Adição: 1,25 (não visível na prescrição) 
Longe (esférico) = +2,00 D 
Perto (esférico) = +3,25 D 
OD � ����� � 2,00 = Adição de 1,25D 
 
Longe (esférico) = -2,00 
Perto (esférico) = -0,75 
OE � -0,75 � (- 2,00) = Adição de 1,25D 
 
 
7. TERMINOLOGIAS E ABREVIATURAS 
MAIS UTILIZADAS EM OPTOMETRIA 
 
7.1 ABREVIATURAS 
 
A. A. - Amplitude de Acomodação 
A° - Astigmatismo 
Acc � Acomodação 
Ad - Adição 
A. O. - Ambos os olhos 
A. V. - Acuidade Visual 
Cil ou Cyl � Cilíndrico 
C.V. - Campo Visual 
Conv. � Convergência 
^ - Prisma 
D ou Dpt � Dioptria 
D^ ou Dpt^ - Dioptria Prismática 
DP � Distância Pupilar 
DNP � Distância Naso Pupilar 
 
 A & W 23 
 
Dx � Diagnóstico 
Div. � Divergência 
 - Combinado 
Esf. ou E � Esférico 
F.O. � Fundo de Olho 
K � Keratometria - Ceratometria 
L.C. � Lente de Contato 
N.D.N. � Nada digno de nota 
O. D. � Olho Direito 
O. E. � Olho Esquerdo 
O.D.E. � Olho Direito e Esquerdo 
Ph. - Furo Estenopeico (Pinhole) 
P.P.C. � Ponto Próximo de Convergência 
P.P.A. � Ponto Próximo de Acomodação 
Px � Paciente 
R. E. � Retinoscopia Estática 
R. D. � Retinoscopia Dinâmica 
Rx � Receita, Fórmula, Prescrição 
C/C. � Com Correção 
S/C. � Sem Correção 
V.B. � Visão Binocular 
V.L. � V���� �� L���� �� ������ ������� 
V.P. � Visão de Perto (33 a 40 cm) 
Tx. � Tratamento 
7.2 TERMOS 
 
Acomodação � É a capacidade refrativa que o olho tem em produzir um poder aditivo para ver nítido os 
objetos localizados a diferentes distâncias. 
 
Acuidade Visual � É a capacidade de discriminação dos detalhes de um objeto. 
Adição � É o valor dióptrico utilizado para présbita. 
Afácia � Ausência do cristalino. 
 
 A & W 24 
 
Pseudo Afácia � Cristalino substituído por lente intra-ocular. 
Amaurose � Termo técnico para cegueira. 
Ametropia � Defeito de refração. 
Amplitude de Acomodação � É a capacidade máxima de acomodação do olho. 
Aniridia � Ausência congênita ou traumática da íris. 
Aniseiconia: Diferença de forma e tamanho de imagens retinianas. 
Anisocoria � Pupilas de diferentes tamanhos. 
Assintomático � Quando o paciente não apresenta sintomas. 
Astenopia� Cansaço/fadiga visual (conjunto de sinais e sintomas). 
Blefarite � Inflamação das bordas livres das pálpebras. 
Calázio � inflamação de uma das glândulas que produzem material sebáceo. 
Hordéolo � pequeno abscesso que ocorre na borda das pálpebras, cílios. 
Câmara Anterior (CA) � Espaço entre a córnea e a íris, preenchido pelo humor aquoso. 
Câmara Posterior (CP) � Espaço entre a parte posterior da íris e anterior do cristalino, preenchido pelo humor 
aquoso. 
Segmento Anterior � Esclera, córnea, íris, corpo ciliar, humor aquoso e cristalino. 
Segmento Posterior � Câmara vítrea, humor vítreo, retina, coróide. 
Campo Visual (CV) � É o espaço que se pode perceber tendo o olhar fixo em um só ponto. 
Catarata � Opacificação do cristalino, normalmente associado ao processo senil, pode ocorrer 
congenitamente. 
Cefaléia � Dor de cabeça. Deve-se determinar a localização, a frequência, o período, a intensidade, se está 
associada à outra patologia (frontal, temporal, parietal, occipital). 
Conjuntivite � Inflamação da conjuntiva. 
Convergência (conv) � Capacidade de dirigir os eixos visuais em direção a um ponto próximo para manter a 
visão simples (normal) 
Coloboma � Ausência de parte de um tecido. 
Diagnóstico � Resumo simples e objetivo da história clínica. 
Diplopia � Visão dupla de um objeto. Na diplopia ou visão dupla o paciente vê duas imagens em vez de 
uma, ou seja, é um sintoma em que um único objeto é ����������� pelo cérebro como se tratasse de dois 
objetos. 
 
Distância Pupilar � Distância do centro de uma pupila até a o centro da outra. 
Distância Nasopupilar � Distância do centro de uma pupila até a parte nasal. 
Divergência (div) � Capacidade de dirigir os eixos visuais em direção a um ponto mais afastado. 
 
 A & W 25 
 
Efeito estenopeico � Paciente entrecerra os olhos fazendo uma fenda para obter melhor visão. 
Enucleação � Remoção do globo ocular. 
Epífora � Lacrimejamentoinvoluntário e contínuo, devido a obstrução das vias lacrimais, pode estar 
associada a patologias, esforço visual, defeitos refrativos. 
Estereopsia � visão pela percepção de profundidade. 
Escotoma � São áreas sem visão dentro do campo de visão que podem ser resultado de um dano na retina. 
Enoftalmia � Uma retração anormal do olho em relação à órbita. A enoftalmia é o afundamento do globo 
ocular para dentro da órbita, que pode ser congênito ou adquirido. 
Exoftalmia � Olhos saltados. Condição médica em que o paciente apresenta uma protrusão de um ou dos 
dois olhos para fora da órbita. A exoftalmia exibe uma proporção maior do que o normal da parte branca 
dos olhos, fazendo os olhos parecerem "arregalados" 
Fotofobia � Sensibilidade anormal e desconforto a luz. 
Filme Lacrimal � Porção de lágrima que recobre a córnea e a conjuntiva. 
Fundo de Olho � porção posterior do olho visualizada através da oftalmoscopia 
Fusão � junção das imagens recebidas pelos dois olhos em uma imagem 
Hemianopsia � perda de meio campo de visão de um ou ambos os olhos 
Hiperemia � Olhos vermelhos. Acúmulo excessivo de sangue em um determinado tecido, está associado a 
patologias do segmento anterior, defeitos refrativos, mobilidades oculares, alergias. 
Hifema � Presença de sangue na câmara anterior. 
Hipópio � Presença de pus na câmara anterior. 
Infinito Óptico ��� � é a distância em que os raios de luz chegam paralelos ao sistema óptico. Em optometria 
é considerado como 6,10 metros 
Lâmpada de Fenda ou Biomicroscópio � instrumento utilizado para avaliação dos olhos e seus anexos. 
Midríase � Aumento do diâmetro da pupila. 
Miose � Diminuição do diâmetro da pupila. 
Miodesopsia (moscas volantes) � são pequenos pontos escuros que parecem mover-se na frente de um ou de 
ambos os olhos. 
Nistagmo � Movimento rápido e involuntário do globo ocular. 
Ortóptica � Estudo da visão binocular, anomalias e tratamentos. 
Ponto Próximo de Acomodação (PPA) � é o ponto mais próximo onde um objeto pode ser visto nítido, usando 
ao máximo a acomodação 
Ponto Próximo de Convergência (PPC) � é o ponto mais próximo onde um objeto pode ser visto simples usando 
ao máximo a convergência 
Prurido � Termo técnico para coceira. 
 
 A & W 26 
 
Pterígio � espessamento vascularizado da conjuntiva em formato triangular que se estende do ângulo interno 
(nasal) em direção à córnea. 
Pinguécula � degenerescência da conjuntiva que se manifesta como um depósito de cor amarela 
esbranquiçada na junção entre a córnea e a esclera. 
Ptose � Alteração da pálpebra superior, pode ser monocular ou binocular. O tratamento é cirúrgico quando 
as pálpebras afetam a visão. 
Ponto Cego � Área do campo visual que corresponde ao nervo óptico. 
 
Com o olho direito fechado, olhe para o círculo (distância de +/- 40 cm). 
Com o olho esquerdo fechado, olhe para a letra X (distância de +/- 40 cm). 
 
Receita (Rx) � é a fórmula, a prescrição óptica que será dada ao paciente 
Sinais � Manifestações que o examinador observa. Pode ser sinais oculares ou gerais. 
Sintomas � Manifestações que o paciente relata. 
Distiquíase � Na distiquíase temos uma segunda fileira de cílios, parcial ou completa, que emergem na 
margem das pálpebras. 
Triquíase � Cílios crescem com desvio para dentro do globo ocular. 
Visão Binocular (VB) � capacidade dos olhos em focalizar um objeto e fundir as duas imagens em uma só 
Visão Monocular (VM) � visão de um olho só 
8. A VISÃO 
8.1 BINOCULARIDADE OU VISÃO BINOCULAR 
Visão binocular ou Binocularidade consiste na coordenação e integração das informações que os olhos 
recebem separadamente (profundidade, largura, altura), sendo que a fusão no cérebro dessas duas imagens 
permite que se obtenha a formação de uma imagem única e tridimensional. 
PERCEPÇÃO: Cada olho capta uma imagem distinta em sua fóvea ou região da retina. 
FUSÃO: O cérebro unifica as imagens de cada olho sobrepondo-as e tornando uma só imagem. 
ESTEREOPSIA: O cérebro depois de unificar as imagens distintas, cria a sensação de volume e profundidade. 
 
 
 A & W 27 
 
8.2 DIPLOPIA OU VISÃO DUPLA 
Visão dupla de um objeto. Na diplopia ou visão dupla o paciente vê duas imagens em vez de uma, ou seja, é 
�� ������� �� ��� �� ����� ������ � ����������� ���� ������� ���� �� tratasse de dois objetos. 
 
 
9. ANISOMETROPIA 
�P������ ��� ��� ������ �� ����� ������������ ����������� �������� 
 
Classificação clínica: 
A anisometropia poder ser classificada pelo erro refrativo, magnitude da diferença refrativa, etiologia e 
contribuição dos componentes oculares. 
Anisometropia é o termo empregado a condição em que o erro refrativo é diferente entre os olhos. Quanto 
maior a diferença existente, maior a possibilidade de causar transtornos na visão binocular. 
Nas anisometropias não corrigidas, além das diferenças de tamanho das imagens também ocorrem 
diferenças de nitidez na formação das mesmas, porém, quando as imagens são focadas na retina, com óculos 
ou lentes de contato, a diferença de nitidez desaparece. 
 
 
A diferença de tamanho ou forma das imagens projetadas na retina recebe o nome de aniseiconia. 
 
 
9.1 CLASSIFICAÇÃO DA ANISOMETROPIA 
Pode ser classificada em: 
 
SEGUNDO O ERRO REFRATIVO: 
Hipermetropia simples: quando um olho é hipermetrope e o outro emétrope. 
Hipermetropia composta: quando ambos os olhos são hipermetropes. 
Miópica simples: quando um olho é míope e o outro emétrope. 
Miópica composta: quando ambos os olhos são míopes. 
Astigmática simples: quando um olho é astigmática e o outro não. 
Astigmática composta: quando ambos os olhos são astigmáticos. 
Antimetrópica: quando um olho é míope e o outro hipermetrope. 
SEGUNDO A MAGNITUDE DA DIFERENÇA REFRATIVA: 
0 a 2,00D (baixa): boa tolerância para correção total com óculos. 
2,01 a 6,00D (alta): problemas na integração binocular. 
+ 6,00D (muito alta): assintomático pela presença de supressão central. 
 
 
 
 
 A & W 28 
 
SEGUNDO A ETIOLOGIA: 
Congênitas: Glaucoma congênito, catarata congênita, blefaroptose, edemas dos tecidos periorbitários, após 
trauma obstétrico. 
Adquiridas: Traumas oculares, ou seja, lesões que deformem o bulbo ocular (extração unilateral do 
cristalino, cirurgia refrativa, ceratoplastia penetrante). 
 
 
SEGUNDO OS COMPONENTES OCULARES: 
Axial: Resultado das diferenças de comprimento dos eixos dos bulbos oculares, 
ou seja, quando a anisometropia é resultado da diferença no comprimento do 
eixo anteroposterior do globo ocular. 
Refrativa: Consequências da diferença no índice de refração dos meios ópticos 
entre os olhos ou nas curvaturas das superfícies oculares. 
 
 
9.2 SINTOMAS 
Os sintomas variam de acordo com o tipo de anisometropia. 
Todos os sintomas de uma anisometropia estão relacionados com as alterações binoculares. 
ü Astenopia 
ü Cefaléia 
ü Fotofobia 
ü Prurido 
ü Hiperemia 
ü Diminuição da AV 
ü Visão imprecisa 
ü Lacrimejamento 
 
Dados importantes: 
Analisadas 500 pessoas portadoras de anisometropias e que usam correção óptica verificou-se: 
ü Cefaléia (67%) 
ü Astenopia (67%) 
ü Fotofobia (27%) 
ü Dificuldade de leitura (23%) 
ü Náuseas (15%) 
ü Tontura (7%) 
ü Fadiga geral (7%) 
ü Percepção distorcida do espaço (6%) 
 
Anisometropia e Ambliopia: Ambliopia por anisometropia é a redução de visão resultante da refração 
desigual. 
Anisometropia e Anisoforia: Induzida pelos efeitos prismáticos das lentes corretoras. 
Aniseiconia: Diferenças de tamanhos as imagens formadas na retina, induzida pelo efeito prismático das 
lentes corretoras. 
 
9.3 CORREÇÃO DA ANISOMETROPIA 
A prescrição ótica através de óculos ou lentes de contato é a forma de tratamento mais apropriada para a 
correção das anisometropias. Assim, o objetivo é possibilitar a formação de imagens claras na retina de 
ambos os olhos. Muitas correções ópticas existem para correção da anisometropia, evite diferenças maiores 
que 3,00D positivas, isso para óculos, pois o mesmo leva ao aparecimento de aniseiconia e anisoforia e seus 
sinaise sintomas. 
Para uso de óculos, otimizar a adaptação e recomenda-se prescrição iseicônica 
 
 
 A & W 29 
 
10. AMBLIOPIA 
Ambliopia é a baixa da visão em um olho que não se desenvolveu adequadamente na infância, as vezes é 
chamado "olho preguiçoso". Isto ocorre apesar deste olho ser anatomicamente normal. É uma condição 
unilateral ou bilateral em que a acuidade visual corrigida é mais pobre do que 20/20 na ausência de qualquer 
evidência de anomalia estrutural ou doença ocular. O olho amblíope não apresenta um amadurecimento 
normal da visão e é detectado quando se identifica uma diferença de visão entre os dois olhos. 
A condição é frequente, acometendo 2 a 3% da população. 
A Ambliopia causa déficits e não apenas diminuição da acuidade visual, incluindo: 
ü Maior sensibilidade aos efeitos de interação de contorno. 
ü Distorções espaciais anormais e incertas. 
ü Fixação monocular imprecisa e instável. 
ü Reflexo ocular de perseguição lento. 
ü Redução de sensibilidade ao contraste. 
ü Resposta acomodativa imprecisa. 
A perda de acuidade visual na Ambliopia pode variar entre 20/25 (abaixo da AV normal) para 20/200 ou pior 
(cego funcional). 
A Ambliopia funcional só se desenvolve em crianças até os 6-8 anos, embora possa persistir pela vida toda, 
uma vez estabelecida. 
Um estudo de acuidade visual patrocinado pela National Eye Institute, descobriu que a ambliopia funcional 
é a principal causa da perda da visão monocular na faixa etária entre 20 a 70 anos, superando a retinopatia 
diabética, glaucoma, degeneração macular e catarata. 
 
 
10.1 DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA AMBLIOPIA 
C��� �� ��� ����� ����� ��� ������ ���� � ������� ��� ������� ������-���� �� ��� ��� Q����� ���� ���� 
��� ��� ��������� �� �������� �� ������� � ������� ��� ��������� ���� ������� ����� ���������� ����� �� 
e não consegue trabalhar com elas, como defesa acaba eliminando automaticamente a imagem que vem do 
olho com baixa visão. Essa supressão faz com que não haja desenvolvimento de sua capacidade visual e ele 
vai ficar mais fraco (amblíope ou olho preguiçoso) 
A classificação da Ambliopia baseia-se nas condições clínicas responsáveis pelo seu desenvolvimento. Esta 
classificação serve como método prático para identificar sua etiologia e aplicar estratégias de tratamento 
apropriadas. A ambliopia funcional ocorre antes 6-8 anos de idade sendo causa principal à privação 
(estrabismo ou anisometropia). 
 
10.2 CAUSA DA AMBLIOPIA FUNCIONAL 
ü Forma de privação: catarata congênita ou traumática, blefaroptose completa precoce, opacidade da 
córnea, hifema, hemorragia vítrea, terapia de oclusão descontrolada, terapia de penalização 
descontrolada. 
ü Estrabismo unilateral constante (olho desviado): a imagem do olho desviado é suprimida, para 
evitar a visão dupla a criança utiliza apenas o melhor olho. 
ü Erro refrativo não corrigido ambliogênico: quando um olho tem mais miopia, hipermetropia ou 
astigmatismo que o outro, o olho com visão borrada (fora de foco) é suprimido e pode tornar-se 
amblíope. 
ü Anisometropia (esférica ou astigmática). 
ü Isometropia. 
ü Estrabismo aniso combinado. 
 
 
 
 A & W 30 
 
10.3 CAUSA PSICOGÊNICAS 
ü Conversão histeria. 
ü Fingimento. 
 
 
10.4 CAUSA ESTRUTURAIS/PATOLÓGICAS 
ü Acromatopsia. 
ü Coloboma. 
ü Fibras nervosas da retina mielinizadas. 
ü Retinopatia da prematuridade. 
ü Miopia degenerativa. 
ü Nervo óptico hipoplásico. 
ü Ceratocone. 
ü Opacidades dos meios transparentes do olho: ocorre devido à existência de uma barreira a chegada 
da luz a retina em toda a sua intensidade, impedindo a formação de uma imagem bem definida. 
ü Coriorretinite macular, cicatriz perimacular. 
ü Patologia Macular (por exemplo, doença de Stargardt) 
ü Atrofia óptica. 
ü Neurite retrobulbar. 
ü Nistagmo (congênito, latente, manifesto latente). 
ü Craniofaringioma. 
 
 
10.5 SINAIS COMUNS, SINTOMAS E COMPLICAÇÕES 
Ambliopia de um olho (como na ambliopia anisometrópica e estrabísmica) geralmente produz pouca 
desvantagem e poucos sintomas, porque o paciente normalmente tem boa acuidade visual no olho normal, 
o mais significativo dos problemas geralmente provem de uma diminuição da estereopsia, o que pode 
resultar em exclusões ocupacionais e desempenho de visão menos eficiente em certas tarefas, como dirigir 
e coordenar atividades de mão-olho, além disso, a ambliopia pode contribuir para o aparecimento tardio de 
estrabismo. 
 
 
10.6 DETECÇÃO E PREVENÇÃO ANTECIPADA 
A ambliopia é uma condição evitável e tratável, especialmente se detectado cedo. Rastreamento de causas 
de ambliopia por privação de forma devem ser conduzidos pelos profissionais de cuidados primários da 
criança dentro das primeiras (4-6) semanas de vida. As crianças em risco devem ser monitoradas 
anualmente durante todo o período de desenvolvimento sensível (nascimento até 6-8 anos de idade). 
O rastreio do erro refrativo ambliogénico e do estrabismo devem também começar durante o primeiro ano 
de vida. Crianças em risco precisarão ser monitoradas anualmente. Triagem de crianças com histórico 
familiar de estrabismo ou ambliopia pode ser uma estratégia, portanto, os optometristas devem alertar os 
pais sobre a prevalência e risco para o desenvolvimento de ambliopia e encorajar os mesmos à procurar 
cuidados profissionais regulares para os seus filhos. 
 
 
10.7 TRATAMENTO 
O tratamento da ambliopia começa com o uso da correção óptica (se indicado), seguida da oclusão do olho 
de melhor acuidade visual, para permitir que o olho fraco se desenvolva. Às vezes é necessário fazer oclusão 
alternada dos dois olhos. 
 
 A & W 31 
 
Quando o tratamento é seguido corretamente, sob orientação e na época adequada, ocorre melhora na 
grande maioria dos casos. 
 
11. HISTÓRIA CLÍNICA OPTOMÉTRICA 
O exame optométrico tem como finalidade: 
Identificar o estado motor, sensorial e funcional do sistema visual, bem como corrigir o defeito refrativo 
encontrado, através da prescrição de lentes ou encaminhar o paciente a um especialista, caso o paciente 
precise de algum tratamento adequado. 
A história clínica é o registro dos dados e resultados obtidos durante a anamnese, é o interrogatório no qual 
se tem um contato inicial com o paciente, identificando o problema principal pelo qual o paciente veio à 
consulta, problemas secundários, buscando a orientação para a solução do problema principal da consulta, 
obtendo o controle em relação a evolução de certos casos e a resposta a determinados tratamentos. 
Captação dos dados, informações do paciente para que possamos interpretar e chegar a um prognóstico. 
11.1 FICHA CLÍNICA 
1) Identificação do paciente 
2) Anamnese 
3) Dominância Ocular 
4) Acuidade Visual 
5) Avaliação Ocular (segmento anterior e posterior) 
6) Avaliação Pupilo-motor (Reflexos Pupilares) 
7) Avaliação Sensorial 
8) Exame Refrativo 
9) Prova Ambulatorial 
10) Diagnóstico 
11) Conduta 
 
11.2 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
Nome Sexo Idade/data de nascimento 
Endereço Fone Escolaridade 
Atividade profissional/ Ocupação Hobbies 
Última Consulta 
 
12. ANAMNESE 
A ������� �A�������� ��� �� Grego ANAMNESIS � ���� ������ �recordação, recuperar algo previamente 
apren������ D� ANA� �������� � MNESIS� �������� 
 
Consiste em uma entrevista com o paciente. 
Na anamnese o optometrista deve anotar toda a história de saúde geral e ocular do paciente que esteja 
relacionado a saúde ocular do mesmo. 
Deve-se dialogar com o paciente para que você possa conhece-lo e correlacionar os dados durante o 
atendimento para um melhor diagnóstico e resultados. 
 
 A & W 32 
 
Existem 3 modalidades: 
ü Tributa Livre (paciente) 
ü Tributa Dirigida (optometrista) 
ü Tributa mista (ambos) 
 
 
12.1 MOTIVO PRINCIPAL DA CONSULTA 
Devemos questionar qual o motivo que levou o paciente a procurar uma consulta. 
ü Qual o motivo que o trouxe até aqui? 
ü O que está acontecendo? 
ü Como está sua visão? 
ü Tem percebido algo de diferente? 
Exemplo: Dificuldades para enxergar,Rotina, dores de cabeça, entre outros. 
 
 
12.2 SINAIS E SINTOMAS 
Sinal: manifestações observadas pelo profissional, ou seja, quando o examinador perceber alguma 
alteração. 
 
Sintoma: manifestações que o Px relatar. 
· Hiperemia 
· Epífora (processo alérgico, meio ambiente) 
· Blefarite 
· Fenda Ocular 
· Pálpebra caída (ptose) 
· Cefaléia (onde? Período do dia?) 
· Prurido 
· Astenopia 
· Visão embaçada 
· Sensação de corpo estranho 
· Visão dupla 
· Dor ocular 
· Moscas volantes (miodeopsias) - (desde quando tem?) 
· Fotofobia 
· Ardência 
· Dificuldade de identificar cores 
· Pálpebra tremendo (contração fibrilar, típico de stress, fumo, álcool, cafeína, drogas) 
· Olho seco 
· Secreções (como? quando? onde?) 
 
 
 
12.3 ANTECEDENTES PESSOAIS: SAÚDE GERAL E OCULAR 
Devemos fazer perguntas do tipo: 
ü Se usa óculos, há quanto tempo? 
ü Sofreu algum acidente lesionando a cabeça? trauma, tombos em escadas, acidente automobilístico. 
ü Sofreu algum acidente que tenha provocado alguma lesão ocular? golpe, corpo estranho, objetos 
cortantes, queimaduras, colírios utilizados. 
 
 A & W 33 
 
ü Possui algum tipo de doenças? diabetes, hipertensão arterial sistêmica (HAS), alergias, sinusite, 
câncer. 
ü Fez algum tratamento ocular/geral ou cirurgia ocular/geral? Caso positivo, por quanto tempo? 
conjuntivite, calázio, hordéolo, glaucoma. 
 
 
12.4 ANTECEDENTES FAMILIARES (PAI, MÃE, IRMÃOS, AVÓS): 
SAÚDE GERAL E OCULAR 
Nosso intuito é descobrir se houve ou há casos de doenças oculares na família, como catarata, glaucoma, 
doenças sistêmicas, problemas refrativos na família. 
· Trauma ocular 
· Corpo estranho 
· Queimaduras 
· Cirúrgicos 
· Conjuntivite 
· Ceratite 
· Glaucoma 
· Uveíte 
· Descolamento de retina 
· Toxoplasmose 
· Catarata 
· Pterígio 
· Câncer 
 
13. DOMINÂNCIA OCULAR 
Superioridade funcional e uso preferencial de um olho sobre o outro. 
 
13.1 TÉCNICA 
Fazer um triangulo com as mãos como o mostrado na figura abaixo e focalizar um objeto à distância (no caso 
a letra "E"). 
Ao fechar o olho não dominante você continuará enxergando o objeto focalizado anteriormente, mas ao 
fechar o olho dominante, esse objeto sairá do seu campo de visão. 
O olho dominante é aquele o qual o objeto será visto da mesma forma de quando ambos os olhos estavam 
abertos. 
 
 
 
 A & W 34 
 
14. EXAME DO SEGMENTO ANTERIOR 
O exame do segmento anterior nos ajuda a verificar se existe alguma anormalidade em qualquer das 
estruturas oculares externas ou de seus anexos. É uma técnica que permite a observação das estruturas 
oculares externas. Pode-se realizar uma biomicroscopia profunda com uma lâmpada de fenda ou 
oftalmoscópio e uma análise mais simples com uma lanterna e lupa. 
 
14.1 TÉCNICA � lanterna/lupa - observar: 
Px com olhos fechados Pálpebras, cílios, sobrancelhas. 
Px com olhos abertos Cílios inferiores, bordas das pálpebras e pontos lacrimais. 
Px olhando para cima Limbo, Conjuntiva bulbar, Fundo de saco conjuntival, Conjuntiva tarsal, Borda da 
pálpebra, Canal lacrimal, Carúncula lacrimal. 
Px olhando para baixo Conjuntiva bulbar superior, Conjuntiva tarsal superior. 
Px olhando para os lados Ângulos internos e externos do globo. 
Px olhando para frente Córnea, íris, pupila e câmara anterior. 
 
14.2 ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS: 
GLOBO OCULAR: Observar sua posição dentro da órbita, seu tamanho em relação ao outro olho (Aspectos 
normais) 
 
SOBRANCELHAS: Observar sua espessura, cor, posição e aspecto. Se há ou não presença de cicatriz 
(presentes, alinhadas, completas, cicatriz em terço médio nasal ou temporal). 
 
CÍLIOS: Observar sua espessura, cor, posição e aspecto, se há falhas, se há uma camada apenas ou mais, a 
direção para onde estão crescendo (Alinhados, completos, ausentes, crostas) 
 
PÁLPEBRAS: Observar espessura, o estado das bordas, a amplitude no abrir e fechar dos olhos, se há 
presença de secreções, excesso de pele (regular, uniformes, nódulo em terço (médio, nasal ou temporal). 
 
SACO LACRIMAL: Verificar se há inflamação. 
 
CONJUNTIVA: Observar se há hiperemia, edema, se existem papilas, folículos ou algum sinal de inflamação 
ou infecção (rosada, amarelada, branca, hiperemica). 
 
ESCLERA: Observar sua coloração (rosada, amarelada, branca). 
 
CÓRNEA: Observar brilho, o tamanho, a estrutura, transparência (transparente, opacificações, úlceras ou 
infiltrações). 
 
CÂMARA ANTERIOR: Observar a transparência do humor aquoso, se há a presença de sangue ou pus. 
 
ÍRIS: Observar há a presença total ou parcial da íris, a coloração, espessura, se há a presença de nistagmo e 
comparar a coloração da íris dos dois olhos (cor uniforme, coloboma). 
 
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�� C��������� ������ 
�� F���� �� ���� ����������� 
�� C��������� ������ 
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�� C��ú������ �������� 
 
 A & W 35 
 
 
 
 
 
15. ACUIDADE VISUAL 
A acuidade visual (AV) é um dos componentes do sentido da visão. É um ato clínico importante pela 
informação que contém, assim como pelas correlações clínicas, refrativas e patológicas a que se pode 
suspeitar através dela. 
Ao medir a visão sempre é necessário ter em mente que estamos diante de um fenômeno complexo, de que 
fazem parte: o sistema óptico, os fenômenos neurológicos de transmissão dos estímulos recebidos e 
condições psicológicas favoráveis. 
Considerando certas condições precárias na determinação da acuidade visual, é mesmo assim o método 
mais rápido, seguro, barato e simples da prática optométrica. 
 
A Acuidade Visual tem como objetivo medir a capacidade de visão (potência) de uma pessoa, nível de 
"nitidez" com que o olho consegue enxergar. Definida como o poder de discriminação que o olho tem ou a 
capacidade de reconhecer os detalhes dos objetos. 
U����������� � ������ �� ����� ��� � ��������� ������������������� 
A acuidade aparece marcada por dois números, em forma de fração, como por exemplo: 20/200, 20/100, 
20/70, 20/40, 20/30, 20/20. Cada linha da tabela corresponde a uma fração, que representa uma acuidade 
visual e cada olho deve ser testado separadamente. 
 
 
16. TABELA DE SNELLEN 
A tabela contém uma série progressiva de fileiras de letras. O teste consiste em ler essas linhas de letras que 
vão diminuindo sucessivamente. A avaliação é realizada com a tabela posicionada a uma distância padrão (6 
mts) da pessoa a ser testada. Cada linha da tabela corresponde a uma fração que representa uma acuidade 
visual e cada olho deve ser testado separadamente. 
 
 
 
 A & W 36 
 
 
 
1 pé = 30,48 cm x 20 pés = 609,60 cm = 6,10 mts 
20/100 (pés) = 0,2 (decimal) x 100% = 20% de visão (porcentagem) 
 
 
 
17. MEDIDA DA ACUIDADE VISUAL 
A definição do ângulo visual de um olho é pré-determinada pelo tamanho da célula fotorreceptora (cones), 
responsável pela visão de detalhes. 
A avaliação da Acuidade Visual (AV) depende do tamanho do ângulo visual, que é formado pelas duas linhas 
traçadas das extremidades do objeto até a retina. 
Para produzir-se uma imagem do tamanho mínimo, o objeto deve ter um ângulo visual mínimo de um minuto 
����� Cada detalhe (pedaço) da letra de Snellen tem um ângulo visual de 1 minuto (1�). A letra completa tem 
�� ������ ������ �� � ������� ���� � ��� ��������� ������������ ����� �������� 
 
17.1 PARA DETERMINAR A CAPACIDADE DA VISÃO, UTILIZAMOS 
OS SEGUINTES PRINCÍPIOS: 
Mínimo Visível - É capacidade de determinar o brilho e contraste mínimo visível de um objeto. 
Mínimo Perceptível - É a capacidade de perceber o objeto no espaço por meio de detecção de pontos e 
linhas em fundo uniforme. 
Mínimo Separável - É o menor ângulo visual necessário para que possa haver detecção entre dois objetos. 
Mínimo Legível - É a capacidade em reconhecer letras ou formas (optotipos) cada vez menores. 
 
 
 
 
17.2 CLASSIFICAÇÃO DA AV 
· Monocular (OD/OE) 
· Binocular (AO) 
 
 
 A & W 37 
 
· Visão de longe: VL � 6,10 mts 
· Visão de perto: VP � 33 a 40 cm

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