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Quando se trata de assuntos relacionados a impostos, logo surge uma figura jurídica, a da competência tributária, que é uma atribuição conferida pela Constituição Federal a determinado ente federativo (União, Estado, Distrito Federal ou Município) de criar tributos, taxas ou contribuições em seu território. Desta forma, observa-se que a Constituição não cria tributos, ela autoriza que os entes federativos os instituam por meio de lei. Além disso, ela elenca as limitações desse poder, bem como estipula quais tipos de tributos são de competência de cada ente. Desse modo destacamos que o ente federativo com competência para criação do ICMS, são os Estados e o Distrito Federal. Assim como, o ente dotado de competência para criação do ISS são os municípios. Temos então como decorrência lógica que a reforma tributária não alcança os referidos tributos. A proposta de reforma tributária apresentada pelo governo federal prevê a unificação de dois tributos (PIS e COFINS), os quais serão compensados em um novo imposto, a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). Atualmente se somados PIS e COFINS, ambos apontam alíquotas que podem variar de 3,65% a 9,25%. No entanto, a CBS deverá cobrar uma taxa de 12%. Estudiosos afirmam que a proposta irá prejudicar as pequenas empresas, que apresentam um faturamento anual máximo de até R$ 78 milhões, pois estas instituições são permitidas a pagar o imposto pelo regime do Lucro Presumido, cujas alíquotas do PIS seriam de 0,65% e da COFINS de 3%. Quando a análise é feita a partir de grandes empresas, com faturamento anual superior a R$ 78 milhões, devemos considerar que o regime adotado será o do Lucro Real, desta forma considerando o somatório dos tributos teríamos uma alíquota de 9,25% referente ao faturamento, após se descontar alguns créditos. Diante do exposto nas duas situações acima, vimos que a alíquota aplicada ao novo imposto, supera e muito o somatório dos tributos vigentes, logo caso a reforma apresentada pelo governo seja aprovada, todas as empresas deverão arcar com uma taxa de 12%. Bibliografia: https://www.conjur.com.br/2020-ago-17/opiniao-projeto-cbs- aperfeiçoado, [1] https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/texto-da- reforma-tributaria-resolve-antigos-problemas-mas-pode-criar-novos-litigios- avaliam-tributaristas/, [2] www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/deja-vu-no-pis-cofins-x-cbs- 27072020.
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