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GABARITO MA13 Geometria I - Avaliação 3 - 2012/2 A área de um triângulo ABC será denotada por (ABC). Questão 1. (pontuação: 2) A figura abaixo mostra as semirretas perpendiculares r e s, três circunferências pequenas cada uma com raio igual a 1 e uma circunferência grande de centro O. Uma das circunferências pequenas é tangente a r e a s, cada uma das outras duas é tangente a ela e a uma das semirretas, e a circunferência grande é tangente às semirretas e a duas das circunferências pequenas. r s O Calcule o raio da circunferência grande. Uma solução: Na figura a seguir, A é o centro da circunferência pequena que tangencia r e a circunferência grande, OT é perpendicular a r e a reta BC passa por A e é paralela a r. A B O C r T s R Seja R o raio da circunferência grande. No triângulo retângulo ABO temos OA = R+1, OB = R−1 e AB = R−3. O teorema de Pitágoras conduz à equação R2 − 10R+ 9 = 0 cujas ráızes são 1 e 9. Devido às caracteŕısticas do problema, a menor raiz é o raio da circunferência pequena tangente às duas semirretas e a maior raiz é o raio da circunferência grande. O raio da circunferência grande é igual a 9. Questão 2. (pontuação: 2) No triângulo ABC a bissetriz do ângulo BAC encontra o lado BC em D. a) Prove que DBDC = AB AC (teorema da bissetriz interna). b) Use o teorema acima e a figura abaixo para calcular a tangente de 15o. 15o 15o 2 x Uma solução: a) Se dois triângulos têm mesma altura, então a razão entre suas áreas é igual à razão entre suas bases. Assim, (ADB) (ADC) = DB DC A B C D E F d d Sejam DE e DF perpendiculares a AB e AC como na figura anterior. Como todo ponto da bissetriz de um ângulo equidista dos lados desse ângulo, então DE = DF = d. Assim, (ADB) (ADC) = (1/2).AB.d (1/2).AC.d = AB AC , portanto DB DC = AB AC , c.q.d. b) Como o triângulo ABC da figura é retângulo em B e tem ângulo BÂC = 30o e hipotenusa AC = 2, então BC = 1 e AB = √ 3. 15o 15o 2 x A B C D 3 1 – x O teorema da bissetriz interna aplicado a esse triângulo fornece: DBDC = AB AC , ou seja, x 1−x = √ 3 2 . Aplicando propriedades das proporções podemos escrever: x√ 3 = 1− x 2 = x+ (1− x)√ 3 + 2 = 1 2 + √ 3 . Porém, observando o triângulo ABD, vemos que x√ 3 é a tangente do ângulo de 15o. Assim, tan15o = 1 2 + √ 3 = 2− √ 3. Questão 3. (pontuação: 3) O losango ABCD tem lado 3 e ângulo  = 60o. Os pontos M , N , P e Q pertencem aos lados AB, BC, CD e DA, respectivamente e são tais que AM = BN = CP = DQ = 1 . a) Justifique, de forma breve, porque o quadrilátero MNPQ é um paralelogramo. b) Calcule a área do quadrilátero MNPQ. c) Calcule a distância entre os pontos M e P . Uma solução: A B C D M N P Q a) Os triângulos AMQ e CPN são congruentes (caso LAL). Dáı, MQ = NP . Os triângulos BNM e DQP são con- gruentes (caso LAL); dáı, MN = QP . Assim, o quadrilátero MNPQ possui dois pares de lados opostos congruentes. Logo, é um paralelogramo. b) (AMQ) = 12 .AM.AQ.sen 60 o = 12 .1.2. √ 3 2 = √ 3 2 . Como os ângulos de 60o e 120o possuem mesmo seno, conclúımos que os triângulos AMQ, BNM , CPN e DQP possuem todos a mesma área, igual a √ 3 2 . A área do losango é igual a AB.AD.sen 60o = 3.3. √ 3 2 = 9 √ 3 2 . A área do paralelogramo é S = 9 √ 3 2 − 4 √ 3 2 = 5 √ 3 2 . c) Seja R o ponto médio de PD. Como AM é paralelo a DR e ambos têm comprimento 1 então AMRD é um paralelogramo e MR = AD = 3. Além disso, RP = 1 e MR̂P = 120o . A M P R D B C No triângulo MRP a lei dos cossenos fornece: MP 2 = MR2 +RP 2 − 2.MR.RP.cos 120o = 32 + 12 − 2.3.1.(−1 2 ) = 13 =⇒ MP = √ 13. Questão 4. (pontuação: 1) O icosaedro regular é o poliedro formado por 20 faces triangulares equiláteras. Determine quantas diagonais do icosaedro não passam pelo seu centro. Uma solução: O icosaedro possui 20 faces triangulares. Como cada aresta é lado de exatamente duas faces, o número de arestas do icosaedro é A = 20.32 = 30. O número de vértices pode ser calculado pela relação de Euler V −A+ F = 2, de onde V = 12. Cada segmento que une dois vértices do icosaedro ou é aresta ou é diagonal. Assim, denotando por C2V o número de escolhas de subconjuntos com dois elementos do conjunto de todos os vértices do icosaedro, o número de diagonais do icosaedro é D = C2V −A = C212 −A = 12! 10!2! − 30 = 66− 30 = 36 O icosaedro possui 6 pares de vértices diametralmente opostos e cada diagonal que une dois vértices diametralmente opostos passa pelo centro do icosaedro. Essas são as únicas diagonais que passam pelo centro. Então, o número de diagonais que não passam pelo centro é 36− 6 = 30. Questão 5. (pontuação: 2) Considere o paraleleṕıpedo retângulo de bases ABCD e EFGH e com arestas laterais AE, BF , CG e DH. As medidas são AB = 6, AD = AE = 4 e M é o ponto médio da aresta EF . São feitas as seções pelos planos MHA e MBG. Retirando-se os tetraedros EMHA e FMBG resulta o poliedro P. a) Faça um desenho do poliedro P e calcule seu volume. b) Determine o cosseno do ângulo entre as retas AH e MG. Uma solução: A B C D E F G H M O desenho de P está acima. Se pensarmos o tetraedro EMHA com base EMH e altura EA, podemos calcular seu volume do seguinte modo: v = 1 3 . EM.EH 2 .EA = 1 3 . 3.4 2 .4 = 8 O tetraedro FMBG tem também volume v = 8 porque é congruente com EMHA. O volume de P é o volume do paraleleṕıpedo subtráıdo dos volumes dos tetraedros, ou seja, V = 6.4.4− 2.8 = 96− 16 = 80 b) O ângulo entre as retas AH e MG é o ângulo entre BG e MG, ou seja, o ângulo θ = BĜM . Como FM = 3 e FB = FG = 4 temos, pelo teorema de Pitágoras, BG = 4 √ 2 e MB = MG = 5. H θ A C D E F G M N 5 5 B 2ට2 O triângulo MBG é isósceles. Então, assinalando o ponto N médio do lado BG, temos que MN é perpendicular a BG. Assim, no triângulo MNG, cos θ = NG MG = 2 √ 2 5 .
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