Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA APLICADA AO ENSINO MÉDIO COM O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS: Vanderlei Ceccatto1 MS. Reinaldo Francisco2 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo a apresentação de uma proposta para o ensino de matemática financeira utilizando-se da metodologia da resolução de problemas com a utilização das novas tecnologias. A proposta de ensino desenvolveu-se em duas turmas da 2ª série do Ensino Médio e consiste em utilizar situações problemas para desenvolver os conceitos de matemática financeira, estudos de série, progressões e funções procurando despertar a capacidade dos alunos em organizar dados, interpretá-los, construir tabelas e gráficos com os recursos da planilha eletrônica BrOffice.org Calc e do software Régua e Compasso. Disponíveis no laboratório de informática da escola. A análise da eficiência da metodologia aplicada ocorreu através do pré teste e pós teste, onde os resultados mostraram-se satisfatórios para a aprendizagem. Conclui-se que a abordagem através da resolução de problemas com a utilização das novas tecnologias pode contribuir para o ensino e a aprendizagem de matemática financeira. Palavras-Chave: Matemática Financeira. Tecnologia. Resolução de Problemas. ABSTRACT The present work has a proposal form the teaching of finalcial mathematics using the methodology of solving problems with the use of new technologies. The education proposal was developed in two groups of 2nd year of high school and is used in problem situations to develop concepts of financial mathematics, study of series, progressions and functions stimulating students' ability to organize data, interpret them construct tables and graphs with the resources of the electronic BrOffice.org Calc and of Software and the “Régua e compasso”. Available in the computer lab at school. The analysis of the efficiency of the methodology was applied through the pre test and post test, where the results were satisfactory for the learning. Conclude that the approach by solving problems with the use of new technologies can contribute to teaching and learning of financial mathematics. Keywords: Financial Mathematics. Technology. Problem Solving. 1 Professor do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Estadual Ludovica Safraider Ensino Fundamental e Médio, Rio Bonito do Iguaçu, PR, Brasil. E-mail: vanderleiceccatto@seed.pr.gov.br. 2 Professor do Departamento de Matemática, Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava, PR, Brasil. E-mail: reinaldo@unicentro.br 2 Introdução O presente trabalho apresenta os resultados de um estudo que buscou contribuir no processo de ensino e aprendizagem de Matemática Financeira, série de progressões e funções. No desenvolvimento das atividades deu-se enfoque em duas das tendências da Educação Matemática presentes nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, a resolução de problemas e as novas tecnologias. O estudo desenvolveu-se em duas turmas da 2ª série do Ensino Médio no Colégio Estadual Ludovica Safraider Ensino Fundamental e Médio, em Rio Bonito do Iguaçu – PR. Inserido no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), modelo de formação continuada da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, cujo objetivo é possibilitar aos professores da rede pública de ensino aprofundamento teórico-metodológico da prática pedagógica. A proposta foi de investigar através de pré teste e pós teste o ensino e a aprendizagem da matemática financeira, série de progressões e funções, tema este presente nas propostas das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, e sua escolha deu-se devido às questões financeiras estarem presente no cotidiano da sociedade e sua compreensão serem necessária para a tomada de decisões. O processo deste estudo esteve norteado pelo uso dos recursos do Laboratório de Informática e da resolução de problemas, além de suscitar uma releitura da matemática financeira, série de progressões e funções, levando o aluno a descobrir, conjeturar, experimentar e estabelecer relações entre diferentes conteúdos. Assim, neste trabalho, primeiramente realiza-se a discussão sobre a sustentação teórica da proposta e em seguida faz-se a análise dos resultados do pré teste e pós teste. Desenvolvimento da proposta A implementação da proposta em sala de aula ocorreu em 20 aulas nos meses de junho e julho de 2009, o material de apoio para o desenvolvimento do trabalho foi um Folhas3, elaborado pelo professor pesquisador e discutido previamente pelos professores da 3 Programa de formação continuada dos profissionais da educação no Paraná que propõe uma metodologia específica de produção de material didático, voltado a alunos da educação básica. 3 rede de ensino do Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul – PR., em um curso do N.R.E. – ITINERANTE4, e no ambiente virtual por um grupo de professores de distintas regiões do Paraná. Durante a apresentação no N.R.E – ITINERANTE realizou-se uma pesquisa entre os professores participantes, onde 92% dos mesmos responderam não fazer o uso do laboratório de informática das escolas em suas aulas, mas acrescentaram que o seu uso poderia melhorar a aprendizagem dos alunos. Segundo a opinião dos participantes do curso “A maior dificuldade no trabalho com os alunos, está na falta de conhecimento dos alunos com relação à utilização dos Softwares que exige certa habilidade, porém o uso deste recurso pode ser útil na aprendizagem dos alunos”. Relacionado a está opinião Moran (1997) nos diz: “mais que a tecnologia o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua”. Segundo a opinião dos professores o uso de novas tecnologias poderá gerar um ganho de velocidade de informações transmitidas aos alunos e consequentemente despertar o interesse dos mesmos podendo contribuir para a aprendizagem. A pesquisa mostrou que 86% dos professores participantes do curso utilizam a metodologia de resolução de problemas em suas aulas e a considera importante para o ensino de matemática. O ensino da matemática nos dias atuais deve-se preocupar em criar estratégias que possibilitem aos alunos construir significados e conceitos matemáticos, não somente calcular e resolver listas de exercícios são o que nos apresentam as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o 4 Programa de formação continuada descentralizada dos profissionais da educação do Paraná, que proporcionará encontros disciplinares e por áreas de atuação nos estabelecimentos de ensino dos pólos dos 32 Núcleos Regionais de Educação. Em 2009, no N.R.E Laranjeiras do Sul o evento ocorreu entre 04 e 15 de maio,atendendo a três pólos distintos, objetivando atender 100% dos profissionais da educação da rede estadual, para todas as disciplinas. 4 raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível (PARANÁ, 1990, p. 66). A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, onde apenas o conhecimento da matemática e a experiência do magistério não são considerados suficientes para a atuação profissional (LORENZATO & FIORENTINI, 2001), é necessário, assim, “um professor interessado em desenvolver-seintelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática para tornar-se um educador matemático e um pesquisador em contínua formação” (PARANÁ, 2006, p. 24). Neste sentido o processo de resolução de problemas ganha em eficácia com a aplicação da teoria adequada; e o terreno mais favorável para o desenvolvimento da teoria é o que vem em resposta ao desejo do aluno em resolver problemas interessantes. Assim, considerar a resolução de problemas como uma habilidade básica pode nos ajudar a organizar o ensino de conceitos. Finalmente, considerar a resolução de problemas como uma tendência metodológica pode influenciar tudo o que fazemos no ensino de matemática, mostrando-nos uma alternativa para o ensino da matemática. Segundo Polya (2006, p. 4), são quatro as etapas principais para a resolução de problemas. “Compreender o problema, elaborar um plano, executar o plano, fazer o retrospecto ou verificação”. Para Dante (2005, p. 22) “É claro que essas etapas não são rígidas, resolver um problema é algo mais complexo e rico, que não se limita em seguir instruções passo a passo que levarão à solução como a resolução de um exercício. Entretanto, de modo geral elas ajudaram a solucionar e orientar durante o processo da resolução do problema”. Segundo Dante (2005, p. 31), “o professor deve fazer algumas perguntas à classe, os alunos devem ser encorajados a fazer perguntas ao professor e entre eles mesmos, assim vão esclarecendo os pontos fundamentais e destacam as informações importantes do problema.” Krulik (2006, p.2) diz que: Se a educação não contribui para o desenvolvimento da inteligência, ela está obviamente incompleta. Entretanto, a inteligência é essencialmente a habilidade para resolver problemas: problemas do cotidiano, problemas pessoais, problemas sociais, problemas científicos, quebra-cabeças, toda sorte de problemas. O aluno desenvolve sua inteligência usando-a; ele aprende resolver problemas resolvendo-os. (KRULIK, 2006, p.2). 5 A pesquisa mostrou que os professores participantes do curso consideram a relação existente entre os conteúdos da matemática financeira, série de progressões e funções um dos pontos importantes presente no folhas. No desenvolvimento das atividades com os alunos fez o uso da metodologia de resolução de problemas articulando-a com o uso do laboratório de informática. O trabalho desenvolveu-se norteado pelo material didático folhas e atividades através da resolução dos problemas propostos com o auxílio de imagens na TV Multimídia e a utilização do laboratório de informática da escola. Deram-se início as atividades com a seguinte situação problema: Carlos é fanático por Vídeo Game, viu a propaganda do seu Vídeo Game preferido em duas lojas conforme mostra a tabela abaixo: Empresa Preço à vista R$ Preço a prazo R$ 1+ 12 0+ 11 Loja Preço Bom 999,00 92,61 105,00 Loja Felicidade 899,00 92,11 102,62 1) Se sua opção de compra for a prazo, em qual das opções pagará juros menores? 2) Qual é a taxa de juros que é cobrada mensalmente no parcelamento do pagamento? 3) A taxa de juros nas condições de 1+12 e 0+11 é a mesmo na loja Preço Bom? Para resolver o problema desenvolveu-se o estudo da Matemática Financeira utilizando os métodos da resolução de problemas com a utilização das novas tecnologias. Durante as atividades alunos desenvolveram o estudo das etapas de resolução de problemas descritas por Polya (2006, p. 4), para organizar dados, interpretar, construir tabelas e gráficos. Os problemas propostos para as atividades envolviam os conteúdos de montantes de juros simples e compostos, série de progressões e funções. O estudo das funções deu-se com o recurso do programa Régua Compasso5 disponível no laboratório de informática. Propomos o problema seguinte: 5 O Régua e Compasso é um software livre, de autoria de René Grothmann é gratuito e distribuído sob licença Pública Geral Gnu (Gnu GPL). 6 Lucia fez um empréstimo de R$ 2.000,00, de uma financeira, e se comprometeu a pagar depois de 8 meses com juros de 2% ao mês. Qual foi o total de juros pagos, qual o total pago por Lucia para quitar a sua dívida? Segundo Polya (2006, p. 4) em seu livro “Arte de resolver problemas” para resolução de problemas deve-se: “Compreender o problema, elaborar um plano, executar o plano, fazer o retrospecto e verificar a resolução.” Para compreender o problema sugere questões como: Quais os dados do Problema? É possível construirmos uma tabela? Já resolvemos algum problema semelhante? Usando o conhecimento de matemática financeira podemos levantar alguns dados do problema, determinar as equações e construir os gráficos das funções. Dados: Capital inicial = R$ 2.000,00 Período: 8 meses. Taxa de juros: 2% ao mês. Observamos que a taxa está na forma de porcentagem é preciso transformá-la em taxa centesimal, para isto, basta efetuar a divisão por 100, portanto 2% ao mês correspondem a 2/100 = 0,02 ao mês. MONTANTE DE JUROS E FUNÇÕES HISTÓRICO Embora seja um dos grandes pilares da matemática, o conceito de função não foi formulado satisfatoriamente antes do século XIX. Mas aparece implícito em várias situações na Matemática da Antiguidade. Somente na metade do século XVII, o matemático alemão G.W. Leibniz (1646- 1716) usaria pela primeira vez palavra função para indicar uma quantidade variável de um ponto a outro de uma curva: por exemplo, uma ordenada ou o comprimento de um segmento de tangente, deve-se a Leibniz o uso das palavras: variável, constante e parâmetro, hoje corriqueiras na linguagem da Matemática. Mas a notação f(x) para indicar 7 uma função só seria introduzida em 1734 pelo grande matemático suíço L. Euler (1707 – 1783). Aplicando as equações do montante para as capitalizações temos as seguintes funções: Equação do montante para juros simples. )1( itCM += Ao substituir os dados do problema encontra-se a função montante para juros simples. )02,01(2000 tM += A definição da função do tipo baxxf +=)( , chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de ℜ em ℜ , em que a e b são números reais dados e a ≠ 0. Na equação do montante de juros simples temos uma função de 1º grau, ou função afim, seu gráfico é representado por uma reta. Equação do montante para juros compostos tiCM )1( += Ao substituir dados do problema encontra-se a função montante para juros compostos tM )02,01(2000 += A definição da função do tipo baxf x +=)( , chama-se função exponencial, a qualquer função f de ℜ em ℜ , em que a e b são números reais dados, a > 0 e a ≠ 1. Com os dados dos exercícios anteriores é possível construir os gráficos das funções. O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, baxxf +=)( , com a ≠ 0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy. 8 O gráfico de uma função exponencial, baxf x +=)( , com a > 0 e a ≠ 1, é uma curva. Imagem arquivo do autor. Os alunos foram motivados a resolver a situação problema procurando analisar e diferenciar os montantes de juros simples e compostos, compreender a diferença entre os gráficos da função afim e exponencial. A apresentação do gráfico para resolução da atividade e discussão com os alunos se deu através do uso da tecnologia da TV – Multimídia disponível nas escolas pública do Estado do Paraná, esta tecnologia nos traz um ganho de velocidade na transmissão do conhecimento. Para a coleta de dados usou-se a metodologia de pré teste e pós teste, o pré teste mostrou que 27% os alunos diferenciaram montantes de juros simples, dos montantes de juros compostos, após visualizarem os gráficos, interpretar, compreender, e resolveros problemas, o pós teste mostrou que 83% dos alunos diferenciaram os montantes de juros simples de montantes de juros compostos. Para ampliar a discussão em diferenciar montante de juros compostos e juros simples os alunos construíram os gráficos das funções no laboratório de informática da escola para um período 720 meses, onde foi possível visualizar através dos gráficos o comportamento das curvas das funções e diferenciar a função afim da função exponencial. 9 O gráfico abaixo representa a função do montante para juros simples para um período de 720 meses. Imagem do arquivo do autor. O gráfico abaixo representa a função montante de juros compostos para um período de 720 meses. Imagem arquivo do autor. 10 Observando os gráficos nota-se que o crescimento da função montante de juros simples tem um crescimento constante a cada período de tempo, já a função montante de juros compostos tem um crescimento variável, associando este crescimento a serie de progressões, podemos afirmar que o crescimento da função montante para juros simples segue um crescimento em progressão aritmética, já o montante para juros compostos tem um crescimento em progressão geométrica. O pré teste e o pós teste avaliou a compreensão dos alunos em identificar através do gráfico, uma função polinomial de 1º grau e de uma função exponencial, o pré teste mostrou que 36% dos alunos identificavam as respectivas funções. Ao construir os gráficos no laboratório de informática, realizar o seu estudo e resolver problemas relacionados à função afim e exponencial, interpretar os gráficos, os alunos desenvolveram sua compreensão, o pós teste mostrou que 90% dos mesmos associaram a função com o gráfico que a representa. Durante o trabalho no laboratório de informática era possível perceber o interesse dos alunos e segundo Pontes (2006: p. 23.) “o aluno aprende quando mobiliza os seus recursos cognitivos e afetivos com vista a atingir um objetivo.” Afirma-se que “conquanto a ideia do uso laboratório informática no ensino de matemática seja nova, ele não tem sido usado em larga escala, tampouco se tem prestado suficiente atenção à invenção de dispositivos hábeis e úteis. Esse esplendido auxiliar pedagógico tem sido negligenciado”. Kline (apud: AGUIAR, 1999, p. 195). Durante o uso do Laboratório de Informática houve a preocupação para que a sala não se transformasse em um local de lazer, mas sim em uma proposta metodológica com princípios e objetivos educacionais relacionados ao ensino de matemática. Segundo Abreu (1997, p. 50) “o Laboratório de Matemática é o espaço onde o aluno vai criar novas soluções para os problemas apresentados, trabalhar com atividades lúdicas e refletir sobre idéias matemáticas.” Da mesma forma o uso do laboratório de informática no ensino de matemática, não deve ser um espaço para repetir a mesma aula da sala de aula, mas deve ser um espaço para criar novas soluções para os problemas, com os conceitos de forma organizada que produzam um conhecimento mais significativo ao aluno. A apresentação da teoria matemática já estruturada, seguida da apresentação de algumas aplicações, não é flexível e não se adapta ao modo de aprender de muitos alunos. 11 O ensino da Matemática deste modo privilegia a memorização, o que a tornará incompreensível e sem interesse para muitos alunos. COMPRAR, À VISTA OU A PRAZO? Como no problema inicial do estudo, as lojas pesquisadas por Carlos oferecem opções tentadoras. É claro que a opção de pagar à vista ou a prazo dependem de vários fatores, mas o objetivo neste trabalho é discutir as taxas de juros mensais cobradas em compras parceladas. A decisão nem sempre é a mesma para todos. O importante é que se saiba calcular os juros cobrados nos parcelamentos para fazer a melhor opção. Conhecendo juros simples e juros compostos ainda não é possível resolver nosso problema inicial, pois se usarmos a fórmula dos juros compostos teremos o cálculo do valor futuro para pagamento e se dividirmos em prestações não teremos uma série de prestações uniforme. Em um financiamento através de uma série de pagamento uniforme, ou seja, de prestações fixas, destinada a amortizar um empréstimo. O sistema de Prestações Constante é conhecido pela denominação de Sistema Francês de Amortização. Uma de suas aplicações de uso generalizado é a ‘Tabela Price’ que permite calcular o valor da prestação mensal de um financiamento quando são conhecidos o prazo e a taxa nominal anual. O comércio em geral usa para fazer os cálculos do sistema de amortizações, tabelas com os fatores de correção de amortização. Essas tabelas são usadas pela dificuldade em se fazer os cálculos usando as fórmulas matemáticas. O PROCON usa um desses sistemas para averiguar as taxas de juros cobradas pelas empresas nas compras parceladas. Para realizar o estudo propomos a seguinte situação problema: Comprar um notebook no preço a vista de R$ 2.000,00 pagos em 12 vezes de R$ 194,97 sem entrada. Para calcular a taxa de juros aplicada nesta compra, identifique: Preço a vista = R$ 2.000,00 representada por (Vp); Entrada = R$00,00 representada por (Ve); Número de parcelas (P) = 12; Valor das parcelas= R$ 194,97; 12 Preço a prazo= R$ 2.339,64. Solução: Se pagamento for dividido em 12 pagamentos sem juros teríamos: 2000,00 = P1 + P2 + P3...........+P12 ( P= parcela de pagamento) Como ocorre a cobrança de juros, em cada parcela temos: P1. (1+ i) P2. ( 1 + i)2 ….. P12(1 + i)12 Mas as parcelas são fixas de R$ 194,97, logo: P1. (1+ i) = 194,97 P1 = i+1 97,194 O mesmo ocorrerá com as outras parcelas. Generalizando temos: Vp = 11+ p + 2)1( i p + + 3)1( i p + +......+ ti P )1( + Vp = P ( 11 1 + + 2)1( 1 i+ + 3)1( 1 i+ +......+ ti)1( 1 + ) A soma entre parênteses é a soma da PG de a1 = i+1 1 e q = i+1 1 Substituindo na soma da PG → S = 1 )1.( 1 − − q qa n S = 1 11 1 1 1 1 1 1 − + − ++ t ii → S = i i ii t + +− + − + + 1 )1(1 1 1 1 1 1 → S = i i ii t + − + − + + 1 1 1 1 1 1 multiplicando a expressão por (1 + i) temos: 13 S = i i t − −+ − 1)1( ou S = t i i −+− )1(1 Logo: → Vp = P ( ) +− −t i i11 onde: Vp = valor á vista ou atual, P = parcela, i = taxa e t = tempo. Esta fórmula é a expressão matemática para os cálculos de taxa de juros em financiamentos com prestações fixas e o PROCON usa a parte ( ) +− − i i t11 para calcular o fator de correção de amortização. Esta não é uma expressão matemática simples. Quando se conhece a taxa i, o tempo e o valor da prestação são fáceis de obter o valor atual (à vista), mas quando se desconhece a taxa o cálculo é complexo, por isso usaremos a tabela de amortização com os cálculos prontos dos fatores de correção. Para usar a tabela financeira o cálculo da taxa procede da seguinte forma: Valor financiado R$ 2.000,00 (Vp – Ve) ÷ Valor de uma prestação. P = 194,97 = Coeficiente de amortização 10,2579 Para calcular o Coeficiente de amortização = P VeVp − Para saber os juros, consulte a tabela financeira do PROCON em anexo: Consulte a tabela do PROCON, identifique a coluna prestações (12 meses), o número. Mais próximo do coeficiente de amortização, o número obtido é 10,2578 e na linha horizontal onde está este coeficiente, acha-se a taxa aproximada de juros mensal é2,5%. O estudo do Sistema de Prestação Constante foi desenvolvido com os alunos no laboratório de informática uma planilha para verificar as amortizações, os juros cobrados e o saldo devedor da série de pagamento uniforme, para a construção da planilha usou-se o programa BrOffice.org Calc6, disponível no Laboratório Paraná Digital da escola. A construção da tabela deu-se com o uso da metodologia da resolução de problemas e recursos do Software, para construir a tabela foi necessário que os alunos 6 O BrOffice.org Calc é um programa freeware e gratuito que faz parte BrOffice.Org. Possibilita a criação, edição e apresentação de planilhas eletrônicas, disponível no Laboratório de Informática Paraná Digital. 14 compreendessem o Sistema Price e o seu estudo foi através de pesquisa na internet, após o desenvolvimento da tabela foi possível analisar várias situações com os alunos, pois com o software e seus recursos é possível realizar variações do Valor financiado, taxa de juros, número de prestações. SISTEMA DE PRESTAÇÃO CONSTANTE Dados do financiamento Valor das Prestações Valor financiado 2.000,00 Prestações 12 Nº de prestações 12 Valor da Prestação 194,97 Taxa de juro p/período 2,50% Razão da Progressão 1.025 PLANILHA GERAL SALDO DEVEDOR Prestações Valores acumulados Saldo devedor Nº DE PERÍODO Antes do Pagamento Parcela Juros Amortização. Prestação Acumulada Juros Amortização Após pagamento 1 2000,00 194,97 50,00 144,97 194,97 50,00 144,97 1855,03 2 1855,03 194,97 46,38 148,60 389,95 96,38 293,57 1706,43 3 1706,43 194,97 42,66 152,31 584,92 139,04 445,89 1554,11 4 1554,11 194,97 38,85 156,12 779,90 177,89 602,01 1397,99 5 1397,99 194,97 34,95 160,02 974,87 212,84 762,03 1237,97 6 1237,97 194,97 30,95 164,03 1169,85 243,79 926,06 1073,94 7 1073,94 194,97 26,85 168,13 1364,82 270,64 1094,18 905,82 8 905,82 194,97 22,65 172,33 1559,79 293,28 1266,51 733,49 9 733,49 194,97 18,34 176,64 1754,77 311,62 1443,15 556,85 10 556,85 194,97 13,92 181,05 1949,74 325,54 1624,20 375,80 11 375,80 194,97 9,39 185,58 2144,72 334,94 1809,78 190,22 12 190,22 194,97 4,76 190,22 2339,69 339,69 2000,00 0,00 O pré teste mostrou que nenhum aluno calculou as taxas de juros mensal em um sistema de prestações constantes, após desenvolver estudo e a construção da planilha para resolução de exercícios o pós teste mostrou que 90% dos alunos concluíram os cálculos da taxa de juros mensal em um sistema de prestação constante usando o coeficiente de amortização e as tabelas do PROCON. Para Mendes (2002, p. 5) “A Matemática deverá contemplar a observação, a experimentação, a investigação e a descoberta, que ajudarão os alunos a fazerem reflexões mais abstratas”. O Laboratório é o meio ideal para explorar conceitos matemáticos e para descobri-los. 15 Esse é o ponto de partida para um ou mais espaços específicos para o ensino de Matemática. Deve-se levar em conta que o componente experimental da matemática é diferente das outras ciências, e esse espaço não deve ser reduzido apenas às atividades de laboratórios. Para Aguiar (1999, p. 20) “esse local, dentro da escola, tem como função estabelecer a relação existente entre a teoria e a prática”. Segundo Moran (1997) “a chave do sucesso está em integrar outras tecnologias - vídeo, televisão, jornal, computador. Integrar dentro de uma visão pedagógica nova, criativa, aberta”. Moran (1997) diz que: Nossa mente é a melhor tecnologia, infinitamente superior em complexidade ao melhor computador, porque pensa, relaciona, sente, intui e pode surpreender. Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se formos pessoas abertas as utilizaremos para comunicar-nos mais, para interagir melhor. Se formos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se formos pessoas autoritárias, utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de interação não está fundamentalmente nas tecnologias, mas nas nossas mentes. (MORAN, 1997). Em todos os setores da sociedade se observam mudanças em função do uso das novas tecnologias. A educação também tem experimentado mudança na sua forma de organização e produção, fazendo surgir novas formas de ensino-aprendizagem, pela inserção de novas tecnologias nas escolas. A sociedade está exigindo do cidadão não só conhecimentos específicos, mas principalmente, novas maneiras de organizar o pensamento, de saber trabalhar com dados estatísticos, tabelas e gráficos, que estão presentes em atividades no Laboratório de Informática. Análise dos Resultados Segue uma comparação entre os resultados obtidos no pré teste e pós teste para avaliar a evolução dos alunos após o trabalho realizado. Na análise do pré teste e pós teste foram feitas em duas etapas: do item 01 ao 05 analisou-se a capacidade dos alunos em resolver problemas, dos itens 06 a 10 analisou-se a metodologia utilizada para o ensino da matemática financeira. 16 No gráfico da figura 01 apresentamos a porcentagem de acerto dos alunos para os problemas de 01 a 05 do pré teste. Figura: 01 Resultado do Pré teste. Resultado do Pré Teste 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 1. 2. 3. 4. 5.a. 5.b. 5.c. Questões Po rc en ta ge m de ac er to s Fonte: O autor. No gráfico da figura 02 apresentamos a porcentagem de acerto dos alunos para os problemas de 01 a 05 do pós teste. Figura: 02 Resultado do Pós teste. Fonte: O autor. Esses resultados mostraram uma evolução no índice de êxito dos alunos entre o pré teste e o pós teste. Salientamos, que os resultados não são os mesmos para cada tipo de problema, essa evolução foi menor em problemas do cotidiano do aluno, e nos Resultado do Pós Teste 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1. 2. 3. 4. 5.a. 5.b. 5.c. Questões Po rc en ta ge m de ac er to s 17 relacionados ao sistema Price que não era familiar aos alunos o resultado mostrou que os alunos tiveram uma grande evolução. No gráfico figura 03 apresentamos a porcentagem de opiniões dos alunos para as questões 06 a 10 relacionadas a metodologia de ensino no pré teste. Figura: 03 Resultado do pré teste. Resultado do Pré Teste 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 6.a. 6.b 7.a 7.b 8.a. 8.b. 8.c. 8.1. 8.2. 9.a. 9.b. 9.c. 10.a. 10.b. 10.c Questões Re sp o st as Fonte: O autor No gráfico da figura 04 apresentamos a porcentagem das opiniões dos alunos para as questões 06 a 10 relacionadas a metodologia de ensino do pós teste. Figura: 04 Resultado do pós teste. Resultado do Pós Teste 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 6.a. 6.b 7.a 7.b 8.a. 8.b. 8.c. 8.1. 8.2. 9.a. 9.b. 9.c. 10.a. 10.b. 10.c Questões Re sp o st as Fonte: O autor Esses resultados mostraram uma evolução no índice dos alunos que consideraram o uso da resolução de problemas com a utilização das novas tecnologias como satisfatória 18 para a aprendizagem entre o pré teste e o pós teste. Salientamos, que através de anotações diárias os alunos afirmaram que o uso da tecnologia melhora a visualização da resposta principalmente, na construção do gráfico, há um ganho de velocidade de informações transmitidas pelo professor durante as aulas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando os resultados da aplicação da proposta pode-se afirmar que os objetivos estabelecidos foram atingidos. A utilização da Resolução de Problemas favoreceu a realização de um trabalho centrado na atividade do aluno e uso das Novas Tecnologias favoreceram a participaçãoe o interesse dos mesmos. As reflexões sobre as diversas estratégias de resolução, despertaram o interesse pela aprendizagem isso ficou demonstrado nos resultados do pré teste e pós teste. Esta aprendizagem não ocorreu de forma homogênea, mas em diferentes graus de compreensão. Ao finalizar as atividades os alunos sentiram motivados para continuação da resolução de situações problemas. A utilização de softwares disponíveis no laboratório pôde possibilitar outro olhar para o ensino e a aprendizagem na matemática, pois os alunos se envolveram nas atividades, trocaram idéias, se ajudaram nas estratégias de resolução de problemas participando assim na construção de seus conhecimentos, deixando de ser um aluno passivo, receptor do saber, passando a ser participativo e com isso melhorando sua aprendizagem, podemos perceber que os alunos aprenderam com prazer e que têm afinidade com o computador, mesmo os que nunca tiveram contato com o mesmo. Além disso, verificou-se, melhorias na aprendizagem das turmas, mediante análise do pré teste e pós teste, anteriormente discutidos, podendo considerar o uso do laboratório de informática associado à metodologia de resolução de problemas uma ferramenta pedagógica que potencializa a aprendizagem no ensino de matemática nas escolas. Tal investigação resultou no compartilhamento com os professores da escola e do Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul, os avanços significativos na aprendizagem dos alunos e na possibilidade de utilização do laboratório de informática pelos professores de matemática, como uma ferramenta pedagógica que pode proporcionar melhorias na aprendizagem de matemática, a partir de objetivos definidos previamente. 19 A partir dessa investigação, sendo o laboratório de informática uma realidade em nossas escolas públicas, com inúmeras possibilidades para o ensino, e como sugestão à Secretaria de Estado da Educação do Paraná em curso de formação para professores poderia incluir cursos específicos para os professores de matemática para o uso de novas tecnologias. Finalmente, esta abordagem para o ensino/aprendizagem de matemática financeira, série de progressões e funções propiciou aos alunos estabelecer conexões matemáticas, feitas a partir da resolução de problemas e a utilização do laboratório de informática. Por conseguinte, foi possível perceber que os alunos sentiram-se mais seguros e capazes, afastando o sentimento de frustração que muitas vezes acompanha professores e alunos no desenvolvimento dos conteúdos de matemática. 20 REFERÊNCIAS ABREU, Maristela Dalla Porta de (1997). Laboratório de Matemática: um espaço para a formação continuada do professor – Dissertação de Mestrado. Santa Maria: UFSM. AGUIAR, M. (1999). Uma idéia para o laboratório de Matemática. Dissertação de Mestrado. São Paulo: USP. DANTE, Luiz Roberto, Didática da resolução de problemas de matemática. 12ª ed. São Paulo: Ática, 2005. FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. O profissional em educação matemática. Universidade Santa Cecília, 2001. Disponível em: <http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/matematica, acesso em: 23 mar. de 2006. KRULIK, Stephen, A resolução de problemas na matemática escolar/ Stephen Krulik, Robert E. Reys: tradução Hygino H. Domingues, Olga Corbo. São Paulo: Saraiva, p. 1-49. 2005. MENDES, Paula Cristina (2002). Projeto de Criação de um Laboratório de Matemática na Escola. Disponível em: http://www.prof2000.pt:9999/users/pcam/tarefa1.htm Acesso em agosto de 2008. MORAN, José Manuel. Como utilizar a internet na educação. 1997, disponível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/internet.htm, acesso em 13.09.09 às 22h. Especialista em mudanças na educação presencial e a distância Artigo publicado na Revista Ciência da Informação, Vol 26, n.2, maio-agosto 1997, pág. 146-153 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação (SEED). Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. POLYA, George, Arte de resolver problemas/ G. Polya; [tradução Heitor Lisboa de Araújo], Rio de Janeiro: Interciência, 2006. Tradução de: How to solve it: a new aspect of mathematical method. PONTE, João Pedro da. Investigações matemáticas na sala de aula/ João Pedro da Ponte, Joana Brocado, Hélia Oliveira. – 1ª Ed., 2ª reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2006. 152 p. (Tendências em educação matemática,7). SÃO PAULO, Fundação PROCON-SP. Tabela de taxas de juros pré-fixados (parcelas fixas) Disponível em: http://www.procon.sp.gov.br/texto.asp?id=473. Acesso em 20 de setembro de 2008. 21 ANEXO I TABELA DE TAXAS DE JUROS PRÉ-FIXADOS (PARCELAS FIXAS) Taxa Meses (%) 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 (%) 0,5 1,9851 2,9702 3,9505 4,9259 5,8964 6,8621 7,8230 8,7791 9,7304 10,6770 11,6189 12,5562 0,5 1 1,9704 2,9410 3,9020 4,8534 5,7955 6,7282 7,6517 8,5660 9,4713 10,3676 11,2551 12,1337 1 1,5 1,9559 2,9122 3,8544 4,7826 5,6972 6,5982 7,4859 8,3605 9,2222 10,0711 10,9075 11,7315 1,5 2 1,9416 2,8839 3,8077 4,7135 5,6014 6,4720 7,3255 8,1622 8,9826 9,7868 10,5753 11,3484 2 2,5 1,9274 2,8560 3,7620 4,6458 5,5081 6,3494 7,1701 7,9709 8,7521 9,5142 10,2578 10,9832 2,5 3 1,9135 2,8286 3,7171 4,5797 5,4172 6,2303 7,0197 7,7861 8,5302 9,2526 9,9540 10,6350 3 3,5 1,8997 2,8016 3,6731 4,5151 5,3286 6,1145 6,8740 7,6077 8,3166 9,0016 9,6633 10,3027 3,5 4 1,8861 2,7751 3,6299 4,4518 5,2421 6,0021 6,7327 7,4353 8,1109 8,7605 9,3851 9,9856 4 4,5 1,8727 2,7490 3,5875 4,3900 5,1579 5,8927 6,5959 7,2688 7,9127 8,5289 9,1186 9,6829 4,5 5 1,8594 2,7232 3,5460 4,3295 5,0757 5,7864 6,4632 7,1078 7,7217 8,3064 8,8633 9,3936 5 5,5 1,8463 2,6979 3,5052 4,2703 4,9955 5,6830 6,3346 6,9522 7,5376 8,0925 8,6185 9,1171 5,5 6 1,8334 2,6730 3,4651 4,2124 4,9173 5,5824 6,2098 6,8017 7,3601 7,8869 8,3838 8,8527 6 6,5 1,8206 2,6485 3,4258 4,1557 4,8410 5,4845 6,0888 6,6561 7,1888 7,6890 8,1587 8,5997 6,5 7 1,8080 2,6243 3,3872 4,1002 4,7665 5,3893 5,9713 6,5152 7,0236 7,4987 7,9427 8,3577 7 7,5 1,7956 2,6005 3,3493 4,0459 4,6938 5,2966 5,8573 6,3789 6,8641 7,3154 7,7353 8,1258 7,5 (%) 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 (%) 8 1,7833 2,5771 3,3121 3,9927 4,6229 5,2064 5,7466 6,2469 6,7101 7,1390 7,5361 7,9038 8 8,5 1,7711 2,5540 3,2756 3,9406 4,5536 5,1185 5,6392 6,1191 6,5613 6,9690 7,3447 7,6910 8,5 9 1,7591 2,5313 3,2397 3,8897 4,4859 5,0330 5,5348 5,9952 6,4177 6,8052 7,1607 7,4869 9 9,5 1,7473 2,5089 3,2045 3,8397 4,4198 4,9496 5,4334 5,8753 6,2788 6,6473 6,9838 7,2912 9,5 10 1,7355 2,4869 3,1699 3,7908 4,3553 4,8684 5,3349 5,7590 6,1446 6,4951 6,8137 7,1034 10 10,5 1,7240 2,4651 3,1359 3,7429 4,2922 4,7893 5,2392 5,6463 6,0148 6,3482 6,6500 6,9230 10,5 11 1,7125 2,4437 3,1024 3,6959 4,2305 4,7122 5,1461 5,5370 5,8892 6,2065 6,4924 6,7499 11 11,5 1,7012 2,4226 3,0696 3,6499 4,1703 4,6370 5,0556 5,4311 5,7678 6,0697 6,3406 6,5835 11,5 12 1,6901 2,4018 3,0373 3,6048 4,1114 4,5638 4,9676 5,3282 5,6502 5,9377 6,1944 6,4235 12 12,5 1,6790 2,3813 3,0056 3,5606 4,0538 4,4923 4,8820 5,2285 5,5364 5,8102 6,0535 6,2698 12,5 Fonte: http://www.procon.sp.gov.br/texto.asp?id=473. 22 ANEXO II Colégio Estadual Ludovica Safraider Ensino Fundamental e Médio Nome: _____________________________________ nº _________________ Pré Teste e Pós Teste do conteúdo MatemáticaFinanceira. 1) Qual a relação existente entre os montantes de Juros Simples e Compostos série de Progressões? 2) Diferencie Juros Simples de Compostos: 3) Carlos tomou emprestado R$ 1.500,00, e se comprometeu a pagar após 6 meses a taxa de juros de 1,5% ao mês. Calcule os juros e o valor pago por Carlos para liquidar sua dívida? 4) Os gráficos a seguir representam funções indique o gráfico que representa: a) Função afim que representa a função de juros simples; b) Função exponencial que representa a função de juros compostos. a) b) c) d) 5) Com base na propaganda a seguir organize os dados e responda: NOTEBOOK Preço à vista R$ 1.399,00 Ou 12 vezes de R$ 136,38 a) Qual o valor em reais, que uma pessoa pagará de juros para comprar o Notebook parcelado? 23 b) Qual a taxa de juros mensal na compra parcelada? c) Se uma pessoa tiver economizado R$ 500,00 e decidir não comprar o Notebook e aplicar todo mês R$ 136,38 a juros compostos a uma taxa de 1% ao mês, em quanto tempo ela poderia comprar o computador pagando à vista? 6) A tabela a seguir mostra os sistemas de prestações constantes: O sistema foi desenvolvido em software, em sua opinião esse sistema utilizado ajuda a resolver problemas matemáticos. SISTEMA DE PRESTAÇÃO CONSTANTE Dados do financiamento Valor das Prestações Valor financiado 2.000,00 Prestações 12 Nº de prestações 12 Valor da Prestação 194,97 Taxa de juro p/período 2,50% Razão da Progressão 1.025 PLANILHA GERAL SALDO DEVEDOR Prestações Valores acumulados Saldo devedor Nº DE PERÍODO Antes do Pagamento Parcela Juros Amortização. Prestação Acumulada Juros Amortização Após pagamento 1 2000,00 194,97 50,00 144,97 194,97 50,00 144,97 1855,03 2 1855,03 194,97 46,38 148,60 389,95 96,38 293,57 1706,43 3 1706,43 194,97 42,66 152,31 584,92 139,04 445,89 1554,11 4 1554,11 194,97 38,85 156,12 779,90 177,89 602,01 1397,99 5 1397,99 194,97 34,95 160,02 974,87 212,84 762,03 1237,97 6 1237,97 194,97 30,95 164,03 1169,85 243,79 926,06 1073,94 7 1073,94 194,97 26,85 168,13 1364,82 270,64 1094,18 905,82 8 905,82 194,97 22,65 172,33 1559,79 293,28 1266,51 733,49 9 733,49 194,97 18,34 176,64 1754,77 311,62 1443,15 556,85 10 556,85 194,97 13,92 181,05 1949,74 325,54 1624,20 375,80 11 375,80 194,97 9,39 185,58 2144,72 334,94 1809,78 190,22 12 190,22 194,97 4,76 190,22 2339,69 339,69 2000,00 0,00 a) Sim b) Não 7) Em seu estudo na disciplina de matemática já utilizou algum recurso tecnológico que facilitou sua aprendizagem: a) Sim b) Não 24 8) No seu estudo diário utiliza algum recurso tecnológico para obter conhecimento: Se sua resposta for sim, utiliza qual recurso e com maior frequência na Escola ou em casa. a) Calculadora 1) na Escola b) TV e vídeo 2) Em casa. c) Computador 9) Qual sua maior dificuldade em resolver problemas matemáticos: a) Interpretar o problema; b) Coletar os dados do problema; c) Resolver os cálculos matemáticos existente no problema. 10) Você aprende melhor quando o professor está: a) Trabalhando com aula expositiva (falando e registrando esquemas no quadro negro). b) O professor além da aula expositiva, utiliza recursos de imagens ou filmes que falam do conteúdo e após resolve exercícios. c) O professor associa a aula expositiva a outros recursos como material didático, TV, vídeo, laboratório de informática.
Compartilhar