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Pesquisa Educacional

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Pesquisa Educacional 
 
A sociedade moderna e os seus desafios- Historicamente, a Idade Moderna teve início 
com a queda do Império Bizantino (1453) e terminou com a Revolução Francesa (1789), 
atravessando alguns séculos e promovendo inúmeras transformações sociais, econômicas 
e políticas. Durante a transição do feudalismo para o capitalismo ocorreram mudanças no 
modo de viver e importantes acontecimentos, tais como a expansão marítima europeia, a 
formação dos estados modernos europeus, o Renascimento científico (período da 
história da Europa aproximadamente entre o fim do século XIV e o fim do século XVII), o 
Iluminismo (Os iluministas defendiam que o homem era o centro do conhecimento 
científico e que a ciência e a razão levariam à verdade) , a Reforma Protestante, a 
Revolução Industrial (A primeira Revolução Industrial ocorreu no fim do século XVIII, na 
Inglaterra. Houve o desenvolvimento da máquina a vapor, da fiadeira e a substituição do 
trabalho manual pela máquina. Já a segunda Revolução Industrial ocorreu no fim do 
século XIX, nos EUA e na Alemanha. Nesta segunda fase, desenvolveu-se a eletricidade, o 
motor de combustão interna, os produtos químicos com base científica, a fundição do aço e 
do ferro, o início das tecnologias da comunicação (telégrafo e telefone). 
 
Conhecimento, capitalismo e Educação na sociedade moderna- Observe que a relação 
do homem com o conhecimento mudou com a sociedade moderna, assumindo novos 
papéis, passando a mediar a relação entre a ignorância e o saber. O conhecimento passou 
a ser capaz de garantir consciência, ação e cidadania. A Educação assume o lugar da 
produção de cidadãos e a Pedagogia passa a mediar o natural (natureza) e o social 
(cultural). O capitalismo integrou conhecimentos como ciência e tecnologia à produção e à 
organização do trabalho. Essa apropriação pelo capitalismo acarreta algumas 
consequências. Primeiro, a já referida formação de trabalhadores disciplinados. 
Segundo a adequação do ensino ao mercado de trabalho. Terceiro, a valorização de 
competências que permitiriam a alguns manterem-se no mercado de trabalho. 
 
Com o advento do capitalismo o conhecimento passou a ser integrado não apenas 
na produção bens, mas passou também a ser comercializado como uma mercadoria, 
com preços e modelos diferenciados 
 
A sociedade em rede e a sociedade da informação- E o que é a sociedade da 
informação? “[...] uma sociedade inserida em um processo de mudança constante, fruto 
dos avanços na ciência e na tecnologia”. Esses avanços referem-se sobretudo às 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e à velocidade de armazenamento e 
transmissão dos dados (informação). 
 
A Sociedade da Informação é um termo bastante comum do século XX e tem grande importância no 
nosso sistema social e econômico. Nesse sentido podemos identificar que a sociedade da 
informação é: Mediada especialmente pelas TICs 
 
Contextos da educação a distância- A educação a distância tem percorrido um longo 
caminho no decorrer da história da Educação e evoluído com o desenvolvimento das TICs. 
 
Breve histórico das gerações da EAD. A primeira geração ocorreu do período de 1850 a 
1960 e foi marcada, primeiro, pelo uso da carta; depois, pelo uso do rádio e da televisão. A 
segunda geração, de 1960 a 1985, utilizou principalmente materiais impressos, televisão, 
rádio, telefone, fax, satélite e TV a cabo. Na terceira geração, ocorrida de 1985 a 1995, 
utilizaram-se os computadores e a internet. A quarta geração teve início em 1995 e 
estende-se aos dias atuais com a utilização da internet banda larga e maiores recursos 
interativos tais como chat e videoconferência. Fala-se, ainda, nas quinta e sexta gerações 
da EAD, que se referem aos avanços conferidos pela internet que permitem cada vez mais 
recursos interativos. 
 
Educação e pesquisa: um campo de conhecimento- Para entender a pesquisa no campo 
da Educação é preciso conhecer o percurso histórico do que se considera por pesquisa 
educacional, termo que gera algumas controvérsias quanto ao seu entendimento. Quando 
nos referimos ao termo “pesquisa em Educação”, do que estamos tratando 
especificamente? A Educação seria, portanto, um campo em que conversam diversas 
disciplinas e áreas, seria uma área interdisciplinar e multidisciplinar, que se utiliza da 
Sociologia, da Psicologia, da Filosofia (Promoveu a passagem do saber intuitivo para o 
saber racional), etc. 
 
As ciências naturais e exatas evoluem de acordo com os seus pontos de chegada, por 
isso são cumulativas. 
Nas ciências humanas não se tem uma acumulação, mas criam-se outros pontos de 
partida dos quais vão evoluir novos objetos, temas, etc. 
 
Caminhos da pesquisa educacional no Brasil- É possível traçar um percurso da 
pesquisa educacional no Brasil a partir da criação do Instituto Nacional de Pesquisas 
Educacionais (INEP) e seus centros e dos programas de pós-graduação das universidades 
brasileiras. Com a fundação do INEP, na década de 1930, começou a sistematização dos 
estudos na área da Educação no Brasil, posteriormente, houve a implantação de Centros de 
Pesquisas Educacionais nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Minas 
Gerais, esses centros funcionam integrados ao INEP. 
 
O ensino e a pesquisa no contexto da educação a distância- escola? A relação 
pesquisa e ensino deve permanecer interligada, como Paulo Freire afirma na epígrafe, é 
uma relação simbiótica. Uma atividade deve depender da outra. Para ensinar, é preciso 
pesquisar e para pesquisar, é preciso ensinar. No campo da Educação, e principalmente da 
escola, essas atividades devem ser interdependentes. 
 
A pesquisa no contexto da EAD- A educação a distância tem se tornado também tema de 
pesquisas acadêmicas, buscando compreender as mudanças em relação ao ensino 
presencial, aos processos de aprendizagem, ao impacto das TICs, entre outras várias 
questões pertinentes. 
 
Apesar de se referirem às TICs, os conceitos de cibercultura e ciberespaço são bastante distintos. 
A cibercultura são formas otimizadas de se utilizar a internet. 
 
Entendendo o que é conhecimento- o conhecimento é um produto de um processo 
dinâmico e inacabado. Deve ser buscado por meio de técnicas normas específicas a fim de 
chegar o mais próximo da verdade e ultrapassar o senso comum. somente é possível 
considerá-lo dentro de uma visão dialética que se desdobra em um constante vir-a-ser, 
servindo como referencial para as demais áreas de pesquisa. O conhecimento pode ser 
definido como a manifestação da consciência de conhecer. Ele existe quando a pessoa 
ultrapassa o dado vivido, explicando-o. Desse modo, o ser humano vai construindo seu 
conhecimento, da vivência circunstancial e estrutural das propriedades necessárias à 
adaptação, à interpretação e à assimilação do meio interior e exterior ao ser. Então, nos 
perguntamos: o que é conhecer? É uma relação que se estabelece entre o sujeito que 
conhece e o objeto conhecido. No processo de conhecimento, o sujeito cognoscente se 
apropria, de certo modo, do objeto conhecido. O conhecimento sempre implica uma 
dualidade de realidades: de um lado, o sujeito cognoscente (é aquele que conhece ou que 
tem a capacidade de conhecer. O sujeito cognoscente, por conseguinte, é quem realiza o 
ato do conhecimento) e, de outro, o objeto conhecido, que está possuído, de certa maneira, 
pelo cognoscente. Desse modo, o objeto conhecido pode, às vezes, fazer parte do sujeito 
que o conhece. Pode-se conhecer a si mesmo, conhecer e pensar os seus pensamentos, 
mas nem todo conhecimento é pensamento. 
Tipos de conhecimento- O homem é um ser de cultura que subsiste e se desenvolve com 
o progresso da sociedade, da civilização, sendo, desse modo, um animal histórico que vive, 
quer realizar-se, ser aquilo que é capaz de ser, e isso o induz a trabalhar para conhecer-se 
melhor, descobrir suas forças internas, anotar as aptidões e as possibilidadesque o 
constituem e, consequentemente, realizar aquilo que sente que pode e que deve ser. O 
homem, em seu ato de conhecer, conhece a realidade vivencial porque os fenômenos agem 
sobre os seus sentidos, ele também pode agir sobre os fatos, adquirindo uma experiência 
pluridimensional do universo. O conhecer, o agir, o aprender acontece em níveis 
diferenciados de apreensão da realidade, embora estejam inter-relacionados. 
 
Tipos de conhecimento e suas características. 
Popular- Valorativo, Reflexivo, Assistemático, Verificável, Falível e Inexato. 
Científico- Factual, contingente, sistemático, verificável, falível e aprox. exato. 
Filosófico- Valorativo, Racional, Sistemático, Não verificável, Infalível e Exato. 
Religioso- Valorativo, Inspiracional, Sistemático, não verificável, Infalível Exato 
 
Conhecimento popular- Também denominado vulgar ou empírico, é o conhecimento do 
dia a dia e que se obtém pela experiência cotidiana. É espontâneo e focalista, considerado 
incompleto. Ocorre por meio do relacionamento diário do homem com as coisas. Contém as 
opiniões, as formas de pensar e as críticas direcionadas pela vivência. Advém do senso 
comum, de situações do cotidiano, do dia a dia e são generalizados e também é 
denominado de conhecimento empírico, a observação da realidade. Empirismo, espontâneo 
e falível. 
 
O senso comum tem algumas características- Espécie de conhecimento gerado pela 
simples observação e constatação da realidade, mas que ainda não possui fundamentação 
científica comprovada, são subjetivos, dependem do olhar de quem o constrói; são 
qualitativos, damos qualidades às coisas do mundo exterior; heterogêneos, damos 
características diferentes aos fenômenos/coisas; são individualizadores, tendemos a 
particularizar os fenômenos ou coisas; ao mesmo tempo são generalizadores, pois reúnem 
as coisas/fenômenos sob um mesmo julgamento. Esse conhecimento é constituído por 
meio de interações, de experiências vivenciadas pela pessoa em seu cotidiano e 
investigações pessoais feitas ao sabor das circunstâncias da vida; é sorvido do saber dos 
outros e das tradições da coletividade. 
 
Conhecimento filosófico- é baseado em valores, questiona e reflete criticamente sobre a 
vida, por isso considerado valorativo. Parte de hipóteses que não podem ser 
experimentadas, por isso é não verificável. É racional porque leva em consideração o 
pensamento lógico; é infalível e exato, pois faz uso da razão humana para alcançar a 
realidade e, portanto, o conhecimento. Busca o sentido, a interpretação lógica das coisas e 
do mundo. 
 
Conhecimento religioso- fundamenta-se em doutrinas, reveladas pelo sobrenatural, por 
isso é considerado infalível. Revela uma visão sistemática do mundo, tratando da origem, 
dos significados, dos objetivos resultantes de um criador. Não é um conhecimento 
verificável, pois baseia-se na fé. Conhecimento não verificável, fundamentado em doutrinas. 
 
Conhecimento científico- É composto por duas faces, sujeito cognoscente e objeto 
conhecido. Possui o mínimo de experimentos advindos de normas e técnicas para a 
sua comprovação, vai além do empírico, procurando conhecer além do fenômeno, suas 
causas e suas leis. Os fatos são fundamentais, portanto, é considerado factual ou real. É 
sistemático, pois utiliza o saber organizado logicamente. É verificável, pois se baseia na 
experimentação. É considerado factual e trabalha com a sua verificação e experimentação. 
necessita dos conhecimentos da área acadêmica, abrange os conhecimentos históricos, 
políticos, econômicos, sociais etc e é um termo bastante complexo que supera o senso 
comum 
 
Características do conhecimento científico. 
É objetivo- porque busca a universalidade do que é investigado; 
É quantitativo- pois busca padrões, critérios de comparação e avaliação para o que é 
analisado; 
É homogêneo- pois busca leis gerais que expliquem o funcionamento dos fenômenos; 
É generalizador- isto é, capaz de somar individualidades e perceber aspectos comuns em 
um determinado fenômeno. 
 
O que é pesquisa em educação? - Pesquisa e indagação ou busca minuciosa para 
averiguação da realidade; investigação, inquirição, é a atividade básica da ciência na sua 
indagação e na construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de 
ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática teórica, 
a pesquisa vincula o pensamento e a ação, ou seja, nada pode ser intelectualmente um 
problema se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática, é a prática 
social de conhecimento, procedimento racional e sistemático que tem como objetivo 
proporcionar respostas aos problemas que são propostos. 
 
Tipos de pesquisa 
Pesquisa bibliográfica- procura explicar um problema a partir de referências teóricas 
publicadas em artigos, livros, dissertações e teses. Busca-se conhecer e analisar as 
contribuições culturais ou científicas do passado sobre determinado assunto, tema ou 
problema, a principal característica é o fato de que o campo onde será feita a coleta de 
dados é a própria bibliografia sobre o tema ou o objeto que se pretende investigar. Na 
pesquisa bibliográfica buscaram-se, nos autores e nas obras selecionadas, os dados para a 
produção do conhecimento pretendido. Não vamos ouvir entrevistas nem observar 
situações vividas, mas conversar e debater com os autores através de seus escritos. A 
fonte das informações estará sempre em forma de documentos escritos, impressos ou 
depositados em meios magnéticos ou eletrônicos, os quais são chamados de documentos. 
 
Pesquisa descritiva- observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos 
(variáveis) sem manipulá-los, procurando descobrir, com a maior precisão possível, a 
frequência com que eles ocorrem, a relação e a conexão com outros, sua natureza e suas 
características. Procura conhecer as diversas situações e as relações que ocorrem na vida 
e no comportamento do ser humano (em grupo ou isoladamente). Esse tipo de pesquisa 
desenvolve-se, principalmente, nas ciências humanas e sociais, tendo como objetivo o 
estudo de problemas que merecem ser estudados e documentados. Não há a interferência 
do pesquisador; na realidade, o papel do pesquisador é descrever o objeto de pesquisa. 
Tipo de pesquisa em que não há a interferência do pesquisador na realidade. O papel do 
pesquisador é descrever o objeto da pesquisa. 
A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas: 
• Estudo descritivo – estudo das características de um grupo, comunidade, propriedades. 
Esse estudo favorece a formulação clara do problema e da hipótese como tentativa de 
solução. Comumente, se incluem estudos que visam identificar as representações sociais e 
o perfil de indivíduos e grupos, estruturas, formas, funções e conteúdo. 
• Pesquisa de opinião – tem como objetivo procurar conhecer atitudes, pontos de vista e 
preferências das pessoas a respeito de algum assunto com o objetivo de tomada de 
decisão. Busca, ainda, identificar erros, descrever procedimentos, descobrir tendências, 
interesses e comportamentos. Geralmente, esse tipo de pesquisa usa os meios de 
comunicação como meio de divulgação de seus resultados. Exemplos: intenções de voto, 
compra e consumo, tendências de opinião pública e outras. 
• Pesquisa de motivação – utilizada para identificar as razões inconscientes e ocultas que 
podem, por exemplo, levar o consumidor a utilizar determinado produto, comportamentos ou 
atitudes. 
• Estudo de caso – é a pesquisa sobre determinado indivíduo, família, grupo ou 
comunidade que seja representativo de seu universo para examinar aspectos variados de 
sua vida. 
• Pesquisa documental – são investigados documentos com o propósito de descrever e 
comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características. As bases 
documentais, com a pesquisa histórica, permitem estudar tanto a realidade presente como o 
passado.Pesquisa de campo- Tem como base análise a observação de situações, 
comportamentos e documentos coletados em lócus. Geralmente é muito utilizada em 
pesquisas na área educacional. A fonte de dados da pesquisa é o próprio campo onde 
ocorrem os fenômenos. Na Pesquisa em Educação, o campo de pesquisa são os espaços 
educativos escolares e não escolares. Nesse caso, o pesquisador vai a campo, aos 
espaços educativos para coletar dados que subsidiarão a pesquisa objetivando a 
compreensão dos fenômenos que nele ocorrem, o pesquisador assume o papel de 
observador e explorador. 
 
Passos a serem seguidos na pesquisa de campo 
a) Delineamento da pesquisa – corresponde à elaboração do projeto de pesquisa; 
b) Revisão bibliográfica – é o momento em que o pesquisador se apropria de 
conhecimentos para a compreensão mais aprofundada do assunto e do tema; 
c) Coleta de dados – momento em que o pesquisador vai a campo para, por meio de 
aplicação de técnica e instrumentos, coletar dados para análise; 
d) Organização dos dados – estudo exaustivo dos dados coletados organizando-os em 
categorias de análise; 
• Análise e interpretação dos dados – discussão dos resultados obtidos na coleta de 
dados com o apoio de autores e obras que tratam dos mesmos temas ou temas próximos; 
• Redação final – elaboração do relatório final da pesquisa na forma exigida para o nível de 
investigação empreendido. 
 
Pesquisa experimental- tem como característica manipular diretamente as variáveis 
relacionadas com o objeto de estudo. Busca estabelecer relações de causa e efeito, ou 
seja, procura responder por que um fenômeno ocorre. Ela pretende dizer de que modo ou 
por que o fenômeno é produzido. 
 
Pode-se aceitar a seguinte metodologia para a realização de uma investigação 
experimental: 
a) investigação e definição do problema em estudo; 
b) literatura sobre o problema (pesquisa bibliográfica); 
c) elaboração de hipóteses; 
d) definição do plano experimental; 
e) realização do experimento; 
f) apresentação dos dados; 
g) provas de significância (comprovam-se ou rejeitam-se as hipóteses); 
h) análises ou interpretação dos resultados; 
i) conclusões. 
 
Pesquisa documental- Tem como base a análise de dados referentes a documentos 
que possuam significados para o tema em questão. A fonte dos dados, o campo onde 
se procederá a coleta de dados da pesquisa documental, é um documento (histórico, 
institucional, associativo, oficial, etc.). A busca por informações (dados) sobre os fenômenos 
investigados é realizada em documentos que serão analisados para subsidiar a pesquisa. 
Pesquisa ação 
Algumas estratégias metodológicas utilizadas na pesquisa-ação: 
a) Há uma interação efetiva e ampla entre pesquisadores e pesquisados; 
b) O objeto de estudo é constituído pela situação social e pelos problemas de diferentes 
naturezas encontrados nessa situação; 
c) A pesquisa volta-se para a resolução e/ou esclarecimento da problemática observada; 
d) A pesquisa não é um simples ativismo, mas há o objetivo de aumentar o conhecimento 
dos pesquisadores e o nível de consciência das pessoas e dos grupos considerados. 
 
Pesquisas qualitativa e quantitativa e seu uso na educação 
O desenvolvimento de uma pesquisa, seja qualitativa ou quantitativa, refere-se ao 
conhecimento científico em que se faz uso da objetividade, da universalidade, de uma 
investigação mais aprofundada e baseada em métodos próprios. 
 
Diferenças entre as abordagens qualitativa e quantitativa. 
Quantitativas- Objetivo; hard science; testa a teoria; Uma realidade: o foco é conciso e 
limitado; Redução, controle, precisão; Mensuração; Mecanicista: partes são iguais ao todo; 
possibilita análises estatísticas; os elementos básicos da análise são os 
números; O pesquisador mantém distância do processo; Sujeitos; Independente do 
contexto; Teste de hipóteses; O raciocínio é lógico e dedutivo; estabelece relações, causas; 
busca generalizações; utiliza instrumentos específicos. 
Qualitativas- Subjetivo; Soft science; Desenvolve a teoria; Múltiplas realidades: o foco é 
complexo e amplo; Descoberta, descrição, compreensão, interpretação partilhada; 
Interpretação; Organicista: o todo é mais do que as partes; Possibilita narrativas ricas, 
interpretações individuais; Os elementos básicos da análise são palavras e ideias; O 
pesquisador participa do processo; Participantes; Depende do contexto; Gera ideias e 
questões para pesquisa; O raciocínio é dialético e indutivo; Descreve os significados, 
descobertas; Busca particularidades; Preocupa-se com as quantidades; Preocupa-se com a 
qualidade das informações e com as respostas; Utiliza a comunicação e a observação. 
 
Conhecendo a escrita acadêmica- A escrita é uma forma de comunicação, por isso, é 
essencial que seja clara e coerente para se fazer entender. Existem diversas formas 
de realizá-la; a escrita acadêmica é uma delas. É como a comunidade acadêmica 
transmite suas pesquisas, seus estudos por meio de diferentes textos que podem ser 
artigos científicos, relatórios, dissertações, teses, etc. Público alvo da escrita acadêmica: 
orientador; banca examinadora e público interessado 
 
Alguns cuidados na escrita científica: 
a) Impessoalidade- todo trabalho acadêmico, técnico ou científico deve ter caráter 
impessoal. Texto redigido na terceira pessoa, evitando-se referências pessoais, como 
“meu trabalho”, “meus estudos”, “minha tese”. Utilizam-se, em tais casos, Preferência ao 
uso dos termos “o presente trabalho”, “o presente estudo”, mas não deixe de assumir a 
autoria de ideias originais, argumentos inovadores ou teses polêmicas quando necessário. 
O uso de “nós”, pretendendo indicar impessoalidade, é igualmente desaconselhável, 
embora tal construção possa aparecer quando se trata de marcar os resultados obtidos 
pessoalmente com uma pesquisa: “somos de opinião que...”, “julgamos que...”, “chegamos 
à conclusão de que...”, “deduzimos que...”, etc. 
b) Objetividade- o caráter objetivo da linguagem que veicula conhecimentos científicos 
resulta da própria natureza da ciência. Por isso, essa linguagem impessoal e objetiva deve 
afastar do campo científico pontos de vista pessoais que deixem transparecer impressões 
subjetivas, não fundadas sobre dados concretos. Expressões como “eu penso”, “parece-
me”, “parece ser” e outras violam, frequentemente, o princípio da objetividade, indicando 
raciocínio subjetivo. 
 
Exemplos de comparação entre linguagem subjetiva e linguagem objetiva em 
pesquisa social: 
• Linguagem subjetiva: a sala estava suja; 
• Linguagem objetiva: o entrevistado, enquanto falava, deixou cair as cinzas do cigarro no 
chão. Viam-se restos de cigarros apagados e fragmentos de papel pelo chão; 
• Linguagem subjetiva: a sala era grande e espaçosa; 
• Linguagem objetiva: a sala media 12 m de comprimento por 8 m de largura. 
 
A linguagem científica deve, portanto, ser objetiva, precisa, isenta de qualquer 
ambiguidade. Contrasta, nesse sentido, com a linguagem subjetiva, apreciativa, adequada a 
outros fins. Possui uma determinada técnica e forma padronizada de texto a ser redigido, é 
essencialmente informativa e funciona como veículo para novos conhecimentos e necessita 
de dados concretos para analisar, deduzir e argumentar sobre a sua veracidade 
c) Modéstia e cortesia- os resultados de um estudo ou pesquisa, quando cientificamente 
alcançados, impõem-se por si mesmos. O pesquisador não deve, portanto, insinuar que os 
resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam cobertos de erros e 
incorreções. O próprio trabalho, por mais perfeito que seja, nem sempre está isento de 
erros. A cortesia é traço importante de todo trabalho, sobretudo quando se trata de 
discordar dos resultados de outras pesquisas. 
 
Características da linguagem científica. 
Exigências- Impessoal; objetiva; modesta, cortês; Informativa; Clara e distinta; Própria ou 
concreta; Técnica; Frases simplese curtas. 
Deformações- Pessoal; subjetiva, ambígua; arrogante, dogmática; persuasiva, expressiva; 
confusa, equívoca; Figurada; Comum; Frases longas e complexas. 
 
Tipos de textos científicos 
Artigo- É um texto dissertativo-argumentativo que tem por objetivo apresentar o 
resultado de estudos e pesquisas. Estruturalmente, é composto por: título do trabalho; 
autor; credenciais do autor; sinopse (resumo em português e em uma língua estrangeira, 
de preferência em inglês); corpo do artigo (introdução, desenvolvimento e conclusão); 
parte referencial (referências bibliográficas- como notas de rodapé ou de final de capítulo; 
bibliografia- que é a lista dos livros consultados ou relativos ao assunto; apêndice; anexos; 
agradecimentos; data – são opcionais). -Texto dissertativo argumentativo. Possui partes 
textuais, pós textuais e intratextuais e limite de páginas reduzido. 
 
Resenha- É a apreciação de uma obra publicada recentemente que visa atualizar a 
comunidade acadêmica. Existem seções de revistas dedicadas às resenhas; geralmente, é 
determinado um prazo para livros nacionais ou internacionais serem analisados. Nesse tipo 
de texto, faz-se uma identificação da obra e a sua apresentação, podendo ter ou não uma 
avaliação crítica. Texto que contém apreciação de uma obra publicada. Apresenta descrição 
detalhada podendo conter emissão de opinião. 
F 
A resenha é considerada um texto descritivo, pois busca descrever as circunstâncias 
que o envolvem, estrutura de uma resenha descritiva. 
• Nome do autor (ou dos autores); 
• Título e subtítulo da obra (livro, artigo de um periódico); 
• Se tradução, nome do tradutor; 
• Nome da editora; 
• Lugar e data de publicação da obra; 
• Número de páginas e volumes; 
• Descrição sumária de partes, capítulos, índices; 
• Resumo da obra, salientando objeto, objetivo, gênero (poesia, prosa, dramaturgia, ensaio 
literário, político); 
• Tom do texto; 
• Métodos utilizados (como o autor construiu a obra); 
• Ponto de vista que defende. 
 
Resumo- Refere-se a uma apresentação concisa e objetiva dos pontos mais 
importantes de um determinado texto. Deve ser apresentado de forma sucinta e 
compacta. Não deve contar juízos de valor ou análises críticas. Abrevia o tempo dos 
pesquisadores, difunde informações de modo que pode influenciar e estimular a consulta do 
texto completo. Ao redigir um resumo, os pesquisadores devem ficar atentos a alguns 
procedimentos: 
• Uso de linguagem objetiva: Esta característica da linguagem é de suma importância para 
a escrita acadêmica. Ela é clara e deve afastar do campo científico, os pontos de vista 
pessoais que não possuem fundamentação teórica. Expressões que comumente usamos no 
dia a dia tais como: como “eu penso”, “parece-me”, “parece ser” e outras desse tipo, vão 
contra este tipo de linguagem pois denotam formulação no senso comum. “Evitar a 
repetição de frases do texto original; respeitar a ordem em que as ideias ou os fatos são 
apresentados; não devem apresentar juízo valorativo ou crítico; deve ser compreensível, 
dispensando a consulta ao texto original. 
 
Comunicação científica- É a informação utilizada para apresentação em congressos, 
simpósios, reuniões, academias, sociedades científicas, procura expor sucintamente os 
resultados de pesquisas realizadas. Geralmente realizada por meio de banner, já que o 
conhecimento científico não se resume à descoberta de fatos e leis novas, diz respeito 
também à publicação. 
 
O texto científico apresenta partes pré-textuais, textuais e pós-textuais, a Introdução de 
um trabalho científico: apresenta os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração 
 
Estrutura da comunicação científica. 
Introdução (formulação do tema. justificativa, objetivos, metodologia, delimitação do 
problema, abordagem e exposição exata da ideia central); 
Desenvolvimento (inclui exposição detalhada do que se disse na introdução e a 
fundamentação lógica das ideias apresentadas); 
Conclusão (busca a síntese dos resultados da pesquisa). 
Folha de rosto- Engloba: nome do congresso, do simpósio, local, data, título do trabalho, 
nome do autor, credenciais do autor. 
Sinopse- Síntese do trabalho (pode aparecer entre o título e o texto, escrita em português, 
inglês ou outra língua de difusão internacional). 
O conteúdo abrange- Introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Bibliografia- Fontes consultadas. 
 
Projeto- É um texto em que se apresenta uma proposta de pesquisa, por isso, o tempo 
utilizado é o futuro, pois indica o quê, o porquê e como será realizada uma dissertação de 
mestrado ou tese de doutorado, por exemplo. Devem estar claros o tema e o objeto da 
pesquisa assim como a justificativa e a pergunta de partida. Também é realizada uma 
revisão de literatura, fundamentação teórica, apresentação da metodologia a ser utilizada e 
um cronograma de execução das atividades a serem desenvolvidas. - Texto que contém texto 
em que se apresenta a proposta de uma futura pesquisa científica. Ele deve conter o tema e objeto 
de pesquisa. 
 
Monografia é um trabalho produzido por uma pessoa (mono), na medida em que reduz o 
trabalho à abordagem de um único assunto ou problema por meio de um tratamento 
científico. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)- é outro nome que se dá às monografias 
apresentadas ao final dos cursos de graduação, é definido pelo curso. Pode ser a 
elaboração de um artigo, projeto, monografia ou outro tipo de atividade. Será elaborado sob 
a supervisão de um orientador e, possivelmente, examinado por uma banca composta de 
professores/profissionais da área. É preciso que você esteja atento ao tipo de texto exigido 
e às suas especificações. 
 
Conhecendo a ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. Quando se trata de 
textos acadêmicos além da norma culta de linguagem, deve-se ter outros cuidados. Para 
padronizar os variados textos, existe uma série de orientações dispostas na ABNT, surgiu 
na década de 1940 sob liderança de engenheiros que reconheciam dificuldades em relação 
à normalização de técnicas quanto à execução de obras e à confecção de produtos. 
 
ABNT: indicações de usos- As orientações da ABNT têm o objetivo de auxiliar 
pesquisadores, cientistas, acadêmicos a organizarem seus textos e divulgar da melhor 
maneira possível seus resultados. 
 
Elementos pré-textuais- São partes anteriores ao desenvolvimento do texto que ajudam a 
identificá-lo. Alguns elementos são obrigatórios e outros são opcionais, dependendo da 
necessidade ou da preferência do autor do texto. 
 
A folha de rosto deve conter título e subtítulo, se houver; tipo de trabalho, se é monografia, 
dissertação, etc objetivo, se é para a obtenção de um título, aprovação em disciplina, etc.; 
nome do orientador e, se houver, do coorientador; instituição e área de conhecimento; local 
da instituição e ano da entrega. 
A ficha catalográfica deve ficar no verso da folha de rosto. Ela passará a ser a principal 
fonte de referência para localização, catalogação e classificação do trabalho em bibliotecas 
ou durante consultas. 
A folha de aprovação contém os dados de identificação: título, natureza do trabalho (tipo, 
objetivo, instituição, área de concentração) além da data de aprovação, componentes da 
banca, acompanhados de sua titulação e instituição. A assinatura dos membros da banca e 
a data de aprovação são anexadas após a defesa e consequente aprovação. 
A folha de dedicatória é opcional, tem caráter afetivo ou de prestar homenagem, inclusive 
póstumas. 
A folha de agradecimentos também é opcional, usada para fazer agradecimentos, mais no 
sentido de crédito do que de homenagem às pessoas que efetivamente contribuíram para a 
elaboração do trabalho. 
A epígrafe também é opcional, colocada após os agradecimentos. Atende ao desejo 
daqueles que gostam de abrir cada capítulo com uma citação pertinente ao tema, mas é 
necessária a indicação da autoria. 
O resumo é outroelemento pré-textual obrigatório. Deve conter os objetivos, os métodos, 
os resultados e as conclusões. A ABNT (NBR 6028) recomenda que seja usada uma 
linguagem concisa, composta por frases afirmativas, usando a voz ativa e a terceira pessoa 
do singular. Recomenda-se fazê-lo em parágrafo único. O resumo é acompanhado por 
palavras-chave. Acompanha-se ainda o resumo em língua estrangeira, é elemento 
obrigatório, com as mesmas características do resumo em letra vernácula, digitado em folha 
separada em inglês, espanhol ou francês. 
A lista de ilustrações e a lista de tabelas são opcionais e devem ser elaboradas de 
acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome 
específico, acompanhado do respectivo número da página, as tabelas também devem ser 
numeradas e ter indicação da página 
 
Elementos textuais 
Citações- Quando se quer inserir o pensamento de outro autor no texto, pode-se fazer de 
duas formas usando a: 
Citação direta (citação breve, com até três linhas, transcrita no corpo do texto e colocada 
entre aspas duplas.), em que se usam as palavras do autor a que se está referindo; 
Citação longa, com mais de três linhas, faz-se um recuo de 4cm da margem esquerda, 
utiliza-se fonte tamanho menor que o texto e sem aspas; 
Citação indireta (devem ser transcritas no corpo do texto de maneira corrente e sem 
aspas, mas com a indicação da fonte), quando o texto é baseado na obra do autor 
consultado. 
 
Referências bibliográficas- podem ser apresentadas em ordem alfabética, cronológica e 
sistemática (por assunto). Entretanto, a ABNT sugere a adoção da ordenação alfabética 
crescente. São elementos essenciais de uma referência: autor(es); título e subtítulo (quando 
houver); edição; local; editora; data de publicação. 
 
A construção do objeto de pesquisa- Quando nos deparamos com a escrita de um 
projeto de pesquisa, TCC, monografia ou qualquer outro texto acadêmico, precisamos partir 
de um ponto que se inicia na escolha do tema, do objeto de pesquisa, passando pelos 
procedimentos metodológicos e pela execução da pesquisa. 
 
Fazem parte dos elementos pós-textuais de uma produção científica: referências, anexos 
e apêndices 
 
O trabalho de conclusão de curso – TCC- refletia quais questões despertam seu 
interesse no amplo campo de conhecimento que é a Educação e, a partir daí, escolha seu 
tema, transforme-o em um objeto de pesquisa e mãos à obra. 
 
O que é o projeto de pesquisa? - projeto nada mais é que uma proposta de uma pesquisa 
que se pretende realizar, indicando quais objetivos e caminhos serão percorridos para a sua 
realização. 
 
Delimitação do tema- O projeto de pesquisa é uma proposta do que se pretende fazer, 
deixando claro o quê, como, por quê, para quê e quando. Para responder a essas questões, 
parte-se de uma escolha, qual seja, do tema e do objeto de pesquisa para, depois, deter-se 
às questões citadas. 
 
Justificativa e objetivos- O que é a justificativa no projeto de pesquisa? Nada mais do que 
explicar o porquê de sua realização. Como fundamentar as razões da pesquisa? Você 
precisará ter algum conhecimento sobre o tema e os objetos propostos, para isso, pode 
partir de uma revisão bibliográfica, de uma pesquisa exploratória, encontrando caminhos 
que levem ao aprofundamento do tema e, dessa forma, à sua contextualização. 
 
Partes principais de um projeto que comumente são cobradas, sejam em disciplinas 
ou em seleções de mestrado ou doutorado. 
a) Introdução: contendo as respostas àquelas perguntas: “o quê?”, “por quê?”; 
b) Problematização: nesta parte, além da contextualização, procura-se expor questões e 
hipóteses a serem exploradas; 
c) Objetivos: respondendo à pergunta “para quê?”; 
d) Revisão da literatura: corresponde à pergunta “a partir de quê?”. Indica-se a 
fundamentação teórica relativa ao tema proposto; 
e) Metodologia: refere-se ao “como?”. Indicam-se quais os métodos a serem utilizados 
para a realização da futura pesquisa; 
f) Cronograma: estabelece prazos a serem seguidos em cada fase da pesquisa. 
 
Problematização- Eis aqui uma parte primordial do projeto de pesquisa, pois se trata da 
construção do seu objeto. Claro que se não houver uma delimitação definida do tema, o 
pesquisador não terá elementos claros o suficiente para serem trabalhados. O principal será 
conseguir contextualizar sua questão-problema, deixando-a bem fundamentada e, 
principalmente, saber explicar qual é essa questão, se tem hipóteses a serem investigadas, 
demonstrando conhecimento sobre o que vai ser investigado. 
 
Revisão da literatura: como fazer? - A partir do seu tema, você deve selecionar textos de 
diversos tipos, sejam livros, artigos, dissertações e teses que possam ajudá-lo a conhecer 
mais sobre o tema, perceber quais questões têm sido mais exploradas e quais necessitam 
de mais estudos. 
 
Metodologia- Nesta parte, você responderá a pergunta-chave “como?” do seu projeto. 
Como você realizará a pesquisa que está se propondo a fazer? Para isso, você precisa 
conhecer princípios fundamentais de metodologia de pesquisa e seus métodos. 
 
Cronograma- O cronograma é a parte que indica quais e quantas etapas serão necessárias 
para a realização da pesquisa e, principalmente, quanto tempo levará cada uma dessas 
etapas. É importante para o pesquisador ter dimensão do que está sendo proposto e para 
os avaliadores do projeto perceberem a viabilidade de sua execução. 
 
Referências bibliográficas- A bibliografia consiste no levantamento bibliográfico de obras 
que tenham relação com o tema a ser trabalhado. O projeto será finalizado com a 
apresentação das referências. Nesta seção, todas as obras citadas no texto do projeto 
precisam ser apresentadas, conforme orientações da ABNT.

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