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1650148840377_Didática revisada

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GEP/FATEP - GRUPO EDUCACIONAL DO PLANALTO
CURSO SUPERIOR DE TEOLOGIA
DIDÁTICA GERAL
Professora:	Prª JÔ....	
Brasília (DF, 2º semestre de 2014
	
	GEP/FATEP - GRUPO EDUCACIONAL DO PLANALTO
 CNPJ 00.101.176/0001-30
EQNP 16/20 – ÁREA ESPECIAL H – SETOR P SUL – CEILÂNDIA-DF
PLANO DE ENSINO
1. Identificação
	Curso:
	Superior de Teologia
	
	Disciplina:
	Didática Geral
	
	Professora:
	Prª Jessica Neres
	
	Carga horária:
	60 h/a
	Créditos: 04
	Semestre/ano:
	2º semestre/2014
	
2. Ementa
Pedagogia e Didática. O Currículo e seu Planejamento. Tipos de Planejamento de Ensino: Planejamento de Curso, Planejamento de Unidade e Planejamento de Aula. Recursos de Ensino. Avaliação. 
3. Justificativa da Disciplina
	A disciplina de Didática Geral justifica-se ante a possibilidade do bacharel de teologia de dedicar –se ao ministério docente, na igreja ou fora dela.
4. Objetivos
4.1 Gerais
- .Apresentar, analisar e aplicar os fundamentos da Didática com base na pesquisa;
- Propor linhas gerais do estudo da Didática;
- Ajudar o aluno a desenvolver uma atitude analítica e crítica no estudo dos fundamentos da Didática Geral.
4.2 Específicos
 Levar o aluno a:
· distinguir Pedagogia e Didática;
· comparar os tipos de Planejamento de Ensino; 
· citar as características de um bom Planejamento de Ensino;
· conceituar objetivos de ensino;
· listar as funções da avaliação.
5. Conteúdo Programático
I - PEDAGOGIA E DIDÁTICA
1. Compreendendo Pedagogia e a Didática
2. Ensinar e Aprender.
0. Evolução do Conceito de Ensino
2.2Tipos de Aprendizagem
II. O CURRÍCULO E SEU PLANEJAMENTO
1. Plano de Ensino
0. Conceito e importância de planejamento
0. Planejamento Educacional, de Currículo e de Ensino
1. Planejamento Educacional
1. Planejamento de Currículo
1. Planejamento de Ensino
0. Etapas do planejamento de Ensino
0. Componentes básicos do planejamento de ensino
0. Tipos de Planejamento de ensino
0. Planejamento de curso
0. Planejamento de unidade
0. Planejamento de aula
0. Importância do Planejamento de Ensino
0. Características de um bom Planejamento de Ensino
2. Os Objetivos de Ensino
0. Sua Importância
0. Tipos de objetivos
0. Como definir objetivos específicos
III. RECURSOS DE ENSINO
1.Importância dos Recursos de ensino
2.Sugestões de recursos de ensino
IV. AVALIAÇÃO
1.Conceito de Avaliação
2. Funções da Avaliação
Bibliografia
I. PEDAGOGIA E DIDÁTICA
1. Compreendendo a Pedagogia e a Didática
Pedagogia: do grego (pais, paidos = criança; agein = conduzir; logos = tratado, ciência). Na antiga Grécia, eram chamados de pedagogos os escravos que acompanhavam as crianças que iam para a escola.
			Hoje, pedagogo é o especialista em assuntos educacionais e Pedagogia, o conjunto de conhecimentos sistemáticos relativos ao fenômeno educativo.
Temos diversas definições de pedagogia:
 Pedagogia é a ciência da educação;
 Pedagogia é a ciência e a arte de educar;
 Pedagogia é a arte de educar;
 Pedagogia é a reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e orientar a prática educativa. (DURKHEIM e RADICE, 2002)
		O conceito moderno de Pedagogia é o seguinte: Pedagogia é a filosofia, a ciência e a técnica da educação. (Professor C, MATTOS, 2002).Esse conceito é completo porque abrange todos os aspectos fundamentais da pedagogia.
Aspectos fundamentais da Pedagogia
Aspecto filosófico – Esse aspecto abrange os princípios fundamentais da educação, tais como as relações da educação com a vida, os valores, os ideais e as finalidades da educação. Procura responder às seguintes questões: 
O que deve ser a educação? 
Para onde a educação deve conduzir as novas gerações?
 O aspecto filosófico procura estabelecer as diretrizes da educação de acordo com os valores de cada povo e de cada época.
 Aspecto científico – A Pedagogia moderna apóia-se nos dados apresentados pelas ciências, procurando estabelecer o que é a educação. Ela se apóia principalmente nos dados das ciências que estudam o comportamento humano.
Aspecto técnico – refere-se à técnica educativa, ao como educar. Este aspecto situa-se entre o filosófico e o científico, isto é, entre o que deve ser e o que é, ligando o ideal ao real. Sob o aspecto técnico estuda-se:
 Os métodos e processos educativos. Os sistemas escolares.
 As normas e diretrizes orientadoras da parte estática e da dinâmica de sala de aula.
 Os métodos e as práticas de ensino.
 As técnicas de trabalho escolar.
A palavra didática (português brasileiro) ou didáctica (português europeu) vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como: arte ou técnica de ensinar. A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica.
 A palavra “didática” foi utilizada, pela primeira vez, por Ratke em 1629, quando escreveu os principais aforismos didáticos. Porém, só veio a ser definida por Jean Amos Comenius, em sua obra “Didática Magna”, publicada em 1657, conceituando-a como “a arte de ensinar tudo a todos”.
A didática é o principal ramo de estudo da Pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as condições e os modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos. Libâneo (1992).
Passeando pela histórica da didática. 
Entre os anos 20 e 50
Nesse período, a didática praticada era a da escola nova, que buscou superar os postulados da escola tradicional, trazendo assim uma reforma interna no ensino. O movimento da escola nova defendia a necessidade de partir dos interesses das crianças, abandonando a visão delas como "adultos em miniatura" e passando a considerá-las capazes de adaptar-se a cada fase de seu desenvolvimento. Foi a fase do "aprender fazendo", momento em que os jogos educativos passaram a ter um papel importante no dia-a-dia das escolas.
Entre os anos 60 e 80
Nesse período, a didática assumiu o enfoque teórico numa dimensão denominada tecnicista, e deixou o enfoque humanista centrado no processo interpessoal, para uma dimensão técnica do processo ensino-aprendizagem.
A era industrial fez-se presente na escola, e a didática era vista como uma estratégia objetiva, racional e neutra do processo. O referencial principal do ensino era a fábrica, e sobre ela se construíram as práticas educativas e as conceitualizações referentes à educação.
 Dos anos 90 até a atualidade
A didática tornou-se um instrumento para a cooperação entre docente e discente, para que realmente ocorresse a evolução dos processos de ensino e aprendizagem. Para isso é importante o comprometimento, o esforço e o exercício de suas técnicas em ambos os lados, para que o conhecimento realmente seja transmitido do professor para o aluno.
Os elementos da ação didática são:
1. O professor
1. O aluno
1. A disciplina (matéria ou conteúdo)
1. O contexto da aprendizagem As estratégias metodológicas
2. Ensinar e Aprender
No decorrer da história da humanidade, o ensino e a aprendizagem foram adquirindo cada vez maior importância. Sua conceitualização evoluiu graças aos questionamentos e pesquisas realizadas por diversos pensadores, educadores, psicólogos, sociólogos, etc.
2.1 Evolução do Conceito de Ensino
1º Conceito etimológico: “Ensinar é colocar dentro, gravar no espírito”. Neste caso, o método de ensino é o de marcar e tomar a ligação. Muitas pessoas ainda pensam que ensinar é colocar conhecimento dentro da cabeça do aluno.
2º Conceito tradicional: “Ensinar é transmitir conhecimentos” Segundo esse conceito, o método utilizado baseia-se em aulas expositivas e explicativas. O professor fala aquilo que sabe sobre determinado assunto e espera que o aluno saiba reproduzir a que ele lhe disse.
Esse tipo de ensino, no entanto, por mostrar-se cada vez mais ineficaz, passou a receber uma serie de criticas. Essas criticas deram origem a uma nova teoria da educação que passou a se denominar Escola-Novismo ou Escola Nova.
3º Concepção da Escola Nova. “Ensinar é criarcondições de aprendizagem”. O eixo da questão pedagógica passa do intelecto (ensino tradicional) para o sentimento; do aspecto lógico para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para os processos pedagógicos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; do diretivismo, para o não diretivismo; da quantidade para a qualidade; de uma pedagogia de inspiração filosófica centrada na ciência da lógica para uma pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente nas contribuições da Biologia e da psicologia.
Segundo os princípios da Escola Nova, o professor deve agir como um estimulador e orientador da aprendizagem.
4º Concepção Tecnicista: “O ensino deve se inspirar nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade”. O elemento principal passa a ser a organização racional do meio, e o professor e o aluno ocupam posição secundaria. Professor e aluno “são relegados a condição de executadores de um processo cuja concepção; planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais. A questão pedagógica fundamental é aprender a fazer. 
			Mas afinal o que é Aprendizagem?
 Inicialmente convém salientar que aprendizagem não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. As informações são importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de se tornarem significativas para a vida das pessoas.
Só se aprende para a vida quando não somente se pode fazer a coisa de outro modo, mas também se quer fazer a coisa desse outro modo. Só essa aprendizagem interessa à vida e, portanto, à escola. Tal aprendizagem é, inevitavelmente, mais complexa do que a simples aprendizagem informativa.
O processo de aprendizagem acontece da seguinte maneira:
Aprendendo a aprender 
Estímulos de aprendizagem
1. Visual (70% das pessoas têm este estímulo como mais predominante). 
Quem é visual aprende mais rápido visualizando exemplos e esquemas.
1. Auditivo (20% das pessoas têm este estímulo como mais predominante). 
Quem é auditivo aprende mais rápido focado na explicação oral do professor, ou ainda com cd´s de estudo. Uma boa dica para quem predomina mais esse estímulo é estudar ouvindo música ambiente (calma e sem letra para não desconcentrar).
1. Cinestésico (10% das pessoas têm este estímulo como mais predominante). Quem é cinestésico aprende melhor ao fazer anotações na aula. É aquele tipo de aluno que aprende mais fazendo (prática) do que vendo e ouvido (teoria). Este aluno irá desenvolver seu potencial mais rápido fazendo exercícios, trabalhos etc.
2.2 Tipos de Aprendizagem
Aprendizagem motora: Aprender habilidades motoras (andar, dirigir um automóvel, escrever, etc).
Aprendizagem cognitiva: Aquisição de informações, princípios, teorias, etc.
Aprendizagem afetiva: Diz respeito aos sentimentos emoções.
Estados que influenciam o aprendizado
* Foco
Tenha objetivos claros e bem definidos. Diga ao seu cérebro o que você tem a fazer. Se você está estudando para concurso, foque em um tipo de concurso.
* Motivação
Motive a si mesmo fazendo as seguintes perguntas:
Porque quero ser um pastor?
“Por que eu quero passar em um concurso público?” 
Para ter uma vida mais tranquila financeiramente e emocionalmente. Para ter estabilidade. (exemplo de resposta)
 “Por que eu estou fazendo este curso?” 
 “Por que estou estudando este assunto?” 
“Aonde quero chegar academicamente e profissionalmente?
“O que devo fazer para alcançar minhas metas? Que comportamento/atitudes preciso adquirir para alcançar meu alvo?”
“Estou no caminho certo para chegar onde anseio?
“Quais serão os benefícios que obterei quando atingir minha meta?”
“Como irei comemorar esta vitória?”
Esta estratégia é importante porque seu cérebro receberá suas respostas como incentivo. 
Além disso, é essencial que você pense no estudo como algo bom e que irá te trazer benefícios futuros. Por isso, nunca diga palavras ou frases negativas como:
- Nunca diga que não consegue aprender esta matéria. O fato de você ter mais dificuldade com alguns conteúdos não significa que não é capaz.
- Nunca diga que tal assunto é difícil ou chato demais. (Inclusive o professor jamais deverá dizer este tipo de coisa em suas aulas, pois, ao pronunciar isso já irá criar um bloqueio na mente do aluno quanto aquele assunto).
- Nunca diga que só será aprovado se comprar o gabarito da prova.
- Nunca diga que os concursos são marmelada. E, portanto, não vale a pena estudar.
- Nunca diga que você queria ser inteligente. Seu cérebro irá acreditar que você não é.
- Nunca diga: “- Vai começar esta aula chata”. Seu cérebro ficará desestimulado a prender.
- Nunca diga que estudar para concurso (ou outro curso) é cansativo, chato, impossível. Mude sua visão, ou não alcançará sua meta!
*Lembre-se que as palavras ditas freqüentemente tornam-se crenças auto-realizadas (há poder em suas palavras).
* Emocional
	Lembre-se que nosso estado emocional afeta intensamente em nos resultados. Aliás, 80% do rendimento no dia da prova dependem do seu estado emocional. Por isso, tente controlar suas emoções.
*Condicionamento físico
Saiba que o nosso corpo grava todas as informações enviadas por nossos membros. Por isso, é errado estudar deitado, pois o seu corpo informará ao cérebro que você está na posição de dormir, e então, sentirá sono.
A forma de sentar-se também é estritamente importante. Você deve sentar o mais ereto possível, pois assim, seu cérebro receberá a mensagem de que você está na posição de alerta (atenção) e não de descanso (relaxamento em excesso que causa sono). Ou seja, sentar-se ereto é dizer ao seu corpo que você quer aprender.
*Lembre-se que nossa postura afeta diretamente a capacidade de aprendizagem! Corpo e mente são partes do mesmo sistema.
Ginástica Cerebral
	Para obter melhores resultados de estudo é importante fazer a ginástica cerebral. Entretanto, tenha o cuidado de utilizar o tipo de ginástica adequado para a ocasião.
	Circuito Cerebral - Quando estiver cansado, deprimido, desanimado ou com sono utilize as seguintes estratégias:
 	1° Coloque uma música que lhe anime, que lhe dê energia. 
2° Toque as pontas dos dedos com as mãos e massageie braços e pernas com movimentos circulares. Esses movimentos ajudam as partes do corpo “acordarem”, ficarem mais alerta.
3° Comece a ginástica movendo as pernas de um lado para o outro, depois trás e frente e acompanhando com palmas. 
4° Movimente o braço esquerdo e a perna direita, depois inverta, fique alguns minutos invertendo.
5° Mova a mão direita na sua frente e faça movimento circulares, acompanhe estes movimentos com os olhos, em seguida faça o mesmo com a mão esquerda e depois com as duas. Depois faça movimentos circulares com a mão direita acima da cabeça e a esquerda na barriga. Em seguida inverta a direção que está girando as mãos, a mão que está na cabeça gira para direita e a que está na barriga gire para esquerda, depois tente trocar.
6° Coloque uma mão no nariz e a outra na orelha, depois tente ficar trocando as mãos o mais rápido que puder.
Pronto, agora seu cérebro está alerta o suficiente para estudar. Mas, não se esqueça, o máximo de tempo que se deve estudar sem intervalo é de 50 minutos. Então, se você for estudar três horas por dia, estude 50 minutos e pare 10 minutos para descansar, isso é essencial para não sobrecarregar seu cérebro.
Ginástica relax - Se estiver agitado, estressado ou nervoso faça o seguinte:
1° Coloque uma música calma que te acalme, de preferência sem letra.
2° Respire fundo e solte lentamente por algumas vezes.
3° Faça um alongamento (de + ou - 15 segundos) espreguiçando os braços e pernas.
4° Movimente a cabeça lentamente fazendo movimentos de “sim” e “não”, repita algumas vezes. Em seguida, faça movimentos circulares com a cabeça.
Após estes simples exercícios você poderá mesmo depois de um dia estressante de trabalho ter um bom aproveitamento em seu período de estudo.
II. O CURRÍCULO E SEU PLANEJAMENTO
Do latim, curriculumsignifica percurso, carreira, curso, arte de correr.
Tradicionalmente significa a relação de materiais ou disciplinas com o seu corpo de conhecimentos organizados seqüencialmente em termos lógicos. Atualmente o termo currículo é usado num sentido mais amplo, para referirem-se à vida e a todo o programa da escola, inclusive a atividade extraclasse.
Considerando que o currículo é a soma de experiências vividas pelos alunos de uma escola, é fácil concluir que o planejamento do currículo é o planejamento dessas experiências.
Cada escola deve elaborar o seu planejamento de um currículo com a participação de todos aqueles que direto ou indiretamente estão ligados à dinâmica do processo educativo: diretor, coordenador pedagógico, orientador educacional, professores e comunidade. Juntos definirão os objetivos finais, o conteúdo básico e delinearão os métodos e as estratégias de avaliação, pesquisando ainda os recursos que poderão utilizar.
No planejamento do currículo devemos levar em conta a realidade da cada escola e as sugestões apresentadas pelo conselho Federal de Educação, Conselho Estadual de Educação e Unidade Escolar.
Planejamento do currículo.
 (
Quem planeja?
Conselho Federal de Educação (C.F.E.)
Fixa diretrizes para a 
Organização curricular
A nível nacional.
Leis
Pareceres
Resoluções
Estabelecimento de conteúdos mínimos
Conselho Estadual de
Educação (C.E.E.)
Faz as adequações necessárias, considerando as peculiaridades locais
.
Relação das matérias que a escola elegera para a parte diversificada do currículo
Estabelecimento de normas (transferência, matricula, avaliação e recuperação)
Julgamento de casos
Objetivos educacionais
Conteúdos
Métodos
Recursos
Avaliação 
Unidade Escolar
Elabora o currículo pleno atendendo às possibilidades do estabelecimento e às necessidades e características da clientela.
)
Plano de Ensino
1.1Conceito e importância de planejamento
“Planejar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema”. Diante de um problema eu procuro refletir para decidir quais as melhores alternativas de ação possíveis para alcançar determinados objetivos a partir de certa realidade.
Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001, p. 30).
O planejamento é, hoje, uma necessidade em todos os campos da atividade humana.
Alias, sempre foi só que hoje adquiriu maior importância por causa da complexidade dos problemas. Quanto mais complexos forem os problemas, maior é a necessidade de planejamento.
No processo de planejamento procuramos responder às seguintes perguntas:
1. O que pretendo alcançar?
1. Em quanto tempo pretendo alcançar?
1. Como posso alcançar isso que pretendo?
1. O que fazer e como fazer?
1. Quais os recursos necessários?
1. O que e como analisar a situação a fim de verificar se o que pretendo foi alcançado?
1.2 Planejamento Educacional, de Currículo e de Ensino.
Se qualquer atividade exige planejamento, a educação não foge dessa exigência. Na área da educação temos os seguintes tipos de planejamento:
1. Planejamento educacional
1. Planejamento de currículo
1. Planejamento de ensino
1.2.1 Planejamento educacional - Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento requer a proposição de objetivos a longo prazo que definam uma política da educação.
1.2.2 Planejamento de currículo- já vimos o que é planejamento de currículo. O problema central do planejamento curricular é formular objetivos educacionais a partir daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nesse sentido, a escola não deve simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos oficiais. Embora o currículo seja mais ou menos determinado, cabe à escola interpretar e operacionalizar estes currículos. A escola deve procurar adapta-los às situações concretas, selecionando aquelas experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas famílias e da comunidade.
1.2.3 Planejamento de ensino- Podemos dizer que o planejamento de ensino é a especificação do planejamento de currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos educacionais propostos. Um planejamento de ensino deverá prever:
1. Objetivos específicos.
1. Conhecimento a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos.
1. Procedimento de recursos de ensino que estimulam as atividades de aprendizagem.
1. Procedimentos de avaliação que possibilitem verificar, de alguma forma, até que ponto os objetivos foram alcançados.
1.3 Etapas do planejamento de Ensino
São quatro as etapas do planejamento de ensino:
Elaboração do plano.
Execução do plano.
Avaliação e aperfeiçoamento do plano.
Conhecimento da realidade. 
Podemos visualizar as etapas do planejamento de ensino através do seguinte:
1.4 Componentes básicos do planejamento de ensino
1.4.1 Objetivos
1.4.2 Conteúdo
1.4.3 Procedimento de ensino
1.4.4 Recursos de ensino: 	Humanos
				Materiais
0. Avaliação
0. Tipos de Planejamento de ensino
O planejamento de ensino é desdobrável em três tipos, diferenciados por seu grau crescente de especificidade:
Planejamento de curso.
Planejamento de unidade.
Planejamento de aula.
Vejamos em que consiste e como se elabora cada um desses três tipos de planejamento de ensino.
1.5.1 Plano de curso- È a previsão de um determinado conjunto de conhecimento, atitudes e habilidades a ser alcançado por uma turma, num certo período de tempo.
Esquema de um Plano de curso- Para facilitar o trabalho de planejamento, apresentamos um esquema de plano de curso.
Modelo plano de curso:
	Curso:
	
	Disciplina:
	
	Professor:
	
	Ementa:
	
	Objetivos:
	Geral:
Específicos:
	Conteúdo programático:
	Metodologia e recursos didáticos:
	Procedimentos metodológicos.
Recursos didáticos:
	Critério de Avaliação:
	Bibliografia:
1.5.2 Planejamento de unidade- O planejamento de unidade é uma especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada de assuntos inter-relacionados. O planejamento de unidade também inclui objetivos, conteúdos, etc.
Podemos distinguir três etapas no plano de unidade:
0. Apresentação.
0. Desenvolvimento.
0. Integração.
	Identificação 
	Escola:			Série:				Professor:
Localidade:			Turma:			Ano:
Curso:				Disciplina ou área:		Semestre:
		
	Tema central
	
	Duração provável
	
	
	
	Objetivos
	Cronograma
	Conteúdos
	Procedimentos
	Recursos
	Avaliação
	
Apresentação 
	
	
	
	
	
	
	
Desenvolvimento
	
	
	
	
	
	
	
Integração 
	
	
	
	
	
	
1.5.3 Plano de aula- È a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. È a especificação dos comportamentos esperados do aluno e dos meios - conteúdos, procedimentos e recursos - que serão utilizados para sua realização. Assim, o planejamento de aula é a sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.
Apresentamos, a seguir, um esquema que poderá facilitar o trabalho de planejamento de aula:
	Tema central:
Objetivos:
Conteúdo:
	Procedimentos de ensino
	Recursos
	Procedimento de avaliação
	
	
	
0. Importância do Planejamento de Ensino
Planejar as atividades de ensino é importante pelos seguintes motivos:
5. Evita a rotina e a improvisação.
5. Contribui para a realização dos objetivos visados.
5. Promove a eficiência do ensino.
5. Garante maior segurança na direção do ensino.5. Garante economia de tempo e energia.
0. Características de um bom Planejamento de Ensino.
Um bom planejamento de ensino deve ter as seguintes características:
6. Ser elaborado em função das necessidades e das realidades apresentadas pelos alunos.
6. Ser flexível, isto é, deve dar margem a possíveis reajustamentos sem quebrar sua unidade e continuidade. O plano pode ser alterado quando se fizer necessário.
6. Ser claro e preciso, isto é, os enunciados devem apresentar indicações bem exatas e sugestões bem corretas para o trabalho a ser realizado.
6. Ser elaborado em intima correlação com os objetivos visados.
6. Ser elaborado tendo em vista as condições reais e imediatas de local, tempo e recursos disponíveis.
Necessidade de planejamento para a educação
Qualquer atividade sistemática, para ter sucesso, necessita ser planejada. O planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, especialmente a educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito serio. Não se pode improvisar a educação, seja qual for o seu nível. 
A própria escola carece de planejamento, para atender ao que dela se espera.
Dentro da escola, todas as atividades, sejam as administrativas, sejam as educativas, ou qualquer outra, têm mister de planejamento serio e cientifico. Não só os currículos e programas, mas também as atividades docentes têm necessidade absoluta de planejamento.
Muitas vezes acontece que o currículo vem mais ou menos prescrito pelos órgãos oficiais, e a escola simplesmente executa o prescrito. Embora as orientações gerais venham do sistema, ainda resta muito por fazer à escola. Embora o currículo seja mais ou menos determinado, cabe à escola interpretar, implantar e operacionalizar estes currículos, especialmente adaptando-os às situações concretas, selecionando aquelas experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos da escola, e com isso os objetivos dos alunos, das suas famílias, da comunidade e da nação.
Infelizmente se usa muita improvisação ou então se executam tarefas impostas de fora, sem a escola se envolver no estabelecimento dos objetivos do ensino em termos de escola.
Os professores, não raro, recebem os programas mais ou menos organizados, e procuram explicita-los um pouco mais, eximindo-se com isso da obrigação de procurar os objetivos de sua disciplina e especialmente os de sues alunos. As aulas necessitam de planejamento para não se transformarem em simples execução de tarefas mecânicas, sem sentido e sem vida. Todas as atividades precisam tornar-se significativas para os alunos, para os quais é feito o planejamento, e que deveriam por isso mesmo participar desse planejamento.
As atividades cientificas são superiormente planejadas. A partir de um problema que necessite de solução, estabelecem-se as hipótese, levantam-se os dados, interpretam-se esses mesmos dados e fazem-se as generalizações ou aplicações. O mesmo deveria acontecer com o planejamento educacional.
O planejamento da educação terá de percorrer as mesas etapas do planejamento cientifico, se quiser produzir resultados sistemáticos, consideráveis e duradouros.
Parte-se de um problema: as necessidades de os alunos se educarem. Estabelecem-se as hipóteses, que são os planos de atividade. Executa-se o planejamento, trabalhando todos os elementos que entram no processo da aprendizagem. Faz-se a interpretação dos dados, procedendo à avaliação que fornecera os elementos necessários para julgar se o pretendido foi alcançado, se o problema foi resolvido, isto é, se houve aprendizagem e em que medida houve. A partir dessa analise se poderá ou concluir a atividade, porque já houve aprendizagem, ou retomá-la através do replanejamento, se a aprendizagem não tiver ocorrido ou se se tiver efetuado apenas parcialmente.
Procedendo deste modo, cientificamente, o planejamento transforma-se de fato na garantia do sucesso da educação e da aprendizagem.
(Schmitz, E. F. Op. cit. p. 94-5.)
2. Os Objetivos de Ensino
0. Sua Importância.
Podemos compreender a importância dos objetivos de ensino lendo esta fabula criada por Robert Mager:
“Certa vez um Cavalo-Marinho pegou suas economias e saiu em busca de fortuna. Não havia andado muito, quando encontrou uma Águia que lhe disse:
0. Bom amigo, para onde vai?
0. Vou em busca de fortuna, respondeu o Cavalo-Marinho com muito orgulho.
0. Está com sorte – disse a Águia. Pela metade do seu dinheiro deixo que leve esta asa, para que possa chegar mais rápido.
0. Que bom!, disse o Cavalo-Marinho.
 Pegou-lhe, colocou a asa e saiu como um raio. Logo encontrou uma esponja, que lhe disse:
0. Bom amigo, para onde vai com tanta pressa?
0. Vou em busca da fortuna, respondeu o Cavalo-Marinho.
0. Está com sorte – disse a Esponja. Vendo-lhe este scoother de propulsão por muito pouco dinheiro, para que chegue mais rápido?
 Foi assim que o Cavalo-Marinho pagou o resto do seu dinheiro pelo scoother e sulcou os mares com velocidade quintuplicada. De repente encontrou o Tubarão que lhe disse:
0. Para onde vai, meu bom amigo?
0. Vou em busca da fortuna, respondeu o Cavalo-Marinho.
0. Está com sorte. Se tomar esta atalho, disse o Tubarão, apontando para a sua imensa boca, ganhará muito tempo.
0. Está bem, eu lhe agradeço muito, disse o Cavalo-Marinho, e se lançou ao interior do Tubarão, sendo devorado.
 						(Mager R. T.)
2.2 Tipos de objetivos
Os objetivos podem ser educacionais ou instrucionais.
Os objetivos educacionais ou gerais proposições gerais sobre mudanças comportamentais desejadas.
Os objetivos instrucionais ou específicos consistem numa maior especificação dos objetivos gerais e numa operacionalização dos mesmos.
2.3 Como definir objetivos específicos.
Para a definição adequada de objetivos instrucionais, Robertt Mager sugere as seguintes normas:
2.3.1	Os objetivos devem referir-se aos comportamentos dos alunos e não aos do professor. Uma sugestão para atender a essa característica é iniciar a formulação dos objetivos com a frase:
 “O aluno, ao final do curso (unidade ou aula), devera...”
2.3.2 	Os objetivos devem indicar claramente a intenção do professor e não podem dar margem a muitas interpretações. Para evitá-las devemos usar verbos que não permitam que isso ocorra.
0. Verbos que permitam muitas interpretações:
Compreender, saber, entender, desenvolver, aprender, melhorar, aperfeiçoar, julgar, conhecer, adquirir, familiarizar-se, etc.
0. Verbos que admitem poucas interpretações:
Identificar, diferenciar, escrever, resolver, enumerar, comparar, contrastar, justificar, escolher, criticar, verbalizar, distinguir, construir, selecionar, localizar, etc.
Isso não quer dizer que os primeiros verbos não possam ser usados na formulação os objetivos.
Os objetivos devem especificar o que o aluno deve realizar. Para verificar se o objetivo atende a essa característica, devemos fazer a seguinte pergunta: Que fará o aluno para demonstrar que alcançou o objetivo?. Se o objetivo responde a essa pergunta, ele esta bem enunciada.
III. Recursos de ensino 
Recursos de ensino são componentes do ambiente de aprendizagem que dão origem à estimulação para o aluno.
Esses componentes podem ser o professor, os livros, os mapas, os objetivos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da comunidade, os recursos naturais e assim por diante.
.Importância dos Recursos de ensino
Quanto à utilização dos recursos de ensino na sala de aula, devemos ter presente que o homem toma conhecimento do mundo exterior através dos cinco sentidos. Portanto, estes recursos devem atender estes cinco sentidos.
Pesquisas revelam que aprendemos:
1% através do gosto;
1,5% através do tato;
3,5% através do olfato;
11% através da vista.
Retemos:
10% do que lemos;
20% do que escutamos;
30% do que vemos;
50% do que vemos e escutamos;
70% do que ouvimos e logo discutimos;
90% do que ouvimos e logo realizamos.
Por isso é importante empregar métodosde ensino que utilizem simultaneamente os recursos orais, visuais e práticos.
2.Sugestões de recursos de ensino
11. Humano- professor, aluno, pessoal escolar, comunidade.
11. Materiais- Do ambiente natural, água, folha, pedra, etc.
c)	Do ambiente escolar, quadro, giz, cartazes, flanelógrafo, gravuras, mural, álbum, exposição, mapas, etc.
d)	Da comunidade bibliotecas, industriais, lojas, repartições publicas etc.
IV. Avaliação 
Conceito de Avaliação
Segundo Roldão (2010), “Avaliar é um conjunto organizado de processos que visam:
 (1) o acompanhamento regulador de qualquer aprendizagem pretendida, e que incorporam, por isso mesmo (2) “a verificação da sua consecução.” Já Domingos Fernandes (2008,) entende a avaliação como “todo e qualquer processo deliberado e sistemático de recolha de informação, mais ou menos participado e interativo, mais ou menos negociado, mais ou menos contextualizado, acerca do que os alunos sabem e são capazes de fazer numa diversidade de situações”
Avaliação é um processo continuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo.
	A avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que permite verificar até que ponto os objetivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam de atenção individual e reformulando o trabalho com a adoção de procedimentos que possibilitem sanar as deficiências identificadas.
O próprio aluno precisa perceber que a avaliação é apenas um meio. Nesse sentido o professor deve informá-lo sobre os objetivos da avaliação e analisar com ele os resultados alcançados.
A avaliação, sendo um processo continuo, não é algo que termine num determinado momento, embora possa ser estabelecido um tempo para realiza-la.
2. Funções da Avaliação
A avaliação se desenvolve, nos diferentes momentos do processo ensino-aprendizagem, com objetivos distintos. No inicio do processo temos a avaliação diagnostica que é utilizada para verificar:
Conhecimentos que os alunos têm;
Pré-requisitos que os alunos apresentam;
Particularidades dos alunos.
	A avaliação diagnóstica pretende averiguar a posição do aluno face a novas aprendizagens que lhe vão ser propostas e a aprendizagens anteriores que servem de base àquelas, no sentido de obviar as dificuldades futuras e, em certos casos, de resolver situações presentes. 
Aplica-se este tipo de avaliação no inicio de uma unidade, semestre ou ano letivo.
Ao longo do processo ensino-aprendizagem temos a avaliação formativa que tem uma função controladora. São os seguintes os propósitos da avaliação formativa:
Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem.
Localizar as deficiências na organização do ensino.
No fim do processo de ensino-aprendizagem temos a avaliação somativa que tem uma função classificatória, isto é, classifica os alunos no fim de um semestre, ano, curso ou unidade, segundo níveis de aproveitamento. 
Avaliar para quê?
Todos nós utilizamos a avaliação no nosso quotidiano em várias dimensões da nossa vida e das nossas ações. No entanto, quando falamos em avaliação ligada ao contexto escolar, normalmente traduz-se em notas e em julgamentos, intimamente ligados ao aluno e ao seu desempenho escolar. Todavia, avaliação não tem apenas este cariz sumativo. Avaliar tem vários propósitos e várias dimensões para variadas entidades envolvidas neste processo. 
Mas para que é que serve?
 
	Para os alunos
	- Para terem noção da sua situação atual e acompanharem o seu próprio progresso.
	
	- Para ajudar os alunos a ultrapassar as suas dificuldades.
	
	- Para fazerem escolhas futuras face aos resultados presentes.
	
	- Para aprender.
	Para os professores
	- Para monitorizarem o progresso dos alunos, apontando dessa forma para a melhoria e aperfeiçoamento das aprendizagens.
	
	- Para saber se os objetivos (com maior ou menor rigor)  foram cumpridos.
	
	- Para aferir a validade das estratégias e até que ponto é que estas se encontram adequadas, re analisando a cada passo os seus pressupostos, e conseqüentemente o desenvolvimento do processo e dos resultados face aos objetivos de aprendizagem traçados inicialmente.
	
	- Para classificar.
	
	- Para avaliar eficazmente o currículo.
	
Para os pais
	- Para dar a conhecer aos pais o progresso que os seus educandos estão a ter na escola e/ou numa determinada disciplina.
	
	- Para estarem cientes do trabalho realizado na escola.
	Para as escolas
 
	- Para avaliar e planificar os seus projetos e programas educativos.
	
	- Para gerir recursos humanos e materiais.
	Para os governos
	- Para traçarem padrões e monitorizarem a qualidade da educação.
	
	- Para formularem e reformularem políticas.
		Tabela –Utilidade da avaliação 
Relembrando:
1. A avaliação é parte do processo educacional. Deve ser contínua. Não representa uma etapa final e acabada.
1. A avaliação tem função diagnóstica. Não deve ser encarada como “punição” e sim como ponto de partida para novas ações.
1. A avaliação é um processo de “troca” entre as pessoas envolvidas na comunidade escolar.
1. A importância do ato de avaliar é levar o aluno a perceber seus avanços, comparando sua produção atual com as anteriores.
1. O “erro” precisa ser considerado uma etapa no processo de construção de conhecimento. O aluno não deve ser punido, mas ajudado a superar dificuldades.
1. Muitas crianças fracassam na escola por serem submetidas a avaliações punitivas que rebaixam sua autoestima.
1. A construção de uma ficha de observação ´´e importante para acompanhar o processo de construção de conhecimento dos alunos.
Avaliação fingida
UMA FABULA: Certa vez, um mestre enviou um aluno seu à cidade canadense de Montreal para dar um recado num determinado endereço. O aluno deixou a cidade brasileira de origem e seguiu para o Rio de Janeiro, tomando um voo internacional em direção a Nova Iorque. De lá, seguiu noutro voo para Montreal, tramitou pela alfândega com suas bagagens e documentos, tomou um táxi e chegou a rua desejada. O edifício já estava sendo visto. Felizmente, no local certo, chegou ao andar do endereço. Na hora de bater à porta do apartamento, confundiu-se e tocou a campainha do apartamento ao lado daquele que procurava.
O proprietário, ao atender, explicou-lhe que estava errado e a viagem foi considerada perdida; a passagem, agora, precisaria ser reembolsada, além da grande “bronca” a receber do mestre.
Um erro imperdoável, sobretudo depois de tanto esforço. Chegou pertinho e errou no final. Tudo perdido. Nota zero.
Outro aluno, deste mestre, recebeu a mesma incumbência. Só que, tendo chegado ao Rio de Janeiro, dirigiu-se a Santiago do Chile e de lá tomou um avião para as Filipinas. Errou tudo, não tinha sequer noção de direção. Viagem errada, reembolso das despesas. “bronca” do mestre. Tudo perdido. Nota zero.
Apesar dos dois candidatos não terem conseguido chegar ao ponto solicitado, há uma diferença fundamental entre eles.
Enquanto um tem uma serie de valores e conhecimentos já dominados, o outro não conhece o mínimo de orientação e localização geográfica de uma cidade. Está completamente perdido. Os zeros atribuídos aos dois implicam uma grande injustiça, porque afirmam ser os dois erros do mesmo nível, enquanto um deles é absurdo, e o outro, muito menos pernicioso.
Os professores mais arraigados ao sistema de correção pela resposta final sustentam que os dois não conseguiriam chegar aos objetivos traçados pelo mestre e que, portanto, nem um nem outro conseguiu responder ao problema. Mas, em educação e no processo de aprendizagem, existem duas coisas diferentes, a quantidade e a qualidade. Num dos casos, há uma evidência de maior qualidade porque o discípulo foi capaz de chegar as raias do absolutamente certo, enquanto o outro não conhece método ou processo algum.
Entre os dois, um se destaca pela melhor qualidade e não poderia tera sua avaliação nivelada pela mesma nota daquele que foi dar com os costados nas Filipinas.
Entre um e outro, é evidente que o aluno que se dirigiu ao Canadá demonstrou ter mais conhecimento, mais orientação, mais capacidade de se deslocar por países deferentes.
Portanto, corrigir uma prova somente pelas respostas inclui uma grande distorção no processo de aprendizagem. Desvaloriza-se uma série de manifestações de saber pelo fato de se nivelar por baixo. Valeria dizer, corrigir pela nota final é a mesma coisa que afirmar, no caso da fábula, que estariam os dois alunos errados, tanto um quanto outro, no mesmo grau. A injustiça parece clara. O estímulo fica comprometido. O método e o processo cedem lugar a um jogo de “tudo ou nada”, que pouca qualidade e efeito tem na evolução do aprendizado de uma pessoa.
 “Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo”.
 (Hamilton Werneck)
Vejamos alguns meios de avaliação
Verdadeiro – falso – as alternativas falsas não podem passar de 50% do total de alternativas.
Múltipla escolha – consiste em apresentar uma afirmativa incompleta seguida de parênteses com expressões que completam a afirmativa. Ex avaliação diagnostica é um:
 ( ) inicio ( ) meio ( ) fim
Completar lacunas- Consiste em apresentar frases nas quais faltam palavras importantes que deverão ser descobertas pelos alunos. Ex.
 Avaliação é um ________________ de pesquisa...
Associação- consiste em apresentar duas relações de palavras, frases ou símbolos, para que os alunos associem os conceitos correlacionados. Ex.:
(1) Avaliação diagnóstica	( ) Função controladora
(2) Avaliação formativa		( ) Função classificatória
(3) Avaliação somativa		( ) Função de revelar pré-requisito
Ordenação- consiste em apresentar uma serie de conceitos que deverão ser numeradas numa ordem determinada (cronológica, de importância, de complexidade) Ex.
Coloque, nos parênteses, o numero de ordem dos fatos (de 1 a 3) segundo sua sucessão no tempo:
( ) Avaliação somativa
( ) avaliação diagnostica
( ) Avaliação formativa
Evocação- consiste em fazer uma pergunta que admite resposta simples, imediata, definida, especifica e provável indiscutível. Ex.
 Em que ano foi inaugurada a capital federal?
Perguntas e dissertação- Consiste em perguntar que tanto a formulação quanto suas respostas são relativamente livres. Ex.: Quais são as principais qualidades de um bom professor?
Situações problema- consiste em criar uma situação e propor algumas questões sobre ela cuja a solução exija dois ou mais raciocínios. Ex. A figura abaixo representa uma arvore e sua orientação espaço-temporal. Qual lado da arvore que fica na sombra ao amanhecer?
 
 N
 
Respostas:__________________________________________________
Não podemos deixar de lado a importância de auto-avaliação e avaliação grupal nestes tipos de avaliação o aluno não será avaliado apenas pelo professor mas principalmente por ele próprio e pelos colegas. È importante utilizar um roteiro elaborado pelo professor juntamente com a classe. Isso o motiva crescer sempre mais
 Eu ensinei a todos eles
“Lecionei no ginásio durante dez anos. No decorrer desse tempo, dei tarefas a, entre outros, um assassino, um evangelista, um pugilista, um ladrão e um imbecil”.
O assassino era um menino tranquilo que se sentava no banco da frente e me olhava com seus olhos azuis-claros; o evangelista era o menino mais popular da escola, liderava as brincadeiras dos jovens; o pugilista ficava perto da janela e, de vez em quando, soltava uma risada rouca que espantava até os gerânios; o ladrão era um jovem alegre com uma canção nos lábios; e o imbecil, um animalzinho de olhos mansos, que procurava as sombras.
O assassino espera a morte na penitenciaria do Estado; o evangelista há um ano jaz sepultado no cemitério da aldeia; o pugilista perdeu um olho numa briga em Hong Kong; o ladrão se ficar na ponta dos pés, pode ver minha casa da janela da cadeia municipal; e o pequeno imbecil, de olhos mansos de outrora, bate a cabeça contra a parede acolchoada do asilo estadual.
Todos estes alunos outrora sentaram-se em minha sala, e me olhavam gravemente por cima de mesas marrons. Eu devo ter sido muito útil para esses alunos – ensinei-lhes o plano rítmico do soneto elisabetano, e como diagramar uma sentença complexa.
(Pullias, E. V. e Young, J.)
 Grito de Alerta
Para Sara; Raquel, Lia e para todas as crianças.
Eu queria uma escola que cultivasse a curiosidade e alegria de aprender que é em vocês natural.
Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos; que possibilitasse seu crescimento físico e sadio. Normal.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a natureza, o ar, a matéria, as plantas, os animais, seu próprio corpo, Deus.
Mas que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta, pela experimentação.
E que dessas coisas lhe ensinasse não só a conhecer, como também a aceitar, amar e preservar.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa historia, e a nossa terra, de uma maneira viva e atuante.
Eu queria uma escola que ensinasse a vocês a usarem bem a nossa língua: a pensarem e a se expressarem com clareza.
Eu queria uma escola que ensinasse a vocês a amarem a nossa literatura e a nossa poesia.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse a pensar
 					 a raciocinar
					 a procurar soluções.
Eu queria uma escola que, desde cedo, usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos os conceitos de números, as operações...
Usando palitos, tampinhas, pedrinhas... só porcariinhas!!! ... fazendo vocês aprenderem brincando...
Oh! Meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos.
Deus que livre vocês de decorar sem entender, nomes, datas, fatos...
Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos “prontos” mediocremente embalados nos livros didáticos descartáveis.
Deus que livre vocês de ficarem passivos, ousando e repetindo e repetindo...
Eu também queria uma escola que também desenvolvesse a sensibilidade que vocês já têm para apreciar o que é terno e bonito.
Eu queria uma escola que ensinasse a vocês a conviver, A cooperar, A respeitar,
A esperar, E saber viver numa comunidade, em união.
Que vocês aprendessem a transformar e criar.
Que lhes desse múltiplo meios de vocês expressarem cada sentimento,
Cada drama, cada emoção.
Ah! E antes que eu me esqueça: Deus que livre você de um professor incompetente.
Carlos Drumond de Andrade
Para descontrair:
BIBLIOGRAFIA
AGUAYO, A. M. Didática da Escola Nova. 6. edição. São Paulo: s/l, 2001.
CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO BASICA. Das Escolas Publicas do Distrito Federal. Secretaria de Educação.
FERNANDES, D. (2008). Avaliação das aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e Políticas. Coleção Educação Hoje. (Capítulo 1 e 4). Porto: Texto Editores, 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Coleção leitura. 9. Edição. s/l. Paz e Terra, 1998.
HOWARD, Hendricks. Ensinando para Transformar Vidas. Belo Horizonte: Editora Betânia, 2009.
MAGER, R. F. Os Objetivos para o ensino efetivo. Rio de Janeiro: Senai -Departamento Nacional – Divisão de Ensino, 1992.
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.
PILETTI, Claudino. Didática Geral. 12. Edição. São Paulo: s/e, 2007.
ROLDÃO, M. C. (2010). Estratégias de Ensino. O saber e o agir do professor. Desenvolvimento Profissional dos Professores. V. Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.
TURRA, C. M. G et all. Planejamento de ensino e evolução. Porto Alegre: Emma, 2008.
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