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Umidade A análise química de alimento possui algumas finalidades como a determinação da composição do alimento, da qualidade do alimento e da sua vida de prateleira. A determinação de umidade é necessária, já que constitui parte importante do alimento e está diretamente ligada à sua perecibilidade. alimentos com alto teor de umidade serão deteriorados mais rapidamente do que aqueles com menor teor, como os grãos, por exemplo. O maior teor de umidade permite, principalmente, um aumento no risco de contaminação microbiana, Desse modo, podem ocorrer processos de deterioração mesmo em alimentos embalados. A água apresenta dois modos diferentes de interação com a matriz alimentar: água livre e água “presa” quimicamente ligada por diferentes tipos de ligações químicas, podendo então ser classificada como água absorvida ou água de hidratação. Pode ser classificada como: ÁGUA LIVRE ÁGUA ABSORVIDA ÁGUA DE HIDRATAÇÃO OU ÁGUA LIGADA Para que haja adequada utilização dos resultados, os dados obtidos nas análises químicas para determinação da umidade devem ser precisos e exatos. Porém, devido às diferentes interações entre a água, a matriz do alimento e de algumas limitações das técnicas, essa necessidade não é de todo atendida. A natureza da amostra do alimento influencia os processos analíticos. Alimentos com alto teor de umidade, como frutas e vegetais, podem sofrer superaquecimento e causar caramelização da amostra com alta concentração de açúcares solúveis. O tamanho da partícula, e a quantidade da amostra pode influenciar na secagem. Amostras com 20g apresentam melhores resultados. Métodos de determinação da umidade: - Metodologia padrão consiste na determinação da umidade do alimento baseada na perda por dessecação em estufa a 105°C. Como a condutividade térmica dos alimentos é baixa, esse método é considerado lento. SECAGEM EM ESTUFA - Mais efetivo que a secagem em estufa. Nesse método, utiliza-se uma lâmpada de radiação infravermelha de 250 a 500 Watts. A distância entre a lâmpada e a amostra é crítica e deve ser de aproximadamente 10cm para que não haja decomposição do alimento. O peso da amostra deve variar entre 2,5 e 10g. Apesar de eficiente, ainda é considerado um método lento. - Embora seja novo e rápido, não é incluído como um método padrão. A energia do micro-ondas é uma radiação eletromagnética com frequência de até 30.000MHz. Dentro do micro-ondas, moléculas com cargas elétricas dipolares giram na tentativa de alinhar seus polos. Com a rápida mudança do campo elétrico, a fricção resultante cria um calor que é transferido para a molécula vizinha. Consiste em um método simples e rápido. - O processo ser muito lento, podendo levar até meses. O método se baseia no uso de compostos químicos, como sílica e ácido sulfúrico, que absorvem a água das amostras. SECAGEM POR RADIAÇÃO INFRAVERMELHA SECAGEM EM MICRO-ONDAS SECAGEM EM DESSECADOR - É um método antigo e que demanda muito tempo, possui vantagens como a conservação da integridade da amostra, pode ser utilizado para determinação de umidade em grãos e condimentos que possuem muita matéria volátil. O mesmo possui algumas limitações, tais como: precisão baixa, dificuldade na leitura, possível aderência de gotas no vidro, solubilidade da água no solvente de destilação e evaporação incompleta da água.No entanto o procedimento deve seguir algumas etapas: 1° - A amostra deve ser pesada e adicionada em frasco com o solvente de ponto de ebulição maior que o da água. O solvente deve cobrir a amostra. 2º - O frasco é conectado ao condensador e posto em aquecimento. 3° - O fim da destilação ocorre quando aparecer dois níveis no frasco graduado de coleta, o de água e o de solvente, que fica por acima da água. MÉTODOS POR DESTILAÇÃO - Método químico comumente utilizado para alimentos que usa o reagente Karl Fischer, composto por iodo, dióxido de enxofre, piridina e um solvente, que pode ser metanol. Na análise, a amostra e o reagente devem ser protegidos contra a umidade atmosférica em todos os procedimentos, para que não haja interferência. Sugere-se que o método de Karl Fischer seja aplicado em amostras que não dão bons resultados em métodos de secagem, tais como alimentos com baixo teor de umidade como, frutas e vegetais desidratados, balas, chocolates, café, óleo e gordura, produtos ricos em açúcares e mel. MÉTODO DE KARL FISCHER
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