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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL - 
PARTE ESPECIAL
Crimes contra a Incolumidade Pública - 
Parte II. Crimes contra a Paz Pública
Livro Eletrônico
2 de 187www.grancursosonline.com.
João Guilherme Medeiros Carvalho
Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
Título VII – Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública .............................................................. 11
Capítulo III – Dos Crimes Contra a Saúde Pública .......................................................................... 11
1. Epidemia ........................................................................................................................................................ 11
1.1. Tipo Objetivo .............................................................................................................................................. 11
1.2. Tipo Subjetivo ......................................................................................................................................... 13
1.3. Sujeitos ...................................................................................................................................................... 14
1.4. Objeto Material e Jurídico ................................................................................................................. 14
1.5. Consumação ............................................................................................................................................ 15
1.6. Tentativa ................................................................................................................................................... 15
1.7. Forma Majorada ..................................................................................................................................... 15
1.8. Modalidade Culposa .............................................................................................................................17
1.9. Análise do Preceito Secundário ......................................................................................................17
1.10. Ação Penal ........................................................................................................................................... 20
2. Infração de Medida Sanitária Preventiva ..................................................................................... 20
2.1. Tipo Objetivo ........................................................................................................................................... 20
2.2. Tipo Subjetivo ........................................................................................................................................ 21
2.3. Sujeitos ..................................................................................................................................................... 21
2.4. Objeto Material e Jurídico ................................................................................................................ 21
2.5. Consumação ........................................................................................................................................... 21
2.6. Tentativa ................................................................................................................................................. 22
2.7. Forma Majorada ................................................................................................................................... 22
2.8. Análise do Preceito Secundário ................................................................................................... 22
2.9. Ação Penal ............................................................................................................................................ 23
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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João Guilherme Medeiros Carvalho
Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
2.10. Causa Especial de Aumento ......................................................................................................... 23
3. Omissão de Notificação de Doença ................................................................................................ 23
3.1. Tipo Objetivo ........................................................................................................................................... 23
3.2. Tipo Subjetivo ....................................................................................................................................... 24
3.3. Sujeitos .................................................................................................................................................... 24
3.4. Objeto Material e Jurídico ............................................................................................................... 24
3.5. Consumação .......................................................................................................................................... 25
3.6. Tentativa ................................................................................................................................................. 25
3.7. Análise do Preceito Secundário .................................................................................................... 25
3.8. Ação Penal ............................................................................................................................................. 26
3.9. Causa Especial de Aumento .......................................................................................................... 26
4. Envenenamento de Água Potável ou de Substância Alimentícia ou Medicinal ........ 26
4.1. Tipo Objetivo ........................................................................................................................................... 26
4.2. Tipo Subjetivo ........................................................................................................................................27
4.3. Figura Equiparada ...............................................................................................................................27
4.4. Sujeitos .....................................................................................................................................................27
4.5. Objeto Material e Jurídico ................................................................................................................27
4.6. Consumação .......................................................................................................................................... 28
4.7. Tentativa .................................................................................................................................................. 28
4.8. Modalidade Culposa .......................................................................................................................... 28
4.9. Análise do Preceito Secundário ................................................................................................... 28
4.10. Ação Penal ............................................................................................................................................ 29
4.11. Causa Especial de Aumento .......................................................................................................... 30
5. Corrupção ou Poluição de Água Potável ..................................................................................... 30
5.1. Tipo Objetivo ..........................................................................................................................................30
5.2. Tipo Subjetivo ........................................................................................................................................ 31
5.3. Sujeitos ..................................................................................................................................................... 31
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João Guilherme Medeiros Carvalho
Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
5.4. Objeto Material e Jurídico ................................................................................................................ 31
5.5. Consumação .......................................................................................................................................... 31
5.6. Tentativa .................................................................................................................................................. 31
5.7. Modalidade Culposa ........................................................................................................................... 32
5.8. Análise do Preceito Secundário ................................................................................................... 32
5.9. Ação Penal ............................................................................................................................................. 33
5.10. Causa Especial de Aumento ........................................................................................................ 33
5.11. Questão Controversa ........................................................................................................................ 33
6. Falsificação, Corrupção, Adulteração ou Alteração De Substância Ou Produtos 
Alimentícios ................................................................................................................................................... 35
6.1. Tipo Objetivo .......................................................................................................................................... 35
6.2. Figura Equiparada para Venda ou Distribuição .................................................................... 36
6.3. Figura Equiparada para Bebidas ...................................................................................................37
6.4. Forma Culposa ......................................................................................................................................37
6.5. Tipo Subjetivo ........................................................................................................................................37
6.6. Sujeitos .....................................................................................................................................................37
6.7. Objeto Material e Jurídico ................................................................................................................ 38
6.8. Consumação ......................................................................................................................................... 38
6.9. Tentativa ................................................................................................................................................. 38
6.10. Análise do Preceito Secundário ................................................................................................. 38
6.10. Ação Penal............................................................................................................................................ 39
6.11. Causa Especial de Aumento .......................................................................................................... 40
7. Falsificação, Corrupção, Adulteração ou Alteração de Produto Destinado a Fins 
Terapêuticos Ou Medicinais .................................................................................................................... 40
7.1. Tipo Objetivo ........................................................................................................................................... 40
7.2. Figura Equiparadas Para Venda ou Distribuição ................................................................... 41
7.3. Norma Explicativa ............................................................................................................................... 42
7.4. Forma Culposa ..................................................................................................................................... 42
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Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
7.5. Tipo Subjetivo ....................................................................................................................................... 42
7.6. Sujeitos ..................................................................................................................................................... 42
7.7. Objeto Material e Jurídico ................................................................................................................ 43
7.8. Consumação .......................................................................................................................................... 43
7.9. Tentativa .................................................................................................................................................. 43
7.10. Análise do Preceito Secundário .................................................................................................. 43
7.11. Ação Penal.............................................................................................................................................. 44
7.12. Causa Especial de Aumento ......................................................................................................... 45
7.13. Informações Relevantes ................................................................................................................. 45
8. Emprego de Processo Proibido ou de Substância Não Permitida .................................. 48
8.1. Tipo Objetivo .......................................................................................................................................... 48
8.2. Tipo Subjetivo ....................................................................................................................................... 49
8.3. Sujeitos .................................................................................................................................................... 49
8.4. Objeto Material e Jurídico ............................................................................................................... 49
8.5. Consumação .........................................................................................................................................50
8.6. Tentativa .................................................................................................................................................50
8.7. Análise do Preceito Secundário ...................................................................................................508.8. Ação Penal .............................................................................................................................................. 51
8.9. Causa Especial de Aumento ........................................................................................................... 51
9. Invólucro ou Recipiente com Falsa Indicação ............................................................................ 51
9.1. Tipo Objetivo ........................................................................................................................................... 51
9.2. Tipo Subjetivo ....................................................................................................................................... 52
9.3. Sujeitos .................................................................................................................................................... 52
9.4. Objeto Material e Jurídico ............................................................................................................... 52
9.5. Consumação ......................................................................................................................................... 52
9.6. Tentativa ................................................................................................................................................. 52
9.7. Análise do Preceito Secundário .................................................................................................... 53
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Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
9.8. Ação Penal ............................................................................................................................................. 53
9.9. Causa Especial de Aumento .......................................................................................................... 53
10. Produto ou Substância nas Condições dos Dois Artigos Anteriores ........................... 54
10.1. Tipo Objetivo ......................................................................................................................................... 54
10.2. Tipo Subjetivo ..................................................................................................................................... 54
10.3. Sujeitos .................................................................................................................................................. 55
10.4. Objeto Material e Jurídico ............................................................................................................. 55
10.5. Consumação ........................................................................................................................................ 55
10.6. Tentativa ............................................................................................................................................... 55
10.7. Análise do Preceito Secundário .................................................................................................. 55
10.8. Ação Penal .......................................................................................................................................... 56
Causa Especial de Aumento ................................................................................................................... 56
11. Substância Destinada à Falsificação............................................................................................. 56
11.1. Tipo Objetivo .......................................................................................................................................... 57
11.2 Tipo Subjetivo ....................................................................................................................................... 57
11.3. Sujeitos ................................................................................................................................................... 57
11.4. Objeto Material e Jurídico ..............................................................................................................58
11.5. Consumação .........................................................................................................................................58
11.6. Tentativa ................................................................................................................................................58
11.7. Análise do Preceito Secundário ...................................................................................................58
11.8. Ação Penal ............................................................................................................................................ 59
11.9. Causa Especial de Aumento ......................................................................................................... 59
12. Outras Substâncias Nocivas à Saúde Pública .......................................................................... 59
12.1. Tipo Objetivo ......................................................................................................................................... 59
12.2. Modalidade Culposa .........................................................................................................................60
12.3. Tipo Subjetivo .....................................................................................................................................60
12.4. Sujeitos ..................................................................................................................................................60
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Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
12.5. Objeto Material e Jurídico .............................................................................................................60
12.6. Consumação ......................................................................................................................................... 61
12.7. Tentativa ................................................................................................................................................. 61
12.8. Análise do Preceito Secundário .................................................................................................. 61
12.9. Ação Penal ........................................................................................................................................... 62
12.10. Causa Especial de Aumento ....................................................................................................... 62
13. Substância Avariada ............................................................................................................................ 63
14. Medicamento em Desacordo com Receita Médica ............................................................... 63
14.1. Tipo Objetivo ......................................................................................................................................... 63
14.2. Modalidade Culposa .........................................................................................................................64
14.3. Tipo Subjetivo ..................................................................................................................................... 64
14.4. Sujeitos .................................................................................................................................................. 64
14.5. Objeto Material e Jurídico ............................................................................................................. 64
14.6. Consumação ........................................................................................................................................ 64
14.7. Tentativa ................................................................................................................................................ 64
14.8 Análise do Preceito Secundário .................................................................................................. 65
14.9. Ação Penal ........................................................................................................................................... 66
14.10. Causa Especial de Aumento ....................................................................................................... 66
15. Comércio, Posse ou Uso de Entorpecente ou Substância Que Determine 
Dependência Física ou Psíquica ............................................................................................................ 66
16. Exercício Ilegal da Medicina, Arte Dentária ou Farmacêutica ......................................... 66
16.1 Tipo Objetivo .......................................................................................................................................... 66
16.2. Tipo Subjetivo ..................................................................................................................................... 67
16.3. Sujeitos .................................................................................................................................................. 67
16.4. Objeto Material e Jurídico ............................................................................................................. 68
16.5. Consumação ........................................................................................................................................ 68
16.6. Tentativa ............................................................................................................................................... 68
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Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
16.7. Análise do Preceito Secundário .................................................................................................. 69
16.8. Ação Penal ........................................................................................................................................... 69
16.9. Causa Especial de Aumento ........................................................................................................ 69
16.10. Forma Qualificada: Intenção de Lucro .................................................................................. 70
17. Charlatanismo......................................................................................................................................... 70
17.1 Tipo Objetivo .......................................................................................................................................... 70
17.2. Tipo Subjetivo ...................................................................................................................................... 70
17.3. Sujeitos ................................................................................................................................................... 70
17.4. Objeto Material e Jurídico ................................................................................................................71
17.5. Consumação ..........................................................................................................................................71
17.6. Tentativa ..................................................................................................................................................71
17.7 Análise do Preceito Secundário .....................................................................................................71
17.8. Ação Penal .............................................................................................................................................72
17.9. Causa Especial de Aumento ..........................................................................................................72
17.10. Diferença com o art. 282 ..............................................................................................................72
18. Curandeirismo .........................................................................................................................................73
18.1 Tipo Objetivo ...........................................................................................................................................73
18.2. Tipo Subjetivo ......................................................................................................................................73
18.3. Sujeitos ...................................................................................................................................................74
18.4. Objeto Material e Jurídico ..............................................................................................................74
18.5. Consumação .........................................................................................................................................74
18.6. Tentativa ................................................................................................................................................74
18.7. Análise do Preceito Secundário ...................................................................................................74
18.8. Ação Penal ........................................................................................................................................... 75
18.9. Causa Especial de Aumento ........................................................................................................ 75
18.10. Forma Qualificada Praticado Mediante Remuneração .................................................. 75
19. Causa Especial de Aumento ............................................................................................................ 76
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Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
Resumo .............................................................................................................................................................77
Título IX – Dos Crimes Contra a Paz Pública ..................................................................................113
20. Incitação ao Crime ..............................................................................................................................11320.1. Tipo Objetivo ........................................................................................................................................113
20.2. Tipo Subjetivo ....................................................................................................................................114
20.3. Sujeitos .................................................................................................................................................114
20.4. Objeto Material e Jurídico ............................................................................................................114
20.5. Consumação .......................................................................................................................................114
20.6. Tentativa ............................................................................................................................................. 115
20.7. Análise do Preceito Secundário ................................................................................................ 115
20.7. Ação Penal ......................................................................................................................................... 118
20.8. Questões Relevantes .................................................................................................................... 118
21. Apologia de Crime ou Criminoso .................................................................................................. 119
21.1. Tipo Objetivo ........................................................................................................................................ 119
21.2. Tipo Subjetivo ................................................................................................................................... 120
21.3. Sujeitos ................................................................................................................................................ 120
21.4. Objeto Material e Jurídico ........................................................................................................... 120
21.5. Consumação ...................................................................................................................................... 120
21.6. Tentativa ............................................................................................................................................. 120
21.7. Análise do Preceito Secundário ................................................................................................ 120
21.8. Ação Penal ...........................................................................................................................................121
21.9. Questões Relevantes .......................................................................................................................121
22. Associação Criminosa .......................................................................................................................122
22.1. Tipo Objetivo .......................................................................................................................................122
22.2 Tipo Subjetivo - Dolo Específico ............................................................................................... 125
22.3. Sujeitos ............................................................................................................................................... 125
22.4. Objeto Material e Jurídico .......................................................................................................... 125
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Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
22.5. Consumação ..................................................................................................................................... 126
22.6. Tentativa ............................................................................................................................................ 126
22.7 Análise do Preceito Secundário ................................................................................................ 126
22.8. Ação Penal ......................................................................................................................................... 127
22.9. Forma Majorada .............................................................................................................................. 127
22.9. Questões Relevantes .................................................................................................................... 128
23. Constituição de Milícia Privada .................................................................................................... 129
23.1. Tipo Objetivo ...................................................................................................................................... 130
23.2. Tipo Subjetivo - Dolo Específico ...............................................................................................132
25.3. Sujeitos ................................................................................................................................................132
23.4. Objeto Material e Jurídico ...........................................................................................................133
23.5. Consumação ......................................................................................................................................133
23.6. Tentativa..............................................................................................................................................133
23.7 Análise do Preceito Secundário .................................................................................................133
23.8. Ação Penal ........................................................................................................................................134
Resumo .......................................................................................................................................................... 135
Questões Comentadas em Aula ..........................................................................................................167
Gabarito.......................................................................................................................................................... 184
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Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
TÍTULO VII – DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE 
PÚBLICA
Capítulo III – Dos CrImes Contra a saúDe públICa
Caro aluno(a), conforme mencionado no último PDF, vamos finalizar neste PDF a parte dos 
crimes contra a incolumidade pública, restando o enfretamento do capítulo III que versa sobre 
os crimes contra a saúde pública. Em seguida, avançaremos para o título IX do Código Penal 
que concerne aos crimes contra a Paz Pública.
Obs.: � Importante!
 � É válido notar que em razão da Pandemia do COVID-19, há grande chance de o tema 
atinente aos crimes contra asaúde pública cair na sua prova.
1. epIDemIa
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena – reclusão, de dez a quinze anos. 
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a 
quatro anos.
1.1. tIpo objetIvo
“Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:”
• Epidemia - “Doença de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número 
de indivíduos em uma determinada localidade.”
“Surto periódico de uma doença infecciosa em dada população e/ou região.”
• Germes patogênicos - Sobre a conceituação de germes patogênicos, transcrevemos 
a que foi mencionada por Rogério Greco citando Heleno Cláudio Fragoso1. Vejamos, 
verbis:
1 GRECO, Rogério, Curso de Direito Penal, Parte Especial. Editora Impetus, volume IV, página 109.
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Crimes contra a Incolumidade Pública - Parte II. Crimes contra a Paz Pública
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
“Germes patogênicos, conforme esclarece Fragoso, citando a Exposição de Motivos do Código 
Penal Italiano, “são todos os micro-organismos (vírus, bacilos e protozoários), capazes de produzir 
moléstias infecciosas.”
• Crime de perigo concreto
Parece prevalecer na doutrina que o crime de epidemia se consubstancia como de perigo 
concreto.
Obs.: � há correntes, no entanto, que sustentam que o crime de epidemia se retrata como de 
dano (reputando haver necessidade de comprovação de lesão efetiva e concreta) e 
outras até mesmo que entendem, trata-se de um crime de perigo abstrato.
Crimes de Dano e Crimes de Perigo.
Quando ocorre uma lesão direta ou um dano direto ao bem jurídico, estaremos diante de um 
crime de dano.
Exemplo: Homicídio - há um dano ou lesão direta à vida.
Quando, por sua vez, há apenas um risco de lesão ao bem jurídico, estaremos diante de um 
crime de perigo (risco ao bem jurídico).
Dentro da conceituação dos crimes de perigo, temos os crimes de perigo concreto e abstrato.
O crime será de perigo concreto quando o tipo penal exigir a comprovação do risco no caso 
concreto.
Exemplo: art. 309 do Código de Trânsito.
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilita-
ção ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Veja que o tipo penal exige a comprovação do perigo no caso concreto.
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DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL
Será de perigo abstrato quando risco ao bem jurídico é presumido.
Exemplo: Porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, etc.
Nestes tipos penais, o perigo é presumido. Veja nos exemplos, o risco à segurança pública e 
à saúde pública é presumido.
Há uma corrente minoritária que sustenta a inconstitucionalidade dos crimes de perigo abs-
trato, alegando ofensa ao princípio da lesividade que considera só haver crime quando houver 
lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico.
• Crime de ação vinculada
Extrai-se também que o tipo penal determina a forma da conduta a ser praticada, ou seja, 
o crime só é configurado se houver propagação de germes patogênicos.
• Crime de perigo comum
Como o tipo penal menciona em “causar epidemia”, conclui-se que o crime deve atingir 
um número indeterminado de pessoas.
1.2. tIpo subjetIvo
A forma trazida no caput é essencialmente dolosa.
Obs.: � Importante!
 � Veja, caro aluno(a), que o dolo do agente neste caso deve se voltar a propagação de 
germes patogênicos de sorte a causar epidemia. Novamente, repisa-se, se a inten-
ção do agente é de causar epidemia, necessariamente, a intenção será de atingir um 
número indeterminado de pessoas e não uma única pessoa. Fique atento a isso. Se a 
intenção for de atingir uma única pessoa, não há de se falar em epidemia, e sim o de 
“perigo de moléstia grave” trazido no art. 131 do CP.
 � Conforme falamos, estamos diante de um crime de perigo comum. Segue abaixo o 
art. 131 do CP:
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Art. 131. Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato 
capaz de produzir o contágio:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Obs.: � LEMBRETE!
 � O que é dolo?
 � É a vontade consciente de praticar o fato típico.
• Modalidade culposa
Verificamos também nessa modalidade, trazida no § 2º do art. 267 do CP em plena conso-
nância com o parágrafo único do art. 18 da mesma lei, que determina que um crime só pode 
ser culposo se tal previsão constar expressamente do tipo penal. Vejamos, litteris:
Art. 18 -
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como 
crime, senão quando o pratica dolosamente.
1.3. sujeItos
Ativo: qualquer pessoa. Veja, não exige qualidade especial do sujeito ativo.
Passivo:
a) Imediato – coletividade;
b) Mediato – pessoas que eventualmente venham a ser infectadas.
1.4. objeto materIal e juríDICo
Qual a pessoa ou coisa em que recai a conduta criminosa?
Conclusão: o objeto material são os germes patogênicos.
Qual o bem jurídico tutelado pela norma?
Conclusão: Objeto jurídico é a incolumidade pública.
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1.5. Consumação
A consumação se dará quando o agente vem a causar epidemia mediante a propagação 
de germes patogênicos.
1.6. tentatIva
A tentativa é possível.
Veja: em tese, há possibilidade de fracionamento do iter criminis, pois estamos diante de 
um crime plurissubsistente (vários atos).
Obs.: � Importante!
 � Não se admite a tentativa na forma culposa ou preterdolosa, pois nestes casos o 
agente não almeja o resultado que ocorre por culpa. Lembre-se: Para se falar em 
tentativa o agente deve querer o resultado e este só não ocorre por circunstâncias 
alheias à sua vontade (art. 14, inciso II, do CP).
1.7. Forma majoraDa
Dispõe o § 1º, do art. 267 do CP, que se do fato resultar morte, a pena será aplicada em 
dobro.
• Crime preterdoloso
A forma majorada que estamos tratando é preterdolosa, o agente tem dolo no anteceden-
te para a causação da epidemia, mas o resultado morte advém por culpa.
• Crime hediondo
O crime de epidemia com resultado de morte está previsto no rol do art. 1º da Lei 8.072/1990como crime hediondo.
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O que são crimes hediondos?
São aqueles que o legislador elencou, em rol taxativo, com tal. Este rol se encontra no artigo 
1º da Lei n. 8.072/1990. Lembre-se que o nosso ordenamento jurídico adota o sistema legal 
para a conceituação de crimes hediondos.
Importa ressaltar que a Constituição Federal determinou ao legislador que elencasse os 
crimes que devem ser considerados hediondos. Trata-se do chamado mandado constitucio-
nal de criminalização, trazido no art. 5º, inciso XLIII da CF.
Veja a parte grifada no qual a Constituição traz determinação ao legislador:
Art. 5º -
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortu-
ra, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hedion-
dos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
E qual é a importância de se saber que um crime é hediondo?
Se um crime for hediondo, a ele serão impostas consequências jurídicas mais rígidas, tais 
como prazo de prisão temporária maior, vedação de anistia, graça e indulto, prazo maior para 
progressão de regime e para o livramento condicional, dentre outros gravames mais rígidos.
Obs.: � 1: algumas consequências jurídicas mais rígidas previstas em lei vem sendo firme-
mente abrandadas diante de interpretações jurisprudenciais;
Obs.: � 2: o tráfico de drogas, tortura e terrorismo são crimes equiparados a hediondo previs-
tos na própria Constituição Federal. Trata-se de um núcleo imodificável trazido pelo 
próprio Poder Constituinte Originário, ao contrário do rol de crimes hediondos previs-
tos no art.1º da Lei 8.072/1990. Os crimes equiparados a hediondos sofrerão conse-
quências jurídicas rígidas similares
Obs.: � 3: a Lei 13.964/2019 (Pacote anticrime) que entrou em vigor em 23 de janeiro de 2020, 
trouxe algumas modificações na lei de crimes hediondos.
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O tema de crimes hediondo é de extrema importância, e se você não o domina, se faz neces-
sário o aprofundamento no assunto, na parte de legislação penal especial. Crimes hediondos 
caem em todo e qualquer concurso. 
1.8. moDalIDaDe Culposa
Já comentamos sobre esse ponto. Previsão no art. 267, § 2º do CP.
Art. 267 
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a 
quatro anos.
Vale apenas observar que a norma acima menciona também em resultado morte. Todavia, 
o que a difere da hipótese do § 1º é que a conduta antecedente também é culposa e não do-
losa. Ou seja, é o caso de causação culposa (e não dolosa) de epidemia com resultado morte.
1.9. análIse Do preCeIto seCunDárIo
A pena prevista no caput é de “reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos”.
Logo, podemos tecer as seguintes considerações:
• trata-se de um crime de maior potencial ofensivo;
• competência da Vara Criminal Comum;
• não caberá transação penal (pena máxima superior a 2 anos, vide art.  76 da Lei 
9099/1995);
• não caberá suspensão condicional do processo (pena mínima superior a um ano, vide 
art. 89 da Lei 9099/1995);
• possibilidade de prisão preventiva (pena máxima superior a quatro anos, vide artes. 312 
e 313 do CPP);
• impossibilidade de proposta de Acordo de Não Persecução Penal (pena mínima supe-
rior a quatro anos).
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1.9.1. Acordo de Não Persecução – Inovação Legislativa
Está em vigor, desde de 23 janeiro de 2020, o pacote anticrime que alterou diversos dispo-
sitivos do Código Penal, Código de Processo Penal e de Legislações Penais Especiais. Dentre 
as alterações e inovações, destaca-se a possibilidade de celebração de acordo de não perse-
cução para os crimes que tenham pena mínima inferior a quatro anos.
Trata-se de inovação das mais relevantes que mudará substancialmente o processo pe-
nal por se tratar de um novo instituto despenalizador.
O nosso Ordenamento Jurídico já havia contemplado o instituto da transação penal (art. 76 
da Lei 9.099/95) que se consubstancia em instituto despenalizador, que mitiga o princípio da 
obrigatoriedade da ação penal, através de acordo celebrado entre o Ministério Público e o 
envolvido com imposição de pena restritiva de direitos ou multa. É o direito penal marcado 
por traços de consensualismo, oriundo de países como os Estados Unidos, onde é aplicado o 
chamado Plea Bargaining (negociação entre o Ministério Público e o investigado, com possi-
bilidade até mesmo de retirada da acusação).
Se você se valer da lógica da transação penal e estudar a Lei 9.099/95, tal base o auxiliará 
sobremaneira no estudo do novo acordo de não persecução penal. Uma das principais dife-
renças entre o novo acordo de não persecução e o instituto da transação penal é que neste 
último não há imposição de confissão por parte do investigado, ao contrário do que impõe o 
novo art. 28-A no acordo de não persecução.
Tendo em vista a relevância e grande possibilidade de cair tal tema nos certames que virão, 
vale transcrever integralmente o novo dispositivo contido no art.  28-A do CPP. Vejamos, 
verbis:
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstan-
cialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior 
a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que 
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições 
ajustadas cumulativa e alternativamente:
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art28a
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I – reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;
II – renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumen-
tos, produto ou proveito do crime;
III – prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena 
mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízoda 
execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
IV – pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada 
pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais 
ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou
V – cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que 
proporcional e compatível com a infração penal imputada.
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão 
consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses:
I – se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos 
da lei;
II – se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta 
criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;
III – ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em 
acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e
IV – nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a 
mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro 
do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o 
juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu 
defensor, e sua legalidade.
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo 
de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a 
proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor.
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao 
Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quan-
do não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da 
necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia.
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descum-
primento.
§  10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, 
o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento 
de denúncia.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art45
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§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser 
utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão 
condicional do processo.
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão 
de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo.
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a 
extinção de punibilidade.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução 
penal, o  investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 
deste Código.”
Obs.: � mesmo na hipótese de incidir a majorante, os efeitos acima expostos serão os mesmos. 
Na hipótese culposa sem resultado morte, o crime passa ser de menor potencial ofen-
sivo com o cabimento de transação penal e suspensão condicional do processo.
1.10. ação penal 
Tendo em vista que o tipo penal não apresentou ação penal específica para o delito, segui-
remos a regra de que ela será pública incondicionada.
2. InFração De meDIDa sanItárIa preventIva
Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação 
de doença contagiosa:
Pena – detenção, de um mês a um ano, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou 
exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
2.1. tIpo objetIvo
“Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação 
de doença contagiosa:”
A parte grifada acima consubstancia-se como norma penal em branco, pois a norma in-
criminadora em questão carecerá de complemento a ser buscado em outra norma.
Obs.: � COVID-19!
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 � Estamos vivenciando nefasta situação de pandemia do coronavírus. Vários Estados 
estão editando decretos com determinações específicas do poder público para mini-
mizar os efeitos da pandemia. Pois bem, o descumprimento dessas determinações 
se encaixa exatamente nesta tipificação. Há grande chance desse crime cair na sua 
prova.
• Crime de perigo abstrato
Diante da leitura do art. 268 do CP, verificamos que o crime em tela é de perigo abstrato 
(presumido). Basta infringir a determinação do Poder Público e o crime já estará consumado. 
Veja, não é preciso que haja uma lesão efetiva ao bem jurídico no caso concreto.
2.2. tIpo subjetIvo
A forma trazida no caput é essencialmente dolosa. Não há previsão culposa.
2.3. sujeItos
Ativo: qualquer pessoa. Veja que não exige qualidade especial do sujeito ativo.
Passivo: coletividade (crime vago).
2.4. objeto materIal e juríDICo
Qual a pessoa ou coisa em que recai a conduta criminosa?
Conclusão: o objeto material é a determinação do Poder Público.
Qual o bem jurídico tutelado pela norma?
Conclusão: o objeto jurídico é a incolumidade pública.
2.5. Consumação
A consumação se dará quando o agente infringir a determinação do Poder Público. Basta 
infringir, pois estamos diante de um crime de perigo abstrato como falamos.
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2.6. tentatIva
A tentativa é possível. Veja: em tese, há possibilidade de fracionamento do iter criminis, 
pois estamos diante de um crime plurissubsistente (vários atos).2.7. Forma majoraDa
Dispõe o parágrafo único do art. 268 do CP:
Art. 268 –
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou 
exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
É imperioso destacar que a infringência deve estar ligada ao dever de agir do exercício da 
profissão do profissional de saúde. Assim, por exemplo, se um médico descumpre determi-
nação do Poder Público que não tenha qualquer correlação com sua profissão, não incidirá a 
majorante.
2.8. análIse Do preCeIto seCunDárIo
A pena prevista no caput é de “detenção de 1 (um) mês a 1 (um) ano, e multa”.
Logo, podemos tecer as seguintes considerações:
• o crime de menor potencial ofensivo;
• competência do Juizado Especial Criminal;
• possibilidade de transação Penal (pena máxima inferior a 2 anos, art.  76 da Lei n. 
9.099/1995);
• é possível a suspensão condicional do processo (pena mínima igual a 1 ano, art. 89 da 
Lei n. 9.099/1995);
• a assinatura de termo de compromisso impede a lavratura de auto de prisão em fla-
grante (art. 69, parágrafo único, da Lei n. 9.099/1995);
• não caberá prisão preventiva;
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• impossibilidade de propositura de Acordo de Não Persecução Penal (pois, cabe, em 
tese, transação penal, art. 28-A, § 2º, inciso I, CPP).
Obs.: � Mesmo na hipótese de incidir a majorante, os  efeitos acima expostos serão os 
mesmos.
2.9. ação penal 
Tendo em vista que o tipo penal não apresentou ação penal específica para o delito, segui-
remos a regra de que ela será pública incondicionada.
2.10. Causa espeCIal De aumento
Por força do art. 285 do CP, à exceção do crime de epidemia, aplica-se as causas de au-
mento do art. 258 do CP para os crimes previstos no capítulo III. Segue novamente abaixo o 
art. 258 do CP, verbis:
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena 
privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de 
culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se 
a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
3. omIssão De notIFICação De Doença
“Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é 
compulsória:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa”.
3.1. tIpo objetIvo
“Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:”
• Doenças de notificação compulsória
Estão previstas no art. 7º da Lei 6.259/1975. Trata-se, pois, de norma penal em branco.
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• Crime de perigo abstrato
Diante da leitura do art. 269 do CP, verificamos que o crime em tela é de perigo abstrato 
(presumido). Basta a ausência de notificação da doença prevista no tipo pelo médico e o cri-
me já estará configurado.
• Crime omissivo próprio (puro)
A norma incriminadora impõe um dever ao médico de notificação. A simples omissão de 
notificação, o não fazer já encontra tipicidade.
3.2. tIpo subjetIvo
A forma trazida no caput é essencialmente dolosa. Não há previsão culposa.
3.3. sujeItos
Ativo: crime próprio. Veja que neste tipo penal, exige-se qualidade especial do sujeito ati-
vo. Somente o médico pode praticá-lo.
Obs.: � o tipo penal só faz alusão a médico e não a outros profissionais de saúde.
Passivo: coletividade (crime vago).
3.4. objeto materIal e juríDICo
Qual a pessoa ou coisa em que recai a conduta criminosa?
Conclusão: o objeto material é a notificação compulsória.
Qual o bem jurídico tutelado pela norma?
Conclusão: o objeto jurídico é a incolumidade pública (retratada na saúde pública).
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3.5. Consumação
A consumação se dará quando o agente se omite no dever de notificação no prazo que 
era devido.
3.6. tentatIva
A tentativa não é cabível.
Impossibilidade de haver tentativa nos crimes omissivos puros ou próprios.
Veja: É impossível haver o fracionamento do iter criminis nos crimes omissivos puros, pois, se 
o agente se omite, o crime já estará consumado. Trata-se de crime unissubsistente.
3.7. análIse Do preCeIto seCunDárIo
A pena prevista no caput é de “detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa”.
Logo, podemos tecer as seguintes considerações:
• o crime de menor potencial ofensivo;
• competência do Juizado Especial Criminal;
• possibilidade de transação Penal (pena máxima inferior a 2 anos, art.  76 da Lei n. 
9.099/1995);
• É possível a suspensão condicional do processo (pena mínima igual a 1 ano, art. 89 da 
Lei n. 9.099/1995);
• a assinatura de termo de compromisso impede a lavratura de auto de prisão em fla-
grante (art. 69, parágrafo único, da Lei n. 9.099/1995);
• não caberá prisão preventiva;
• impossibilidade de propositura de Acordo de Não Persecução Penal (pois, cabe, em 
tese, transação penal, art. 28-A, § 2º, inciso I, CPP).
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3.8. ação penal
Tendo em vista que o tipo penal não apresentou ação penal específica para o delito, segui-
remos a regra de que ela será pública incondicionada.
3.9. Causa espeCIal De aumento
Por força do art. 285 do CP, à exceção do crime de epidemia, aplica-se as causas de au-
mento do art. 258 do CP para os crimes previstos no capítulo III. Segue abaixo o art. 258 do 
CP, verbis:
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena 
privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de 
culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se 
a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
4. envenenamento De água potável ou De substânCIa alImentíCIa ou 
meDICInal
Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância 
alimentícia ou medicinal destinada a consumo:
Pena – reclusão, de dez a quinze anos. 
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, 
para o fim de ser distribuída, a água ou a substância envenenada.Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
4.1. tIpo objetIvo
“Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou me-
dicinal destinada a consumo:”
• Crime de perigo abstrato
Diante da leitura do art. 270 do CP, verificamos que o crime em questão é de perigo abs-
trato (presumido). Basta o envenenamento e o crime já estará consumado. Veja que não é 
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preciso que haja lesão efetiva ao bem jurídico no caso concreto. Assim, não é preciso que 
alguém tome a água ou que consuma a substância alimentícia ou medicinal.
• Crime de perigo comum
Verifica-se que o delito em pauta expõe a perigo um número indeterminado de pessoas, 
caracterizando-se com de perigo comum.
4.2. tIpo subjetIvo
A forma trazida no caput é essencialmente dolosa. É o dolo de envenenar água potável, 
substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo, gerando perigo a um número inde-
terminado de pessoas. (Lembre-se que se trata de um crime de perigo comum).
Há previsão culposa no § 2º.
4.3. FIgura equIparaDa
Art. 270 –
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o fim de ser 
distribuída, a água ou a substância envenenada.
Veja que a conduta descrita no caput é voltada a quem envenena. Aqui, a conduta é volta-
da a quem entrega para consumo ou tem em depósito para o fim de distribuição.
4.4. sujeItos
Ativo: qualquer pessoa. Veja, não exige qualidade especial do sujeito ativo.
Passivo: coletividade (crime vago).
4.5. objeto materIal e juríDICo
Qual a pessoa ou coisa em que recai a conduta criminosa?
Conclusão: o objeto material é a água potável ou substância alimentícia ou medicinal.
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Qual o bem jurídico tutelado pela norma?
Conclusão: o objeto jurídico é a incolumidade pública refletido na saúde pública.
4.6. Consumação
No caput, a consumação se dará quando o agente envenenar as substâncias descritas 
no tipo penal. Basta envenenar tais elementos, pois estamos diante de um crime de perigo 
abstrato como foi dito.
Na figura equiparada, a consumação se dará com a entrega a consumo ou com o agente 
que tem em depósito para o fim de distribuição. Interessante notar que esta finalidade não 
precisa ser atingida para a consumação.
4.7. tentatIva
A tentativa é possível, pois há possibilidade de fracionamento do iter criminis, porque es-
tamos diante de um crime plurissubsistente (vários atos).
Não caberá tentativa na forma culposa.
Lembre-se: se o resultado advém por culpa, é porque ocorreu por uma quebra do dever de 
cuidado e não porque o agente o quis. Não há tentativa se o resultado não foi almejado pelo 
agente. Por isso não há de se falar em tentativa.
4.8. moDalIDaDe Culposa
Verificamos modalidade culposa, trazida no § 2º, do art. 270 do CP em plena consonância 
com o parágrafo único do art. 18 do CP, que determina que um crime só pode ser culposo se 
tal previsão constar expressamente do tipo penal. Segue o artigo, litteris:
Art. 18 -
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como 
crime, senão quando o pratica dolosamente.
4.9. análIse Do preCeIto seCunDárIo
A pena prevista no caput e na figura equiparada é de “reclusão de 10 (dez) a 15 (quinze) 
anos”.
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Logo, podemos tecer as seguintes considerações:
• trata-se de um crime de maior potencial ofensivo;
• competência da Vara Criminal Comum;
• não caberá transação penal (pena máxima superior a 2 anos, vide art.  76 da Lei n. 
9.099/1995);
• não caberá suspensão condicional do processo (pena mínima superior a um ano, vide 
art. 89 da Lei n. 9.099/1995);
• possibilidade de prisão preventiva (pena máxima superior a quatro anos, vide arts. 312 
e 313 do CPP);
• impossibilidade de proposta de Acordo de Não Persecução Penal (pena mínima supe-
rior a quatro anos).
Na modalidade culposa, teremos as seguintes consequências:
• o crime de menor potencial ofensivo;
• competência do Juizado Especial Criminal;
• possibilidade de transação Penal (pena máxima inferior a 2 anos, art.  76 da Lei n. 
9.099/1995);
• é possível a suspensão condicional do processo (pena mínima igual a 1 ano, art. 89 da 
Lei n. 9.099/1995);
• a assinatura de termo de compromisso impede a lavratura de auto de prisão em fla-
grante (art. 69, parágrafo único, da Lei n. 9.099/1995);
• não caberá prisão preventiva;
• impossibilidade de propositura de Acordo de Não Persecução Penal (pois, cabe, em 
tese, transação penal, art. 28-A, § 2º, inciso I, CPP).
4.10. ação penal
Tendo em vista que o tipo penal não apresentou ação penal específica para o delito, segui-
remos a regra de que ela será pública incondicionada.
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4.11. Causa espeCIal De aumento
Por força do Art. 285 do CP, à exceção do crime de epidemia, aplica-se as causas de au-
mento do art. 258 do CP para os crimes previstos no capítulo III. Releia o art. 258 do CP, verbis:
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena 
privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de 
culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se 
a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
5. Corrupção ou poluIção De água potável
Art. 271 - Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a imprópria 
para consumo ou nociva à saúde:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de dois meses a um ano.
5.1. tIpo objetIvo
“Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a imprópria para con-
sumo ou nociva à saúde:”
• Crime de perigo abstrato
Diante da leitura do art. 271 do CP, verificamos que o crime em questão é de perigo abs-
trato (presumido). Basta “corromper” ou “poluir” e o crime já estará consumado. Veja que não 
é preciso que haja lesão efetiva ao bem

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