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Ana Paula Barbosa Martins 5º período Medicina INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES As infecções das vias respiratórias superiores são as mais comuns na prática médica e responsáveis pela maior utilização de antimicrobianos, apesar de a maioria delas ser de causa viral. As infecções respiratórias são o principal motivo dos atendimentos a crianças nas emergências e postos de saúde, correspondendo até 40% dos atendimentos. As infecções das vias aéreas superiores são tipicamente benignas e autolimitadas na maioria das vezes. Com exceção das epiglotites, laringite bacteriana, algumas complicações como otite média com mastoidite, faringite com abcesso. Embora essas situações sejam mais raras, deve ser priorizado um diagnóstico e atendimento rápido. São extremamente frequentes, ocorrendo a uma frequência de quatro a oito episódios/ano em menores de 5 anos dois a quatro episódios/ano em adultos. Do ponto de vista prático, as “vias aéreas superiores” são: • Fossas nasais; • Faringe (nasofaringe, orofaringe e hipofaringe); • Seios paranasais; • Laringe; • Traqueia As principais síndromes clínicas das vias aéreas superiores são: resfriado comum, faringite, otites e sinusites; laringites, epiglotites e traqueítes. Em geral, as desordens do aparelho respiratório são de origem infecciosa, alérgica ou congênita. Dentre as causas infecciosas incluímos: o resfriado comum, a otite, a sinusite e a faringite. A hipertrofia da adenoide é, geralmente, secundária a processos infecciosos locais. Um caso de rinorreia ou obstrução persistente pode estar associado a condições subjacentes como: obstrução por corpo estranho ou um componente alérgico (rinite alérgica). As síndromes infecciosas das vias aéreas superiores podem ser causadas por uma grande variedade de agentes, principalmente vírus e bactérias. RINOFARINGITE VIRAL Ana Paula Barbosa Martins 5º período Medicina A nasofaringite viral ou resfriado comum é uma desordem infecciosa de natureza benigna e autolimitada; A definição anatômica de resfriado comum é de uma nasofaringite (ou rinofaringite) de etiologia viral que leva à inflamação da mucosa do nariz, faringe e seios paranasais. O resfriado comum predispõe, principalmente nas crianças, complicações como a otite média aguda e a sinusite. Já faringite bacteriana não é uma complicação do resfriado comum; É importante a diferenciação de um resfriado e da gripe, pois muitas vezes são usados como sinônimos. A gripe é uma doença sistema epidêmica causada por vírus Influenza, caracterizada clinicamente por febre alta, mialgias e prostração. No resfriado, os sinais e sintomas são mais restritos as vias aéreas superiores. ETITOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA: As crianças pequenas possuem em média de 6 a 8 episódios de resfriados comuns por ano, ao passo que os adultos apresentam cerca de 2 a 3 episódios/ano. As crianças do grupo de alto risco de IVAS (ex: irmãos mais velhos que frequenta escola, convivência com creche e pais fumantes) podem ter de 9/10 resfriados por ano. A incidência dessa doença começa a declinar após os três anos de vida. Os períodos de mais incidência são: outono, inverno e primavera. A sazonalidade depende do agente, por exemplo: rinovírus – início do outono e final da primavera; influenzae VSR – inverno; parainfluenza – final de outono; cocksackievírus – verão; O agente etiológico mais frequente é o rinovírus, que responde por metade ou mais dos casos. A imunidade adquirida por esse agente pode ser duradoura, no entanto ele possui cerca de 100 sorotipos diferentes. • Agentes ocasionais: coronavírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), metapneumovírus. • Agentes incomuns: influenza, parainfluenza, adenovírus, enterovírus (cocksackievírus e echovírus). O rinovírus e o coronavírus são agentes típicos de vias aéreas superiores, causando bronquite e pneumonia apenas raramente. Os demais vírus são agentes clássicos das infecções de vias aéreas inferiores. O período de incubação dos agentes que mais comumente causam a nasofaringite viral gira em torno de dois a cinco dias. As crianças são os maiores reservatórios para os vírus e geralmente propagam e adquirem a infecção em creches e escolas. Os vírus são transmitidos sob a forma de aerossol e partículas maiores, que são levados ao meio ambiente através de tosse e coriza de pessoas afetadas. Porém, a principal forma de transmissão dos vírus causadores do resfriado, principalmente o rinovírus e VSR é o contato direto, e não a via inalatória. Por outro lado, para o vírus influenza, a via inalatória é a mais importante, se disseminando através de pequenas partículas de aerossol. Ana Paula Barbosa Martins 5º período Medicina FARINGOAMIGDALITE VIVRAL E BACTERIANA A faringite aguda com envolvimento das amigdalas é uma doença inflamatória da orofaringe, caracterizada por eritema e pela presença ou não de exsudato amigdaliano, ulcerações e vesículas. Em relação a etiologia, podemos afirmar que os agentes virais em 75% das vezes respondem pela maior parte dos casos. E em menor parte pelos agentes bacterianos. Sabemos que a presença ou a ausência de amigdalas não afeta a susceptibilidade em adquirir infecção faríngea; A diferenciação entre infecção viral e bacteriana é difícil em alguns casos, mas é importante uma vez que a terapia com penicilina, por exemplo, melhora substancialmente na doença bacteriana e não muda nada nas virais. VÍRUS: Os principais vírus causadores de faringite são adenovírus, coronavírus, enterovírus, rinovírus, vírus sincicial respiratório, Epstei- Barr Virus (EBV) e o herpes simples vírus. O rinovírus, o coronavírus, o parainfluenza e a influenza podem causar faringite, entretanto, nesses casos, a inflamação da garganta é acompanhada dos outros sintomas de uma IVAS (resfriado comum) ou gripe. O adenovírus (agente da febre faringoconjuntival), o Coxsackievírus A (agente da herpangina), e o Epstein-Barr vírus (agente da mononucleose infecciosa) e o HSV produzem uma faringite com características mais específicas. BACTÉRIA: Entre os agentes bacterianos, o estreptococos-beta-hemolítico do grupo A (S.pyogenes) é o agente mais importante na origem dessa doença, principalmente na faixa etária entre 5 e15 anos; As maiores preocupações em relação ao estreptococo são as complicações em longo prazo, destacando a febre-reumática pelo risco de provocar sequelas cardíacas. Mais raramente, microrganismos como o Streptococcus do grupo C, Mycoplasma pneumoniae e o Arcanobacterium haemolyticum encontram-se envolvidos em episódios de faringites em adolescentes e adultos jovens, simulando uma faringoamigdalite estreptocócica com exantema, semelhante ao da escarlatina. A principal fonte de contágio é através de pacientes sintomáticos que transmitem facilmente a bactéria através da secreção nasal e da saliva. O contato próximo é o grande fator de risco para a transmissão, explicando o predomínio da doença no início do período escolar. Vale ressaltar, que o reconhecimento e o tratamento precoce da faringoamigdalite estreptocócica tem importante papel no controle da doença, já que após 24-48 horas do início da antibioticoterapia, o paciente não elimina mais o agente; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS VIRAIS: 1. Associadas ao resfriado comum: nestes casos a faringite não costuma estar associada a dor intensa e odinofagia. Geralmente o indivíduo apresenta dor de garganta moderada, corrimento nasal, tosse, mal-estar, anorexia e febre. No exame clínico, a faringite apresenta-se eritematosa e edemaciada. Eventualmente observamos exsudato no palato e nos folículos linfoides amigdalianos. Os linfonodos cervicais podem estar aumentados e as vezes dolorosos. A fase crítica da doença dura em torno de 24 horas e não persiste por mais de 5 dias. 2. 2. Adenovírus: A faringite por adenovírus geralmente é mais intensa, com sintomas proeminentes de mialgia, cefaleia, calafrios e febre de mais de 38,3C, que persiste por cincoa seis dias. A dor de garganta é importante e exsudatos amigdalianos e eritema de toda orofaringe são notados ao exame físico. Um achado muito sugestivo de infecção pelo adenovírus é a presença de conjuntivite. Ana Paula Barbosa Martins 5º período Medicina 3. Coxsackie: a infecção por esse vírus determina uma forma incomum de faringite (a herpangina). No exame físico notamos pequenas vesículas, localizadas no palato mole, úvula e pilares amigdalianos anteriores. As lesões geralmente se rompem e originam úlceras esbranquiçadas. As manifestações incluem febre alta, dor de garganta e disfagia. Em alguns pacientes, um quadro de dor abdominal e anorexia podem ocorrer. 4. Epstein-Barr: dor de garganta ocasionada por uma amigdalite exsudativa, associada a febre, linfadenopatia cervical e esplenomegalia. Os sinais e sintomas agudos podem permanecer por até quinze dias. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS BACTERIANAS: A faringite estreptocócica se inicia com queixas pouco especificas como cefaleia, dor abdominal e mal- estar, podendo ainda apresentar náuseas, vômitos e febre de até 40ºC. Algumas horas depois o paciente relata dor de garganta com intensidade variável. O exsudato pode assumir a forma de uma membrana amarelo-acinzentada limitada ao tecido linfoide. O edema de úvula também pode ocorrer. E a linfadenopatia cervical anterior ou submandibular é precoce e os linfonodos aumentados são dolorosos. O achado clínico de mais consistência para o diagnóstico é a presença de vermelhidão das amigdalas acompanhado ou não de exsudato, associado a petéquias em palato mole. A principal complicação é a formação de abcessos peritonsilares e na parede lateral da faringe. A faringoamidgadilite estreptocócica evolui quase sempre com resolução espontânea após 4-5 dias em média, mesmo sem o uso de antibióticos. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O primeiro passo no diagnóstico de faringite aguda é diferenciar uma infecção viral de bacteriana, o que muitas vezes pode ser difícil. O swab de orofaringe, seguida de uma cultura possui uma elevada especificidade na identificação do Streptococcus pyogenes, sendo considerado o padrão ouro para diagnostico. Testes de detecção rápida de antígenos espreptococos a partir de material colhido com swab fornecem um resultado quase imediato. Esses testes têm sido recomendados apesar de não ser realizado com muita frequência na prática. As sorologias virais não costumam ser solicitadas, a não ser em casos suspeitos de mononucleose infecciosa. Esses exames são uteis para o isolamento do agente, mas nem sempre disponíveis. Por isso não se adiar o tratamento num caso suspeito. TRATAMENTO Ana Paula Barbosa Martins 5º período Medicina A maioria das faringites agudas é provocada por vírus e nesses casos o tratamento realizado de acordo com a sintomatologia, ou seja, utiliza-se associação de analgésicos, antipiréticos, hidratação, anestésicos tópicos e gargarejos com antissépticos. À exceção da faringite por herpes-simplex em pacientes imunossuprimidos, para os quais o aciclovir parental deve ser prescrito. A antibioticoterapia deve ser utilizada na faringite estreptocócica. Algumas complicações como a febre reumática, abcessos peritonsilares podem ser evitadas com o uso de antimicrobianos. Na prática, muitos médicos iniciam antibiótico com base no aspecto das amígdalas, isto é, presença de exsudato purulento, somado a outros dados clínicos como febre alta e petéquias em palato. O antibiótico utilizado é a penicilina benzatina em dose única, IM. A amoxicilina, a ampicilina e a penicilina V por via oral também pode ser prescrita por um período de 10 dias. Eritromicina (10 dias) ou azitromicina (por cinco dias) podem ser usadas em pacientes alérgicos à penicilina. Com o início da terapia antibiótica, ocorre cessação da febre dentro das primeiras 24 horas. Gargarejos com solução salina e uso de paracetamol para controle da dor e febre são medidas uteis. OTITE MÉDIA AGUDA A otite média aguda (OMA) é uma das doenças mais frequentes nas crianças, ocorrendo com maior prevalência nos dois primeiros anos de vida. Os agentes etiológicos frequentemente identificados nos casos de otite média aguda são: S. pneumoniae (30-50%), H. influenza não tipável (25-30%) e M. catarrhalis (10-15%). Contudo, este perfil etiológico vem se modificando desde a introdução da vacina antipneumocócica para crianças no calendário vacinal. Muitos vírus, especialmente o rinovírus e o vírus sincicial respiratório são comumente encontrados nos exsudatos da orelha média, algumas vezes em associação com bactérias. Ainda não se sabe ao certo o seu papel etiopatologico, ou seja, se sozinho esses vírus já seriam capazes de produzir OMA ou se facilitariam a adesão de bactérias e prejudicariam a função imune local. A suspeita clínica é fundamentada na queixa de dor no ouvido (otalgia), associada à febre, astenia, inapetência e hipoacusia flutuante. Um dado fundamental na história da doença é a presença de um episódio prévio de rinofaringite viral antecedendo as manifestações. Sabemos que a OMA pode ser complicação de um resfriado comum em até 30% dos casos. Otorreia fluida ou purulenta pode ocorrer em um terço dos casos e neste caso o diagnostico torna-se evidente. Na OMA, a otoscopia revela uma membrana timpânica hiperemiada, convexa e abaulada, de colocação alterada (hiperemia difusa, opacificação e pontos esbranquiçados) e com perda de mobilidade. O abaulamento é o dado mais específico para o diagnóstico de OMA. SINUSITE Normalmente, o comprometimento da mucosa nasal por um processo infeccioso viral é acompanhando de acometimento dos seios paranasais, que usualmente é autolimitado e passa despercebido. A rinossinusite é classificada como: (1) Viral autolimitada; (2) Bacteriana aguda: com duração inferior a quatro semanas e resolução completa dos sintomas; (3) Bacteriana subaguda: com mais de quatro semanas, porém menos de 12; (4) Crônica: com sinais e sintomas que persistem por mais de doze semanas. Ana Paula Barbosa Martins 5º período Medicina A causa mais comum de rinossinusite é uma infecção viral das vias aéreas superiores, geradora de edema e inflamação da mucosa com produção de muco espesso, que obstrui os seios paranasais e permite proliferação bacteriana secundária. Aproximadamente 0,5 a 2% dos resfriados comuns complicam com sinusite bacteriana aguda. Os principais fatores de risco para sinusite bacteriana aguda são: 1. Resfriado comum (principal causa); 2. Rinite alérgica (segunda causa); 3. Exposição à fumaça de cigarro (pais fumantes); 4. Anormalidades estruturais (ex.: desvio de septo, corpo estranho nasal, pólipo nasal, hipertrofia de adenoide). 5. Tubos e sondas nasotraqueais: a sinusite é uma complicação infecciosa em potencial nos pacientes internados nas UTIs que utilizam dispositivos nasais. Os agentes que mais comumente causam rinossinusite bacteriana aguda são o Streptococcus pneumoniae (30%), o Haemophylus influenzae não tipável (20%) e a Moraxella catarrhalis (20%). A presença de múltiplos microrganismos é bem mais comum na rinossinusite crônica do que na aguda. OBSTRUÇÃO INFLAMATÓRIA AGUDA DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES A epiglotite, laringotraqueobronquite e laringite espasmódica aguda são termos que se aplicam às doenças da laringe; estas desordens têm como característica clínica comum o estridor inspiratório e graus variados de dispneia e tiragem. Apresentam como evento fisiopatológico básico a presença de edema, podendo também ocorrer espasmo laríngeo. Com exceção da epiglotite, as obstruções infecciosas das vias aéreas superiores são causadas principalmente por agentes virais; 1. LARINGOTRAQUEOBRONQUITE OU CRUPE: O vírus parainfluenzae tipos 1, 2 e 3 são responsáveis por cerca de 75% dos casos. No restante dos casos, a doença é causada por outros vírus, como a influenza, o adenovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A laringotraqueíte bacterianaé, na verdade, uma complicação da laringotraqueíte viral, sendo causada mais comumente pelo Staphylococcus aureus, seguindo-se a Moraxela catarrhalis e o Haemophylos influenzae. A crupe é a forma mais comum de obstrução aguda das vias aéreas superiores. A maioria dos pacientes tem uma infecção do TRS durante vários dias antes da tosse com características crupais. 2. EPIGLOTITE: Embora o Haemophilus influenzae tipo B tenha sido a causa habitual da epiglotite aguda na era pré-vacinal, o Streptococcus pyogenes, o Streptococcus pneumoniae e o Staphylococcus aureus hoje são mais comumente encontrados. Essa doença representa a forma mais grave de obstrução inflamatória aguda. Seu curso é fulminante com febre alta, dor de garganta, sialorreia, dispneia, obstrução respiratória rapidamente progressiva e prostração. MECANISMO DE TRANSMISSÃO: Para a transmissão de uma doença, o modo de saída de um microrganismo do corpo do hospedeiro é tão importante quanto a sua entrada. Os microrganismos podem se aproveitar de cada fluido, tecido secretado ou eliminado para deixar o hospedeiro e ser transmitido para novas pessoas. Ana Paula Barbosa Martins 5º período Medicina A transmissão depende da resistência do microrganismo. Alguns podem sobreviver por longos períodos na poeira, alimentos ou água. Os microrganismos menos resistentes devem ser rapidamente transmitidos de pessoa a pessoa por contato direto. A flora cutânea é eliminada na pele descamada. E alguns patógenos sexualmente transmissíveis são transmitidos a partir de lesões cutâneas genitais. Os vírus que se replicam nas glândulas salivares são disseminados pela saliva, como o vírus da caxumba, citomegalovírus e raiva. Os vírus e bactérias que compõem a flora respiratória normal ou causam infecção do trato respiratório são eliminados nas secreções respiratórias durante a fala, tosse e espirro. A maioria dos patógenos respiratórios como a Influenza, se dissemina em grandes gotículas respiratórias. Já outros organismos como o vírus varicela-zoster são dispersos por via aerógena, em pequenas gotículas respiratórias ou de poeira. Os organismos eliminados nas fezes incluem diversos patógenos que se replicam no lúmen ou epitélio intestinal, como o rotavírus. Já os patógenos que sofrem replicação no fígado (vírus da hepatite A) ou vesícula chegam ao intestino através da bile e são eliminados nas fezes. Os patógenos que deixam o corpo através do sangue são transmitidos por vetores invertebrados, práticas médicas como transfusão de sangue, reutilização de equipamentos ou compartilhamento de seringa por usuários de drogas. A urina é uma forma de saída do hospedeiro pouco utilizado. No caso do Schistosoma haematobium, ele cresce nas veias da bexiga e libera seus ovos, que alcançam a urina. As DSTs infectam e disseminam a partir da uretra, vagina, cervix, reto ou faringe oral. Organismos que causam DST dependem do contato direto pessoa a pessoa para se disseminarem. A transmissão vertical ocorre da mãe para o feto ou recém-nascido e possui 3 rotas principais: 1. A transmissão placenta-fetal na qual é mais provável de ocorrer quando a mãe adquire primo- infecção por um patógeno durante a gestação. Nesses casos, o dano depende do estágio de desenvolvimento do feto. Por exemplo, a infecção por rubéola no primeiro trimestre pode causar malformações, enquanto que no terceiro trimestre quase não ocorre danos. 2. A transmissão durante a passagem do neonato pelo canal de parto. 3. Ou a transmissão ocorre através do leite materno (hepatite B e citomegalovírus); Microrganismos também podem ser transmitidos de animais para seres humanos (resultando em infecções zoonóticas), tanto através do contato direto quanto pelo consumo de produtos de origem anima ou indiretamente por um vetor invertebrado. PORFILAXIA VIRAL E BACTERIANA: Prevenir-se de doenças virais não é uma tarefa fácil, uma vez que existem diversos vírus, os quais podem ser transmitidos de diferentes formas. Dicas para evitar doenças virais: • Lavar sempre as mãos, principalmente antes de se alimentar e após ir ao banheiro. • Não compartilhar copos e talheres. • Lavar sempre os alimentos, dando atenção especial àqueles que serão consumidos in natura. • Alimentar-se apenas em locais que obedecem às normas da Vigilância Sanitária. • Utilizar camisinha em todas as relações sexuais para se prevenir de infecções transmitidas por meio da relação sexual, como a infecção por HIV. Ana Paula Barbosa Martins 5º período Medicina • Utilizar repelentes em áreas com grande quantidade de mosquitos, dando atenção especial às regiões que apresentam mosquitos Aedes aegypti. • Vacinar-se obedecendo às orientações dos calendários de vacinação. Uma grande variedade de doenças pode ser prevenida com a vacina, como a gripe, raiva, sarampo e catapora. • Evitar aglomerações de pessoas em épocas de surtos de determinadas doenças. Em surtos de gripe, por exemplo, deve-se evitar locais fechados e com muitas pessoas. • Evitar contato com pessoas doentes. • Alimentar-se bem e realizar exercícios físicos, pois esses hábitos estão relacionados com o fortalecimento do sistema imunológico. O uso dos antibióticos para fins profiláticos tem sido indicado basicamente nas seguintes situações: (1) quando a infecção a ser prevenida é bastante comum embora não ponha em risco a vida do paciente ou (2) quando é considerada rara, mas potencialmente fatal. REFERÊNCIAS: PEDIATRIA, Sociedade Brasileira D. Tratado de Pediatria, Volume 1. São Paulo: Editora Manole, 2017. 9788520455869. PEDIATRIA, Sociedade Brasileira D. Tratado de Pediatria, Volume 2. São Paulo: Editora Manole, 2017. 9788520455869. SALOMÃO, Reinaldo. Infectologia - Bases Clínicas e Tratamento. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2017. 9788527732628.
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