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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA Comentário nº 2: HOBBES, Thomas. Leviatã – Ou Matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Nova Cultural, 1997. (Primeira Parte: Capítulos X ao XVI; Segunda Parte: Capítulos XVII ao XXI). Disciplina: Teoria Política I Docente titular: Alexsandro Eugenio Pereira e Rodrigo Rossi Horochovski Discente: Ana Paula Ricardo da Silva A obra “Leviatã ou Matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil” foi escrita por Thomas Hobbes, contratualista clássico, quando a Inglaterra deixava de ser uma monarquia e passava a ser uma república governada por um militar. Na obra, o autor faz um estudo do comportamento do homem no estado de natureza até a formação da sociedade civil a partir de diversos aspectos. De acordo com o pensamento do autor, o “direito” possui duas atribuições, a primeira quando o indivíduo encontra-se no estado de natureza dotado de leis naturais e um “direito individual”, e a segunda quando o indivíduo dispõe de sua liberdade natural e firma um pacto com o Estado soberano, em que este irá ditar os termos de um direito agora institucionalizado, em que uma única pessoa detém o poder político. A formação do Estado, vista por Hobbes, possui cegueiras, pois ignora as atrocidades da colonialidade e justifica a dominação pela guerra, o que gera a interpretação de que sociedades colonizadas encontravam-se em estado de natureza, diferentemente do homem europeu, considerado pré-político, que, em “benefício” daquelas sociedades firmam um contrato entre si, baseado na divisão racial, ou seja, um contrato racial, não social para garantir a sobrevivência e a supremacia branca sob povos não-brancos.
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