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relatório análise do Captopril

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Fundação Universidade Regional de Blumenau
Farmácia
Rafaela Morgana Ferreira Heusser
Rayssa Nayara Stuhlert de Oliveira
Vanessa da Silva
Controle de Qualidade de Produtos Farmacêuticos e Cosméticos
Relatório I
Blumenau
2022
Introdução:
O controle da qualidade da matéria prima é o processo de inspeção e controle da qualidade de toda matéria prima recebida. Ao receber produtos de seus fornecedores é necessário realizar os testes e inspeções determinados para comprovar a qualidade do material recebido e se o mesmo atende os requisitos. 
Esse controle pode passar por diferentes etapas, dependendo do tipo de matéria-prima ou do produto final. Em resumo, as principais são: recebimento da matéria-prima, teste de comprovação da qualidade, análise dos resultados, identificação de conformidade ou não conformidade e comunicação para o fornecedor da matéria-prima.
O farmacêutico é responsável por essas etapas de verificação, alguns requisitos como: especificar a matéria prima de acordo com a referência estabelecida, aprovar ou rejeitar a matéria prima, selecionar e escolher métodos e equipamentos, manter o registro das atividades procedidas, garantir e registrar manutenção de equipamentos, entre outros. 
A realização dos testes é definida a partir da RDC 67/07 e 87/07. Matéria prima deve seguir testes de características organolépticas, solubilidade, pH, peso, volume, ponto de fusão, densidade e é necessária uma avaliação do laudo do fabricante ou fornecedor. 
A partir dos resultados obtidos compõe-se o índice de qualificação de fornecedor (IQF), sendo assim é possível avaliar e recorrer aos melhores fornecedores de matérias primas. 
Nesta aula prática foi realizado o controle de qualidade do Captopril, fabricado pelo laboratório Natural Farma, com o número de lote 510303006C.
O captopril é um análogo da prolina contendo sulfidrila, com atividade anti-hipertensiva e potencial atividade antineoplásica.
Apresenta considerável estabilidade, porém é fortemente susceptível à degradação oxidativa causada por elevadas temperaturas e umidade, ou ainda pela mistura de excipientes higroscópicos. A degradação do captopril leva à formação do dissulfeto de captopril (DSC).
O aumento da quantidade do produto de degradação leva à perda da eficácia
e segurança do medicamento, pois ele não mais apresentará a dose terapêutica adequada ao tratamento dos pacientes. Além disso, tanto os produtos da síntese do captopril quanto os seus produtos de degradação são potencialmente tóxicos para o meio ambiente, por isso o controle de qualidade desse fármaco é importante e o descarte do mesmo também deve ser feito de forma adequada.
Os testes realizados para determinar a qualidade da amostra do captopril
foram os seguintes:
· ensaios de identificação - características físicas, solubilidade, faixa de fusão e identificação de grupos funcionais
· ensaios de pureza – ph 
· doseamento
Para verificar as características físicas foi realizado uma análise a olho nu de uma amostra de captopril.
Objetivos: 
O objetivo desta prática foi determinar se o composto analisado, o captopril, atendia as especificações da farmacopeia brasileira.
Metodologia:
A solubilidade indicada na F. Bras. IV, não deve ser tomada no sentido estrito de constante física, mas como uma informação sobre a substância. A solubilidade de um soluto em um determinado solvente à determinada temperatura (geralmente 25 oC) pode ser expressa em termos numéricos ou, mais comumente, por termos descritivos, de acordo com a tabela abaixo (F. Bras. IV): A determinação da faixa de fusão foi realizada primeiramente reduzindo a quantidade da amostra a um pó fino e dissecando a amostra durante 20 min a 60ºC.Após, colocou-se a amostra entre duas lâminas e determinou-se a faixa de fusão no aparelho digital de ponto de fusão.
O captopril é solúvel em água, facilmente solúvel em metanol. Solúvel em soluções diluídas de hidróxidos alcalinos.
A identificação do grupo funcionais:
 a) Identificação do poder redutor do captopril
Dissolver uma alíquota da amostra em 2 mL de água. Acrescentar 0,5 mL de iodo 0,05 M. A coloração devida ao iodo desaparece imediatamente.
b) Identificação do grupo ácido carboxílico
Dissolver uma alíquota do fármaco em bicarbonato de sódio. Observar o desprendimento de gás. Já a identificação do ácido carboxílico foi feita pela dissolução de captopril em bicarbonato de sódio. A presença deste grupo funcional se daria pelo desprendimento de gás. Para o ph foi feita a dissolução de 200 mg de captopril em 10 ml de água morna e medido usando o pHmetro.
A faixa de fusão do captopril está entre 105ºC e 108ºC. Para utilizar o aparelho do bloco metálico.
Monografia do captopril
CAPTOPRIL - CaptoprilumContém, no mínimo, 97,5% e, no máximo, 102,0% de C9H15NO3S, em relação à substância dessecada.
DESCRIÇÃO
Características físicas: Pó cristalino branco ou quase branco. 
Solubilidade: Solúvel em água, facilmente solúvel em álcool metílico. Solúvel em soluções diluídas de hidróxidos alcalinos.
CONSTANTES FÍSICO-QUÍMICAS
Faixa de fusão (5.2.2): 105 ºC a 108 ºC. 
Rotação óptica específica (5.2.8): –156 a –161, em relação à substância dessecada. Determinar em solução a 2% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
IDENTIFICAÇÃO
A. No espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo de potássio, há máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles observados no espectro de captopril SQR, preparado de maneira idêntica.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, corresponde àquele do pico principal da Solução padrão
ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 2,0 a 2,6. Determinar em solução a 2% (p/v) da amostra em água isenta do dióxido de carbono.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento. Preparar as Soluções teste como descrito a seguir. 
Solução (1): transferir 50 mg da amostra para balão volumétrico de 100 ml, dissolver com Fase móvel, completar o volume com o mesmo solvente e homogeneizar.
Solução (2): transferir 1 ml da Solução (1) para balão volumétrico de 50 ml, completar o volume com Fase móvel e homogeneizar.
Solução (3): dissolver 10 mg da amostra em 20 ml de Fase móvel, adicionar 0,25mL de iodo 0,05 M e completar o volume para 100 ml com o mesmo solvente. Homogeneizar. Transferir 5 ml dessa solução para balão volumétrico de 50 ml, homogeneizar e completar o volume com o mesmo solvente.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL de cada solução, registrar os cromatogramas por, no mínimo, três vezes o tempo de retenção do captopril e mediras áreas sob os picos. O teste somente é válido se o cromatograma obtido com a Solução (3) apresenta três picos e a resolução entre os dois picos de maior tempo de retenção for de, no mínimo, 2,0. Os três picos correspondem, respectivamente, ao excesso de iodo, ao captopril e ao dissulfeto de captopril formado. A área de qualquer pico secundário obtido no cromatograma com a Solução (1) é de, no máximo, a metade da área sob o pico principal, obtido no cromatograma com a Solução (2) (1,0%). A soma das áreas de todos os picos obtidos com a Solução (1), exceto a do pico principal, é de, no máximo, a área sob o pico principal obtido com a Solução (2) (2,0%). Não considerar picos referentes ao solvente ou com área inferior a 10% da área sob o pico principal, obtido no cromatograma com a Solução(2) (0,2%).
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No máximo 0,002% (20 ppm).
Perda por dessecação (5.2.9.1). Determinar em 1 g da amostra. Dessecar em estufa a 60 ºC, sob pressão reduzida, por 3 horas. No máximo 1,0%. Resíduo por incineração (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. No máximo 0,2%
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos mês ofídicos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). Cumpre o teste
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritosa seguir. A. Transferir, quantitativamente, cerca de 0,15 g de amostra para Erlenmeyer de 125mL e dissolver em 50 ml de água. Titular com iodo 0,05 M SV, determinando o ponto final potencio metricamente ou utilizando 1 ml de amido SI. Cada ml de iodo0,05 M SV equivale a 21,729 mg de C9H15NO3S.B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de250 mm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 μm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de 1,0 ml/minuto. Fase móvel: mistura de ácido fosfórico a 0,11% (v/v) e álcool metílico (45:55). Nota: proteger as soluções descritas a seguir, da exposição ao ar e utilizá-las dentro de, no máximo,8 horas. Solução amostra: dissolver quantidade da amostra, pesada com exatidão, em Fase móvel, de modo a obter solução a 0,5 mg/ml. Solução padrão: dissolver quantidade de captopril SQR, pesada com exatidão, em Fase móvel, de modo a obter solução a 0,5 mg/ml. Injetar 20 μL da Solução (3) obtida em Substâncias Relacionadas. O teste somente é válido se o cromatograma obtido apresentar três picos e a resolução entre os dois picos de maior tempo de retenção for de, no mínimo, 2,0. Injetar replicadas de 20 μLda Solução padrão. O desvio padrão relativo das áreas de replicadas dos picos registrados é de, no máximo, 2,0%. Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C9H15NO3S na amostra, a partir das respostas obtidas com as Soluções padrão e amostra.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO - Em recipientes herméticos. 
ROTULAGEM - Observar a legislação vigente. 
CLASSE TERAPÊUTICA - Anti-hipertensivo.
Resultados e discussão
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: O primeiro teste realizado, o de características físicas, mostrou que o captopril que deveria ser um pó cristalino branco, na verdade estava com aparência de pó amorfo de coloração branca. Isso se deu devido ao processo de degradação já instalado na amostra visto que ela já estava vencida há algum tempo.
SOLUBILIDADE: No teste de solubilidade viu-se que o captopril se solubilizou apenas no metanol. As amostras que foram dissolvidas em água e em hidróxido de sódio não se dissolveram totalmente, formaram um precipitado e ficaram turvas. Esse resultado também pode estar relacionado com o vencimento da amostra analisada.
FAIXA DE FUSÃO: No teste de determinação de faixa de fusão as temperaturas obtidas foram 104,3ºC e107,4ºC, estando assim fora da faixa de fusão esperada, entre 105 e 108ºC.Provavelmente a faixa de fusão ficou abaixo do esperado devido a degradação da amostra de captopril. Com a degradação formam-se substâncias como dissulfeto de captopril e o aumento dessa substância pode ter interferido na faixa de fusão do captopril, diminuindo-a.
PODER REDUTOR: No teste do poder redutor, ao adicionar o iodo a coloração logo ficou transparente, sinal de que o iodo foi reduzido, demonstrando assim a presença do grupo tiol.
O tiol age como um agente redutor de iodo. Quando a reação acontece a coloração característica do iodo desaparece e a solução fica transparente.
IDENTIFICAÇÃO DE ÁCIDO CARBOXÍLICO: No teste de identificação do grupo ácido carboxílico ao realizar a dissolução notou-se a formação de bolhas indicando que estava acontecendo a reação de decomposição do bicarbonato de sódio em carboxila.
Pela equação de decomposição é possível notar que um dos produtos é o CO2, responsável pelo desprendimento de gás observado durante o teste. 
PH
No teste de determinação de Ph o resultado obtido foi 2,87, notando-se, novamente, que amostra já estava vencida há algum tempo.
DOSEAMENTO
Cálculos realizados:
1 titulação: 8 ml gastos pesaram-se 0,1513 g
2 titulações: 8,6 ml gastos pesaram-se 0,1513 g
Multiplicação pelo valor em mg equivalente a cada ml
1- 8x21,729 = 173,83 mg —— 0,173 g
0,1513-100%
0,173- X X=114,34%
2- 8,6x21,729= 186,87 mg ——0,186 g
0,1513 – 100%
0,186 - X X= 122,93%
Média dos dois valores:117,34+122,93= 118,63%
De acordo com as especificações da farmacopeia, os valores deveriam ser no mínimo, 97,5% e, no máximo, 102,0%, assim os resultados obtidos estão acima do esperado. Este resultado novamente está relacionado com o processo de degradação do captopril em dissulfeto de captopril. Com o aumento da concentração do produto há uma consequente queda na concentração da substância ativa que é o captopril, com isso ao fazer o doseamento a porcentagem de captopril que deveria ter na amostra aparece aumentada, acima dos valores de referência.
LAUDO TÉCNICO
FÁRMACO A SER ANALISADO: Captopril
4. Identificação do produto e controle das características gerais:
4.1. Laboratório produtor: Natural Farma
4.2. Número de lote: 510303006C
4.3. Data de validade: 12/2005
Controle das características físicas e físico-químicas:
Resultado final: A amostra foi reprovada por não atender a todas as especificações exigidas pela farmacopeia brasileira.
Responsável: Rafaela Morgana Ferreira Heusser, Rayssa Nayara Stuhlert de Oliveira e Vanessa da Silva
Assinatura: Rafaela Morgana Ferreira Heusser, Rayssa Nayara Stuhlert de Oliveira e Vanessa da Silva
Data: 04/04/2022
Local: FURB
Referências Bibliográficas:
https://blog-pt.checklistfacil.com/controle-de-qualidade-da-materia-prima/
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/arquivos/7987json-file-1
http://por tal.crfsp.org.br/orienta%C3%A7%C3%A3o-farmac%C3%AAutica/641-fiscalizacao-parceira/farm%C3%A1cia/10474-fiscaliza%C3%A7%C3%A3o-orientativa-212.html
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3332
https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/captopril#section=Regulatory-Information
https://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/4212/1/DISSERTACAO_Caracteriza%C3%A7%C3%A3oProdutosDegrada%C3%A7%C3%A3o.pdf
http://www.inmetro.gov.br/metcientifica/MRC/8637_captopril.pdf

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